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1. A Paleografia e o Documento-
una coraggiosa disciplina. In: S tndi U rbinati d i Sto n a , F ilosofia e L etteratnra (Studi
in onore di A n uro Massolo), n. 41, nuova serie B , n. 1-2, Vol. II, 1967. p. 1013-
1030; B a t t e l u , Giorgio. L czioni d i P aleografia. 3.ed. Cidade do Vaticano: Scuola
Vaticana di Paleografia e Diplomacica, 1949. p. 3*14; T a l l a f ig o , Manuel Romero,
L i á n e z , Laureano Rodríguez e G o n z á l e z , Antonio Sánchez. A rte d e L eer Escri
tu r a s A n tigu a s: P aleo grafia de L ectura. H uelva: U n iversid ad de H uelva
Publicaciones, 1995. p. 13, 14.
Cursos e Eventos (Nova Serie, n. 5), p.9-146, 2010
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A n d rad e, Maria Cecília Jurado de. Paleografia,
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Avdrm>£, Miria Cecília Jurado de. 1'jlmgrafu.
N um sentido mais am plo, docum ento é algo que nos inform a sobre
um acontecim ento, podendo ser um f o l i o , um a pedra entalhada, uma
gravação, etc.
Tendo em conta o suporte em que o documento foi escrito, para
precisar melhor o conceito diplomático de documento, temos que
descartar os materiais duros que são objeto de estudo de outras ciênci
* E sle su b cap ítu lo , C o n ce ito D iplom ático do D o cum ento, p rio rizo u a bibliogra
fia: T a m a y o , A lb erto . A rch iv ís tica , D ip lo m á tica y S ig ilo g ra fia . M adri: Cátedra,
1996. p. 55-60.
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Cursos c Eventos (Nova Serie, n. 5), p.V-146. 201
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A n drade, Maria Cecília Jurado de. Paleografia.
gassem, quem sabe aquelas doze arrobas de trigo registradas que vie
ram em mulas desde Orihuela e entraram em Valladolid pela p u en te
m ayor não tivessem, na realidade, sido quinze ao invés de doze e com
isso os impostos de circulação mais altos. Isto também seria história. „
Mas, o paleógrafo nunca transcreve o que não consta registrado. Ou,
ainda, haveria aquela anedota sobre o pequeno artesão dos ofícios da
prata da calle de la Platería de Valladolid que, no século XVI, ia obten
do recursos pouco ortodoxos, pretendendo estabelecer um banco pri
vado com um dos Almirantes de Castela de Medina d ei R io Seco. E
teria sido preso mais tarde e isso teria sido registrado. Uma ou outra
aventura humana e muitos feitos não cabem nos textos que o paleógrafo
lê, examina e transcreve. Num outro ambiente, talvez sem o rigor das
escribanias de uma chancelaria, numa taverna por exemplo, possivel
mente se vislumbraria aquilo que o paleógrafo nunca lerá porque não
passou por nenhum expediente e não ficou inscrito. Assim, uma his
tória social pode reunir o escrivão e o paleógrafo em um texto no que
é delineado e não revelado em seus traços.
A escrita é moldada pelo estilo e escola caligráfica em uso por
uma determinada administração real, civil ou eclesiástica que pos o
documento em marcha. O escrito se acomoda às formas de procedi
mento decorrentes de determinações, atribuições de funções e ações
institucionais e administrativas que também se organizam, é evidente,
em torno de um protocolo. E a estrutura de um documento evidencia
as diretrizes e a legitimidade dessas formas de administração.
O exercício da paleografia não encerra nenhum mistério quando
sai em busca do manuscrito e da escrita antiga. É tarefa simples, árdua
e permanente. Mas, algumas metáforas, acredito, relacionariam ma
nuscrito histórico, paleografia e encontro de novas aportações signifi
cativas. Gosto de lembrar de manuscrito como sal terrae que é derra
mado no folio pelo escrivão através de traços há muito refletidos como
se fosse por primeira vez. O pesquisador criterioso há de entrar no
texto e decifrá-lo, como se navegasse sem nenhuma cartografia, como
se reescrevesse o que já foi escrito, já que vai conhecendo uma história
como se fosse pela primeira vez numa reinterpretação do há muito já
vivido e interpretado. Aqueles, então, que falam, não são os mesmos
sobre os quais se fala. A memória atualiza os fatos, ao revitalizar o
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A n d ra d e, Maria Cecília Jurado de. Paleografia,
2. Produção da Escrita
Moifologia.
É o aspecto exterior do alfabeto que possibilita o conhecimento da
Jetra e que é comum a todos os que escrevem num mesmo sistema
gráfico.
Angula
E a relaçao entre a posição do instrumento com que se escreve com a
línha imaginária da escrita.
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