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Instituto de Física
Prova II de:
Física Matemática II
11 de dezembro de 2023
Conteúdo
1 Questão 1 1
1.1 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Exercício 2 2
2.1 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
3 Exercício 3 4
3.1 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4 Exercício 4 5
4.1 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
5 Exercício 5 9
5.1 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6 Exercício 6 13
6.1 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
i
1 Questão 1
Considere um espaço vetorial normado (W, ∥∥). Podemos construir um novo espaço
vetorial V a partir de W , cujo elementos são matrizes colunas
v
v= 1
v2
v λv1
λ 1 =
v2 λv2
Verifique que
∥v∥V = (∥v1 ∥2 + ∥v2 ∥2 )1/2
é uma norma em V e, portanto, (V, ∥∥V ) é um espaço vetorial normado.
1.1 Resolução
Pelas propriedades de espaço normados:
Seja x, y ∈ W , λ ∈ R
1. ∥x∥ ≥ 0
2. ∥x∥ = 0 ⇔ x = 0
3. ∥λ · x∥ = |λ| · ∥x∥
4. ∥x + y∥ ≤ ∥x∥ + ∥y∥
então para mostrar que v, composto de:
v
v= 1 (1)
v2
v λv1
λ 1 = (2)
v2 λv2
v1 u1 v1 + u1
+ = (3)
v2 u2 v2 + u2
e ainda
1
1. De fato, nota-se que
então
q q
∥λv∥V = ∥λv1 ∥ + ∥λv2 ∥ = λ2 ∥v1 ∥2 + λ2 ∥v2 ∥2 = |λ| (∥v1 ∥2 +∥v2 ∥2 )1/2 = |λ| ∥v∥V
2 2
(9)
4. e a ultima, então
((u1 + v1 )2 + (u2 + v2 )2 )1/2 ≤ (v12 + v22 )1/2 + (u21 + u22 )1/2 (12)
elevando ao quadrado
2 Exercício 2
Considere o espaço vetorial V do exercício 1. Mostre que se W é um espaço de Banach,
então V também é um espaço de Banach.
2
2.1 Resolução
Sabemos que um espaço é dito de Banach em relação à uma norma nele definida se
for um espaço métrico completo em relação à métrica induzida nesta norma. E ainda, se
um espaço métrico é completo então toda sequência de Cauchy converge.
Uma sequência (xn ) de um espço métrico (M, d) diz-se sequência de Cauchy quando
para todo ϵ > 0 existe n0 ∈ N tal que para todo m, n > n0 temos
1/2 s
2
(1) 2 (2) 2
X (i) (i)
= vn(1) − vm + vn(2) − vm = vn − vm ) (16)
i
então
ϵ
∥vn − vm ∥ < (19)
2
agora, sabemos
ϵ
|vn − v| ≤ |vn − vm | + |vm − v| ≤ ∥vn − vm ∥ + ∥vm − v∥ ≤ + ∥vm − v∥ (21)
2
Escolhendo m suficientemente grande, temos que ∥vm − v∥ < ϵ/2, de forma que
3
∥vn − v∥ = d(vn , vm ) ≤ ϵ/2 + ϵ/2 ≤ ϵ (22)
∴ d(vn , vm ) ≤ ϵ (23)
3 Exercício 3
Ainda sobre a construção do exercício Q1, vamos tomar W − L2 ([0, 2π], dx), o espaço
de Hillbert das funções h : [0, 2π] → C com produto interno
ˆ 2π
⟨h, s⟩ = s(x)h(x)dx
0
3.1 Resolução
Seja então:
f g
f= 1 , g= 1 (24)
f2 g2
então produto interno
ˆ 2π ˆ 2π
f
†
· 1 dx
⟨f, g⟩V = (g(x)) f (x)dx = g1 g2 (25)
0 0 f2
ˆ 2π ˆ 2π ˆ 2π
(g1 f1 + g2 f2 )dx = g1 f1 + g1 f 2 (26)
0 0 0
| {z } | {z }
⟨f1 ,g1 ⟩ ⟨f1 ,g2 ⟩
4
⟨f, f ⟩ = ∥f ∥2V , ⟨f1 , f1 ⟩ = ∥f1 ∥2W , ⟨f2 , f2 ⟩ = ∥f2 ∥2W (29)
então
4 Exercício 4
Podemos definir um operador p̂ : D → H em um domínio D ⊂ H por
df1
f −i dx
p̂ a =
f2 −i df
dx
2
f1
f2
f (2π) = M f (0)
5
4.1 Resolução
a) Para que D seja subespaço vetorial ele tem que cumprir as três propriedades bases:
1) O elemento neutro deve estar na origem
f (0) = 0
u, v ∈ D =⇒ u + v ∈ D
λ ∈ K, ∀v ∈ D =⇒ λv ∈ D
seja u, v ∈ D
u1 (x) v1 (x)
u= v= (33)
u2 (x) v2 (x)
u1 (x) + v1 (x) (u1 + v1 )(x)
u+v = = (34)
u2 (x) + v2 (x) (u2 + v2 )(x)
que também é diferenciável, e e quanto à condição de contorno:
u1 (x)
u= (36)
u2 (x)
tal que
λu1 (x) (λu1 )(x)
λu = u = = (37)
λu2 (x) (λu2 )(x)
6
λ é cte com relação à dimensão de diferenciabilidade, portanto é diferenciável, e a
condição de contorno
então
´ df1
g + df
⟨p̂f, g⟩ = −i 2
g
dx 1 dx 2 ´ df1 df2
(43)
⟨p̂f, p̂g⟩ = i · I [ f1 g1 + f2 g2 ] − i dx 1
g + dx 2
g
comparando, temos que
h i2π
[ f1 g1 + f2 g2 ]2π
0 = 0 −→ f· gT =0 (44)
0
então
∴ MMT = I (47)
7
c) Para determinamos o espectro de p̂
−i df
1
dx
= λf1
df2 (48)
−i dx = λf2
Resolvendo
df1
= if1 =⇒ f1 = c1 exp(( iλx) (49)
dx
se M = I2×2 então
e2πiλ = 1 (54)
σ(p̂) = Z (57)
−i df
1
= λf1 f (x) = c1 exp(2πiλ)
dx
df2 =⇒ 1 (58)
−i dx = λf2 f2 (x) = c2 exp(2πiλ)
então
f1 (2π) 0 1 f1 (0) f1 (0) = f2 (2π)
= =⇒ (59)
f2 (2π) 1 0 f2 (0) f2 (0) = f1 (2π)
que nos dá que
8
c1 = c2 exp(2πiλ)
=⇒ 1 = exp(4πiλ) (60)
c2 = c1 exp(2πiλ)
então
n
λ= n∈Z (61)
2
de forma que o espectro é determinado
σ(p̂) = Z (62)
5 Exercício 5
Considere o espaço vetorial V das funções [a, b] → R duas vezes diferenciáveis e que
satisfazem as seguintes condições de contorno:
α1 f (a) + α2 f ′ (a) = 0
(63)
β1 f (b) + β2 f ′ (b) = 0
ˆ b
⟨f, g⟩ = f (x)g(x)dx (64)
a
atuando em V como
d df
(Lf )(x) = − p(x) + q(x)f (x) (66)
dx dx
9
5.1 Resolução
a) Para ser de fato um espaço vetorial, temos que provar as 8 propriedades:
A1 Quais que sejam u, vw ∈ V
(u + v) + w = u + (v + w) (68)
0+v =v (69)
v + (−v) = 0 (70)
k(v + w) = kv + kw (72)
(k + m)v = kv + mv (73)
1 · v = 1v = v (75)
α1 f (a) + α2 f ′ (a) = 0
(76)
β1 f (b) + β2 f ′ (b) = 0
α1 g(a) + α2 g ′ (a) = 0
(77)
β1 g(b) + β2 g ′ (b) = 0
α1 p(a) + α2 p′ (a) = 0
(78)
β1 p(b) + β2 p′ (b) = 0
provemos que
10
(f + g) + p = f + (g + p) (79)
então
e então
α1 (0) + α2 (0) = 0
(87)
β1 (0) + β2 (0) = 0
11
κ ( α1 (g(a) + p(a)) + α2 (g ′ (a) + p′ (a)))
κ(g + p) = =⇒ (89)
κ ( β1 (g(a) + p(a)) + β2 (g ′ (a) + p′ (a)))
κα1 g(a) + κα1 p(a) + κα2 g ′ (a) + κα2 p′ (a)
=⇒ (90)
κβ1 g(b) + κβ1 p(b) + κβ2 g ′ (b) + κβ2 p′ (b)
Para M2:
ˆ b ˆ b
′ ′
⟨Lf, g⟩ = − g(pf ) dx + f pg (95)
a a
| {z }
(I)
de (I):
ˆ b ˆ b
′ ′ b
− g(pf ) dx = −gpf ′ |a + pf ′ g ′ dx (96)
a a
da primeira parte, se f, g ∈ V . então
ˆ b
pf ′ g ′ dx (98)
a
12
ˆ b
b
pf g ′ |a − f (pg ′ )′ dx (99)
a
novamente
então de (I)
ˆ b ˆ b
′ ′
− g(pf ) dx = − f (pg ′ )′ dx (101)
a a
ˆ b ˆ b
′ ′
⟨Lf, g⟩ = − f (pg ) dx + f pg = ⟨f, Lg⟩ (c.q.d.) (102)
a a
6 Exercício 6
No contexto da questão anterior, considere a equação
ˆ b
⟨f, g⟩ρ = f (x)g(x)ρ(x)dx
a
mostre que duas autofunções fλ1 e fλ2 satisfazem
⟨fλ1 , fλ2 ⟩ρ = 0
se λ1 ̸= λ2
13
6.1 Resolução
a equação que temos e para o nosso lado é
p′ f ′ + pf ′′ − qf + λρf = 0 (103)
para ajustarmos às equações, então:
Para a equação de Helmholtz
∇2 f + κ2 f = 0 (104)
para se adequarem
q(x) = 0
λ = κ2
(105)
ρ(x) = 1
p(x) = 1
então
q(x) = 0
λ = n(n + 1)
(107)
ρ(x) = 1
p(x) = 1-x2
m2
′′ ′
xf + f − x+ f =0 (108)
x
2
q(x) = − mx
λ=1
(109)
ρ(x) = x
p(x) = x
ˆ b
⟨f, g⟩ρ = f (x)g(x)ρ(x)dx (110)
a
Provamos já que
14
⟨Lf, g⟩ = ⟨f, Lg⟩ (111)
de forma que
portanto
se λ ̸= µ então
15