Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HUMANAS E
SOCIAIS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Mincoff
James Prestes
Tiago Stachon
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora
Coordenadorde deProjetos
ConteúdoEspeciais
Yasminn
Roney deTalyta Tavares
Carvalho LuizZagonel
Designer Educacional
Kaio Vinicius Cardoso Gomes
Iconografia
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; Roney de Carvalho Luiz
SANTANDER, Pablo Araya. Editoração
Sabrina Novaes
Ciências Humanas e Sociais. Pablo Araya Santander. Qualidade Textual
Monique Coloni Boer
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2020. Ilustração
447 p. André Azevedo
“Graduação - EaD”.
1. Ciências. 2. Humanas. 3. Sociais. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-2078-6
CDD - 22 ed. 301
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um proces-
so de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente,
transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que
forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabelecendo mudanças
capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os
desafios que surgem no mundo contemporâneo.
Seja bem-vindo(A)!
UNIDADE I
17 Introdução
19 Origens da sociologia
32 Origens da antropologia
44 Origens da Ciência Política
57 Origens da filosofia
71 Origens da história
83 Considerações Finais
UNIDADE II
96 Introdução
98 Pensamento e Conceitos Introdutórios de
Augusto Comte, Émile Durkheim, Karl Marx e
Max Weber
159 Ciência Política
184 Antropologia
201 Considerações Finais
SUMÁRIO
UNIDADE III
214 Introdução
216 Principais escolas e conceitos das ciências
humanas – Filosofia
254 Filosofia Contemporânea
273 Principais escolas e conceitos das ciências
humanas – história (Idade Média, Idade
Moderna e Idade Contemporânea)
289 Considerações Finais
UNIDADE IV
304 Introdução
306 Ciências humanas e sociais e o Conceito de
Religião
318 Religião: ópio do povo, em Karl Marx
327 Religião: morte de deus, em Nietzsche
336 Religião: uma projeção, segundo Freud
340 Religião: existencialismo e liberdade em Sartre
345 Considerações Finais
SUMÁRIO
UNIDADE V
362 Introdução
364 Sociedade do consumo
384 Sociedade líquida
399 Sociedade do cansaço
406 A sociedade hiperconectada
417 Considerações Finais
430 Conclusão
432 Referências
439 Gabarito
Professora
I
Esp. Pablo Araya Santander
AS ORIGENS DA SOCIOLOGIA,
UNIDADE
ANTROPOLOGIA, CIÊNCIA
POLÍTICA, FILOSOFIA E HISTÓRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
■ Conhecer o conceito e as origens da
Sociologia
■ Conhecer o conceito e as origens da
Antropologia
■ Conhecer o conceito e as origens da
Ciência Política
■ Conhecer o conceito e as origens da
Filosofia
■ Conhecer o conceito e as origens da
História.
Professora
I
Esp. Pablo Araya Santander
AS ORIGENS DA SOCIOLOGIA,
UNIDADE
ANTROPOLOGIA, CIÊNCIA
POLÍTICA, FILOSOFIA E HISTÓRIA
PLANO DE ESTUDO
INTRODUÇÃO
Aula 1
ORIGENS DA SOCIOLOGIA
MUDANÇAS
REVOLUÇÃO OCORRIDAS Mudanças culturais
INDUSTRIAL NOS SÉCULOS no trabalho.
XVII E XIX
Produção de bens em
grande quantidade.
Surgimento de novos
papéis sociais (operários e
Quadro 2 - Revolução Industrial e suas empresários capitalistas).
consequências / Fonte: Dias (2010, p. 22).
AS ORIGENS DA SOCIOLOGIA, ANTROPOLOGIA, CIÊNCIA POLÍTICA, FILOSOFIA E HISTÓRIA
31
Aula 2
ORIGENS DA ANTROPOLOGIA
Aula 3
ORIGENS DA CIÊNCIA POLÍTICA
Aula 4
ORIGENS DA FILOSOFIA
Aula 5
ORIGENS DA HISTÓRIA
PERÍODO DATAÇÃO
De: a origem do homem
(4 milhões de anos).
Pré-História
Até: o aparecimento da es-
crita (4.000 a.C.).
De: o aparecimento da
escrita (5.000/4.000 a.C.)
Idade Antiga
Até: a queda do Império Ro-
mano do Ocidente (476 d.C.).
De: a queda do Império Ro-
mano do Ocidente (476 d.C.).
Idade Média
Até: a queda do Império Ro-
mano do Oriente (1453).
PERÍODO DATAÇÃO
De: a queda do Império
Romano do Oriente (1453).
Idade Moderna
Até: a Revolução Francesa
(1789).
De: a Revolução Francesa
Idade (1789).
Contemporânea
Até a atualidade.
Quadro 5 - Períodos Históricos / Fonte: o autor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Convite à Filosofia
Marilena Chauí
Editora: Ática.
Sinopse: A partir do princípio de que a vida
cotidiana é toda feita de crenças silenciosas,
da aceitação de evidências que nunca
questionamos porque nos parecem naturais e
óbvias, a autora analisa, nesse livro, a Filosofia
e sua utilidade como forma de indicação de
um estado de espírito e respeito pelo saber.
Merlí
Ano: 2016.
Sinopse: Criada por Héctor Lozano e dirigida
por Eduard Cortés, a série em catalão tem três
temporadas e cumpre muito bem com sua
premissa: mostrar como a Filosofia pode ser
apaixonante e divertida, sobretudo quando é
conduzida por um professor nada convencional
em seus métodos de ensino.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
O Nome da Rosa
Ano: 1986.
Sinopse: Uma adaptação da obra de Umberto
Eco, que retrata a Itália no ano 1327. O frei
Guilherme de Baskerville recebe a missão de
investigar a ocorrência de heresias em um
mosteiro beneditino.
Comentário: Ótimo filme para apreciar os
detalhes históricos da época.
PRINCIPAIS ESCOLAS E
II
UNIDADE
CONCEITOS DAS CIÊNCIAS
SOCIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
■ Conhecer os conceitos e os
pensamentos de autores clássicos
da sociologia: Augusto Comte, Émile
Durkheim, Karl Marx e Max Weber.
■ Estudar conceitos fundamentais da
Ciência Política.
■ Compreender conceitos importantes
da Antropologia.
Professora
Esp. Pablo Araya Santander
PRINCIPAIS ESCOLAS E
II
UNIDADE
CONCEITOS DAS CIÊNCIAS
SOCIAIS
PLANO DE ESTUDO
INTRODUÇÃO
Aula 1
PENSAMENTO E CONCEITOS
INTRODUTÓRIOS DE AUGUSTO
COMTE, ÉMILE DURKHEIM, KARL
MARX E MAX WEBER
Augusto Comte nasceu em Montpellier, no sul da
França, em 1798, em um período de crise social,
profundos abismos e sequelas de períodos ante-
riores, como a Revolução
Industrial (com a inven-
ção das máquinas a vapor
e as máquinas de costura),
a Revolução Francesa e a
Universidade Napoleônica,
o rápido avanço das ciên-
cias naturais e o regime do
laissez-faire (expressão em
francês, que remete ao libe-
ralismo na economia) na
esfera econômica, trans-
formações que, ao mesmo
tempo, levaram à secula- Figura 1 - Augusto Comte
(1798-1857), pensador francês,
rização e à racionalização fundador do Positivismo e da
do pensamento. Sociologia
PRINCIPAIS ESCOLAS E CONCEITOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
99
ÉMILE DURKHEIM
Fato Social
Anomia
Suicídio
KARL MARX
Marxismo
Materialismo Histórico
Luta de classes
Mais-valia
MAX WEBER
Considerado por
muitos como um
dos fundadores da
Sociologia moderna,
juntamente com
Karl Marx e Émile
Durkheim, o sociólogo
e historiador alemão
Max Weber, nasceu
em 21 de abril de 1864
em Erfurt, Alemanha.
Filho de um oficial rico Figura 9 - Max Weber
e liberal e uma mãe cal-
vinista e religiosa, sua vida transitou entre o mundo
acadêmico e a política em uma época em que a
Ação social
Desencantamento do mundo
SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA
Pierre Bourdieu
Florestan Fernandes
Aula 2
CIÊNCIA POLÍTICA
De acordo com uma definição clássica, o poder
é entendido como o desejo de alguém que-
rer que a sua vontade seja aceita e manifesta,
independentemente da opinião dos demais.
Juntamente com o conflito, o poder é um ele-
mento constitutivo da política. É competitivo,
pode ser adquirido, exercido, procurado, man-
tido e até expandido. Por meio dele, é fornecida
uma ordem, a qual busca articular as diferen-
ças existentes em determinada sociedade.
O PODER IDEOLÓGICO:
2
O PODER ECONÔMICO:
exercido por aqueles que
pertence aos detentores
detêm os meios de
dos meios de produção,
comunicação ou
que possuem a riqueza e
propaganda política, pela
negociam com ela,
Igreja, etc. Além disso,
permitindo-lhes
se encaixam aqui as
determinar as leis do
doutrinas religiosas,
mercado, e assim
filosóficas e outras que
influenciar a vontade do
influenciam nas decisões
povo, uma vez que eles
e comportamentos dos
participam daquele
indivíduos. A partir da
mercado.
disseminação de suas
idéias, garantem
determinados tipos
34
de condutas sociais.
O PODER MILITAR:
devido ao controle que
exercem sobre as forças
armadas de um país,
permite a um indivíduo,
uma instituição ou um
grupo de homens
dominar a vontade dos
O PODER POLÍTICO:
cidadãos por medo da
baseado na possibilidade
repressão militar.
de exercer coerção,
de usar força legal, que é
equivalente à aplicação
da própria lei.
Esse poder político é
amparado pela burocracia
e poder estatal.
O poder político só pode
ser realmente efetivo se
incluir o consentimento
dos governados.
ESTADO
CIDADANIA
DEMOCRACIA
Aula 3
ANTROPOLOGIA
Parte da confusão com o conceito de cultura
surge quando a palavra é usada como expres-
são e manifestação das artes plásticas ou da
música clássica, quando se interpreta que as
pessoas educadas e conhecedoras das artes e de
outras pessoas “têm cultura”, assumindo que há
um tipo de escada para os “incultos” (carentes
de cultura). Em contrapartida, também é utili-
zada para nomear grupos humanos não muito
conhecidos, como a cultura ianomâmi ou cul-
tura guarani. Muitas pessoas se confundem com
esse duplo sentido, mas os professores parecem
ter preferência pelo primeiro significado, pois
alguns se reconhecem e são reconhecidos pelos
outros como pessoas “educadas” ou “cultas”.
ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO
CULTURAL
ANTROPOLOGIA BRASILEIRA
Darcy Ribeiro
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os Clássicos da Política
Francisco W. Weffort
Editora: Ática.
Sinopse: Para aqueles que desejam conhecer os
textos fundamentais da Ciência Política selecionados
por professores da Universidade de São Paulo, esse
livro é uma introdução com as principais teorias
dos autores clássicos da Ciência Política.
Um conceito Antropológico
Roque de Barros Laraia
Editora: Zahar.
Sinopse: Esse livro tem uma linguagem clara
e didática. Além disso, aborda o conceito de
cultura por um viés antropológico, que acredito
ser o mais profundo em suas análises.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
House of Cards
Ano: 2013.
Sinopse: O congressista Francis Underwood e
sua mulher, Claire, fazem de tudo para conquistar
seus objetivos, não importa o que aconteça. Um
mundo político recheado de ganância, corrupção
e luxúria na capital Washington.
Comentário: Série que explicita as relações dos
bastidores do poder nos Estados Unidos. Vale a
pena assistir.
III
UNIDADE III
UNIDADE
DAS CIÊNCIAS HUMANAS –
FILOSOFIA E HISTÓRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
III
UNIDADE
DAS CIÊNCIAS HUMANAS –
FILOSOFIA E HISTÓRIA
PLANO DE ESTUDO
INTRODUÇÃO
Aula 1
PRINCIPAIS ESCOLAS E
CONCEITOS DAS CIÊNCIAS
HUMANAS – FILOSOFIA
Do mito à Filosofia: na Unidade 1, abordamos
as origens da Filosofia e o que seria o pensar ou
o refletir filosófico. Agora, partiremos para a dis-
cussão sobre o seu surgimento, em que pese a
seguinte questão: a Filosofia teria nascido pela
transformação e pelo amadurecimento dos rela-
tos míticos ou devido à sua ruptura com os mitos?
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO OU
COSMOLÓGICO
POLÍTICA
MITO DA CAVERNA
CONHECIMENTO
ÉTICA
SANTO AGOSTINHO
LIVRE ARBÍTRIO
ESCATOLOGIA DA HISTÓRIA
ESCOLÁSTICA CRISTÃ
FILOSOFIA MODERNA
EMPIRISMO INGLÊS
Locke
Locke é o iniciador da teoria do conhecimen-
to propriamente dita, porque se propôs a ana-
lisar cada uma das formas de conhecimento
que possuímos, a origem de nossas ideias e
dos nossos discursos. Seguindo a trilha aber-
ta por Aristóteles, Locke também distinguiu
graus de conhecimento, a começar pelas sen-
sações até chegar ao pensamento.
Para o racionalismo, a fonte do conhecimento
verdadeiro é a razão, que opera por si mesma,
sem o auxílio da experiência sensível e contro-
lando-a. Para o empirismo, a fonte de todo e
qualquer conhecimento é a experiência sensível,
responsável pelas ideias da razão e controlando
o trabalho da própria razão.
Essas diferenças, porém, não impedem que haja
elemento comum a todos os filósofos a partir da
modernidade, qual seja, tomar o entendimento
humano como objeto da investigação filosófica.
Fonte: adaptado de Chauí (2014, p. 167).
IDEALISMO ALEMÃO
Aula 2
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
ESCOLA DE FRANKFURT
JÜRGEN HABERMAS
HANNAH ARENDT
MICHEL FOUCAULT
Aula 3
PRINCIPAIS ESCOLAS E
CONCEITOS DAS CIÊNCIAS
HUMANAS – HISTÓRIA (IDADE
MÉDIA, IDADE MODERNA E
IDADE CONTEMPORÂNEA)
IDADE MÉDIA
IDADE MODERNA
individualista, confiando
na crença do tempo em
que os reis governavam por
direito divino e recebiam
seu poder de Deus. Por essa
razão, acreditava que seu
governo deveria ser justo e
pessoal. Dele vem a frase:
“O Estado sou eu”.
Desde o início do século XV,
o crescimento da econo-
mia europeia impulsionou
a recuperação do comércio
e aumentou a demanda por
alguns bens importados. A
Figura 15 - Rei
transformação mais notável Luís XIV
ocorrida nos séculos XV e
XVI foi a expansão comercial da Europa, que
impulsionou a busca de novos mercados fora
de seu território, o que resultou em viagens de
exploração marítima.
A burguesia comercial e mercantil das cidades
europeias impulsionou a expansão marítima.
As monarquias, que consolidavam seu poder ao
organizarem um aparato complexo de governo,
PRINCIPAIS ESCOLAS E CONCEITOS DAS CIÊNCIAS HUMANAS – FILOSOFIA E HISTÓRIA
284
IDADE CONTEMPORÂNEA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A República
Platão
Editora: Lafonte.
Sinopse: A República é a obra mais importante
de Platão. Nesse livro, o autor aborda diversos
dos seus pensamentos políticos, afirmando
que a República seria o caminho para uma
sociedade melhor.
Tempos Modernos
Ano: 1936.
Sinopse: um filme que retrata brilhantemente a
transição para a era industrial. De forma irônica,
faz uma crítica aos “avanços” do capitalismo.
https://www.institutocpfl.org.br/cafe-filosofico/
Professora
Esp. Pablo Araya Santander
IV
UNIDADE IV
UNIDADE
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
IV
UNIDADE
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS
PLANO DE ESTUDO
INTRODUÇÃO
Aula 1
CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
E O CONCEITO DE RELIGIÃO
As crenças e práticas religiosas não se mani-
festam apenas como experiências íntimas,
subjetivas e simbólicas da vida privada das
pessoas. O aspecto religioso e espiritual habita
também na esfera pública e afeta a participa-
ção das pessoas religiosas nas controvérsias e
nos desafios do nosso tempo.
A religião desempenha papel importante na
sociedade, nas políticas dos governos e na vida
das pessoas. Na concepção de Émile Durkheim,
as religiões representam um conjunto de sistemas
coordenados de crenças e práticas específicas
que definem o sagrado, ou seja, prescrevem uma
ordem sobre certos fenômenos ou elementos
cuja existência ocorre em algo transcendental,
fora da realidade da vida cotidiana.
Ao acessar o QR Code,
você se aprofundará na
teoria de Max Weber
sobre a ética protestan-
te e o espírito capitalis-
ta. Vamos lá?
Aula 2
RELIGIÃO: ÓPIO DO POVO, EM
KARL MARX
A famosa frase “a religião é o ópio do povo” é
considerada a síntese da concepção marxista
sobre a religião, mas não é uma exclusividade
sua. Diversos autores se referiram à religião
dessa forma antes de Karl Marx.
A principal base teórica para a crítica da reli-
gião feita por Marx foi realizada por Ludwig
Feuerbach:
Temos de colocar no lugar do amor de
deus, o amor dos homens, como uma
única, verdadeira religião, no lugar da fé
em um deus, a fé no homem em si, em
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
319
Em terceiro lugar,
a crítica marxista
também se estende
ao fato de que a
religião tende a
tomar partido, não
pelas classes des-
favorecidas, mas
de acordo com os
interesses da classe
Figura 4 - Criança
dominante, perpe- trabalhando em um lixão
tuando-a no poder.
Em muitos casos, utiliza-se até de justificati-
vas teológicas para legitimar o domínio de um
grupo social sobre outro.
Marx considerou que a superação da religião
era necessária e que deveria passar, obrigato-
riamente, pela superação do sistema de classes
sociais com a instalação do comunismo. A dife-
rença em relação ao pensamento de Feuerbach
se encontra justamente nessa questão. Para
este autor, o banimento da religião seria possí-
vel por meio da simples superação intelectual
com a crítica filosófica e racional da religião.
Marx, contudo, acreditava que seria necessário,
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
327
Aula 3
RELIGIÃO: MORTE DE DEUS, EM
NIETZSCHE
Uma das frases mais
conhecidas na história do
pensamento humano é,
sem dúvida, a frase “Deus
está morto” (Gott ist tot,
no original alemão),
escrito pelo filósofo ale-
mão Friedrich Nietzsche
(1844-1900) no início
do Livro Três de A Gaia Figura 5 - Friedrich
Ciência (1882). Nietzsche
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
328
Aula 4
RELIGIÃO: UMA PROJEÇÃO,
SEGUNDO FREUD
A religião foi tema central no pensamento freu-
diano. Isso é demonstrado por meio de duas
das suas obras: Totem e Tabu (1913) e Moisés e
o Monoteísmo (1938). Apesar de ter crescido em
uma família religiosa judaica e estudar na sina-
goga local durante a infância, Sigmund Freud, o
pai da psicanálise, dizia-se ateu e acreditava que
a ideia da existência de Deus era insustentável.
Não podemos esque-
cer-nos, contudo, de que
a teoria de Freud nas-
ceu em uma época em
que o Império Austro-
Húngaro era o centro de
uma corrente predomi-
nante do pensamento
positivista. Além do
mais, foi um período
caracterizado por um
grande desenvolvimento Figura 7 - Freud e sua mãe,
industrial e das Ciências Amalia Freud, em 1925
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
337
Aula 5
RELIGIÃO: EXISTENCIALISMO E
LIBERDADE EM SARTRE
O existencialismo é uma corrente filosófica e
literária que estuda a condição humana a partir
dos princípios da liberdade e da responsabili-
dade individuais, os quais devem ser analisados
como fenômenos independentes de justificati-
vas religiosas, filosóficas ou racionais, ou seja,
independentes de categorias preconcebidas.
A RELIGIÃO NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
341
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O existencialismo é um humanismo
Jean-Paul Sartre
Editora: Vozes de Bolso.
Sinopse: O existencialismo é um humanismo se
tornou um clássico do pensamento ocidental do
século XX, especialmente porque apresenta um
caminho claro e acessível, não só o pensamento
de Jean-Paul Sartre, mas também as propostas
fundamentais do existencialismo. Em certo
sentido, esse breve texto resume as chaves
de toda a obra posterior de Sartre, uma vez
que o pensador francês sempre permaneceu
fiel aos princípios básicos delineados nele. O
pensamento de Sartre é revelado como um
instrumento muito útil para enfrentar o presente.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
A Ideologia Alemã
Karl Marx e Friedrich Engels
Editora: Boitempo Editorial
Sinopse: A Ideologia Alemã é uma obra escrita
por Karl Marx e Friedrich Engels em Bruxelas
entre 1845 e 1846, mas só foi publicada em
1932 por David Ryazanov por meio do Instituto
Marx-Engels-Lenin em Moscou. Nesse texto,
encontramos muitas das principais teses do
materialismo histórico pela primeira vez no
pensamento marxista. O tema da alienação
é desenvolvido, assim como a descrição das
formas de propriedade ao longo da história:
tribal, comunal e feudal. Algumas formas do
modo de produção capitalista são analisadas
como trabalho assalariado e as formas tomadas
pela ideologia ou consciência social dominante
são descritas de acordo com a base econômica
de determinado período histórico.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
A Gaia Ciência
Friedrich Nietzsche
Editora: Companhia de Bolso
Sinopse: A Gaia Ciência é um compêndio de
todo o pensamento de Nietzsche. Partindo da
ideia libertadora de que a vida deixou de ser
uma obrigação, Nietzsche entra com alegria
e leveza nos terrenos pantanosos da ciência,
da moral e da religião para trazer à luz o seu
significado. Depois de rejeitar a razão como
guia para o conhecimento, o filósofo atinge um
estado de liberdade de pensamento em que
é possível rir de si mesmo: é a cerimônia em
que o riso encontra sabedoria. Por meio desse
pensamento lúdico, alguns temas com os quais
o filósofo lidará em suas obras posteriores são
trazidos à luz: a morte de Deus, o amor fati e o
eterno retorno, bem como o caráter ficcional
associado à sua filosofia: Zaratustra.
MATERIAL
COMPLEMENTAR
V
UNIDADE V
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
UNIDADE
DA SOCIEDADE E DILEMAS
ATUAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
■ Compreender as características e as
percepções da sociedade de consumo
■ Analisar as contribuições de Zygmunt
Bauman acerca do panorama da
sociedade líquida
■ Estudar a teoria da sociedade do
cansaço
■ Verificar as experiências e teorias
sobre a sociedade hiperconectada.
Professora
Esp. Pablo Araya Santander
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
V
UNIDADE
DA SOCIEDADE E DILEMAS
ATUAIS
PLANO DE ESTUDO
INTRODUÇÃO
Aula 1
SOCIEDADE DO CONSUMO
Aula 2
SOCIEDADE LÍQUIDA
Quem de nós já não deve ter analisado como as
formas de pensar e de ser de nossos avós são dife-
rentes de como nós pensamos e agimos, não é
mesmo? Provavelmente, eles se casaram com ape-
nas uma pessoa, viveram na mesma casa por um
longo tempo e trabalharam na mesma profissão
durante toda a vida. E nós? Como temos vivido?
No decorrer da história e, principalmente, na
modernidade, várias instituições e estruturas
sociais permaneceram intactas e inquestio-
náveis, nos quais os valores mais relevantes
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE E DILEMAS ATUAIS
385
foram associados à
estabilidade, união e
tradição. Em nossa
realidade atual, eles
foram dissolvidos e
deram origem à cha-
mada Modernidade
Líquida, conceito
elab orado p elo
sociólogo polonês Figura 5 - Zygmunt Bauman
Zygmunt Bauman.
A filosofia de vida, os valores e o que é consi-
derado ético e moral mudaram drasticamente
nos últimos anos devido a mudanças políti-
cas e sociais a partir da segunda metade do
século XX.
No livro Modernidade Líquida, lançado em
1999, Bauman foi capaz de explicar os fenôme-
nos sociais da era moderna e mostrar o que nos
diferencia de gerações anteriores. A partir de
1999, o autor publicou uma série de obras que
resumem os seus pontos de vista sobre a reali-
dade social que nos rodeia: Amor Líquido (2003),
Vida Líquida (2005), Medo Líquido (2006) e
Tempos Líquidos (2007).
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE E DILEMAS ATUAIS
386
Aula 3
SOCIEDADE DO CANSAÇO
Byung-Chul Han, filósofo sul-coreano, em
Sociedade do Cansaço (2010), desenvolveu uma
análise sobre as consequências das normas cul-
turais do mercado neoliberal em nossas vidas.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE E DILEMAS ATUAIS
400
Aula 4
A SOCIEDADE
HIPERCONECTADA
Historicamente, podemos analisar os altos e
baixos das grandes civilizações e os eventos
históricos de grande magnitude, como cataclis-
mos naturais, guerras ou mudanças estruturais
em sua sociedade.
A Revolução Tecnológica, derivada do advento
da Internet, trouxe mudança de paradigma no
modo como a sociedade se relaciona interna e
externamente. Já nasceu a primeira geração em
que a Internet é uma extensão da sua própria
pessoa, o que, sem dúvida, significa que surgem
novas formas de socialização.
Ela consolida a definição de Marshall
McLuhan da sociedade da mídia nos anos 60,
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE E DILEMAS ATUAIS
407
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Modernidade Líquida
Zygmunt Bauman
Editora: Zahar
Sinopse: Bauman examina, a partir da
Sociologia, cinco noções básicas em torno das
quais a narrativa da condição humana gira:
emancipação, individualidade, tempo/espaço,
trabalho e comunidade – conceitos que estão
hoje vivos e mortos, ao mesmo tempo.
Sociedade do cansaço
Byung-Chul Han
Editora: Vozes
Sinopse: A sociedade ocidental está sofrendo uma
silenciosa mudança de paradigma, um excesso
de positividade que conduz a uma sociedade do
cansaço.s são, simultaneamente, os promotores
do produto e o produto que promovem.
https://g1.globo.com/natureza/blog/amelia-gonzalez/
post/2018/07/25/pesquisa-mostra-que-76-nao-
praticam-consumo-consciente-no-brasil.ghtml
MATERIAL
COMPLEMENTAR
REFERÊNCIAS ON-LINE
¹ Em: https://pixabay.com/pt/photos/guer-
ra-soldados-marinha-1172111/. Acesso em:
2 out. 2019.
² Em: https://cafecomsociologia.com/infra-
estrutura-e-superestrutura-em-marx/. Aces-
so em: 8 out. 2019.
³ Em: https://www.dicio.com.br/feudalis-
mo/. Acesso em: 15 out. 2019.
4
Em: https://www.dicionarioinformal.com.
br/teologia/. Acesso em: 15 out. 2019.
5
Em: http://pensamentoextemporaneo.
com.br/?p=2654. Acesso em: 21 out. 2019.
GABARITO
UNIDADE I
UNIDADE II
UNIDADE III
UNIDADE IV
UNIDADE V