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Dimensionamento e Execução de Obras


de Arte Especiais

Wescley Brito

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Apresentação – Wescley Silva Brito
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Prof. Mike Mcloughlin

Felipe Mattos Tavares


o Gestão de contratos desde 2001 obras industriais, obras pesadas, obras publicas;
o Atuação em empresas de logística desde 2009 com passagem pelas concessionárias VLI e RUMO;
o Operações de ferrovias, portos e terminais de: Passageiros, Carga Geral, Heavy Haul;
o Bitolas ferroviárias: métrica (1000 mm), larga (1600 mm), mista (métrica + larga);
o Áreas de formação/atuação: Engenharias (Civil, Metro Ferroviária, Portuária), Gestão (Projetos, Empresarial, Logística), Fatores Humanos, Operação (Pátios,
Tração, Terminais, Portos), Desenvolvimento de projetos (novas ferrovias), Geotecnia, Investigação de Acidentes (Ferro/Portuários e Pessoais).

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Módulo - Dimensionamento e Execução de Obras de Arte


Especiais
EMENTA
o Análises e concepções de pontes. Carregamentos permanentes e acidentais. Dimensionamento e detalhamento dos
elementos estruturais de uma ponte. Construtibilidade de uma ponte de grande extensão.

OBJETIVO GERAL
o Desenvolver conhecimentos sobre as estruturas de diversos materiais, com base específica em estruturas de pontes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
o Analisar as diversas concepções de pontes.
o Conhecer os tipos específicos de carregamentos de uma ponte.
o Estudar o comportamento dos elementos estruturais de uma ponte.
o Dimensionar e detalhar os elementos estruturais que compõem o projeto de uma ponte de concreto armado.
o Construtibilidade de pontes

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Módulo - Organização geral


Concepções Análise de esforços Dimensionametos de
Construtibilidade de pontes Referências
estruturais em pontes elementos de pontes

Expectativas da turma
Sábado Domingo

1. - Concepções de projeto de estruturas de pontes; • 08hs Início • 08hs Início


• 10:30 – 11:00 Intervalo • Questão Norteadora
2. - Analise de esforços em pontes; • Chamada 02 • 10:30 – 11:00 Intervalo
• 12hs Almoço • Chamada 04
3. - Ferramentas computacionais de cálculo; • Avaliação do módulo
4. - Metodologias e técnicas construtivas de pontes • 13hs Encerramento

Sexta Sábado

• 18hs Início • 13:30hs Início


• Revisão atividade pré • 16:30 – 17:00 Intervalo
• Questão Norteadora • Chamada 03
• 20:30 – 21:00 Intervalo • 19hs fim
• Chamada 01
• 23hs fim
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Módulo - Organização geral


Concepções Análise de esforços Dimensionametos de
Construtibilidade de pontes Referências
estruturais em pontes elementos de pontes

Expectativas da turma
Sábado Domingo

1. - Concepções de projeto de estruturas de pontes; • 08hs Início • 08hs Início


• 10:30 – 11:00 Intervalo • Questão Norteadora
2. - Analise de esforços em pontes; • Chamada 02 • 10:30 – 11:00 Intervalo
• 12hs Almoço • Chamada 04
3. - Ferramentas computacionais de cálculo; • Avaliação do módulo
4. - Metodologias e tecnicas construtivas de pontes • 13hs Encerramento

Sexta Sábado

• 18hs Início • 13:30hs Início


• Revisão atividade pré • 16:30 – 17:00 Intervalo
• Questão Norteadora • Chamada 03
• 20:30 – 21:00 Intervalo • 19hs fim
• Chamada 01
• 23hs fim
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Dimensionamento e Execução de Obras


de Arte Especiais

Atividade Prévia (revisão)


Wescley Brito

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Instruçõs Para a Atividade Prévia


1) Realizar a leitura dos materiais “COMPARAÇÃO DE
PROJETOS EM CONCRETO ARMADO E METÁLICOS”
e “VIGAS DE CONCRETO X METÁLICAS”
2) Você é membro de um grande escritório de projetos de
pontes, e devem elaborar uma proposta técnica para o
desenvolvimento de um projeto na região norte do
Brasil. A ponte tem extensão de 2000m, altura de 100m,
atravessa um Rio de 200m de largura;
3) A contratação do projeto, incialmente, levará em
consideração a escolha do material, concreto armado ou
estruturas metálicas;
4) Monte uma proposta, justificando a sua escolha, e envie
ao cliente.

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Dimensionamento e Execução de Obras


de Arte Especiais

Questão Norteadora
Wescley Brito

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Questão Norteadora
Quais os maiores desafios para a
aumentarmos o desempenho
estrutural, nivel de serviço, reduzir
custos e prazos de execução das
Obras de Arte Especiais no Brasil?

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

PONTE É UMA CONSTRUÇÃO COM O OBJETIVO DE TRANSPOR UM OBSTÁCULO PARA ESTABELECER A


CONTINUIDADE DE UMA VIA DE QUALQUER NATUREZA.

 FERROVIA;
 RODOVIA;
 PASSAGEM PARA PEDESTRES.

QUANDO O OBSTÁCULO NÃO TEM ÁGUA A PONTE É CHAMADA DE VIADUTO.

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


O QUE DIFERE AS PONTES DAS OUTRAS ESTRUTURAS
NO CAMPO DA ENGENHARIA ESTRUTURAL?

1. CARREGAMENTO

Edifícios Residenciais: cargas permanentes (80 %)


cargas acidentais (20 %)
Pontes: Cargas Permanentes  Cargas Acidentais

2. GRAU DE HIPERESTATICIDADE

Edifícios Residenciais: grande hiperestaticidade

Pontes: Pequena Hiperestaticidade


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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

Origem da Construção de Pontes

Antigas Civilizações

• Árvore tombada nas margens de um riacho


Exemplos • As erosões eólicas mostraram aos primitivos o arco como forma
da Natureza adequada para vencer depressões
• Os cipós que se entrelaçam de uma árvore a outra (intuição das
estruturas pênseis)

 ROMANOS
 Primeiros construtores (em épocas anteriores à era cristã)
 Necessidade: expandir o império e ligar o mesmo à capital
 Técnica: construção de abóbadas semicirculares de alvenaria de pedra
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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

 IDADE MÉDIA
 Pontes como obstáculos (senhores feudais)
 Pontes em “zig-zag” com fortaleza nas margens do rio
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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

Pontes em “zig-zag” Pontes com guaritas

 SÉCULO XII
 Irmandade Religiosa: construção e preservação
 Características das Pontes: atingir vãos maiores através da
técnica de abóbadas abatidas (aperfeiçoamento)

Ponte de Avignon
(França)

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


 RESNASCIMENTO
 Melhoria nas fundações

 FRANÇA
 1716: Departamento de Pontes e Estradas
 1747: Funda-se a École de Ponts PONTE BRITANNIA
 1760: Unificação do estudo das pontes (Jean Perronet)  Construída em 1846/50
 Vãos: 70-138-138-70 metros
 SÉCULO XIX  Vigas tubulares compostas de placas
e cantoneiras de ferro maleável
 Grande avanço técnico
 Pontes metálicas
 Inicia-se a utilização das pontes de concreto armado

Entre a ilha de Anglesey e Gales


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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


 SÉCULOS XX e XXI
 Pontes de concreto armado
 Mecânica dos solos: fundações
 Técnicas de obtenção de materiais de qualidade
 Concreto Protendido

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


RESISTÊNCIA DOS
MATERIAIS

TEORIA DAS
ESTRUTURAS

MECÂNICA DOS SOLOS

HIDRÁULICA (estudo dos efeitos que a obra pode introduzir no regime líquido)

MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO

AERODINÂMICA (estudo adequado do efeito do vento sobre a obra)

ARQUITETURA

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES


SUPERESTRUTURA
INFRAESTRUTURA Fundações

Aparelhos de apoio
MESOESTRUTURA
MESOESTRUTURA Pilares
Encontro
INFRAESTRUTURA

Estrutura principal
SUPERESTRUTURA
Estrutura secundária

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


INFRAESTRUTURA

É a parte da ponte por meio da qual são transmitidos ao terreno de implantação da obra (rocha ou
solo) os esforços recebidos da mesoestrutura

Fundações

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

MESOESTRUTURA Elementos da MESOESTRUTURA


1. PILARES: suportes intermediários que apenas recebem os
É a parte da ponte que recebe os esforços da esforços da superestrutura
superestrutura e os transmite à infraestrutura, em
conjunto com os esforços recebidos diretamente de
outras forças solicitantes da ponte, tais como pressões 2. ENCONTROS: suportes de extremidades que ficam em contato
do vento e da água em movimento com os aterros, sendo sua função resistir além dos esforços da
superestrutura também aqueles provenientes dos empuxos e
subpressões

3. APARELHOS DE APOIO: é o elemento colocado entre a


mesoestrutura e a superestrutura, destinado a transmitir as
reações de apoio e permitir determinados movimentos da
superestrutura

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


4. PILARES-ENCONTROS: suportes reforçados que devem suportar a estrutura ou resistir
a empuxos de arcos ou abóbadas adjacentes

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

SUPERESTRUTURA

É a parte da ponte destinada a vencer o obstáculo.


E pode ser subdividida em duas partes:

Estrutura principal: (ou sistema estrutural principal):


que tem a função de vencer o vão livre.

Estrutura secundária: composta pelo tabuleiro ou


estrado (superfície de rolamento) que recebe a ação
direta das cargas e a transmite para a estrutura
principal.

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

1. TABULEIRO: conjunto dos elementos que vão receber diretamente as cargas móveis

• ESTRADO: contém a superfície de rolamento, o leito da estrada e o suporte da estrada

• VIGAMENTO SECUNDÁRIO: constituído por transversinas

Tipos de tabuleiros

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


2. TÍMPANO: elemento de ligação entre o arco inferior e o tabuleiro, tem a finalidade de transmitir ao arco todas as cargas
aplicadas na ponte

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


3. PENDURAIS: elementos que aparecem nas pontes em arco quando o tabuleiro é inferior ou intermediário; é
através deles que os arcos recebem as cargas aplicadas no tabuleiro

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

4. ESTRUTURA PRINCIPAL: é a parte destinada a vencer


a distância entre dois suportes sucessivos
Obs. O tipo e o material da estrutura principal geralmente
definem uma ponte

5. APOIOS: permitem a localização das reações; podem ser fixos ou móveis


• FIXOS: permitem apenas rotação da estrutura
• MÓVEIS: permitem rotação e translação da estrutura

6. ENRIJAMENTOS: são os elementos que fornecem rigidez à ponte

• CONTRAVENTAMENTO: resistem aos esforços oriundos de ação perpendicular ao eixo longitudinal (vento)

• TRAVEJAMENTO: resistem aos esforços oriundos de ação que atua longitudinalmente (frenagem ou aceleração)

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


TRAMO; ALTURA DE CONSTRUÇÃO E VÃOS

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• TRAMO:
Parte da superestrutura situada entre dois suportes sucessivos.
Elementos característicos: ALTURA DE CONSTRUÇÃO e VÃO
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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


• ALTURA DE CONSTRUÇÃO:
Para uma determinada seção é a distância vertical entre o ponto mais baixo da superestrutura e o topo da
superfície de rolamento

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


• VÃO:
Distância medida horizontalmente entre os centros de duas seções da estrutura
1. VÃO TEÓRICO: distância entre os centros de apoios sucessivos (l’)
2. VÃO APARENTE: distância entre as faces de dois suportes consecutivos (l)
3. VÃO DE ESCOAMENTO: distância medida na seção de escoamento das águas (l’’)
4. VÃO CRÍTICO: comprimento máximo que se pode alcançar com determinado material
5. VÃO ECONÔMICO: é aquele que permite tornar mínimo custo da ponte

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


ELEMENTOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL E LONGITUDINAL
Seção transversal 1. PISTA DE ROLAMENTO - largura disponível para o
tráfego normal dos veículos, que pode ser subdividida em
faixas;

2. ACOSTAMENTO - largura adicional à pista de rolamento


destinada à utilização em casos de emergência, pelos
veículos;

3. DEFENSA - elemento de proteção aos veículos, colocado


lateralmente ao acostamento;

4. PASSEIO - largura adicional destinada exclusivamente ao


tráfego de pedestres;

5. GUARDA-RODA - elemento destinado a impedir a


invasão dos passeios pelos veículos;

6. GUARDA CORPO - elemento de proteção aos pedestres.

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


Seção longitudinal
1. COMPRIMENTO DA PONTE (também denominado de
vão total) - distância, medida horizontalmente segundo
o eixo longitudinal, entre as seções extremas da ponte;

2. VÃO (também denominado de vão teórico e de


tramo) - distância, medida horizontalmente, entre os
eixos de dois suportes consecutivos;

3. VÃO LIVRE - distância entre as faces de dois suportes


consecutivos;

4. ALTURA DE CONSTRUÇÃO - distância entre o ponto


mais baixo e o mais alto da superestrutura;

5. ALTURA LIVRE - distância entre o ponto mais baixo da


superestrutura e o ponto mais alto do obstáculo.

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


CLASSIFICAÇÃO DAS PONTES

a. TAMANHO DO VÃO d. ANDAMENTO PLANIMÉTRICO


 Bueiros ou galerias: 2 e 5 m  Pontes retas
 Pontilhões: < 10 m  Pontes em curva
 Pontes ou Viadutos: > 10 m  Pontes esconsas

b. DURAÇÃO
 Provisórias
 Definitivas
 Desmontáveis

c. NATUREZA DO TRÁFEGO
 Ferroviárias
 Rodoviárias
 Pedestres
 Aquedutos e. ANDAMENTO ALTIMÉTRICO
 Ponte Canal  Pontes horizontais
 Pontes Mistas  Pontes em rampa
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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


f. SISTEMA ESTRUTURAL
 Pontes de eixo retilíneo
 Pontes em pórtico
 Pontes em arco
 Pontes pênseis
 Pontes estaiadas
 Comportamento misto

Ponte
estaiada

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


g. MATERIAL DA SUPERESTRUTURA Pontes Giratórias
 Pontes de madeira
 Pontes de alvenaria
 Pontes metálicas
 Pontes de concreto

h. POSIÇÃO DO TABULEIRO
 Tabuleiro superior
 Tabuleiro embutido

i. MOBILIDADE DOS TRAMOS


 Pontes fixas
 Pontes móveis Pontes Corrediças
 giratórias
 corrediças
 levadiças
 basculantes
 oscilantes
 flutuantes

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


Pontes Levadiças

Pontes Basculantes

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


 EXISTE AINDA UM TIPO DE CONSTRUÇÃO QUE EM DETERMINADAS SITUAÇÕES, PODE SER
ENQUADRADO NA CATEGORIA DE PONTES: SÃO AS GALERIAS.

a) Com características de pontes

b) Com características diferentes de pontes

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico


QUANTO AO MÉTODO CONSTRUTIVO, PODE-SE DESTACAR OS SEGUINTES MATERIAIS:

 PONTES DE PEDRA/ALVENARIA;

 PONTES DE MADEIRA;

 PONTES DE CONCRETO ARMADO;

 PONTES DE CONCRETO PROTENDIDO;

 PONTES METÁLICAS;

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Introdução ao Estudo das Pontes - Histórico

 SUPERESTRUTURA:
 AÇÕES:
 LAJES (TABULEIRO);
 EFEITO DINÂMICO DAS CARGAS;
 VIGAS( PRINCIPAIS e
 ENVOLTÓRIA DOS ESFORÇOS;
SECUNDÁRIAS).
 FADIGA DOS MATERIAIS.

 MESOESTRUTURA:
 PROCESSOS CONSTRUTIVOS;
 PILARES;
 COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL;
 INFRAESTRUTURA:  APARELHOS DE APOIO;
 ANÁLISE ESTRUTURAL.
 BLOCOS;  ENCONTROS.

 SAPATAS;
 ESTACAS/TUBULÕES.

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Análise e Concepções das Pontes


EXEMPLO PONTE: JK – BRASÍLIA DF - INAUGURADA EM 15/12/2002

DADOS:
•COMPRIMENTO TOTAL: 1.200 METROS;
•LARGURA TOTAL: 26 METROS (6 PISTAS);
•TABULEIRO A 18 METROS DO NÍVEL DE
ÁGUA DO LAGO;
•3 ARCOS COM 240 METROS CADA UM;
•ALTURA: 61 METROS EM RELAÇÃO AO
OS NÚMEROS DESTA PONTE SÃO FANTÁSTICOS. EM CONCRETO
NÍVEL DE ÁGUA DO LAGO;
SUBMERSO FORAM UTILIZADOS MAIS DE 40.000 m³. ISSO REPRESENTA •1300 TRABALHADORES ENVOLVIDOS;
33 PRÉDIOS RESIDENCIAIS DE SEIS PAVIMENTOS. FORAM CONSUMIDAS •CUSTO APROXIMADO DA OBRA: R$ 160
18.000 TONELADAS DE AÇO, DUAS VEZES E MEIA A TORRE EIFFEL, EM MILHÕES.

PARIS. A PROFUNDIDADE MÉDIA DAS ESTACAS FOI DE 58 METROS.


TREZE TIPOS DIFERENTES DE SOLO FORAM ENCONTRADOS, DA TURFA
(QUE NÃO TEM RESISTÊNCIA NENHUMA), ATÉ O QUARTZITO, TERCEIRO
MINERAL MAIS RESISTENTE DA NATUREZA.
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Análise e Concepções das Pontes


VIADUTO: QUANDO NA PARTE INFERIOR DA ESTRUTURA UMA VIA OU UMA DEPRESSÃO SEM EXISTIR A PRESENÇA DE ÁGUA.

EXEMPLO: PONTE SOB A PRAÇA GENERAL DALLE COUTINHO – AV. DOS AUTONOMISTAS –
CIDADE DE OSASCO -SP

NOS ITENS A SEGUIR, SERÁ UTILIZADO O TERMO PONTE PARA


EXPRESSAR UM VIADUTO OU UMA PONTE PROPRIAMENTE DITA.

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Análise e Concepções das Pontes


Funcionalidade
TODAS AS PONTES DEVEM SATISFAZER ÀS CONDIÇÕES DE USO PARA AS QUAIS FORAM PROJETADAS E EXECUTADAS.
DESSE MODO DEVE-SE ADAPTAR ÀS CONDIÇÕES DE ESCOAMENTO SATISFATÓRIO DE VEÍCULOS E DE PEDESTRES.

POR OUTRO LADO, CONVÉM MENCIONAR O PRAZO PREVISTO PARA A


UTILIZAÇÃO DA PONTE TENDO EM VISTA A EVENTUALIDADE DE SE
TORNAR INADEQUADA EM UM PRAZO MUITO CURTO. NESTA
SITUAÇÃO, A AMPLIAÇÃO, NA MAIOR PARTE DOS CASOS, TORNA-SE
ONEROSA.

Viaduto no Japão.

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Análise e Concepções das Pontes

Segurança

COMO EM TODA AS ESTRUTURAS, ESSE É UM REQUISITO DE VITAL IMPORTÂNCIA NÃO SÓ PARA A INTEGRIDADE
DE VEÍCULOS E PESSOAS, MAS TAMBÉM PELAS CONSEQUÊNCIAS DESASTROSAS DE UMA INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA
OU DEFINITIVA DO OBSTÁCULO.
CABE AQUI, AINDA MENCIONAR O ASPECTO DA RIGIDEZ DA OBRA QUE DEVE APRESENTAR UM CERTO
CONFORTO QUANDO DA PASSAGEM DE CARGAS DINÂMICAS, OU SEJA, AS VIBRAÇÕES DEVEM SER DE PEQUENA
MONTA.

Estética

A PONTE É CONSIDERADA UMA OBRA DE ARTE E COMO TAL DEVE SE INSERIR E SE ADAPTAR AO MEIO EM QUE
FOR EXECUTADA, NÃO APRESENTANDO CONTRASTES COM ELEMENTOS NATURAIS EXISTENTES NO LOCAL.
A ESTÉTICA É SEM DÚVIDA, UM ASPECTO BASTANTE SUBJETIVO, DEPENDENDO EVIDENTEMENTE DE CADA
PROJETISTA. NO ENTANTO, ALGUNS ASPECTOS PODEM SER AQUI MENCIONADOS: ESBELTEZ DA ESTRUTURA; DETALHES
SIMPLES E HARMONIOSOS; UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE CARACTERÍSTICAS DIFERENTES.

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Análise e Concepções das Pontes


Estética

TOWER BRIDGE - LONDRES

ESTA PONTE, CONSTRUÍDA EM 1890, LEVOU 8 ANOS PARA SER EXECUTADA. É LEVADIÇA, PARA NÃO INTERROMPER O
CONTÍNUO FLUXO DE BARCOS. CADA UM DE SEUS “BRAÇOS” PESA EM TORNO DE 500 TON CADA. POSSUI UM
COMPRIMENTO TOTAL DE 286 M E UMA ALTURA DE 43 M.

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Análise e Concepções das Pontes

Economia

A ECONOMIA É UM REQUISITO SEMPRE PERSEGUIDO PELO


“ENGENHEIRO”. PARA ISSO DEVEM SER REALIZADOS VÁRIOS
ESTUDOS A FIM DE SE ESCOLHER A ESTRUTURA MAIS
ECONÔMICA DENTRO DAS EXIGÊNCIAS E LIMITAÇÕES DE CADA
OBRA.

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Análise e Concepções das Pontes


Elementos

O PROJETO E A EXECUÇÃO DE UMA PONTE ENVOLVEM UM GRANDE NÚMERO DE


CONHECIMENTOS E INFORMAÇÕES AUXILIARES:

 TEORIA DAS ESTRUTURAS/MECÂNICA DOS MATERIAIS;


 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO;
 MECÂNICA DOS SOLOS;
 GEOLOGIA;
 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA;
 MATERIAIS;
 TOPOGRAFIA;
 ESTRADAS;
 FUNDAÇÕES.

PARA ISSO SUPÕE-SE A PRESENÇA DIRETA OU INDIRETA DE ESPECIALISTAS NESSAS


DIVERSAS ÁREAS. EVIDENTEMENTE AS ÁREAS DE PLANEJAMENTO DA PARTE FINANCEIRA E DA
COORDENAÇÃO DAS DIVERSAS ETAPAS NÃO PODEM SER ESQUECIDAS.
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Análise e Concepções das Pontes


Quanto a sua utilização

 PONTES RODOVIÁRIAS: SÃO AQUELAS EM QUE A CARGA ACIDENTAL É


DEFINIDA NA NORMA ABNT NBR 7188 (2013);

 PONTES FERROVIÁRIAS: SÃO AQUELAS EM QUE A CARGA ACIDENTAL É


DEFINIDA NA
NORMA ABNT NBR 7189 (1985 - Cancelada);

 PASSARELAS: SÃO AQUELAS EM QUE A CARGA ACIDENTAL CORRESPONDE


À MULTIDÃO DE PESSOAS. ADOTA-SE DE UM MODO GERAL, A CARGA DE 5
KN/m² (0,5 tf /m²).

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Análise e Concepções das Pontes


Quanto ao esquema estrutural
a) VIGAS BI-APOIADAS E SUCESSÃO DE VÃOS ISOSTÁTICOS

ESSAS PONTES, EM GERAL, TÊM ALTURA CONSTANTE E SÃO EXECUTADAS EM CONCRETO ARMADO OU
PROTENDIDO. POR OUTRO LADO, AS VIGAS PRINCIPAIS PODEM SER OU NÃO PRÉ-MOLDADAS.

COMO REFERÊNCIA, PODEMOS DIZER QUE PARA VÃOS ATÉ 25 METROS EM CONCRETO ARMADO, A ESTRUTURA
SERÁ MAIS ECONÔMICA.

PARA EFEITO DE PRÉ-DIMENSIONAMENTO PODE-SE, EM PRINCÍPIO, ADOTAR AS SEGUINTES RELAÇÕES ENTRE


ALTURA DO VIGAMENTO E O VÃO:

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO:

PONTE RODOVIÁRIAS:
1< ℎ 1
<
15 𝐿 10
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Quanto ao esquema estrutural


a) VIGAS BI-APOIADAS E SUCESSÃO DE VÃOS ISOSTÁTICOS a) VIGAS BI-APOIADAS E SUCESSÃO DE VÃOS ISOSTÁTICOS

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO: ESTRUTURA DE CONCRETO PROTENDIDO:

1 ℎ 1 1 ℎ 1
PONTE FERROVIÁRIAS: < < PONTE FERROVIÁRIAS: < <
10 𝐿 8 15 𝐿 10
1 ℎ 1 1 ℎ 1
PASSARELAS: < < PASSARELAS: < <
20 𝐿 15 25 𝐿 20

ESTRUTURA DE CONCRETO PROTENDIDO:

1 ℎ 1
PONTE RODOVIÁRIAS: < <
20 𝐿 15

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b) VIGAS BI-APOIADAS COM BALANÇOS

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO:


𝐿 𝐿
ℎ1 = à
PONTE RODOVIÁRIAS: 9 12
𝐿
ℎ2 =
20

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c) PONTE CONSTITUÍDA POR VÃOS CONTÍNUOS

AS PONTES COM VÃOS CONTÍNUOS, PORTANTO SEM JUNTAS DE DILATAÇÃO, SÃO USADAS PARA VENCER GRANDES VÃOS COM
ALTURA MENOR. NESSAS ESTRUTURAS, TÊM SIDO USADOS GRUPOS DE 3 VÃOS, SENDO, EM PRINCÍPIO, A RELAÇÃO MAIS
ECONÔMICA (1 : 1,3 : 1).
AS VIGAS MOLDADAS IN-LOCO PODEM TER ALTURA CONSTANTE OU VARIÁVEL.

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d) PONTES EM ARCO

AS PONTES EM ARCO PODEM SER EXECUTADAS COM ARCOS


ISOSTÁTICOS (TRI-ARTICULADOS) OU HIPERESTÁTICOS (BI-
ARTICULADOS OU BI-ENGASTADOS). O ESQUEMA ESTÁTICO EM ARCO É
INTERESSANTE POIS O EFEITO DA FLEXÃO É REDUZIDO. ASSIM,
CONSEGUE-SE VENCER GRANDES VÃOS COM UMA ESTRUTURA
ESBELTA. TEM-SE EXECUTADO PONTES EM ARCOS COM VÃOS DE ATÉ
300 METROS. A RELAÇÃO H/L É DA ORDEM DE 1/100.

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Análise e Concepções das Pontes


e) PONTES EM BALANÇOS SUCESSIVOS:
NESSA TÉCNICA, A PARTIR DE UM PILAR, EXECUTA-SE ALTERNADAMENTE PARA CADA LADO,
ADUELAS QUE SÃO MOLDADAS IN-LOCO OU PRÉ-MOLDADAS.
ESSAS PONTES SÃO EM CONCRETO PROTENDIDO E AS ADUELAS SÃO “LIGADAS” ENTRE SI POR
MEIO DA PROTENSÃO. SÃO UTILIZADAS PARA VENCER GRANDES VÃOS. O OBJETIVO PRINCIPAL
DA CONSTRUÇÃO EM BALANÇOS SUCESSIVOS É O DE ELIMINAR OS CIMBRAMENTOS.
O COMPRIMENTO ÓTIMO DE VÃOS FICA ENTRE 60 E 120M, SENDO RECOMENDADO O LIMITE
DE 160M. ATUALMENTE EXISTEM DOIS TIPOS DE PROCESSOS PARA SE EXECUTAR OBRAS EM
BALANÇOS SUCESSIVOS:
LIGAÇÃO ENTRE AS ADUELAS:
•CONCRETAR AS ADUELAS NO LOCAL (IN LOCO); 1. DEVE GARANTIR A RESISTÊNCIA DAS JUNTAS
AOS ESFORÇOS EXISTENTES, NÃO DEVENDO
•ADUELAS PRÉ-FABRICADAS (MOLDADAS). FICAR MUITO ESPESSA. NORMALMENTE, ESTA
LIGAÇÃO É FEITA INICIALMENTE COM RESINA
EPÓXI E POSTERIORMENTE ATRAVÉS DA
ESTA TÉCNICA TAMBÉM É MUITO UTILIZADA QUANDO: PROTENSÃO DOS CABOS;
2. QUANDO DA UTILIZAÇÃO DA RESINA EPÓXI,
DEVE-SE CONTROLAR A INÍCIO DE PEGA DO
• OS PILARES SÃO ALTOS OU VALES LONGOS E PROFUNDOS; MATERIAL, FAZENDO-SE ENSAIOS EM TODAS
AS JUNTAS.
• A CONSTRUÇÃO DO ESCORAMENTO É PERIGOSA, NO CASO DE RIOS COM ALTAS VAZÕES;
• O USO DE ESCORAMENTO SE TORNA IMPOSSÍVEL;
• DESEJA-SE RAPIDEZ DE CONSTRUÇÃO: NO CASO DE ADUELAS PRÉ-FABRICADAS, A
VELOCIDADE DE AVANÇO ALCANÇA VÁRIOS METROS POR DIA.
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Análise e Concepções das Pontes


f) PONTES ESTAIADAS:

NESSE CASO, O VIGAMENTO FICA SUSPENSO POR CABOS


DENOMINADOS DE ESTAIS QUE SÃO FIXADOS NAS TORRES. O VÃO DA VIGA
FICA REDUZIDO ENTRE OS ESTAIS. AS VIGAS SÃO EM GERAL PRÉ-MOLDADAS E
SÃO EXECUTADAS CONJUNTAMENTE PARA OS 2 LADOS DA TORRE. OS ESTAIS
SÃO TRACIONADOS E OCORRE COMPRESSÃO NAS VIGAS.

COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DAS PONTES ESTAIADAS:

•UM TABULEIRO CONTÍNUO COM ALTURA REDUZIDA;


•UMA OU MAIS TORRES;
•CABOS SÃO TENSIONADOS DIAGONALMENTE DAS TORRES;
•CABOS DE AÇO (FLEXÍVEIS): VULNERÁVEIS AO VENTO;
•PESO LEVE DA PONTE: VANTAGEM DURANTE TERREMOTOS;
•COMPRIMENTO DE VÃOS TÍPICOS: DE 110 ATÉ 480 METROS;
•APARÊNCIA MODERNA.

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g) PONTES PÊNSEIS:
DESCRIÇÃO DE UMA PONTE SUSPENSA:

• UM TABULEIRO COM UMA OU MAIS TORRES;


• EXTREMIDADES DA PONTE: GRANDES ANCORAGENS OU CONTRA-PESOS;
• CABOS PRINCIPAIS: ESTICADOS DE UMA ANCORAGEM, PASSANDO PELO
TOPO DAS TORRES PARA CHEGAR À ANCORAGEM OPOSTA; OU FLEXÍVEIS:
VULNERÁVEIS À AÇÃO DO VENTO.

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Análise e Concepções das Pontes

Até agora, abordamos as duas maiores forças no projeto de pontes.


Mas há várias outras forças que também devem ser levadas em consideração na hora de projetar uma ponte.
Essas forças costumam ser específicas para um determinado local ou projeto.

Torção

A torção, que é uma força de rotação, é uma das que foram eliminadas com eficácia em todas as pontes com exceção
das suspensas maiores.
O formato natural do arco e a tesoura adicional da ponte em viga eliminaram os efeitos destrutivos da torção sobre elas.
Mas as pontes suspensas, por outro lado, como estão suspensas por cabos, são mais suscetíveis à torção, especialmente na
presença de ventos fortes.
Todas as pontes suspensas têm tesouras para enrijecer as plataformas, que, como nas pontes em viga, eliminam de maneira
eficaz os efeitos da torção.
Mas ainda há o problema das pontes suspensas muito extensas, pois a tesoura da plataforma por si só não é o bastante.
Testes de túnel de vento costumam ser feitos em diversos modelos para determinar a resistência das pontes aos movimentos
de torção.
Estruturas de tesoura aerodinâmicas, cabos de suspensão diagonais e uma proporção exagerada entre a profundidade da
tesoura de enrijecimento e a extensão da plataforma são alguns dos métodos empregados para diminuir os efeitos da torção.

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Ressonância

A ressonância (uma vibração causada por uma força externa que está em harmonia com a vibração natural do objeto original) é
uma força que, caso não seja evitada, pode ser fatal para uma ponte.

As vibrações de ressonância percorrem uma ponte na forma de ondas.

Um exemplo muito famoso de ondas de ressonância que destruíram uma ponte foi o caso da ponte Tacoma Narrows, que caiu
em 1940, ao enfrentar um vento de 64 km/h. Um exame detalhado sugeriu que a tesoura enrijecedora da plataforma não era
suficiente para a extensão entre os suportes, mas não foi só essa a causa do fim da ponte.
Naquele dia, o vento não apenas estava na velocidade certa como também acertava a ponte no ângulo certo para fazer que ela
começasse a vibrar. Ventos contínuos aumentaram as vibrações até que as ondas ficaram tão grandes e violentas que
quebraram a ponte ao meio.

Quando um exército marcha sobre uma ponte, os soldados costumam receber ordens para interromper a marcha. Isso é feito
para evitar a possibilidade de que a marcha rítmica comece a ressoar pela ponte.

Um exército grande o bastante e marchando no ritmo certo poderia fazer uma ponte começar a oscilar e ondular até que se
quebrasse no meio.

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Ressonância

Para diminuir o efeito de ressonância sobre uma ponte, é importante construir amortecedores para interromper as ondas
ressonantes.

Uma maneira eficaz de impedir que essas ondas cresçam, e que funciona independentemente da duração ou origem das
vibrações, é interrompê-las.

Técnicas de amortecimento geralmente envolvem a inércia. Se uma ponte tiver, por exemplo, uma plataforma sólida, a onda
de ressonância pode percorrer a extensão da ponte facilmente.

Mas se essa plataforma for composta por seções diferentes com placas sobrepostas, o movimento de uma seção será
transferido para outra através das placas, que criam uma certa quantidade de atrito pelo fato de serem sobrepostas.

O truque então é criar atrito o bastante para alterar a frequência da onda de ressonância.

Essa alteração impede que a onda cresça e cria duas ondas diferentes, sendo que nenhuma delas pode se juntar a outra para
formar uma força destrutiva.

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Clima

A força da natureza, especificamente o clima, é o mais difícil a se combater.

Chuva, gelo, vento e sal podem derrubar uma ponte quando atuam sozinhos; imagine, então, o que uma combinação deles
pode fazer.

Os projetistas de pontes aprenderam seu ofício após estudar as falhas do passado. O ferro substituiu a madeira e o aço tomou
o lugar do ferro. O concreto protendido é utilizado em muitas rodovias elevadas.

E cada novo material ou técnica de design sempre é criado levando-se em consideração as lições do passado.

Projetos melhores foram criados para lidar com a torção, a ressonância e a aerodinâmica (após vários colapsos espetaculares).

Os problemas do clima, no entanto, ainda não foram completamente resolvidos.


Casos de falhas criadas pelo clima ocorreram muito mais do que as criadas por problemas de planejamento.

E isso quer dizer que nós ainda temos que criar uma solução eficaz.
Até hoje, não houve um só material de construção ou design de ponte específico que conseguisse eliminar ou mesmo
diminuir os efeitos das forças da natureza.
A única coisa que está em nossas mãos é a manutenção preventiva.
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DESASTRE DA PONTE “TACOMA NARROWS”: ESSA SITUAÇÃO NÃO SE ALTEROU MUITO DURANTE CERCA
O MAIS FAMOSO EXEMPLO DE INSTABILIDADE AERODINÂMICA NUMA PONTE DE UMA HORA, ATÉ QUE ÀS 11H00 SE DESPRENDE UM PRIMEIRO
SUSPENSA COM 1600 M É O DA PONTE DE “TACOMA NARROWS”, EM
WASHINGTON, ESTADOS UNIDOS, QUE VEIO A TOMBAR NO DIA 07/11/1940, PEDAÇO DE PAVIMENTO E ÀS 11H10 A PONTE ENTRA EM COLAPSO,
ALGUNS MESES DEPOIS DE SER INAUGURADA. CAINDO NO RIO.
AS VIBRAÇÕES ERAM SEMPRE TRANSVERSAIS NO TABULEIRO ENTRE OS TÉCNICOS AFIRMARAM NA ÉPOCA, QUE OS GRANDES
DOIS
DEFEITOS DA PONTE FORAM A SUA ENORME FALTA DE RIGIDEZ
PILARES, E PROVOCADOS POR VENTOS EM TORNO DE 7 KM/H.
TRANSVERSAL E TORSIONAL E DA FRENTE AERODINÂMICA DO
SURPREENDENTEMENTE, APÓS UM VENTO DE APROXIMADAMENTE 65 KM/H,
SURGEM CONSTANTES OSCILAÇÕES, ONDE UM AFROUXAMENTO DA LIGAÇÃO DO PERFIL .
CABO DE SUSPENSÃO NORTE AO TABULEIRO, FAZ A PONTE ENTRAR NUM MODO O LADO POSITIVO DESTE ACIDENTE - SEM DANOS PESSOAIS
DE VIBRAÇÃO TORCIONAL . A OSCILAÇÃO RAPIDAMENTE ATINGE OS 35º E OS
PILARES ATINGEM DEFLEXÕES DE CERCA DE 3.6 M NO TOPO, CERCA DE 12 VEZES - FOI A TOMADA DE CONSCIÊNCIA PARA O PROBLEMA DA
OS PARÂMETROS DE DIMENSIONAMENTO. AERODINÂMICA DAS GRANDES ESTRUTURAS E A
OBRIGATORIEDADE, DESDE ENTÃO, EM FAZER ENSAIOS EM TÚNEL DE
VENTO COM MODELOS DE PONTES PÊNSIL EM PROJETO.
POR FIM REFIRA-SE QUE, 10 ANOS DEPOIS, A PONTE FOI
RECONSTRUÍDA, SOBRE OS MESMOS APOIOS MAS COM A
ESTRUTURA CONVENCIONAL.
ESSA PONTE, SOBRE A ESTRADA 16, HOJE OPERA NORMALMENTE.

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PONTES SUSPENSAS

Compressão
A força de compressão é exercida para baixo sobre a plataforma da ponte suspensa, mas como é uma
plataforma suspensa, os cabos transferem a compressão para as torres, que dissipam essa força diretamente sobre
o solo em que estão fixadas.

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PONTES SUSPENSAS

Tração: Os cabos de sustentação, indo de um ancoradouro ao outro, são os elementos que têm de aguentar
as forças de tração. Os cabos são literalmente esticados para suportar o peso da ponte e de seu tráfego. Os
ancoradouros também estão sob tração, mas já que eles, assim como as torres, estão presos com firmeza no
solo, a tração que eles sentem acaba sendo dissipada.

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PONTES SUSPENSAS
Quase todas as pontes suspensas têm, além dos cabos, um sistema de tesoura de sustentação sob a
plataforma (uma tesoura de plataforma).

Isso ajuda a enrijecer a plataforma e a reduzir a tendência da via de oscilar e se movimentar.

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PONTES SUSPENSAS
Tipos de pontes suspensas

Existem dois tipos diferentes de pontes suspensas: a ponte suspensa reconhecida por seu formato de 'M'
alongado, e a não tão comum ponte estaiada, que tem um formato mais semelhante a um 'A'.
A ponte estaiada não precisa de duas torres e quatro ancoradouros como a ponte suspensa. Em vez disso,
os cabos vão da plataforma a uma única torre, em que são presos.

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PONTES SUSPENSAS

Uma ponte estaiada perto de Savannah, no estado americano da Geórgia

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DIFERENÇA ENTRE PONTE SUSPENSA E PONTE ESTAIADA

PONTE SUSPENSA
• SUPORTADO PELA ESTRUTURA;
• RESISTIR APENAS À FLEXÃO E TORÇÃO CAUSADOS POR
CARREGAMENTOS E FORÇAS AERODINÂMICAS;
• CONSTRUÇÃO NÃO COMEÇA ATÉ QUE OS CABOS ESTEJAM
COMPLETOS E TODAS AS PARTES DA ESTRUTURA ESTEJAM
CONECTADAS.

PONTE ESTAIADA
A torre em uma ponte estaiada, assim como a de uma
• EM COMPRESSÃO, SENDO PUXADO EM DIREÇÃO ÀS TORRES;
ponte suspensa, é responsável por absorver e lidar com
• CONSTRUÇÃO REALIZADA EM FASES À PARTIR DE CADA TORRE. as forças de compressão.

Em ambos os tipos, os cabos ficam sob tração.

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A SEÇÃO TRANSVERSAL CORRESPONDE, GRAFICAMENTE, A UM CORTE PERPENDICULAR AO SENTIDO LONGITUDINAL
DA PONTE.

a) SEÇÃO COM DUAS VIGAS PRINCIPAIS: b) SEÇÃO COM TRÊS OU MAIS VIGAS PRINCIPAIS: USADAS
PARA OBRAS COM GRANDES LARGURAS (B >10 m).
USADAS EM PONTES RODOVIÁRIAS DE PEQUENAS NESSES CASOS DEVEMOS ESTUDAR O CHAMADO “EFEITO
LARGURAS E EM PONTES FERROVIÁRIAS (B< 10 M). GRELHA”.

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c) SEÇÃO EM ESTRADO CELULAR: d) SEÇÃO CAIXÃO:


APRESENTAM VÁRIAS VIGAS, TENDO LAJE SUPERIOR E INFERIOR.
USADAS PARA OBRAS LARGAS. APRESENTAM UM ASPECTO ESTÉTICO APRESENTAM 2 VIGAS PRINCIPAIS COM LAJE
MAIS ADEQUADO EMBORA A CONSTRUÇÃO SEJA MAIS TRABALHOSA. SUPERIOR E INFERIOR. ESSAS SEÇÕES TÊM AS
QUANDO DO DIMENSIONAMENTO PODEREMOS CONTAR COM MESMAS CARACTERÍSTICAS DAS SEÇÕES CELULARES
GRANDES MESAS DE COMPRESSÃO PARA MOMENTOS FLETORES
POSITIVOS E NEGATIVOS. ISSO PODE ACRESCENTAR UMA E SÃO USADAS, EM GERAL, QUANDO TIVERMOS
CONSIDERÁVEL ECONOMIA DE MATERIAL. LARGURAS RELATIVAMENTE PEQUENAS.
ESSAS PONTES SÃO ESBELTAS E APRESENTAM GRANDE RIGIDEZ À
TORÇÃO SENDO
PORTANTO UTILIZADAS EM CASOS DE PONTES CURVAS, NO PLANO
HORIZONTAL.

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e) SEÇÃO EM LAJE MACIÇA:
ESSA SEÇÃO É UTILIZADA PARA VENCER VÃOS PEQUENOS, DA ORDEM DE ATÉ 12 METROS; TEM A VANTAGEM DA
FACILIDADE DA EXECUÇÃO.
Gabaritos de Passagem
Gabaritos de Passagem
b) VIAS NAVEGÁVEIS:
a) VIAS NÃO NAVEGÁVEIS:

b) VIAS NAVEGÁVEIS:

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Gabaritos de Passagem

c) ESTRADAS:

• RODAGEM: hmin=5,50 m ; LARGURA MÍNIMA=7,00 m

• FERROVIÁRIA: hmin=7,25 M LARGURA MÍNIMA:

LINHA SIMPLES:
BITOLA ESTREITA (1000mm) – L=4,00 m; BITOLA LARGA (1600mm) – L=4,90 m

LINHA DUPLA:
BITOLA ESTREITA (1000mm) – L=7,75 m; BITOLA LARGA (1600mm) – L=9,15 m

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PARA QUE O PROJETO ESTRUTURAL ATINJA SUAS FINALIDADES, Ante-projeto

HÁ A NECESSIDADE DO CONHECIMENTO DE MUITAS INFORMAÇÕES


O ANTE-PROJETO ENVOLVE OS SEGUINTES
COMO OBSERVADO NO ÍTEM DESSE MODO, O DESENVOLVIMENTO DO
ELEMENTOS, APÓS OS ESTUDOS PRELIMINARES:
PROJETO ENVOLVE AS SEGUINTES ETAPAS:
MEMORIAL DE CÁLCULO, ATRAVÉS DO QUAL SE
• ESTUDOS PRELIMINARES;
JUSTIFICAM AS SOLUÇÕES PROPOSTAS; DESENHOS
• ANTE-PROJETO;
COM O PRÉ-DIMENSIONAMENTO; ESTIMATIVA DE
• PROJETO ESTRUTURAL.
QUANTIDADES DE MATERIAIS.

Estudos Preliminares

SÃO AS INFORMAÇÕES SOBRE SISTEMA VIÁRIO, TOPOGRAFIA, CARGAS, GABARITOS, DRENAGEM, ESTUDOS GEOTÉCNICOS, ETC.

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Projeto Estrutural b)MEMORIAL DE CÁLCULO: NESTE MEMORIAL SÃO
O PROJETO ESTRUTURAL SE CONSTITUI NUM MENCIONADAS AS NORMAS USADAS E APRESENTADOS OS
CONJUNTO DE DOCUMENTOS QUE PERMITIRÃO A CÁLCULOS DE FORMA MINUCIOSA.
EXECUÇÃO DA OBRA. ESSES DOCUMENTOS SÃO:
c)DESENHOS EXECUTIVOS: SÃO ELES:

a) MEMORIAL DESCRITIVO: NO MEMORIAL DESCRITIVO • LOCAÇÃO DA OBRA;


SÃO RELATADAS AS CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS • DESENHOS DE FÔRMAS E ARMAÇÕES DE TODOS OS
ELEMENTOS DA ESTRUTURA;
DA OBRA, O ESQUEMA ESTRUTURAL E A JUSTIFICATIVA
• FASES DE EXECUÇÃO;
TÉCNICA DA SOLUÇÃO FINAL.
• CIMBRAMENTOS ESPECIAIS.

d) MATERIAIS: DEVERÃO SER RELACIONADOS TODOS OS MATERIAIS


A SEREM UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO, BEM COMO AS
QUANTIDADES DE MATERIAIS.

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Detalhamento estrutural - Nomenclatura

ELEVAÇÃO DA ESTRUTURA:

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Dimensionamento e Execução de Obras


de Arte Especiais

Wescley Brito

OBRIGADO!!!

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