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MACAU/RN
Julho de 2015
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MACAU/RN
Julho de 2015
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AGRADECIMENTOS
Em especial deixo o meu maior agradecimento aos meus pais, primeiramente a Deus que me
deu força de vontade para concluir o curso, e ao meu pai Sebastião (in memoriam) que hoje se
encontra com Deus, a empresa Apisa Agropecuária Itapitanga que foi muito enriquecedora
para o meu relatório de estagio e experiência, e aos meus professores: Varelio Santos para
com sua humildade e paciência, José Garcia, João Henrique Ferraz, Júlio Cesar, Luciana
Mendes, Roberto Carvalho, Denise Momo, Marcos Leonardo, Thiago Oliveira, e ao meu
namorado Vander Luís que permaneceram junto comigo durante essa jornada.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figuras 01
- Utilização do cloro em poças d’água durante a preparação do viveiro. 14
e 02
Figuras 03
- Procedimentos de aclimatação nos tanques transfishers. 15
e 04
Figuras 05
- Arraçoamento dos viveiros 16
e 06
Figura 07 Plantas subaquáticas no fundo do viveiro. 19
Figuras 08
- Captura dos camarões na rede bag-net e armazenamento prévio. 20
e 09
Figura 10 - Biometria após despesca. 21
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 6
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................... 7
2.1 Biologia dos Crustáceos .......................................................................................................... 7
2.2 Camarão .................................................................................................................................. 8
2.3 Contexto Histórico da Carcinicultura ...................................................................................... 9
2.4 Carcinicultura no Brasil ........................................................................................................ 10
2.5 Litopenaeus vannamei ........................................................................................................... 11
3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO .................................................................................................. 12
3.1 Cronogramas (carga horária planejamento das ações) .......................................................... 12
3.2 Atividades Desenvolvidas ..................................................................................................... 13
3.2.1 Preparo do viveiro para o povoamento........................................................................... 13
3.2.2 Recebimento, aclimatação das pós-larvas e transferência. ............................................. 14
3.2.3 Manejo dos viveiros durante a fase de engorda.............................................................. 16
3.2.4 Biometria e acompanhamento do crescimento ............................................................... 18
3.2.5 Acompanhamento dos parâmetros físicos e químicos da água dos viveiros .................. 18
3.2.6 Manejo para evitar o crescimento de plantas subaquáticas na fazenda .......................... 18
3.2.7 Manejo de renovação de água ........................................................................................ 19
3.2.8 Despesca ......................................................................................................................... 20
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 21
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA....................................................................................................... 23
ANEXOS............................................................................................................................................... 24
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1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Barnes et al. (2008), o termo crustácea vem do latim: crusta, uma casca ou
crosta. Os crustáceos são os artrópodes marinhos de modo que com restrição de 3% deles,
qualquer que seja a espécie de artrópodes que viva nos oceanos são crustáceos (BARNES et
al. 2008).
Retratando-se do filo arthrópoda, os grupos do subfilo crustáceos possuem corpo
composto por:
2.2 Camarão
cultivada em toda a Ásia exceto Japão e China, todavia, essa espécie representava em torno de
56% da produção do camarão cultivado no mundo. Sendo a segunda espécie o L. Vannamei, o
mais cultivado, nativo da costa sul-americana do oceano pacifico, contendo cerca de 16% do
mercado mundial, a espécie teve uma apresentação marcante na costa do equador e nos
últimos anos o Brasil se destaca com a sua principal área de expansão (SOBRINHO, 2003).
Contudo, por se tratar de uma espécie exótica, seu método de ambientação, manejo e
propagação, precisou de uma serie de desafios e conquistas importantes como a criação auto-
sufuciente de pós-larvas com a invenção de bancos de reprodutores, para concluir a
dependência externa de matrizes; com a proposta de raçoes de boa qualidade; com a completa
revisão dos processos tecnológicos ate então (BARBIERI JÚNIOR E OSTRENSKY NETO,
2002).
Superfamília Penaeoidae
Família Penaeidae
Gênero Litopenaeus
Espécie LitopenaeusVannamei
3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
1° 2° 3° 4° RESULTADOS E CARGA
ATIVIDADES
MÊS MÊS MÊS MÊS HORÁRIA
Aceitável identificar o âmbito de
Reconhecimento do
X atividade profissional.
ambiente de estágio
20 HORAS
Recebimento, Aconteceu de forma proveitosa com
aclimatação e apenas uma pequena porcentagem
X X X X
transferência das pós- de mortalidade.
larvas. 40 HORAS
O desenvolvimento de o plano
alimentar dos camarões se mostrou
de forma satisfatória de acordo com
Arraçoamento dos
X X X X o uso dos materiais e métodos
viveiros
utilizados, usando somente a
quantidade necessária do alimento.
100 HORAS
Alguns cuidados são necessários para que ocorra uma boa produtividade e sucesso da
espécie que será cultivada, e os viveiros precisam estar vazios e o fundo deve estar em total
exposição ao sol até rachar. O manejo de desinfecção e preparo do viveiro, foi realizado
adicionando cloro nas poças d’agua que ficam entre as rachaduras e nas comportas em que
normalmente se encontram acúmulos d’agua após as despescas. Sendo que o cloro que é
utilizado, tem a função de dizimar animais indesejáveis e desinfecção do solo. Segundo
Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), esse processo é importante, pois, antes de iniciar
propriamente um cultivo, os viveiros da propriedade deverão ser adequadamente preparados
para oferecerem as melhores condições de sobrevivência e de crescimento aos camarões. A
preparação dos viveiros envolve uma serie de procedimentos que devem ser observados para
que consiga atingir níveis de produtividade.
De acordo com Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), é interessante frisar que o sol
é a melhor e mais barata forma de desinfetar o viveiro. A secagem do viveiro também é
importante para a eliminação dos ovos de peixes e de outros predadores dos camarões
cultivados, que podem ate sobreviver no solo úmido, mas nunca do solo completamente seco.
Na fazenda Apisa o viveiro fica em torno de 7 dias em exposição ao sol, após esses
dias é novamente abastecido, quando a água chega ao nível de 50% de sua capacidade, utiliza-
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se o fertilizante que tem a utilidade de nutrir a agua e o solo do viveiro, tendo em vista que o
viveiro irá permanecer mais 7 dias para absorver os nutrientes do fertilizante. Após esses 15
dias de preparo, o viveiro é povoado.
Segundo Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), cada espécie de camarão apresenta
diferentes níveis de tolerância à oscilação brusca de variáveis determinantes da qualidade de
água. Assim, a aclimatação visa promover uma lenta homogeneização entre a agua em que
foram transportadas as larvas (nos sacos plásticos) e a agua para onde elas serão transferidas
(nos tanques de aclimatação ou nos viveiros de engorda), de modo que as larvas sofram os
menores impactos possíveis durante essa transição.
Após obter os resultados dos parâmetros da água do transfish e do viveiro, é praticado
o escoamento, onde cerca de 30% da agua do transfish (sempre tomando algumas precauções
para que as pós-larvas não fujam do tanque) é substituída aos poucos pela água do viveiro, e
em seguida (quando os parâmetros da água dos dois ambientes estão praticamente iguais), as
pós-larvas são transferidas para o viveiro.
Para realizar o a transferência das pós-larvas do transfish para o viveiro, é interessante
que o processo tenha seja realizado logo no início da manhã, a mangueira do tanque é
posicionada dentro do viveiro, porém, antes das larvas serem liberadas, são depositadas dentro
do tanque as artêmias, que são pequenos animais que servem de alimento para as pós-larvas
posteriormente é aguardado um tempo de 10 minutos e em seguida, as pós-larvas já podem
ser liberadas para o viveiro.
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Após o processo de transferência das Pós-larvas, inicia-se a engorda, nessa etapa são
acrescentados alguns mecanismos diários, como o monitoramento dos parâmetros físico-
químicos da agua, biometria e a alimentação dos animais.
Conforme Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), dos fatores importantes, é fato
lembrar que a produção animal é baseada em quatro pilares: nutrição, sanidade, genética e
manejo. Para obter resultados, é necessário que todos os fatores envolvidos sejam utilizados
de maneira adequada ao mesmo tempo.
Após a transferência para os viveiros é iniciada a alimentação dos animais, com o
aspecto, rigidez e qualidade apropriada para o seu tamanho nos seus primeiros dias no viveiro,
onde a ração de medida 40.1, ela tem a textura adequada para a alimentação do camarão
durante seus primeiros 15 dias no viveiro, na fazenda o arraçoamento é realizado no período
da manha e tarde.
Nas etapas da fase de engorda na fazenda Apisa, geralmente são utilizados telas de
nylon nas entradas de abastecimento dos viveiros e na drenagem (saída) das comportas, com o
intuito de facilitar o manejo de renovação da água do viveiro quando necessário. No período
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inicial da engorda, onde as PL´s ainda apresentam pouco tempo de povoamento é usado telas
do tamanho 1 mm, que é uma medida adequada para o camarão nessa fase.
Com cerca de 40 dias após o povoamento com o animal contendo cerca de
aproximadamente 4 gramas é iniciada a alimentação com a ração 40.2 prime, contendo outra
consistência propicia a sua nutrição, nesse momento o animal se encontra com cerca de
aproximadamente 4g, e o arraçoamento também é realizado 2 vezes ao dia, pela manha e
tarde. Contudo as telas das comportas também são trocadas devido a sua abertura de malha
(aumenta-se o tamanho da abertura de malha), com isso, aumenta-se o fluxo de água durante a
renovação, e a tela passar a ser do tamanho de 9 mm.
No espaço de tempo entre 40 e 45 dias depois do povoamento, a nutrição dos
camarões passa a ser variada em virtude de mais uma mudança na ração que contendo uma
mistura da ração 40.2 e 35j.
Com cerca de 60 á 65 dias de povoamento a ração mais uma vez é modificada para o
tamanho 35j, apto para a sua gramatura que é de aproximadamente 10 gramas. Acima deste
valor começa a ser usada a ração anti-estress, onde a tela do viveiro será mudada para a
medição de 14 mm, onde será mantida até o final de todo o ciclo favorecendo um melhor
desempenho do viveiro.
O arraçoamento dos camarões é executado através de bandejas contendo
aproximadamente 52 cm de diâmetro, feito com tela de 1 mm de nylon, com o contorno
formado de virola de pneus não mais utilizados, tornando-os recicláveis, desse modo, a
empresa tem em vista a importância da proteção ambiental.
Segundo Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), o método de fornecimento de ração
a lanço pode ser praticado manualmente ou mecanicamente. A experiência, entretanto, tem
mostrado que o uso de bandejas, apesar de mais oneroso, propicia melhores resultados.
Após um período de 70 dias em diante a ração 35j é trocada para a ante-estresse que é
usada ate o fim de todo o ciclo, que dura em torno de 90 dias, e é indicada nessa ultima fase
da engorda, caracterizada como de ótima nutrição, além de evitar o estresse fisiológico do
animal, especialmente na época de chuva, na qual ocorrem variações na temperatura da agua,
salinidade e etc. Contudo, na fazenda é esperado que o camarão atingisse em volta de 18g,
mas, quando ele atinge 16g então já é planejada a data para a despesca tendo em vista o
proposito do seu comercio e venda.
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Na fazenda a biometria é feita 1 vez na semana, sendo que a mesma tem um papel
importante nesse período como o monitoramento do tamanho do animal, da sua alimentação,
se está sendo realizada de maneira correta, e sua saúde, para caso haja o surgimento de
doenças. Enfim, se o manejo dos viveiros está sendo executados de maneira correta.
De acordo com Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), as biometrias são analises
periódicas que devem ser realizadas nos camarões, em todos os viveiros da propriedade, para
a avaliação do andamento do geral do cultivo. Elas devem ser realizadas pela primeira vez tão
logo seja possível capturar os camarões no viveiro. No entanto, a partir do momento em que
os animais atingem 1 g, as biometrias devem passar a ser realizadas semanalmente.
O processo começa com o uso de uma tarrafa, na qual é apreendida uma quantidade de
camarões que serão contados e pesados, e assim adquirir uma média do peso, em que vai ser
observada se há desenvolvimento ou não do animal e verificar se há alguma anormalidade ou
dano na estrutura física do camarão, além de auxiliar no calculo da ração que será ofertada
com base no peso médio e na quantidade de camarões presentes em cada viveiro.
Todos os viveiros da fazenda Apisa são abastecidos com a água doce oriunda do rio
Piranhas Açú, por esse motivo é importantíssimo à boa qualidade dela, pois a água não sendo
bem tratada, pode torna-se perigosa para o cultivo.
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Á água doce não é tão rica em nutriente como a água salgada, como consequência do
uso da agua doce, alguns viveiros da fazenda passaram a produzir algumas plantas
subaquáticas (elas aparecem com o uso da agua doce), o que é nocivo para o cultivo, pois
durante o dia a planta costuma produzir oxigênio, porém, durante a noite ocorre o processo
inverso e as plantas passam a respirar, fazendo com que haja uma competição de oxigênio
entre as plantas e os camarões.
A alternativa encontrada para interromper o problema foi salinizar a água, ela uma vez
salgada, as plantas subaquáticas não se evoluíam, ocasionando problemas futuros. Elas
também acarretam uma enorme queda na temperatura e provoca a transparência da agua
deixando-a pobre em nutrientes, esses fatores contribuem para o estresse e morte dos
organismos produzidos no viveiro.
A renovação da agua é realizada quando preciso. Uma das funções que contribui para
uma boa produção na engorda do camarão. A renovação é feita por inúmeros fatores como:
pouca oxigenação, quando a agua encontra-se muito escura ou com cor estranha. Isso
acontece devido a um aumento de substâncias orgânicas, ou da sua origem: rio, lago, açude e
etc. Desse modo, na fazenda Apisa é utilizado como forma de tratamento da água, o Cal e o
Calcário, que são produtos muito utilizados em viveiros de engorda, pois ajudam na limpeza e
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renovação da agua, uma vez que a mesma esteja em bom estado melhor são as chances do
sucesso do cultivo.
3.2.8 Despesca
Com o viveiro previamente drenado, os animais vão sendo aos poucos capturados na
bag-net e logo depositados em recipientes por nome de basquetas, para posterior distribuição
dentro de grandes caixas com água e gelo, em seguida, o camarão é abatido por choque-
térmico, e sem demora é feito duas ultimas biometrias seguidas, isso serve somente para
verificar se o animal esta no tamanho apropriado para o seu comercio que é de 18g, e serem
pesados para a venda.
Conforme Barbieri Júnior e Ostrensky Neto (2002), os fatores mais importantes para
reduzir a alteração do produto fresco, são o tempo e a temperatura. O resfriamento é uma
pratica importante, pois inibe, parcialmente, a ação prejudicial dos microorganismos e das
enzimas sobre o camarão.
No processo de congelamento e choque-térmicos é utilizado o metabisulfito de sódio,
uma espécie de conservante que tem a função de conservar as qualidades do camarão por um
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período maior, além de aumentar o tempo de prateleira do produto, depois que a venda é
concluída o produto é todo distribuído em carretas ou caminhões baú e vendidos para fora do
estado.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
conhecimento para que possa desenvolver de algum modo, uma solução para o seu problema
junto com a colaboração de outros profissionais e funcionários que com sua disposição
souberam enfrentar juntos os contratempos que vivenciados na mesma.
Como ponto positivo, pode-se mencionar a colaboração dos funcionários da fazenda
que com suas experiências adquiridas devido aos muitos anos de trabalho no ramo da
carcinicultura, compartilhando informações e materiais necessários para a conclusão da
pesquisa.
Dessa forma se torna importante reafirmar que o Estágio Supervisionado é um modo
de grande aprendizagem para o então estudante que pretende ingressar no mercado de
trabalho no setor da produção de camarão e que se constitui como uma contribuição da
atuação na prática daqueles que ainda não possuem experiência na área, Conhecendo novas
pessoas, e aprendendo como se relacionar com elas no ambiente de trabalho, e obtendo um
amadurecimento profissional e pessoal que será extremamente importante no futuro.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BARNES... [et al].Os Invertebrados: uma nova síntese. Segunda edição: São Paulo:
Atheneu Editora 2008.
ANEXOS