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ORIGINAL
TABELA 2
Análise descritiva e comparativa da medida que
avalia a intensidade média de dor entre os quatro grupos
III AM 1,0 4,7 2,0 0,337 VIII AM 1,3 6,0 4,3 0,181
AF 1,0 3,3 1,8 AF 2,0 6,0 4,5
NAM 1,0 5,0 2,0 NAM 3,0 6,0 4,3
NAF 1,3 4,3 2,7 NAF 1,0 6,0 4,3
Dimensão Grupo
AM AF NAM NAF
r p r p r p r p
A tabela 7 mostra que, no grupo AF, observou-se uma ficado da dor, trazendo, assim, menos receio a ele, ou ain-
correlação negativa de valor moderado entre a percepção da, o atleta desenvolveria características fisiológicas que
da intensidade média da dor e a utilização de técnicas mal- determinariam maior tolerância e controle da dor5.
adaptativas. Ou seja, nesse grupo, à medida que aumenta a O objetivo deste estudo foi verificar a freqüência da uti-
intensidade média da dor, aumenta a freqüência de utiliza- lização das várias técnicas psicológicas de controle da dor,
ção de técnicas mal-adaptativas (p < 0,05). Não foram ob- não sendo possível, portanto, a verificação de outras variá-
servadas correlações entre a percepção da intensidade veis que poderiam influir sobre a tolerância e controle da
média da dor e as técnicas mal-adaptativas nos demais gru- dor como: quando e como os indivíduos utilizavam essas
pos, assim como nas outras dimensões avaliadas para os técnicas26. Segundo Keefe et al.26 e Syrjala et al.11, além de
quatro grupos estudados. utilizar menos as técnicas mal-adaptativas ou de empregar
mais as adaptativas, o indivíduo deveria aprender como e
DISCUSSÃO quando aplicar essas técnicas; assim, determinadas técni-
cas teriam efeitos melhores em certas situações. Um méto-
Este estudo não demonstrou diferenças significativas do correto de utilização dessas técnicas, baseado em um
entre atletas e não-atletas de ambos os sexos em relação à programa sistemático de aprendizado e treinamento, seria,
freqüência de utilização de técnicas psicológicas de con- então, ideal antes de utilizar técnicas psicológicas de con-
trole da dor. A hipótese previamente formulada de que atle- trole da dor.
tas utilizariam mais as técnicas adaptativas ou ainda que Baseado nas freqüências semelhantes entre atletas e não-
atletas utilizariam menos as técnicas mal-adaptativas foi atletas encontradas, podemos supor que a utilização, pelos
descartada. Desconhecemos outros estudos que tenham atletas, de técnicas psicológicas de controle da dor se dá
comparado essas populações. A possível justificativa para de forma intuitiva, não sendo, portanto, conseqüência de
a maior tolerância à dor pelos atletas4,5 devido à maior uti- qualquer tipo de treinamento e metodologia. Essa hipótese
lização de técnicas psicológicas de controle da dor parece reforça a necessidade de uma metodologia de treinamento
improvável. dessas medidas como parte importante no processo de for-
A causa exata dessa maior tolerância permanece desco- mação e treinamento do atleta. Por estar o atleta em conta-
nhecida, embora existam algumas hipóteses para a mes- to freqüente com a dor, permanece o questionamento: se
ma, entre elas: a maior experiência com a dor vivenciada os atletas utilizassem mais as medidas psicológicas de con-
pelo atleta daria a ele uma avaliação mais realista do signi- trole da dor, sua tolerância à dor não se tornaria ainda maior
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quando comparada com a tolerância à dor dos indivíduos qüência de utilização de técnicas mal-adaptativas, embora
não-atletas? Ou ainda, a performance desses atletas não a maior tendência das mulheres no uso de técnicas mal-
aumentaria, já que alguns trabalhos têm demonstrado que adaptativas seja defendida na literatura31.
a utilização dessas técnicas tem proporcionado melhora da Vários trabalhos têm sido feitos com o objetivo de ex-
performance física8,15? Além disso, um controle maior sobre plorar as possíveis diferenças entre os sexos masculino e
a dor correlaciona-se, muitas das vezes, com maior veloci- feminino em relação à utilização de técnicas psicológicas
dade de recuperação de lesões7, sendo, assim, a utilização de controle da dor20,29,31,32. Este estudo falhou em demons-
dessas técnicas indicada para ambas as populações (atletas trar possíveis diferenças entre os gêneros com relação à
e não-atletas). freqüência do emprego das várias dimensões de técnicas
Pudemos observar que as técnicas mal-adaptativas fo- psicológicas de controle da dor. Tanto na população de atle-
ram aquelas com as menores freqüências em todos os gru- tas, quanto na de não-atletas estudadas, não houve diferen-
pos (p < 0,001). Esse tipo de técnica, quando utilizado fre- ças estatisticamente significativas entre os gêneros. Esses
qüentemente, representa uma tentativa inadequada de resultados vêm confirmar os achados de Kolt et al.32. Esses
regulação da dor, sendo, portanto, ideal que valores próxi- autores estudaram uma população de atletas, comparando
mos a 6 (nunca utilizo) sejam encontrados. Embora os va- homens e mulheres, não observando diferenças significa-
lores nos quatro grupos representassem baixas freqüências tivas entre os gêneros, com exceção feita em uma dimen-
de utilização (entre 4,8 e 5,0), permanece o questionamen- são denominada “procura por suporte social”, em que as
to em relação ao possível efeito de um treino sistemático mulheres utilizariam mais esta dimensão quando compa-
sobre o aumento desses valores (diminuição da freqüên- radas com os homens. Kleinert e Samulski20 observaram
cia). que mulheres usam mais freqüentemente técnicas psicoló-
Em relação à intensidade média da dor, as médias dos gicas de controle da dor, contrastando com os resultados
valores encontrados foram semelhantes nos quatro grupos observados neste estudo. Uma possível justificativa para
estudados. O valor atribuído poderia variar entre 0 (nenhu- essas diferenças estaria na utilização de diferentes instru-
ma sensação de dor) e 9 (sensação de dor mais intensa que mentos de coleta de dados. Uma dificuldade em relação à
se possa imaginar) estando sempre os valores dos grupos comparação dos resultados obtidos nos vários estudos se
entre 4,0 (não-atleta masculino) e 5,5 (atleta feminino), deve aos vários instrumentos para mensuração da freqüên-
caracterizando dores de intensidade média. Esses dados se cia de uso de técnicas psicológicas de controle da dor dis-
assemelham ao estudo realizado por Kleinert e Samulski20, poníveis na literatura25,33,34, além das várias classificações
em que se observou média de dor em uma população de dessas técnicas. A existência desses vários instrumentos e
atletas jovens de 4,9. classificações torna complicadas as comparações entre os
A hipótese levantada previamente sobre a possível cor- estudos, já que técnicas aparentemente semelhantes apre-
relação entre a percepção de intensidade da dor e a escolha sentam, muitas das vezes, diferenças conceituais. Uma
específica de uma das dimensões de técnicas adaptativas mesma técnica dissociativa pode receber, em diferentes
de controle da dor foi comprovada neste estudo. Porém, estudos, também a denominação de técnica de atenção fo-
somente no grupo AF para as técnicas mal-adaptativas (p < calizada ou ainda de técnica de somatização10. Portanto, a
0,05). Trata-se de uma correlação negativa moderada (r = maior exploração da eficácia e das características das téc-
–0,47), ou seja, à medida que aumenta a intensidade da nicas psicológicas de controle da dor deve passar por uma
dor, o grupo AF utiliza mais as técnicas mal-adaptativas unificação de terminologias e instrumentos, facilitando,
(escala 1 = sempre utilizo, escala 6 = nunca utilizo). Essa assim, estudos comparativos.
correlação demonstra uma tendência desse grupo em ado- Segundo Reid et al. citado por Unruh31, as mulheres têm
tar medidas inadequadas de controle da dor ao se deparar probabilidade maior de utilização de catastrofização (téc-
com intensidades maiores de dor. Outros autores27-30 têm nica mal-adaptativa) quando comparadas com os homens.
demonstrado correlações semelhantes, embora todos eles Unruh31 observou, em revisão sobre o assunto, que as mu-
tenham avaliado uma população normal com dor crônica, lheres têm normalmente um repertório maior de técnicas
o que dificulta possíveis comparações. A razão exata pela de controle da dor, incluindo comportamento ativo, técni-
qual a correlação entre essas variáveis tenha ocorrido so- cas cognitivas, técnicas evitacionais, estratégias de focaliza-
mente nesse grupo é desconhecida. Nos outros grupos es- ção emocional, procura de suporte social, relaxamento e
tudados, a escolha da utilização de técnicas mal-adaptati- distração, enquanto que os homens têm um comportamen-
vas parece ser conseqüência de uma avaliação pessoal to mais direto sobre uma possível ação, estratégias de fo-
independente da intensidade da dor percebida. O fato de calização do problema, negação, redefinição, atividades
ser atleta e mulher não determinou nesse estudo maior fre- para redução da tensão (consumo de álcool, cigarro e dro-
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gas). Destaca-se aqui que as amostras utilizadas nesses es- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
tudos consistem em pacientes com dor de duração prolon-
Atletas e não-atletas, de ambos os sexos, utilizam, com
gada, estando aqui talvez uma possível justificativa para as
a mesma freqüência, técnicas psicológicas adaptativas e
diferenças em relação a este estudo, no qual, na amostra
mal-adaptativas de controle da dor. Atletas do sexo femini-
utilizada, apenas 39,15% dos indivíduos entrevistados ti-
no utilizam significativamente mais (p < 0,05) as técnicas
nham duração de dor superior a seis meses (dor crônica).
psicológicas mal-adaptativas, à medida que aumenta a in-
Em relação às técnicas adaptativas de controle da dor,
tensidade média da dor. As técnicas psicológicas mal-adap-
pode-se observar que as técnicas de distração foram, entre
tativas, seguidas pelas técnicas de distração, são as menos
as técnicas adaptativas, aquelas que obtiveram menores fre-
freqüentemente utilizadas em todos os quatro grupos estu-
qüências de utilização em todos os grupos. Esse tipo de
dados (p < 0,001). As técnicas motivacionais e de regula-
técnica baseia-se no desvio da atenção em relação ao fenô-
ção de tensão corporal são as mais freqüentemente utiliza-
meno doloroso; sua eficácia na redução da percepção do-
das em todos os quatro grupos estudados (p < 0,001).
lorosa em dores crônicas e agudas aparece de forma clara
na literatura12,13,35,36. Essa baixa freqüência relativa a esse Este trabalho se propôs a avaliar possíveis diferenças na
tipo de técnica vem reafirmar a hipótese de que a utiliza- freqüência de utilização de técnicas psicológicas de con-
ção de técnicas psicológicas de controle da dor, tanto em trole da dor em atletas e não-atletas de ambos os sexos. A
indivíduos atletas, quanto em indivíduos não-atletas, se ba- literatura mostra que, além de utilizar mais ou menos essas
seia na intuição e não em informações prévias sobre eficá- técnicas, a avaliação de quando e como esses indivíduos as
cia e metodologia de utilização das mesmas. usam é necessária para a maior compreensão da influência
As técnicas motivacionais (cognitivas) e regulação da dessas técnicas no controle da dor. Trabalhos que objeti-
tensão corporal (comportamentais) foram as mais utiliza- vassem a avaliação desses fatores talvez pudessem escla-
das em todos os grupos. Esses dados confirmam os acha- recer melhor possíveis diferenças entre essas populações.
dos de Kleinert e Samulski20, que observaram maiores fre- O grande número de instrumentos e classificações rela-
qüências de utilização de técnicas de regulação corporal tivos à utilização de técnicas psicológicas de controle da
em atletas jovens (< 21 anos). A utilização dessa técnica dor são fatores que prejudicam a comparação dos vários
estaria relacionada a uma série de efeitos positivos, alguns resultados disponíveis na literatura. A unificação de clas-
deles relacionados com a dor. Entre eles: diminuição da sificações e instrumentos talvez fosse um passo importan-
freqüência cardíaca, redução da freqüência respiratória, te na obtenção de maiores conclusões sobre este tema.
aumento do consumo de oxigênio, redução da tensão mus- Através da revisão bibliográfica realizada, pode-se ob-
cular, redução da resposta galvânica da pele, redistribui- servar que o estudo das técnicas psicológicas de controle
ção do fluxo sanguíneo, redução da pressão arterial, redu- da dor ainda é bastante incipiente no esporte, o que difi-
ção do lactato e colesterol, aumento da reatividade ao culta comparações dos resultados obtidos com outros es-
estresse, melhora do sistema imunológico e redução do tudos. Fato que não acontece com estudos que investigam
cortisol que inibe a reparação de fibras musculares38. Se- populações de pacientes com dor crônica. Esperamos que
gundo Haythornwaite et al.18, a utilização de técnicas mo- este estudo possa servir como estímulo para próximos tra-
tivacionais (chamadas de automotivacão) estaria relacio- balhos, já que esse tipo de técnica parece influenciar, de
nada à maior percepção de controle da dor. maneira significativa, o controle da dor, a velocidade de
O estabelecimento de metas e a procura de informação recuperação de lesões, assim como a performance dos atle-
tiveram, no geral, freqüências altas de utilização em todos tas.
os grupos, sendo as mais utilizadas nos grupos AM e NAF. A eficiência da intervenção psicológica sobre a dor in-
Segundo Ievleva e Orlick39, a maior utilização de estabele- dica a necessidade da investigação sobre os efeitos da uti-
cimento de metas está relacionada à maior velocidade de lização de programas combinados entre as áreas psicológi-
recuperação de lesões. ca, fisioterápica e médica sobre a recuperação de lesões.
De maneira geral, pudemos observar que, em todos os Os dados semelhantes encontrados na comparação da
grupos, a distribuição das freqüências de utilização de téc- freqüência de utilização de técnicas psicológicas entre atle-
nicas psicológicas de controle da dor sofre pequenas varia- tas e não-atletas reforçam a hipótese da não introdução e
ções, destacando-se a alta freqüência de utilização de téc- aplicação, de maneira sistemática, desse tipo de técnica no
nicas motivacionais e de regulação de tensão corporal, além meio esportivo. Isso torna clara a necessidade da divulga-
da baixa freqüência de utilização de técnicas mal-adaptati- ção desse tipo de técnica entre atletas, treinadores, prepa-
vas, semelhantes às freqüências de utilização de técnicas radores físicos, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e ou-
de distração nos grupos AF e NAM. tros profissionais da área esportiva.
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