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Colégios Militares
Escolas Assistenciais
Em número de 3 (três), a Escola Tenente Rêgo Barros (ETRB), em Belém (PA), o Colégio
Brigadeiro Newton Braga (CBNB), no Rio de Janeiro (RJ), e a Escola Caminho das Estrelas (ECE),
na cidade de Alcântara (MA), muito semelhantes aos anteriormente citados, estão subordinados à
Diretoria de Ensino da Aeronáutica e como a própria denominação não deixa dúvidas, são voltados
às necessidades de dependentes de militares e civis do quadro de servidores do COMAER,
prevendo, dentro das possibilidades, atender os dependentes das demais FFAA e Auxiliares e, em
caso de disponibilidade, estender-se às comunidades civis.[2]
São colégios administrados pelas Polícias Militares e Bombeiros Militares, criados com
intuito de oferecer ensino de qualidade aos filhos dos militares daquelas duas corporações,
inspirados nos similares do Exército e da Força Aérea, tendo sido adotados nas seguintes
unidades da Federação: Distrito Federal - PM/BM, Minas Gerais – PM, Mato Grosso – PM, Mato
Grosso do Sul – PM, Rondônia – PM, Roraima – PM, São Paulo – PM, Rio de Janeiro – PM/BM,
Maranhão – PM/BM, Pernambuco – PM, Alagoas – PM, Bahia – PM, Acre – PM, Amazonas – PM,
Tocantins – PM/BM, Amapá - PM/BM, Ceará – PM/BM, Santa Catarina – PM, Rio Grande do Sul –
Brigada Militar (PM), Paraná – PM e Goiás que conta hoje com 60 escolas administradas pela
PMGO.[3]
Escolas Cívico-Militares
Criado com base na experiência dos colégios militares citados, o referido programa reservou
às Secretarias de Educação a gestão dos processos didático-pedagógicos, deixando a cargo do
Ministério da Defesa a gerência dos processos administrativos.
O programa se encontrava no seu terceiro ano, tendo sido implantado em 216 (duzentos e
dezesseis) escolas públicas, obtendo 80% de aprovação por parte da comunidade escolar.[4]
Respaldados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional[5], que tem como um dos
princípios da Educação o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, escolas particulares,
em todo território nacional, antes mesmo do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, já
tinham adotado práticas muito semelhantes àquelas propostas no citado programa, com o uso
pedagógico de uniformes, ordem unida, sinais de respeito, maior carga horária destinada ao
civismo, na maior parte das vezes, por meio da contratação de militares da reserva.
Conclusão
O Decreto 11.611 de 19 de julho de 2023 não extinguiu nenhum dos tipos de estabelecimento
de ensino mencionados anteriormente. A norma em questão apenas retirou o incentivo federal às
Escolas Cívico-Militares.
A despeito disso, a aceitação destas, assim como de suas coirmãs que lhes ofereceram o
modelo, é fato consubstanciado na pronta resposta de 19 (dezenove) governadores que decidiram
manter a proposta em seus estados,[6] o que é facilmente explicável pelos elevados índices de
aprovação em vestibulares e concursos de admissão, obtidos por egressos daqueles
educandários, bem como os salutares padrões disciplinares que estes propiciam ao ambiente
escolar.
Dessa forma, a Sociedade Brasileira terá uma opção pedagógica a mais na busca pelo seu
desenvolvimento livre, democrático e plural.
[1] Governo Lula acaba com a diretoria das escolas cívico-militares. REVISTA OESTE, 2023. Disponível em
<https://revistaoeste.com/politica/governo-lula-acaba-com-diretoria-das-escolas-civico-militares/> Acesso em 20 de
julho de 20233.
[3] Colégios Militares. Polícia Militar do Estado de Goiás. Secretaria de Estado da Educação. Comando de Ensino
da Policia Militar. Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás unidade "Nivo das Neves”, 2023. Disponível em:
<https://www.cepmgnn.com/colegios-militares?lang=pt> Acesso em 20 de julho de 2023.
[4] BRASIL. O programa nacional das Escolas Cívico-Militares: da concepção do modelo aos primeiros
resultados. 2022.
[6] Chega a 19 o número de estados que querem manter ou ampliar escolas cívico-militares após decisão do
MEC. Carta Capital, 2023. Disponível em <https://www.cartacapital.com.br/educacao/chega-a-19-o-numero-de-
estados-que-querem-manter-ou-ampliar-escolas-civico-militares-apos-decisao-do-mec/> Acesso em 20 de julho de
2023.