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Dimensionamento e Execução de Obras


de Arte Especiais

Wescley Brito

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Módulo - Organização geral


Concepções Análise de esforços Dimensionametos de
Construtibilidade de pontes Referências
estruturais em pontes elementos de pontes

Expectativas da turma
Sábado Domingo

1. - Concepções de projeto de estruturas de pontes; • 08hs Início • 08hs Início


• 10:30 – 11:00 Intervalo • Questão Norteadora
2. - Analise de esforços em pontes; • Chamada 02 • 10:30 – 11:00 Intervalo
• 12hs Almoço • Chamada 04
3. - Ferramentas computacionais de cálculo; • Avaliação do módulo
4. - Metodologias e tecnicas construtivas de pontes • 13hs Encerramento

Sexta Sábado

• 18hs Início • 13:30hs Início


• Revisão atividade pré • 16:30 – 17:00 Intervalo
• Questão Norteadora • Chamada 03
• 20:30 – 21:00 Intervalo • 19hs fim
• Chamada 01
• 23hs fim
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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade

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Construtibillidade – Caracterização do Projeto
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 Extensão total de 2140m;


 Traçado com geometria predominante em tangente, curva 859m;
 Rio com largura média de 190m;
 Altura máxima de 96m;
 Rio não navegável, lamina d'água inferior a 2m no período de estiagem;
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Alternativa 1 (Vigas pré-moldadas de 35m em toda a extensão)

A Alternativa 1 consiste na utilização de 65 tabuleiros de 35m de


vão em vigas pré-moldadas, resultando na extensão total da
ponte de 2.274,15m. Os tabuleiros são apoiados em pilares
moldados in loco de seção variável conforme a altura, que chega
a atingir 96m. Nesta configuração, 6 pilares (AP31 a AP36) serão
locados no rio, que possui largura aproximada de 190m. O vão
livre entre faces de pilares é de 24m. Cabe enfatizar que a
posição dos pilares no rio pode ser alterada conforme
necessidade, trasladando a obra como um todo.
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Alternativa 2 (Cavaletes de 70m e vigas pré-moldadas de 35m) Público

A Alternativa 2 consiste na utilização de 26 tabuleiros de 35m de vão em vigas


pré-moldadas (idem alternativa 1), e 19 cavaletes moldados in loco de 40m com
20 tabuleiros de 30m de vão em vigas pré-moldadas (vão total de 70m),
resultando na extensão total da ponte de 2.269,15m. Tanto os tabuleiros como os
cavaletes são apoiados em pilares moldados in loco de seção variável conforme a
altura, que chega a atingir 95,2m. Nesta configuração, 2 pilares (AP27 a AP28)
serão locados no rio, que possui largura aproximada de 190m. O vão livre entre
faces de pilares é de 55m. Cabe enfatizar que a posição dos pilares no rio pode
ser alterada conforme necessidade, trasladando a obra como um todo.
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Alternativa 3 (Vigas metálicas de 35m em toda a extensão) Público

A alternativa 3 é idêntica à alternativa 1, com exceção da superestrutura que será


composta por vigas metálicas ao invés de vigas pré-moldadas. As lajes e toda a
estrutura acima das vigas seguem a mesma concepção. O número de tabuleiros se
mantém em 65, assim como a extensão total de 2.274,15m. Apesar de um pequeno
decréscimo de peso próprio nesta solução, a mesoestrutura (pilares) e infraestrutura
(blocos e estacas) são consideradas iguais em ambas as alternativas. Os vãos
também são considerados isostáticos, porém, sem a necessidade de aparelhos de
apoio, o que acaba sendo uma vantagem sob o ponto de vista econômico.

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Alternativa 4 (Balanço sucessivo de 280m e vigas pré-moldadas de 35m) Público

A alternativa 4 consiste no uso da alternativa 1 em praticamente toda a


extensão, exceto pela travessia sobre o Rio Vermelho que será através
de balanço sucessivo com 280m de extensão total, sendo o vão
principal com 140m. Com isto, apenas 2 pilares serão locados no rio,
que possui largura aproximada de 190m, sendo que o AP32 fica bem
próximo a uma das margens. O vão livre entre faces de pilares nesta
alternativa resulta em 128m. Cabe enfatizar que a posição dos pilares
AP31 e AP32 no rio pode ser alterada conforme necessidade,
trasladando a obra como um todo.
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Matriz de Decisão

ESCOPO PRAZO CUSTO MEIO AMBIENTE LOGÍSTICA CONSTRUTIBILIDADE


ALTERNATIVA 01 Alto Baixo Alto Baixo Alto
ALTERNATIVA 02 Baixo Alto Médio Baixo Alto

ALTERNATIVA 03 Alto Alto Alto Alto Médio

ALTERNATIVA 04 Médio Baixo Baixo Médio Baixo

PRAZO – Possibilidade redução do prazo padrão de 36 meses;


CUSTO – Variação positiva em relação a alternativa 01;
MEIO AMBIENTE – Impacto predominante na calha e área de máxima cheia do rio;
LOGÍSTICA – Impacto na mobilização de insumos e equipamentos especiais;
CONSTRUTIBILIDADE – complexidade: técnica, disponibilidade de equipamentos, fundações submersas e sistemas de lançamento da superestrutura

A alternativa 4 mostra-se como a de maior viabilidade, pois mantem o equilíbrio em todas as parcelas analisadas
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Construtibillidade – Caracterização do Projeto (Alternativa 4)


NOTAS GERAIS:

1) MEDIDAS EM CENTÍMETRO, NÍVEIS E COORDENADAS EM METRO, EXCETO ONDE INDICADO.


2) MATERIAIS (CLASSE DE AGRESSIVIDADE II, DE ACORDO COM A NORMA ABNT NBR 6118:2014):
- CONCRETO fck ≥ 30MPa (FATOR A/C ≤ 0,55) PARA ESTACÕES;
- CONCRETO fck ≥ 35MPa (FATOR A/C ≤ 0,50) PARA INFRAESTRUTURA;
- CONCRETO fck ≥ 40MPa (FATOR A/C ≤ 0,45) PARA MESO E SUPERESTRUTURA;
- AÇO PARA ARMADURA PASSIVA: CA-50;
- AÇO PARA ARMADURA PROTENDIDA: CP-190 RB.
3) TREM-TIPO DO PROJETO: TB 360.
4) CARACTERÍSTICAS DA FUNDAÇÃO:
- ENCONTROS: ESTACAS ESCAVADAS COM 1,20m DE DIÂMETRO CARGA ADMISSÍVEL: 2.500 kN
- APOIOS CENTRAIS COM PILARES ATÉ 40m DE ALTURA: ESTACAS ESCAVADAS COM 1,40m DE DIÂMETRO CARGA
ADMISSÍVEL: 7.700 kN
- APOIOS CENTRAIS COM PILARES DE 41m ATÉ 93,4m DE ALTURA: ESTACAS ESCAVADAS COM 1,60m DE
DIÂMETRO CARGA ADMISSÍVEL: 10.000 kN
- APOIOS CENTRAIS COM BALANÇOS SUCESSIVOS ATÉ 92,2m DE ALTURA: ESTACAS ESCAVADAS COM 1,80m DE
DIÂMETRO CARGA ADMISSÍVEL: 12.600 kN
- COMPRIMENTOS ESTIMADOS
EM SOLO: 6,0 m
EM ROCHA: 9,0 m
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Construtibillidade – Estacões e Blocos
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Construtibillidade – Estacões e Blocos
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Construtibillidade – Estacões
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Estacas Escavadas de Grande Diâmetro ou “Estacões” são escavadas


ou perfuradas por rotação, com emprego de lama estabilizante (para
suporte das escavações) e concretagem submersa (de baixo para
cima) auto adensável.

Os diâmetros podem variar de 70 a 250 cm.

Os equipamentos utilizados constam de uma mesa rotativa e/ou


rotatores hidráulicos, que acionam uma haste telescópica tipo Kelly,
que tem acoplada na sua extremidade inferior a ferramenta de
perfuração, cujo tipo variará em função da natureza do terreno a
perfurar: trado, caçamba ou coroa.

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Construtibillidade – Estacões
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Escavação/Perfuração:

Inicia-se a escavação com a colocação de um tubo (camisa) guia, com


diâmetro 10 cm maior que o diâmetro da estaca a ser escavada, cujo
comprimento é de 1,50 a 2,00 metros. Prossegue-se a escavação,
simultaneamente com o enchimento do furo com lama estabilizante,
até a profundidade prevista em projeto.
A ferramenta penetra no solo por rotação e, quando cheia, a haste é
levantada e a ferramenta é automaticamente esvaziada por força
centrífuga, no caso do trado, ou por abertura do fundo, no caso da
caçamba.
A lama estabilizante tem a função de garantir a estabilidade do furo
(evitando a utilização do revestimento em solo) e de manter a
suspensão dos detritos provenientes da desagregação do terreno.
Procede-se à limpeza do fundo da estaca com a própria ferramenta
de escavação, removendo a pasta viscosa e densa. Para o caso de se
utilizar lama bentonítica, deve-se adequar a lama dentro dos
parâmetros exigidos, substituindo-a ou desarenando-a através de
bombas de submersão, ou por meio de circulação reversa, ou ainda
por “air-lift”.

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Construtibillidade – Estacões
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Colocação da Armadura:

Com um guindaste auxiliar ou com a própria perfuratriz, a armadura é içada e


colocada na estaca de forma a prever sempre a passagem do tubo tremonha
para a concretagem.
A armadura é apoiada na camisa-guia, a fim de evitar deslocamentos no
momento da concretagem. Deve-se prever roletes distanciadores para
garantir o necessário cobrimento.

Concretagem:

Após a colocação da armadura na estaca, inicia-se a concretagem


imediatamente. O sistema de concretagem utilizado na execução da estaca
escavada é o submerso, ou seja, aquele executado de baixo para cima de
modo contínuo e uniforme. Para tanto, são montados tubos de concretagem
chamados de tremonha.
Durante a concretagem, serão executados cortes na tubulação, sempre que
necessários, garantindo que a ponta do tubo tremonha fique imersa pelo
menos 3,00 metros no concreto. Para garantir a qualidade do concreto no
topo da estaca, é aconselhável parar a concretagem 0,50 metro acima da cota
de arrasamento.
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Estacões
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Construtibillidade – Pilares
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Construtibillidade – Pilares
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Construtibillidade – Pilares
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas deslizantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas trepantes)
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Construtibillidade – Pilares (formas autotrepantes)
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Construtibillidade – Vigas e Tabuleiro
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Construtibillidade – Vigas e Tabuleiro
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TRELIÇA DE LANÇAMENTO POR


CARACTERÍSTICAS CIMBRAMENTO FIXO CIMBRAMENTO MÓVEL BALANÇOS SUCESSIVOS
LANÇAMENTO INCREMENTOS MODULADOS
VÃO TIPO Vão até 40m Vão de 25 a 70m Vão até 45m Vão de 40 a 60m Vão de 60 a 200m
Pequeno e médio porte - Pequeno, médio e Médio e grande porte extensão
EXTENSÃO Médio e grande porte Grande porte
extensão de até 300m grande porte superior a 150m
TRABALHO EM RELAÇÃO
Dependência Independência Independência Independência Independência
AO SOLO
Apropriada para vales com
Altura elevada, eficiente em
ALTURA DO TABULEIRO Altura de até 25m altura de pilares entre 30 e Altura elevada Altura elevada
altura superior a 50m
60m
Inclinações longitudinais Trechos curvos e Limitado a segmentos retos ou
PRESENÇA DE RAMPAS Somente em curvas em Limitado a segmentos retos ou
máximas de 2,3% e rampas máximas de circular constante em planta.
OU CURVAS EM PLANTA planta circular constante em planta
transversais máximas de 6% 6% Raios superiores a 750-1000m
CAPACIDADE TÉCNICA
Baixa Alta Média Alta Alta
DAS CONSTRUTORAS

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Construtibillidade – Vigas e Tabuleiro
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Construtibillidade – Vigas e Tabuleiro
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Cimbramento Fixo

Treliça de Lançamento

Cimbramento Móvel

Lançamento por Incrementos Modulados

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Balanço Sucessivo
Construtibillidade – Vigas e Tabuleiro
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Construtibillidade – Vigas e Tabuleiro
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Construtibillidade – Vão central
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Construtibillidade – Vão central
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Construtibillidade – Vão central
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Desenvolvido no Brasil e de uso consagrado em vários lugares do mundo, o método de construção de pontes e viadutos
por balanços sucessivos consiste na execução da estrutura em segmentos denominados aduelas, com comprimento
variável de 3 m a 10 m. A partir de um pilar de suporte, as peças avançam em balanços, uma a uma, até a totalidade da
execução do vão, com o apoio de treliças metálicas.

Os segmentos podem ser concretados no local ou pré- moldados. No primeiro caso, a concretagem é executada por meio
de fôrmas deslocáveis em balanço, suportadas pelos trechos já concluídos. Ao atingirem a idade apropriada, as aduelas
são então protendidas. Já no caso de aduelas pré-moldadas, a ligação entre as peças é feita por meio de cabos de
protensão, que podem ou não fazer parte da cablagem definitiva do trecho, e com o auxílio de cola polimerizável à base
de resina epóxi, aplicada às juntas dos elementos a serem ligados.

Além da protensão, com o passar do tempo, o método aproveitou-se de avanços tecnológicos. "Os progressos vão desde
os materiais aplicados, como concretos de alto desempenho, aços de baixa relaxação e grande potência, até as poderosas
ferramentas computacionais que nos permitem avaliar com bastante precisão o comportamento e o desempenho dessas
estruturas", cita o engenheiro Júlio Timerman.

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Construtibillidade – Vão central
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Ponte sobre o Rio Claro em Mangaratiba (RJ) concluída em 2011 e construída pela técnica de balanços sucessivos
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Construtibillidade – Vão central
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Com tudo isso, as pontes construídas por balanço sucessivo tornaram-se mais seguras, adquiriram
maior capacidade de suporte de carga admissível e menor peso próprio, além de maior versatilidade.

O grande ganho proporcionado pelo método dos balanços sucessivos para a construção de pontes e
viadutos foi o de permitir a transposição de rios de grande profundidade e largura, de acidentes
topográficos de grande magnitude ou qualquer obstáculo sem a necessidade de escoramentos diretos.
De forma geral, a técnica é aplicada para vencer vãos em locais em que há dificuldades na implantação de
cimbramentos e escoramentos, como sobre rodovias de grande tráfego, por exemplo. O processo também
é indicado quando a altura da ponte em relação ao terreno é grande, e quando é preciso transpor rios e
canais que devem obedecer a gabaritos de navegação durante a construção.

De acordo com os engenheiros do departamento técnico do Departamento Nacional de Infraestrutura de


Transportes (Dnit), o método se mostra viável economicamente para vãos livres entre 60 m e 240 m.
"Para vãos menores, devem ser estudados outros sistemas, como vigas pré-moldadas protendidas, vigas
mistas, seções celulares, etc. Para vãos maiores, a solução recomendada é a ponte estaiada",
recomendam os técnicos do órgão federal.

De acordo com Júlio Timerman, não há nenhuma contra indicação específica para o uso desse sistema
estrutural. "O que não dispensa um estudo técnico- econômico prévio, que sempre deve ser realizado
para otimização e obtenção da melhor solução", recomenda o engenheiro de estruturas.
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Construtibillidade – Vão central
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Normalmente, a execução é processada simetricamente em relação ao apoio até metade dos vãos adjacentes a
ele, e o vão é fechado, evitando-se articulações centrais. O mesmo processo é, então, concluído para os vãos
vizinhos. Dessa forma, os momentos de desequilíbrio são relativamente pequenos e os dispositivos de
engastamento no apoio podem ser projetados de maneira mais econômica.

Quando os balanços são desiguais ou se pretende partir de um apoio para os seguintes em execução contínua, é
usual a utilização de apoios provisórios intermediários ou estais ajustáveis ao desenvolvimento do vão,
suportados por torres provisórias e ancorados no apoio anterior.

De acordo com o Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais do Dnit, estruturalmente, a diferença entre os
processos em aduelas pré-moldadas e aduelas concretadas no local reside na grande dificuldade de, no primeiro
caso, prover as juntas de armadura passiva, destinada a manter a homogeneidade da seção transversal no
controle da fissuração da peça.

Daí resulta a necessidade de serem projetadas seções com protensão completa, aumentando o consumo de
materiais. Por outro lado, a possibilidade de execução simultânea da infraestrutura e da mesoestrutura com a
fabricação das aduelas permite reduzir o prazo final da obra no caso da solução pré- moldada.

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Construtibillidade – Vão central
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Cuidados imprescindíveis durante a execução são necessários para garantir o devido desempenho da ponte ou do
viaduto construído por balanço sucessivo. O primeiro deles diz respeito ao criterioso controle dos materiais,
sobretudo concreto, aço e fôrmas.

A execução também precisa ser muito bem monitorada, sobretudo em relação às deformações. Do contrário,
os trechos não chegarão ao centro do vão de forma coincidente. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de
modelos numéricos computacionais que simulam o comportamento da estrutura conforme as obras avançam.

Segundo equipe técnica do Dnit, após a concretagem da primeira aduela (aduela de disparo), forma-se um
sistema isostático (que possui vínculos estritamente necessários para garantir a sua total imobilidade). Esse
sistema só se transforma em hiperestático (com vínculos abundantes para garantir a sua total imobilidade) com a
concretagem da aduela de fechamento

É recomendável, ainda, que além do projeto da ponte, seja realizado um projeto mecânico anterior à obra para
prever, por exemplo, as condições de montagem e desmontagem da treliça metálica. Segundo informações de
fornecedores, é importante que esse tipo de obra seja discutido e decidido com uma antecedência mínima de
seis meses, de forma a permitir o desenvolvimento em conjunto de todas as etapas.

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Construtibillidade – Vão central
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Construção passo a passo

Sequência executiva típica de ponte com balanço sucessivo feita com aduelas moldadas no local

1 Após a fundação estar pronta, são construídos os pilares de concreto que darão sustentação às aduelas.
2 Em seguida, constrói-se a aduela de disparo. Isso pode ser feito com o uso de fôrmas trepantes, concretagem e
posterior protensão.
3 As treliças metálicas são, então, montadas, içadas e posicionadas sobre a aduela disparo.
4 Sobre as treliças são fixadas fôrmas planas.
5 A etapa seguinte é o avanço da treliça de escoramento em balanço.
6 Antes da concretagem, as fôrmas são devidamente limpas e ajustadas.
7 Posicionam-se as armaduras de aço e os cabos nas fôrmas.
8 Executa-se a concretagem da aduela.
9 Após a concretagem, aguarda-se a cura do concreto.
10 Só então a peça pode ser protendida.
11 Uma vez liberada a protensão por meio da verificação dos alongamentos, a treliça poderá ser novamente
movimentada para dar sequência à execução de nova aduela.
12 Após a conclusão de todas as aduelas, executa-se a aduela de fechamento. Seu escoramento normalmente é
executado por meio da pendura de tirantes nas pontas das últimas aduelas. Assim fecha-se o vão.

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Construtibillidade – Vão central
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Parte do trecho sul do Rodoanel em São Paulo, a ponte sobre a represa Billings tem superestrutura formada
por aduelas do tipo caixão moldadas no local e executadas por balanço sucessivo
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Construtibillidade – Vão central
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Referências

BIBLIOGRAFIA BÁSICA
PERFIL, Walter. Pontes de concreto armado. Vol 1. Rio de Janeiro: Livro Técnico e Científico Editora, 1990.
PERFIL, Walter. Pontes de concreto armado. Vol 2. Rio de Janeiro: Livro Técnico e Científico Editora, 1990.
LEONHARDT, Fritz. Construções de concreto. vol. 6. São Paulo: Livraria Interciência Ltda,1988.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ARAÚJO, J. M. - Curso de concreto armado. Vol. 1. Porto Alegre: Editora Dunas, 2003.
ARAÚJO, J. M. - Curso de concreto armado. Vol. 2. Porto Alegre: Editora Dunas, 2003.
ARAÚJO, J. M. - Curso de concreto armado. Vol. 3. Porto Alegre: Editora Dunas, 2003.
ARAÚJO, J. M. - Curso de concreto armado. Vol. 4. Porto Alegre: Editora Dunas, 2003.
CLÍMACO, J. C. T. S. - Estruturas de concreto armado. Fundamentos de projeto, dimensionamento e verificação.
Brasília: UnB Editora, 2005.

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Dimensionamento e Execução de Obras


de Arte Especiais

Wescley Brito

OBRIGADO!!!

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