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INOVADORES E
STARTUPS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Mincoff
James Prestes
Tiago Stachon
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Coordenador de Conteúdo
Patricia Rodrigues da Silva
Designer Educacional
Janaína de Souza Pontes
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a
Projeto Gráfico
Distância; BIAZON, Victor Vinicius.
Jaime de Marchi Junior
Negócios Inovadores e Startups. Victor Vinicius Biazon. José Jhonny Coelho
Maringá-Pr.: Unicesumar, 2018. Reimpresso em 2024. Arte Capa
160 p. Arthur Cantareli Silva
“Graduação - EaD”.
Ilustração Capa
1. Negócios. 2. Startups. 3. Inovação. 4. EaD. I. Título. Bruno Pardinho
Editoração
ISBN 978-85-459-1237-8 Arthur Cantareli Silva
CDD - 22 ed. 658.421
Qualidade Textual
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Produção de Materiais
Ilustração
Bruno Pinhata
Bruno Cesar Pardinho
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Marta Sayuri Kakitani
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quando
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou
profissional, nos transformamos e, consequentemente,
transformamos também a sociedade na qual estamos
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com
os desafios que surgem no mundo contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe
de professores e tutores que se encontra disponível para
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
CURRÍCULO
<http://lattes.cnpq.br/2114473479088002>
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro (a) futuro (a) empreendedor (a), o conteúdo deste livro tem como prioridade te
levar a ter a capacidade de inovar, fazer diferente, afinal os tempos mudaram e há
tantas coisas que ainda queremos como consumidores, há tanta possibilidade a ser
explorada, e espero que você tome esse espaço no mercado, oferecendo um produto/
serviço inovador.
Inovar significa, em um sentido mais amplo, ofertar bens e serviços que não existiam
anteriormente. Os estudos apontam que por meio de um posicionamento competen-
te, a análise do setor, a análise da concorrência, a segmentação, o posicionamento e
o planejamento estratégico, as organizações se tornam capazes de garantir um dife-
rencial competitivo ou pelo menos a tentativa de ser uma organização competitiva.
Para Terra (2007) o tema inovação traz consigo a demanda por profissionais criativos,
mas salienta que, na prática, as empresas pouco fazem no sentido de recrutar, trei-
nar e estimular seus profissionais de maneira consistente e continuada para que isso
aconteça. O maior desafio talvez seja transformar a organização num espaço onde se
estimule o risco calculado, o esforço de longo prazo, os intervalos para o relaxamento
que predispõe a criatividade, o tempo para pensar, viagens para novas associações de
ideias, abertura aos questionamentos, a busca pela estética, relações humanas com
espaço para falar e ouvir, com rotinas mais criativas e abertas.
Inovar é fácil, o próximo passo é usar essa inovação em forma de negócio e para isso
vamos estudar as Startups. Vamos juntos descobrir o que caracteriza uma empresa
Startup e o que a diferencia de um modelo de negócio convencional. Fomos buscar
informações, por exemplo, junto ao Sebrae que no início, quando o termo começou
a ser utilizado, na época da proliferação da internet em meados dos anos 2000, em
que esse novo tipo de negócio referia-se a um grupo de pessoas trabalhando com
uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Além disso, Startup
sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento. Será que
algo mudou de lá para cá?
Dados consolidados sobre o rendimento das Startups no Brasil ainda são poucos, mas
já podemos ter uma boa noção do quanto esse tipo de empreendedorismo pode fo-
mentar os negócios e a economia brasileira. Em 2015 um estudo apontou que entre
junho/2014 e junho/2015 as startups estruturadas no nosso mercado movimentaram
R$ 784 milhões. O montante representa crescimento de 14%. Veja como este segmen-
to movimentou a nossa economia, tendo em vista a recorrente crise econômica no
período (BRASIL ECONÔMICO, 2016, online).
O livro foi estruturado para que você possa compreender os conceitos através de
exemplos reais de empreendedores que estão mergulhados no seu modelo de negó-
cio inovador.
Na unidade I vamos tratar de compreender os conceitos de empreendedorismo vin-
culados aos conceitos e tipos de inovação, passando por fatores que motivam empre-
endedores a ingressarem nos negócios inovadores.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
44 Referências
47 Gabarito
UNIDADE II
84 Referências
86 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
119 Referências
121 Gabarito
UNIDADE IV
156 Referências
159 Gabarito
160 Conclusão
Professor Dr. Victor Vinicius Biazon
INOVAÇÃO NA PERSPECTIVA
I
UNIDADE
EMPREENDEDORA
Objetivos de Aprendizagem
■ Apresentar conceitos de empreendedorismo vinculados à inovação.
■ Conceituar inovação, seus tipos e incluir características como
inventividade e criatividade no processo inovativo.
■ Destacar os fatores motivacionais que levam empreendedores a
empreender.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Empreendedorismo e inovação: soluções inteligentes para atender
ao mercado
■ Inovação, invenção e criatividade
■ Motivação na busca de negócios inovadores
12 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: SOLUÇÕES
INTELIGENTES PARA ATENDER AO MERCADO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1 - Waze
O site diz: “Pegue a melhor rota, todos os dias, com ajuda em tempo real de
outros motoristas”, ou seja, trabalha a coletividade afirmando que nada pode
superar as pessoas trabalhando juntas; que o trânsito é mais que apenas linhas
vermelhas no mapa e pode ser editado por uma comunidade, afirma que seus
amigos podem ser usuários também e estão logo ali e dá a dica de que toda vez
que você abastecer, pode economizar no combustível.
Simplesmente dirigindo com o Waze aberto você já está contribuindo com
informações de trânsito em tempo real para sua comunidade. Você também pode
alertar acidentes e outros perigos que você encontrar no seu percurso. Receba
alertas em sua rota e encontre os postos com combustível mais barato próximo
a você. Além disso, você pode adicionar amigos, compartilhar locais e manter
outras pessoas informadas sobre seu horário de chegada.
A inovação é justamente isso, por vezes algo que já existe pode ser melhorado
e oferecer mais aos seus usuários. Veja, se eu passo por transtornos no trânsito
todo dia e o GPS já não atende tudo que eu preciso, outras pessoas podem passar
pelo mesmo problema, é desta forma que o ser empreendedor enxerga oportuni-
dades, e aliado ao conhecimento (no caso de aplicativos ou dispositivos móveis)
pode dar início a uma solução para si, para outros e obter benefícios financei-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tenho certeza de que você está lendo esse material e pensando em várias
ideias que já teve e não colocou em prática, ou ainda várias ideias que você havia
tido e quando percebeu alguém já estava lucrando com ela. Não dá para parar
o tempo, temos que agir.
Gosto muito da fala de Hisrich Peters (2004) de que o empreendedor evo-
lui por meio de um processo constante de tentativas e erros. Nossa vida é assim,
falo da vida pessoal mesmo, nós só evoluímos quando precisamos. Por vezes
erramos e a partir desses erros melhoramos.
Os autores continuam agora interpretados por Martins (2013), dizendo que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o avanço do sujeito empreendedor acontece a partir das descobertas que faz,
as quais podem se referir a uma infinidade de elementos. Ele tem alto nível de
energia e é criativo, demonstra imaginação e perseverança, e é dotado de sensi-
bilidade para os negócios.
Quer ver como isso é um fato? Falávamos do GPS, que evoluiu para Waze e
nisso entramos mais afundo no mundo dos transportes. Quem nunca pensou em
economizar e ao invés de pegar um táxi, chamou o Uber? Outra ação empreende-
dora impregnada de inovação e identificação de oportunidade e inteligência e lucro.
Alguém tem dúvida de que esse app é uma inovação? Ou que a partir desse dis-
positivo podemos nos locomover de forma rápida e mais barata do que com
outros serviços, digamos, mais tradicionais? Pois bem. Era uma oportunidade
de negócios e deu tão certo que tem incomodado muita gente por aí.
não é empreendedor,
porque ele não criou a
empresa. Não, ele não a
criou, mas empreende-
dor não é só quem cria
a empresa. De acordo
com Dolabela (1999)
empreendedores são
indivíduos que criam
uma empresa, qual-
quer que seja ela, mas Figura 2 - App Uber
também a pessoa que
compra uma empresa e introduz inovações, agregando novos valores; e ainda
um empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o sur-
gimento de valores adicionais.
Portanto, podemos ser empreendedores utilizando inovações em produtos/
serviços criados por outras pessoas também, bastas que saibamos tomar deci-
sões, construir nossa carreira, ser dono da própria rotina, estruturar os negócios
e a agenda e identificar a oportunidade no presente.
Sei que falamos de tecnologia, mas há inúmeras formas de inovar e oferecer solu-
ções ao mercado aos consumidores cada vez mais ávidos por novidades, e se é novidade
é inovação. Ainda precisamos saber mais sobre o que é (teoricamente) inovação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
INOVAÇÃO, INVENÇÃO E CRIATIVIDADE
Você já deve ter ouvido falar dos 4P´s de marketing certo? O chamado Mix de
marketing. Seus elementos são produto, preço, praça e promoção. São estes
itens os “básicos” que devem ser pensados e estrategicamente geridos para que
sua empresa possa ter sucesso.
A inovação também tem elementos de “mix”. Tidd; Bessant e Pavitt (2008
apud MACEDO et al. 2015) entendem a inovação como um processo de mudança
e apresentam o conceito dos 4 P’s da inovação, classificados em:
■ inovação de produto;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ inovação de processo (que inclui tanto alterações nos processos produ-
tivos quanto administrativos da instituição);
■ inovação de posição (cujo conceito é similar à definição de inovação de
marketing apresentada no Manual de Oslo);
■ inovação de paradigma (mudanças no modelo de negócio da empresa).
A literatura nos apresenta alguns tipos de inovações que podem ser destacados
e potencialmente utilizados pelas empresas.
Ainda há outros tipos de inovação que abrangem desde o produto até o modelo
da organização, veja:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
facilmente protegidas de cópia por parte dos competidores;
AS INOVAÇÕES
levam à redução do custo de produção e às melhorias na
DE PROCESSO
produtividade e na qualidade do produto. Essas mudanças
podem modificar ainda a forma como a firma conduz o seu
negócio. Essas inovações podem levar a mudanças na orga-
nização incluindo alterações em práticas relacionadas aos:
recursos humanos, logística e funções de marketing.
Já dissemos aqui que a inovação deve ser entendida dentro de um campo mul-
tidisciplinar, e sob a perspectiva da neurociência, e Teruel (2008, p. 3-38 apud
GALDO, 2016, p. 34) afirma que “criar é colocar no mundo algo que não exis-
tia antes. A criatividade é um processo intrínseco ao próprio funcionamento
do cérebro”.
A autora ainda afirma que, por ser um processo cerebral, em graus diferen-
tes, a inovação:
requer ingredientes da criatividade aliados à habilidade de inserir o
produto ou serviço no ‘contexto de uma cultura ou uma sociedade de-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
terminada’, o que depende do talento de adaptar ao mundo real os ob-
jetos de criação (GALDO, 2016, p. 34).
E acrescenta:
a complementaridade entre a criação e o empreendedorismo é essen-
cial para a inovação, porém a demarcação exata entre invenção, criação
e inovação definida pelo aspecto exclusivo de resultados comerciais
pode não ser tão simples em um contexto complexo como a era atual,
marcada por novidades constantes nas mais diversas áreas (GALDO,
2016, p. 34).
Invenções não podem ser planejadas. Muitas vezes, elas ocorrem por
acaso ou dependem da perseverança e da genialidade do cientista/in-
ventor. A inovação é diferente. Quando se faz uma nova descoberta
científica ou técnica, ou quando se concebe a ideia de um novo produ-
to, suas chances de ser colocado no mercado com sucesso dependem,
sobretudo, da destreza da administração da empresa no planejamento
e no desenho da estratégia do novo produto, assim como da habilidade
com que certas tarefas, como o desenvolvimento e o lançamento dos
produtos novos, são realizadas (HOOLEY, 2005, p. 352).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
meira escavadeira da JCB (HOOLEY, 2005, p. 354).
Para entendermos melhor essa figura, Macedo et al. (2015, p. 164) explicam que:
✓ as fases compreendem os passos dados durante um processo de inovação;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
empresariais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MOTIVAÇÃO NA BUSCA DE NEGÓCIOS INOVADORES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
modo como o empreendedor enxerga sua criação, o sucesso para o empreen-
dedor se dá em uma escala evolutiva da satisfação de suas necessidades de vida,
que transcende aos seus objetivos meramente empresariais para alcançar até a
sua realização pessoal.
De acordo com o autor, a motivação empreendedora é a motivação para cor-
rer o risco de realizar uma ação de empreender associada a uma recompensa,
segundo a percepção de sucesso do empreendedor. Esta motivação pode se dar
por dois fatores primários:
Empreendedores por oportunidade: quando se vislumbra uma lacuna no
mercado ainda não preenchida por produtos ou empresas existentes. Quer dizer
que descobriu-se uma maneira de lucrar com determinado produto/serviço, pois,
o consumidor almeja novidades.
Empreendedores por necessidade: quando não há outra forma de sustento,
busca-se trabalhar por conta própria para garantir a manutenção financeira pes-
soal e/ou da família. Ou seja, não há emprego, falta dinheiro e o sujeito precisa
trabalhar em algo.
PERCENTUAL Nº DE
MOTIVAÇÃO TAXAS
DA TEA EMPREENDEDORES
Razão Oportunidade/
1,4
Necessidade
1. Percentual da população de 18 a 64 anos.
2. Proporção sobre a TEA: a soma dos valores pode não totalizar 100% quando houverem recusas e/ou respostas ausentes.
3. Estimativas calculadas a partir de dados da população de 18 a 64 anos para o Brasil em 2016: 133,9 milhões.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
automotores alimentação
Serviços de catering, bufê e outros 6,2 Comércio varejista de artigos 6,8
serviços de comida preparada do vestuário e acessórios
Cabeleireiros e outras atividades de 5,6
tratamento de beleza
Serviços ambulantes de alimentação 4,1
Serviços especializados para cons- 3,4
trução
Comércio varejista de cosméticos, 3,3
produtos de perfumaria e de higiene
pessoal
Comércio varejista de bebidas 2,3
Outras atividades 49,3 Outras atividades 47,7
Para Degan (2009 apud RIBAS, 2012, p.13), as causas que levam um empreen-
dedor a iniciar seu negócio são uma ponderação dos motivos abaixo elencados
acrescidos de razões particulares:
■ Vontade de ganhar dinheiro, mais do que seria possível na condição de
empregado;
■ Desejo de sair da rotina do emprego e levar suas próprias ideias;
■ Vontade de determinar seu futuro e não dar satisfação a ninguém sobre seus atos;
A análise fatorial resultado da pesquisa de Vale, Corrêa e Reis (2014) sugere que
as motivações extrapolam a lógica binária de que empreendemos principalmente
por oportunidade ou por necessidade, mas há também outros motivos, agrupa-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Motta e Trevisan (2003) e Carvalhal; A busca de realização pessoal.
Leão e Teixeira (2012)
Quadro 5 - Fatores motivadores para jovens empreendedores
Fonte: Carvalhal; Leão e Teixeira (2012).
O sucesso como motivador está ligado a fatores sociais e pelo “eu” interior, acre-
dita-se que autorrealização está ligada ao alcance de resultados positivos, ou
seja, de sucesso.
Há ainda duas outras condições que irão determinar a disposição para empre-
ender associadas ao risco conforme Ribas (2012):
1. relacionada ao grau de conhecimento adquirido ao longo da experiência
profissional: existem fatores que atuam como motivadores para se iniciar
um empreendimento como um desafio: A autoconfiança do potencial
empreendedor é função direta de seu conhecimento no domínio sobre as
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ribas (2012) propõe que as teorias clássicas da motivação podem ser utilizadas
para explicar os fatores de motivação empreendedora, desta forma desenvolveu
uma adaptação na figura 8 apresentada anteriormente:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 8 - Fatores de Motivação Empreendedora aplicados às Teorias de Motivação Clássicas
Fonte: Ribas (2012, p. 15).
Sendo assim, pense: quais são as suas motivações? Como você poderá empreen-
der com produtos ou processos inovadores? O que te move, o que te impulsiona,
o que te faz querer mais?
Até agora buscamos trazer conteúdos mais próximos possíveis da nossa reali-
dade, mas ainda não estava satisfeito, então consultei (via tecnologia) alguns gestores
e inventores de Startups para saber deles algumas informações relevantes para nós no
decorrer deste material. Para começar, busquei saber quais foram as motivações deles
para a criação da empresa Startup dele, conheça-os bem como seus fatores motivadores:
QUAIS FORAM SUAS MOTIVAÇÕES PARA
ENTREVISTADO
EMPREENDER COM UMA STARTUP?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pidamente para a jogada, mantém uma das pernas fixas, observa e
gira em torno do seu eixo para explorar diferentes opções de passe.
Esse é o conceito do pivot em uma startup: girar em outra direção e testar novas
hipóteses, mas mantendo sua base para não perder a posição já conquistada.
Fonte: SEBRAE (2017, on-line)6.
QUADRO RESUMO
Inovar pode ter vários significados como: um novo produto; um novo pro-
cesso de produção; uma nova aplicação; a produção de um dado produto
a partir do uso de materiais mais baratos; a reorganização da produção, de
funções internas ou da distribuição levando a um aumento de eficiência sob
a forma de maior produtividade ou redução de custos; ou ainda uma melho-
ria em instrumentos ou métodos no processo de inovação.
Fonte: Coutinho (2004, p. 31).
5. Uma das forças que afetam a vida das pessoas é a tecnologia. A tecnologia
gerou maravilhas e também horrores como a bomba atômica. Assim como al-
guns benefícios duvidosos como o automóvel e o videogame (KOTLER, 2000).
Qual a influência do ambiente tecnológico para a inovação?
MATERIAL COMPLEMENTAR
As Regras da Inovação
Marc J. Epstein, Tony Davila, Robert D. Shelton
Editora: Bookman Companhia
Sinopse: os autores mostram como gerenciar, medir e lucrar com
a inovação. Além de acentuar que ela não acontece por mera
casualidade ou inspiração, apontam os caminhos que podem
estimular a criatividade e a inovação dentro de uma empresa.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1. D.
2. E.
3. E.
4. C.
5. Novas tecnologias surgem a cada minuto e podem influenciar tanto processos
internos das empresas, como também mercados e pessoas. Há situações em que
a inovação depende de algum tipo de tecnologia para ser materializada, como
por exemplo, software de lançamentos contábeis. A inovação acontece em em-
presas que utilizam pesquisas e investem em tecnologia de ponta para produzi-
rem produtos que facilitem a vida dos consumidores
Professor Dr. Victor Vinicius Biazon
PLANEJAMENTO, ESTRATÉGIA E
II
UNIDADE
INOVAÇÃO COMO DIFERENCIAIS
COMPETITIVOS
Objetivos de Aprendizagem
■ Compreender o que pode ser diferencial competitivo e estratégias de
diferenciação com teoria e prática.
■ Aproximar-se de conceitos de planejamento e estratégia empresarial
como itens importantes na criação e gestão de negócios inovadores.
■ Conhecer algumas opções de ferramentas a serem usadas de forma
estratégica para a gestão do planejamento de negócios inovadores.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ A busca pelo diferencial competitivo
■ Planejamento e estratégia empresarial
■ Ferramentas de planejamento e gestão
50 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A BUSCA PELO DIFERENCIAL COMPETITIVO
Como eu sei que você está se perguntando o que é diferencial competitivo, vamos
esclarecer da melhor maneira possível. Diferencial é algo que você faz bem, faz
melhor, que te torna “superior” aos demais concorrentes. De repente na escola
você era o primeiro a ser escolhido para o time de futebol, porque todos sabiam
que você jogava bola como ninguém. Você tinha um diferencial em relação aos
demais colegas. Ou você cantava melhor, ou tinha a letra mais bonita e sempre
tinha certo destaque.
No portal da VIVO (2015, on-line) encontrei ótimas explicações de como
entender e encontrar seu diferencial. Eles entendem que o diferencial competitivo
de uma empresa está nos atributos que a diferenciam dos concorrentes no mer-
cado, seja por ser superior ou então por oferecer algo que os demais não oferecem.
Quando a marca possui essa característica, significa que será considerada única
pelo cliente, em virtude do valor que oferece a ele.
Isso é diferencial, e no mercado, quem é diferente “melhor” se destaca, tem
preferência, é a primeira opção do cliente na hora de comprar. Por isso deve-
mos ter em mente como estratégia a criação de algo que faça a diferença entre
sua marca, produto, empresa e as demais.
Abrindo um parêntese, devemos entender que estratégia é um meio para
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
se atingir os objetivos de uma empresa, ou seja, o padrão de objetivos e princí-
pios políticos para alcançá-los, expressos de maneira a definir em que negócio
a empresa ou organização, independente da sua constituição societal, está ou
deverá estar e o tipo de empresa que é ou deverá ser (CHANDLER, 1962, p. 52
apud VIEIRA, 2016, P. 38).
Para encontrar o diferencial competitivo, você precisa distinguir alguma van-
tagem que sua empresa oferece, como o bom atendimento ou o melhor preço, por
exemplo. Tenha cuidado: para que essas características sejam um diferencial con-
sistente, é necessário que os concorrentes não consigam chegar ao mesmo patamar.
O estabelecimento destas estratégias é vital para a continuidade da empresa
no mercado. O especialista Sergio Ricardo Rocha (2015, on-line)2, diz que o pro-
duto e o serviço podem ser os mesmos dos concorrentes, mas é na oferta que
se cria o diferencial competitivo. O segredo é buscar soluções que atendam as
necessidades e desejos do seu público alvo.
Para encontrar o diferencial competitivo é necessário fazer o que chamamos
de autoanálise ou “olhar pra dentro”. Às vezes é difícil reconhecer características
ou atributos nossos, e por isso se fizermos algumas perguntinhas sobre nosso
negócio, podemos facilitar esse garimpo por diferenciais.
Confira seis questões sobre as quais você deve refletir nessa hora, de acordo
com Vivo (2015, on-line):
1. Por que os clientes compram da minha empresa, em vez de optarem pelos
concorrentes?
3. Existe algo que o meu negócio oferece no qual os clientes enxergam valor?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
interesse, suas vendas não aumentaram, e você pode até mesmo ficar atrás do
concorrente (VIVO, 2015, on-line).
De acordo com Kotler (2000) este conceito de Estratégia Empresarial está
ligado ao Marketing. De forma geral, produto/serviço é tudo aquilo que ofere-
cemos ao nosso cliente para atender e satisfazer suas necessidades (bens físicos
– palpável / serviço – não podemos tocar).
A diferenciação proporciona isolamento contra a rivalidade competitiva
devido à lealdade dos consumidores com relação à marca e também à conse-
quente menor sensibilidade ao preço.
Para Kotler (2000), o conceito de diferenciação é o ato de relacionar um
montante de diferenças significativas para distinguir o produto da empresa do
produto do concorrente. Para que a estratégia de diferenciação do produto traga
resultado satisfatório, a empresa deve contar com a excelência operacional, inti-
midade com o consumidor (para conhecer suas reais necessidades) e a liderança
em termos de produto.
A estratégia de diferenciação procura diferenciar a oferta da empresa dos
concorrentes através da criação de um diferencial competitivo, que pode ocorrer
sob as formas de marcas e atendimento personalizado, dentre outras dimensões.
Esta estratégia não considera grandes volumes e preço baixo. Ao contrário, a
estratégia de diferenciação busca atender um número menor de clientes de uma
forma mais personalizada, o que inviabiliza a conquista de grande participação
de mercado. Desta forma, a empresa cria barreiras de entrada aos concorrentes
em virtude da lealdade obtida dos consumidores. Além disso, o poder de bar-
ganha dos compradores diminui à medida que os mesmos são menos sensíveis
entre a concorrência.
Estas atitudes fazem a diferença, portanto chamada estratégia de diferenciação.
Dentre os grandes feitos deste século está o lançamento em abril de 2003 do iTu-
nes, que foi o primeiro serviço de música on-line legalizado, com acordos com
as cinco maiores gravadoras. Este serviço apesar de inicialmente estar disponível
apenas para usuários do Macintosh vendeu mais de um milhão de músicas até
o final de sua primeira semana de funcionamento (CHAPMAN, HOSKISSON,
CHRISTIAN, 2012 apud ALMEIDA et al., 2015). Este fato mudou toda a natureza
da indústria da música e gerou para a Apple receitas provenientes de promo-
ções no qual eram vendidos iPods, que se tratava de um dispositivo portátil de
música, em que poderiam ser armazenadas as músicas baixadas via iTunes. Este
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fato permitiu que a Apple passasse a ser conhecida como uma empresa inova-
dora e não apenas uma fabricante de computadores.
Rocha (2015, on-line) fomenta a discussão questionando se a Apple não é
tão diferente assim de seus concorrentes. A empresa traz produtos inovadores e
logo em seguida os concorrentes se adaptam e apresentam alternativas parecidas.
Por que as pessoas continuam comprando com a Apple? Mesmo tendo preços
maiores? Porque a Apple se preocupa com suas ofertas. Ela vende o status, fazer
parte de uma comunidade exclusiva de quem segue a Apple, todos juntos para
mudar o mundo através da tecnologia.
Sendo assim a lição que fica é que o foco tem que ser o cliente e não você,
sua ideia, sua empresa ou sua previsão de lucro. O que vai te fazer diferente é
atender, mais e/ou melhor, o seu cliente.
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PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Isso inclui as missões a serem alcançadas pelas organizações, para assegurar que os
resultados desejados sejam efetivamente alcançados da melhor maneira possível.
Ainda quanto à definição de administração estratégica, Alday (2000) a des-
creve como um conjunto contínuo e interativo de atos que visam manter uma
empresa integrada ao seu ambiente. Esses atos dispõem-se em etapas, formando
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O Planejamento estratégico busca exercer influência em relação às variáveis
internas e externas e os fatores dos ambientes em situações futuras.
Como você enxerga essas influências ao elaborar soluções?
Para clarear ainda mais o entendimento, vamos à figura que nos mostra a divi-
são destas modalidades:
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Ter sinergia entre
líderes, liderados e
suas equipes
Conhecer-se bem,
Fazer uso de novas seus pontos fortes
tecnologias e fracos (ambiente
interno)
Planejamento
Antecipar as Estratégico Conhecer bem
tendências do seus principais
mercado em que concorrentes, suas
atua ameaças e opor-
Descobrir o que os tunidades (ambi-
concorrentes ente externo)
valorizam e quais
são suas estraté-
gias
O autor complementa dizendo que são diversas as exigências que o gestor pre-
cisa checar para o desenvolvimento do seu planejamento estratégico. Confira
no quadro:
Conhecer bem, seus pontos fortes e fracos – as organizações precisam fazer bom
uso das vantagens competitivas que possuem e fazer as mudanças necessárias
para corrigir possíveis falhas;
Antecipar as tendências dos mercados em que atua – hoje em dia, ter a capaci-
dade de antecipar as tendências de mercado é um aspecto que muitos segmen-
tos não têm dado a devida atenção. Ao antecipar novas tendências, aplicações
para produtos/serviços e expectativas dos consumidores, as organizações
colocam-se em uma posição privilegiada em relação aos seus concorrentes e,
fazendo isso, sairá à frente de sua concorrência;
Esse tipo de planejamento vai definir os objetivos e direções que a empresa irá
traçar, a partir de suas ações passadas e presentes. E também temos que saber
como fazer, como organizar, como hierarquizar nosso planejamento, certo?
No próximo tópico vamos esquematizar as etapas desse planejamento.
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várias etapas. Muitos estudiosos apresentam os conceitos relacionados a esse
tipo de planejamento, mas divergem quanto à classificação.
No caso da figura 04, conforme Mattes (2015, on-line), as quatro primei-
ras etapas costumam ser permanentes, pois englobam a definição do negócio,
da missão, da visão e os princípios da empresa. A definição da missão consiste
na razão de ser da entidade, delimita sua atuação. A questão chave para a mis-
são é: por quê? A visão é um desafio e esboça como atingir este objetivo traçado.
A questão chave é: o que? Por último, os princípios, são valores que servem de
balizamento para o processo decisório e para o comportamento da empresa no
cumprimento de sua missão. A pergunta que auxilia nesta definição é: a que fato-
res atribuímos o sucesso de nossa empresa?
S W
MUTÁVEIS
O T
ANÁLISE
PDCA ESTRATÉGIA OBJETIVOS
AMBIENTE
Para facilitar seu entendimento e até mesmo te auxiliar na sua atividade prática
como gestor ao desenvolver negócios inovadores, mesmo sabendo das diversas for-
mas de apresentar, estruturar o planejamento, vou tomar como referência Tavares
(2005) que aborda em etapas como podemos construir nosso planejamento:
Etapa I - delimitação do negócio, formulação da visão, da missão e do
inventário das competências distintas: consiste em estabelecer as diretrizes que
a empresa busca seguir a partir da elaboração do planejamento estratégico. É o
momento de formular a visão, de assentar a missão da empresa e de estabelecer
as competências distintivas que estão relacionadas à interação das competências
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com as habilidades que uma empresa deve sempre manter e desenvolver, para
tornar-se cada vez mais competitiva em seu segmento de negócio.
Etapa II - análise macro ambiental: é o exame minucioso dos fatores posi-
tivos e negativos que possam intervir nos negócios, facilitando ou prejudicando
o desenvolvimento da empresa. Trata-se da análise das oportunidades e das ame-
aças relacionadas à organização.
Etapa III - análise dos públicos relevantes, do ambiente competitivo e dos
tipos de relacionamentos da organização: ao se investigar os públicos relevan-
tes, ou seja, para quem se destina o trabalho desenvolvido pela empresa, verifica-se
também o mercado concorrente da organização, a fim de se estabelecerem meios
para conquistar o mercado consumidor. Os tipos de relacionamentos, por sua vez,
referem-se à convivência da organização com as concorrentes dentro do mercado.
Etapa IV - análise do ambiente interno: uma apuração total da empresa: o
seu espaço interior, suas secretarias, áreas diretivas, técnicas e sociais, incluindo
toda análise dos recursos tangíveis e intangíveis da organização, além da verifi-
cação dos pontos fortes e fracos.
Etapa V - valores e políticas: os valores são as opiniões adotadas como
convicção pela empresa. Tratam-se das questões éticas, dos valores morais e dos
princípios ideais da conduta humana, que devem ser observados no exercício
de uma profissão ou ofício.
As políticas, por sua vez, são definidas, de forma sintética, por Fischmann
e Almeida (1991, p. 25), como “regras de decisão repetitivas com base na estra-
tégia estabelecida”. Em outras palavras, essas políticas criam preceitos nos quais
a organização se embasará no momento de colocar em prática suas atividades.
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os objetivos de desempenho (THOMPSON JUNIOR; STRICKLAND III, 2000).
Para isso, verifica-se todo o histórico de atividades da organização, a fim de
corrigir todas as falhas produtivas, diretivas e econômicas, visando, dessa forma,
o progresso e o desenvolvimento da empresa. Nesse sentido, a implementação da
estratégia é a fase em que são verificados os implementos necessários para execução
das ações estratégicas como tempo, custos, gastos, recursos, avaliação dos riscos, etc.
Etapa VII - definição dos objetivos: referem-se às metas a serem cumpridas
em determinado tempo, por toda a equipe organizacional. Essas metas devem
ser específicas e de possível realização, pois, caso contrário, é apenas uma pro-
jeção de ideias que nunca serão colocadas em prática de fato.
Etapa VIII - elaboração do orçamento: é um elemento indispensável para
as organizações e de extrema importância para alocação, isto é, o destino da
verba para um fim específico. Em síntese, é o estudo do gasto para a realização
de todas as funções da empresa.
O planejamento deve ser feito por equipes que acompanhem o todo e fu-
jam das formalidades em excesso, concorda?
considerado um contrato, visto que deverá ser seguido pelos membros da orga-
nização, conforme pactuado.
Etapa IX - definição de parâmetros de avaliação e controle: diz respeito
ao controle exercido pela organização quando o planejamento estiver pronto
para ser colocado em prática. Aconselha-se a criação de indicadores de desem-
penhos, para avaliar a eficácia e a eficiência das estratégias, diante das metas e
dos objetivos estabelecidos. Trata-se de uma maneira de verificar o progresso e
o desenvolvimento da técnica que será aplicada.
Indicadores são
De acordo com a norma, NBR 16001:2012, p. 44, “indicador é uma
informação qualitativa e quantitativa sobre resultados relacionados
com a organização [...]. Podem ser usados para monitorar ou avaliar o
atingimento dos objetivos [...]. Eles “desenvolvem papel preponderante
na sociedade, por auxiliarem na tomada de decisão (PADILHA; NAS-
CIMENTO, 2015, p. 37, apud VIEIRA, 2016, p. 54).
São métricas e parâmetros que iremos acompanhar para saber quando e se alcança-
mos o que foi estabelecido. Por exemplo: a meta é vender 10.000 unidades do produto
no mês. Essa quantidade é uma forma concreta de acompanharmos a execução.
Etapa X - formulação de um sistema de gerenciamento de responsabili-
dades: serão atribuídas responsabilidades para todos os níveis da empresa, para
que ocorra a efetiva implantação do processo estratégico. Cada um terá uma
ação para realizar, conforme definido pelo plano estabelecido no planejamento
estratégico, a fim de alcançar todos os objetivos propostos.
Etapa XI - a implantação: Na teoria, não se trata de algo complexo, pois
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é, basicamente, a hora de expor todas as técnicas estudadas durante o processo
estratégico. Na prática, consiste no fato de cada agente organizacional executar
as ações de sua responsabilidade, a fim de conquistar as metas e os objetivos tra-
çados pela empresa. Essas ações devem ser executadas de acordo com o prazo
estabelecido no planejamento estratégico.
No instante da implantação do planejamento estratégico, todos que exe-
cutam esse planejamento devem estar atentos ao real objetivo de sua criação e
voltar sempre ao processo que o originou. Assim, não haverá desvios de finali-
dade e a busca pela meta traçada se concretizará.
Cabe aqui salientar, conforme Vieira (2016, p. 49) que “o planejamento
estratégico abre um leque de opções e oportunidades na promoção de um dire-
cionamento ou redirecionamento das estratégias organizacionais”, auxiliando-as
no atendimento das expectativas e novas tendências de seus clientes e merca-
dos de atuação.
FERRAMENTA 5W2H
Meireles (2001) apresenta o 5W2H, que são perguntas que devem ser realizadas
antes de qualquer tomada de decisão. A técnica 5W2H te ajuda a mapear as ativi-
dades é como se você fosse um médico vai diagnosticar a real situação, logo poderá
determinar o que será feito, quem fará o que foi determinado, em qual período
de tempo, em qual área da empresa e todos os motivos pelos quais essa atividade
deve ser realizada. Com essa ferramenta também poderemos elencar como essas
atividades serão feitas além de quanto custará ao caixa da empresa tal processo.
O QUÊ
(what?)
ONDE PORQUE
(where) (why)
5W2H
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QUANDO QUEM
(when) (who)
COMO QUANTO
(how) (how much)
Segundo Meireles (2001), essa ferramenta é extremamente útil, uma vez que eli-
mina por completo qualquer dúvida que possa surgir em relação a um processo
administrativo ou a uma atividade. Tendo em vista que um erro na transmissão
de informações pode acarretar diversos prejuízos à empresa, por isso é necessá-
rio que todos estejam atentos às questões decisivas.
Você deve estar se perguntando, o que significa essas siglas, não é mesmo?
O significado de 5W2H está relacionado às “ordens” que cada sigla apresenta, na
língua inglesa, mas nós conseguimos entender sem problemas, veja:
» What? – O que será feito?
A ferramenta é uma metodologia cuja base é as respostas para estas sete pergun-
tas essenciais. Com estas respostas em mãos, você terá um mapa de atividades
que vai te ajudar a seguir todos os passos relativos a um projeto, de forma a tor-
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nar a execução muito mais clara e efetiva. O 5W2H em muito auxilia na execução
e, sobretudo no controle das tarefas da sua empresa, o que pode significar uma
tremenda economia de tempo e recursos – afinal, quando bem implementado,
as dúvidas dão lugar à produtividade. Porque tudo ficará muito mais claro e a
atribuição de atividades de cada colaborador será imediatamente beneficiada.
Ou seja: os envolvidos em um projeto específico saberão exatamente o que fazer,
quando, onde, de que forma, etc. E o resultado, além da economia de que já
falamos, é uma sinergia que, hoje em dia, pode ser um importante diferencial
estratégico para o seu negócio (ENDEAVOR, 2017, on-line)5.
Essa ferramenta pode ser utilizada como um plano de ação, no qual se definem as
ações e as responsabilidades de cada indivíduo perante uma situação problemática.
Antes que você me pergunte “como aplico o 5W2H em meu dia a dia?”
vamos lá. De acordo com a Endeavor (2017, on-line), você precisa ter muita
clareza a respeito da atividade a que vai aplicar a ferramenta. Tomemos, como
exemplo, a contratação de um novo gerente de marketing. O primeiro passo é
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WHAT WHY WHERE WHEN WHO HOW HOW MUCH
Em suma, você vai perceber que a aplicação não é nada difícil – o mais trabalhoso
talvez seja, neste caso, formular as soluções exatas para cada uma das questões.
Você perceberá que, com isso, os processos ficarão muito mais ágeis e você e seu
time poderão tomar decisões mais embasadas.
ANÁLISE SWOT
Forças Oportunidades
• O que é que faz bem? • Que oportunidades tem
• Que recursos únicos pode aprovei- disponíveis?
tar? • Que tendências/novidades você
• O que é que os outros vêem como pode aproveitar?
suas forças? • Como pode transformar as suas
forças em oportunidades?
Fraquezas Ameaças
• O que é que pode melhorar? • Que ameaças podem prejudicá-lo?
• Onde é que tem menos recursos • O que é que a sua competição
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que os outros? anda a fazer?
• O que é que os outros vêem como • As suas fraquezas expõem-no a
as suas prováveis fraquezas? que possíveis ameaças?
CICLO PDCA
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Figura 07 - Ciclo PDCA
ESTRATÉGIA DE BENCHMARKING
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tunidade de agir comparando suas ações com as ações vigentes no mercado.
Antiético seria usar de meios “duvidosos” para conseguir informações privile-
giadas, mas a sadia competição pode e deve ser praticada.
Em vias gerais, foi originado da necessidade do mercado cada vez mais con-
corrido de desenvolver ações e tomar decisões de forma rápida e cada vez mais
empresas e até mesmo pessoas utilizam esta estratégia para melhorar seus pro-
cessos criativos e desenvolverem novas ideias.
Aquela máxima de que “nada se cria, tudo se copia” faz parte deste mundo
corporativo, mas não se trata apenas de uma simples cópia, é necessária a adap-
tação para realidades e segmentos específicos.
Muitas vezes é mais fácil e barato observar o que o concorrente está fazendo
e que está gerando bons resultados e seguir na mesma linha. O interessante é que
essa observação e apropriação adaptada permite a você fazer melhor do que a
ideia original, tendo em vista que poderá ajustar o que não foi tão bom e gerar
uma vantagem ainda maior.
Muitas empresas trabalham com equipes especializadas em análise de mer-
cado, o velho conhecido ambiente interno e externo, ou forças micro e macro
ambientais, swot são excelentes formas de se perceber o que acontece a sua volta.
O exercício de adaptação será mais fácil desde que os gestores conheçam muito
bem suas capacidades produtivas, financeiras e até onde podem chegar. Nem
tudo que meu concorrente faz eu posso fazer.
car de que forma pode obter vantagem competitiva (STOECKICHT, 2005, p. 46).
Questionado sobre por que uma parcela de empresários ainda resiste em
falar abertamente que recorrem ao benchmarking, Biazon (2015) responde
que isso se deve ao fato de não quererem passar atestado de “não criativos” ou
mesmo ser acusados de falta de competência para criar as próprias ações estra-
tégicas. Eu julgo um exercício muito saudável buscar inspiração, buscar novas
fontes para criar ou recriar. A roda já foi inventada a milênios, mas já reparou
na variedade de rodas que o mercado de hoje oferece? Uma criação leva a outra
e esse processo de inovar a partir de uma prática existente é saudável, desde que
não lhe transforme em um gestor incapaz de pensar e que só consiga recorrer
ao que os outros fazem, mas isso, o mercado mesmo seleciona.
QUADRO RESUMO
O jogo da imitação
2015
Sinopse: em 1939, a recém-criada agência de inteligência britânica MI6
recruta Alan Turing, um aluno da Universidade de Cambridge, para quebrar
códigos nazistas, incluindo o “Enigma”, que criptógrafos acreditavam
ser inquebrável. A equipe de Turing, incluindo Joan Clarke, analisa as
mensagens de “Enigma”, enquanto ele constrói uma máquina para decifrá-
las. Após desvendar as codificações, Turing se torna herói. Porém, em 1952,
autoridades revelam que ele é gay e sua vida vira um pesadelo.
Material Complementar
84
REFERÊNCIAS
jonatasmattes.blogspot.com.br/2015/05/planejamento-estrategico.html> Aces-
so em: 21 ago 2017.
1. A.
2. C.
3. B.
4. E.
5. A administração estratégica refere-se a um processo contínuo de determinação da
missão e dos objetivos da empresa no contexto de seu ambiente externo e de seus
pontos fortes e fracos internos, da formulação de estratégias apropriadas, da im-
plementação dessas estratégias e da execução do controle, para assegurar que as
estratégias organizacionais sejam bem-sucedidas quanto ao alcance dos objetivos.
Professor Dr. Victor Vinicius Biazon
O MODERNO EMPREENDEDORISMO
III
UNIDADE
– DA GERAÇÃO DE IDEIAS AO
INVESTIMENTO EM STARTUPS
Objetivos de Aprendizagem
■ Compreender as premissas da startup como forma de empreender.
■ Apresentar modelo de criação, seleção de ideias para produtos e
negócios de valor para o mercado.
■ Conhecer na prática as etapas de criação de Startup.
■ Identificar formas de investimento para empresas Startup e mentoria.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ O empreendedorismo e as empresas startups
■ Criação de negócios – geração e seleção de ideias de valor
■ Startups passo a passo
■ Investimentos e investidores de Startup
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O EMPREENDEDORISMO E AS EMPRESAS STARTUPS
Caro(a) aluno(a), agora nesta unidade vamos entender essa “nova ordem” ou
essa inovação até mesmo no contexto de empreender abordando e compreen-
dendo o que são empresas startups.
Porque digo “nova ordem”? Simples, porque até mesmo na forma de empre-
ender existem novidades, existem inovações e poderemos entender como a
empresa Startup se enquadra neste ambiente cada vez mais democrático para
que possamos nos tornar criadores de uma nova empresa.
De acordo com o Brasil Econômico (2016, on-line)1 o termo ou tipo de negó-
cio que vamos entender como Startup é bastante recente por aqui, porque os
primeiros casos surgiram em 2011, com a bolha da internet e está fundamentada
na ideia de fazer um trabalho que foge do comum e pode assegurar um bom lucro.
Penso que para começarmos bem, devo apresentar logo o que se entende como
startup, e ninguém melhor do que o Sebrae para nos fornecer esse entendimento.
“Uma startup é uma empresa nova, até mesmo embrionária ou ainda em fase
de constituição, que conta com projetos promissores, ligados à pesquisa, inves-
tigação e desenvolvimento de ideias inovadoras” (SEBRAE, 2017, on- line)2.
Seguindo a ideia do Sebrae (2017, on-line) e Brasil Econômico (2016, on-line)
as características das STARTUPS são de empresa jovem, recém criadas, em fase
de gestação, de maturação, fazendo pesquisas para buscar maturidade e intro-
duzem ideias novas, novos formatos, novas ideias, algum tipo de solução para
problemas da modernidade, são empresas que os custos iniciais são baixos e são
consideradas altamente escaláveis, isso significa que, possuem uma expectativa
de crescimento muito grande quando dão certo, mas, como toda empresa nova,
envolve um grau de risco.
Essas novas empresas, normalmente têm base tecnológica e possuem espírito
empreendedor. O que é interessante é que estão buscando constantemente um
modelo de negócio inovador e é justamente esse “novo” que gera valor. Reverte
o trabalho em retorno financeiro, em dinheiro.
O Sebrae (2017, on-line) nos apresenta um exemplo em que o modelo de
negócio STARTUP gera dinheiro: o modelo de negócios do Google que se baseia
em cobrar por cada clique nos anúncios mostrados nos resultados de busca.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Você sabia que o Google, Yahoo e Ebay, são considerados startups? Como
trilhar um caminho e ser tão grande e representativo como essas empresas?
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EMPREENDEDORES O QUE É UMA STARTUP?
Observe que todos estão ligados ao entendimento de que startup é uma empresa
nascente que promove uma solução inovadora mesmo em um ambiente de incerteza.
Hoje em dia o conceito de Startup já está bem “pulverizado”, conforme vão
se ampliando as análises sobre esse novo jeito de criar e gerir negócios e novos
conceitos surge.
podem ser empresas globais desde sua concepção, sendo assim, também
aplicado a elas, o conceito de escaláveis”.
Fonte: baseado em entrevista realizada pelo autor (2017).
Um cenário de incerteza: significa que não há como afirmar se aquela ideia e pro-
jeto de empresa irão realmente dar certo, ou ao menos se provarem sustentáveis.
Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que
isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos cres-
cendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior,
acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza. Quando se torna escalável, a
startup deixa de existir e dá lugar a uma empresa altamente lucrativa. Caso contrá-
rio, ela precisa se reinventar ou enfrenta a ameaça de morrer prematuramente.
Pode estar passando pela sua cabeça: por que o empreendedorismo “convencio-
nal” é diferente do modelo Startup? Novamente contei com o apoio da equipe
do Sebrae/Pr, que mostra que quando falamos de Startups estamos falando de
“velocidade e inovação constante, quebrar paradigmas e criar novos conceitos”.
Como estamos observando pelos conceitos trazidos, as Startups partem da pre-
missa de conseguir se “adequar de forma rápida às mudanças do mercado”. Isso
porque já nasce com uma cultura e hábito de “gerenciar indicadores, analisar
cenários e ter uma equipe que trabalha em rede”.
De repente surge aqui a dúvida: o que é um modelo de negócio “convencional”?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O modelo de franquias: um empreendedor paga uma taxa para usar em seu
favor uma marca e processos comerciais já consolidados.
O modelo de assinatura: usado tanto por jornais e revistas quanto tv: garante-
-se a receita previamente ao vender informação em pacotes, dando um desconto
para seu consumo repetido.
Uma das razões de startups serem bem diferentes das empresas tradicionais
é a dificuldade de definir uma proposição de valor clara, e saber como exa-
tamente se dá o encaixe entre duas coisas críticas: a oferta da empresa e a
demanda do cliente.
Fonte: Sebrae (2016, on-line).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O consultor nos alerta que, de qualquer modo, para um negócio Startup ser
bem-sucedido não basta somente ter uma boa ideia. Depois de formalizado ele
precisa vender, ter lucro, gerir pessoas, processos, entre outros.
“O ponto positivo” apontado pela equipe Sebrae/Pr é quando o empreende-
dor “convencional” adequa a linguagem, a cultura, o modelo, o pensamento “e
ele compreende que é perfeitamente possível aproveitar todas essas característi-
cas do pensamento Startup e replicar nos negócios tradicionais”.
Creio que então temos um bom fechamento para esta dúvida que sempre
fica na nossa cabeça, o tal do “o que é o que é”. Então já sabemos que Startups
são empresas novas, buscando solução para o mercado a partir de criação de
novos produtos, nossos serviços.
Eu sempre digo que os consumidores estão cada vez mais em busca de
comodidade, querem facilidade para a correria do dia a dia então buscam por
produtos/serviços que ainda não existem, mas que ficam na cabeça. Um bom
empreendedor vai reconhecer isso, em si mesmo ou nas pessoas a sua volta e vai
criar, modelar e projetar a solução.
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CRIAÇÃO DE NEGÓCIOS: GERAÇÃO E SELEÇÃO DE
IDEIAS DE VALOR
Agora que já sabemos mais sobre as premissas de uma empresa Startup, pode-
mos ou devemos entender mais sobre a criação de ideias, para isso você verá
um paralelo entre as teorias de desenvolvimento de produto para pensarmos na
criação ou geração de uma empresa nova.
Para iniciarmos nosso entendimento sobre as ideias e a geração de ideias
de Startups, apresento novamente a realidade de novos gestores que estão par-
ticipando de processos de apresentação de suas ideias em eventos de inovação.
Vejamos aqui que cada empresário apresenta uma ideia diferente que busca
melhorar um determinado segmento do mercado, facilitando algo para o con-
sumidor. Repare também a ligação com a tecnologia destes empreendimentos.
Pensando nessas ideias e nas suas ideias, vamos entender como funciona esse
processo criativo de geração.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Muitas das melhores ideias surgem quando os clientes descrevem os pro-
blemas que têm com os produtos já existentes no mercado.
Compartilhar sua ideia com o mundo é melhor do que escondê-la. São ideias
complementares que vão juntar as pessoas certas em torno do seu negócio.
(Daniel Heise)
rações com relação aos concorrentes para ter seu próprio diferencial.
E não poderíamos deixar de falar aqui que ideias de novos produtos também
podem vir de outras fontes, entre elas inventores, advogados especializados em
patentes, laboratórios de universidades, salas de aula e comerciais, consultores
industriais, agências de propaganda, empresas de pesquisa de marketing e publi-
cações setoriais. Embora as ideias possam surgir de várias fontes, suas chances de
receber atenção frequentemente dependem de alguém na organização assumir o
papel de defensor de produto. Ideias relacionadas a produtos têm pouca proba-
bilidade de receber atenção se não tiverem um forte defensor (KOTLER, 2000).
Seleção de ideias
Pessoas criativas possuem boas relações e Brainstorm, por isso é possível que
tenham contato com várias ideias, e chega a hora de verificar quais delas real-
mente merecem atenção. Kotler (2000) diz que qualquer empresa pode atrair
boas ideias, desde que se organize adequadamente para isso.
Segundo Kotler (2000, p. 359), “o objetivo da seleção é descartar as ideias
ruins o mais cedo possível. Isso porque os custos de desenvolvimento de produ-
tos crescem substancialmente a cada etapa de desenvolvimento”.
Pensando aqui em nosso contexto, você, seus colegas, parentes ou entes
próximos podem pensar e estarem motivados a desenvolver um produto, uma
inovação do zero e conversas e pesquisas são extremamente necessárias, e então
eis que surgem diversas ideias, portanto, devemos classificá-las. No caso de ideias
ou busca de novas ideias nas empresas, estas devem ser anotadas e (re)vistas
frequentemente, para que possam julgá-las ou classificá-las em três grupos con-
forme Kotler (2000): ideias promissoras, ideias marginais e ideias rejeitadas.
Devemos tomar cuidado com o tipo de ideias que julgamos “a ideia do século”,
pois de repente ela não é tão boa assim. Esta é também a dica de Salmen (2016,
on-line)4, co fundador da Méliuz. Ele e seu sócio, ainda jovens e sonhadores,
em 2011, tiveram uma brilhante ideia, que em 2015, gerou R$320 milhões em
vendas para lojas parceiras e ajudou os consumidores a ganharem mais de R$14
milhões enquanto faziam compras na internet.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O empresário diz ainda que “se uma boa ideia se transformasse automati-
camente em uma empresa extraordinária seria muito lindo, se não tivesse sido
quase trágico para nós”. Os resultados mencionados foram realmente alcança-
dos, mas não simplesmente por partirem de uma boa proposta. Ele diz que “sua
ideia não vale absolutamente nada sem uma boa execução”, pelo menos é assim
que ele enxerga a ideia que tiveram lá atrás com a qual torraram mais de R$400
mil de um investidor anjo e ainda quase foram à falência.
Ao pensar nessas ideias devemos cuidar para não cometer certos erros: o
erro-de-abandono acontece quando a empresa dispensa uma boa ideia. Se
uma empresa cometer muitos erros-de-abandono, pode-se concluir que
seus padrões são muito conservadores.
O erro-de-aprovação acontece quando a empresa permite que uma ideia
ruim chegue às etapas de desenvolvimento e comercialização e as consequ-
ências falam no bolso da empresa.
Fonte: Kotler (2000).
Para Kotler (2000), as boas ideias devem ser refinadas para se chegar a concei-
tos de empresas cuja produção de bens ou serviços possa ser testada. Uma ideia
de produto novo, por exemplo, representa um possível produto que a empresa
pode oferecer ao mercado. Um conceito de produto é uma versão elaborada da
ideia, expressa em termos que façam sentido para o consumidor.
Você precisa saber que investidores não vão comprar sua ideia em si, eles
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Este é um pequeno esquema que irá nos ajudar a pular a fase de ideia e a partir
de respostas, elaborar um texto mais adequado para convencer, o mercado de
que essa proposta de negócio pode dar certo.
Teste do conceito
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Conforme Kotler (2000) o teste de conceito envolve apresentar o conceito da
empresa (ou da empresa como fabricante do produto ou serviço) aos consumi-
dores-alvo adequados a obter suas reações. Os conceitos podem ser apresentados
simbólica ou fisicamente. No entanto, quanto mais os conceitos testados se asse-
melham ao produto ou experiência final, mais preciso é o teste de conceito.
Antigamente, a criação de protótipos era custosa e tomava muito tempo, mas
o projeto acompanhado por computador e programas de fabricação mudou isso.
As Startups, que normalmente estão ligadas a tecnologia tem uma vantagem para
ilustrar ou tangibilizar a proposta para apresentação aos investidores. As empre-
sas também estão utilizando a realidade virtual para testar conceitos de produtos.
A partir de uma apresentação em eventos, em feiras de Startups é possível
testar nossas ideias e se houver críticas, poderemos refinar o produto, o conceito
para ser mais atrativo aos investidores.
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STARTUPS PASSO A PASSO
Vimos até aqui alguns dos passos que devemos ou podemos usar para perceber no
mercado a chance de oferecer um produto inovador por meio de Startups. Para facilitar
ainda mais nosso entendimento, selecionei algumas dicas de profissionais e criadores
para que possamos traçar uma espécie de checklist de fases que devemos cumprir.
Vamos começar com as dicas reais desenvolvidas por criadores de Startups.
NOME QUAIS FORAM AS ETAPAS PARA A CRIAÇÃO DA SUA STARTUP?
Construção
Modelo do do time
Criação do negócio
Validação protótipo
da Ideia
Ideia
Ideia: esse é o primeiro grande momento, ter ideias que possuem potencial para virar
um negócio. Ideias sempre são bem vindas, mas o empreendedor precisa estar ciente de
que uma ideia ainda não vale nada e que agora ele precisa validar ela com o mercado.
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produto perfeito, deixe os clientes dizerem como ele pode ser melhorado. O
empreendedor precisa ir o quanto antes levar seu produto para o mercado e já
tentar fechar as primeiras vendas. Melhorar o produto será um processo con-
tínuo que a Startup fará durante toda sua existência. Por isso reforço, não tente
criar o produto perfeito.
Modelo do negócio: Ao mesmo momento que o empreendedor está lan-
çando a primeira versão no mercado e precisa começar a modelar o seu futuro
negócio. Identificar os canais de vendas, monetização e proposta de valor.
Construção do time: Nesta fase chega o momento de somar pessoas para o
time, é hora de fazer a Startup ganhar corpo, intensificar sua operação e ganhar
tração de mercado e para isso é fundamental ter um time de peso.
Quando falamos em startups, outra palavra que surge com frequência é investi-
mento. Devido ao ambiente de incerteza que é desenvolvido o negócio, até que
o modelo certo seja encontrado, o investimento utilizado é de risco. Existe uma
série de investidores que buscam por empresas startups para investirem, por isso
o empreendimento que desenvolve um bom plano de negócios possui mais chan-
ces de sucesso em encontrar investidores (SEBRAE, 2017, on-line). No tópico
seguinte vamos entender mais sobre isso.
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Vou começar este tópico trazendo a experiência de Requarth (2015, on- line)6, co-fun-
dador do Viva Real, que já levantou mais de US$74 milhões dos maiores investidores
do mundo. Ele compartilha alguns conselhos para quem está buscando investimento:
“Eu tenho uma ideia de milhões de dólares, eu só preciso de investido-
res para me ajudar a colocar ela em prática”.
Requarth diz que ouve isso o tempo todo, e afirma que em primeiro lugar,
é importante que você seja claro; os investidores não apostam em ideias. Eles
investem em empresas e empreendedores.
Por mais que tenhamos visto que as Startups nascem com custos baixos, exis-
tem custos e para que a sementinha possa germinar, precisa de adubo e água, e
nada disso é de graça. Ou seja, para que a empresa possa crescer tem que investir
em pesquisa, protótipos, pessoas e para isso o dinheiro é fundamental, dinheiro
este que muitas vezes o empreendedor não dispõe e por isso precisa de parcerias.
Falamos bastante que as Startups nascem em um ambiente de incerteza, ou
como diz o SEBRAE ([2018], on-line), “até que o modelo seja encontrado” pre-
cisamos entender e falar sobre os investimento para startups. Isso porque são
empresas recentes, jovens e “sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca
pelo modelo de negócios enquanto não existe receita”.
É claro que a startup precisa de investimento e caminhar para ser uma
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empresa sustentável, mas como isso acontece? Quem investe? Quem pode inves-
tir? Enfim, de qual lugar sai o dinheiro?
Acredita-se que as Startups nasçam com boas perspectivas de geração de
receita o que pode atrair investidores injetando dinheiro na empresa para aju-
dá-la a crescer ainda mais rapidamente, “tendo em vista que o dinheiro será
somado a um trabalho diferenciado, capaz de solucionar problemas e facilitar a
vida de muitas pessoas” (BRASIL ECONÔMICO, 2016, on-line).
Para conhecermos um pouco mais de “perto” a realidade de investimento e
investidores, trago novamente a participação de alguns gestores que estão empre-
endendo no mundo das Startups.
Como buscou investimentos? Que dica daria aos novos empreendedores?
No início o investimento foi Bootstrap, agora o foco tem sido editais de fomento,
e o próximo passo buscar investidores anjo.
No início tive apoio de familiares e amigos. Fizemos um projeto piloto com re-
cursos dessas pessoas que nos apoiaram no início a fim de validar o modelo e ter
algo concreto para apresentar.
Deixo como dica mobilizar seu networking e pessoas mais próximas para fazer a
ideia sair do papel, a busca por investimento profissional será um passo natural
para alavancar o crescimento após ter um protótipo validado.
Quadro 07 - Busca de investimento de Startups
Fonte: baseado em entrevista realizada pelo autor (2017).
mas o dinheiro do investidor-anjo (ou sócio investidor) não vai resolver tudo.
Capital semente: momento inicial em que o investidor-anjo investe na
empresa dinheiro suficiente, pois o objetivo é vender sem perder de vista o res-
peito ao meio ambiente e à sociedade.
Venture capital: modalidade de financiamento de empresas, em troca de
participação societária, implicando em responsabilidades conjuntas para inves-
tidores e empreendedores. Aplicam recursos em startups que já tenham testado
seus produtos e estão prontas para crescer, traz à empresa os sócios investidores.
Investimento coletivo (crowdfunding): o objetivo é reunir diversas pessoas
que possam colaborar com pequenas quantias e, assim, viabilizar uma ideia, um
negócio ou um projeto, recebendo, ou não, uma contrapartida por isto. É uma
forma rápida e relativamente simples de captar valores para a execução de uma
ideia ou projeto de apelo popular, com uma baixa contrapartida.
Subvenções, editais e bolsas: incentivos fiscais (facilitação ou isenção do
pagamento de impostos) fornecidos pela prefeitura, ou ainda editais públicos.
Vamos focar aqui no investidor-anjo e aproveitar para sabermos o que é
necessário, ou o que esses investidores levam em consideração ao analisarem
propostas, assim, poderemos preparar nossa apresentação e nossa ideia em
um conceito mais elaborado para convencer. Sabemos ainda que investir em
Startup, dada a suas características de incertezas é um risco e por isso temos
que estar preparados responder as possíveis dúvidas de potenciais investidores.
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Conforme Anjos do Brasil (2011, on-line), podemos dividir o processo de obten-
ção de investimento-anjo para criação de uma nova empresa em duas etapas:
estruturação do negócio e captação do investimento.
I. A primeira etapa de procura é como na “paquera”, você irá “flertar” com seu
investidor-anjo. Neste momento, deve-se apostar no “charme” do produto/
serviço. Submeta seu pitch (apresentação) para os investidores e participe de
eventos para ser visto.
II. Uma vez encontrado um potencial investidor-anjo interessado, passa-se para
a fase de “namoro”. Vocês se encontrarão para trocar ideias, “namorar” um
pouco, apresentando os detalhes e intenções da Startup.
III. Se o namoro deu certo, vocês ficarão noivos, fechando os principais termos
da negociação (term-sheet): valor do investimento, participação que o inves-
tidor-anjo terá no negócio e quais os papéis e funções de cada um.
IV. Depois de acertar os detalhes, chega o casamento, ou seja, vamos assinar os
contratos e o investimento é efetivado. Agora o “negócio” começa e você de-
verá focar e executar com o apoio dado pelo investidor-anjo que irá apoiá-lo
com orientações e conexões.
V. A etapa seguinte é a que difere num relacionamento pessoal, pois muitas
vezes o sucesso para ambos vem de um divórcio feliz, seja através de um
lançamento das ações na Bolsa de Valores ou na venda da startup, mas quem
sabe podem surgir alguns “filhos” futuros de ambos.
Essas são as dicas do Portal Anjos do Brasil que inclusive pode nos ensinar
como fazer um pitch. De repente essa palavra soa estranha em nosso vocabulá-
rio, mas trata-se de uma apresentação rápida e eficaz sobre sua ideia.
Requarth (2015, on-line) reitera a ideia dos criadores de Startups que esta-
mos usando como exemplo e também nosso consultor do Sebrae e diz que antes
de sair à procura de um investidor para a sua startup de tecnologia, aqui estão
os 3 principais passos que eu recomendo que você faça antes de tentar encon-
trar um investidor profissional.
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Construir um mvp: Um mvp é o produto mínimo viável que você coloca na
minimum viable frente de potenciais clientes para obter feedback útil para
product. futuras melhorias ou iterações. É uma forma de validar sua
ideia contra um mercado real. Ter um mvp lhe permite
investir o mínimo de recursos para maximizar o seu aprendi-
zado. Muitos empresários trabalham em uma ideia monu-
mental e gastam toneladas de tempo com a construção de
um produto complexo, para só então perceber que não há
ajuste de produto / mercado (product market fit). Você deve
reunir o máximo de dados e feedbacks de seus clientes, de
modo que você seja capaz de interagir e mudar de rumo
afiando dentro de algo que as pessoas realmente querem.
Nem tudo é dinheiro quando se pretende colocar a Startup para funcionar, às vezes
parceria, trabalho ou conselhos podem ser mais valiosos do que apoio financeiro.
Conforme a Vivo (2015, on-line), muitas vezes, na hora de iniciar um negócio,
surge insegurança e incertezas e ser assessorado em um processo de mentoring (por
um mentor), pode nos ajudar a suprir esses sentimentos e alavancar o nosso negócio.
De acordo com Santos (2015, on-line)10, “mentoring” é um termo normal-
mente traduzido como “tutoria”, “mentoria”, ou “apadrinhamento”. No caso das
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Santos (2015, on-line) diz que vêm crescendo o número de programas, even-
tos e iniciativas que aproxima Startups de mentores com experiência no mercado
para que haja troca de conhecimento e experiências.
Um deles que eu gostaria de apresentar é o InovAtiva Brasil, trata-se de um
[...] programa gratuito de aceleração em larga escala para negócios ino-
vadores de qualquer setor e lugar do Brasil, realizado pelo Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pelo Serviço Bra-
sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com exe-
cução da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras
(CERTI) (O QUE É... [2018], on-line).
Quadro 12 – Opinião sobre a contribuição para difusão de ideias inovadoras em eventos como Tic-Inova e
InovAtiva Brasil
Fonte: baseado em entrevista realizada do autor.
Para fechar este tópico deixo algumas dicas do nosso consultor Sebrae sobre esse
eventos: quais as novidades e eventos que podem ser uma forma de divulgar
e conhecer os negócios inovadores e Startups?
Existem grandes eventos para desenvolver novos conhecimentos e habilida-
des sobre esse mundo das Startups. Temos como exemplo:
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QUADRO RESUMO
Para uma empresa ser considerada uma startup ela precisa ter uma proposta
inovadora para apresentar ao mercado; apresentar um modelo escalável; ter
base tecnológica; custos baixos na fase inicial e ser apresentada ao mercado
como uma ideia rentável, com chances de ser transformada em um negócio.
Fonte: adaptado de iG- Economia (2017, on-line)11.
4. Sou criativo e perceptivo e quero montar uma startup, mas preciso de apoio,
não sei o que devo fazer para validar minha ideia. O que é esse passo?
a) O empreendedor jamais deve se apaixonar pela sua ideia, ele precisar ir
para o mercado e conversar com clientes reais e sentir se eles realmente têm
aquele problema “suposto” pelo empreendedor.
b) O empreendedor precisa ir o quanto antes levar seu produto para o merca-
do e já tentar fechar as primeiras vendas.
c) Ao mesmo momento que o empreendedor está lançando a primeira versão
no mercado e precisa começar a modelar o seu futuro negócio, identificar os
canais de vendas, monetização e proposta de valor.
d) É hora de fazer a Startup ganhar corpo, intensificar sua operação e ganhar
tração de mercado e para isso é fundamental ter um time de peso.
e) É a criação e incorporação dos sonhos do empreendedor transformado em
uma brilhante ideia com grandes chances de torná-lo rico
5. Para que possamos buscar investidores e maximizar nossas chances, precisa-
mos desenvolver algumas etapas, dentre elas o pitch. O que você compreen-
deu sobre pitch?
MATERIAL COMPLEMENTAR
10 dicas para tirar sua ideia do papel e montar uma startup de sucesso
No site do Sebrae você pode conferir 10 dicas para tirar sua ideia do papel e montar uma startup de
sucesso. A cartilha traz passo a passo para quem deseja empreender. Acesse o link e saiba mais sobre o
assunto: <https://www.SEBRAE.com.br/sites/PortalSEBRAE/bis/10-dicas-para-tirar-sua-ideia-do-papel-
e-montar-uma-startup-de-sucesso,4cde974198962510VgnVCM1000004c00210aRCRD>.
VIVO. Entenda por que o mentoring faz a diferença para uma startup. Dis-
ponível em: <http://destinonegocio.com/br/negocios-online/entenda-por-que-
-o-mentoring-faz-a-diferenca-para-uma-startup/>. Acesso em: 11 MAIO 2018.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://economia.ig.com.br/2016-06-30/startup-conceito.html>. Acesso
em: 24 maio 2018.
2
Em: < http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-uma-
-startup,616913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em 10
maio 2018.
3
Em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/startup-
-entenda-o-que-e-modelo-de-negocios,5b3bb2a178c83410VgnVCM-
1000003b74010aRCRD>. Acesso em 10 maio 2018.
4
Em: < https://endeavor.org.br/tudo-precisa-ter-boa-ideia//>. Acesso em: 10
maio 2018.
5
Em: <http://economia.ig.com.br/2016-06-30/startup-conceito.html>. Acesso
em: 10 maio 2018.
REFERÊNCIAS
6
Em: <https://endeavor.org.br/ideia-um-milhao-dolares-investidor/>. Acesso
em: 10 maio 2018.
7
Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/noticias/lei-muda-e-
-amplia-apoio-de-investidor-anjo-a-startups,aaffb6fbf6fe9510VgnVCM-
1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 10 maio 2018.
8
Em: <http://www.anjosdobrasil.net/principais-passos-para-obtenccedilatil-
deo-de-investimento-anjo.html> Acesso em: 10 maio 2018.
9
Em : <http://www.inovativabrasil.com.br/investimento-startups/>. Acesso
em: 10 maio 2018.
10
Em: <https://startupi.com.br/2015/05/a-importancia-da-mentoria-para-a-a-
celeracao-das-startups-2/>. Acesso em: 11 maio 2018.
11
Em: <https://www.inovativabrasil.com.br/rede-de-mentoria/>. Acesso em:
11 maio 2018.
121
GABARITO
1. B.
2. D.
3. C.
4. A.
5. Pitch é uma apresentação rápida em que o empreendedor apresenta o
seu negócio de forma clara e concisa.
Professor Dr. Victor Vinicius Biazon
IV
DELINEANDO A
UNIDADE
STARTUP – MODELOS E
CONFIGURAÇÕES
Objetivos de Aprendizagem
■ Distinguir plano de negócio de modelo de negócios.
■ Conhecer as especificidades do Customer Development Model.
■ Conhecer a modelagem em Startup com base na inovação enxuta.
■ Compreender a funcionalidade dos modelos Design Thinking e
Inovação Aberta.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■ Diferença entre modelo e plano de negócios: Customer Development
Model
■ O Modelo de negócio baseado na abordagem de inovação enxuta ou
lean innovation
■ Design Thinking: uma forma de agregar valor
■ Open Innovation: dialogando com o mercado
124 UNIDADE IV
Projeto Startup
Realização
Marketing
Ideia
Planejamento
Sucesso
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Estratégia
Estratégia
tratados e deste modo vão trilhar caminhos cheios de obstáculos para desviar.
“O modelo de negócios é a forma como uma empresa cria, entrega e captura
valor. Em outras palavras é a fórmula que transforma time, produto e gestão em
receita, lucros e retorno para os acionistas” (SEBRAE, [2018], on-line).
Problemas relacionados à oferta e demanda acaba por gerar dúvidas aos novos
gestores quando se trata do alinhamento entre Startup e empresas convencio-
nais, e este fato deixa dúvidas sobre o que idealizar primeiro: plano ou modelo.
Isso porque normalmente as micros e pequenas empresas “tradicionais” foram
pensadas na concepção do empreendedorismo que todos nós trazemos, ligada
ao marketing de oportunidade de mercado, quer dizer, são montadas para ofe-
recer uma solução para um problema conhecido.
“A maioria das iniciativas inovadoras não falha por haver esquecido de execu-
tar algum ponto do seu plano, mas sim por não conseguir vender seus produtos,
ou seja, por não encontrar o “encaixe” entre produto e mercado” (SOCIAL GOOD
BRASIL, [2018], on-line).
Pimenta (2014, on-line) traduz um pouco desse pensamento que afirma-
mos até aqui:
empreender hoje exige a busca pela diferenciação através de um modelo
de negócio inovador. Se o modelo é inovador, significa propor algo novo,
logo não se tem certeza se vai agradar. Por isso é importante que seja va-
lidado antes de ser lançado, num processo de experimentação e ajustes.
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As que trazem um novo produto
para um mercado existente
Para ampliar sua Startup pensando no cliente, foi desenvolvido um modelo cha-
mado cdm: customer development model ou modelo de desenvolvimento do
cliente cujos principais processos são a descoberta de clientes, validação dos
clientes, criação dos clientes e criação da empresa.
Vamos conhecer agora uma ilustração com explicações para que possamos
compreender como se desenvolve o CDM, tendo como base o Social Good Brasil
(on-line) e Pimenta (2014).
Geração de Estruturação
Descoberta Pare Validação Pare Pare
demanda do Negócio
Pivô
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de negócios com rigor, detalhes e etapas que merece, o objetivo é encontrar um
problema relevante e verificar a validade das soluções propostas. A ideia aqui
nesse modelo é “economizar recursos enquanto se busca o encaixe e gastá-lo
para crescer assim que o encaixe for encontrado”.
Vamos conhecer quais seriam os processos ou os 4 passos para a epifania,
que orientam o modelo baseado no cliente.
elétricos, mas pode ser que a oportunidade seja de uma empresa de marido de
aluguel para serviços de eletricista. Devemos vencer a primeira fase antes de
formalizar o negócio para reduzir incertezas e prejuízos. As hipóteses (loja de
materiais elétricos ou serviço de eletricista) precisam ser validadas pelos clien-
tes, de acordo com o que eles querem.
Os passos seguintes compreendem a gestão do negócio e crescimento da
empresa. Para a gestão do negócio, vamos construir o plano de negócios ou
ainda trabalhar o canvas para que possamos estruturar os diversos fatores que
envolvem a criação de uma empresa e depois trabalhar na projeção e execução
de estratégias de crescimento.
Percebe aqui que toda a ideia é gerada em função de agregação de valor, ou ainda,
antes disso, a percepção de valor do cliente. A busca de um modelo de negócio
é necessária em uma Startup completamente nova ou em uma nova divisão de
uma empresa já existente. Nessa fase de “busca” vamos a campo para conhecer
melhor o cliente e suas reais necessidades para construir em paralelo um pro-
duto mínimo viável que possa atender as expectativas (GRANDO, 2012, on-line).
Na literatura de marketing, o conceito de valor aparece com diferentes interpre-
tações e acepções. Ao discutirem o conceito de valor (percebido), Zeithaml e Bitner
(1988 apud FALCÃO et al. 2016) discutem que estão relacionados aos atributos tan-
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gíveis e intangíveis do produto, os quais refletem aspectos como qualidade, utilidade,
relevância e imagem de marca e também custos monetários e não monetários como
preço, tempo, esforço, energia física, energia psíquica e risco envolvido na escolha.
Quer dizer, valor se traduz pela métrica padronizada benefícios/custos de obtenção.
Vamos esquematizar isso para que nada seja deixado de lado.
MERCADOS
PROBLEMAS/NECESSIDADES/DESEJOS
PRODUTOS
O QUE (QUAL) É A SUA SERVIÇOS
PROPOSIÇÃO DE VALOR, OU SEJA,
O QUE VOCÊ ESTÁ OFERECENDO? SOLUÇÕES
CRIA VALOR
CAPTURA VALOR
A sua Startup, seu produto para ter valor ou para ser percebido como positivo
para o cliente deve agregar algo útil, fazer a diferença, resolver um problema ou
gerar comodidade e ainda ter bom custo-benefício. Uma tarefa que pode ser um
tanto complicada, mas não impossível. Desta forma, o cdm é uma opção para
que sua empresa já nasça sob a perspectiva de agrado e engajamento do cliente.
Conforme Bueno (2015, on-line), tendo em vista nossas leituras, nossa experi-
ência como empreendedores e agora mais engajados no mundo das Startups, o
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Grando (2012) diz que a ideia de não ter uma organização funcional até que a orga-
nização encontre um modelo de negócio comprovado é uma das coisas mais difíceis
para os empreendedores de Startups entenderem. Então, um adendo aqui, que merece
ser feito: esse modelo não inviabiliza ou não suspende a necessidade de um bom plano
de gerenciamento, um bom plano de negócio, apenas inverte um pouco as etapas, ok?
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O MODELO DE NEGÓCIO BASEADO NA ABORDAGEM
DE INOVAÇÃO ENXUTA OU LEAN INNOVATION
A ideia do just in time, se aproxima do que vamos tratar como Lean Innovation,
um termo registrado por Eric Ries que passou os últimos anos combinando ideias
de marketing, tecnologia e gestão e criou o termo “Lean Startup”. Só que não está
relacionado só com custos, mas também com velocidade.
Conforme o Sebrae (2017, on-line) podemos conceituar lean traduzindo
como “enxuto” e é bastante conhecido na gestão e indústria tradicional, envol-
vendo a identificação e eliminação sistemática de desperdícios. De um modo
geral, “qualquer método lean usa a estratégia de atuar localmente em cada item
de desperdício de tempo, custo ou recursos, para chegar a uma qualidade maior
e um time-to-market mais rápido”.
Essa abordagem nasceu nas startups e tem sido utilizada em empresas de
todos os portes. Na prática, Sebrae (2017, on-line) diz visualizar certa dificul-
dade em algumas grandes empresas em adotar uma postura lean e alguns fatores
contribuem para tal:
■ a cultura de erro (o medo de errar e quanto à empresa está disposta a
arriscar);
■ a burocracia do processo tradicional que praticamente obriga que os times
de projetos comprovem antecipadamente que as “coisas irão funcionar
conforme o planejado”; e
■ falta de suporte da organização para fomentar uma cultura com essa
abordagem.
Lean Startups desperdiçam menos dinheiro, porque usam uma abordagem disci-
plinada para testar novos produtos e ideias. No mundo das Startups, a expressão
lean é utilizada para retratar a startup enxuta, ou seja, atuando sob processos ágeis
de construção de empresas e produtos que usam os princípios de manufatura
enxuta aplicada à inovação. “Esse processo envolve testes rápidos de validação
de hipóteses, aprendizado sobre clientes e uma abordagem disciplinada para o
desenvolvimento do produto” (GRANDO, 2012, on-line).
Em suma as leans operam sob uma metodologia pensada originalmente para
startups de tecnologia em um método mais coeso e aplicável a qualquer empre-
endimento nascente.
Acredito que você já deve ter feito essa conta, mas vale dizer que existe uma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ligação entre o que vimos no contexto da cdm e a Lean Startup, porque con-
forme Grando, (2012, on-line) “a metodologia Lean Startup se aplica a todas as
empresas que enfrentam a incerteza sobre o que os clientes querem” e ainda diz
que mesmo grandes empresas precisam desenvolver capacidade de criar inova-
ção disruptiva, ou que rompa com a “normalidade”.
Contribuindo com essa ideia temos a Pierantoni (2015, on- line) explicando
que a metodologia Lean Startup apresenta ao empreendedor alguns conceitos,
como o mvp, a ideia de pivot e métodos mais ágeis de interação com clientes.
Alguns desses nós já conhecemos como a ideia de “pivotear”, mas as demais
vamos conhecer agora.
O termo pivot é usado para indicar que uma empresa mudou significativa-
mente algum aspecto do seu negócio com base no aprendizado obtido com os
testes. Para uma startup, significado de pivot, apesar de simples de explicar, é
uma tática de negócios importante que pode definir se o projeto irá morrer ou
crescer. O significado ou a ação é girar em outra direção e testar novas hipóte-
ses, mas mantendo sua base para não perder a posição já conquistada.
Fechando o tópico, para Grando, (2012, on-line) a ideia de Lean Startup é fazer
tudo da forma mais simples possível, usando o mínimo de recursos e o máximo
de velocidade para economizar dinheiro e diminuir riscos. Esta empresa enxuta
começa com um produto mínimo viável e através de um processo iterativo de
■ viable: uma proposição de valor importante o suficiente para que seu prin-
cipal cliente adote esse produto, se possível gerando receita;
■ product: funcionalidades encaixadas em uma entrega que se assemelhe
a um produto coeso e útil;
Seguindo a ideia e juntando isso tudo podemos entender que mvp está ligado à
construção de um produto que o cliente dá valor, usando o menor número de
recursos no menor tempo possível, mas que se assemelhe a um produto (e não
uma lista de funcionalidades disponíveis para uso).
Você sabia que empresas como Amazon, Facebook e Zappos começaram
como startup e adotaram o Lean Startup? Pois é, no Brasil temos o caso da Easy
Taxi de Tallis Gomes, que conforme Carvalho (2015, on-line) afirmou ter criado
a primeira versão do aplicativo no modelo mvp:
primeiro, um protótipo do serviço, no qual o pedido do usuário caía
direto no seu e-mail pessoal e ele procurava no Google Maps um carro
disponível. Quando percebeu que havia de fato demanda para esse tipo
de serviço, aí sim ele desenvolveu o app.
Vale ressaltar que não é fácil encontrar um mvp, ainda mais quando se tenta traba-
lhar um modelo de negócios inovador. Encontrá-lo é normalmente fruto de várias
iterações, tentativa e erro, medições, protótipos testados junto a muitos usuários e
semanas de noites mal-dormidas (SEBRAE, 2017, on-line)5 e conforme Bueno (2015,
on-line) antes de aprender com nossos clientes, as ideias que tínhamos do que pode ou
não dar certo são baseadas em “achismo”. “Então vá errar junto a seus clientes!” Deixe
que eles te digam quais seus erros e acertos ao invés de presumir que você está certo.
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cendo um conjunto de dados para análise. No passo aprender verifica-se o porquê
do desempenho abaixo do esperado na avaliação pelos clientes, ou das preferências
dos clientes diante de diferentes opções. Decide-se então entre pivotar ou perseverar.
Em outras palavras, a partir das ideias você constrói um produto mínimo viável
(código), mede os resultados, coleta dados e aprende algumas lições. Este laço de
aprendizagem deve ser continuado de forma rápida, fazendo ajustes até que produto e
mercado estejam no mesmo nível. De acordo com Grando, (2012, on-line) o objetivo é
conseguir um modelo de negócio de valor, ou seja, que deixe o cliente feliz e gere lucro.
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Conheça três dicas básicas para iniciar uma startup de sucesso usando Lean
Startup.
1. Faça um rápido Canvas e vá coletar feedback com seus clientes: o pri-
meiro passo para uma startup seguindo a metodologia Lean Startup é pre-
parar um Canvas incluindo todos os 9 blocos de seu modelo de negócio
2. Após pedir feedback, faça rápidas modificações e vá pedir mais feedback:
você ouviu o que os clientes queriam, percebeu que era necessário efe-
tuar modificações então faça.
3. Seja ágil (Agile) ao desenvolver seu produto: não há como sua startup
se tornar uma Lean Startup sem as melhores práticas dos métodos ágeis
para gerenciamento de projetos relacionados ao seu produto.
Fonte: Bueno (2015, on-line).
DEFINIR PROTÓTIPO
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DESIGN THINKING: UMA FORMA DE AGREGAR VALOR
Na última década o design thinking vem sendo utilizado para promover a ino-
vação nas organizações e envolve o processo de geração de ideias em um grupo
multidisciplinar como foco na resolução de problemas, assim, a utilização do
design vai além da aparência dos produtos, sendo aplicado na concepção de solu-
ções, que englobam os aspectos estratégicos do negócio. Trata-se de um novo
jeito de pensar e abordar os problemas.
Como estamos no Brasil, vamos tentar traduzir o termo que pode ser enten-
dido como “pensar como um designer pensa”, não configurando uma abordagem
exclusiva para solução de problemas de design. É mais bem retratado como “[...]
um conjunto de princípios que podem ser aplicados por diversas pessoas a uma
ampla variedade de problemas” (BROWN, 2010, p. 6 apud BOSCHI, 2012, p. 43).
E vale ressaltar que a utilização da expressão Design Thinking para determinar
processos de geração de inovação vem sendo amplamente divulgada e utilizada
como estratégia mercadológica.
Mais detalhadamente, o processo consiste em uma abordagem colaborativa
um método que permeia as atividades de inovação com foco no ser humano, que
gera inovação através de interação e práticas criativas. É um processo de geração
de ideias a partir de agentes externos e alcança soluções inovadoras por meio
1
3 Avançar para o próximo projeto - repetir
Expectativa
Conseguir recursos
para implementação
do projeto
Aplicar o processo ao negócio - divulgar
Qual é o problema?
Ajudar a desenvolver uma estratégia
Onde está a oportunidade?
de comunicação de marketing O que mudou (ou pode mudar em breve)?
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mais, testar com Envolve muitas disciplinas negócio (tempo, falta de
usuários, testar desde o início (por exemplo, recursos, carteira de clientes
internamente engenharia e marketing) pobres, perda de mercado)?
2
Figura 06 - Etapas do processo de design thinking
Fonte: Calabria et al. (2013).
Descobrir
Desenvolver Entregar
e definir
Protótipo e
Insights Ideiais
realização
Entender,
Idealizar Prototipar e testar
observar e definir
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5. Predisposição
para a multifun- as soluções para os problemas não precisam ser “monofuncional”.
cionalidade:
8. Habilidade de
a linguagem é geralmente considerada como um meio
usar a linguagem
para comunicação, mas para os designers também é uma
como uma ferra-
ferramenta.
menta:
9. Facilidade para
ao invés de escolher entre uma ou outra solução, procura
evitar a necessi-
unir as melhores características de todas elas.
dade de escolha:
Quadro 02 - Aspectos-chave ou características do design thinking
Fonte: adaptado de Owen (2008, p. 18 apud Lima et al. 2013, p. 7-8).
Pense que você é um design thinker. Você sabe como deve ser o seu pensamento?
Ou como deve ser sua forma sistemática de compreender problemas e propor-
cionar soluções? A figura nos mostra como sua cabeça deve funcionar.
Postura
Orienta
1. Meu mundo é orientado
para a confiabilidade Informa
2. Meu mundo recompensa
o aprimoramento do estágio Ferramentas
existente
Entretanto... Orienta
3. Tento equilibrar confiabilidade
com validez 1. Observação
4. Busco avançar o estágio do 2. Imaginação
conhecimento Informa
3. Configuração
Experiências
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OPEN INNOVATION: DIALOGANDO COM O MERCADO
O PROCESSO DE INOVAÇÃO
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Processo tradicional de Inovação
P&D
>
>
>
>
Inovação Aberta
>
>
>
> > > > > > > >
>
Figura 10 - Funil da inovação
Fonte: adaptado de Chesbrough (2011 apud GALDO, 2016, p. 50).
Nestes termos, para a ICD (2014, on-line) a Inovação Aberta significa que
deve haver uma mudança na forma em que as pessoas veem a empresa e seu
ambiente, não devemos ficar fechado, com os departamentos fechados ou com
nossa ideia de Startup fechada, devemos nos abrir para ouvir.
Outro ponto ainda importante, que vocês já estão fazendo enquanto aluno
de graduação é levar a ideia de que a empresa, a Startup, deve considerar o esta-
belecimento de cooperações com instituições de pesquisa, universidades, seus
fornecedores e mesmo com os usuários (potenciais) de seus produtos, pois envol-
ver outros parceiros quando o desenvolvimento de novos produtos, tecnologias
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Agora fica a pergunta: você, aluno, futuro gestor, acredita ser mais interes-
sante para o mercado adotar que tipo de inovação?
Trazendo os resultados de pesquisa de Coutinho (2004, p. 29) apresenta-
-se o Manual Oslo (OECD, 1992), que tem por objetivos padronizar conceitos e
propor metodologias para coleta de informações a respeito de inovações, dife-
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rencia a inovação tecnológica e a atividade inovadora.
Este manual considera como inovação apenas a introdução de um novo bem
(produto) ou de um novo método de produção (processo). As inovações de processo
compreendem a implementação/adoção de novos ou significativamente melhores
métodos de produção ou distribuição. Isto poderia envolver mudanças em equi-
pamentos, recursos humanos, métodos de trabalho ou uma combinação destes.
Da mesma forma ele define as inovações de produto como aquelas que envolvem
a implementação/comercialização de um produto com características de desempe-
nho melhorada capazes de proporcionar novos ou melhores serviços ao consumidor.
Atividades inovadoras: atividades de inovação tecnológicas em produtos e
processos são todas as etapas científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras
e comerciais que de fato levam, ou pretendem levar, à implementação de produtos
ou processos tecnologicamente novos ou aprimorados. Algumas delas podem ser
inovadoras por si mesmas, outras, embora não sejam novidades, são necessárias
para a implantação. As atividades inovadoras foram classificadas em sete grupos:
1. Pesquisa e Desenvolvimento;
2. Engenharia Industrial;
3. Início da produção;
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competidores sobre uma oportunidade de mercado), expondo protótipos para
os consumidores apenas na fase beta de testes. A metodologia lean tornou essa
prática obsoleta porque mostra que a opinião do cliente vale mais que o segredo
e que o feedback constante mostra mais resultados.
Meu caro aluno, vemos aqui a importância da participação, da busca, da
procura por apoio, mas não apenas financeiro, e sim intelectual e de percepção
de mercado, de tendências, de necessidades e desejos de públicos que podem se
tornar grandes consumidores e até mesmo investidores do seu negócio inovador.
QUADRO RESUMO
Vimos que modelo e plano de negócios são coisas distintas e que na linha
de Startup devemos nos atentar ao desenvolvimento de modelos inovadores.
Também vimos alguns exemplos de modelos como o Customer Development
Model que atua em parceria ou cocriação de clientes levando em conta seus
anseios. A Lean startup trabalha de forma “enxuta” trazendo mais agilidade
para a criação. Outros termos como Design Thinking trabalha com olhar lá
na ponta antes mesmo de inovar, partindo da ideação até a implementação.
Fonte: o autor.
O que você acha de terminar nosso material com a possibilidade de se conectar a gran-
des empresas interessadas em gerar negócios com startups e ainda ter a possibilidade
de fazer parte do Ranking 100 Open Startups com as mais atraentes do ano? Responda
as perguntas ou siga os passos.
1 - Como está a sua reputação no ecossistema de startups e inovação que você faz parte?
Durante todo o ciclo você pode se conectar e validar sua startup com o mercado e en-
contrar oportunidades de gerar negócios. Que tal você selecionar um grande desafio,
se cadastrar e demonstrar sua reputação, sua solução inovadora? De repente ganhe até
alguns prêmios
2 - O que o mercado acha da sua solução?
Se você tomou coragem e participou de eventos apresentando sua startup já está no
circuito. Quanto melhor sua startup for classificada na etapa anterior, mais atenção você
terá da Rede Corporativa do movimento. Aqui, nesta fase, a sua startup pode ter a quan-
tidade de feedbacks do mercado que conseguir atrair.
3 - Os investidores concordam com a sua startup ter chegado até aqui?
Que tal voar mais alto? Agora você pode apresentar sua startup nas Capitais da Inovação
(a que você escolher) e convença investidores de que sua startup, sua ideia, sua solução,
é um bom negócio. E ainda, se por acaso já tenha recebido investimento Anjo ou de
Venture Capital indique no formulário e participe do FastTrack.
4 - As 100 startups mais atraentes e as grandes empresas juntas no mesmo local.
Você terá um tempo para expor sua Startup, e durante a Open Innovation Week, você a
as demais startups que avançaram junto com os executivos seniores das empresas líde-
res conectadas poderão se encontrar para discutir parcerias, investimentos, contratos e
outras maneiras de implementar soluções inovadoras em conjunto. Mais uma chance de
convencer e expor suas ideias.
5 - Ranking 100 Open Startups.
Os resultados deste processo geram o Ranking 100 Open Startups que destaca anual-
mente as startups mais atraentes na visão do mercado. Conheça o Ranking publicado
pelo Valor Econômico e usado como referência por grandes empresas e investidores.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
3. Com o pensamento voltado para a modernidade, para novas formas de fazer,
de criar vimos que o Design thinking aborda uma criação participativa. Neste
processo vimos uma expressão que de repente não conhecíamos a de idea-
ção. O que devemos realizar nesta etapa?
a) O processo de descoberta centrado no ser humano.
b) Atividades de geração, desenvolvimento e teste de ideias.
c) Mapeamento de um caminho para se chegar ao mercado.
d) Espaço para transformação de ideias em negócios de base tecnológica.
e) Um espaço para pré-incubação e incubação de projetos de empresas.
4. Os habitats de inovação são espaços diferenciados, propícios para que as ino-
vações ocorram, pois são locus de compartilhamento de informações e conhe-
cimento, formando networking, e permitem minimizar os riscos e maximizar
os resultados associados aos negócios. O habitat de inovação procura unir efe-
tivamente talento, tecnologia, capital e conhecimento para alavancar o poten-
cial empreendedor.
Disponível em: <http://via.ufsc.br/o-que-sao-habitats-de-inovacao/>. Acesso em: 15 maio 2018.
Podemos entender que nesse Habitat, surgem parcerias, surgem trocas de in-
formação, o que é possível em no contexto da inovação aberta. Sobre esse tipo
de inovação, leia e responda:
I. O processo de inovação nos quais indústrias e organizações promovem
ideias, pensamentos, processos e pesquisas abertos.
II. Ela é a combinação de ideias internas e externas, como também, caminhos
internos e externos para o mercado, de modo a avançar no desenvolvimen-
to de novas tecnologias em produtos e processos.
III. Deve haver uma mudança na forma em que as pessoas veem a empresa e
seu ambiente, não devemos ficar fechado, com os departamentos fechados
ou com nossa ideia de Startup fechada, devemos nos abrir para ouvir.
154
A Startup Enxuta
Eric Sales
Editora: LeYa
Sinopse: a inovação sem segredos! Na vanguarda do empreendedorismo
do século XXI, Eric Ries criou uma abordagem revolucionária para a
administração, que gerou um movimento que está transformando a maneira
como os novos produtos são criados, desenvolvidos e lançados. Esses
princípios se aplicam a todos aqueles que procuram construir produtos
verdadeiramente novos sem desperdício, que podem ser utilizados tanto
por startups de empresas de garagem quanto por inovadores presentes nas
grandes empresas. Ries, que é empreendedor residente na Harvard Business
School, também define desperdício como “toda atividade que não contribui
para se aprender a respeito dos clientes”. Trazendo histórias da vida real e
lições aprendidas de algumas das empresas mais dinâmicas da atualidade, o autor descreve um plano para
que cada um possa executar os princípios fundamentais da startup enxuta em qualquer projeto.
StartUp
2016
Sinopse: o que acontece se uma ideia tecnológica promissora, porém
controversa, brota nas mentes de pessoas do lado errado da cidade?
Três estranhos batalham contra a dura realidade das ruas de Miami para
transformar suas inspirações em sucesso.
Material Complementar
REFERÊNCIAS
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3 Em: <https://neigrando.wordpress.com/tag/desenvolvimento-do-cliente/>. Acesso
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4 Em: <https://endeavor.org.br/o-plano-de-negocios-business-plan/>. Acesso em: 11
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5 Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-o-que-e-lean-
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6 Em: <http://vendamuitomais.com.br/2008/11/28/inovacao-mais-um-processo-me-
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7 Em: <https://www.openstartups.net/br-pt/>. Acesso em: 15 maio 2018.
159
GABARITO
1. D.
2. D.
3. B.
4. E.
5. C.
CONCLUSÃO