Questão 1

Pela Lei de Ampere numa circunferência que englobe os cilindros, uma vez que pela simetria o
campo magnético é apenas tangencial ao cabo (na direção 𝜃̂) e varia apenas com a distância 𝑠
radial, temos:
𝜇0 𝐼𝑒𝑛𝑐
⃗ =
𝐵 𝜃̂
2𝜋𝑟
Para 0 < 𝑟 < 𝑎, temos:
𝑟
𝑟2
2𝜋 𝑟 𝑟2 − 𝑟2
− 2 𝐽0 𝑎2 𝑒 𝑎2 − 2
𝐼𝑒𝑛𝑐 = ∫ ∫ 𝐽0 𝑒 𝑎 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 = 2𝜋 (− ) = 𝜋𝐽0 𝑎2 (1 − 𝑒 𝑎 )
0 0 2
0

Para 𝑎 < 𝑟 < 𝑏, temos:

𝑎
𝑟2
2𝜋 𝑎 𝑟2 −
− 2 𝐽0 𝑎2 𝑒 𝑎2
𝐼𝑒𝑛𝑐 = ∫ ∫ 𝐽0 𝑒 𝑎 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 = 2𝜋 (− ) = 𝜋𝐽0 𝑎2 (1 − 𝑒 −1 )
0 0 2
0

Obs.: Na região 𝑎 < 𝑟 < 𝑏 temos 𝐽 = 0.

Para 𝑟 > 𝑏, temos: 𝐼𝑒𝑛𝑐 = 𝐼 − 𝐼 = 0.

Assim, conclui-se:
𝑟2
2 − 2
𝜇0 𝜋𝐽0 𝑎 (1 − 𝑒 𝑎 )
𝜃̂ 𝑠𝑒 0 < 𝑟 < 𝑎
⃗ =
𝐵 2𝜋𝑟
𝜇0 𝜋𝐽0 𝑎2 (1 − 𝑒 −1 )
𝜃̂ 𝑠𝑒 𝑎 < 𝑟 < 𝑏
2𝜋𝑟
{ 0 𝑠𝑒 𝑟 > 𝑏
⃗ , de tal
Obs.: Se notarmos que 𝐼 = 𝜋𝐽0 𝑎2 (1 − 𝑒 −1 ), podemos reescrever as expressões de 𝐵
forma que
𝑟2
− 2
𝜇0 𝐼 (1 − 𝑒 𝑎 )

𝜃̂ 𝑠𝑒 0 < 𝑟 < 𝑎
⃗ =
𝐵 2𝜋𝑟(1 − 𝑒 −1 )
𝜇0 𝐼
𝜃̂ 𝑠𝑒 𝑎 < 𝑟 < 𝑏
2𝜋𝑟
{ 0 𝑠𝑒 𝑟 > 𝑏
Questão 2

a)

𝜇0 𝐿 𝐼𝑑𝑧
𝐴= ∫ ̂
4𝜋 −𝐿 1𝑘
(𝑟 2 + 2
𝑧 )2
𝐿 𝐿
Seja 𝑧 = 𝑟𝑡𝑔𝜃, 𝜃1 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (− ) e 𝜃2 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ), segue:
𝑟 𝑟

𝜃2
𝜇0 𝐼 𝑟𝑠𝑒𝑐 2 𝜃 𝜇0 𝐼 𝜃2
𝜇0 𝐼
𝐴= ̂
𝑘∫ 𝑑𝜃 = ̂
𝑘 ∫ 𝑠𝑒𝑐𝜃𝑑𝜃 = 𝑘̂ [𝑓(𝜃2 ) − 𝑓(𝜃1 )]
4𝜋 𝜃1 𝑠𝑒𝑐𝜃 4𝜋 𝜃1 4𝜋

Onde 𝑓(𝜃) = ln |𝑠𝑒𝑐𝜃 + 𝑡𝑔𝜃|. Assim, temos:

2
𝜇0 𝐼 √1 + 𝐿2 + 𝐿 √𝑟 2 + 𝐿2 + 𝐿
𝑟 𝑟 ̂ 𝜇0 𝐼
𝐴= 𝑙𝑛 𝑘= [𝑙𝑛 ] 𝑘̂
4𝜋 𝐿 2 𝐿 4𝜋 √𝑟 2 + 𝐿2 − 𝐿
√1 + 2 −
[ 𝑟 𝑟]
No limite do fio infinito, temos:

1 𝑟2 𝑟2
𝜇0 𝐼 𝐿 (1 + ) + 𝐿 𝜇0 𝐼 2𝐿 +
𝐴≅ [𝑙𝑛
2𝐿 2
] 𝑘̂ ≅ [𝑙𝑛 2𝐿 ] 𝑘̂ ≅ 𝜇0 𝐼 [𝑙𝑛 2𝐿 ] 𝑘̂
4𝜋 1 𝑟2 4𝜋 𝑟2 4𝜋 𝑟2
𝐿 (1 + 2 2 ) − 𝐿 2𝐿 2𝐿
𝐿
𝜇0 𝐼 2𝐿
𝐴≅ 𝑙𝑛 𝑘̂
2𝜋 𝑟
b) Dentro do fio (0 < 𝑠 < 𝑎), temos:
𝐼 𝜇 𝐼𝑠
𝐵. 2𝜋𝑠 = 𝜇0 𝜋𝑠 2
. : . ⃗ = 0 𝜙̂
𝐵
𝜋𝑎2 2𝜋𝑎2
Já fora do fio (𝑠 > 𝑎):
𝜇0 𝐼
⃗ =
𝐵. 2𝜋𝑠 = 𝜇0 𝐼. : . 𝐵 𝜙̂
2𝜋𝑠
Obs.: Note que 𝐵 ⃗ está em 𝜙̂ (versor correspondente ao ângulo que varia de 0 a 2𝜋 nas
coordenadas cilíndricas) por circular 𝐴.

𝐴𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 → 𝑠𝑢𝑔𝑢𝑒𝑖
Questão 3

Como o fluxo de 𝐵 ⃗ é igual à circulação de 𝐴, temos no interior do solenoide para uma secção
transversal de raio 0 < 𝑟 < 𝑅:
𝜇0 𝑛𝐼𝑟 𝜇0 𝑛𝐼𝑟
𝜇0 𝑛𝐼. 𝜋𝑟 2 = 𝐴. 2𝜋𝑟. : . 𝐴 = .:.𝐴 = 𝜙̂
2 2
Obs.: Note que 𝐴 está em 𝜙̂ (versor correspondente ao ângulo que varia de 0 a 2𝜋 nas
coordenadas esféricas) por ter o mesmo sentido da corrente.

Já no exterior, temos:

𝜇0 𝑛𝐼𝑅 2 𝜇0 𝑛𝐼𝑅 2
2
𝜇0 𝑛𝐼. 𝜋𝑅 = 𝐴. 2𝜋𝑟. : . 𝐴 = .:.𝐴 = 𝜙̂
2𝑟 2𝑟

Questão 4

1.Como calculado na questão 3, temos:

𝜇0 𝑛𝐼𝑟 𝜇0 𝑛𝐼𝑏 2
𝐴𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝜙̂; 𝐴𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝜙̂
2 2𝑠
Assim, segue:

𝑑 𝜇0 𝑛𝐼0 𝜔𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝑑 𝜇0 𝑛𝑏 2 𝐼0 𝜔𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡

𝐸⃗𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = − 𝐴𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = ; 𝐸⃗𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = − 𝐴𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 =
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡 2𝑠
𝑑𝜙 𝜇0 𝑛𝐼0 𝜔𝜋𝑟 2 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
2. Sabemos que 𝜀𝑖𝑛𝑑 = − 𝑑𝑡 = 𝜇0 𝑛𝐼0 𝜔𝜋𝑟 2 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡, implicando 𝑖𝑖𝑛𝑑 = 𝑅
, com
sentido oposto à corrente 𝐼.
 𝜇 𝑛𝐼 𝜔𝜋𝑟 2 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝜇02 𝑛2 𝐼02 𝜔𝜋𝑟 2
3. 𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝑖𝑖𝑛𝑑 𝑑𝑙(𝜙̂ × 𝜇0 𝑛𝐼𝑘̂ ) = 0 0 𝜇0 𝑛𝐼0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑑𝑙𝑠̂ = 𝑠𝑒𝑛(2𝜔𝑡)𝑑𝑙𝑠̂ ,
𝑅 2𝑅
𝜋 𝜋
que assume valor máximo para 2𝜔𝑡 = í𝑚𝑝𝑎𝑟. 2 . : . 𝑡 = í𝑚𝑝𝑎𝑟. 4𝜔.

4. 𝐹𝑚𝑎𝑔 é radial, tendendo a distender o anel quando é positiva e contraí-lo quando é negativa.

Questão 5

ℎ
Como se trata de uma espiral (𝑟 função linear de 𝜙), temos 𝑟(𝜙) = 2𝜋 𝜙. Daí:

𝑁.2𝜋 𝑟(𝜙) 𝑁.2𝜋 𝑟(𝜙)

𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑟 2 𝑁.2𝜋
𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡[𝑟(𝜙)]2
Φ=∫ ∫ 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡. 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜙 = ∫ ( ) =∫ 𝑑𝜙
0 0 0 2 0 0 2

𝑁.2𝜋 𝑁.2𝜋
𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡ℎ2 𝜙 2 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡ℎ2 𝜙 3 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡ℎ2 𝑁 3 𝜋
Φ=∫ 𝑑𝜙 = ( ) =
0 8𝜋 2 24𝜋 2 0
3

De onde segue:

𝑑Φ 𝐵0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡ℎ2 𝑁 3 𝜋
𝜀𝑖𝑛𝑑 = − =
𝑑𝑡 3

Questão 6
 𝑑Φ
Note que 𝜀𝑖𝑛𝑑 = − = −𝛼. O sinal apenas indica que essa fem induzida tende a gerar um
𝑑𝑡
fluxo no sentido contrário ao de crescimento do fluxo proporcionado pelo solenoide, ou seja,
tende a gerar um fluxo saindo da folha, com corrente induzida no sentido anti-horário. Daí,
segue:
𝛼
𝐼𝑖𝑛𝑑 =
𝑅1 + 𝑅2
Implicando:
𝑅1 𝛼
(𝑉𝑏 − 𝑉𝑎 )𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎 = 𝑉1 = 𝑅1 𝐼𝑖𝑛𝑑 =
𝑅1 + 𝑅2
𝑅2 𝛼
(𝑉𝑏 − 𝑉𝑎 )𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎 = 𝑉2 = −𝑅2 𝐼𝑖𝑛𝑑 = −
𝑅1 + 𝑅2
Note então que de fato 𝑉1 ≠ 𝑉2, inclusive quanto aos sinais.