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UM JORNAL POR FAX

Ano XXI, Maputo segunda-feira, 13.11.2023 Nº 5.473
VINTE & UM ANOS Pela Verdade, Verticalidade e Manutenção de Decência

CHAMADAS
#O Jornal que (às vezes) lhe escapa

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ILIMITADAS

Termos e Condições Aplicáveis

1º FÓRUM DE INVESTIMENTO DO NIASSA:

Primeiro-Ministro destaca em Lichinga melhoria
dos indicadores macro-económicos
(Lichinga) O Primeiro- Fórum de Investimento do Niassa que
Ministro de Moçambique, decorreu durante 1 dia na Província de
Adriano Maleiane, di- Niassa, distrito de Lichinga e que visou,
rigiu na última sexta- sobretudo, expor as potencialidades de
feira(10 de Novembro), produção e exportação da província e
a cerimónia de abertura promover oportunidades de negócios
da Primeira Edição do e de investimento nas áreas do Agro-
negócio e das infraestruturas de energia
e do crédito de carbono para segmentos
nacionais e estrangeiros.
Na ocasião, Adriano Maleiane, felici-
tou a população Niassa, pela hospitali-
continua pag. 3

ENEAS DA CONCEIÇÃO COMICHE:

“Txunámos Maputo e muito bem”
(Maputo) Numa al- cando no comércio e não só, o Edil da
tura em que a capital “Cidade da Acácias Vermelhas e Jaca-
moçambicana, enfren- randás”, disse que o projecto “TXUNA
ta inúmeros desafios, MAPUTO”, que consistia na melhoria
desde o saneamento do das condições de vida dos munícipes,
meio, construções des- alcançou o objectivo pretendido, isto é:
ordenadas , inundações, “Txunámos Maputo e muito bem”.
transporte, saúde, vias De acordo com o Presidente do Con-
de acesso, indo desobo- selho Municipal de Maputo(CMM), “no
domínio das infra-estruturas entre as di-
versas obras realizadas e iniciadas, é de
mencionar as seguintes: a construção
do Balcão do Munícipe, a construção da
pediatria do Centro de Saúde de Zim-
peto e a melhoria de mobilidade para
pessoas com deficiência no Centro de
Saúde da Malhangalene”.
Conforme Eneas Comiche que fez o
seu último discurso na qualidade de Edil
dos maputenses, um dos maiores desa-
fios da sua governação, foi “a persistên-
cia de vendedores informais em lugares
impróprios que continua a ser um cal-
canhar de Aquiles na Cidade de Maputo;
continuamos a procurar recursos para
resolver os problemas de saneamento
de meio”.
Sobre a requalificação e a reabilita-
ção do prolongamento da Avenida Julius
Nyerere, Eneas Comiche diz que está
sob responsabilidade do Ministério dos
Transportes e Comunicações, no âmbito
do projecto BRT, ou seja, “a Avenida Ju-
lius Nyerere está inserida no âmbito do
projecto de mobilidade urbana da área
Maputo, 13.11.2023
metropolitana do Grande Maputo, que
está a ser coordenado por sua Excelên-
cia o Ministro dos Transportes e Comu-
nicações. E nós temos feito reuniões
:regulares, portanto ali vai ser utilizado o
sistema BRT.”
Por exemplo, “no domínio das infra-
estruturas entre as diversas obras real-
izadas e iniciadas, é de mencionar as
seguintes: a construção do Balcão do
Munícipe, a construção da pediatria do
Centro de Saúde de Zimpeto e a mel-
horia de mobilidade para pessoas com
deficiência no Centro de Saúde da Mal-
hangalene”.
Nos derradeiros dias do seu manda-
to, Eneas Comiche destacou que o pro-
metido sistema de transporte com veícu-
los suspensos, designado FUTRAN,
que estava previsto para 2022, já foi
assinado o contrato com parceiros chi-
neses, visando a sua implementação,
ou melhor, “o FUTRAN, eu já disse que
o contrato já foi assinado, podem falar
com o presidente da Empresa Municipal
de Mobilidade e Estacionamento, o pro-
fessor doutor e engenheiro João Ruas,
quem esteve na China, onde esse con-
trato foi assinado. Nós procuramos não
fazer grandes revelações, queremos ver
as coisas do concreto.”
Quanto ao abandono por parte da
edilidade do famoso Projecto de aterro
sanitário conjunto em Matlemele local-
vertical nº 5. 473, pág.2/18
izado na Matola, Eneas Comiche an-
otou que não estava a haver avanços
em Matlemele, sendo que o CMM vai-se
concentrar só no aterro da KaTembe, ou
melhor, muito se disse e se prometeu
acerca do aterro sanitário de Matlemele,
no Município da Matola.
Por exemplo, até 2019, devia ter
começado a primeira fase do funcio-
namento do aterro, mas até hoje nada
avançou mas, de acordo com o edi da
capital Maputo, face aos impasses que
o projecto regista, acabou por optar por
um projecto próprio em KaTembe, que
já tem apoio do Banco Mundial, no âm-
bito do financiamento de 100 milhões de
dólares à autarquia da capital do país.
“Abandonámos já há muito tempo
porque o aterro sanitário de Matlemele
já foi do meu mandato, mas isso era na
Matola; não conseguiram retirar as famí-
lias. E em 2019, quando iniciei funções,
procurei efectivamente encontrar for-
mas de trabalhar conjuntamente e criar
condições. E nós procurámos ter um
espaço e encontrámos esse espaço em
KaTembe”, rematou o edil de Maputo.
Concretamente,Eneas omiche refere
que o encerramento da lixeira de Hulene
continuação da pag.1
dade e a forma calorosa com que acol-
heram o evento de capital importância
para a dinamização do desenvolvimento
desta da província e do país em geral.
Igualmente, o PM saudou aos inter-
venientes da cadeia de valor do agro-
negócio, pelo contributo que deram
na realização do evento, “e ao sector
privado, os parceiros de cooperação
e a todos que, de forma directa ou in-
directa, deram o seu contributo para a
realização evento que se realiza num
momento em que o nosso país regista
uma melhoria contínua dos indicadores
macroeconómicos, testemunhada pelo
crescimento do Produto Interno Bruto,
estabilidade do metical em relação as
principais divisas internacionais e ma-
nutenção da inflação em um dígito”.
Maleiane disse na ocasião que du-
rante o primeiro semestre do presente
ano, a economia Moçambicana registou
um crescimento de 4.4%, influenciado
pelo desempenho positivo dos sectores
da indústria extractiva, agricultura, hote-
laria e turismo, de entre outros.
Maputo, 13.11.2023
pode acontecer ao longo do próximo
ano ou pouco depois. “O encerramento
vai acontecer em 2024, pensamos que,
daqui em um ano e meio ou dois, vamos
encerrar o aterro”.
MURAL EM HOMENAGEM
A festa dos 136 anos da elevação
de Maputo à categoria de cidade, foi
marcada pela realização de diversas
actividades artísticas e culturais, dentre
elas a inauguração de um mural em sua
homenagem.
A pintura localiza-se no murro de
contenção da avenida Marginal, próxi-
mo ao Viaduto Alcântara Santos. É fruto
de uma iniciativa da produtora Khuzula
que visa criar mais pontos turísticos na
cidade, promovendo intercâmbios cult-
urais e fortalecendo a narrativa de ser
a capital do país uma cidade criativa.
Resulta igualmente de uma colaboração
com os artistas Sebastião Coana, But-
checa, Chris, Pokito, Left Hand e Psi-
conautah.
Segundo o pintor Left Hand. Art, um
dos participantes, a relevância do mural
reside na convicção segundo a qual a
Primeiro-Ministro destaca melhoria dos indicadores macro-económicos em Lichinga
“Até ao mês de Setembro, a taxa
média de inflação situou-se em 8.65%,
abaixo da média planificada para o pre-
sente ano que é de 11.5%. Esta dinâmi-
ca da nossa economia, leva-nos a
acreditar que o Produto Interno Bruto irá
registar, até finais do presente ano, uma
taxa de crescimento de 5% conforme o
preconizado no Plano Económico e So-
cial e Orçamento do Estado 2023”, disse
arte pode ser usada para expressar o
sentimento dos munícipes e para pro-
mover a riqueza cultural do país.
FRACA ADESÃO
Com o braço de ferro em pró aos
resultados do último escrutínio, sexta-
feira passada, a capital Maputo, acordou
meio agitada. Por um lado, uma Rena-
mo acampado na Avenida 10 de Novem-
vro e, do outro uma Frelimo, preocupada
em organizar e dar atenção e alento às
cerimônias de 10 de Novembro.
Um facto estranho que chamou at-
enção da resportagem do VERTICAL, e
do público, pela primeira vez na história
das comemorações que marcaram o an-
iversário da cidade de Maputo, os músi-
cos que foram convidados a tocar na
Praça da Independência, o fizeram para
si mesmos, pois os munícipes na sua
maioria gazetaram ao evento. Nos úl-
timos anos e em outros tempos, aquele
lugar estaria super lotado de pessoas
para ver e ouvir o edil Comiche a falar
e assistir ao show mahala, mas só esti-
veram presentes alguns membros e sim-
patizantes da FRELIMO e convidados.
o dirigente na ocasião.
Ainda para Maleiane, é com base
neste ritmo de desempenho, que se pre-
vê a aceleração da economia Moçambi-
cana nos próximos anos.
“Esta consolidação dos indicadores
macroeconómicos, conjugada com as
medidas e reformas em curso estão a
contribuir para a contínua melhoria do
ambiente de negócios no nosso país,
o que constitui uma janela de opor-
tunidade para atracção de mais investi-
mento nacional e estrangeiro”, finalizou
Primeiro-Ministro.
Com a principal linhagem de consoli-
dação da relação económica existente e
atração de novos investimentos, diver-
sificação de comércio e outros grandes
lances para o Desenvolvimento de Ni-
assa, o primeiro Fórum de Investimen-
tos de Niassa, contou com a presença
do Primeiro Ministro, Adriano Maleane
e juntou acima de mais de 100 pessoas
entre Investidores do sector Público e
continua pag. 14
vertical nº 5. 473, pág.3/18
 TERMÓMETRO
Hoje,previsão de tempo par-
cialmente nublado/chuva.Temp.:
Máx. 235 Min. 19. Amanhã. pre-
visão de tempo nublado/chuva.
Temp.: Máx. 23 Min. 16. Quarta-
feira, previsão de tempo nublado/
limpo. Temp.: Máx. 24 Min. 14.
Quinta-feira previsão de tempo
nublado/limpo. Temp.:Máx. 30Min
17. Fonte:http://weather.-edi-
tion.cnn.com
No prelo
Caros automobilistas: Evite aci-
dentes de viação! Para e repense.
Hoje, Associação Moçambicana
de Teatro (AMOTE) promove con-
ferência de imprensa sobre con-
tratos de trabalho penalizadores,
que inibem o livre exercício das
actividades artística, no Teatro
Avenida, em Maputo, 15h30. 30
de Novembro, CTA - MULHER
& NEGÓCIO organiza a Conferên-
cia Internacional de Mulheres
Empresárias e Empreendedo-
ras, no Centro de Conferên-
cias do Hotel Gloria, em Ma-
puto sobre o lema: “O Papel
da Tecnologia para a Inclusão
do Género nos Negócios”.1º
de Dezembro, Dia Mundial
de combate ao HIV/SIDA. 25
de Dezembro, celebração
do Natal e Dia da Família
Moçambicana.

Fundação Joaquim Chissano e o Projecto de Restauração

da Gorongosa assinaram um Memorando de Entendimento
desenvolvimento sustentável na provín-
cia de Sofala. Esta iniciativa protegerá
o ambiente, promoverá a agricultura re-
generativa, criará emprego para as famí-
lias, promoverá a educação dos jovens e
promoverá a igualdade de género.
“Trabalharemos para proteger a
biodiversidade, pois também geramos
actividade económica através de negó-
cios baseados na natureza” afirmou o
ex-Presidente de Moçambique, Joaquim
Chissano.
Greg Carr elogiou a visão do Presi-
dente Chissano. Explicou que o Presi-

(Maputo) A Fundação Joaquim Chis- Gorongosa assinaram um acordo no dia

CÂMBIOS/USD
sano e o Projecto de Restauração da 1 de Novembro de 2023 para promover o
12.11.2023 - Nova Iorque
Moeda compra
RENOVAÇÕES & NOVAS ASSINATURAS 2024 Coroa/D 5.74
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Um jornal por Fax: Proprietário - Repórteres Associados Lda.; Número de Registo de Título; GABINFO-Dispensa do
registo-DE-2001. Número de Entidades Legais-100067056(02/07/2002). Editor: Victor Matsinhe; Redacção: Avenida
Sebastião Marcos Mabote, Q. 12, R. 10, Bairro das Mahotas(Distrito Municipal Ka Mavota), Maputo(Cidade das Acácias e
Jacarandás), Moçambique, Cel: + 258 86 12 40 384/+258 82 97 76 533/+258 84 01 52 631/+258 86 018. 70 13. E-mail:
vertical@clubnet.co.mz;victorjustinom@gmail.com,;Assinaturas mensais: - ordinária: 1.500 Mt; institucional: 2.000 Mt; em-
baixadas e ONGs estrangeiras: 2.500 Mt e Agências de Comunicação e Publicidade; 2.900 Mt e outras moedas ao câmbio do
dia. Número de Registo Fiscal(NUIT): 400096686

Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.4/18
dente Chissano foi uma das primeiras
pessoas a reimaginar o papel de um
parque nacional como motor de desen-
volvimento humano e também como
reservatório de biodiversidade, e que o
antigo Presidente entendeu que esses
dois objectivos seriam reforçadores. “Ele
convidou-me para vir para Moçambique
há 21 anos. Hoje tenho o prazer de dizer
que a Gorongosa é uma grande fonte de
emprego na província de Sofala. Trab-
alhamos com 100 escolas e milhares
de famílias de agricultores. Formamos
jovens Moçambicanos em ciências da
conservação e fornecemos apoio nos
cuidados de saúde rurais”, disse Carr.

GORONGOSA: UM PARQUE DE
DIREITOS HUMANOS
No século XX, o mundo não tinha
uma visão esclarecida sobre como os
parques nacionais (e outras formas de
“áreas protegidas”) residem numa região
maior onde os humanos criam meios de
subsistência e cuidam das suas famílias.
A visão antiga é conhecida como
“conservação da fortaleza”. Os parques
eram geridos com a visão limitada de
que os fiscais protegeriam a vida selva-
gem dentro do parque (e os turistas iri-
am apreciá-la), e a população local (que
habita a região desde “antes do tempo”)
ficaria fora do parque. Esta visão falha
porque:
1. Os ecossistemas naturais não
estão em conformidade com os limites
humanos num mapa. As captações de
água, os corredores de biodiversidade
e os sistemas climáticos geralmente não
estão relacionados com os limites de foram criados como jurisdições políticas. com erros históricos ao criar este novo
um parque nacional, que provavelmente 2. A abordagem de fortaleza para um paradigma. A beleza, a biodiversidade e
parque nacional fica aquém das nossas a riqueza natural de um parque nacio-
aspirações do século XXI em matéria de nal pertencem às pessoas que partilham
direitos humanos e de soberania e digni- essa paisagem. É a herança cultural e
dade dos povos nativos. espiritual da população local
Para remediar esta situação, o Pro-
jecto da Gorongosa celebrou um con- SOBRE PROJECTOS DA
trato de co-gestão com o Governo de GORONGOSA
Moçambique não só para restaurar o O Parque Nacional da Gorongosa
ecossistema empobrecido do próprio (PNG) em Moçambique é talvez a maior
Parque, mas para apoiar as famílias que história de restauração da vida selva-
vivem numa área definida em torno do gem em África.
Parque chamada “Zona de Desenvolvi- Em 2008, foi estabelecida uma Par-
mento Sustentável”. Os gestores do ceria Público-Privada de 20 anos para
Projecto da Gorongosa receberam a gestão conjunta do PNG entre o Gov-
a visão do Presidente de Moçambique, erno de Moçambique e a Fundação Carr
Joaquim Chissano, e do seu amigo, (Projecto de Restauração da Gorongo-
o Presidente da África do Sul, Nelson sa), uma organização sem fins lucrati-
Mandela. Como presidentes de países vos dos EUA. Em 2018, o Governo de
vizinhos, no início dos anos 2000, Moçambique assinou uma prorrogação
criaram o conceito de “Parque da Paz”. do acordo de gestão conjunta por mais
Desenvolveram a ideia de um parque 25 anos.
nacional cuja missão é servir os seus Ao adoptar um modelo de conser-
vizinhos humanos, reconhecendo que vação do século XXI para equilibrar as
um ecossistema regional saudável é necessidades da fauna bravia e das
bom para os humanos e para a vida pessoas.
selvagem. Além disso, estavam a lidar O PNG está a proteger e salvar esta

Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.5/18
Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.6/18
bonita natureza selvagem, devolvendo-o ao seu devido lugar
como um dos maiores parques nacionais da África.
O PNG foi descrito como um dos mais diversos parques
da Terra, cobrindo uma vasta extensão de 400.000 hectares.
Nos últimos anos, o Projecto da Gorongosa, com o apoio
da Administração Nacional de Áreas de Conservação de
Moçambique (ANAC), garantiu a protecção de uma população
em recuperação de Leões neste ecossistema, reduziu com
sucesso ameaças-chave e viu o Parque reconhecido como um
dos “Last Wild Places” pela National Geographic e como um
dos “World’s Greatest Places” pela TIME Magazine.
O Projecto da Gorongosa trabalha com o Governo central
de Moçambique (Ministério da Terra e Ambiente, Ministério da
Saúde, Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano,
Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Ministério
do Mar, Águas Interiores e Pescas, Ministério da Cultura e Tur-
ismo), com as Direcções da Província de
Sofala de cada um destes Ministérios, e os representantes
distritais de cada um desses ministérios. Trabalhamos com lí-
deres tradicionais em “regulados” comunitários (um regulado é
uma estrutura de governança tradicional) por meio de Comités
de Gestão de Recursos Naturais.
Colaboramos com a ONU-Habitat, a Cruz Vermelha, o Fun-
do Global para o Meio Ambiente e o Programa Alimentar Mun-
dial. Recebemos apoio e aconselhamento de parceiros como
USAID, Holanda, Irlanda, Noruega, Canadá, Portugal, UE,
HHMI, Oak Foundation, Rainforest Trust entre outros. Trabal-
hamos em investigação científica com mais de setenta univer-
sidades em todo o mundo, incluindo a Universidade Eduardo
Mondlane, UniLurio, Universidade de Lisboa, Universidade de
Oxford, Universidade de Princeton e muitas mais.
Projecto do INGD junta
população em zonas
áridas e semi-áridas
(Maputo) O projecto de resiliência climática, particulrmente
à seca, implementado pelo Instituto Nacional de Gestão e
Redução do Risco de Desastres (INGD) está a gerar resulta-
dos extraordinários.
SUA ASSINATURA VALE OURO EM 2024
Na busca da Verdade, Verticalidade e Ma-
nutenção de Decência, publicamos mais de 10
artigos entre notícias, análises e opinião de Se-
gunda à Sexta-Feira. Um jornalismo com Isen-
ção e Rigor profissional e que fiscaliza o Poder
Executivo, Legislativo e Judicial. Veicula notí-
cias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto
à intolerância no quotodiano, nas redes sociais
e traça uma linha clara entre a verdade e a men-
tira. Quanto custa ajudar a produzir esse con-
teúdo. Assinatura Mensal em 2024: - Ordinária:
1.500 Mt; Institucional: 2.000 Mt; Embaixadas
e ONGs estrangeiras: 2.500 Mt e Agências de
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moedas ao câmbio do dia. Ajude a Erguer um
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e Manutenção de Decência, há mais de 20 anos.
Maputo, 13.11.2023
Notícias Breves
(Maputo) Dezasseis pessoas encontram-se detidas in-
diciadas de envolvimento na onda de desinformação sobre a
cólera no distrito de Gúruè, norte da província da Zambé-
zia. O facto foi anunciado pelo ministro do Interior, Pas-
coal Ronda, na passada sexta-feira, em Quelimane, durante
um encontro do Centro Operativo de Emergência (COE), a
nível da província da Zambézia. “Este comportamentos de
algumas pessoas das comunidades impendem o sucesso das
acções que o governo tem empreendido para o bem-estar
da população e sobretudo constituem violações à lei, porque
atentam à integridade física daqueles que se predispõem
a ajudar na solução desta problemática, além de causarem
danos em infra-estruturas públicas e privadas tais como
centros de saúde, postos policiais, residências das autori-
dades comunitárias e funcionários da saúde. Esta situações,
em alguns casos, levam ao abandono dos postos de saúde,
por temerem por suas vidas”, disse. No distrito de Gúruè,
na Zambézia, a onda de desinformação sobre a cólera cul-
minou, es
(Maputo) O cabeça-de-lista da RENAMO na Matola,
António Muchanga, fez esta ameaça na última sexta-fei-
ra, 10 de Novembro, durante uma marcha organizada pela
RENAMO, em contestação aos resultados eleitorais anun-
ciados pelos órgãos de gestão eleitoral. “Espero, sincera-
mente, que o Conselho Constitucional não faça o que a CNE
fez, porque se fizerem isso, Moçambique acabou. Nós não
podemos ser proibidos de governar, porque também a Fre-
limo não vai governar aqui”, declarou Muchanga, falando à
imprensa. “Eu vou tomar Matola e já não como município.
Vou transformar em Assembleia Republicana da Matola,
vou criar o que eu quiser, aquilo que acontece na Somália,
vou fazer aqui. Os embaixadores que vierem, vão falar co-
migo” explicou António Muchanga, conforme é citado pelo
jornal O País. Na ocasião, o cabeça-de-lista da RENAMO
na Matola acrescentou que o seu partido vai continuar a or-
ganizar marchas até que o Conselho Constitucional (CC) se
pronuncie e a medida de transformar autarquias em Esta-
dos Autônomos não se restringe à Matola. “Estas marchas
vão continuar até o Conselho Constitucional dizer o que vai
dizer. Depois disso vamos tomar outras medidas, mais radi-
cais, como a declaração do Estado da Matola, do Estado de
Maputo, Estado de Marracuene, Estado de Nampula, Estado
de Matola-Rio, Estado de Nacala”, explicou Muchanga.
(Maputo) O cabeça-de-lista da Frelimo na Cidade de
Maputo, Rasaque Manhique, manifestou a sua prontidão
para governar a cidade de Maputo e resolver os problemas
dos munícipes, isto falando na passada sexta-feira, 10 de
Novembro, na cidade de Maputo, durante as celebrações
dos 136 anos da capital do país. “A população merece ter
um melhor transporte, temos de melhorar o sofrimento da-
queles que vivem cercados de água, temos de melhorar o
saneamento da nossa cidade, temos de melhorar o acesso
ao emprego por parte da nossa juventude, temos de melho-
rar também a formação, vamos trazer a formação técnico-
-profissional para os nossos jovens e todos juntos vamos
fazer isso”, afirmou cabeça-de-lista da Frelimo na Cidade
de Maputo. Na ocasião, disse que que considera normais as
contestações aos resultados eleitorais e garante que o seu
partido venceu as eleições. “Eu respeito aquilo que diz que
são contestações, aliás, há-de saber aquilo que também sei
que, desde que iniciámos com estes processos de democra-
cia, contestações sempre existiram. O facto é que nós es-
tamos a celebrar porque vencemos as eleições, trabalhamos
e preparamos, como dissemos, sempre nós preparamos as
nossas vitórias e por isso vencemos e vencemos bem as elei-
ções”, disse Manhique.
(Maputo) O vice-ministro da Terra e Ambiente, Fer-
nando de Sousa, apelou, na passada sexta-feira, aos gradua-
dos do IPCTA (Instituto Politécnico de Ciências da Terra e
Ambiente), para contribuírem na solução dos problemas de
assentamentos desordenados no país.
vertical nº 5. 473, pág.7/18
 É que os reservatórios escavados
construídos nos distritos de Magude,
Guijá e Panda, nas províncias de Mapu-
to, Gaza e Inhambane, respectivamente,
estão a atrair populações a sua volta,
Marcelo Rebelo de Sousa marca eleições para Março de 2024
(Maputo) O Chefe de Estado por-
tuguês anunciou, quinta-feira, a dis-
solução do Parlamento e a realização
de eleições no dia 10 de Março de 2024,
após auscultar os partidos e o Conselho
de Estado, ultrapassando, assim, a crise
política que se havia instalado com a
demissão do Primeiro-Ministro, António
Costa.
Marcelo Rebelo de Sousa sossegou
os portugueses que o Primeiro-Ministro
demissionário aceitou continuar em fun-
ções até à realização de novas eleições,
para garantir a aprovação do Orçamento
de Estado de 2024.
A opção de dissolução do Parlamen-
to e marcação de eleições antecipadas
derruba um ciclo político suportado por
maioria absoluta a que o Presidente da
República havia se referido, na altura,
que a mesma tinha um nome, Antónia
Costa, algo interpretado à letra, valendo,
por isso, o seu fim, por não fazer sentido
sem o principal protagonista.
Em consequência da comunicação
aos portugueses do “ainda” Primeiro-
Ministro, por razões técnicas /o con-
stitucionais, que se demetia do cargo
por falta de confiança política, Marcelo
Rebelo de Sousa abriu um processo de
consultas, auscuntando os partidos com
assento parlamentar e presidiu uma re-
união com carácter extraordinário do
Conselho de Estado.
António Costa está a ser investigado
pelo Ministério Público na “Operação In-
fluencer”, que levou, além da sua de-
missão, à detenção de cinco pessoas,
entre elas o director do seu gabinete,
entretanto, ontem, exonerado. Um dos
seus principais ministros, João Galam-
ba, está, igualmente, indiciado, e só não
foi detido por gozar de imunidade que
pode ser levantada pelo Parlamento.
A “Operação Influencer”, relacionada
com suspeitas de corrupção, levou a
buscas na residência oficial do Primeiro-
Ministro, a casa do ministro João Galam-
ba, à sede do partido Socialista, entre
outros lugares.
A opção do Presidente Marcelo era
uma das decisões esperadas e aquela
que satisfaz todos os partidos que na
véspera manifestaram o desejo de real-
ização de eleições antecipadas, sendo o
Partido Socialista a única execpção que
pretendia a manutenção do Governo
com a indicação de um novo Primeiro-
Maputo, 13.11.2023
ajudando os governos locais a resolv-
erem problemas de dispersão.
Os respectivos administradores, que
agora preparam planos de pormenor,
estão satisfeitos, pois consideram ser
Ministro. A decisão permite ao Executivo
que vier a ser eleito, optar pela apresen-
tação de um Orçamento rectificativo mas
de acordo com às suas próprias estraté-
gias de governação.
Anteriormente, o presidente da As-
sembleia da República, Augusto Santos
Silva, havia marcado para hoje uma re-
união de líderes de modo a estabelecer
entendimentos que se adequem à actual
realidade relacionada com uma calen-
darização para a aprovação do OGE.
Nas audiências que o Presidente
Marcelo Rebelo de Sousa teve, na
quarta-feira, com os partidos com as-
sento parlamentar, o PS, o único que se
manifestou contra a dissolução do Par-
lamento e a convocação de eleições an-
tecipadas, referiu que a melhor solução
para a superação da crise política era a
indicação de um seu membro, de modos
a normalizar o exercício político e ter-
minar a legislatura em curso. Segundo
a delegação do PS, liderada pelo seu
presidente Carlos César, foi dito a Mar-
celo Rebelo de Sousa que as questões
da aprovação do OGE, da privatização
da TAP e a solução de pendentes soci-
ais, com os professores e os médicos,
desaconselham uma ida às urnas e a
manutenção da estabilidade governativa
que só pode ser dada por um partido
com maioria parlamentar.
Embora isso não tivesse sido torna-
do público, António Costa já havia dito
ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa
que o PS estava em condições de indi-
car um dos quatro nomes para liderar
um Executivo que possa levar a legisla-
tura até ao fim.
mais fácil prover serviços sociais bási-
cos à população quando está está junta,
até por uma questão de racionalização
de custos.
(redacção)
Tratava-se de Mário Centeno (ac-
tual governador do Banco de Portugal),
António Victorino (antigo responsável
pela OIM), Carlos César (presidente do
partido) e Augusto Santos Silva (presi-
dente da Assembleia da República). Em
contraponto a esta posição do Partido
Socialista, todas as outras formações
com assento parlamentar defendiam e
pressionaram Marcelo Rebelo de Sousa
a dissolver o Parlamento e a convocar
eleições antecipadas.
Nas audiências com o Presidente da
República, o PSD defendeu a realização
de eleições antecipadas, admitindo a
possibilidade de aprovar o actual OGE
no prazo de 60 dias. Para o PSD, com-
petiria ao futuro Governo, se assim o
entender, apresentar depois um OGE
rectificativo.
O Chega, por seu lado, mostrou-se
disposto a dar tempo suficiente ao Par-
tido Socialista para preparar a sucessão
de António Costa, mas não abdica que
as eleições se realizem no prazo consti-
tucionalmente previsto de 60 dias.
O Bloco de Esquerda e o PCP con-
sideram que a solução é a realização
de eleições antecipadas, não fazendo
questão de encurtar os tempos de real-
ização.
Fugas de informação animam
debate político
Começaram a surgir na imprensa
detalhes da investigação em curso no
âmbito da denominada “Operação Influ-
encer”, sabendo-se, agora, que António
Costa está relacionado com 20 escutas
telefónicas e que foram encontrados
vertical nº 5. 473, pág.8/18
78.500 euros, em dinheiro vivo, numa
das gavetas do seu chefe de gabinete,
o também detido Víctor Escária. On-
tem, começaram a ser ouvidos todos os
cinco detidos, devendo apenas saber-se
hoje ou amanhã as eventuais medidas
de coacção aplicadas pelo juiz de in-
strução. Também ontem, a Comissão
Política do Partido Socialista realizou
à noite, uma reunião para analisar a
decisão do Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, e estudar a
estratégia a adoptar nos próximos dias.
António Costa demitiu-se do cargo de
Primeiro-Ministro depois do seu nome
ter sido citado na investigação da “Op-
eração Influencer” e da detenção do seu
director de gabinete, entretanto, já exon-
erado.
Um dos seus principais ministros,
João Galamba, está igualmente, indicia-
do, só não, tendo sido detido devido ao
facto de gozar de um fórum especial que
apenas pode ser levantado pelo Parla-
mento.
(redacção)

IMPLEMENTADO PELO INGD: Projecto de Resiliência

Climática gera ganhos económicos nas zonas áridas
(Maputo) Financiado pelo Banco
Africano de Desenvolvimento (BAD) e
desenvolvido pelo Instituto Nacional de
Gestão e Redução do Risco de Desas-
tres (INGD), o projecto de residência
climática inserido no Programa CLIN-
FIREP revela ser uma mais valia em to-
dos os planos, incluindo económico.
Graças aos reservatórios escavados
construídos nos mais diversos distritos
do País, as comunidades residentes
nas regiões áridas e semi-áridas estão
a desenvolver importantes projectos
agrícolas, para além de melhorarem a
produção pecuária, fundamentalmente
centrada no gado bovino.
INGD, que para além do reservatório estufa, são um importante escudo con-
A nível da zona sul do País pode se
são compostas por furo com bomba sub- tra o el Nino, fenómeno caracterizado
testemunhar projectos dessa natureza
mersível, torre com dois quatro depósi- pela escassez da chuva e que poderá se
nos distritos de Magude (província de
tos, sistema solar de bombeamento de abater sobre vários cantos do País du-
Maputo), Guijá (província de Gaza) e
água, bebedouro, fontenária, alpendre rante a época chuvosa e ciclónica.
Panda (Província de Inhambane).
com quatro tanques para lavar roupa e (redacção)
As infraestruturas implantadas pelo

FOTUR Discute Implementação

das Plataformas de Gestão Turísticas
(Maputo) A Ministra da Cultura e
Turismo(MICULTUR), Eldevina Materu-
la, dirigiu na manhã da passada quinta-
feira, a segunda reunião da Comissão
Técnica do Fórum do Turismo (FO-
TUR), que tinha como objectivo discu-
tir a implementação das plataformas e
políticas que visam aprimorar e promov-
er o cenário turístico no país.
Com efeito, foram à discussão temas
como: Implementação da Plataforma
Integrada da Gestão do Turismo (PIG-
TUR); Taxa de Turismo; Segurança
nas Estradas; Investimento Turístico
nas Áreas de Conservação, Ética no
Turismo, entre outros.
O FORTUR surge no âmbito da ne-
cessidade de estabelecimento de uma
plataforma de consulta do Governo na
coordenação da implementação das
políticas do desenvolvimento do tur-
ismo, dado o carácter transversal que
lhe é subjacente, bem como de asse-
gurar a realização de acções conjuntas
que flexibilizem a tomada de medidas
visando melhorar as condições para o
desenvolvimento do turismo.
Fazem parte deste fórum represent-
antes de instituições governamentais,
sector privado e instituições com inter-
esses no sector do turismo em Moçam-
bique. Deste modo, tomaram parte do
evento o ANAC - Administração Nacional

Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.9/18
das Áreas de Conservação, o Ministério dade de Maputo, a PRM e, Autoridade De recordar que a primeira reunião
do Interior, o Ministério dos Trans- Tributária e o Departamento de Pro- desta comissão realizou-se a 13 de Jun-
portes e Comunicações, o CEDCIF, A moção e Desenvolvimento dos Destinos ho de 2023.
Politécnica, o Conselho Municipal da Ci- Turísticos. (redacção)

O Pensamento de: Sérgio Raimundo *

Carta da Cidade de Maputo a Eneas Comiche...

Senhor presidente, sexta-feira passada, dia 10 de
Novembro completei 136 anos de idade e vou enve-
lhecendo, a cada dia, coroada de promessas que nun-
ca se cumprem. Nesta idade, devia estar sentada a
contar histórias aos meus netos, a esboçar sorrisos
numa teia de rugas por amores de juventude, mas a
única coisa que tenho feito é contar promessas e mais
promessas.
Até hoje não vejo as drenagens que prometeste
nos bairros, não vejo nenhuns postes de iluminação
para afugentar os rapazes que violam e matam mu-
lheres nos bairros e não vejo nada além das minhas
acácias que todos os dias são decapitadas com enor-
mes bazucas de moto-serras como cabeças em Cabo
Delgado. Não vejo nada.
Faço 136 anos e continuo qual uma casa sem tecto
quando chove. De tempos a tempos aproveito a chuva
para também chorar um pouco. Se calhar é por isso enchem a cabeça. Não queria que a minha idade fosse
que as ruas e avenidas ficam inundadas, porque no como as tuas taxas: que aumentam sempre, mas sem-
meio da chuva há minhas lágrimas. Nunca viste isso, pre nunca fazem nada.
porque onde vives a chuva e as minhas lágrimas não E já viste o que ando a fazer nos últimos dias? Eu
chegam. Mas isso pouco importa, a tua missão não é ando a fugir, aos poucos, da cidade, porque já não su-
de ver a chuva e nem as minhas lágrimas, mas sim en- porto nada disso: ajeito-me na Santa Isabel, Boane,
cher-me de promessas. Tenga, Matola Gare, Haber Jafar e em outros sítios.
Sou velha, eu sei. E deves ter razão. Aos 134 anos Sei lá, mas, às vezes, perco a vontade de continuar a
tudo fica gasto. Veja só as minhas estradas cheias ser cidade.
de covas de dentes arrancados, veja o meu intestino Não sei se ainda devo esperar pelos metros que me
que já não consegue mais absorver as águas da chuva, prometeste, pelo transporte digno, pela água canali-
vejo os sem-abrigos que já nem consigo alimentar nos zada e por aquilo que me disseste bem no funil do meu
contentores de lixo. Até já me faltam pelos no corpo ouvido: “vou txunar-te, querida”. Confesso-te que me
e choro pelos mangais comidos pelos prédios. Tudo senti uma menina de vinte anos quando ouvi isso. Eu
normal: tenho 134 anos de idade. vou envelhecendo cheia de promessas como qualquer
O que eu queria era envelhecer com um pouco de um envelhece com uma gaveta de recordações na me-
dignidade, apenas isso. Não queria terminar num asilo mória.
de idosos repetindo sem parar as promessas que me * Escritor

Lançado Inquérito de Indicadores de Malária

na Região Sul de Moçambique
(Maputo) Foi lançado, na pas-
sada quinta-feira (09.11), no distrito
de Marracuene, província de Maputo,
o Inquérito de Indicadores de Malária
(IIMRS-2023), levado a cabo com o
objectivo de monitorar os indicadores
da malária ao nível dos agregados fa-
miliares e medir o progresso e as metas
definidas numa região de transmissão
baixa e moderada da doença.
Falando no acto do lançamento ofi-
cial do IIMRS-2023, o Vice-Ministro da
Saúde, Ilesh Jani, esclareceu que o in-
quérito está focalizado nas três provín-
cias do sul de Moçambique (cidade de
Maputo, província de Maputo e Gaza).
Pretendemos estudar, nestas três
províncias, a prevalência da Malária,
penetração de medidas de controlo da
malária implementadas pelo Ministério
da Saúde, estudar o comportamento e
atitudes das pessoas em relação à ma-
lária, estudar a anemia e a diversidade
genética do parasita ao nível de cada
um dos distritos destas três províncias,
explicou.
Perto de 12 mil agregados familiares

Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.10/18
abrangidos
O dirigente fez saber, ainda, que o
IIMRS-2023 vai abranger 22 distritos
das três províncias da Região Sul de
Moçambique e prevê alcançar 33 mil
participantes, entre os quais 25 mul-
heres em idade fértil e oito mil crianças
Na Conferência Académica Anual do Programa
Crescimento Inclusivo em Moçambique:
Amilcar Tivane fala dos desafios de desenvolvimento
em curso e formulação de políticas baseadas em evidências
(Maputo) Decorreu em Maputo, no dia 08
de Novembro corrente, a Conferência Aca-
démica Anual do Programa Inclusive Growth
in Mozambique (IGM), (Crescimento Inclusivo
em Moçambique) com o tema Desenvolvim-
ento Agrário em Moçambique: tendências,
desafios e oportunidades.
A Conferência IGM 2023 visa lançar
luz sobre os desenvolvimentos recentes no
sector agrícola em Moçambique e discutir
iniciativas para aumentar a produtividade e
resiliência de pequenos agricultores em ter-
mos de mitigação dos efeitos das alterações
climáticas. O evento é organizado em parce-
ria entre o Ministério da Economia e Finanças
(MEF), o Centro de Estudos Económicos e
de Gestão (CEEG) da Universidade Eduardo
Mondlane (UEM), a Universidade de Copen-
haga (UCPH-DERG), a Universidade Mundial
das Nações Unidas e o Instituto de Pesquisa
em Economia do Desenvolvimento (UNU-
WIDER).
Discursando na sessão de abertura do
evento, o Vice-ministro da Economia e Finan-
ças, Amílcar Tivane, falou dos desafios de de-
senvolvimento em curso no país tendo frisado
que os estudos e artigos a serem apresenta-
dos vão de certa maneira servir de base para
a elaboração de um relatório completo sobre
o sector agrícola do País. Assim, hoje vamos
ter uma oportunidade de reflectir sobre este
sector no contexto da economia nacional,
discutindo nesta reunião os vários desafios e
opções de políticas, sendo de salientar que
a agricultura é um sector fundamental para
combater a pobreza, há necessidade de
garantir a segurança alimentar, promover a
segurança ambiental e a geração de renda,
especialmente entre pequenos agricultores,
Um milhão de Meticais para cada jogador dos Mambas
em caso de qualificação para o Mundial 2026
(Maputo) A Federação
Moçambicana de Futebol(FMF)
tornou pública, em comunicado,
a premiação para os “Mambas”
na campanha de qualificação
para o Mundial 2026. O even-
Maputo, 13.11.2023
do primeiro aos 59 meses de idade, em
cerca de 12 mil agregados familiares.
O inquérito vai decorrer até finais de
Dezembro do ano em curso. Os resul-
tados preliminares do inquérito poderão
ser conhecidos em Março de 2023.
Refira-se que o IIMRS é realizado
sublinhou.
Para o dirigente, o evento tem grande
ímpeto pelo facto de coincidir com a actu-
alização da Estratégia Nacional de Desen-
volvimento (ENDE), e espera-se que as suas
recomendações contribuam para a material-
ização dos objectivos desta estratégia, tendo
em conta que os constrangimentos de cres-
cimento do sector arrolados pelos estudos e
artigos na sua grande parte são os identifica-
dos na ENDE.
Tivane afirmou igualmente que em com-
paração com outros países da região da África
Subsaariana (SSA), Moçambique apresenta
um desempenho desfavorável em termos de
valor adicionado per capita, valor adicionado
por hectare e rendimento. Por isso é um de-
safio importante e há necessidade de analisar
profundamente o sector. Encorajamos a par-
ticipação e contribuição de todos por forma a
darmos subsídios que contribuam para uma
melhor elaboração e implementação de políti-
cas e estratégias com vista a promoção do
bem-estar do povo moçambicano.
Por seu turno, o Embaixador da Suíça em
Moçambique, Alain Gaschen, garantiu que
em linha com os Objectivos do Desenvolvi-
mento Sustentável, a missão da Embaixada
da Suiça em Moçambique é de promover
um desenvolvimento económico sustentável
e inclusivo, que gera emprego, aumenta a
produtividade e protege o ambiente. Para
que ocorra uma transformação estruturante
da agricultura é crucial que o Governo e o
Sector Privado assumam a sua liderança com
acções concretas e que propicie uma contri-
buição mais efectiva dos parceiros internacio-
nais. Ademais, estou ansioso em saber sobre
o trabalho e experiências das diversas insti-
tual apuramento da selecção
nacional para a prova, a disputar
nos Estados Unidos, Canadá e
México, vai dar à cada integrante
da equipa, uma quantia de um
milhão de Meticais.
pelo Instituto Nacional de Saúde, em
parceria com o Programa de Malária do
Ministério da Saúde (MISAU), Instituto
Nacional de Estatística (INE), Centro
de Investigação de Saúde da Manhiça
(CISM) e outros parceiros.
(redacção)
tuições presentes sobre como desenvolver
agricultura e tirar milhares de moçambicanos
da situação de pobreza.
Intervindo na ocasião, o Director da Fac-
uldade de Economia da Universidade Edu-
ardo Mondlane (UEM), Fernando Lichucha,
sublinhou que durante a conferência haverá
espaço para apresentação de vários estu-
dos e artigos recentemente elaborados por
diferentes pesquisadores em torno do tema
de foco para 2023, Desenvolvimento agrário
em Moçambique: tendências, desafios e
oportunidades. Este evento acontece numa
altura em que a UEM tem cada vez mais
aumentado esforços de transformação em
Universidade de Investigação, precedido pelo
aumento de cursos de mestrado e doutora-
mento bem como de trabalhos de investiga-
ção com impacto na vida das comunidades.
A conferência de um (1) dia, reúne aca-
démicos, decisores políticos, profissionais e
representantes do sector agrícola nacionais
e internacionais para discutir a dinâmica dos
sectores agrícola e florestal em Moçambique
e a sua contribuição para o desenvolvimento
sustentável face aos desafios presentes e
futuros, incluindo os efeitos das alterações
climáticas.
O evento está estruturada em quatro ses-
sões temáticas, com duas sessões dedicadas
a estudos realizados no âmbito do programa
Crescimento Inclusivo em Moçambique
(IGM), com vista a produção de um relatório
abrangente sobre a situação da agricultura de
pequena escala em Moçambique. As sessões
seguintes incluem pesquisas recentes de out-
ros parceiros e artigos selecionados através
do IGM Call for Papers 2023. Refira-se que
a conferência é realizada em formato híbrido.
Ao longo dos 10 jogos da fase
de qualificação, uma vitória dará
a cada jogador um prémio de 80
mil Meticais, valendo um empate
uma recompensa de metade do
valor (40.000 Meticais).
vertical nº 5. 473, pág.11/18
 Foram, igualmente, definidos
os valores relativos ao “pocket
money”, que será do 37.950 Met-
icais (600 dólares ao câmbio de
11.11.2023), quando o jogo for
fora do país, para todo o período
que durar a viagem e uma diária
de 1.500 Meticais, em Moçam-
bique.
A Federação Moçambicana
de Futebol informa que, caso as
hipóteses matemáticas de quali-
ficação deixem de existir, os pré-
mios irão baixar para metade. Por
outro lado, a FMF comunica que
a premiação, por jogo, deverá
ser paga até sessenta dia após a
partida e o de qualificação, até 6
meses após o apuramento, sen-
do o pagamento proporcional ao
número de jogos que cada joga-
dor efectuar. (fonte: FMF)

HCM: Ortoprotésicos reinventam-se

em contexto de recursos limitados
(Maputo) Profissionais de saúde liga-
dos a área de Ortoprotesia do Hospital
Central de Maputo - HCM, uniram-se na
manhã do passado dia 06 de Novembro,
para uma reflexão em torno da profissão.
A iniciativa, enquadra-se nas
comemorações do dia internacional da
ortoprotesia, que se assinalou no dia 5
de Novembro, data esta, que na maior
unidade sanitária do país foi marcada
por uma exposição de materiais de trab-
alho e palestras, onde foram partilhadas
alguns avanços e desafios.
No entendimento de Levy Pinto,
Médico Fisiatra e Director do Serviço de
Ortoprotesia do HCM, apesar desta con-
stituir uma importante área dado o con-
tributo que agrega na qualidade de vida
das pessoas, infelizmente continua a ser
negligenciada. pois, segundo revelou, um elemento Serviço de Ortoprotesia busca reinven-
Pinto, aponta a falta de consumíveis chave são os recursos humanos, cuja tar-se com soluções locais de modo a
e existência de equipamento obsoleto e formação superior ainda não existe no minimizar o impacto sendo a exemplo
descontinuado, como um dos principais país, fazendo com que os poucos técni- disso, os bens que os profissionais de
calcanhares de aquiles que segundo cos existentes optem por seguir outras saúde produzem neste serviço.
revelou, afecta a maioria das unidades áreas, agravando ainda mais a situa- De acordo com Teresa Tiago, Médi-
sanitárias do país. ção. ca Fisiatra e Directora do Departamento
E este não constitui o único desafio Mesmo diante destas dificuldades, o de Medicina Física e Reabilitação do
qual o Serviço de Ortoprotesia faz parte,
com os escassos recursos que o sector
consegue reunir, são produzidos pró-
teses auxiliares de marcha de entre as
quais, bengalas, canadianas, tripés, an-
darilhos, só para citar alguns.
As próteses dos membros inferiores,
são por sinal as de maior procura, dev-
ido aos traumas resultantes por exem-
plo, de amputação por diabetes e outras
anomalias.
Há muitas crianças que procuram
também por ortóteses, aparelhos que
são igualmente aqui fabricados e per-
mitem maior funcionalidade e melho-
ria da função dos membros superiores
e inferiores perdida por conta de uma
doença congénita, traumática ou infecto
contagiosa.
O serviço de ortoprotesia produz
também colares cervicais, um bem us-

Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.12/18
ado em caso de traumas na região do
pescoço, torcicolos, artrites, artroses ou
outros problemas ligados à coluna.
Palmilhas ortopédicas que ajudam
na formação do arco longitudinal a fim
de corrigir o chamado pé chato que evita
alterações posturais e na marcha, cons-
tam também do rol dos materiais produ-
zidos por este serviço, segundo deu a
conhecer Teresa Tiago.
A Especialista perspectiva a curto e
medio prazos, a produção de cadeiras
de rodas e próteses modernas, assim
que as condições estiverem criadas e
não poupa elogios aos técnicos orto-
protésicos, a quem os apelida de heróis
anónimos, pelo esforço incansável que
têm feito, mesmo diante de recursos lim-
itados.
(HCM-DCI)

LAM: VOO MAPUTO /JOANESBURGO

TEVE DESPRESSURIZAÇÃO
(Maputo) A LAM – Linhas Aéreas de
Moçambique S.A. comunicou que uma
aeronave por si operada, com destino a
Johannesburg, sofreu uma despressur-
ização na última sexta-feira, dia 10 de
Novembro.
A despressurização e consequente
libertação automática das máscaras
aconteceu em situações adversas de
voos para as quais as tripulações são
treinadas e preparadas para dar respos-
tas imediatas.
No caso em concreto, a tripulação
tomou a decisão de retornar a Maputo, a
base operacional da companhia.
O voo aterrou em segurança no
Aeroporto Internacional de Maputo.
Na circunstância, uma passageira
sentiu-se mal tendo sido encaminhada a
uma unidade hospitalar.
Os outros passageiros mantiveram-
se no aeroporto tendo seguido viagem
numa outra aeronave.
A LAM apresenta as mais sinceras
desculpas aos seus estimados pas-
sageiros pelos inconvenientes causados
por esta ocorrência. (FDS)

O Pensamento de: Damião Cumbane *

10 DE NOVEMBRO:
OS 136 ANOS DA CIDADE DE MAPUTO
Nos últimos anos, virou moda, nas nossas famílias, quan-
do um parente perde a vida, as pessoas mais próximas,
quando decidem fazer anúncios de Necrologia no Jornal,
levam ao Notícias fotografias que retratam a pessoa quando
ela era jovem, quando era bonita, quando a velhice ainda era
mero conceito distante.
Muitas vezes cria-se confusão pois, pela fotografia usa-
da no anúncio da morte, as pessoas não chegam a despertar
sobre quem morreu pois, não conhecem a pessoa da fotogra-
fia antiga usada para o anúncio.
Morreu um velhinho já acabadinho, com 80 ou 90 anos
e levamos para o anúncio de necrologia a fotografia do mo-
mento em que o morto ainda exalava as virtudes fisicas da
fase dos 40 ou 50 anos.
Na hora do velório, faz-se a mesma coisa. Reproduz-se
uma fotografia com dimensões enormes, ornamentadas com
as técnicas modernas de informática aplicadas à fotografia
e, quando se abre o caixão para a derradeira despedida ao
corpo, constatamos que não há qualquer relação entre a fo-
tografia exposta e a pessoa que está a repousar no caixão.
Temos medo da realidade presente.
Preferimos nos escudar do passado para fugir de um
presente real e bem triste.
À passagem dos 136 anos da Cidade de Maputo, o Con-
selho Municipal desta urbe, fora as fotografias antigas de
alguns edifícios, não conseguiu trazer nenhuma imagem do
que ele fez de novo na Cidade, pelo menos nos últimos 10 ou
15 anos.
Em termos de Obras Públicas, se a minha memória não
for traiçoeira comigo, não se fez nada ou quase nadinha.
Deixem-me recordar que o Mercado de Peixe feito anteon-
tem, já está a cair de podre, com tudo oxidado.
As estradazinhas que o Município fintou-nos que estava
a construir, só serviram para o Presidente do Município fa-
zer a inauguração e fazer constar o seu nome na lápide de
mármore.
Quem quiser ter uma prova do que escrevo, é só se des-
locar ao Bairro 25 de Junho, ali mesmo no semáforo, para ir
ver a estrada que o Município de Comiche fez em Pavê, na
Rua S. Pedro/S. Paulo no sentido Este. Obra de fingimento.
A Avenida Eduardo Mondlane só foi resselada nas faixas
centrais, por onde passa o Presidente da República Filipe
Nyusi, a Presidente da Assembleia da República, Esperança
Bias e uma data participantes do banquete do poder, os quais
têm a honra de andar em escoltas barulhentas e naquelas
gincanas que a polícia das escoltas nos habituou. As faixas
laterais da Avenida Eduardo Mondlane, por onde andam os
machimbombos, chapas e my loves de gente que “cheira mal”,
de gente que sai do subúrbio só para ir perturbar o sosse-
go da malta Eneas Comiche e C.ia Limitada, não mereceram
quaisquer mexidas. São faixas do Povo. A mesma Avenida
Eduardo Mondlane, ao Conselho Municipal só interessou res-
selar até à famosa estátua, onde termina a civilização. Mais
adiante, não conta. Não é Avenida Eduardo Mondlane.

Maputo, 13.11.2023
vertical nº 5. 473, pág.13/18
 Na quinta-feira, 9 de Novembro, passei da famosa Praça
da Juventude e, lá encontrei aquela empresa enigmática, a
JJR, que agora ganha todas as obras de reabilitação de es-
tradas das Cidades de Maputo e Matola, e não só, a fazer
o tapamento de buracos, à moda rudimentar, ao longo da
rotunda daquela praça. A não ser que ainda esteja a vir algo
de espectacular, não passará de uma sessão de remendos
iguais a tantos outros.
A Avenida Guerra Popular também terminou na Avenida
Eduardo Mondlane, mais adiante, já não conta.
Só dei uns exemplos iguais a tantos outros, de Obras
Públicas de fingimento, à cargo do Conselho Municipal.
Em certa medida, o que safa a imagem da dinâmica desta
nossa cidade é o que os privados vão fazendo. Quem pega
a Avenida da Marginal, da Baixa até Chihango, há-de ver
o que os privados fazem entretanto, sem nenhuma obra ou
infraestruturas Públicas.
O mais estranho é que o Conselho Municipal da Cidade
de Maputo nem consegue construir Recebedorias de Finan-
ças condignas, com uma vertente de obra de futuro, obra
para ficar no tempo, onde os municípes vão pagar impostos
municipais diversos. Tudo o que se constrói é como se se
tratasse de obras improvisadas, sem nenhuma perspectiva
de desenvolvimento a médio e longo prazo.
10 anos, é muito tempo para os gastar sem nada de novo
para apresentar.
Nas comemorações do Dia da Cidade, deveriam fazer
parte do cartaz do evento, o que há, o velho e os projectos
de desenvolvimento em curso pois, o que as pessoas querem
é o que está a acontecer e o que vem. O passado, como
sempre, teria a mesma função de nos recordar de onde a
gente vem.
Só para recordar as pessoas: no interior dos Bairros
Polana Caniço, Maxaquene, Minkaduine, Xipamanine, Cha-
manculo, Inhagoe, Hulene, Mavalane etc., já houve estradas
asfaltadas que a nossa ignorância colectiva deixou destruir
e agora, são simples caminhos de subúrbios sem qualquer
acesso, mesmo para casos de emergência.

PR destaca a Arábia Saudita como parceiro estratégico

para a diversificação das economias africanas
(Maputo) O Presidente da Repúbli-
ca, Filipe Nyusi, destaca que a Arábia
Saudita é um parceiro estratégico para a
diversificação das economias africanas.
O Chefe de estado moçambicano
que subiu, na tarde da última sexta-fei-
ra, ao pódio da primeira Cimeira Arábia
Saudita / África, em Riade, disse esperar
do evento a criação de alicerces na base
de vantagens mútuas.
Destacou o facto de a exploração
de recursos naturais na Arábia Saudita
ser um dos exemplos mundiais de pro-
moção de desenvolvimento sustentável,
ao contrário do que acontece em muitos
países africanos.
“ O reino da Arábia Saudita é um dos
poucos países em que os recursos nat-
urais não constituem maldição, mas sim
são a força motriz do desenvolvimento assistência humanitária do Centro de No seu discurso na primeira cimeira
e bem–estar do seu povo; África pode apoio e assistência humanitária Rei Arábia saudita/ África, o presidente Fil-
muito aprender desta realidade”, disse. Salman que tem prestado à Moçam- ipe Nyusi referiu que o seu executivo
O Chefe de estado reconheceu e bique, nos momentos em que enfrenta- está comprometido com a paz e a segu-
agradeceu a colaboração do reino da mos as severas consequências dos rança internacional.
Arábia Saudita com os países africanos desastres naturais que nos assolam A primeira Cimeira Arábia saudita/
nas áreas de Educação, Saúde, as- ciclicamente. Procuremos alcançar a África terminou, na última sexta-feira,
sistência humanitária; esta última, que paz por todos os meios; a cooperação após discussões dos chefes de estado
se tem evidenciado nas ocorrências afro-saudita é também uma oportuni- e de governo africanos e as autoridades
cíclicas de calamidades naturais em dade para fazer face ao flagelo do terror- sauditas, baseadas numa declaração de
Moçambique. ismo e extremismo violento que afecta Riade, que terá como lema “O Roteiro
“Reiterarmos a nossa gratidão pela os nossos países e minam a paz e a para a cooperação saudita- africana.
estabilidade”, disse. (RM)
continuação da pag.3 Primeiro-Ministro destaca melhoria dos indicadores macro-económicos em Lichinga
Privado, Associações Empresariais, Câ- outros intervenientes. cial do Niassa (AAGICON) e a Câmara
mara de Comércio, Parceiros de Coop- Sob Lema: “Agricultura & Energia de Comércio de Moçambique (CCM) e
eração, Agências de Desenvolvimento, como Factores Dinamizadores do De- conta com o financiamento do Banco
Agentes Económicos Nacionais e inter- senvolvimento da Província do Niassa”, Africano de Desenvolvimento junto da
nacionais, instituições financeiras, corpo este fórum foi realizado pelo Governo da Embaixada da Irlanda e a Universidade
diplomático, intervenientes de cadeias Província do Niassa, em parceria com Lúrio.
de valor do agro-negócio e energias e a Associação Agro-Industrial e Comer-

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Maputo, 13.11.2023
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 Ambições políticas em canais privados prejudicam informação
(Maputo) Imprensa privada moçam-
bicana foi manipulada consoante inter-
esses políticos durante o período eleito-
ral. Público respondeu a alguns órgãos,
mas não passaram de respostas de mo-
mento. Órgão regulador é um “leão sem
dentes”.
Cresce a olhos vistos o número de
órgãos de informação privados dirigidos
por políticos do partido no poder em
Moçambique. Por exemplo, a TV Suces-
so é propriedade do deputado da Frente
de Libertação de Moçambique (FRELI-
MO) Gabriel Júnior. Mas contra todas as
expetativas, este canal não dançou ao
som da música do regime do dia durante
o período das eleições autárquicas.
O jornalista Francisco Carmona
achou exemplar a cobertura do ca-
nal, que desagradou ao regime do dia.
Porém, acha que o seu dono não deu
ponto sem nó. “Eu interpreto este posi-
cionamento como o reposicionamento
[de Gabriel Júnior] para o futuro. Ele já
sabe que este Presidente [Filipe Nyusi]
está quase a terminar o seu mandato e
os que vêm que vão determinar o futuro
do seu canal”, argumenta.
“Para sobreviveres em regimes
como o nosso precisas de estar en-
costado ao regime do dia, sobretudo o
negócio privado”, lembra o jornalista.
Já a MIRAMAR, que tem na lider-
DÍVIDAS OCULTAS:
Governo prevê liquidar EMATUM até 2024
(Maputo) Moçambique prevê con-
cluir no próximo ano a liquidação de
quatro empresas no âmbito da Reforma
do Sector Empresarial do Estado(SEE),
entre as quais a Empresa Moçambicana
de ATUM envolvida no processo das
dívidas ocultas.
De acordo com os documentos de
suporte à proposta do Plano Económico
e Social e Orçamento do Estado (PE-
SOE) para 2024, o Governo estabelece
o objectivo de “finalizar o processo de
liquidação de quatro empresas”, deti-
das pelo Estado, casos dos Correios de
Moçambique, EMEM, Sociedade Malo-
nda e EMATUM.
A EMATUM tem como actividade
principal a pesca e é uma das três em-
presas estatais responsáveis pelo pro-
cesso das dívidas ocultas desencadeado
em 2016, envolvendo o alegado suborno
de funcionários públicos, em particular
Maputo, 13.11.2023
ança outro membro da FRELIMO, José
Guerra, candidato a membro da As-
sembleia Municipal de Maputo nestas
autárquicas, foi vaiada e escorraçada
de eventos da oposição por favorecer o
partido FRELIMO nas suas coberturas,
violando preceitos jornalísticos.
Carmona lembra: “De tal sorte que
teve problemas para cobrir passeatas
da RENAMO em contestação aos resul-
tados eleitorais por causa desse encos-
tamento a FRELIMO. E também a TVM,
que é um canal público, encostado ao
poder, por isso era expectável.”
CERCO À LIBERDADE DE IM-
PRENSA
A cobertura parcial de boa parte da
imprensa em eventos eleitorais tem bar-
bas brancas. Porém, para o jornalista
fica cada vez mais evidente o aumento
do cerceamento da liberdade de imp-
rensa e das vozes discordantes neste
processo.
A famosa lista de vozes discordantes
proibidas de falar à imprensa, princi-
palmente estatal, é aplicada com maior
vigor nesta época.
O académico João Mosca critica:
“Eu sei que há pessoas que já há muitos
anos não vão a esses órgãos de comu-
nicação, sei que o Jornal Notícias, inclu-
sivamente anúncios pagos, por exem-
o antigo ministro das Finanças Manuel
Chang, para aprovarem contratos e o
financiamento de empréstimos de três
empresas estatais (também a Proindi-
cus e a MAM) para a compra de barcos
de pesca e equipamento de segurança
marítima à Privinvest.
No mesmo documento, o Governo
compromete-se a prosseguir com o pro-
cesso de reestruturação das empresas
do Sector Empresarial do Estado (SEE)
“nas vertentes operacional, financeira e
recursos humanos, com vista à respe-
tiva viabilização e rentabilização”.
Também vai “monitorizar o endivida-
mento” dessas empresas e aprovar um
Regulamento de Contratação de Bens e
Serviços das empresas do SEE, entre
outras medidas.
O antigo director dos serviços se-
cretos moçambicanos Gregório Leão
justificou em setembro de 2021, durante
plo, de anúncios de conferências, eles
não aceitam, sobretudo de organizações
da sociedade civil.”
O investigador sublinha que “há um
controle absoluto dos órgãos de comu-
nicação sobre o que devem fazer. E não
só sobre os órgãos oficiais, também os
privados. Já saíram importantes e de-
stacados jornalistas da STV, que foram
mandados embora porque a liberdade
foi posta em causa.”
ONDE ESTÁ O ÓRGÃO DISCI-
PLINADOR?
É caso para se concluir que interess-
es políticos das lideranças dos canais
privados estão a gerar cada vez mais
promiscuidade e imoralidade na comuni-
cação social?
“Sim, de alguma forma, sobretudo no
setor televisivo. Mas vejo o mesmo fenó-
meno nos jornais”, responde o jornalista
Francisco Carmona.
Deturpações que seguem sem freio.
Afinal, quem tem a obrigação legal de as
limitar?
“Não temos aqui. Temos o Conselho
Superior de Comunicação Social que é
o garante da independência e também é
uma espécie de um órgão disciplinador,
mas é uma espécie de leão sem dentes,
não tem poderes”, conclui Carmona.
o julgamento do processo das dívidas
ocultas em Maputo, a criação da Empre-
sa Moçambicana de Atum com a neces-
sidade de recolha de informação sobre
atividades suspeitas na costa moçambi-
cana.
“A EMA\ATUM era para pesca de
atum e também para nos facultar infor-
mação, através de trabalho de ‘intelli-
gence’ sobre o que estava a acontecer
no mar”, declarou Leão, em tribunal.
A acusação do Ministério Público
apontou que a Ematum recebeu 850 mil-
hões de dólares (727 milhões de euros),
tendo sido uma das três firmas usadas
como veículo para a materialização do
esquema criminoso.
Entretanto, no processo que decorre
no Reino Unido, o banco Credit Suisse e
o grupo naval Privinvest anunciaram na
quarta-feira ter alcançado um acordo so-
bre o caso das dívidas de Moçambique
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em curso no Tribunal Comercial de Lon-
dres e que está previsto terminar em
dezembro.
Num comunicado conjunto, junta-
mente com o proprietário da Privinvest,
Iskandar Safa, referiram ter chegado a
“uma solução global para todos os lití-
gios presentes e futuros entre eles rela-
tivos a transações de financiamento ga-
rantidas pelo Estado em Moçambique”.
“As partes estão satisfeitas por ter-
em resolvido esta disputa de longa data
decorrente de acontecimentos ocorridos
há uma década”, concluíram no comuni-
cado emitido na segunda-feira e a que
a Lusa teve hoje acesso, sem adiantar
mais detalhes.
O acordo permite agora ao banco
suíço, entretanto adquirido pelo grupo
UBS, deixar de participar no julgamento,
pois já tinha concluído um acordo com
o Governo de Moçambique que resultou
no perdão de cerca de 450 milhões de
Papa Francisco defende que paz
é construída com diálogo em vez de armas
(Maputo) O papa Francisco defen-
deu no fim-de-semana que “a paz não
se constrói com armas”, mas através
do diálogo e da cooperação, apelando
ainda ao desarmamento gradual e com-
pleto.
”A paz não se constrói com armas,
mas através da escuta paciente, do
diálogo e da cooperação, que continuam
a ser o único meio digno da pessoa hu-
mana para resolver as diferenças”, lê-se
numa mensagem assinada pelo secre-
tário de Estado do Vaticano, o cardeal
Pietro Parolin.
Na mensagem, dirigida aos partici-
pantes do Fórum da Paz de Paris, que
decorru entre sexta-feira e sábado, o
líder da Igreja católica apelou ainda
ao desarmamento gradual, mas total,
pedindo que a produção destes “instru-
mentos de morte e destruição” seja re-
pensada.
O papa espera que o Fórum da Paz
contribua para a construção de um mun-
do mais justo e pacífico, mesmo perante
ISRAEL & PALESTINA?
Ignorar custos humanos “tornará a paz impossível”
(Maputo) O alto representante da União
Europeia para a Política Externa, Josep Bor-
rell, alertou hoje que “uma estratégia que ig-
nora os custos humanos não vai funcionar e
tornará a paz impossível” em Israel e na Pal-
estina.
Maputo, 13.11.2023
dólares (422 milhões de euros) ao país
africano.
O Credit Suisse continuava a ser
financeiramente responsável perante
a Privinvest caso fosse provado que o
grupo naval subornou os três antigos
funcionários do banco Andrew Pearse,
Surjan Singh e Detelina Subeva, que
também deixam de participar no jul-
gamento. Por resolver continuam as
acusações de Moçambique contra a
Privinvest e Safa de que subornar fun-
cionários públicos.
Moçambique exige 3,1 mil milhões
de dólares para cobrir custos e outros
compromissos financeiros, mas a Priv-
invest nega ter cometido qualquer ir-
regularidade, alegando que pagamentos
realizados às pessoas em causa eram
investimentos, pagamentos de serviços
e contribuições para campanhas políti-
cas. O julgamento também deverá deci-
dir sobre as ações judiciais interpostas
um contexto global desfavorável, pedin-
do que os compromissos assumidos “fo-
mentem um diálogo sincero”.
A construção da paz é “um processo
lento e paciente, que exige coragem
e compromisso prático [...]. A paz du-
radoura constrói-se dia-a-dia, através
do reconhecimento, do respeito e da
promoção da dignidade da pessoa hu-
mana e dos seus direitos fundamentais”,
acrescentou.
A propósito do 75.º aniversário da
adoção da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, Francisco notou que
ainda persiste uma lacuna entre os com-
promissos assumidos e a realidade.
“Quantas pessoas, incluindo crian-
ças, estão privadas do direito fundamen-
tal e primário à vida e à integridade física
e mental como resultado da hostilidade
entre os diferentes grupos ou países?
Quantas pessoas estão privadas dos
direitos mais básicos, em consequên-
cia de conflitos, como o direito à água
potável e à alimentação saudável, mas
“A forma como Israel se defende é im-
portante”, sublinhou numa mensagem vídeo
antes do congresso do Partido Socialista
Europeu em Málaga (Espanha), citada pela
agência de notícias espanhola Efe.
Para o chefe da diplomacia comunitária
pelos bancos VTB e BCP para serem
ressarcidos pelo financiamento dado
em 2013 e 2014 às empresas públicas
moçambicanas.
O julgamento está previsto continuar
até ao final de Dezembro, mas a decisão
deverá demorar vários meses até ser
anunciada.
O caso das “dívidas ocultas” re-
monta a 2013 e 2014, quando Manuel
Chang aprovou, à revelia do parlamento,
garantias estatais sobre os empréstimos
da Proinducus, EMATUM e MAM aos
bancos Credit Suisse e VTB.
Descobertas em 2016, as dívidas
foram estimadas em cerca de 2,7 mil
milhões de dólares (cerca de 2,55 mil
milhões de euros ao câmbio actual), de
acordo com a acusação apresentada
pelo Ministério Público moçambicano,
originando processos judiciais nos Esta-
dos Unidos e em Moçambique.
também o direito à liberdade de religião,
à saúde, à habitação digna, à educa-
ção de qualidade e ao trabalho digno?”,
questionou.
O papa Francisco vincou também
que nenhuma guerra vale a morte de um
único ser humano ou o desespero dos
que foram obrigados a deixar a sua terra
natal.
PAPA DIZ NÃO ESTAR BEM DE
SAÚDE E FALHAS DISCURSOS
O Papa Francisco falhou na semana
passada a leitura de um discurso numa
sessão com rabinos europeus, argu-
mentando não sentir-se “bem”, segundo
a agência Reuters.
“Bom dia. Saúdo-vos, recebo-vos e
agradeço a vossa visita, que me agrada
muito. Mas não me encontro bem e, por
isso, prefiro não ler o discurso, mas sim
dar-vos uma cópia”, disse Francisco, de
86 anos. Segundo a Reuters, o Sumo
Pontífice encontrava-se com falta de ar.
(NM)
deveria ser possível criticar o Governo de Is-
rael sem ser classificado de “antissemita”.
Josep Borrell considerou que a situação
em Gaza “é consequência de um fracasso
político e moral da comunidade internacional”
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e que a solução passará por “três nãos e três
sins”.
“Não ao regresso do grupo islâmico
Hamas a Gaza, não à reocupação de Gaza
por Israel e não à dissociação da solução
para Gaza do resto do problema palestino
como um todo”.
Por outro lado, o alto representante da
União Europeia fala num sim à “instalação
de uma autoridade palestiniana provisória em
Gaza”, “sim ao envolvimento dos Estados Ár-
abes” e “sim a um maior envolvimento da UE
na região”.
BORREL ADMITE “FALHANÇO
POLÍTICO E MORAL” QUE AGRAVOU
CONFLITO
Oor outro lado, o alto-representante
da União Europeia (UE) para os Negócios
Estrangeiros reconheceu hoje que o agra-
vamento do conflito israelo-palestiniano é
“resultado de um falhanço político e moral
coletivo” e que nada foi feito para o resolver
realmente.
“Atragédia que está a desenrolar-se no
Médio Oriente é o resultado de um falhanço
político e moral coletivo, e as populações is-
raelita e palestiniana estão a pagar um preço
alto por isso. Este falhanço político e moral é
resultado da nossa falta de vontade para re-
solver o problema israelo-palestiniano”, disse
Josep Borrell, na abertura de uma conferên-
cia com embaixadores, em Bruxelas.
“Sim... Comprometemo-nos formalmente
com a solução dos dois Estados, mas sem
um plano credível para atingir esse objetivo. A
substância do problema israelo-palestiniano
não é religiosa ou étnica. É um problema de
duas populações que têm o mesmo direito a
viver no mesmo território, por isso, precisam
de partilhá-lo”, acrescentou o chefe da diplo-
macia europeia.
Contudo, hoje “não há condições para a
partilha” e não há solução.
“Ou melhor, havia. Lembram-se de Oslo?
Há 30 anos? Tínhamos isso, mas não o im-
plementámos de todo! A violência aumentou,
os números são dramáticos. É demasiado...
O que é que aconteceu?”, questionou Josep
Borrell, perante os embaixadores dos 27 Es-
tados-membros da UE.
O chefe da diplomacia europeia recon-
heceu que há culpados dos dois lados: “Do
lado israelita, as forças extremistas na Cis-
jordânia querem acabar com o problema pal-
estiniano através da submissão e exílio e na
Cisjordânia o Hamas não está presente”.
E citando o antigo Presidente norte-
americano Barack Obama, o alto-represent-
ante da UE para os Negócios Estrangeiros
recordou que a “estratégia militar de Israel
tem de obedecer à lei internacional, incluindo
a que procura evitar a morte e sofrimento das
populações”.
“Ignorar o custo humano pode fazer rico-
chete”, comentou.
Josep Borrell reconheceu que “a tragé-
dia humanitária em Gaza não tem preceden-
tes” e disse que os “melhores amigos de Is-
rael” têm de transmitir a Telavive que “não
pode estar cega pela raiva”, utilizando uma
expressão utilizada pelo atual Presidente
dos Estados Unidos, Joe Biden.
A destruição do movimento islamista
Hamas “não vai resolver o problema em
Gaza”, advertiu. (NM)

CAIU O PANO DO PRIMEIRO FÓRUM

DE INVESTIMENTO DO NIASSA COM NOTA POSITIVA
(Lichinga) .O Ministro da Indústria
e Comércio, Silvino Moreno, dirigiu a
cerimónia de encerramento do 1º Fórum
de Investimento do Niassa, dando nota
positiva ao evento, avaliando pela con-
cretização dos objectivos traçados.
Na ocasião, o dirigente disse que
foi com muito apreço, que se registou o
interesse expresso pelos empresários
presentes relativamente às oportuni-
dades e projectos existentes no Niassa.
Silvino Moreno revelou que foi
notório a nível dos diferentes momen-
tos de interacção havidos, que o Sector
Privado prossegue com firmeza e soli-
dariedade o seu percurso de ser o motor
do desenvolvimento.
“Gostariamos, por isso, de vos con-
vidar a trazerem a veia inovadora e
a aceitarem o desafio sugerido pelo
Governo: o de investir na Província do
Niassa e daqui procurarem a interna-
cionalização e busca de parcerias de
forma competitiva e moderna” - disse o
dirigente na ocasião.
Ainda na sua intervenção, o titular da
operacional para os Investimentos, está electrificação das comunidades e do
Pasta da Indústria e Comércio, explicou
aberta a prestar a devida assistência” - mercado de créditos de carbono.
que as oportunidades que se abrem com
exortou Moreno. “No geral fazemos um balanço posi-
a adesão de Moçambique a Zona de Co-
Por sua vez, a Governadora do Ni- tivo deste evento, devido aos resulta-
mércio Livre do Continente Africano.
assa, Judite Massegele, referiu que dos aqui alcançados, abrindo uma nova
“Daí que exorto por isso aos em-
durante o dia da Feira, foram trocadas página na história do processo de de-
presários nacionais aqui presentes e
propostas de negócios e experiências senvolvimento sustentável de Niassa”
representados, que com postura idónea
orientadas para a produção, processa- - disse a Elina Judite Massengele na
e inovadora, invistam e façam negócios,
mento, conservacao e comercialização ocasião.
buscando a Internacionalização como
das culturas emergentes como o trigo, É de referir que o Fórum de Investi-
o próximo passo de crescimento. E a
macadâmia, soja e energia, que vão mento do Niassa teve a duração de 01
nossa APIEX que na globalidade tem
dinamizar a agricultura comercial e a dia.
uma responsabilidade de coordenação

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