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A maternidade divina
Pode parecer meio estranho essa afirmação que Maria é Mãe de Deus.
Deus pode ter mãe? Não seria equivocado afirmar que Deus, que é, foi de
alguma maneira “gerado” por uma mulher? Pois bem, esse tipo de
questionamento que gerou debates acalorados (e de certa forma se mantém
em boa parte das denominações protestantes). Tudo se resolve com uma
expressão: união hipostática. Maria gerou a natureza humana de Nosso
Senhor. No entanto, a natureza humana e a natureza divina estão unidas
inseparavelmente desde o primeiro instante de sua concepção. Por isso
podemos afirmar que Maria é Mãe de Deus. E isso foi bem definido no Concílio
de Éfeso, em 431.
A primeira coisa que nos diz este dogma, no qual se contém um dos
mais belos privilégios marianos, é a virginidade material, também
chamada virginitas corporis, de Nossa Senhora. Trata-se de um mistério
realizado por Deus no corpo de Maria, em virtude do qual ela foi e se manteve
sempre e perfeitamente virgem, antes, durante e depois do parto, sem que
jamais se lhe tenha rompido a membrana do hímen. Esta perfeitíssima
integridade física que Deus quis preservar milagrosamente no corpo de sua
Mãe foi e ainda é um sinal do mistério ainda maior que nela se realizou: a
Encarnação do Verbo divino.
Imaculada Conceição
Era necessário que Maria não tivesse uma natureza decaída, pois
qualquer participação no pecado original, ou mesmo no pecado pessoal,
destruiria sua inimizade com Satanás e o pecado. Por conseguinte, nesse
primeiro anúncio do plano salvífico de Deus, vemos sua intenção de manter
Maria totalmente livre do pecado, a fim de que Jesus pudesse assumir uma
natureza humana incorruptível.