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«Aquilo que nós estamos hoje a celebrar é um momento inaugural de uma instituição
pioneira, que, pela primeira vez na história, reúne os países atlânticos em torno
daquilo que os une: o oceano Atlântico. Parece estranho que isso nunca tenha
acontecido no passado», acrescentou.
O Centro do Atlântico (Atlantic Centre) foi criado através de uma declaração conjunta
assinada por 16 países: Alemanha, Angola, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Estados Unidos
da América, França, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Marrocos, Portugal, Reino
Unido, São Tomé e Príncipe, Senegal e Uruguai.
Apoio à paz
João Gomes Cravinho disse que a proposta portuguesa, feita inicialmente pelo Ministro
Azeredo Lopes, foi «recebida de forma muito espontânea, muito imediata» e «com
grande satisfação» pelos restantes países que integram o centro.
«Aquilo que estamos a propor aqui é, na realidade, uma nova perspetiva, uma nova
frente de apoio à paz e à estabilidade no oceano Atlântico, que é tão importante para
nós e para tantos outros países», disse.
O centro vai permitir um diálogo político «que nunca aconteceu» até agora, envolvendo
todas as partes do Atlântico, mas também a partilha de conhecimento entre
universidades, centros de investigação e forças armadas dos diferentes países e a
capacitação e formação.
Primeiro curso
O Ministro referiu que «tivemos aqui esta semana o primeiro curso de muitos,
esperemos, juntando auditores e muitos países do Atlântico e professores de um
elevado número de países para criar um conhecimento partilhado».
A participação no centro é «aberta a todos os países do Atlântico», tendo como critério
fundamental «o empenho na paz e na estabilidade do Atlântico», disse.
A sede do centro será instalada na base das Lajes, na ilha Terceira. «Queremos que a
base das Lajes seja o epicentro do Atlantic Centre. Os cursos, tal como aquele que hoje
acaba, terão lugar aqui na base das Lajes, que tem excelentes instalações e haverá um
investimento do Ministério da Defesa em novas infraestruturas», afirmou.
«A relevância do Atlantic Centre vai muito para além da mera ideia de criar novos
empregos para substituir empregos que, entretanto, desapareceram. Alguns empregos
virão, empregos qualificados, o que levará à fixação de pessoas aqui na ilha Terceira,
mas neste momento ainda é muito cedo para poder quantificar», disse.