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Rio de Janeiro
2020
Marianna Ferreira da Silva
Rio de Janeiro
2020
Agradecimentos
Esta monografia fala muito sobre o quão importante é perceber que sou e vivo os
sonhos e as esperanças dos meus ancestrais.
Começo agradecendo a minha família que acredita e investe tanto para que possa
ser a melhor psicóloga possível. A Flavia por toda a abdicação e aposta diárias. A
Eliana por me ensinar sobre a importância de ser intelectual e financeiramente
independente. Ao Rodrigo que diz o quão necessário é viver a vida intensamente. Ao
meu avô, que antes de partir, celebrou comigo a vitória de estudar Psicologia numa
Universidade Federal.
A minha prima e psicóloga Dandara com a qual me encontrei para construir
outras epistemologias afroperspectivadas. As minhas primas Anne, Pati e Fernanda por
tantos bons encontros repletos de sorrisos. A minha madrinha, Andreia, por ser uma
entusiasta do meu trabalho.
As minhas afilhadas e primas, Rafaella e Maria Júlia, que me fazem estar atenta
a importância do afeto, do colo e do apego. São respiro e vitalidade ao longo deste
percurso árduo e tortuoso.
A todas as amizades que foram suporte diante das inúmeras dificuldades que
encontrei até me sentir capaz de me entender como psicóloga. A Amanda que me faz
sonhar e acreditar em todos os contos de fada do mundo real. Ao Pett por ser meu amigo
desde que o tempo corria de modos diferentes e por continuarmos na vida um do outro.
A Adrielle e ao Léo por se fazerem presentes desde que os caminhos eram outros e
acompanharem tantas transformações. A Riane, Thaiza e Mirna por serem o meu
clubinho e porto seguro. Ao Gabriel, meu gêmeo, que me viu psicóloga antes mesmo
que pudesse supor este saber, me deu tanto fôlego ao longo deste caminhar, e me ajudou
neste processo da monografia. A Thais que me fez apostar na psicologia. A Anita por
alçar vôos tão coloridos junto comigo.
A Raíza por acolher tantas questões que tive ao longo da graduação e me ajudar
neste “tornar-se negra”. Ao Bruno, por ser o melhor amigo do mundo, e me lembrar,
naquela Pedra do Sal, que minha escuta é importante e diferenciada. Ao Alexandre por
ser um exemplo de paternidade implicada e preocupado em me fazer crer que o futuro
reserva muitas possibilidades. A Gipsy por partilhar comigo tantos atravessamentos e
me fazer ter orgulho de ser profissional de saúde racializada. A todos os meus amigos
do colégio (Camila, Rômulo, Pedro, Gabriel, Thays e Andreza) que me ofereceram
risada, amparo e leveza, ainda que as demandas acadêmicas fossem pesadas. A Larissa e
a Viviane por me fazerem entender que meu caminho como psicóloga era muito
importante para elas também.
Ao Wallace por me lembrar, ao longo de todo o processo de escrita, que, mesmo
sendo solitário, tinha sua companhia e seu cuidado frente aos inúmeros reconhecimentos
e entraves que esta temática me produzem.
A toda a família que a Circus Fit (Elen, Ana Maria, Mariana, Alex, Luana,
Carol, Gabi, Yasmin, Fernanda) me ofereceu e foi meu esteio para lidar inventivamente
com as inúmeras questões e transformações decorrentes da formação em psicologia.
Ao meu psicólogo Roberto pela sua escuta atenta e inspiradora que me fizeram
trabalhar questões tão importantes e me trouxeram até este capítulo e a tantos outros.
A Carla e o Ícaro por me oferecem a chance de cuidar de vocês tão fortemente
no puerpério e poder escutar sobre as dificuldades inerentes ao maternar.
A Aline e a Helena por me oferecerem as melhores tardes cercadas por bonecas,
mesversários, sorrisos e o “titia” que amo ouvir.
A Maria, Rodrigo, Rafael e Gabriel por me lembrarem que o amor constrói laços
e por serem uma família tão abençoada.
A Ariane por ser uma mãe preta e artista inspiradora.
A Isabella e ao Joaquim que me motivam a me encantar pela psicologia
perinatal.
A minha orientadora Ana Cunha por me permitir ser livre e autônoma diante dos
meus processos de aprendizado sendo a minha grande inspiração para dedicar-me à
perinatalidade. A minha supervisora Luciana Monteiro e a todas as psicólogas da
Maternidade Escola da UFRJ por investirem fortemente no trabalho e na disseminação
de conhecimentos sobre a saúde perinatal. A Paula por seus apontamentos cuidados e
pacientes nas supervisões. A minha dupla de estágio, Pah, por partilhar comigo
inúmeras inquietações e construir solos para nossas produções práticas e acadêmicas. A
toda a equipe do Lepids, especialmente a Camila por escolher seu minha dupla e me
fazer repensar tanto sobre saúde mental e amamentação.
Ao Programa Papo Cabeça por possibilitar minha inserção no campo
institucional, aprofundar o meu contato com a psicologia perinatal e com a potência de
um trabalho multiprofissional. A Neuza por ser uma supervisora tão dedicada. A todas
as assistidas pelo projeto por me fazerem enxergar com mais sutileza e cuidado a
importância da intercessão entre racismo e maternidade.
A professora Ellen Aragão que trouxe o seu sorriso e o seu sotaque, se
aproximou e se amigou, sendo minha referência em cuidado e em Psicologia Hospitalar.
A minha turma por me garantir saúde mental para atravessar este curso. A
Caroline Carmona, minha parceira em tantos trabalhos, festas, entraves e
encaminhamentos, sendo base para este percurso. A Juliana Garcia, Mayana, Paula,
Grazi e Ana Paula, pela companhia, escuta sensível e trocas nesta trajetória. A Sarah por
ser tão presente e disponível. Ao Pedro pelas inúmeras trocas e incômodos no percurso
PV-subúrbio. A Nicole que me fez companhia nas tardes na Maternidade, nos sambas
do Teles e nos cafés pra dias que precisavam de mais calor. A Laura por tanta
generosidade, acolhimento e reflexões em inúmeros momentos. A Tayana por me
garantir a alegria, o melhor abraço, o colo pros tempos difíceis e energia de sambista pra
percorrer a Sapucaí-IP. A Ellen por me ofertar bons sorrisos com os seus atrasos.
Ao Coletivo Preto Virginia Leone Bicudo que é o solo para que pudesse
germinar e sobreviver ao Instituto de Psicologia tendo me garantindo diversos encontros
férteis. Meu quilombo é um retrato de um mundo amável e de uma psicologia que
rompe com as lógicas hierárquicas e se faz com o brincar e o afeto. A Ana, Carol,
Dandara, Camila, Lucas e Miguel por me inspirarem a ser uma psicóloga preta, não me
deixarem paralisada diante dos ataques sofridos e me lembrarem que quem tem um
amigo, tem tudo. A Natasha por ser o sol que aqueceu minhas vivências naquele
Instituto e oferecer registros que me lembram que somos reis e rainhas. A Maisa por me
convidar a reflexões tão fortes, me trazer muita dignidade, cafés maravilhosos e bons
encontros na Zona Oeste. Ao Cassio pela sua sensibilidade, seu abraço-casa e por
compartilhar comigo seu amor por Emicida. A Marcele por ser um ombro amigo. A
Mikaela por me ouvir e abraçar fortemente nos dias que as palavras não cabiam e as
lágrimas saltavam. A Patricia por me apresentar referências excepcionais e por
organizar tão bem a nossa coletividade. As minhas pupilas Elen e Mariana, que vocês
façam escolhas profissionais que não nos afastem da vida uma das outras. Ana Luiza
pela companhia nos pagodes e nas grandes reflexões acadêmicas.
A Raquel, Guilherme e ao Akin por serem um exemplo de família preta e de um
amor tão próximo ao “Espírito da Intimidade” que me dá orgulho poder caminhar junto.
A Monique, Douglas e Maria Luanda que me incluem na construção da família
margarina e me fazem ser uma tia muito babona.
Ao Coletivo Afrontosas que me ofereceu o fôlego, o desaguar e a expressão para
entender que a solidão é menos presente quando posso contar com o meu quilombo.
Resumo
Abstract
é por este movimento de voltar-se para o bebê (...) que a gestante não pode ser
considerada uma futura mãe: a natureza de seus pensamentos e sentimentos é
atual e caracteriza uma relação e um espaço psíquico dedicado ao bebê já neste
momento (Piccinini et al, 2011, p. 2).
Desse modo, o racismo deve ser entendido como um constituinte das relações
sociais, que interfere nas interações coletivas e individuais, porque sustenta, inclusive,
os processos de percepção de si e do outro pelos indivíduos. Somos sujeitos socio-
históricos e como tal o racismo é elemento de produção da subjetividade e da
construção da identidade pessoal e social. Ele afeta diretamente os modos de ser e de
estar no mundo, perpassando a produção intelectual e política e mobilizando a
construção de afetos nas relações sociais e pessoais. De forma naturalizada, o racismo é
reproduzido pelo indivíduo nas suas relações por um viés inconsciente, ou seja, sem que
ele sequer perceba que suas práticas reforçam uma estrutura valorativa que inferioriza
certos grupos étnicos. Majoritariamente, o povo negro sofre com a discriminação pela
sua cor e etnia, o que confere relevância para uma ampla discussão sobre o tema sob o
enfoque da Psicologia (Miranda, Toledo, & Menezes, 2018).
1
Indivíduos que se autodeclaram como pretos e pardos (IBGE, 2013).
entre os indivíduos. Dessa forma, é fundamental debater sobre as dificuldades de se
estabelecer este sentimento como “uma intenção e ação” (Hooks, 2010, p.1), o que
marca, sobremaneira, a experiência da comunidade negra e da maternidade solo da
mulher negra. Para Hooks (2010), a opressão e a exploração dos negros, desde datas
históricas que atravessam tempos e territórios, distorcem e dificultam a capacidade de
amar desta população. A preponderância da supremacia branca provoca marcas na vida
dos afrodescendentes, que interiorizam o racismo e os sentimentos de inferioridade,
quando essa dominação altera a
(...) habilidade de querer e amar. Nós negros temos sido profundamente feridos,
como a gente diz, "feridos até o coração", e essa ferida emocional que
carregamos afeta nossa capacidade de sentir e, consequentemente, de amar.
Somos um povo ferido. Feridos naquele lugar que poderia conhecer o amor,
que estaria amando. A vontade de amar tem representado um ato de resistência
para os Afro-Americanos. Mas ao fazer essa escolha, muitos de nós
descobrimos nossa incapacidade de dar e receber amor (Hooks, 2010, p. 1).
as mulheres negras (pardas + pretas) são as menos preferidas para uma união
afetiva estável pelos homens negros e brancos, e, por isso, perdem na disputa
matrimonial-afetiva para as mulheres brancas; (...) como resultante desta disputa,
haveria um excedente de mulheres negras solitárias, sem parceiros para
contraírem uma união (Berquó como citado em Lemos, 2008, p. 5)
Tal debate traz a cena a necessidade de uma rede de suporte social para estas
mulheres no seu exercício de uma maternidade solo devido a dupla solidão que isso as
impõem. Na condição de solidão, pelo preterimento por suas características raciais, ela
se situa na parte inferior da escala de desejabilidade (Collins, 2019) e segue sentindo
uma solidão emocional que é característica da sua maternidade. A fragilidade ou
ausência da conjugalidade afasta a mãe negra da possibilidade de construir uma rede de
apoio com um parceiro fixo. Diante do que já foi exposto, as afrobrasileiras encontram-
se sozinhas, tanto na sua escolha afetiva quanto no próprio exercício da maternidade.
Isso configura um contexto de dupla solidão da mulher negra no exercício de uma
maternidade solo, temática que buscamos estudar e caracterizar por meio destas
reflexões e apontamentos.
Não se pode contestar que a rede de apoio pode ser capaz de aliviar o estresse,
sendo importante para a promoção da saúde e de uma vivência positiva da maternidade,
especialmente para mães solo e negras. Possuir uma rede social é sentir-se amada e
valorizada. Porém, a mulher negra em uma maternidade solo se situa no revés desta
direção, pois estariam mais suscetíveis à influência negativa da ansiedade provocada
pelo mal-estar psicológico proveniente da solidão. Isso, inclusive, se relaciona a um
maior risco para transtornos mentais (Pinto, 2011), o que exige que discutamos mais
2
Segundo Winnicott (1965), a maternagem pode ser definida como o exercício dos cuidados básicos com
o bebê e a disponibilidade psíquica da mulher para investir emocionalmente nesse cuidado e no próprio
filho
detidamente o que é este duplo lugar solitário da maternidade solo da mulher-mãe negra
para refletir sobre seus efeitos sobre a maternagem.
(...) internalizam e ensinam aos seus filhos esta submissão que são
obrigadas a demonstrar. Ao ensinar às crianças negras seu lugar nas
estruturas brancas de poder, as mulheres negras que internalizam a
imagem de mammy podem se tornar canais efetivos de perpetuação da
opressão de raça. (Collins, 2019, p. 141).
Ao colocar as necessidades dos seus filhos e filhas acima das suas próprias,
reforça-se para estas mulheres a noção de perfeição que a maternidade deve se pautar.
Porém, questiona-se: “Quais são os espaços que estas mulheres encontram para falhar
como mães?”. Para essa discussão, sugere-se Winnicott para pensar sobre as
repercussões da imagem de controle da “mãe negra superforte” sobre a maternagem e a
função materna apoiada no vínculo afetivo mãe-bebê. Desde a gestação, a mulher
grávida passa a estabelecer uma gradativa identificação com seu bebê, entendido como
um “objeto interno” no qual ela irá investir afetivamente desde a gestação. Para isso, a
mãe lança mão do que Winnicott chamará de “preocupação materna primária”, ou seja,
a capacidade da mãe de deslocar o interesse no seu próprio self para o bebê, que assume
um lugar simbólico no psiquismo materno atribuído de significado na fantasia
inconsciente da mãe (Winnicott, 1965). Logo, as “mães negras super fortes” encontrarão
legitimidade para assumir essa imagem de controle nesta preocupação materna primária,
que deve lhe conferir um estado de hipersensibilidade para atender as demandas do feto-
bebê. Para isso, precocemente, a mãe deve saber identificar e acolher as necessidades do
seu filho, funcionando em um estado típico de prontidão desde o final da gestação e por
semanas após o nascimento do bebê (Winnicott, 2000). Isto é o que possibilita a
maternagem.
Nesse cenário, deve-se trazer para o debate a função paterna, uma vez que a ausência de um compa
(...) a qualidade do colo que a mãe oferece ao bebê é também afetada
pela sustentação que o pai dá ou não a ela. Quando tudo corre bem, no
sentido de amadurecimento saudável, o único tipo de contato que o
bebê tem nesse início da vida se caracteriza pelo conjunto de
experiências que acontecem no interior da relação mãe-bebê, da qual o
bebê faz parte. Neste momento inicial, o pai faz parte do ambiente e
entra diretamente na vida do filho como mãe-substituta. (Fulgêncio,
2007, p. 39).
6 Encaminhamentos finais
A experiência da extensão universitária permitiu o contato com realidades para
além dos muros acadêmicos. Estar inserida em uma Unidade de Reinserção Social
(URS) que atendia jovens negras, a maioria mães solo, transforma diretamente meu
olhar sobre a maternidade, abrindo para uma escuta clínica sensível para as vicissitudes
da vivência da maternidade em um contexto de risco, quer seja por serem negras, por
serem adolescentes ou por serem mães solo em sua maioria. Esse campo, junto com a
participação no Coletivo Preto Virginia Leone Bicudo, propôs questões relativas à
maternidade e à negritude, que se tornaram temas de reflexão e debate neste capítulo.
Reconhecer que o conceito de solidão da mulher negra é tema mais consolidado
no debate de outras ciências humanas, quando comparadas à Psicologia, foi
minimamente instigador para elaborar as reflexões teóricas aqui construídas com o
auxílio de autoras que discutem as questões raciais relacionadas ao feminino, as quais
busquei trazer para este debate. Com a certeza de que estes escritos podem ter impacto
para novas produções científicas sobre racismo no campo da Psicologia, foi adotado um
referencial teórico de outras áreas do conhecimento, tornando esta análise um tanto
interdisciplinar. Destaca-se que área da Psicologia Perinatal é recente e precisa dar
atenção às demandas específicas da população negra, sendo necessária uma maior
racialização dos seus estudos e práticas. Mesmo diante da ausência quase absoluta de
trabalhos do campo da Psicologia que relacionassem, diretamente, a negritude, a solidão
e a maternidade, foi possível traçar reflexões teóricas com base na experiência prática
obtidas nas dinâmicas, conversas, acolhimento, escuta e reflexões ao longo do trabalho
na URS.
Os sistemas de dominação são responsáveis por alterar a habilidade de desejar e
amar dos negros. As feridas profundas, “até o coração”, não são as únicas que afetam a
capacidade de sentir e amar, colocando as mulheres negras em um caminho solitário,
que é “duplificado” (grifo das autoras) no exercício solitário da composição uniparental
da sua maternidade. As imagens de controle aqui expostas, como a mammy e “mãe
negra superforte”, auxiliam a pensar o quanto o sacrifício das mulheres negras pelos
filhos pode gerar uma dependência profunda da maternidade, pela ausência dos
relacionamentos afetivos duradouros com homens, inclusive negros. As experiências de
desamor e as adversidades enfrentadas por estas mulheres são diversas e englobam
muitas áreas das suas vidas.
Por opção não foi destacado a figura do pai e nem dar certa primazia ao lugar
paterno neste debate, porque se escolheu discutir sobre os impactos e sofrimentos
psicossociais que a solidão, manifestada duplamente por ser negra e mãe, produzem
sobre a mulher e a sua maternagem. Ser mãe solo é ser o avesso do ideal tradicional
familiar! A sociedade e, muitas vezes, as práticas psicológicas delegam à mãe a total
responsabilidade pela formação do vínculo afetivo entre ela e seu bebê, base tão
fundamental para o desenvolvimento humano. No entanto, um cuidado e uma escuta
atenta para as mães solo negras fazem-se necessários, especialmente porque essas mães
encontrarão dificuldades específicas, tanto no processo de tornar-se mãe, como no
oferecimento de um suporte físico e psíquico suficiente para os filhos, com base em
estilos de maternagem tradicionalmente concebidos e idealizados. Conclui-se que a
solidão é uma vivência tão intensa na população feminina negra que se reafirma o valor
do cuidado compartilhado por redes, afetivas e efetivas, para o cuidado das crianças e
das mães solo. Nesse sentido, a maternagem pode oferecer uma certa esperança, um
sentido de vida, uma noção de futuro, podendo ser um caminho para o empoderamento
feminino na tomada de novas decisões, de maneira mais autônoma possível e sob uma
postura de resistência frente às imagens de controle.
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