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Introdução: A estratificação social, um conceito central na sociologia, refere-se às


desigualdades sistemáticas entre indivíduos e grupos em uma sociedade. Essas disparidades
podem ser analisadas sob diversas dimensões, indo além da riqueza e propriedade,
abrangendo características como gênero, idade, afiliação religiosa e posição militar.

Estratificação como Sistema: Podemos visualizar a estratificação como um sistema complexo,


semelhante a camadas geológicas sobrepostas. Nesse modelo hierárquico, diferentes
agrupamentos de pessoas ocupam posições distintas, com os mais favorecidos no topo e os
menos privilegiados na base.

Histórico e Tipos de Estratificação: Ao longo da história, observamos quatro sistemas básicos


de estratificação: escravidão, castas, estados e classes. A escravidão, com propriedade literal
de indivíduos, foi gradativamente erradicada. As castas, ligadas à crença hindu no
renascimento, moldam interações e posições sociais. Estados, como o feudalismo europeu,
apresentavam estratos com diferentes obrigações.

Classes como Categoria Analítica: Entrando mais detalhadamente nas classes, entendemos
que este é um grupo grande de pessoas compartilhando recursos econômicos com impacto
significativo em seus estilos de vida. Diferentemente de outros sistemas, as classes não são
determinadas por leis ou religião. A posição de classe é, em parte, alcançada, proporcionando
mobilidade social e dinamismo na estrutura social.

Características Distintivas das Classes:

 Fluidez e Mobilidade: As classes são mais fluidas em comparação com outros


sistemas, permitindo mobilidade ascendente ou descendente.

 Base Econômica: Diferenças econômicas, como riqueza e ocupação profissional, são


fundamentais para definir as classes.

 Impessoalidade nas Conexões: Ao contrário de outros sistemas, as relações nas


classes operam principalmente de maneira impessoal, com bases em larga escala.

Conclusão: Compreender a estratificação social sob uma perspectiva técnica é essencial para
desvendar as dinâmicas sociais complexas. Analisar as classes como uma categoria analítica
nos permite explorar as interconexões entre recursos econômicos, mobilidade social e as
complexidades que moldam as sociedades modernas.
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Teorias sobre Classes e Estratificação: Uma Breve Exploração

Karl Marx: As ideias de Marx sobre estratificação social se concentram nas classes, grupos com
posições distintas nos meios de produção. Para Marx, as sociedades pré-industriais tinham
aristocratas e trabalhadores agrícolas, enquanto nas sociedades industriais modernas, as
classes principais são os capitalistas (proprietários dos meios de produção) e a classe
trabalhadora (vendendo sua força de trabalho). Ele via a exploração como central, onde os
trabalhadores produzem mais do que necessário para os patrões, gerando lucro.

Max Weber: Weber expande a análise de Marx, introduzindo dimensões adicionais de


estratificação: status e partido. Além de classes, ele considera diferenças de prestígio social
(status) e formação de partidos como influências na estratificação. Weber amplia o
entendimento de classes para incluir fatores como conhecimento e habilidades, sugerindo que
a estratificação vai além da propriedade. Seu modelo é multidimensional e mais flexível,
permitindo uma análise mais abrangente.
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Medição de Classes Sociais:

 Exploração da complexidade na definição do conceito de classe.

 Necessidade de operacionalizar o conceito para estudos empíricos.

Esquemas de Classes Baseados em Ocupação:

 Destaque para a estrutura ocupacional como base para muitos esquemas.

 Enfoque na ocupação como indicador crucial de posição social.

Exemplos de Esquemas:

 Registro General Social Class (RGSC) na Grã-Bretanha.

 Esquema de John Goldthorpe como abordagem "relacional."

Limitações dos Esquemas:

 Dificuldades na aplicação a grupos economicamente inativos.

 Desafios em acompanhar dinâmicas sociais em constante mudança.

Divisões de Classe Contemporâneas:

 Discussão sobre a existência da "classe alta" como categoria distintiva.

 Mudanças na composição, como ascensão de milionários autodidatas, presença


crescente de mulheres e diversidade étnica.

Concentração de Riqueza e Poder:

 Ênfase na persistente concentração de riqueza e poder na "classe alta."

 Análise da posse de ações como indicador, mesmo com mudanças na distribuição.

Conclusão:

 Necessidade simultânea dos conceitos de "classe alta" e "classe de serviços" para


entender a estratificação social.

Diversidade na Classe Média:

 Abrange uma ampla gama de ocupações, desde serviços até profissões.

 Preferência por usar "classes médias" para destacar diversidade.

 Constitui a maioria da população em países industrializados.

Complexidade Interna:

 Falta de coesão interna devido à diversidade de membros e interesses.

 Natureza dinâmica e possibilidade de mobilidade desafiam fronteiras precisas.


Setores em Crescimento:

 Ocupações técnicas, gerenciais e administrativas experimentam rápido crescimento.

 Expansão de burocracias e setores governamentais impulsiona demanda.

Profissionais Técnicos e Credenciais:

 Profissionais técnicos ganham destaque, refletindo a modernização e expansão.

 Posse de credenciais, como diplomas e graus acadêmicos, é central.

Dinâmicas Profissionais:

 Técnicos e gestores de nível superior gozam de carreiras seguras e bem remuneradas.

 Divisão entre empregos manuais e não manuais torna-se mais acentuada.

Possíveis Classificações:

 Sugestões de uma "classe gestora e técnica", mas falta clareza na divisão.

 Profissionais de colarinho branco buscam maximizar interesses coletivos.

Exemplo da Classe Médica:

 Organização bem-sucedida para proteger posição e garantir recompensas materiais.

 Características do profissionalismo contribuem para coesão e poder.

A análise da classe média destaca sua diversidade, complexidade interna e papel crucial em
setores de rápido crescimento. Enquanto membros desfrutam de vantagens materiais e
culturais, a natureza dinâmica da estrutura ocupacional e a variedade de ocupações desafiam
definições precisas. A classe média continua a ser um componente essencial na compreensão
das dinâmicas sociais contemporâneas.

O Crescimento dos "Trabalhadores Contratados":

 A globalização, avanços tecnológicos e mudanças na natureza do trabalho formam a


economia do conhecimento.

 Setores dinâmicos incluem computadores, finanças, software e telecomunicações.

 "Trabalhadores contratados" na tecnologia da informação desempenham papéis


diversos, como design de páginas da web e análise de dados.

 Características comuns: trabalho não hierárquico, resolução de problemas dinâmica.

Economia do Conhecimento em Ascensão:

 Difícil estimar o número preciso de trabalhadores contratados.

 Economia do conhecimento ainda em desenvolvimento, prevê-se aumento na


população de trabalhadores contratados.

Mudanças na Política e "Trabalhadores Contratados":

 "Trabalhadores contratados" influenciam nova cultura política além das divisões


tradicionais esquerda-direita.
 Ênfase em questões de "estilo de vida" reflete valores pessoais.

Mudança na Natureza da Classe Trabalhadora:

 Marx previu aumento contínuo da classe trabalhadora industrial, o que não se


concretizou.

 Redução na proporção de empregos manuais, mudanças nas condições de vida e


estilos de vida.

Prosperidade da Classe Trabalhadora:

 Embora ainda haja pobreza na sociedade, muitos trabalhadores manuais não vivem
em condições de pobreza.

 Rendimento dos trabalhadores manuais aumentou, contribuindo para o aumento do


nível de vida.

 Cerca de 50% dos trabalhadores manuais são proprietários de casas; possuem carros,
eletrodomésticos e tecnologia.

Tese do Aburguesamento:

 Ideia de que trabalhadores manuais mais prósperos adotariam valores e estilos de vida
da classe média.

 Estudo contraditório de Goldthorpe e colegas (anos 60): Trabalhadores abastados


compartilham padrões de consumo, mas não se associam à classe média em lazer ou
aspirações.

Desafios à Tese do Aburguesamento:

 Prosperidade não leva automaticamente à adoção de valores e estilos de vida da


classe média.

 Trabalhadores abastados mantêm distinções em termos de lazer, aspirações e


posicionamento político.

 Fragmentação e desintegração das comunidades tradicionais da classe trabalhadora


em discussão.

Embora a prosperidade tenha melhorado as condições de vida dos trabalhadores manuais, a


tese do aburguesamento enfrenta desafios, sugerindo que a classe trabalhadora mantém
distinções significativas em vários aspectos.

Classe e Estilo de Vida:

 Tradicionalmente, a análise da classe se baseava em indicadores econômicos,


ocupacionais e de posição no mercado.

 Abordagem mais recente considera fatores culturais, como estilo de vida e padrões de
consumo, ao avaliar a posição de classe.

Papel dos Símbolos e Consumo na Vida Diária:


 Era atual destaca papel significativo de "símbolos" e marcadores de consumo na
estruturação das identidades pessoais.

 Pierre Bourdieu associa grupos de classes aos níveis de capital cultural e econômico.

Influência dos "Comerciantes de Necessidades":

 Proliferação de profissionais ligados à apresentação de bens e serviços de consumo.

 Publicitários, estilistas, consultores de estilo, entre outros, afetam gostos culturais e


promoção de escolhas de estilo de vida.

Relação entre Classe e Estilos de Vida:

 Divisão de classes associada a estilos de vida e padrões de consumo distintos.

 Savage et al. (1992) identificam setores na classe média com base em "capital cultural"
e "capital econômico" diferentes.

Três Agrupamentos na Classe Média:

1. Profissionais nos serviços públicos: alto capital cultural, baixo capital econômico.
Estilos de vida ativos, saudáveis e participativos.

2. Gestores e burocratas: padrões "indistintos" de consumo, preferência por estilos


tradicionais.

3. "Pós-modernos": estilo de vida sem princípios definidores, incluindo elementos não


tradicionais.

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Desafios na Estratificação Social:

 Estratificação nas classes e dentro delas depende não apenas de diferenças


ocupacionais, mas também de variações no consumo e estilo de vida.

 Sociedades modernas são sociedades de consumo, mas as diferenças de classe podem


ser intensificadas por variações nos estilos de vida.

Papel dos Fatores Econômicos nas Desigualdades Sociais:

 Apesar das mudanças, fatores econômicos continuam a desempenhar papel crucial na


reprodução de desigualdades sociais.

 Privações extremas muitas vezes são resultado de circunstâncias relacionadas à


estrutura ocupacional e econômica, não escolhas de estilo de vida.

A Subclasse:

 O termo "subclasse" refere-se ao segmento da população situado no fundo da


estrutura de classes, caracterizado por níveis de vida significativamente mais baixos e
múltiplas desvantagens.

 Membros da subclasse frequentemente enfrentam desemprego de longa duração,


transições frequentes entre empregos, e alguns podem ser sem-teto, sem uma
residência permanente.

 A subclasse muitas vezes depende por longos períodos dos benefícios da segurança
social, sendo considerada "marginalizada" ou "excluída" da forma de vida da maioria
da população.

Associação com Grupos Étnicos Minoritários:

 Nos EUA, o debate sobre a subclasse originou-se em grande parte devido à


predominância de negros pobres em áreas urbanas.

 No Reino Unido, negros e asiáticos estão desproporcionalmente representados na


subclasse.

 Em alguns países europeus, imigrantes que encontraram emprego em tempos de


prosperidade agora constituem uma parte significativa da subclasse, como os
imigrantes argelinos na França e turcos na Alemanha.

Debates sobre a Natureza e Existência da Subclasse:

 A natureza e existência da subclasse são temas intensamente debatidos na sociologia.

 O debate foi desencadeado por questões relacionadas à "subclasse negra" nos EUA,
mas o fenômeno não é exclusivo desse país

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Género e Estratificação:

 Estudos sobre estratificação historicamente ignoraram o género, considerando as


mulheres como não existentes ou irrelevantes para análises de poder, riqueza e
prestígio.

 O género é uma forma profunda de estratificação, com poucas sociedades em que


homens não têm mais riqueza, estatuto e influência do que mulheres.

Desigualdades de Género e Classe:

 Desigualdades de género são historicamente mais profundas do que as de classe;


mesmo em sociedades de caça e recoleção sem classes, os homens geralmente têm
uma posição superior.

 Nas sociedades modernas, as desigualdades de classe sobrepujam substancialmente as


de género, mas a relação entre ambas é complexa.

Determinação da Posição de Classe das Mulheres:

 A visão convencional sugere que as mulheres pertencem à mesma classe social que os
maridos devido ao trabalho remunerado feminino ser considerado insignificante em
comparação com o masculino.

 Críticos argumentam que o rendimento e a posição de classe da mulher podem ser


cruciais para a posição da família, especialmente quando ela é a principal ou única
fonte de sustento.

Impacto do Emprego Feminino nas Divisões de Classe:

 A entrada das mulheres no emprego assalariado afetou o rendimento dos agregados


familiares de maneira desigual.

 O casamento entre dois parceiros empregados pode acentuar as divisões de classe


entre agregados familiares, contribuindo para a polarização entre "agregados com dois
ganhadores" e "com um único ganhador" ou "sem qualquer ganhador".

 Associações entre parceiros geralmente resultam em ambos sendo privilegiados ou


desprivilegiados em termos de estatuto profissional, aumentando as disparidades.

Definição: Mobilidade social refere-se ao movimento de indivíduos e grupos entre diferentes


posições socioeconômicas, incluindo mobilidade vertical (ascendente ou descendente) e
lateral (geográfica).
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Mobilidade Vertical:

Ascendente: Movimento para cima na escala socioeconômica, ganhando propriedade, renda


ou status.

Descendente: Movimento para baixo na escala socioeconômica.

Mobilidade Lateral:

Movimentação geográfica entre bairros, cidades ou regiões, muitas vezes associada à


mobilidade vertical.

Formas de Estudar a Mobilidade Social:

Intrageracional: Observar as carreiras individuais e o movimento ao longo da vida profissional.

Intergeneracional: Analisar se os filhos ocupam ocupações semelhantes às dos pais ou avós.

Estudos Comparativos sobre Mobilidade:

Indicador do grau de "abertura" de uma sociedade, revelando a extensão em que os indivíduos


talentosos de origem humilde podem ascender.

Importante em contextos políticos comprometidos com a igualdade de oportunidades.

Estudos de Mobilidade Social nos EUA:

Peter Blau e Otis Dudley Duncan conduziram um estudo nos anos 60, considerado o mais
detalhado até então.

Embora haja mobilidade vertical nos EUA, geralmente ocorre entre posições profissionais
próximas, com mobilidade de "largo alcance" sendo rara.

Movimento descendente acontece, tanto ao nível das carreiras individuais quanto


intergeracionalmente.

Desafios e Críticas nos Estudos de Mobilidade:

Muitos estudos são limitados por viés de gênero, focando predominantemente em homens.

Questões de igualdade de oportunidades são centrais nas discussões sobre mobilidade social
em sociedades industrializadas.
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Género e Mobilidade Social:

 Enfoque nas Mulheres na Mobilidade Social:

 Pesquisas recentes têm começado a dedicar mais atenção aos padrões de


mobilidade social entre as mulheres.

 O desempenho acadêmico superior das raparigas, o maior número de


mulheres no ensino superior levanta questões sobre a igualdade de
oportunidades e a mobilidade social.

 Estudo de Coortes do Conselho de Pesquisa Económica e Social:

 Acompanhou a vida de 9.000 britânicos nascidos na mesma semana nos anos


70.

 Conclusões:

 A classe de origem e os antecedentes familiares continuam a ser


influências poderosas tanto para homens quanto para mulheres.

 Jovens com melhor educação, que adiaram casamento e filhos, e têm


pais em ocupações técnicas ou profissionais de nível elevado, lidam
melhor com a transição para a idade adulta.

 Indivíduos com origens menos privilegiadas têm maior probabilidade


de permanecer nessa situação.

 Oportunidades para as Mulheres:

 As mulheres hoje têm oportunidades muito maiores do que as da geração


anterior.

 Mulheres da classe média são as principais beneficiárias das mudanças:


entrada na universidade, movimento para cargos bem pagos.

 Aumento de confiança e autoestima comparado com gerações anteriores.

 Desafios para as Mulheres na Mobilidade Social:

 Discriminação por gestores e empregadores masculinos, devido à crença de


que as mulheres não estão verdadeiramente interessadas em carreiras e
podem abandonar o emprego ao iniciar uma família.

 A maternidade afeta substancialmente as hipóteses de carreira das mulheres.

 Obstáculos significativos mesmo quando mais mulheres tentam equilibrar


carreira e vida doméstica.

 Discriminação e Maternidade:
 Gestores e empregadores masculinos discriminam mulheres, acreditando que
não estão verdadeiramente interessadas em carreiras e podem abandonar o
emprego ao iniciar uma família.

 Maternidade tem um impacto significativo nas oportunidades de carreira,


muitas vezes forçando as mulheres a escolher entre a progressão na carreira e
a maternidade.

 Homens raramente compartilham totalmente as responsabilidades do


trabalho doméstico e da educação dos filhos.

 Desafios Contemporâneos para as Mulheres:

 Apesar de mais mulheres organizarem suas vidas para seguir carreiras, ainda
enfrentam obstáculos significativos.
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Conclusão:

 Diminuição da Influência Tradicional da Classe:

 Nas sociedades modernas, a influência tradicional da classe está


enfraquecendo, especialmente em termos das identidades individuais.

 Divisões de Classe no Centro das Desigualdades Económicas:

 Apesar da mudança, as divisões de classe permanecem no centro das


desigualdades económicas.

 A pertença de classe está associada a diversas desigualdades, desde


expectativas de vida e saúde até ao acesso à educação e empregos bem
remunerados.

 Crescimento das Desigualdades na Grã-Bretanha:

 Nos últimos vinte anos, as desigualdades entre os pobres e os mais


afortunados cresceram na Grã-Bretanha.

 Questão: O crescimento da desigualdade entre classes é o preço a pagar pelo


desenvolvimento económico?

 Globalização e Não Regulação dos Mercados Económicos:

 A globalização e a não regulação dos mercados econômicos está sendo


apontadas como fatores que ampliam o fosso entre ricos e pobres e
"acentuam" as desigualdades entre as classes.

 Mobilidade Social e Novos Canais:

 Atividades nem sempre são completamente determinadas pelas divisões de


classes, e muitas pessoas experimentam mobilidade social.

 Expansão do ensino superior, acessibilidade crescente a qualificações técnico-


profissionais, emergência da Internet e da "nova economia" são novos canais
significativos para a mobilidade ascendente.

 Esses desenvolvimentos desgastam os padrões tradicionais de classe e


estratificação, contribuindo para uma ordem mais fluida e meritocrática.

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