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Atividade 1 – Aluno: Pedro Saulo de Oliveira Caetano - Matrícula: 118111122

1) Por que a nossa sociedade, preocupada com a formação da consciência dos


jovens não atribui importância ao tema trabalho?

Existem alguns fatores que podem levar à percepção de uma falta de importância
atribuída ao trabalho na formação da consciência dos jovens. Um dos fatores é a ênfase
desproporcional dada ao sucesso acadêmico em detrimento das habilidades e
experiências adquiridas por meio do trabalho.

Nos sistemas educacionais, a ênfase costuma ser colocada em obter notas altas, passar
em exames e entrar em instituições de ensino superior renomadas. Essa abordagem
pode levar a uma visão reducionista do sucesso, onde o trabalho é muitas vezes
subvalorizado em comparação com a obtenção de diplomas acadêmicos.

Além disso, a mídia e as influências culturais também desempenham um papel na


percepção do trabalho pela sociedade. Em alguns casos, a mídia pode enfatizar apenas
certos tipos de trabalhos glamorosos ou de alto status, deixando de lado outras
ocupações importantes.

Isso pode criar uma imagem distorcida do trabalho na mente dos jovens, levando-os a
não considerar certas profissões como significativas ou valiosas.

2) O que o autor quis dizer neste texto: “tudo se passa como se a obrigação de
trabalhar fosse de tal modo natural como o respirar ou o alimentar-se.
Permanecendo, por essência, estranha a qualquer evolução cultural e, a fortiori, a
toda reformulação.”

O autor está criticando a visão predominante de que o trabalho é uma obrigação natural
e imutável, argumentando que essa percepção não leva em consideração as mudanças
culturais e a necessidade de repensar a relação entre as pessoas e o trabalho em
diferentes contextos históricos e sociais.

3) O trabalho vem sendo exaltado ou desprezado em diferentes momentos


históricos. Quando e como isto ocorre?

Ao longo da história, o trabalho passou por diferentes percepções e valorizações em


diferentes momentos e contextos. Essas percepções variam de acordo com fatores como
cultura, economia, avanços tecnológicos e mudanças sociais. Como por exemplo:

Trabalho como escravidão e servidão: Em várias sociedades antigas, como as da Grécia


e Roma antigas, bem como durante o período medieval europeu, o trabalho muitas vezes
era associado à escravidão e servidão. Nestes sistemas, a mão de obra era explorada e o
trabalho manual era considerado uma atividade inferior, enquanto a classe dominante
era responsável por atividades intelectuais e governamentais.

Revolução Industrial e valorização do trabalho: Com a Revolução Industrial no século


XVIII, o trabalho manual se tornou essencial para a produção em massa nas fábricas.
Nesse período, houve uma valorização do trabalho como um meio de progresso
econômico e social, e o trabalho manual foi considerado uma virtude.

Movimentos operários e luta por direitos trabalhistas: No século XIX e início do século
XX, com o crescimento do movimento operário e o surgimento dos sindicatos, houve
uma luta por melhores condições de trabalho e direitos trabalhistas. Nesse contexto, o
trabalho começou a ser visto como uma forma de expressão de classe, com os
trabalhadores lutando por salários justos, jornadas de trabalho reduzidas e melhores
condições de vida.

Era pós-industrial e mudanças no mercado de trabalho: Com a transição para a era pós-
industrial, a partir do século XX, o trabalho começou a ser percebido de maneiras
diferentes. Com o avanço da automação e da tecnologia, alguns empregos foram
substituídos por máquinas, enquanto outros surgiram em setores como tecnologia,
serviços e criatividade. Essas mudanças levaram a uma valorização crescente do trabalho
intelectual, criativo e do conhecimento, em contraste com o trabalho manual.

4) Como o trabalho é visto pela igreja católica e como é entendido e defendido pelo
protestantismo?

A Igreja Católica vê o trabalho como uma parte essencial da vida humana e uma forma
de contribuir para o bem comum. Ela enfatiza a dignidade do trabalho, a justiça social e
o desenvolvimento das capacidades dadas por Deus.

O Protestantismo, especialmente a ética protestante do trabalho, valoriza o trabalho


como uma vocação divina e uma maneira de glorificar a Deus. Os protestantes enfatizam
o trabalho árduo, a responsabilidade individual e a acumulação de riqueza como um
sinal da bênção de Deus.

5) Com a ascensão do sistema capitalista o trabalho assume outra conotação. À


partir deste período, qual significado é atribuído ao trabalho?

Com a ascensão do sistema capitalista, o significado atribuído ao trabalho passou por


transformações significativas. No contexto do capitalismo, o trabalho é amplamente visto
como uma atividade realizada em troca de remuneração financeira, onde os indivíduos
vendem sua força de trabalho em um mercado.

No capitalismo trabalho é frequentemente considerado uma maneira de obter recursos


econômicos, sustento e ascensão social. O valor do trabalho é muitas vezes medido pela
quantidade de riqueza que ele gera, tanto para os indivíduos como para as empresas e
a economia em geral. O trabalho é encarado como uma atividade produtiva e essencial
para o funcionamento do sistema econômico capitalista.
6) Qual a justificativa utilizada pelos capitalistas quanto à existência de
desempregados, pobres e delinquentes?

Os capitalistas costumam justificar a existência de desempregados, pobres e


delinquentes através da ideia de mérito individual e responsabilidade pessoal,
argumentando que aqueles que enfrentam essas situações não se esforçam o suficiente
ou não possuem as habilidades necessárias.

É importante destacar que fatores estruturais do capitalismo como desigualdades


socioeconômicas, falta de acesso a oportunidades e recursos limitados, desempenham
um papel significativo na existência de desemprego, pobreza e delinquência.

7) Afinal de contas, na sua opinião, o brasileiro é preguiçoso ou habilidoso e


interessado? O que acontece aqui?

Grande parte dos brasileiros são desmotivados com seus salários baixos e com o baixo
poder de compra da moeda brasileira, causados pelos altos impostos e pela ineficiência
do sistema político.

É difícil esperar que alguém fique motivado em seu trabalho quando recebe um salário
muito baixo, como mil reais por mês. A remuneração justa é um fator crucial para garantir
que os trabalhadores se sintam interessados, valorizados e engajados em suas atividades
profissionais.

Grande parte dos trabalhadores brasileiros, apesar de trabalharem duro, vivem próximos
as condições análogas de escravidão, com alimentação, saúde e qualidade de vida no
limite da dignidade humana.

Não existe motivação para se trabalhar duro no Brasil.

8) Será que é necessária a constante atividade, para “vencer na vida”, ou precisamos


de mais ócio?

A sociedade contemporânea muitas vezes valoriza a produtividade e o ritmo acelerado,


levando muitas pessoas a se sentirem pressionadas a estar constantemente ocupadas.
No entanto, é importante reconhecer que o ócio também tem seu valor. O tempo livre
permite a reflexão, a criatividade, a recuperação energética e o fortalecimento dos
relacionamentos pessoais.

9) O que você acha da frase: Emprego não falta, o que falta é vontade de trabalhar”?

Essa é uma generalização simplista que ignora os diversos fatores estruturais e sistêmicos
do capitalismo, que influenciam a disponibilidade de emprego. Ela não leva em
consideração as desigualdades, falta de qualificação e outros obstáculos que podem
dificultar a obtenção de trabalho.
10) Como a escola atua na formação do aluno como futuro trabalhador? O que
privilegiamos em nossos conteúdos programáticos?

A escola desempenha um papel decisivo na formação do aluno como futuro trabalhador


ao proporcionar conhecimentos e habilidades relevantes para o mundo do trabalho.

No entanto, muitas vezes privilegiamos conteúdos programáticos que enfatizam teorias


abstratas e desconectadas da prática profissional, o que pode levar à alienação do aluno
em relação ao trabalho.

Para uma formação mais efetiva, é necessário incluir atividades práticas de trabalho
remunerado em paralelo com os estudos, discussões sobre o significado do trabalho e
valorização de habilidades diversificadas, para engajar os alunos e motiva-los para
enfrentar o mundo profissional de forma mais adequada.

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