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INTRODUTÓRIA
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Mincoff
James Prestes
Tiago Stachon
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Qualidade Editorial e Textual
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação Daniel F. Hey, Hellyery Agda
a Distância; COSTA, José Manoel da; CAMELO, Augusto Cesar
Oliveira. Design Educacional
Ana Claudia Salvadego
Contabilidade Introdutória. José Manoel da Costa; Augusto Iconografia
Cesar Oliveira Camelo.
Isabela Soares
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018
Reimpresso em 2021 Projeto Gráfico
208 p. Jaime de Marchi Junior
“Graduação - EaD”. José Jhonny Coelho
1. Contabilidade. 2. Introdutória. 3. Contábeis. 4. EaD. I. Título. Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
ISBN 978-85-459-0591-2
CDD - 22 ed. 657 Editoração
CIP - NBR 12899 - AACR/2 Fernando Henrique Mendes
Revisão Textual
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Érica Fernanda Ortega
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por: Ilustração
Marta Kakitani
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um
grande desafio para todos os cidadãos. A busca
por tecnologia, informação, conhecimento de
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos farão grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a
educação de qualidade nas diferentes áreas do
conhecimento, formando profissionais cidadãos
que contribuam para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais
e sociais; a realização de uma prática acadêmica
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização
do conhecimento acadêmico com a articulação e
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela
qualidade e compromisso do corpo docente;
aquisição de competências institucionais para
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade
da oferta dos ensinos presencial e a distância;
bem-estar e satisfação da comunidade interna;
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de
cooperação e parceria com o mundo do trabalho,
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
Diretoria de
transformamos também a sociedade na qual estamos
Planejamento de Ensino
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
Diretoria Operacional
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
de Ensino
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou
seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de
Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis-
so, lembre-se que existe uma equipe de professores
e tutores que se encontra disponível para sanar suas
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza-
gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e
segurança sua trajetória acadêmica.
AUTORES
Link: http://lattes.cnpq.br/8720424420446751
Link: http://lattes.cnpq.br/1755838524473556
APRESENTAÇÃO
CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado(a) aluno(a)!
Seja bem-vindo(a) ao livro de Contabilidade Introdutória. Este material foi organizado
para contribuir com seus estudos, especialmente, sobre o aprendizado inicial da con-
tabilidade. Desse modo, os conteúdos estão organizados e divididos para facilitar a
sua compreensão em relação à hierarquia das contas (patrimoniais e de resultados) e à
realização dos lançamentos contábeis básicos de rotinas trabalhistas e operações com
mercadorias sem impostos.
Somos profissionais e professores de contabilidade: Augusto César Oliveira Camelo, Ba-
charel em Ciências Contábeis, Especialista em Auditoria, Perícia Contábil, Controladoria
e Gerência Financeira e Mestrando em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual
de Maringá, atuo há 15 anos como Contador e consultor de empresas, e há 12 anos
como docente dos cursos de graduação e pós-graduação em Administração e Ciências
Contábeis; José Manoel da Costa, contador e Mestre em Metodologias para o Ensino de
Linguagens e suas Tecnologias, profissional da contabilidade há mais de 30 anos, tem
experiência como contador em empresas de várias atividades econômicas, tais como:
cooperativas agrícolas, indústrias cervejeira, indústrias de açúcar e álcool, diversas ati-
vidades comerciais, foi proprietário de empresa de serviços contábeis e nos últimos 10
anos se dedica exclusivamente à educação superior nas áreas contábeis e finanças. Para
nós, é uma grande honra desenvolver este livro e poder contribuir com os vossos estu-
dos e com a pesquisa de temas relacionados à Contabilidade. Este livro está organizado
em cinco unidades.
A Unidade I abordará a hierarquia das contas contábeis em patrimoniais e de resultado,
as formas de apresentação dos lançamentos contábeis (débito e crédito) e a orientação
para realizar os lançamentos no razão contábil e utilização do balancete de verificação.
Cada tópico da Unidade será conceituado, ilustrado e exemplificado para facilitar o en-
tendimento de como funciona uma escrituração contábil e de quais livros auxiliares são
necessários para organizar esse conjunto de informações.
Na Unidade II, você conhecerá as verbas necessárias para calcular o salário, os descon-
tos e o 13º salário, com base nos preceitos legais da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), identificando, ainda, a diferença entre recibo de pagamento, resumo da folha de
pagamento, 13º salário, férias e rescisão do contrato de trabalho.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
16 Plano de Contas
23 Livro Diário
29 Livro Razão
34 Balancete de Verificação
38 Considerações Finais
47 Gabarito
UNIDADE II
ROTINAS TRABALHISTAS
51 Introdução
52 Recibo de Pagamento
82 Resumo da Folha
84 13º Salário
90 Férias
117 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
121 Introdução
149 Gabarito
UNIDADE IV
153 Introdução
177 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
181 Introdução
204 Gabarito
205 CONCLUSÃO
Professor Esp. Augusto Cesar Oliveira Camelo
AS CONTAS E O PROCESSO
I
UNIDADE
CONTÁBIL
Objetivos de Aprendizagem
■ Entender a hierarquia das contas.
■ Aprender as formas de apresentação dos lançamentos.
■ Saber realizar os lançamentos no razão.
■ Compreender a finalidade do balancete e saber elaborar.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Plano de Contas
■ Livro Diário
■ Livro Razão
■ Balancete de Verificação
15
INTRODUÇÃO
Introdução
16 UNIDADE I
©shutterstock
PLANO DE CONTAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONCEITO E IMPORTÂNCIA
A contabilidade é muito antiga e sempre existiu para auxiliar seus usuários, pois
fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora
da empresa (MARION, 2009); e o seu desenvolvimento acompanha as necessi-
dades de informação da sociedade (FAVERO, 2009).
Contudo, para que essa informação chegue aos seus usuários com qualidade,
integridade, precisão e tempestividade, torna-se necessária uma organização dos
dados que produzirão os diversos relatórios contábeis.
Esses dados constituem a estrutura básica informacional das contas patri-
moniais e de resultado que conduzirão os lançamentos contábeis de pagamentos,
recebimentos, devoluções, investimentos, etc. Portanto, deve-se agrupar, orga-
nizar ou ordenar as contas em um plano contábil.
Segundo Padoveze (2012), o plano de contas visa atender às necessidades
de registro dos fatos contábeis administrativos, possibilitando a construção dos
relatórios contábeis e o atendimento a todos os usuários da informação.
Para Marion (2012), o plano de contas é indispensável para o registro de
todos os fatos contábeis, pois é ele que de forma ordenada agrupa todas as con-
tas que serão utilizadas pela contabilidade.
De modo abrangente, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2009)
Plano de Contas
18 UNIDADE I
O sistema contábil
Amplitude do desdo- O plano de contas Na definição do
usado pela empresa
bramento das contas deve ser elaborado plano de contas o
deve permitir as adap-
de uma empresa levando-se em interesse do
tações necessárias no
diferencia-se das consideração os usuário (interno
plano de contas
contas de uma objetivos, as ou externo)
conforme suas especifi-
pequena empresa, características e o também deve ser
cidades e da estrutura
em virtude da ênfase setor de atividade ponderado e
básica que norteia o
aos centros de custos de cada empresa respeitado
processo contábil
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 - Requisitos fundamentais para delineamento do plano de contas
Fonte: adaptado de - Iudícibus e Marion (1991).
Em relação à codificação das contas, Cordeiro (2006) lembra que a sua elabo-
ração deve contemplar diversos níveis, permitindo o atendimento de informação
aos usuários da contabilidade dentro de uma lógica de classificação das opera-
ções realizadas pela empresa.
No entanto, a atribuição desses códigos dependerá do ambiente que será
aplicado o plano de contas, pois o uso excessivo de dígitos dificultará o enten-
dimento das informações geradas (IUDÍCIBUS; MARTINS; GELBCKE, 2007).
Utilizando os exemplos de Bächtold (2011), nos quais o autor faz uma relação
desses códigos com a matemática, fica simples compreender a relação numérica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1
1. 1
1. 1. 1
Plano de Contas
20 UNIDADE I
Com base nesse exemplo, o plano de contas segue, normalmente, até o 5º nível, no
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
qual são utilizadas as contas analíticas para utilização nos lançamentos contábeis:
1º Nível 1 Ativo
A Lei das Sociedades por Ações (nº 6.404), em seu artigo nº 177, prevê que a
escrituração da companhia seja mantida em registros permanentes e observe
os métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo para registrar as muta-
ções patrimoniais segundo o regime de competência (BRASIL, 1976, on-line).
A legislação relaciona, ainda, grupos e contas contábeis. Como exemplo de
algumas contas patrimoniais observe o descrito nos artigos nº 179 e 180:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
Plano de Contas
22 UNIDADE I
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Passivo Exigível
©shutterstock
LIVRO DIÁRIO
crédito.
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Livro Diário
24 UNIDADE I
seguindo uma sequência lógica para o registro da data, das contas e valores
correspondentes.
Assim, o lançamento ou escrituração contábil precisa conter elementos
essenciais como:
A. Local e data da ocorrência do fato contábil.
B. Conta debitada/devedora.
C. Conta creditada/credora.
D. Histórico com informações do documento suporte.
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E. Valor da operação ou transação.
Atualmente, a maior parte das empresas utiliza sistema eletrônico para efetuar sua
escrituração contábil. Embasada nos fatos contábeis e documentos de suporte, o
profissional digita o lançamento a débito e a crédito das contas envolvidas e o sis-
tema escritura automaticamente o Diário e Razão (VICECONTI; NEVES, 2013).
“Todavia, se não houver uma organização e controle por parte dos respon-
sáveis pela Contabilidade da empresa, as informações geradas não atingirão os
objetivos esperados” (FAVERO, 2009, p. 127). Sendo, portanto, fundamental um
plano de contas adequado às necessidades de informação dos gestores e demais
usuários da Contabilidade e maior atenção do Contador em relação à autentici-
dade da documentação que deu origem às variações patrimoniais.
Viceconti e Neves (2013) salientam, ainda, que o lançamento contábil é o
registro dos fatos (que provocam alterações na composição do patrimônio ou do
resultado empresarial) nos livros de escrituração comercial da empresa: Livros
Diário e Razão.
Nesse sentido, o Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 2002, tam-
bém faz referência aos livros contábeis quando determina que o empresário
(com exceção do empresário rural e pequeno empresário) e a sociedade empre-
sária são obrigados a seguir um sistema contábil, mecanizado ou não, com base
na escrituração uniforme dos seus livros em consonância com a respectiva
ESTORNO
ESTORNO TRANSFERÊNCIA
TRANSFERÊNCIA COMPLEMENTAÇÃO
COMPLEMENTAÇÃO
•• Consiste
Consiste em
em ••Lançamento
Lançamento de
de transferência
transferência éé ••ÉÉ aquele
aquele que
que vem
vem
lançamento
lançamento inverso
inverso aquele
aquele que
que promove
promove aa regu-
regu- posteriormente
posteriormente complementar,
complementar,
àquele
àquele feito
feito larização
larização de
deconta
conta aumentando
aumentando ou ou reduzindo
reduzindo oo
erroneamente,
erroneamente, indevidamente
indevidamente debitada
debitada ouou valor
valor anteriormente
anteriormente registrado.
registrado.
anulando-o
anulando-o totalmente
totalmente .. creditada,
creditada, por
por meio
meio da
da
transposição
transposição dodo registro
registro
para
para aa conta
conta adequada.
adequada.
Desse modo, infere-se que os lançamentos contábeis não estão isentos de erros
ou falhas durante o processo de escrituração. Ocorrendo esse lapso, o profissio-
nal tem condições e o dever de retificá-lo através do estorno, da transferência ou
da complementação para que os fatos registrados na contabilidade sejam fiéis
àqueles ocorridos na empresa.
Para ter acesso ao conteúdo completo da Resolução 1.330/11, acesso o link no final desta Unidade e baixe
1
Livro Diário
26 UNIDADE I
O LIVRO DIÁRIO
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ditado (GRECO, 2006).
Segundo Greco (2006), outras fórmulas ou métodos podem ser utilizados
para executar os registros contábeis no Diário:
Lançamento
Lançamento de
de 1ª
1ª Fórmula
Fórmula •• Quando
Quando há
há registro
registro de
de um
um débito
débito ee um
um crédito
crédito
Lançamento
Lançamento de
de 2ª
2ª Fórmula
Fórmula •• Registro
Registro de
de um
um débito
débitovários
várioscréditos
créditos
Lançamento
Lançamento de
de 3ª
3ª Fórmula
Fórmula ••Várias
Várias contas
contas são
são debitadas
debitadas ee apenas
apenas uma
uma creditada
creditada
Lançamento
Lançamento de
de 4ª
4ª Fórmula
Fórmula •• Diversas
Diversas contas
contas são
são debitadas
debitadas ee creditadas
creditadas simultaneamente
simultaneamente
NOME DA
DATA CONTA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO
CONTA
Saldo de 0,00 0,00
Transporte
01/06/20xx 2.01.01.01.001 Fornecedo- Pagamento 1.200,00
res nacionais da NF 123 –
Empresa ABC
Ltda.
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Livro Diário
28 UNIDADE I
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vados os documentos que permitam sua perfeita verificação.
©shutterstock
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LIVRO RAZÃO
Neste tópico, você conhecerá os conceitos sobre o livro razão e as contas sintéti-
cas e analíticas, identificando o reflexo de cada lançamento contábil em colunas
de débito e crédito.
CONCEITO
O Livro Razão é mais um dos importantes livros exigidos pela legislação comer-
cial e que auxilia nos registros das movimentações patrimoniais de uma empresa
em determinado período.
Conforme Favero (2009, p. 131), o livro razão “representa um dos mais
importantes instrumentos de registro das operações da empresa, permitindo a
classificação dos fatos de acordo com sua natureza, envolvendo elementos patri-
moniais e de resultado”.
Iudícibus et al. (2010) orientam que neste livro utilizam-se as contas sepa-
radamente para representar cada tipo de elemento que compõe o Ativo, Passivo,
Patrimônio Líquido, Despesas ou Receitas. Cada uma dessas contas será distin-
guida das demais por sua denominação. Ou seja, neste livro o registro das contas
é feito de forma individualizada, viabilizando um controle por cada tipo de conta.
Segundo Greco (2006), essas contas registram todas as variações do patri-
mônio, possibilitando, desse modo, a elaboração das demonstrações contábeis.
Marion (2009) ressalta que o Razão é um livro obrigatório e em virtude de
Livro Razão
30 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Duplicatas a Receber como sintética e totalizadora dos saldos que a empresa tem
a receber das vendas efetuadas em determinado período. Assim, dentro da conta
Clientes existem contas (ou subcontas) analíticas que mostram, individualmente,
quanto a empresa tem a receber do Cliente A, Cliente B e assim por diante.
Marion (2009) apresenta um modelo didático e diferencia as contas analí-
ticas e sintéticas:
Quadro 2 - Diferença entre contas sintéticas e analíticas
a) Identificação da conta;
b) Data da operação;
c) Histórico;
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CONTA CONTÁBIL:
Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C
Livro Razão
32 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na ficha do Razão o reflexo dessas equações está assim apresentado:
Quadro 4 - Conta Contábil: Caixa e Mercadorias
Por meio dos exemplos acima, é possível compreender como a dinâmica das
contas (saldo anterior, aquisição e saldo final) acontecem e como são represen-
tadas no Razão e Razonete.
Essa movimentação deve considerar o tipo de conta para lançar a débito (lado
esquerdo) ou a crédito (lado direito) conforme o aumento ou redução dos sal-
dos. Nesse sentido, tem-se o seguinte esquema para contribuir no entendimento
do que será debitado ou creditado:
Quadro 5 - Sistema de débito e crédito nos razonetes
CONTAS DO ATIVO
DÉBITO CRÉDITO SALDO
Aumentos Reduções DEVEDOR
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Livro Razão
34 UNIDADE I
©shutterstock
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
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CONCEITO E ESTRUTURA
Processo Contábil
Documentos Diversos
Livro Diário
Livro Razão
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Balancete de Verificação
CONTAS SALDOS
DEVEDOR CREDOR
TOTAIS
Fonte: Favero (2009, p. 173).
Balancete de Verificação
36 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
TOTAIS
Fonte: Favero (2009, p. 173).
MOVIMEN-
SALDOS
CONTAS TO SALDOS
ANTERIORES
DO MÊS
DEVEDOR CREDOR DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR
TOTAIS
Fonte: Favero (2009, p. 174).
Balancete de Verificação
38 UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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dessa forma, indispensável ao ordenamento das contas para retratar a situação
patrimonial de uma entidade.
Na sequência, abordou-se sobre o registro dos fatos por meio da escritu-
ração contábil nos livros Diário e Razão e seus requisitos legais para mantê-lo
uniforme e pertinente aos princípios contábeis; bem como sobre os elementos
essenciais: local, data da ocorrência, conta devedora, conta credora, histórico e
valor da transação.
Após a definição do plano de contas, os lançamentos contábeis são regis-
trados no livro Diário aplicando o método das partidas dobradas por meio de
lançamentos de primeira, segunda, terceira e quarta fórmula.
Em uma sequência natural, o livro Razão auxilia os registros, utilizando as
contas separadamente para representar cada tipo de elemento patrimonial (ativo,
passivo e patrimônio líquido) ou de resultado (receitas e despesas), viabilizando
o controle individualizado e a continuidade do ciclo de lançamentos para evi-
denciação no Balancete de Verificação.
Por último, foi apresentado o conceito e alguns exemplos da estrutura do
Balancete para ilustrar a movimentação dos saldos anteriores, correntes e valores
finais. Acreditamos, assim, que esse início de estudo favorecerá o aprendizado
da contabilidade básica no que diz respeito à compreensão dos conceitos do
plano de contas, livro diário, razão e balancete, e permitirá aplicar esses concei-
tos praticando lançamentos de compra de mercadorias, pagamento de salários,
recebimento de duplicatas entre outros propostos neste livro.
a) F; F; V.
b) V; V; F.
c) V; F; V.
d) F; V; F.
e) F; V; V.
Como vimos, a certeza de que os saldos contábeis estão corretos está na empresa e
quanto mais houver o confronto dos relatórios de cada setor com a Contabilidade, maior
será a precisão das informações contidas no Balanço Contábil da empresa.
Dessa forma, podemos dizer que a Contabilidade espelha realidade da empresa deso-
brigando os sócios, os administradores e o próprio contador de responderem com seus
bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, penais e criminais, pro-
vando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou com abuso de poderes
perante terceiros.
Fonte: Teixeira (2016, on-line)¹.
MATERIAL COMPLEMENTAR
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, elaborou o
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), adequado às Normas Brasileiras de Contabilidade,
aos padrões internacionais de Contabilidade e aos demais dispositivos legais vigentes, permitindo
a padronização das contas conforme determina a Lei de Responsabilidade.
Leia mais!
Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/pcasp.>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIA ON-LINE
Em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/contabilidadesaudavel.
¹
1) D.
3) A.
5) A.
4) C.
2) B.
46
Professor Me. José Manoel da Costa
II
UNIDADE
ROTINAS TRABALHISTAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Conhecer as verbas necessárias para calcular o salário líquido.
■ Aprender a elaborar o Resumo da Folha com Proventos, Descontos e
Encargos.
■ Entender os cálculos do 13º salário.
■ Saber realizar os cálculos das verbas referente a férias.
■ Calcular a rescisão de contrato de trabalho.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Recibo de Pagamento
■ Resumo da Folha
■ 13º Salário
■ Férias
■ Rescisão do contrato de trabalho
49
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! As rotinas trabalhistas devem ser tratadas com muito cui-
dado nas empresas, independente de ser realizadas diretamente pelo departamento
contábil ou não, pois envolvem a relação de trabalho com os seus colaboradores.
A vida profissional de um colaborador começa no processo de recrutamento e
seleção e encerra depois da rescisão do contrato, com o cumprimento de algu-
mas obrigações acessórias. No entanto, o que consideramos rotinas trabalhistas
diz respeito ao atendimento aos empregados da admissão até a quitação dos seus
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
50 UNIDADE II
©shutterstock
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RECIBO DE PAGAMENTO
ROTINAS TRABALHISTAS
51
PROVENTOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O principal provento é o salário, pois para que haja a relação de emprego é neces-
sário que seja combinado um salário entre empregador e empregado. Além do
salário, podemos ter diversas outras verbas positivas em decorrência da prestação
de seus serviços do empregado ao empregador, verbas estas que serão concei-
tuadas e calculadas individualmente para que você possa aprender a partir de
aspectos teóricos e práticos. A soma do salário com as outras verbas positivas
é denominada remuneração. O art. 457 da CLT (BRASIL, 1943) dispõe que a
remuneração é a soma do salário e outras vantagens e adicionais, concedidos ao
empregado em função das suas atividades, como: horas extras; adicional de insa-
lubridade; adicional de periculosidade; adicional noturno; comissões; gorjetas;
gratificações contratuais; prêmios; ajudas de custo; e quaisquer outras parcelas
pagas habitualmente, ainda que em utilidades, previstas em acordo ou conven-
ção coletiva ou mesmo que concedidas por liberalidade do empregador.
Salários
A CLT (BRASIL, 1943, on-line) diz no Art. 3º: “Considera-se empregado toda
pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob
a dependência deste e mediante salário”, os dois trabalhadores que vamos uti-
lizar para calcular o recibo de pagamento estão enquadrados nestas condições.
Vamos começar a elaboração do Recibo de Pagamento de Salário conside-
rando somente o salário contratual dos dois empregados.
Recibo de Pagamento
52 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
Temos então um recibo parcial, pois com certeza teremos outras verbas; caso
houvesse a possibilidade de termos somente esta verba, teríamos então o salá-
rio líquido de Fernanda de R$1.100,00 e de Bruno de R$4.000,00.
ROTINAS TRABALHISTAS
53
A CF (BRASIL, 1988, on-line) diz no Art. 7º, inciso XVI, que são direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais a “remuneração do serviço extraordinário supe-
rior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal”; e a CLT (BRASIL, 1943,
on-line) no Art. 59 pontua que “a duração normal do trabalho poderá ser acres-
cida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante
acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo
de trabalho”.
As horas suplementares podem ser compensadas desde que não ultrapasse
a carga horária de trabalho semanal, como é o caso da Fernanda, que cumpre
44 horas semanais de segunda a sexta-feira, trabalhando então 48 minutos diá-
rios a mais. As horas excedentes devem ser remuneradas, considerando a CF
(Constituição Federal), a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a Convenção
Coletiva ou Dissídio Coletivo, sempre o que for mais benéfico para o empre-
gado. Neste material, vamos considerar 50% de acréscimos para horas extras de
Recibo de Pagamento
54 UNIDADE II
CF ART 7º INCISO XV CLT ART. 67 (BRASIL, 1943, LEI 605/49 ART. 1º (BRASIL,
(BRASIL, 1988, ON-LINE) ON-LINE) 1949, ON-LINE)
São direitos dos trabalha- Será assegurado a todo Todo empregado tem di-
dores urbanos e rurais, empregado um descanso reito ao repouso semanal
além de outros que semanal de 24 (vinte e remunerado de vinte e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
visem à melhoria de sua quatro) horas consecuti- quatro horas consecuti-
condição social: vas, o qual, salvo motivo vas, preferentemente aos
XV - repouso semanal de conveniência pública domingos e, nos limites
remunerado, preferen- ou necessidade impe- das exigências técni-
cialmente aos domingos. riosa do serviço, deverá cas das empresas, nos
coincidir com o domingo, feriados civis e religiosos,
no todo ou em parte. de acordo com a tradição
local.
Fonte: os autores.
Os empregados que tem o seu salário contratual mensal não tem destacado no
seu recibo de pagamento o valor do RSR, porque o valor combinado é mensal,
independente de quantos domingos ou feriados tenham durante o mês, neste
caso existe o repouso sem prejuízo do salário.
Para as verbas que são pagas além do salário, como é o caso das horas extras,
comissões, produtividade entre outras, deverá ser pago o RSR à parte, pois são
horas e valores cumpridos além da carga horária contratada. Para calcular o RSR
sobre as verbas variáveis, devemos primeiramente levantar quantos dias úteis tem
o mês, pois o cálculo é feito a partir do valor da verba base, dividindo-se pelos
dias úteis e multiplicando pelos dias não úteis. Exemplificando: se o mês de apu-
ração tem 26 dias úteis e 5 dias não úteis e o valor de horas extras é de R$409,20,
o valor de RSR sobre horas extras será calculado assim: 409,20 dividido pelos
26 dias úteis e multiplicado pelos 5 dias não úteis, assim o RSR será de R$78,69.
Veja a seguir os cálculos realizados para encontrar os valores das horas extras
e RSR sobre as horas extras, que serão lançados no recibo de pagamento:
ROTINAS TRABALHISTAS
55
Fonte: os autores
Recibo de Pagamento
56 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras e RSR,
caso houvesse a possiblidade de termos somente estas verbas, teríamos então o
salário líquido de Fernanda de R$1.070,54 e de Bruno de R$5.483,61.
ROTINAS TRABALHISTAS
57
Recibo de Pagamento
58 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
12.997/2014 (BRASIL, 2014, on-line) dizem o seguinte:
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aque-
las que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, expo-
nham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977)
ROTINAS TRABALHISTAS
59
Visando o aspecto prático do nosso estudo, vamos considerar que a Fernanda Lima
da Silva tem direito ao Adicional de Insalubridade grau 1 e o Bruno Gonçalves
dos Santos tem direito ao Adicional de Periculosidade.
Recibo de Pagamento
60 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
ROTINAS TRABALHISTAS
61
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras, RSR e
os Adicionais de Insalubridade e Periculosidade; caso houvesse a possibilidade
de termos somente estas verbas, teríamos então o salário líquido de Fernanda
de R$ 1.287,50 e de Bruno de R$6.683,61.
Adicional Noturno
trabalho na pecuária das 20h00 até as 4h00, sendo que o adicional será de 20%
para o trabalho urbano e de 25% para atividade agrícola e pecuária.
As horas noturnas têm a duração de 52 minutos e 30 segundos, portanto,
a cada 7 horas considera-se 8 horas trabalhadas, como a assistente administra-
tivo trabalha das 22h00 até 23h45, como em março/20XX são 26 dias, temos
que considerar 2 horas de adicional noturno por dia que são 52 horas no mês.
O Art. 73 da CLT (BRASIL, 1943, on-line) diz sobre o trabalho noturno urbano:
Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho no-
turno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua
remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo me-
nos, sobre a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666,
28.8.1946)
Recibo de Pagamento
62 UNIDADE II
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco
por cento) sobre a remuneração normal. (BRASIL, 1973, on-line)
Vamos calcular o adicional noturno da Fernanda Lima da Silva no quadro
a seguir:
Quadro 7 - Adicional Noturno
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
ROTINAS TRABALHISTAS
63
1.100,00
15,00
50,00
2,88
9,62
110,00
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
52,00
10,00
1.349,50
1.349,50
Fonte: os autores
Recibo de Pagamento
64 UNIDADE II
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras, RSR,
os Adicionais de Insalubridade e Periculosidade e Adicional Noturno, caso hou-
vesse a possibilidade de termos somente estas verbas, teríamos então o salário
líquido de Fernanda de R$ 1.349,50 e de Bruno de R$6.683,61.
Salário Família
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
previdência em benefício ao trabalhador que tenha filhos menores de 14 anos e
esteja enquadrado nas regras para concessão do benefício.
Em 2021, as regras para o salario familia foram definidas pelaPortaria SEPRT/
ME No 477 (2021, on-line), de 12 de janeiro de 2021, que em seu Art. 4º diz:
Art. 4º O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de
qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de
qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2021, é de R$ 51,27 (cin-
quenta e um reais e vinte e sete centavos) para o segurado com remu-
neração mensal não superior a R$ 1.503,25 (um mil quinhentos e três
reais e vinte e cinco centavos).
ROTINAS TRABALHISTAS
65
Remuneração Quota
Até R$ 1.503,25 R$ 51,27
Fonte: Art. 4o - Portaria SEPRT/ME No 477, de 12 de janeiro de 2021.
Recibo de Pagamento
66 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
ROTINAS TRABALHISTAS
67
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras, RSR,
os Adicionais de Insalubridade e Periculosidade, Adicional Noturno e Salário
Família, caso houvesse a possibilidade de termos somente estas verbas, teríamos
então o salário líquido de Fernanda de R$1.503,31 e de Bruno de R$6.683,61.
DESCONTOS
Faltas
Recibo de Pagamento
68 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
ROTINAS TRABALHISTAS
69
Temos agora um recibo, ainda parcial, mas com o reflexo de horas extras, RSR,
os Adicionais de Insalubridade e Periculosidade, Adicional Noturno, Salário
Família e desconto das faltas e RSR sobre faltas, caso houvesse a possibilidade
de termos somente estas verbas, teríamos então o salário líquido de Fernanda
de R$ 1.319,98 e de Bruno de R$6.683,61.
seguridade social brasileira será feita por toda a sociedade, de forma direta pelas
empresas e a entidade a ela equiparada, o empregador doméstico e o trabalha-
dor empregado. São contribuintes segurados obrigatórios, além das empresas, as
seguintes pessoas físicas: empregado, empregado doméstico, contribuinte indi-
vidual, trabalhador avulso e segurado especial.
A Lei 8212/91 (BRASIL, 1991, on-line) dispõe sobre a organização da Seguridade
Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências em seu Art. 10 e 11 diz:
Art. 10. A Seguridade Social será financiada por toda sociedade, de
forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal
e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais.
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é com-
posto das seguintes receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada
aos segurados a seu serviço; (Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005)
b) as dos empregadores domésticos;
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição;
(Vide art. 104 da lei nº 11.196, de 2005)
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
Recibo de Pagamento
70 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a ser progressiva. Dessa forma, não será mais aplicada uma alíquota única sobre
o valor do salário bruto. Contudo, quem ganha mais, vai pagar mais, e aqueles
que ganham menos, vão pagar menos. Sendo assim, as alíquotas da nova tabela
de contribuição serão aplicadas em cada faixa de salário, até o teto, que é o valor
máximo que pode ser recebido pelo trabalhador. Atualmente, essa quantia é
de R$ 6.433,57. O novo cálculo da contribuição vale para os trabalhadores da
iniciativa privada empregados, inclusive domésticos e avulsos. Portanto, cada
percentual vai se aplicar apenas sobre a parcela do salário que se enquadrar em
cada faixa, sendo assim, o que pode fazer com que o percentual de fato descon-
tado do total dos ganhos seja diferente. Para calcular o valor do INSS a descontar
dos empregados, é necessário utilizar a tabela vigente, segue a tabela para 2021:
ROTINAS TRABALHISTAS
71
Exemplo nº 01:
Funcionário: Marcos
Salário Bruto: R$ 1.320,00
Cálculo:
1º Passo: Salário Bruto maior que o salário mínimo, assim o primeiro cálculo é
sempre com o valor do salário mínimo (R$ 1.100,00 - Ano Base 2021):
R$ 1.100,00 x 7,5% = R$ 82,50
2º Passo: Encontrar o valor que excedeu do salário bruto para atribuir a pró-
xima alíquota:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Cálculo:
R$ 1.320,00 - R$ 1.100,00 = R$ 220,00 valor excedente
Utilizando o valor excedente, calculamos:
R$ 220,00 x 9% = R$ 19,80
Após o cálculo de cada uma das faixas conforme a Tabela do INSS, realizamos o
somatório dos valores encontrados para achar o valor de contribuição do INSS:
R$ 82,50 + R$ 19,80 = R$ 102,30 Valor do INSS
Exemplo nº 02:
Funcionário: Alessandro
Salário Bruto: R$ 3.800,00
Cálculo:
1º Passo: Salário Bruto maior que o salário mínimo, assim o primeiro cálculo é
sempre com o valor do salário mínimo (R$ 1.100,00 - Ano Base 2021):
R$ 1.100,00 x 7,5% = R$ 82,50
2º Passo: Encontrar o valor que excedeu do salário bruto para atribuir a pró-
xima alíquota:
Cálculo:
R$ 2.203,48 (2ª faixa da tabela do INSS) - R$ 1.100,00 = R$ 1.103,48 valor excedente
Utilizando o valor excedente, calculamos:
R$ 1.103,48 x 9% = R$ 99,31
3º Passo: Encontrar o valor que excedeu do salário bruto para atribuir a pró-
xima alíquota:
Recibo de Pagamento
72 UNIDADE II
Cálculo:
R$ 3.305,22 )3º faixa da tabela do INSS) - R$ 1.100,00 - 1.103,48 = R$ 1.101,74
valor excedente
Utilizando o valor excedente, calculamos:
R$ 1.101,74 x 12% = R$ 132,20
4º Passo: Encontrar o valor que excedeu do salário bruto para atribuir a pró-
xima alíquota:
Cálculo:
R$ 3.800,00 (valor do salário bruto) - R$ 1.100,00 - 1.103,48 - 1.101,74 = R$
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
494,78 valor excedente
Utilizando o valor excedente, calculamos:
R$ 494,78 x 14% = R$ 69,27
Após o cálculo de cada uma das faixas conforme a Tabela do INSS, realizamos o
somatório dos valores encontrados para achar o valor de contribuição do INSS:
R$ 82,50 + R$ 99,31 + R$ 132,20 + R$ 69,27 = R$ 383,28 Valor do INSS
ROTINAS TRABALHISTAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
Quadro 13 - Recibo de Pagamento de Salário
Recibo de Pagamento
73
74 UNIDADE II
Temos agora um recibo, quase final, caso não houvesse mais descontos, teríamos
então o salário líquido de Fernanda de R$1.051,91 e de Bruno de R$6.112,73,
mas ainda faltam três coisas: o vale transporte, o IRRF e a contribuição sindical.
As pessoas físicas fazem a declaração de imposto de renda até o mês de abril refe-
rente aos recebimentos do ano anterior, no entanto, o pagamento do imposto de
renda é feito mensalmente por meio do desconto nos salários.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para calcular o Imposto de Renda a ser retido dos empregados e recolhido
ao governo, devemos utilizar a Tabela Progressiva Mensal:
Além do valor por dependente, também poderá ser deduzido da base de cál-
culo do IRRF conforme a letra “c” do parágrafo 1º do Art. 25 da Lei nº 7.713 de
22 de dezembro de 1988 com a redação dada pela Lei nº 8.269 de 16 de dezem-
bro de 1991, “o valor da contribuição paga, no mês para a Previdência Social da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Pela tabela, vemos que os empregados que têm ganhos de até R$1.903,98
estão isentos de IRRF, portanto, a colaboradora Fernanda não terá desconto de
IRRF, quanto ao colaborador Bruno, precisamos calcular. Vamos utilizar a Tabela
Progressiva Mensal e calcular o valor a ser descontado:
ROTINAS TRABALHISTAS
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Recibo de Pagamento
76 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
Estamos quase no final da elaboração dos recibos de pagamentos dos dois colabo-
radores, falta somente o desconto de vale-transporte e a contribuição social, por
enquanto o salário líquido de Fernanda é de R$ 1.231,52 e de Bruno de 5.318,06.
Vale Transporte
A Lei 7.418/1985 que instituiu o vale-transporte com alterações inseridas pela Lei
7.619/1987, diz que o desconto de vale-transporte corresponde a 6% do salário
base caso o gasto da empresa com a compra dos passes seja maior ou o efetivo
custo, se for menor que 6% do salário. Exemplificando: se o empregado utilizar
50 vezes o transporte por mês ao custo de R$ 3,00 cada, a empresa desembolsará
R$150,00 para adquirir o cartão ou vale-transporte, se o salário for R$2.000,00
ROTINAS TRABALHISTAS
77
Recibo de Pagamento
78 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quadro 18 - Recibo de Pagamento de Salário
ROTINAS TRABALHISTAS
79
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
Contribuição sindical
Recibo de Pagamento
80 UNIDADE II
Sindical ocorre anualmente sempre no mês de janeiro, que tem como base de cál-
culo o capital social das organizações. Contudo, conforme o art. 589 da CLT, os
valores arrecadados serão distribuídos da seguinte forma: 60% será para o sin-
dicato que representa a categoria, 20% para a Conta Especial Emprego e Salário
(CEES) do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), 15% à federação estadual
e 5% à Confederação.
Contudo, em relação a contribuição por parte dos empregados, a contribui-
ção sindical torna-se opcional, ou seja, o trabalhador só paga essa taxa se quiser
realizar a contribuição. Portanto, o funcionário deve autorizar a organização em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que trabalhar a fazer o desconto e repassar ao sindicato.
Quadro 19 - Recibo de Pagamento de Salário
ROTINAS TRABALHISTAS
81
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
Recibo de Pagamento
82 UNIDADE II
RESUMO DA FOLHA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
missão de informações aos órgãos governamentais referentes à movimentação
de empregados e aos valores do Resumo da Folha de Pagamento, a todas estas
atividades denominamos obrigação acessória, considerando que a obrigação
principal está na relação de trabalho com os empregados. A elaboração da folha
de pagamento, tanto individualmente (recibo de pagamento) ou o resumo que
lista todos os empregados, diretores, sócios-administradores e inclusive os autô-
nomos que prestaram serviços à empresa durante o período, é obrigatória pela
legislação, mas mesmo que não houvesse esta obrigatoriedade seria impossível
manter o controle sobre todas as verbas e detalhes que envolvem as rotinas tra-
balhistas sem elaborar o recibo de pagamento e o resumo da folha.
O inciso I do Art. 225 do Decreto nº. 3.048/1999 (on-line) trata dessa
obrigatoriedade:
Art. 225. A empresa é também obrigada a:
I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou cre-
ditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada
estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos;
ROTINAS TRABALHISTAS
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Fonte: os autores.
Fonte: os autores
Resumo da Folha
84 UNIDADE II
13º SALÁRIO
O 13º Salário ou Gratificação de Natal foi instituído em 1962 pela Lei 4.090. Em
1965, a Lei 4.749 trouxe alterações à Lei 4.090 e o Decreto 57.155 fez a regula-
mentação da lei.
O 13º salário, como ficou conhecido, é devido pelo empregador ao empregado,
urbano, rural, doméstico, avulso e temporário, que trabalhar em pelo menos um
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mês (considerando como mês a fração igual ou superior a quinze dias) do ano, à
razão de 1/12 ou 8,3333% do salário de dezembro por mês trabalhado, portanto
mesmo o empregado que for admitido no dia 16 de dezembro, terá direito a 1/12
do salário como 13º salário. O 13º salário será pago em duas parcelas, sendo a
primeira de fevereiro a 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
O valor a ser pago como 13º salário tem como base o valor do salário con-
tratual de dezembro, quando há remuneração variável, como é o caso de horas
extras, comissões e outros, deverá ser feita uma média para somar ao salário
fixo de dezembro.
É facultado aos empregados solicitar, no mês de janeiro de cada ano, o rece-
bimento da primeira parcela do 13º Salário, juntamente com as verbas das férias
em qualquer mês entre fevereiro e novembro desde que tenha requerido.
Vamos calcular a primeira e a segunda parcela do 13º salário que deverão ser
pagas aos nossos dois colaboradores, para isso simulamos os valores médios
pagos das verbas variáveis, de acordo com as seguintes condições:
ROTINAS TRABALHISTAS
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores
Resumo da Folha
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
ROTINAS TRABALHISTAS
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salário fixo de dezembro e calcular o FGTS desta parcela. Fica para a segunda
parcela os descontos dos empregados.
Resumo da Folha
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ROTINAS TRABALHISTAS
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Fonte: os autores
UNIDADE
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Fonte: os autores.
Resumo da Folha
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FÉRIAS
PERÍODO AQUISITIVO
PERÍODO CONCESSIVO
ROTINAS TRABALHISTAS
91
empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias
com as férias escolares.
01/03/20XX
01/03/20X1
01/03/20X2
01/03/20X3
Admissão
1º Período 2º Período
Concessivo Concessivo
PERÍODO DE GOZO
É o período de 30 dias que o empregado fica fora das suas atividades laborais.
A partir da Reforma trabalhista realizada em 2017, as férias de 30 dias passam
a ser fracionadas em até três períodos, porém, deve o empregador e o funcioná-
rio fazer um acordo estabelecendo essa situação. Assim, um dos períodos não
deve ser menor do que 14 dias e o restante não pode ser inferior a 5 dias. Sendo
assim, seguem alguns exemplos de períodos de férias:
Férias
92 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quadro 27 - Dias de férias
O aviso do período de gozo de férias deve ser comunicado por escrito pelo empre-
gador ao empregado com antecedência mínima de 30 dias, o empregado deverá
assinar o aviso, é o que determina Art. 135 da CLT.
ADICIONAL DE FÉRIAS
ROTINAS TRABALHISTAS
93
FÉRIAS EM DOBRO
O empregado terá direito ao valor das férias em dobro caso o empregador não
conceda o período de gozo de férias dentro do período concessivo, sabendo que
o final do período de gozo deve ocorrer dentro do período concessivo (Art. 137
da CLT).
FÉRIAS COLETIVAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Férias
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Descrição Valor
Salário de Abril 1.000,00
Adicional de Insalubridade 88,00
Média Adicional Noturno 34,10
Média RSR Adicional Noturno 6,75
Média HE 50% 28,30
Média HE 100% 34,69
Média RSR HE 50% 5,66
Média RSR HE 100% 6,90
SALÁRIO BASE PARA FÉRIAS 1.204,40
Fonte: os autores.
Encontramos, então, o salário base para férias de R$1.204,40. Agora vamos cal-
cular o valor a ser pago dois dias antes do início do gozo de férias:
ROTINAS TRABALHISTAS
95
Fonte: os autores.
Neste exemplo, as férias são pagas com base no salário calculado anteriormente, onde
as verbas variáveis são calculadas pela média. Nesse caso, aqui foi arbitrado um valor
como média, como já vimos, temos que o empregador deverá pagar um adicional de
1/3 sobre o salário base. De acordo com a legislação, o valor das férias deve ser somado
com o adicional para utilizar como base de cálculo do INSS e IRRF e, sendo assim,
calculamos somente o INSS (1.605,87 X 9%), pois para o IRRF este valor é isento.
É importante considerar que o período de gozo de férias abrangeu o mês de abril
inteiro, nesse caso, não houve trabalho em abril, portanto, não haverá salário, uma
vez que o empregado recebe as férias antecipadamente, somente será pago em 05 de
maio o valor do salário família que a colaboradora tem direito.
Férias
96 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quadro 30: Base para cálculo de Férias
Como serão somente 20 dias de férias e os outros 10 dias serão pagos como
abono pecuniário, tanto o INSS quanto o IRRF incidem somente sobre o valor
referente aos 20 dias, incluindo o adicional de 1/3, mas o abono e o seu adicio-
nal são isentos. Vamos calcular o IRRF:
Quadro 31 - Cálculo IRRF sobre 13º salário de Bruno Gonçalves dos Santos
ROTINAS TRABALHISTAS
97
Fonte: os autores
Férias
98 UNIDADE II
Como o final do período das férias foi em 09/06, o empregado terá a receber em
05/07 como salários do mês de junho, 21 dias de trabalho.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O processo da rescisão do contrato de trabalho pode ser considerada a última
parte das rotinas trabalhistas em relação a um determinado empregado. É um
processo, porque não acontece de uma vez, normalmente começa com o aviso
prévio, passa pelos cálculos dos direitos do empregado e pelo recolhimento do
FGTS sobre a rescisão e chega até o cumprimento de algumas obrigações acessó-
rias, como o envio de informações ao órgão de controle do Ministério do Trabalho.
AVISO PRÉVIO
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que te-
nham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa (BRASIL, 1943,
on-line).
ROTINAS TRABALHISTAS
99
Segue tabela exemplificativa dos novos prazos para o aviso prévio a partir desta lei:
Quadro 33 - Tempo de aviso prévio
Fonte: os autores
O Aviso Prévio, independente da parte que o motive, pode ser de duas formas:
trabalhado ou indenizado.
conforme Art. 488 da CLT. O empregado mensalista poderá optar por não redu-
zir a jornada diária e reduzir 7 dias no período de 30 dias, trabalhando somente
23 dias. Se a iniciativa da dispensa for do empregado, a legislação não prevê a
redução de jornada.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de trabalho se estendesse por mais, no mínimo 30 dias, indo até a 90 dias caso o
tempo de trabalho na mesma empresa seja maior que 20 anos. Quando isso ocor-
rer, todas as verbas rescisórias devem levar em conta o período de aviso prévio,
terá reflexo inclusive no valor do 13º salário e férias a serem pagos na rescisão.
Da mesma forma, o empregado pode promover o desligamento sem o devido
aviso com antecedência, quando isso ocorrer o empregador poderá deduzir dos
haveres do empregado o valor de 30 dias como indenização à empresa pelo des-
ligamento imediato. Na prática não tem sido considerado o tempo adicional do
aviso prévio preconizado pela lei 12.506/2011, quando o desligamento é pro-
movido pelo empregado.
VERBAS RESCISÓRIAS
Para cálculo das verbas referentes à rescisão do contrato de trabalho, temos que
observar a legislação. Seguem nos quadros a seguir um resumo do que deve cons-
tar nas rescisões para cada tipo de desligamento:
ROTINAS TRABALHISTAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ROTINAS TRABALHISTAS
II
Fonte: os autores.
UNIDADE
102
103
A base para cálculo das verbas da rescisão de contrato será a maior remunera-
ção a que o empregado fizer jus no mês da demissão. Como maior remuneração,
devemos considerar: o salário contratual, os adicionais (noturno, periculosidade,
insalubridade e outros), média de horas extras, média de comissões e outras
remunerações variáveis.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nos casos de contrato por prazo determinado e aviso prévio trabalhado, a qui-
tação das verbas rescisórias deverá ser feito no primeiro dia útil seguinte ao
último dia trabalhado.
Quando o contrato for por prazo indeterminado e não houver aviso prévio,
ou seja, se o aviso prévio for indenizado, a quitação das verbas rescisórias deverá
ser feita até o décimo dia corrido após o último dia trabalhado.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nº 1.057 de 6 de julho de 2012, para adequações de transmissão pelo Sistema
HomologNet. Veja o modelo do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho e
seus reflexos acessando o site do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região SP1.
<Em: http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/ORGAOS/MTE/Portaria/P1621_10_Anexo.pdf>.
1
ROTINAS TRABALHISTAS
105
Fonte: os autores.
o cálculo:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Alíquota de acordo com a tabela 7,50%
Cálculo preliminar do IRRF 187,75
Valor a deduzir de acordo com a tabela 142,80
IRRF a descontar do empregado 44,95
Fonte: os autores
Fonte: os autores.
ROTINAS TRABALHISTAS
107
Fonte: os autores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lerith) e o Resumo da Folha, foi abordado somente contrato de salário mensal,
por ser a forma mais comum de contratação, mas você pode aprofundar fazendo
uma simulação de trabalhador horista ou por tarefa. Quanto à rescisão, estuda-
mos a rescisão por iniciativa do empregador sem justa causa, mas temos tantas
outras que você pode desenvolver.
Para calcular o 13º salário é importante ter bem claro as suas característi-
cas, principalmente o que dá o direito ao empregado de recebê-lo, pois ao valor
integral de uma remuneração mensal somente terá direito o empregado que tra-
balhar os doze meses do ano, os demais terão um valor proporcional a 1/12 avos
por mês trabalhado.
Além do cálculo dos valores a pagar como férias, é muito importante saber
os conceitos de período aquisitivo e concessivo e também os reflexos nos recibos
de pagamento dos empregados, pois muitas vezes reflete em mais de um mês,
e o colaborador precisa saber exatamente o que irá receber como remuneração
dos dias trabalhado ao retornar do gozo das férias.
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT – (Lei 5452 de 1 de maio de
1943) foi e será nossa principal referência legal quando falamos em rotinas traba-
lhistas, mas não podemos desconsiderar a Constituição Federal e as Convenções
Coletivas de Trabalho ou Dissídios Coletivos de Trabalho, pois sempre prevale-
cerá o que trouxer maior benefício ao empregado.
A partir do que tratamos aqui, você tem muito a estudar ainda. Vamos em
frente. Sucesso na sua busca pelo conhecimento.
ROTINAS TRABALHISTAS
109
5. Para calcular as verbas do 13º salário, das férias e da Rescisão do contrato de trabalho
precisamos de uma remuneração para base para cálculo. Qual é esta remuneração e
como ela deve ser formada?
110
nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta
por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específi-
cos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta
dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou peri-
gosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir
a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
112
MULTA DO FGTS
O FGTS é um fundo formado com contribuições mensais de empregadores, que pode ser sacado
em caso de demissão sem justa causa e em outras condições específicas. Leia mais!
Disponível em: <http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/artigos-especiais/
multa-de-10-do-fgts-podera-ser-extinta>.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto-Lei nº. 5.452, 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Brasília, 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/
Del5452.htm>. Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Lei nº 605/1949. Repouso semanal remunerado e o pagamento de salário
nos dias feriados civis e religiosos. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/L0605.htm>. Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Lei nº 6.514/1977. Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis
do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências.
Brasília, 1977. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.
htm>. Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Lei nº 7.418/1985. Institui o Vale-Transporte e dá outras providências. Bra-
sília, 1985. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7418.htm>
Acesso em: 03 nov. 2016.
BRASIL. Lei nº 7.619/1987. Altera dispositivos da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro
de 1985, que instituiu o vale-transporte. Brasília, 1987. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7619.htm> Acesso em: 03 nov. 2016.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Lei nº 8.212/1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, insti-
tui Plano de Custeio, e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212cons.htm>. Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Decreto Lei nº 3.048/1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e
dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/d3048.htm> Acesso em: 03 nov. 2016.
BRASIL. Lei nº 11.482/2007. Efetua alterações na tabela do imposto de renda da
pessoa física [...]. Brasília, 2007. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11482.htm> Acesso em: 03 nov. 2016.
BRASIL. Súmula 291/2011. Supressão de Horas Extras. Brasília, 2011. Disponí-
vel em: <http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_
Ind_251_300.html#SUS-291>. Acesso em: 02 ago. 2016.
BRASIL. Lei nº 12.740/2012. Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12740.htm>. Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Lei nº 12.997/2014. Acrescenta o § 4º ao art. 193 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12997.htm>. Acesso em: 20 jul. 2016.
BRASIL. Portaria Interministerial 1/2016. Dispõe sobre o reajuste dos benefícios
115
pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais valores cons-
tantes do Regulamento da Previdência Social - RPS. Brasília, 2016. Disponível em:
<http://www.normaslegais.com.br/legislacao/Portaria-interm-mtps-mf-1-2016.
htm> Acesso em: 03 nov. 2016.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho.
Disponível em: http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumu-
las_Ind_251_300.html#SUM-291. Acesso: 26 out. 2016.
REFERÊNCIAS ON-LINE
¹Em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/diferenca-salario-remunera-
cao.htm>. Acesso em: 26 out. 2016.
REFERÊNCIAS
CONTABILIZAÇÃO DOS
III
UNIDADE
GASTOS COM PESSOAL
Objetivos de Aprendizagem
■ Aprender a contabilizar os gastos mensais com pessoal.
■ Entender a contabilização do 13º salário.
■ Compreender os lançamentos dos fatos contábeis das férias.
■ Saber contabilizar a Rescisão do Contrato de Trabalho.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Contabilização do Resumo da Folha
■ Contabilização do 13º Salário
■ Contabilização das Férias
■ Contabilização da Rescisão do Contrato de Trabalho
119
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a)! Chegou a hora de fazermos os lançamentos dos fatos con-
tábeis gerados pelos cálculos da Folha de Pagamento do mês, 13º Salário, Férias e
Rescisão do Contrato de Trabalho. Os cálculos destas verbas foram estudados e
desenvolvidos na unidade II e para entender a contabilização é necessário recor-
rermos àquela unidade. O processo contábil envolve o lançamento no diário e
no razão e o levantamento do Balancete de Verificação. Nesse caso, vamos nos
restringir ao lançamento no diário, pois teremos lançamento em meses diferen-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tes para abordarmos os fatos contábeis dos salários do mês, do 13º salário em
novembro e dezembro e das férias em diferentes meses. Quando o registro do
fato contábil tiver que ser precedido de registros anteriores, faremos a explica-
ção para que você tenha o entendimento completo.
Os fatos contábeis gerados pelos cálculos trabalhistas têm características
diferenciadas, por exemplo: os reflexos nas contas de obrigações trabalhistas no
passivo circulante; entender que nem todas as verbas que são demonstradas no
Recibo de Pagamento do empregado é uma despesa da empresa. Não podemos
deixar de considerar neste estudo, que para contabilizar todos os fatos contábeis,
inclusive os estudados nesta unidade, precisamos levar em conta os princípios
contábeis, as normas brasileiras de contabilidade e a estrutura das demonstrações,
pois os registros de todos os fatos contábeis devem ser entendidos sem fragmen-
tação, para que o aprendizado realmente aconteça de forma plena.
Assim, vamos focar aqui na contabilização desses fatos contábeis, mas não
vamos nos esquecer do que já estudamos sobre processo contábil, pois a ideia é
agregarmos conhecimento de forma contextualizada.
Para aprender, é necessário dedicação; o foco agora é a folha de pagamento.
Vamos em frente. Ótimo estudo!
Introdução
120 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
quando for o caso.
Os nossos dois empregados são do departamento
©shutterstock
administrativo, portanto, a contabilização da folha não
precisa ser departamentalizada, todas as contas de despe-
sas serão em despesas administrativas. Vamos utilizar para esta contabilização o
plano de contas disponível no Anexo I deste livro.
Quadro 1 - Resumo da Folha de Pagamento
Fonte: os autores.
Para melhor efeito didático, vamos fazer lançamentos de primeira fórmula (um
débito e um crédito), pois desta forma os saldos das contas vão sendo formados
com o registro dos fatos individualizados.
Os salários representam despesas para a empresa e ao mesmo tempo uma
dívida para com o empregado (caso o pagamento não seja feito dentro do mês
trabalhado, situação mais comum). Essa dívida será paga até o quinto dia útil do
mês seguinte, mas nas demonstrações de cada mês, inclusive as de dezembro, é
uma obrigação trabalhista no passivo. O lançamento é o seguinte:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No nosso plano de contas, não temos contas específicas para adicionais de peri-
culosidade, insalubridade e noturno e o respectivo repouso semanal remunerado
de cada um, por isso vamos utilizar as mesmas contas, mas vamos fazer lança-
mentos separados para evidenciar o registro de cada verba.
Quadro 3 - Lançamento dos adicionais, RSR e horas extras no diário
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ordenados Pagar Noturno
31/03/XX 3.04.01.01.001 2.01.02.01.001 Valor referente à Folha de 10,00
Salários e Salários a Pagamento 03/20XX - RSR sobre
Ordenados Pagar Adicional noturno
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
31/03/XX 2.01.02.01.001 3.04.01.01.001 Valor referente à Folha de Paga- 110,00
Salários a Salários e mento 03/20XX - Faltas
Pagar Ordenados
31/03/XX 2.01.02.01.001 3.04.01.01.001 Valor referente à Folha de Paga- 73,33
Salários a Salários e mento 03/20XX - RSR sobre Faltas
Pagar Ordenados
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
31/03/XX 2.01.02.01.001 2.01.02.01.007 Valor referente à Folha de Paga- 840,43
Salários a INSS a mento 03/20XX - INSS descon-
Pagar Recolher tado
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
31/03/XX 2.01.02.01.001 3.04.01.01.010 Valor referente à Folha de 66,00
Salários a Vale Trans- Pagamento 03/20XX - Vale
Pagar porte transporte
Fonte: os autores.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mas características do INSS e IRRF.
Com esse lançamento, registramos todos os fatos gerados no Resumo da
Folha de Pagamento. Vamos agora lançar os valores dos encargos sociais: INSS
parte da empresa e FGTS.
Ao contrário do INSS descontado dos empregados, que consta no Recibo
de Pagamento e no Resumo da Folha, este INSS é despesa própria da empresa,
portanto, é uma despesa. Vamos utilizar a mesma conta a crédito, mas a conta a
débito será no grupo Despesas Operacionais, Despesas Administrativas.
Considerando os lançamentos feitos até aqui na Conta 2.01.02.01.001 -
Salários a Pagar, temos o seguinte Razão desta conta:
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
31/03/XX 3.04.01.01.006 2.01.02.01.007 Valor referente aos encargos 2.184,57
INSS INSS a Reco- trabalhistas 03/20XX - INSS
lher
31/03/XX 3.04.01.01.007 2.01.02.01.008 Valor referente aos encargos 627,98
FGTS FGTS a trabalhistas 03/20XX - FGTS
Recolher
Fonte: os autores.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Lembrando que devemos fazer a contabilização de todos os fatos contábeis por
conta contábil no Razão Analítico, mas aqui faremos somente da conta Salários
a Pagar, por ser a conta com mais lançamentos.
FATOS CONTÁBEIS
O resumo da folha é também uma série de fatos contábeis. Eles podem ser
permutativos, como é o caso do salário família, mas a grande maioria deles
são modificativos diminutivos, pois representam despesas, diminuindo, as-
sim, a situação líquida. Para contabilizar, é necessário utilizar o método das
partidas dobradas, que em sua essência diz que todo fato contábil deve ser
registrado contabilmente em duas ou mais contas e obrigatoriamente o va-
lor da origem deverá ser igual ao valor a crédito. Os fatos contábeis da folha
de pagamento podem ser feitos seguindo a primeira fórmula de lançamen-
tos (um débito e um crédito), mas muitas vezes utiliza-se a quarta fórmula
(diversos débitos e diversos créditos).
Fonte: os autores.
©shutterstock
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Na primeira parcela do 13º salário, temos o pagamento aos empregados sem des-
contos mas com o recolhimento do FGTS. Como se trata de uma antecipação
de parte do direito adquirido pelos empregados, vamos lançar este pagamento
como adiantamento do 13º salário no ativo e no dia 20/12 serão feitos os lança-
mentos utilizando as apropriações realizadas (provisionamentos). Como o valor
o 13º Salário e do FGTS foi devidamente provisionado mensalmente, a contabi-
lização na data do pagamento, 30/11 poderá ficar assim:
Quadro 12 - Lançamento do pagamento da 1ª parcela do 13º salário no diário
CONTA
DATA CONTA CREDORA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA
30/11/XX 1.01.03.02.004 1.01.01.01.001 Valor referente ao paga- 3.673,26
Adianta- Caixa Geral mento da 1ª parcela do
mento de 13º salário (50% do 13º
13º Salário salário do empregado)
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
30/11/XX 2.01.02.01.008 1.01.01.01.001 Valor referente ao FGTS da 1ª 293,86
FGTS a Caixa parcela do 13º salário
Recolher
Fonte: os autores.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No dia 20/12, os cálculos são mais complexos, pois os descontos que deixaram de
ser feitos em 30/11, agora são feitos sobre o total do 13º salário. Para esta conta-
bilização, vamos considerar que as apropriações (provisionamento) foram feitas
mensalmente, temos então diversos lançamentos, acompanhe:
Quadro 14 - Lançamento do 13º salário no diário (parcelas realizadas mensalmente)
CONTA
DATA CONTA CREDORA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA
20/12/XX 3.04.01.01.005 2.01.02.01.006 Valor do 13º salário 7.346,54
13º Salário 13º Salário a Pagar
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
20/12/XX 2.01.02.01.006 1.01.03.02.004 Valor da 1ª parcela do 3.673,26
13º Salário a Adiantamen- 13º salário descon-
Pagar to 13º Salário tado
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
20/12/XX 2.01.02.01.006 2.01.02.01.007 Valor do INSS descontado 670,26
13º Salário a INSS a Reco- sobre 13º salário
Pagar lher
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
20/12/XX 2.01.02.01.006 2.01.03.01.007 Valor do IRRF desconta- 495,92
13º Salário a IRRF sobre 13º Sa- do sobre 13º salário
Pagar lário a Recolher
Fonte: os autores.
CONTA
DATA CONTA CREDORA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os encargos sobre o 13º salário quanto ao FGTS será sobre o valor total do 13º
salário, haja vista que não é calculado na 1ª parcela, mas o FGTS é somente sobre
o valor da 2ª parcela, pois já foi calculado e pago sobre a 1ª parcela.
Quadro 19 - Lançamento dos encargos sobre o 13º salário no diário
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
20/12/XX 3.04.01.01.006 2.01.02.01.007 INSS parte da empre- 2.042,34
INSS INSS a Recolher sa sobre 13º salário
20/12/XX 3.04.01.01.007 2.01.02.01.008 FGTS sobre a 2ª parce- 293,86
FGTS FGTS a Reco- la do 13º salário
lher
Fonte: os autores.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Vimos que o período de gozo das férias representa um descanso para o trabalha-
dor, no entanto, na empresa representa um período improdutivo, mas remunerado,
e o desembolso da empresa ao colaborador ainda será com acréscimo de ⅓ do
valor da remuneração mensal média. Contabilmente, de acordo com o regime
de competência, o valor pago por ocasião das férias não pode ser considerado
como despesas do mês das férias, pois não há trabalho, e as despesas são gastos
necessários para geração de receitas; como o colaborador que está de férias não
trabalhou, também não contribuiu para geração das receitas do período.
Por isso, mensalmente devemos constituir uma apropriação (provisiona-
mento) para as férias.
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
28/03/XX 1.01.03.02.003 1.01.01.01.001 Valor referente ao pa- 1.461,34
Adiantamento Caixa Geral gamento das férias de
de Férias Fernanda Lima da Silva
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
30/04/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.005 Valor das férias de Fernanda
Férias Férias a Pagar Lima da Silva 1.204,40
30/04/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.005 Valor do adicional de férias
Férias Férias a Pagar de Fernanda Lima da Silva 401,47
30/04/XX 2.01.02.01.005 2.01.02.01.007 Valor do INSS descontado 144,53
Férias a INSS a Reco- das férias de Fernanda Lima
Pagar lher da Silva
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
30/04/XX 2.01.02.01.005 1.01.03.02.003 Valor das férias de Fernanda 1.461,34
Férias a Adiantamento Lima da Silva
Pagar de Férias
Fonte: os autores.
CONTA
DATA CONTA CREDORA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA
30/04/XX 3.04.01.01.006 2.01.02.01.007 INSS parte da empresa 446,43
INSS INSS a Recolher sobre Férias
30/04/XX 3.04.01.01.007 2.01.02.01.008 FGTS sobre férias 128,47
FGTS FGTS a Recolher
Fonte: os autores.
Fonte: os autores.
CONTA
DATA CONTA CREDORA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA
19/05/XX 1.01.03.02.003 1.01.01.01.001 Valor referente ao pa- 6.987,92
Adiantamen- Caixa gamento das férias de
to de Férias Gonçalves do Santos
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
31/05/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.005 Valor das férias de Gonçalves
Férias Férias a pagar do Santos 3.921,33
31/05/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.005 Valor do adicional de férias
Férias Férias a pagar de Gonçalves do Santos 1.307,11
31/05/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.005 Valor do Abono Pecuniário de 1.960,66
Férias Férias a pagar Gonçalves do Santos
31/05/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.005 Valor do adicional de 1/3 653,55
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Férias Férias a pagar sobre o Abono Pecuniário de
Gonçalves do Santos
31/05/XX 2.01.02.01.005 2.01.02.01.007 Valor do INSS descontado das 570,88
Férias a pagar INSS a recolher férias de Gonçalves do Santos
31/05/XX 2.01.02.01.005 2.01.03.01.007 Valor do IRRF descontado das 283,85
Férias a pagar IRRF a recolher férias de Gonçalves do Santos
31/05/XX 2.01.02.01.005 1.01.03.02.003 Valor das férias de Gonçalves 6.987,92
Férias a pagar Adiantamen- do Santos
to de Férias
Fonte: os autores
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
31/05/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.007 INSS parte da empresa 2.180,26
Férias INSS a recolher sobre Férias
31/05/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.008 FGTS sobre férias 627,41
Férias FGTS a recolher
Fonte: os autores.
Tanto as férias quanto o 13º salário são pagas sem a contraprestação de tra-
balho, portanto, os empregados trabalham 11 meses por ano e ganham 13
salários. Como a empresa deve fazer para planejar isso?
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
03/08/XX 2.01.02.01.001 2.01.02.01.002 Saldo de Salário na resci- 400,00
Salários a Recisões a são de Bruno Gonçalves
pagar pagar dos Santos
03/08/XX 2.01.02.01.001 2.01.02.01.002 Adicional de Periculosida- 120,00
Salários a Recisões a de na rescisão de Bruno
pagar pagar Gonçalves dos Santos
03/08/XX 3.04.01.01.004 2.01.02.01.002 Férias vencidas e propor- 11.834,96
Férias Recisões a cionais mais adicional de
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Quanto aos encargos: INSS parte da empresa e FGTS serão lançados pelo total
do mês, envolvendo as demais verbas da folha além da rescisão.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores.
CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
04/08/XX 3.04.02.01.003 2.01.02.01.008 Multa do FGTS da resci- 9.598,40
Indenização e FGTS a reco- são de Bruno Gonçalves
Aviso prévio lher dos Santos
Fonte: os autores.
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CONTA CONTA
DATA HISTÓRICO VALOR
DEVEDORA CREDORA
04/08/XX 2.01.02.01.008 1.01.01.01.001 Pagamento do FGTS da 10.385,65
FGTS a reco- Caixa rescisão de Bruno Gon-
lher çalves dos Santos
Fonte: os autores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a consideração dos demais lançamentos do período, fizemos os registros contá-
beis somente no formato do Livro Diário, mas em alguns casos demonstramos
a situação das contas por meio do razão delas.
Consideramos, na elaboração dos registros contábeis, que os fatos contá-
beis gerados pelos cálculos trabalhistas têm características diferenciadas, por
isso as contas que utilizamos para registrar os fatos contábeis do resumo da
folha de pagamento devem identificar corretamente os fatos, tanto nas con-
tas de despesas quanto nas obrigações e provisões. Consideramos cada detalhe
que envolve os cálculos e pagamento do 13º salário e das férias, pois o regis-
tro no momento do pagamento depende dos lançamentos que precederam este
momento. Consideramos nesta unidade que para contabilizar todos os fatos
contábeis, inclusive os estudados nesta unidade, precisamos levar em conta os
princípios contábeis, as normas brasileiras de contabilidade e a estrutura das
demonstrações, pois os registros de todos os fatos contábeis devem ser entendi-
dos sem fragmentação, para que o aprendizado seja completo.
A contabilização foi feita para completar o aprendizado sobre as rotinas tra-
balhistas, pois todos os cálculos estudados na unidade II geram fatos contábeis
que foram contabilizados nesta unidade contextualizando o aprendizado.
Vamos em frente. Sucesso no seu aprendizado!
2. A contribuição para a Previdência Social deve ser feita pelos empregados e em-
pregadores, sendo que o recolhimento dos empregados é feito pelo emprega-
dor. Considerando que no mês 04/x1 foram calculados os seguintes valores
referente a folha de pagamento dos empregados:
• Salários: R$5.520,00
• Adicional noturno: R$120,00
• INSS descontado: R$451,20
• Salário Família: R$58,32
• FGTS: R$451,20
• INSS parte da empresa: 1.567,92
Assinale a alternativa que representa o saldo que será demonstrado no ra-
zão analítico da conta INSS a Recolher no dia 30/04/X1.
142
a) R$2.019,12.
b) R$1.960,80.
c) R$1.567,92.
d) R$451,20.
e) R$392,88.
3. Quais contas contábeis, a débito e a crédito, deverão ser utilizadas para fazer o
lançamento contábil do valor do Salário Família que será pago aos empregados?
Assinale a alternativa correta.
a. D - Salários a Pagar e C - INSS a Recolher
b. D - INSS a Recolher e C - Salários a Pagar
c. D - Despesas com Salários e C - INSS a Recolher
d. D - Despesas com encargos sociais e C - Salários a Pagar
e. D - Despesas com Encargos Sociais e C - INSS a Recolher
RELAÇÃO DE EMPREGO
O Princípio da Norma Favorável ao Empregado é utilizado nos casos em que há pluralidade
de normas aplicáveis a uma relação de trabalho, devendo-se optar pela que será mais favo-
rável ao trabalhador. Quando se trata da relação de emprego, pouco importa a hierarquia
das normas jurídicas, pois sempre será aplicado o que for mais benéfico para o empregado,
assim, por mais superior que a Constituição Federal seja, se uma simples Convenção Coleti-
va de Trabalho trouxer mais benefícios aos empregados, esta será obedecida e não aquela.
Por sua vez, o terceiro princípio a ser destacado, da condição mais benéfica ao traba-
lhador, consiste em assegurar ao trabalhador a permanência da condição mais bené-
fica objetivamente reconhecida. Ademais, o empregado contratado sob a vigência
de determinadas condições a ele asseguradas não pode ser rebaixado à condição
inferior. Por isso, a condição pode resultar de lei, de contrato individual, de instru-
mento coletivo ou de regulamento de empresa. Francisco Meton Lima (1997) enfati-
za dois fundamentos que suportam essa regra: o primeiro seria o fato de que a mo-
dificação das normas trabalhistas não pode operar in pejus (piorar); e o segundo
seria que o rebaixamento fere o direito adquirido, constitucionalmente protegido.
O princípio da irrenunciabilidade de direitos diz respeito ao verbo “renunciar”. Renun-
ciar significa deixar, abdicar, desistir. No sentido jurídico, designa o abandono ou a
desistência do direito que se tem sobre alguma coisa. A aplicação deste princípio de-
corre da imperatividade das normas trabalhistas, o que ocasiona a indisponibilidade
dos direitos. Por imperatividade, entenda-se jus cogens, em oposição ao jus dispositi-
vum. Isso significa que o trabalhador não pode renunciar aos seus direitos trabalhis-
tas, porque eles decorrem de normas imperativas, das quais não se pode dispor: “Em
síntese, esse princípio consiste em que o trabalhador não pode renunciar aos direitos
a ele assegurados pela legislação do trabalho” (LIMA, 1997, p. 88). Assim, o trabalhador
não tem possibilidade de se privar dos direitos concedidos pela legislação trabalhista.
O princípio da continuidade da relação de emprego se refere ao direito do emprega-
do em permanecer com o seu vínculo empregatício. Este princípio estabelece que a
permanência do trabalhador no emprego é fazer cumprir satisfatoriamente o obje-
tivo teleológico do Direito do Trabalho. Afinal, aquele que vive apenas de seu traba-
lho precisa manter o seu emprego como um instrumento de afirmação na sociedade.
Os doutrinadores apontam que a nova lei do aviso prévio; as estabilidades provisórias,
como as do dirigente sindical (art. 8°, VIII, CF/1988), da gestante e do cipeiro (art. 10,
ADCT, CF/1988); e o disposto nos artigos 10 e 448 da CLT (BRASIL,1943) contribuem para
a efetivação do princípio da continuidade da relação de emprego.
Segundo o princípio da primazia da realidade sobre a forma, a verdade real deverá sem-
pre prevalecer sobre a verdade formal. Você deve estar se perguntando, mas qual a dife-
rença entre a verdade real e a verdade formal?
144
Contabilidade Introdutória
Equipe de professores FEA/USP
Editora: Atlas
Sinopse: O livro parte de uma visão de conjunto dos relatórios emanados pela Contabilidade,
descendo então em nível de detalhes sobre os lançamentos originários. Expõe os significados
da função controladora da Contabilidade e das peças contábeis. Traz em apêndices explicações
sobre a correção monetária do balanço e análise de demonstrações contábeis.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
ESTOQUE E CONTROLE DE
IV
UNIDADE
MERCADORIAS
Objetivos de Aprendizagem
■ Compreender o sistema de controle periódico de mercadorias.
■ Compreender o sistema de controle permanente de mercadorias.
■ Aprender como as mercadorias são controladas e avaliadas pelo
sistema PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).
■ Aprender como as mercadorias são controladas e avaliadas pelo
sistema UEPS (último que entra, primeiro que sai).
■ Aprender como as mercadorias são controladas e avaliadas pelo
sistema MPM (média ponderada móvel).
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Inventário Periódico
■ Inventário Permanente
151
INTRODUÇÃO
Introdução
152 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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INVENTÁRIO PERIÓDICO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Por sua vez, Viceconti e Neves (2013, p. 85) lembram que na venda de mer-
cadoria, o preço de venda é conhecido e certo, “mas e quanto ao preço de custo?
Como a empresa pode determinar que a mercadoria vendida (que está no estoque)
veio deste ou daquele fornecedor já que os preços de compra foram diferentes?”
Esse questionamento é importante para demonstrar que as mercadorias
destinadas à revenda precisam de algum tipo de controle para que o seu custo
seja identificado e lançado adequadamente no período em que ocorreu a venda.
Em relação às pequenas empresas, esse controle tende a ser mais simples em
virtude das características empresariais, limitações de sistemas de informações
ou quantidade insuficiente de funcionários. Essa dificuldade pode ser facilitada
pelo método de controle de estoque denominado inventário periódico.
O regulamento do Imposto de Renda (RIR), por meio do Decreto nº 9.580,
ao tratar dos livros fiscais, em seu art. 275, determina que a pessoa jurídica deverá
possuir, além dos livros de contabilidade, o de registro de inventário. No art. 276,
o RIR preconiza que o livro inventário, os itens abaixo nomeados, deverão ser
arrolados com especificações que facilitem sua identificação:
Inventário Periódico
154 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
que o inventário periódico ocorre quando os estoques existentes na empresa são
avaliados na data de encerramento do Balanço Patrimonial por meio de contagem
física. O estoque das mercadorias, dessa forma, é denominado de estoque final.
Em relação à valoração ou preço utilizado para avaliação dos estoques, o
Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por intermédio do Pronunciamento
Técnico nº 16 (R1), item 9, prevê que os estoques devem ser mensurados pelo valor
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor (CPC, 2016, on-line).
Em consonância com o pronunciamento técnico, a Lei das Sociedades por
Ações nº 6.404, ao tratar do critério de avaliação dos elementos do ativo, esta-
belece em seu art. 183, inciso II, que as mercadorias e produtos do comércio da
companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em
almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de
provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior (BRASIL,
2016, on-line).
Iudícibus et al (2010) reforçam que quando necessita-se apurar o resultado
obtido com a venda de mercadorias (RCM), e na ocasião quando essas vendas
são efetuadas sem um controle paralelo e concomitante do estoque, é preciso
fazer um levantamento físico para avaliar as mercadorias existentes naquela
data, e pela diferença entre o total dos produtos disponíveis para venda, durante
o período, esse estoque final (apurado extracontabilmente), obtém-se o CMV.
Tem-se o seguinte exemplo:
A. Considere que determinada empresa tenha iniciado o ano com um esto-
que inicial avaliado e escriturado no valor de R$ 100.000,00, referente a
100 unidades (R$ 1.000,00 cada uma).
Inventário Periódico
156 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Além das contas de estoque inicial, compras e estoque final, outras contas são
consideradas para apuração do custo das mercadorias vendidas na metodologia
do inventário periódico. Conforme destaca Favero (2009), as contas mais usu-
ais para identificar o CMV são:
Quadro 1 - Composição da conta CMV
INVENTÁRIO PERMANENTE
CONCEITO
Inventário Permanente
158 UNIDADE IV
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
portanto, fundamental a utilização de sistemas de informações modernos que
gerem dados e relatórios pontuais e compatíveis com o fluxo de movimentação
do estoque de produtos.
Sobre a geração de informações, Favero (2009, p. 236) declara, ainda, que:
O inventário permanente refere-se a um controle de estoque que per-
mite aos usuários da informação contábil obter a qualquer momen-
to informações precisas sobre a quantidade e valor de cada item do
estoque da empresa. Com a utilização do inventário permanente não
há necessidade de se fazer um desdobramento das contas, similar ao
ocorrido no caso do inventário periódico. No inventário permanente,
todos os lançamentos relativos às operações com a compra de merca-
dorias poderão ser efetuados utilizando-se a conta MERCADORIAS,
classificada no subgrupo de Estoque no Ativo Circulante.
Inventário Permanente
160 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 3 - Esquema com identificação dos saldos na ficha de controle de estoque
Fonte: os autores (2016).
Favero (2009) lembra que essa ficha é utilizada com o objetivo de fornecer infor-
mações da quantidade de itens estocados e seus respectivos valores, servindo,
ainda, como referência para confrontação entre a contagem física e a quanti-
dade registrada na ficha.
De modo conclusivo, o inventário permanente pode ser avaliado pelos métodos
PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai; UEPS – Último que Entra, Primeiro
que Sai; e MPM – Média Ponderada Móvel. Itens a serem estudados na sequência.
O estoque é avaliado por seu custo de aquisição e esse controle é feito conforme a
baixa ou saída da mercadoria pelo método PEPS (primeiro que entra, primeiro que
sai), UEPS (último que entra, primeiro que sai) e MPM (média ponderada móvel).
Esse método, traduzido do termo inglês First in, first out (FIFO), consiste em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
utilizar o custo das compras efetuadas em primeiro lugar para obter o valor do
custo das mercadorias vendidas. Desse modo, toda vez que ocorre uma venda,
baixa-se as primeiras compras efetuadas (GRECO, 2006).
Em outras palavras, Viceconti e Neves (2013) ensinam que o objetivo do
método PEPS é avaliar o estoque final pelas aquisições mais recentes e o custo
das mercadorias vendidas pelas aquisições mais antigas. Ou seja, o estoque final
é reflexo das últimas compras realizadas – é o que ficou no estoque. O custo
das mercadorias vendidas, porém, é avaliado pelas primeiras compras – pois
as primeiras mercadorias compradas devem ser as primeiras a serem baixadas:
Primeiro que Entra, Primeiro que Sai.
Esse raciocínio, segundo Favero (2009), é para demonstrar que primeira-
mente são vendidas as mercadorias mais antigas.
Exemplificando, considere as seguintes informações:
■ Dia 01/07/X1, a empresa identifica um saldo de 110 unidades. com valor
unitário de R$ 5,00. Quando há estoque inicial, será necessário conside-
rar essa informação como a “primeira entrada”.
■ Dia 05/07/X1, são adquiridas 100 unidades pelo valor unitário de R$ 6,00.
■ Dia 08/07/X1, realiza-se uma venda de 80 unidades pelo valor de R$ 10,00
cada mercadoria (veja que, neste caso, na ficha de controle de estoque o
valor da “venda” não é considerado, mas tão somente o valor do “custo
de aquisição” do produto).
Inventário Permanente
162 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores (2016).
O método UEPS ou Last in, first out (LIFO) refere-se ao critério de considerar o
CMV pelo custo das últimas mercadorias adquiridas. Contudo, proporciona um
maior custo das mercadorias vendidas e, consequentemente, um menor resul-
tado. Esse critério de valoração do estoque não é aceito pela legislação brasileira
do Imposto de Renda (FAVERO, 2009).
Viceconti e Neves (2013) informam que o método UEPS tem como objetivo
avaliar o estoque final pelas aquisições mais antigas e o CMV pelas aquisições
Inventário Permanente
164 UNIDADE IV
A média ponderada móvel (MPM) considera o CMV pelo valor médio das mer-
cadorias compradas, fugindo do controle de preços por lotes como nos métodos
anteriores, sendo o mais utilizado e mais lógico, pois o valor médio de cada uni-
dade em estoque altera-se à medida que são compradas outras unidades. Assim,
o custo é calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades exis-
tentes (IUDÍCIBUS et al. 2010).
Favero (2009) adverte que na média ponderada móvel, normalmente, o CMV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
apurado fica abaixo do valor apurado pelo método UEPS e acima do valor encon-
trado por meio do PEPS, ou seja, um valor médio.
Utilizando as mesmas informações anteriores, tem-se a seguinte situação:
Quadro 5 - Controle de estoque pela MPM
Assim, constatou-se que o custo das mercadorias vendidas pela MPM (R$ 438,10)
ficou abaixo do valor apurado pelo método UEPS (R$ 480,00) e acima do valor
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Inventário Permanente
166 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
método aplicado o estoque poderá ser avaliado pelas primeiras ou últimas com-
pras, mais próximo ou distante do valor atual. O custo das mercadorias vendidas
maior ou menor também interferem no resultado do exercício. Reforçando, por-
tanto, a necessidade de leituras complementares e exercício prático para melhor
compreender o assunto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
168
b) V; F; V;
c) F; V; F;
d) F; F; V;
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
4. No inventário periódico, o CMV é composto por diversas contas, entre elas des-
tacam-se:
a) Estoque final (+), compras de mercadorias (+) e devolução de compras (-).
b) Estoque inicial (+), COFINS sobre compras (+) e abatimento sobre compras (-).
c) Estoque final (-), compras de mercadorias (+) e devolução de compras (+).
d) COFINS sobre compras (-), fretes sobre compras (-) e abatimento sobre com-
pras (+).
e) Abatimento sobre compras (-), estoque final (+) e estoque inicial (-).
5. Com base na ficha de controle do estoque abaixo e utilizando o método PEPS,
considere as seguintes afirmativas:
170
Por exemplo, os estoques usados em um segmento de negócio podem ter um uso para
a entidade diferente do mesmo tipo de estoques usados em outro segmento de negó-
cio. Porém, uma diferença na localização geográfica dos estoques (ou nas respectivas
normas fiscais), por si só, não é suficiente para justificar o uso de diferentes critérios de
valoração do estoque.
O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens de estoque que
foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, conse-
quentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais
recentemente comprados ou produzidos. Pelo critério do custo médio ponderado, o
custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens seme-
lhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzi-
dos durante o período. A média pode ser determinada em base periódica ou à medida
que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade.
Fonte: CPC (2016, on-line).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Contabilidade Básica
Paulo Viceconti e Silvério das Neves
Editora: Saraiva
Sinopse: com uma linguagem clara e acessível, o livro que
se transformou em sucesso editorial chega à sua 16ª edição. A obra apresenta uma abordagem
introdutória da Contabilidade, sem perder de vista o rigor técnico e a aplicação dos conceitos
apresentados, além de estar atualizada com as modificações ocorridas nas Normas Brasileiras
de Contabilidade. Livro indispensável para todos os que desejam iniciar seus estudos na área e
desejam uma referência completa e bem elaborada. Aplicações: Indicado para cursos técnicos
e de ensino superior em Ciências Contábeis, e para cursos preparatórios para o Exame de
Suficiência em Contabilidade e concursos públicos.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
1. D.
2. B.
3. C.
4. A.
5. A.
Professor Esp. Augusto Cesar Oliveira Camelo
V
OPERAÇÕES COM
UNIDADE
MERCADORIAS SEM
IMPOSTOS
Objetivos de Aprendizagem
■ Contabilizar a compra de mercadorias nos livros contábeis.
■ Contabilizar a operação de venda de mercadorias.
■ Registrar nos livros contábeis a devolução de compra e venda de
mercadorias.
■ Realizar o levantamento do inventário para compreender toda a
movimentação de mercadorias.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Compra de Mercadorias para Revenda
■ Venda de Mercadorias
■ Devolução de Compra de Mercadorias
■ Devolução de Venda de Mercadorias
■ Inventário do Estoque de Mercadorias
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INTRODUÇÃO
Introdução
180 UNIDADE V
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o método do inventário permanente estudado na Unidade IV, de modo a per-
mitir um controle constante das movimentações de compra, venda, devoluções
e identificação do custo das mercadorias vendidas no ato da venda, diferente-
mente do método do inventário periódico, no qual o controle gerencial não ocorre
simultaneamente às operações, mas por meio da concentração dos lançamen-
tos na conta de CMV e da contagem física das mercadorias para confirmação e
ajustes dos saldos em estoque.
O estoque de mercadorias representa um dos principais elementos do
patrimônio de uma empresa e está presente na maioria delas, necessitando ser
avaliado, contabilizado e demonstrado de modo a permitir um controle eficiente
(NASCIMENTO; COSTA, 2015).
As mercadorias quando ingressam na empresa têm o seu valor registrado
no grupo Ativo Circulante do Balanço Patrimonial, causando um aumento dos
bens patrimoniais. No momento da sua venda, o estoque tem como contrapar-
tida uma conta de resultado denominada de CMV, constante na Demonstração
do Resultado do Exercício.
Sendo assim, é necessário conhecer a metodologia de cálculo para identi-
ficar os itens que farão parte do custo da mercadoria adquirida. Greco (2006)
ensina que o custo unitário da mercadoria é obtido pelo valor total das respec-
tivas compras, incluindo seguros e fretes, dividido pela quantidade adquirida.
De modo ilustrativo, o custo das compras de mercadorias é calculado com base
no esquema a seguir:
(+) Fretes
(+) Seguros
Cabe ressaltar que, dentre os valores que compõem o custo das mercadorias
adquiridas, é possível, ainda, incluir os tributos não recuperáveis e excluir os
tributos recuperáveis (impostos que dão o direito da empresa abater ou recupe-
rar determinado valor sobre o montante final a pagar). Contudo, por objetivos
didáticos, e para facilitar o aprendizado do conteúdo proposto, esta Unidade não
tratará dos impostos envolvidos na aquisição, venda e devolução de mercadorias.
De modo prático, considere que a Empresa Exemplo Ltda. comprou 50 unida-
des de um determinado produto para revenda. O valor dos produtos totalizou R$
500,00. A empresa também pagou R$ 80,00 de frete e R$ 20,00 de seguro. Assim,
o valor unitário do produto adquirido é de R$ 12,00, conforme quadro a seguir:
Quadro 1 - Exemplo da composição e identificação do custo unitário de mercadoria
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C (Crédito) – Caixa ou Bancos........ R$ 8.000,00
b. 2) Compras a prazo:
D – Estoque de Mercadorias
C – Fornecedores ou Duplicatas a Pagar........ R$ 8.000,00
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VENDA DE MERCADORIAS
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ciais e industriais e o valor do seu faturamento deve ser superior ao custo das
mercadorias adquiridas para suprir as diversas necessidades operacionais e
administrativas.
No momento da venda e, com base no enquadramento tributário e a ativi-
dade econômica empresarial, os valores dos impostos sobre a receita de vendas
devem ser apurados, contabilizados e provisionados para pagamento. Porém,
em virtude do objetivo de aprendizagem, esta Unidade não tratará dos impos-
tos sobre a movimentação de mercadorias.
a. 2) Vendas a prazo:
D – Clientes ou Duplicatas a Receber
C – Receita com Vendas a Prazo........ R$ 2.000,00
Com base na letra (a. 3), observe que o registro do CMV e da baixa da merca-
doria do estoque refere-se ao custo de aquisição da mercadoria (constante na
Venda de Mercadorias
186 UNIDADE V
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Após o lançamento contábil do CMV, identifica-se o saldo final da conta de
Estoque de Mercadorias em R$ 8.550,00, referente às 90 unidades restantes com
valor unitário de R$ 95,00.
Desse modo, a ficha de controle de mercadorias sofre alterações, reduzindo
a quantidade de produtos estocados e o saldo total, conforme quadro a seguir:
Quadro 3 - Ficha de controle de estoque (venda de mercadorias)
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A devolução, total ou parcial, das mercadorias adquiridas pode ocorrer por diver-
sos fatores: entrega inadequada do pedido, nota fiscal com erros, produto com
avaria ou defeito, entre outras situações.
Essa devolução também precisa ser registrada nos livros contábeis para refletir
os efeitos do fato gerador no inventário de mercadorias e na apuração tributária.
Considere, por exemplo, que no dia 15/01/X1 a Empresa Exemplo Ltda.
devolveu 05 unidades do produto comprado no dia 02/01/X1. A seguir, dois
exemplos, considerando devolução de compra à vista e a prazo:
a) Devolução de compra à vista:
D – Caixa ou Bancos
C – Estoque de Mercadorias........ R$ 475,00 (05 x R$95,00)
b) Devolução de compra a prazo:
D – Fornecedores ou Duplicatas a Pagar
C – Estoque de Mercadorias........ R$ 475,00 (05 x R$95,00)
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: os autores (2016).
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Figura 2 - Exemplo da classificação da devolução de vendas na DRE
Fonte: os autores (2016).
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Empresa Exemplo Ltda.
Fica de Controle de Estoque
DESCRIÇÃO ENTRADA SAÍDA SALDO
DATA DAS
OPERAÇÕES Quant. Vr. Unit. Vr. Total Quant. Vr. Unit. Vr. Total Quant. Vr. Unit. Vr. Total
01/01/X1 Estoque inicial - - - - - - - - -
Compra+frete+
01/01/X1 seguro 100 95,00 9.500,00 - - - 100 95,00 950,00
Estoque
CMV Final
Figura 3 - Ficha de controle de estoque (saldos inicial, final e cmv)
Fonte: os autores (2016).
através de uma Oficina Técnica ministrada pelo Prof. Frederico Otavio S. Ca-
valcante, abordou os métodos de avaliação pelas Normas Contábeis versus
Normas Fiscais, com base na seção 13 da NBC TG 1000, no CPC 16 (R1), Reso-
lução CFC 1.418/12 e Regulamentação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(art. 289 até 298).
Com base na apostila disponível no sítio do referido Conselho, o material
abordou o conceito de estoque, o tratamento contábil, o método e os crité-
rios para atribuir custo aos estoques, diferenciando: custo a ser reconhecido
como um ativo, custo como despesa em resultado e redução ao valor recu-
perável de estoques.
Nesse sentido, é importante saber que os estoques são ativos mantidos para
venda no curso normal dos negócios, no processo de produção para venda
ou na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo
de produção ou na prestação de serviços.
Fonte: adaptado de CRC SP (2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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mentação de mercadorias por meio da compra para revenda. Utilizando-se do
método das partidas dobradas (débito e crédito) para demonstrar como seria
o registro em caso de compra de mercadorias pelo inventário permanente, e o
reflexo desses lançamentos no razonete e na ficha de controle de estoque.
Como informação complementar, destacou-se que o custo das mercadorias
é calculado e composto com base no valor dos produtos adquiridos, acrescen-
tando o valor de fretes, seguros e outros gastos necessários à comercialização
do produto.
Seguiu-se o mesmo padrão didático e na sequência abordou-se a venda de
mercadorias, exemplificando a compra por meio do lançamento contábil das
partidas dobradas, dos razonetes e da ficha de controle de estoque.
Por fim, outros exemplos foram demonstrados para ampliar o entendimento
da movimentação de mercadorias por meio das devoluções de compras e de ven-
das. O primeiro tratou de uma situação no qual a empresa devolve a mercadoria
ao fornecedor. No segundo, o cliente (consumidor final) devolve a mercadoria
para a empresa que realizou a venda. Em ambas as situações, a Unidade demons-
trou como seriam os lançamentos contábeis, por meio do débito e do crédito, o
reflexo destes nos razonetes e nas fichas de controle de estoques. Acreditando,
assim, na contribuição do material para o aperfeiçoamento do conhecimento
e da prática contábil em relação às operações com mercadorias sem impostos.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
lo.br/scielo.php?pid=S0104-530X2006000200005&script=sci_abstract&tlng=pt>.
Acesso em: 03 nov. 2016.
SEBRAE. Como elaborar o controle de estoque de mercadorias 2016. Disponível
em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-elaborar-o-con-
trole-de-estoque-de-mercadorias,8e80438af1c92410VgnVCM100000b272010aR-
CRD>. Acesso em: 09 set. 2016.
VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. Contabilidade básica. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
GABARITO
1) A.
2) A
3) B.
4) C
5) C
203
CONCLUSÃO