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LUANDA 2010
Resumo:
Introdução
Com o rótulo de banco de investimento o BAI apresentou uma postura de grande capacidade
perante um contexto de instabilidade política e económica que grassava o sistema financeiro
angolano maioritariamente construído por bancos estrangeiro sendo que os outros eram
estatais (BPC, BCI e Caixa Agropecuária CAP CAB).
No seu segundo ano de existência o Banco BAI estendeu a sua actividade para o exterior
(Portugal) e conforme o tempo abriram-se outras representações em Cabo Verde com o BAI
Cabo Verde e com parcerias que asseguram negócios BAI em S.Tomé e Príncipe, Brasil e África
do Sul.
As dificuldades para sua elaboração foram de varias índoles com forte menção para a
bibliografia e o factor tempo de elaboração, todavia satisfaz-nos o facto de ser um modesto
contributo a divulgação e compreensão desta organização que a todos nos orgulha.
Quando pela primeira vez defrontei a teoria de Upsala sobre a internacionalização das
empresas, num contexto em que buscava elementos para responder as questões sobre a
internacionalização das instituições financeiras, em pleno período de crise internacional,
pareceu-me do ponto de vista de conhecimentos ter atingido uma satisfação coperniciana. A
razão para tal sentimento se deve ao facto de que para uma organização financeira os conceitos
lucro, perda, risco, contenção de custo, salários, etc.… são mais frequente perante uma
aventura psíquica como o sugerido pela teoria de Upsala.
Estas duas perspectivas desenvolveram várias teorias entre as quais a Teoria do Poder do
Mercado, a Teoria da Internacionalização, a Teoria Eclética, O modelo de Uppsala, as Network e
a empreendedorismo internacional.
Para o caso do Banco BAI o modelo de Upsala parece encontrar enquadramento em dois
factores: A sua estrutura de sócios e a grande ambição dos seus executivos que procuram a todo
custo materializar uma grande visão que e a de fazer do BAI uma referencia em África e no
mundo.
Não podemos descurar que o Banco BAI surge numa altura em que o protocolo de Lusaka é
ultrapassado pela oficialização da retoma ao soar das armas em Angola o que aumentou as
possibilidades de risco de perdas paras as instituições financeiras nacionais em termos de
negócios. Igualmente, travava-se uma grande batalha dentro do sistema financeiro angolano no
1
http://209.85.229.132/search?q=cache%3Aqb9YHU9vNZsJ%3Awww.inovates.com.br%2Fadmin%2Ffile
s%2Fartigo%2Fartigo_enead_empri.pdf+conceito+de+internacionaliza%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-
PT&gl=br
A resposta não parece difícil a medida em que temos conhecimento do postulado teórico de
Uppsala. De facto, no caso BAI-Portugal a distância geográfica é superada pela proximidade
psíquica que abarca a história, a cultura, a política e toda a riqueza intelectiva que junta Portugal
a Angola. E neste sentido, Portugal está mais próximo de Angola do que qualquer outro país.
Por outro lado está a questão rentável. Penetrar no mercado português significa para o BAI
atingir o mercado europeu e numa altura em que Portugal merecia maior atenção pela União
Europeia devido a sua inserção, não existia ocasião melhor para o BAI realizar tal aventura.
Curioso é que o BAI entrou com toda a sua força, controlando 99,9% das acções do BAI-Europa.
E curiosa a sua forca reflectida ate mesmo no nome “BAI-Europa” o que mantém a fidelidade na
sua visão de se tornar uma referência internacional. Portugal transmite para os decisores e
sócios do BAI um ambiente de familiaridade de confiança e um certo sentimento de estar no
mesmo território. E uma realidade subjectiva que relaciona com a percepção do local onde
intervir. Todavia, o BAI não parou em Portugal e novamente ao abrigo do modelo de Upsala
abriu o BAI Cabo Verde, criou representações em S. Tome Brasil e mais recentemente em
Johanesburg, na África do Sul.
Conclusão
O presente artigo nos permite confirmar a terceira hipótese. Uma vez que como constatamos,
motivações produtivas e rentáveis, consubstanciadas às psiques estiveram na base da
internacionalização do Banco Africano de Investimentos.
Senão vejamos:
- Existe uma real distinção entre a internacionalização da instituição (em que esta mantém a sua
marca no plano exterior) e a internacionalização do capital da instituição (em que este apenas
aplica o seu capital sobre uma outra marca). Do primeiro ponto de vista subjaz a intenção
produtiva e no segundo simplesmente a rentista. No caso Banco BAI, mantém o produto com o
BAI Europa e BAI Cabo Verde sendo que para os outros espaços internacionais o BAI
simplesmente aplica a disposição o seu capital.
- Por outra, e evidente que as relações históricas e culturais tenham exercido grande
preponderância nas decisões de internacionalização do BAI pelo mercado europeu e pelo resto
da lusofonia.
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