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CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Pólo Florianópolis
Milton Beck
Florianópolis, 2020
Milton Beck
Florianópolis
2020
Dedico este trabalho a minha saudosa esposa Sandra (in memorian)
com quem compartilhei muitos dos melhores momentos da minha
vida, mas não poderei compartilhar este.
AGRADECIMENTOS
Aos meus filhos que sempre estiveram ao meu lado apoiando, incentivando e muito
colaboraram para que este trabalho fosse concluído.
Aos meus colegas de trabalho na UFSC, desde o Centro Sócio Econômico, passando
pelo DPC/PROAD e agora do Centro de Ciências Agrárias, que muito me encorajaram e
incentivaram a concluir o curso e este trabalho.
Ao meu orientador Professor Luiz Salgado Klaes por ter me estimulado e conduzido
com eficiência ao final deste trabalho.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação. Meu muito
obrigado.
RESUMO
Gráfico 1 – Contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017 .................. 22
Gráfico 2 – Percentuais contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017 39
Gráfico 3 - Contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2016 .................................. 39
Gráfico 4 – Contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2017 ................................. 40
Gráfico 5 – Contratos de serviços, por faixa de valores, firmados pela UFSC no ano de 2016
.................................................................................................................................................. 41
Gráfico 6 - Contratos de serviços, por faixa de valores, firmados pela UFSC no ano de 201741
Gráfico 7- Valor total de contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2017 ............. 42
Gráfico 8 - Distribuição de respostas por tempo de serviço na UFSC ..................................... 43
Gráfico 9 - Distribuição de respostas com referência a ser ou ter sido fiscal........................... 44
Gráfico 10 - Distribuição de respostas referentes a ser ou ter sido fiscal de mais de um
contrato ..................................................................................................................................... 44
Gráfico 11 - Distribuição de respostas referentes a que quantidade de contrato é fiscal ......... 45
Gráfico 12 - Proporção de respostas com referência a já ter sido fiscal anteriormente ........... 46
Gráfico 13– Proporção de respostas para o segmento de contrato que é, ou foi, fiscal ........... 47
Gráfico 14 – Proporção de respostas para saber se o servidor foi indicado para ser fiscal ...... 49
Gráfico 15 – Proporção de respostas para saber se o servidor foi consultado .......................... 50
Gráfico 16 – Proporção de respostas sobre a concordância da indicação ................................ 50
Gráfico 17 – Proporção de respostas sobre o conhecimento do contrato ................................. 51
Gráfico 18 – Proporção de respostas sobre o recebimento de cópia do contrato ..................... 52
Gráfico 19 – Proporção de respostas referentes ao conhecimento do serviço a partir do
contrato ..................................................................................................................................... 53
Gráfico 20 – Proporção de respostas referentes a capacitação do fiscal .................................. 54
Gráfico 21 – Proporção de respostas referentes a eficiência da capacitação............................ 55
Gráfico 22 – Proporção de respostas referentes ao conhecimento das Instruções Normativas 56
Gráfico 23 – Proporção de respostas com relação ao conhecimento das atribuições do fiscal 57
Gráfico 24 – Proporção de respostas sobre o conhecimento das atribuições de cada tipo de
fiscal ......................................................................................................................................... 57
Gráfico 25 – Proporção de respostas sobre o tipo de fiscalização ............................................ 59
Gráfico 26 – Proporção de respostas sobre o conhecimento da documentação a ser
apresentada pela empresa prestadora do serviço ...................................................................... 60
Gráfico 27 – Proporção de respostas sobre como tomou conhecimento da documentação ..... 60
Gráfico 28 – Proporção de respostas sobre conhecimento de valores a serem verificados ...... 61
Gráfico 29 – Proporção de respostas sobre procedimentos em caso de divergência de valores
.................................................................................................................................................. 62
Gráfico 30 – Proporção de respostas sobre como conheceu o ANS ou IMR ........................... 63
Gráfico 31 – Proporção de respostas sobre o Gestor do contrato ............................................. 63
Gráfico 32 – Proporção de respostas sobre a relação do fiscal com o Gestor .......................... 64
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017 .................... 22
Tabela 2 – Percentuais dos contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e
2017 .......................................................................................................................................... 39
Tabela 3 - Contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2016 ................................... 39
Tabela 4 - Contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2017 ................................... 40
Tabela 5 - Contratos de serviços, por faixa de valor, firmados pela UFSC no ano de 2016 .... 40
Tabela 6 - Contratos de serviços, por faixa de valor, firmados pela UFSC no ano de 2017 ... 41
Tabela 7 – Valor total de contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2017 ............ 42
Tabela 8 - Distribuição de respostas por tempo de serviço na UFSC ...................................... 43
Tabela 9 - Distribuição de respostas com referência a ser ou ter sido fiscal ............................ 43
Tabela 10 - Distribuição de respostas referentes a ser ou ter sido fiscal de mais de um contrato
.................................................................................................................................................. 44
Tabela 11 - Distribuição de respostas referentes a que quantidade de contrato é fiscal........... 45
Tabela 12 - Proporção de respostas com referência a já ter sido fiscal anteriormente ............. 46
Tabela 13 - Proporção de respostas para o segmento de contrato que é, ou foi, fiscal ............ 46
Tabela 14 - Proporção de respostas para saber se o servidor foi indicado para ser fiscal ........ 49
Tabela 15 - Proporção de respostas para saber se o servidor foi consultado............................ 49
Tabela 16 - Proporção de respostas sobre a concordância da indicação .................................. 50
Tabela 17 - Proporção de respostas sobre o conhecimento do contrato ................................... 51
Tabela 18 - Proporção de respostas sobre o recebimento de cópia do contrato ....................... 52
Tabela 19 - Proporção de respostas referentes ao conhecimento do serviço a partir do contrato
.................................................................................................................................................. 52
Tabela 20 - Proporção de respostas referentes a capacitação do fiscal .................................... 53
Tabela 21 - Proporção de respostas referentes a eficiência da capacitação.............................. 55
Tabela 22 - Proporção de respostas referentes ao conhecimento das Instruções Normativas .. 56
Tabela 23 - Proporção de respostas com relação ao conhecimento das atribuições do fiscal .. 56
Tabela 24 - Proporção de respostas sobre o conhecimento das atribuições de cada tipo de
fiscal ......................................................................................................................................... 57
Tabela 25 - Proporção de respostas sobre o tipo de fiscalização.............................................. 58
Tabela 26 - Proporção de respostas sobre o conhecimento da documentação ......................... 59
Tabela 27 - Proporção de respostas sobre como tomou conhecimento da documentação ....... 60
Tabela 28 - Respostas sobre conhecimento de valores a serem verificados ............................ 61
Tabela 29 - Proporção de respostas sobre procedimentos em caso de divergência de valores 61
Tabela 30 - Proporção de respostas sobre como conheceu o ANS ou IMR ............................. 62
Tabela 31– Proporção de respostas sobre o Gestor do contrato ............................................... 63
Tabela 32 - Proporção de respostas sobre a relação do fiscal com o Gestor ............................ 64
LISTA DE QUADROS
relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão. Sendo que um de seus maiores desafios está na
constante manutenção, gerenciamento, controle e fiscalização dos contratos vigentes que por
ora passam frequentemente por ajustes ou estão em constante aperfeiçoamento. Os mais
variados tipos de contratos e suas diferentes especificações sugerem uma capacitação plena
para que o fiscal possa realizar as suas atividades correspondendo as atividades inerentes ao
serviço público. Toda a prestação de serviço deve alcançar um nível de qualidade que
satisfaça aos interesses das partes interessadas, ou seja, da contratante; da contratada e do
público alvo que é o maior interessado e responsável pelo pagamento dos serviços
executados. Não obstante de outros órgãos da administração, procura-se regular o nível de
eficiência e economicidade, buscando a vantajosidade em respeito aos princípios basilares da
administração pública brasileira.
Assim sendo, o presente trabalho procurará responder à pergunta: Como se realiza a
fiscalização dos contratos de prestação de serviço na Universidade Federal de Santa Catarina?
Uma análise desse processo permitirá conhecê-lo, identificar se ele atende às
necessidades da instituição, se é moroso ou se pode ser mais eficiente, a fim de evitar
desperdícios e contribuir com a fiscalização no âmbito da instituição.
1.1 OBJETIVOS
e) Identificar falhas nos processos de capacitação e execução das atividades dos fiscais,
sugerindo medidas que as minimizem.
12
1.2 JUSTIFICATIVA
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esta nova visão da administração pública vê o cidadão como seu cliente, buscando
seus serviços. No entendimento de Paludo (2013), o atendimento das necessidades do
cidadão-cliente é que definirá se as ações do estado sendo aplicadas da melhor forma ou não.
Segundo este mesmo autor, o primeiro estágio da administração gerencial foi “inspirado” na
15
atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão, salvo
expressa disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou
parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal. Porém, a Lei n.º de 13 de julho de 2017,
alterou a Consolidação das Leis do Trabalho e as Leis n.º 6.019/74, 8.036/90, e 8.212/91 e o
Decreto n.º 2.271/97, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho,
considerando, como critério legal, numa terceirização, a transferência feita pela contratante
da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, conforme o
art. 4º-A da Lei n.º 6.019/74, incluído pela Lei n.º 13.467/17.
Desta maneira, admitiu-se expressamente a terceirização de forma ampla de
quaisquer das atividades da contratante, incluída sua atividade principal. Com isso, deixa de
existir a distinção entre atividades-fim e atividades-meio de um contratante para efeito de
terceirização. Contudo, de acordo com o art. 5º-B, da Lei n.º 6.019/74, também incluído pela
Lei n.º 13.429/17, o contrato de prestação de serviços deve conter, além da qualificação das
partes, o prazo para realização deste e valor, a especificação do serviço a ser prestado, o que
caracterizará a terceirização como prestação de serviços e não o fornecimento de
trabalhadores por meio de empresa interposta.
A Emenda Constitucional n.º 19, de 4 de junho de 1998, introduziu, entre outros, o
princípio da eficiência. Segundo Silva (SILVA, 2015, p. 12)
A observância obrigatória desse princípio dinamiza os processos licitatórios e
contratuais, imprimindo-lhes celeridade e dotando-os de meios para torná-los
instrumentos confiáveis, estimulando, assim, a competição, e ampliando as opções
para a Administração Pública, além de se combater as práticas de corrupção,
objetivando a economicidade, a qualidade e a efetividade nas aquisições públicas.
É dessa forma que o gestor público é exigido, obrigando-se a tomar todo o cuidado
quando das contratações públicas, a fim de que a execução venha a ser realizada
eficientemente. De acordo com Carvalho Filho (2015, p. 33): “[...] A eficiência transmite
sentido relacionado ao modo pelo qual se processa o desempenho da atividade administrativa,
a idéia diz respeito, portanto, à conduta dos agentes. [...]”.
Pelo exposto, o agente público ao buscar o artifício da terceirização estará sujeito aos
princípios administrativos, em especial aos da eficiência e da economicidade e legais
representados pela Constituição de 1988, em seu artigo 37, inciso XXI:
XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras
e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condição a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
17
A Lei n.º 8.666/93 (BRASIL) que regulamentou o artigo 37 da Constituição trata das
licitações públicas e dos contratos administrativos. Esta terceirização será obtida pela
celebração de um contrato após a conclusão de processo licitatório correspondente. A
formalização do contrato será efetuada conforme dispõe os artigos 60 a 64 desta lei.
2.3. CONTRATOS
Contrato é um acordo, ou convenção, que partes interessadas fazem entre si, sob
determinadas condições firmadas em comum acordo. Portanto, é um acordo das vontades de
cada um dos interessados fazendo com que os contratantes tenham direito e obrigações.
Segundo Tartuce (2014, p. 18): “O contrato é um ato jurídico bilateral, dependente de pelo
menos duas declarações de vontade, cujo objetivo é a criação, a alteração ou até mesmo a
extinção de direitos e deveres de conteúdo patrimonial.”. Azevedo, conceitua o contrato como
sendo “manifestação de duas ou mais vontades, objetivando criar, regulamentar, alterar e
extinguir uma relação jurídica (direitos e obrigações) de caráter patrimonial” (2002, p. 21
apud Tartuce). Portanto, um contrato constitui um negócio jurídico bilateral ou plurilateral.
Um negócio jurídico para ser válido precisa de alguns elementos mínimos que são:
agente, vontade, objeto e forma. A inexistência de algum desses elementos o torna inválido.
Esses elementos, que validam um negócio jurídico, ou contrato, constam com maior
qualificação no art. 104 do Código Civil (CC) de 2002: agente capaz; vontade livre, sem
vícios; objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita e não defesa em
lei. (TARTUCE, 2014). Este mesmo autor cita que um contrato para existir tem que ter seu
objeto lítico, sem contrariar o ordenamento jurídico, as funções sociais e econômicas, a boa fé
o os bons costumes.
O art. 421 do CC de 2002 dispõe que: “A liberdade de contratar será exercida em razão e nos
limites da função social do contrato”. Para Gonçalves (2014, p. 19), “A concepção social do
contrato apresenta-se, modernamente, como um dos pilares da teoria contratual.”. Segundo
PEREIRA (2003, apud Gonçalves), “a função social do contrato serve precipuamente para
limitar a autonomia da vontade quando tal autonomia esteja em confronto com o interesse
social e este deva prevalecer, [...]”. No entendimento de Gonçalves (2014), o princípio da
autonomia da vontade, que norteia um negócio jurídico, é limitado pelo princípio da
supremacia da ordem pública, quando o interesse da sociedade deve prevalecer sobre o
interesse individual.
18
Quando uma das partes é um ente da administração pública, passamos a ter contratos
da Administração, conforme Di Pietro (2015, p. 297): “A expressão contratos da
Administração é utilizada, em sentido amplo, para abranger todos os contratos celebrados pela
Administração Pública, seja sob regime de direito público, seja sob regime de direito
privado.” Quando o contrato é celebrado sob regime de direito privado, o poder público está
em posição de igualdade com a outra parte, o contratante particular. Quando é celebrado sob
regime de direito público, “[...] a Administração aparece com uma série de prerrogativas que
garantem a sua posição de supremacia sobre o particular [...]” (DI PIETRO, 2015, p. 207).
Encontra-se na literatura e pelo uso, dentre outros, os tipos de contrato a seguir como
sendo os principais contratos administrativos:
a) contrato de concessão - a Administração Pública delega a execução de serviço ou de
obra públicas, ou cede o uso de um bem público, à empresa particular que o executará
ou explorará por sua conta e risco, assegurando-lhe remuneração mediante tarifa. A
concessão de serviço público está prevista na Constituição, em seu artigo 175, e
disciplinada pela Lei n.º 8.987 de 1995.
b) contrato de sessão - é atribuído ao contratado vantagem ou direito em uso de bem
público;
c) contrato de fornecimento – contrato para aquisição de bens móveis e semoventes
necessários à realização de obras e a manutenção de seus serviços;
d) contrato de gerenciamento – é transferido ao contratado o controle, a condução e o
gerenciamento de um empreendimento, porém, mantendo, para si, o poder de decisão;
e) contrato de obra pública – tem como objeto a construção, reforma ou ampliação de
obras públicas;
f) contrato de gestão - encarrega a um gerenciador a condução de um empreendimento,
reservando para si a competência decisória final;
g) contrato de serviço - ajuste administrativo que tem por objeto a contratação de uma
atividade prestada à Administração. O prestador, ou contratado, se obriga a realizar
algum tipo de atividade em troca de uma remuneração.
Os contratos de serviço dividem-se em serviços comuns, serviços técnicos profissionais e
os contratos de trabalhos artísticos. Serviços comuns são os que não exigem habilitação
especial para sua execução. Conforme Meirelles (2008, p. 237), “[...] podem ser realizados
por qualquer pessoa ou empresa, por não serem privativos de nenhuma profissão ou categoria
profissional.”. Os serviços técnicos profissionais, por outro lado, exigem habilitação especial
para sua execução. Para Meirelles (2008), o serviço técnico requer capacitação profissional e
habilitação legal para seu desempenho. Os contratos de trabalho artísticos são aqueles que tem
como objeto a realização de uma obra de arte.
Todos estes tipos de contrato são regidos pela Lei n.º 8.666/93 (BRASIL) que, no seu
artigo 54, determina: “Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios
da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”. Para atender as necessidades
20
com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, visando melhorias nos normativos que
disciplinam as contratações públicas, o Governo instituiu novo regime de contratação, o
Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), com a publicação da Lei n.º
12.462/2011.
O processo de contratação para a administração pública está estruturado em três
etapas: interna, externa e contratual. Segundo Mendes (2012, p. 29 apud SILVA, 2015) a
etapa interna destina-se ao planejamento da contratação, visando a definição do melhor
modelo, fixação do encargo, redução de possíveis riscos e formalização de todas as condições
do edital. Na etapa seguinte, externa, serão apuradas as condições administrativas dos
licitantes e identificada a melhor relação custo benefício para a Administração. Na terceira e
última etapa, a contratual, o encargo é cumprido pelo contratado e a Administração paga a
remuneração pactuada.
A Constituição Federal, em seus artigos 37 e 175, exige licitação para a contratação de
obras, serviços, compras, alienações, concessão e permissão de serviços públicos. A Lei n.º
8.666/93, já citada anteriormente, em seu artigo 2º, exige processo de licitação para a
contratação de obras, serviços, publicidade, alienações, concessões, permissões e locações.
Esta obrigatoriedade estende-se a todos os órgão da Administração Pública em todos os níveis
federal, estadual e municipal. Existem duas exceções prevista nos incisos I e II do artigo 17 e
no artigo 24, desta lei, que são os casos de dispensa e de inexigibilidade.
A dispensa pode ocorrer em quatro situações distintas que são: em razão de pequeno
valor; em razão de situações excepcionais; em razão do objeto e em razão da pessoa. A
dispensa em razão de pequeno valor está prevista nos incisos I e II do art. 24 da Lei n.º
8.666/93, onde encontramos que a licitação é dispensável para obras e serviços de engenharia,
e serviços e compras que não ultrapassem dez por cento dos valores previstos para a
modalidade licitatória do convite, isto é, R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) e R$ 17.600,00
(dezessete mil e seiscentos reais), respectivamente. Conforme Diógenes Gasparini (2012, p.
581), esta dispensa é “coerente e de todo justificável”, vez que “a execução de pequenas obras
ou a prestação de singelos serviços de engenharia [também as compras de pequeno vulto]
são medidas simples que não se compatibilizam com procedimentos solenes, dotados de
formalidades que só emperrariam a atividade da administração, sem vantagem alguma.”
grave perturbação da ordem, calamidade pública, obras para evitar desabamentos, quebras de
barreiras, fornecimento de energia. Também para complementação de contratos de produtos,
serviços ou obras no caso de rescisão contratual, inciso XI, assim como na ausência de
interessados, inciso V, ou seja,quando não tiver interessados pelo objeto da licitação,
mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas em edital. Também é permitida a
dispensa quando houver comprometimento da Segurança Nacional, desde que o Presidente da
República determine a contratação com o descarte da licitação, após ouvir o Conselho de
Defesa Nacional, previsto no inciso IX, do art. 24 da Lei n.º 8.666/93.
Outra forma de dispensa, também previsto no art. 24 da Lei n.º 8.666/93, será quando
da aquisição para pesquisa e também, na contratação de instituição brasileira dedicada a
recuperação social do preso, como também na aquisição de obras de arte e objetos históricos
quando a finalidade for de resgatar a peça ou restaurar quando for de importância para a
composição do acervo histórico e artístico nacional. Continuando as condições de dispensa,
também previstas no art. 24 da Lei n.º 8.666/93, também é possível quando da aquisição do
componente ou material para manutenção de equipamentos durante o período de garantia e a
condição de exclusividade for indispensável para a vigência do prazo de garantia e,
complementando, quando da contratação de associação de portadores de deficiência física,
desde que não tenha fins lucrativos, tenha comprovar idoneidade e o preço seja compatível
com o de mercado.
De acordo com estes dados, a quantidade de contratos enquadrados nestes dois grupos
foram de 106 para o ano de 2016 e 155 para 2017, distribuídos conforme as tabelas e os
gráficos a seguir:
22
Tabela 1 - Contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017
Gráfico 1 – Contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017
120 109
100
80 74
60 Soma de 2016
46
Soma de 2017
40 32
20
0
Mão-de-obra Serviço
Fonte: DPC/PROAD
A gestão e a fiscalização dos contratos são ações que tem como objetivo o
cumprimento de todas as disposições contratuais para se assegurar a realização por completo.
Portanto, para atender ao Art. 31 citado, faz-se necessária a indicação de pelo menos dois
representantes da Administração Pública, um fiscal técnico e um fiscal administrativo,
especialmente designados, que serão os responsáveis pela verificação da regularidade de
execução do respectivo contrato. Na nova redação dada pela IN n.º 6/2013 ao Art. 31 da IN
n.º 2/2008, encontramos as definições para gestor e fiscal de contratos:
§ 2º Para efeito desta Instrução Normativa, considera-se:
I – gestor do contrato: servidor designado para coordenar e comandar o processo de
fiscalização da execução contratual;
II – fiscal técnico do contrato: servidor designado para auxiliar o gestor do contrato
quanto à fiscalização do objeto do contrato; e
III – fiscal administrativo do contrato: servidor designado para auxiliar o gestor do
contrato quanto à fiscalização dos aspectos administrativos do contrato.
Para que o controle na execução do contrato seja eficiente é necessário que os fiscais
estejam preparados e capacitados. De acordo com ALVES (2004, p. 5):
É indispensável um treinamento sério, baseado em critérios estabelecidos pelo
órgão, para dar a esses agentes a segurança que precisam no exercício do encargo
que lhes é atribuído. Acresce-se, ainda, o oferecimento, quando for o caso, dos
recursos materiais e técnicos necessários à qualidade do ofício.
3. Contratos Administrativos
4. Fiscalização de Contratos Terceirizados
5. Responsabilidades do Contratado
6. Manual de Fiscalização
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com o objetivo geral do trabalho, cujo propósito da pesquisa foi definido
como um estudo, o que se pretende atingir ao longo do seu desenvolvimento tem caráter
27
descritivo, que para Vergara (1997, p. 47) “A pesquisa descritiva expõe características de
determinada população ou de determinado conhecimento.” Segundo Gil (2010, p. 46), “A
pesquisa descritiva têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento relações entre as
variáveis.” Numa pesquisa descritiva os fatos e fenômenos são observados e analisados. Para
Zanella (2011, p. 34), a pesquisa descritiva procura conhecer a realidade estudada, suas
características e seus problemas.
Uma pesquisa é documental quando elaborada a partir de materiais que não receberam
tratamento analítico, como por exemplo, documentos oficiais ou leis. De acordo com Gil
(2010), “[...] a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um
tratamento analítico ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da
pesquisa.” Neste trabalho fez-se uso de pesquisa em leis, decretos, instruções normativas e
normas disponíveis nos portais de vários órgãos do Governo Federal, além de informações e
dados obtidos no Departamento de Projetos e Contratos da UFSC.
28
Para a obtenção das informações necessárias para embasar o trabalhos, fez-se o uso de
questionário de entrevista a ser aplicado com os fiscais atuais e os ex fiscais dos contratos de
serviços continuados da UFSC, conforme definido no objetivo geral desta pesquisa. O
questionário, segundo Vieira (2009, p. 15), é “um instrumento de pesquisa constituído por
uma série de questões sobre determinado tema”, e é necessário que suas respostas sejam
convertidas em estatísticas.
Apesar de Hipólito apud Vasconcellos e Guedes (2007) afirmar que a taxa média de
respostas de questionários via e-mail ser de aproximadamente 8,2%, e do alerta de Vieira
(2009, p. 16) quando escreve:
[...] as pessoas hesitam [...] em responder às muitas perguntas que lhes são
feitas.Isso é compreensível por que responder a um questionário toma
tempo, exige atenção e reflexão, requer tomada de decisão diante de
algumas questões. E algumas pessoas temem que as respostas dadas ao
pesquisador possam ser usadas contra elas próprias.
alguns destes contratos tem nomeados mais de um fiscal técnico, que são os fiscais setoriais,
enquanto outros tem somente um fiscal técnico. Como está definido na IN n.º 2/2008, em seu
artigo 31, além dos fiscais técnicos, todos os contratos devem ter um fiscal administrativo,
porém, de acordo com informações do DPC, alguns dos contratos de serviço da UFSC não
tem fiscal administrativo nomeado, fazendo com que parte das atribuições do fiscal
administrativo sejam exercidas pelo fiscal técnico.
num universo de 100 servidores distribuídos pelas diversas unidades administrativas da UFSC
em todo o estado de Santa Catarina.
Perguntas Respostas
a menos de 3 anos
de 3 a 5 anos
de 6 a 10 anos
A quanto tempo é servidor de 11 a 15 anos
da UFSC de 16 a 20 anos
mais de 20 anos
Com referência a Foi fiscal
31
fiscalização de contrato de
É fiscal
serviço, você:
Foi ou é fiscal de mais de Não
um contrato? Sim
1 contrato
Quantos contratos de 2 contratos
serviço? 3 contratos
mais de 3 contratos
No segundo bloco, com três perguntas, o objetivo era saber como foi a indicação do
servidor para fiscal. As perguntas deste bloco são apresentadas abaixo:
Perguntas Respostas
No bloco seguinte, terceiro, composto por quatro perguntas, o objetivo foi de saber o
conhecimento prévio do contrato pelo servidor fiscal e se este recebeu cópia do mesmo
quando nomeado.
Perguntas Respostas
Conhecia o contrato? Sim
Não
Recebeu uma cópia do Sim
contrato? Não
Procurou conhecer o Sim
contrato? Não
A cópia do contrato foi
Sim
suficiente para o
conhecimento do serviço a
ser fiscalizado Não
O quarto bloco, com oito perguntas, tinha como objetivo saber o conhecimento que o
fiscal tinha sobre fiscalização de contratos e a forma como o servidor o adquiriu.
Perguntas Respostas
Fez alguma capacitação com Sim
relação a fiscalização de
contratos Não
Onde e quando?
Perguntas Respostas
Fiscal Administrativo
Que tipo de fiscalização você
Fiscal Técnico
exerce ou exercia?
Ambos
No desenvolvimento das atribuições
de Fiscal Administrativo você Sim
tem/teve conhecimento de toda
documentação que precisa ser
verificada periodicamente para a
correta aprovação do serviço Não
contratado?
Perguntas Respostas
Está bem definido quem é o Gestor Sim
do contrato que você fiscaliza?
Não
Conheço e tenho bom
relacionamento
4. ANÁLLISE DE DADOS
Neste tópico serão analisados os resultados obtidos a partir dos dados coletados
durante a realização da pesquisa com o emprego do questionário para os fiscais e do
levantamento junto a alguns setores da UFSC que estão envolvidos na elaboração,
acompanhamento da execução e/ou fiscalização de alguma forma de contrato.
Esta análise foi realizada a partir do conjunto das respostas dos grupos de perguntas
relacionados no item 3.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS. Como base de
consulta para esta pesquisa não foi formada por amostra estatística e sim pelo conjunto de
respostas recebidas a partir do questionário enviado a todos os servidores que são, ou foram,
fiscais de contrato de serviço com mão de obra exclusiva, as informações obtidas a partir das
respostas não representam o padrão UFSC do fiscal destes contratos e sim o padrão da
amostra.
Para fazer um levantamento dos tipos de contratos mais utilizados pela UFSC,
recorremos aos setores que elaboram, acompanham a execução ou fiscalizam contratos com
entidades, órgãos e empresas privadas no desenvolvimento de suas atividades. O primeiro
setor pesquisado foi o Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia – DPAE,
pertencente a Secretaria de Obras, Manutenção e Ambiente – SEOMA, que é responsável pela
abertura de processo licitatório para contratação de empresa, por meio do Regime
Diferenciado de Contratações Públicas – RDC, para fornecimento de material e mão de obra
destinados a obras de construção e reforma em edificações da UFSC, e da elaboração e
acompanhamento dos contratos advindos destas licitações.
De acordo com Meirelles (2008, p. 256), “Contrato de obra publica é todo ajuste
administrativo que tem por objeto uma construção, uma reforma ou uma ampliação de imóvel
destinado ao público ou ao serviço público.” O contrato para estas obras de engenharia e
arquitetura só podem ser firmados com empresa construtora ou profissionais devidamente
habilitados e com registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, sem o
que será nulo de pleno direito.
Este regime de contratação tem como principais vantagens a inversão de fases, onde
apenas a documentação de habilitação da melhor proposta é analisada, ou seja, primeiro se
36
Buscando em Meirelles (2008, p. 252), o contrato que a Administração faz para a aquisição de
bens móveis, como materiais, equipamentos e gêneros alimentícios, necessários a manutenção
de seus serviços, é o contrato de fornecimento. Segundo este mesmo autor, este contrato está
sujeito as mesmas regras dos demais contratos administrativos. Conforme definido no inciso I
do artigo 6º da Lei n.º 8.666/93, compra é a aquisição remunerada de bens, que será fornecido
de uma só vez ou parceladamente.
Acordos celebrados ou firmados pela Universidade. De acordo com a Cartilha da CGU (CGU,
p. 51): “A formalização de cada projeto é feita por meio de convênios, contratos, acordos ou
outros ajustes por prazo determinado, fundamentados no inciso XIII do art. 24 da Lei n.º
8.666/93.”
Os contratos de serviços terceirizados são aqueles “[...] que tem por objeto uma
atividade prestada a Administração, para atendimento de suas necessidades ou de seus
administrados.” (MEIRELLES, 2008, p. 259). Como já citado no item 2.2 SERVIÇOS
TERCEIRIZADOS, estes contratos tem por objetivo a transferência para terceiros,
especializados, das atividades de apoio, permitindo a universidade se concentrar em suas
38
Os serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra são aqueles em que
o modelo de execução contratual exija, dentre outros requisitos,que:
I-os empregados da contratada fiquem à disposição nas dependências da contratante
para a prestação dos serviços;
II-a contratada não compartilhe os recursos humanos e materiais disponíveis de uma
contratação para execução simultânea de outros contratos;
Estes contratos de serviços continuados e com mão de obra exclusiva são o objeto
deste trabalho, conforme citado no item 2.3 CONTRATOS. Com os dados obtidos junto
aquele Departamento, referentes aos anos de 2016 e 2017, fez-se estatísticas dos contratos de
serviços continuados e com mão de obra exclusiva e os demais contratos de serviço.
Tabela 2 – Percentuais dos contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017
Gráfico 2 – Percentuais contratos de serviços firmados pela UFSC nos anos de 2016 e 2017
150
109/70,3
100 74/69,8
Soma de 2016
46/29,7
50 32/30,2 Soma de 2017
0
Mão-de-obra Serviço
Fonte: DPC/PROAD
Contratos de serviços/mão-de-
obra (2016)
Mão-de-obra
32; 30%
Serviço
74; 70%
Fonte: DPC/PROAD
40
Fonte: DPC/PROAD
Contratos de serviços/mão-de-obra
(2017)
46; 30%
Mão-de-obra
Serviço
109; 70%
Fonte: DPC/PROAD
A partir dos dados obtidos junto ao DPC, tem-se os valores envolvidos nestes
contratos, sendo distribuídos entre faixas de valores como demonstrados conforme as tabelas
e os gráficos a seguir:
Tabela 5 - Contratos de serviços, por faixa de valor, firmados pela UFSC no ano de 2016
Contratos
Faixas de valores em 2016 Percentual
Até R$250.000 66 62,26%
Entre R$250.001 e R$ 500.000 6 5,66%
Entre R$500.001 e R$ 750.000 8 4,72%
Entre R$750.001 e R$ 1.000.000 5 7,55%
Maior que R$ 1.000.000 21 19,81%
Total geral 106 100,00%
Fonte: DPC/PROAD
41
Gráfico 5 – Contratos de serviços, por faixa de valores, firmados pela UFSC no ano de 2016
Fonte: DPC/PROAD
Tabela 6 - Contratos de serviços, por faixa de valor, firmados pela UFSC no ano de 2017
Contratos em
Faixa de valores 2017 Percentual
Até R$250000 99 63,87%
Entre R$250001 e R$ 500000 10 6,45%
Entre R$500001 e R$ 750000 12 7,74%
Entre R$750001 e R$ 1000000 6 3,87%
Maior que R$ 1000000 28 18,06%
Total geral 155 100,00%
Fonte: DPC/PROAD
Gráfico 6 - Contratos de serviços, por faixa de valores, firmados pela UFSC no ano de 2017
28 Até R$250000
6
Entre R$250001 e R$ 500000
12 Entre R$500001 e R$ 750000
Entre R$750001 e R$ 1000000
99 Maior que R$ 1000000
10
Fonte: DPC/PROAD
Considerando que o objetivo geral do trabalho é uma analise sobre a fiscalização dos
contratos de prestação de serviço continuado com mão de obra exclusiva, selecionamos em
42
valores e percentuais, estes contratos dentro dos contratos de serviço sob responsabilidade do
DPC, para o ano de 2017, conforme demonstrado abaixo:
Tabela 7 – Valor total de contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2017
Gráfico 7- Valor total de contratos de serviços firmados pela UFSC no ano de 2017
52.487.549,44 Serviço
72.316.346,93 42,06% Mão-de-obra
57,94%
Fonte: DPC/PROAD
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
A grande maioria dos servidores, em número de 28, tem até dez anos de UFSC,
enquanto destes, dezesseis tem até cinco anos, caracterizando uma proporção significativa de
fiscais com pouco tempo de serviço na UFSC. Ao ser analisado o tempo em que estes estão
como fiscal, constatou-se que dos servidores com até cinco anos de UFSC, metade foi
indicada para fiscal já no início de suas atividades como servidor.
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Como pode ser observado no gráfico acima, apenas seis servidores se identificaram
como tendo sido fiscal, não estando mais atuando como fiscal no momento.
Tabela 10 - Distribuição de respostas referentes a ser ou ter sido fiscal de mais de um contrato
Gráfico 10 - Distribuição de respostas referentes a ser ou ter sido fiscal de mais de um contrato
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
45
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Quase a metade das respostas, em número de dez, foram para dois contratos. A
segunda maior quantidade foi para mais de três contratos, com sete respostas, ficando a opção
de três contratos com cinco respostas.
Para a pergunta seguinte, “Por quanto tempo é, ou foi, fiscal de contrato de serviço?”,
as possíveis respostas não foram pré estabelecidas, ficando em aberto, com sugestão de
resposta em meses ou anos/meses. Fazendo um apanhado destas respostas, foram quatro com
tempo até um ano, quatro até um ano e meio, seis com dois anos, três para dois anos e meio,
cinco com tempo de três anos, dois com quatro anos, dois com quatro anos e meio, quatro
com cinco anos, um com cinco anos e meio, um com tempo de nove anos e um respondeu que
é fiscal por mais de dez anos.
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Gráfico 13– Proporção de respostas para o segmento de contrato que é, ou foi, fiscal
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Finalizando esta análise, observou-se que a maioria dos servidores que responderam
ao questionário, representando a 80%, tem até dez anos de UFSC, sendo que 57% destes está
somente até 5 anos na UFSC. Estes dados vem demonstrar que neste momento, uma
proporção significativa de fiscais dos contratos objetos de análise deste trabalho, tem pouco
tempo de serviço na UFSC.
Ao ser analisado a quanto tempo estes servidores foram nomeados fiscais, verificou-se
que praticamente a metade já é fiscal a mais de 3 anos. Considerando o tempo como servidor
da UFSC e a indicação para fiscal, constatou-se que metade dos servidores com até 3 anos de
universidade, em número de três, já eram fiscais a mais de 2 anos. Dos 10 servidores com
tempo de serviço entre 3 e 5 anos, 6 já eram fiscais a mais de 4 anos, enquanto para os
servidores com tempo de serviço na UFSC entre 6 e 10 anos, apenas 2 eram fiscais a mais de
5 anos.
48
Como já visto, com base nos artigos art. 58, art. 67 e art. 73, da Lei n.º 8.666/93, cabe
à Administração Pública nomear responsável para o exercício da tarefa de acompanhar e
fiscalizar a execução dos seus contratos. Procede daí a obrigatoriedade legal de ser indicado
um servidor para acompanhar e fiscalizar um contrato firmado com o órgão e um particular.
Desta forma, compreende-se que a designação de servidor para atuar como fiscal de um
contrato deve ser realizada pela autoridade competente do órgão.
Por outro lado, o estatuto dos servidores públicos federais, Lei n.º 8112/1990, em seu
art. 116, elenca como deveres dos servidores o exercício com zelo e dedicação das atribuições
do cargo, a lealdade às instituições a que servir, a observância de normas legais e
regulamentares e o cumprimento de ordens superiores não manifestamente ilegais.
Este sub item da análise de dados tem como objetivo analisar as formas e os critérios
utilizados na UFSC para indicar os fiscais dos contratos de serviço. Para isso, foram avaliadas
as respostas do segundo conjunto de perguntas, relacionadas no Quadro 2 do item 3.2.
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS. O objetivo deste bloco de perguntas foi de
levantar informações sobre a indicação do servidor para ser fiscal.
49
A primeira pergunta era para saber se o servidor foi indicado para ser fiscal ou esta
seria uma das atribuições de sua função. Conforme pode ser observado na tabela abaixo, a
grande maioria dos que responderam ao questionário, num percentual de 85,7%,
correspondendo a 30 respostas, foi indicado:
Tabela 14 - Proporção de respostas para saber se o servidor foi indicado para ser fiscal
Gráfico 14 – Proporção de respostas para saber se o servidor foi indicado para ser fiscal
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Na sequencia das perguntas, foi questionado aos que responderam terem sido
indicados, demonstrado anteriormente que foi em número de trinta, se o mesmo teria sido
consultado anteriormente, tendo sido respondido afirmativamente por vinte e dois dos fiscais,
correspondendo por 73,3% das respostas:
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
A pergunta seguinte tinha como objetivo saber se o fiscal concordou com a indicação
ou teve que aceitar. Como na pergunta anterior, esta foi direcionada somente aos fiscais que
responderam terem sido indicados, tendo como respostas dezessete afirmações de
concordância com cinco declarando que tiveram que aceitar, como demonstrado na tabela
abaixo:
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Como pode ser observado, apenas cinco dos servidores que responderam ao
questionário, não foram indicados, tendo entre suas atribuições a função de fiscalizar alguns
contratos de serviço, como limpeza e conservação, manutenção de áreas externas, portaria e
51
Quanto aos demais servidores, em número de trinta, foram designados por suas chefias
e destes, vinte e dois foram consultados previamente, tendo havido a concordância de
dezessete destes. Portanto, oito servidores não foram consultados e dos consultados, cinco
aceitaram a contragosto.
Na primeira pergunta deste bloco, o objetivo era saber se o fiscal tinha conhecimento
sobre o contrato. Vinte e um servidores responderam que conheciam o contrato, contra
quatorze que responderam não terem conhecimento prévio do mesmo, conforme demonstrado
na tabela abaixo:
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
52
Para os fiscais que não tinham conhecimento do contrato a ser fiscalizado, foi feita a
pergunta se ao ser indicado ele recebeu uma cópia do referido contrato. Apenas dois
responderam que não receberam, conforme demonstrado na tabela a baixo:
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Na sequência, foi perguntado aos fiscais que responderam não terem recebido cópia
do contrato se eles procuraram conhecer o mesmo. Ambos os servidores responderam que
sim.
Para os servidores que responderam não terem conhecimento prévio do contrato a ser
fiscalizado e receberam cópia do mesmo, perguntou-se se esta cópia foi suficiente para que
tomassem conhecimento do serviço a ser fiscalizado. Conforme pode ser visto na tabela
abaixo, metade, correspondente a seis servidores, confirmaram que foi suficiente:
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Como foi observado nas respostas anteriores, quarenta por cento dos designados que
responderam ao questionário, quatorze servidores, não tinham conhecimento prévio do
contrato que iriam fiscalizar. Apesar de quase todos terem recebido cópia do referido
contrato, apenas metade destes, em número de seis servidores, informaram que ter recebido o
contrato e tomar conhecimento do mesmo foi suficiente para que passasse a ter conhecimento
do serviço a ser fiscalizado.
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Aos servidores que responderam terem feito capacitação, foi direcionada a pergunta de
onde e quando esta aconteceu, com resposta livre que listamos a seguir:
Para os servidores que responderam não terem feito capacitação, em número de treze,
foi perguntado se procuraram instruções por conta própria, a que todos responderam
positivamente. Na sequência foi perguntado a todos se a capacitação foi suficiente para o
55
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Tabela 24 - Proporção de respostas sobre o conhecimento das atribuições de cada tipo de fiscal
Gráfico 24 – Proporção de respostas sobre o conhecimento das atribuições de cada tipo de fiscal
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
58
Analisando as respostas das perguntas referentes a este item, constatou-se que vinte e
dois servidores fizeram capacitação e que destes, quinze fizeram na UFSC, enquanto os
demais ficaram divididos entre ENAP e IFSC. Com relação ao que foi aprendido nesta
capacitação, metade dos servidores informou que não foi suficiente para o exercício da
fiscalização. Para os servidores que procuraram instruções por conta própria, por não terem
feito capacitação, metade também informou que o aprendizado não foi suficiente.
Na primeira pergunta deste bloco solicitou-se que respondesse sobre qual o tipo de
fiscalização o servidor exercia, ou exerceu, tendo como respostas dezessete informando que é,
ou foi, fiscal administrativo, treze como fiscal técnico e cinco afirmaram exercer as duas
atribuições. Na tabela abaixo temos a demonstração destas respostas.
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Chama a atenção o fato de todos os fiscais terem se identificado como um dos tipos de
fiscal apesar de, na pergunta anterior, dezesseis terem respondido que não conheciam as
atribuições específicas de cada tipo de fiscalização.
Para quem respondeu ser, ou ter sido, fiscal administrativo, em número de vinte e dois
servidores, foi perguntado se o mesmo tinha conhecimento da documentação que a empresa
prestadora do serviço teria que apresentar para que fosse feita a verificação antes da
aprovação do serviço. Conforme pode ser observado na tabela, quinze servidores,
correspondendo a 68,2%, responderam que tinham conhecimento.
Conhecimento da Quantidade %
documentação
Sim 15 68,2
Não 7 31,8
Fonte: Formulário Google a partir das respostas do questionário
60
Gráfico 26 – Proporção de respostas sobre o conhecimento da documentação a ser apresentada pela empresa
prestadora do serviço
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
61
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Das demais respostas, sete informaram não conhecerem nenhum dos percentuais
enquanto as cinco demais confirmaram que conhecem todos.
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
64
Para os servidores que responderam que o Gestor estava definido, fez-se a última
pergunta do questionário, visando obter de que forma vem sendo a relação do fiscal com o
Gestor.
Fonte: Criado pelo aplicativo Formulário Google a partir das respostas do questionário
Ao ser analisado o conjunto de respostas para este item, percebe-se que apesar dos
servidores se identificarem com um dos tipos de fiscalização: fiscal administrativo, fiscal
técnico ou ambos, muitos afirmam não conhecerem as atribuições destas fiscalizações.
Citando Diógenes Gasparini, sobre uma das atribuições de fiscalização: “além de verificar o
material utilizado e a forma de execução do objeto do contrato, confirmar o cumprimento das
obrigações comerciais, trabalhistas e tributárias a cargo do contratado” (GASPARINI, 2012,
p. 808), faz parte das atribuições do fiscal administrativo a verificação da situação da empresa
e da documentação e obrigações referentes aos empregados que prestam serviço pelo contrato
fiscalizado Do conjunto de servidores que se identificou como fiscal administrativo, que
representou mais da metade dos que responderam o questionário, um número significativo
declarou não ter conhecimento de toda a documentação a ser fornecida pela empresa
65
Neste tópico são relacionou-se alguns problemas detectados a partir das respostas
apresentadas pelos fiscais, envolvidos neste trabalho, que podem impactar no
66
Entre estes problemas, destaca-se o número de servidores indicados para serem fiscais
que não tinham conhecimento do contrato que iriam fiscalizar. Foram quatorze servidores,
representando 40% dos que responderam ao questionário. Situação agravada pela informação
fornecida por seis destes que indicaram que a leitura do contrato não foi suficiente para o
conhecimento do serviço a ser fiscalizado.
Outro problema tem relação com a capacitação dos servidores que é muito importante
para que seja feito um bom serviço de fiscalização. Treze servidores, correspondendo a 37%
dos pesquisados, informaram não terem feito nenhum curso, buscando informações por conta
própria. Por outro lado, dezessete servidores, 48,6 % do total, responderam indicando que a
capacitação feita por eles não foi suficiente para cobrir as dúvidas e necessidades no
desenvolvimento da atividade de fiscalização, sendo que, doze destes fizeram curso na UFSC.
Outra situação problemática levantada nesta pesquisa esta associada ao exercício das
atividades de fiscalização. Dos vinte e dois servidores que afirmaram desenvolver atividades
de fiscal administrativo, sete, correspondendo a 32%, informaram não terem conhecimento da
documentação que a empresa prestadora dos serviços tem que apresentar junto com a nota
fiscal quando da cobrança dos serviços prestados. Este fato é preocupante pois a realização do
pagamento desta nota com alguma irregularidade ou falta dos documentos obrigatórios, que
não comprovam a situação regular com o fisco e os empregados do prestador do serviço
podem acarretar problemas sérios para a UFSC. Um destes problemas é a responsabilização
solidária em que a universidade pode ser enquadrada pelo não cumprimento das obrigações
legais e fiscais do prestador de serviço com relação aos seus empregados.
Por último, verificou-se que para a metade dos servidores fiscais o gestor do contrato
não estava bem definido. Considerando que há uma necessidade imperativa de um bom
relacionamento entre o fiscal administrativo e o gestor do contrato, o fato de metade dos
fiscais informarem que não está bem definido é muito preocupante pois, este fica sem saber a
quem recorrer quando do surgimento de um problema ou situação em que o mesmo não tenha
68
5. CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo geral, analisar como é realizada a fiscalização dos
contratos de prestação de serviço continuado com mão de obra exclusiva da Universidade
Federal de Santa Catarina – UFSC. O desenvolvimento do presente estudo possibilitou a
análise dos critérios de indicação de fiscais, das instruções e orientações fornecidas aos
fiscais, do desenvolvimento das atividades destes fiscais e identificar falhas nos processos de
capacitação e execução das atividades dos mesmos.
Outro objetivo específico atendido foi a análise das instruções e orientações fornecidas
aos fiscais, como foi amplamente detalhado no item 4.4 IDENTIFICAÇÃO E ANALISE
DAS INSTRUÇÕES E ORIENTAÇÕES FORNECIDAS AOS FISCAIS. Constatou-se uma
ampla gama de problemas decorrentes de falta de orientação dos responsáveis pela indicação
do fiscal quanto, principalmente, da falta de conhecimento e da dificuldade em obter este
conhecimento por parte dos servidores. A falta de um manual de orientações e normativas que
definam quais os procedimentos e regras a serem seguidas deixam os servidores sem rumo e
desguarnecidos de amparo legal, propiciando uma atividade incompleta e inadequada,
colocando a instituição e o servidor em grande risco.
69
Analisar e avaliar o desenvolvimento das atividades dos fiscais, foi outro objetivo
específico satisfeito. No item 4.5 ANALISE E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
DAS ATIVIDADES DOS FISCAIS, com base nas respostas obtidas, foram apresentados os
dados que permitiram avaliar de que forma os servidores vem desenvolvendo suas atribuições
como fiscal de contrato. Constatou-se um significante desconhecimento das atribuições de
cada tipo de fiscal, assim como das instruções que regulamentam estas atividades.
Desconhecimento este que leva ao não cumprimento de alguns requisitos obrigatórios
prejudicando todo o trabalho de fiscalização e incorrendo no risco de causar prejuízos para a
universidade e para a vida funcional do servidor.
Ainda como parte deste último objetivo específico, faz-se aqui algumas propostas para
intervenções visando o aprimoramento da prática da gestão e fiscalização dos contratos de
prestação de serviço continuado com mão de obra exclusiva da UFSC. Nesse sentido,
elencamos algumas sugestões de medidas que, em sendo aplicadas, mudarão o panorama
negativo da gestão e das atividades de fiscalização destes contratados, mostrado neste estudo:
Criação de uma Coordenadoria de Fiscalização de Contratos que será responsável
pelas atribuições de fiscal administrativo de todos os contratos de abrangência de
70
REFERÊNCIAS
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm>.
72
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73
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