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SOLITUDE E

SILÊNCIO
Disciplinas para hoje
“RUÍDOS”
(ROB BELL)
QUESTÕES

1. Solitude e Silêncio – o que são?

2. Por que praticar?

3. Por que é tão difícil?

4. Como fazer?

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1.
O QUE SÃO?

4

“na solitude, nos abstemos deliberadamente
da interação com outras pessoas, negando a
nós mesmos o companheirismo e tudo o que
procede de nossa relação consciente com
outros.
(...)
Solitude é escolher estar sozinho e
experimentar o isolamento voluntário de
outros seres humanos.” (Dallas Willard)
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“mais que um lugar, a solitude é uma condição mental, um
estado do coração, (...) que pode ser mantida em todos os
momentos. As aglomerações, ou a ausência delas, pouco
influenciam essa condição interna. É bem possível ser um
eremita no deserto sem jamais experimentar a solitude.
Em meio ao ruído e à confusão, permanecemos sossegados
nos limites de um profundo silêncio interior. Quer sozinhos,
que no meio da multidão, estaremos sempre carregando
um santuário móvel, alojado no coração.” (Richard Foster)
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ASPECTO
EXTERNO
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ASPECTO
INTERNO
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SILÊNCIO

Desligar ou reduzir os ruídos

Aspecto externo

Deixar de falar

Aspecto subjetivo ou interno

Silenciar também o interior

Silêncio e solitude se completam


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2.
POR QUE PRATICAR?

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“O silêncio da floresta, a paz da brisa
matutina a mover os galhos das árvores, a
solidão e o isolamento da casa de Deus são
coisas boas, porque é no silêncio e não na
comoção, na solidão e não no meio das
multidões que Deus gosta de se revelar mais
intimamente aos homens.” (Thomas Merton,
A vida silenciosa, pp. 48-49)
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“In silenti, et quiescenti vel meditanti anima
permanet sapientia

A sabedoria permanece na alma que


silencia, aquieta-se e medita.”

(Rodolfo, Constitutiones, c. 44)


“O mundo dos homens vive esquecido das alegrias do
silêncio, da paz desfrutada na solidão necessária, até
certo ponto, a uma vida humana vivida em plenitude.
Nem todos os homens são chamados à vida eremítica,
mas todos necessitam de certa dose de silêncio e
solidão, para permitir-lhes ouvir, ao menos
ocasionalmente, a voz interior profunda de seu
verdadeiro “eu”. Quando essa voz não é ouvida, quando
o homem não consegue atingir a paz espiritual que vem
do fato de estarmos em perfeita união com nosso ser
verdadeiro, a vida se torna desgraçada e exaustiva.”
(Thomas Merton, A vida silenciosa, p. 153)
A IMPORTÂNCIA DA
SOLITUDE E DO SILÊNCIO

• Aprender a ver e ouvir


• Combater a fragmentação do eu
• Aprender a calar e falar no momento certo
• Aprender a confiar
• Alimentar a prática

Exemplo maior: a vida de Jesus

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“precisamos buscar diligentemente a
quietude recriadora da solitude se
quisermos que nossa presença na
comunidade seja significativa.”
(Richard Foster, Celebração da disciplina, p.
145)
Na quietude e na confiança está o seu vigor
(Is 30: 15)
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3.
POR QUE É DIFÍCIL?

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DIFICULDADES:

╺ Externas:
╺ Os ruídos, a poluição visual
╺ Uma cultura que conspira contra o silêncio

╺ Internas

╺ O medo do abandono

╺ A ansiedade: nada está acontecendo?

╺ Falamos para manter nossa imagem

╺ A fuga de nós e de Deus

╺ A busca por distração (Pascal)


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“Quando me pus, algumas vezes, a considerar as
diversas agitações dos homens e os perigos e as penas
a que se expõem, na corte, na guerra, de onde nascem
tantas querelas, paixões, empresas ousadas e muitas
vezes más, eu disse muitas vezes que toda a
infelicidade dos homens provém de uma só coisa, que é
não saberem ficar em repouso num quarto (...) Mas,
quando observei de mais perto e, depois de ter achado
a causa de todas as nossas infelicidades, quis descobrir
a razão disso, achei que há uma bem efetiva, que
consiste na infelicidade natural da nossa condição fraca
e mortal e tão miserável que nada nos pode consolar,
quando pensamos nisso de perto. (...)
“(...) deixe-se um rei sozinho, sem nenhuma satisfação
dos sentidos; sem nenhum cuidado no espírito, sem
companhia, pensar em si inteiramente à vontade; e se
verá que um rei sem divertimento é um homem cheio
de misérias (...) Daí resulta que os homens gostem tanto
do barulho e do reboliço; daí resulta que a prisão seja
um suplício tão horrível; daí resulta que o prazer da
solidão seja uma coisa incompreensível. E, finalmente,
que o maior motivo de felicidade da condição dos reis
consista em procurar diverti-los sem cessar e
proporcionar-lhes todas as variedades de prazeres. Eis
tudo o que os homens puderam inventar para
tornarem-se felizes. (...)
“(...) Têm um instinto secreto que os leva a procurar a diversão e a
ocupação fora, que vem do ressentimento de suas misérias
continuas; e têm outro instinto secreto que resta da grandeza da
nossa primeira natureza, que os faz conhecer que de fato a
felicidade consiste apenas no repouso e não no tumulto; e, desses
dois instintos contrários, forma-se neles um projeto confuso, que
se oculta à sua vista no fundo de sua alma, que os leva a tender ao
repouso pela agitação e a imaginar sempre que a satisfação que
não têm lhes chegará, se, vencendo algumas dificuldades que
encaram, puderem abrir dessa forma a porta ao repouso. (...) E o
homem, por mais feliz que seja, se não está se divertindo e
ocupado com alguma paixão ou algum divertimento que impeça
que o aborrecimento se espalhe, ficará logo aflito e infeliz. Sem
divertimento, não há alegria; com o divertimento, não há tristeza."
Blaise Pascal, Pensamentos, Artigo XXI, II.
4.
COMO FAZER?

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SUGESTÕES PRÁTICAS

Aproveitar as Preparar um Silenciar


pequenas lugar silencioso durante um dia
solitudes

Perceber as
Arquitetura das
Vários reações e a
casas e das
momentos no dependência
cidades
dia permitem. das palavras

Megatemplos?

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SUGESTÕES PRÁTICAS

Retiros curtos Retiros longos

Reorientação Estudo,
meditação,
oração

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OS FRUTOS

COMPREEN SABER O
SÃO MOMENTO

AÇÃO
QUALIFICA
DA

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““Somente depois de aprender a ficar verdadeiramente
quietos é que seremos capazes de falar ao mundo o que
é necessário no momento em que for preciso.” (Richard
Foster, Celebração da disciplina, p. 150)

“Vamos nos disciplinar para que sejam poucas as


palavras que digamos. Sejamos conhecidos como
pessoas que têm algo a dizer quando abrem a boca.”
(Richard Foster, Celebração da disciplina, p. 156)
.
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ALIENAÇÃO?

NÃO!

Pequeno exemplo: a regra


eremítica dos camaldulen-
ses e o cuidado com o meio
ambiente
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“Se os eremitas serão os verdadeiros estudiosos da
solitude, é preciso que tenham grandíssimo cuidado e
diligência para que os bosques no entorno do ermo não
sejam queimados, nem diminuídos de modo algum, mas
sempre cresçam e se alarguem” (Eremiticae Vitae
Regula a Beato Romualdo Camaldulensibus Eremitis
tradita, Paolo
Giustiniani, Camaldoli, 1520).

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PAUSA
(5aSeco)

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BIBLIOGRAFIA

Richard Foster, Celebração da disciplina: o caminho do


crescimento espiritual, 2ª ed., São Paulo, Vida, 2007.

Thomas Merton, Amor e Vida, São Paulo, Martins Fontes,


2004.

Dallas Willard, O Espírito das disciplinas, Rio de Janeiro,


Danprewan, 2003.

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OBRIGADO
Contato

felipe.douverny@uol.com.br

Créditos da Apresentação: SlidesCarnival.


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