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2ª Câmara
Presidente
Conselheiro Interino João Batista de Camargo Júnior
Integrantes
Conselheiro Interino Isaias Lopes da Cunha
Conselheiro Interino Moises Maciel
Corpo Técnico
Secretaria-Geral do Tribunal Pleno Consultoria Técnica
Ligia Maria Gahyva Daoud Abdallah Gabriel Liberato Lopes
Corpo de Gestão
Chefe de Gabinete da Presidência Secretaria de Comunicação Social
Glauber Silva Tocantins Américo Santos Corrêa
Negócio Valores
Controle da gestão dos recursos públicos. Justiça: Pautar-se estritamente por princípios de jus-
tiça, pela verdade e pela lei, com integridade, equi-
Missão dade, coerência, impessoalidade e imparcialidade.
Controlar a gestão dos recursos públicos do Estado e Qualidade: Atuar com inovação e de forma ágil,
dos municípios de Mato Grosso, mediante orientação, tempestiva, efetiva, eficiente e eficaz, com base em
avaliação de desempenho, fiscalização e julgamento, padrões de excelência de gestão e de controle.
contribuindo para a qualidade e a efetividade dos
serviços, no interesse ada sociedade. Profissionalismo: Atuar com base nos princípios e
valores éticos e de forma independente, técnica, res-
As ilustrações contidas nesta obra possuem direitos reservados e reprodução permitida apenas com a autorização expressa do ilustrador e
da Editora PubliContas – art. 184 do Código Penal e Lei Federal nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
As informações técnicas são de livre reprodução, total ou parcial, desde que citada a fonte.
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CDU 35.077.6
Jânia Gomes da Silva
CRB1 2215
Produção de Conteúdo
Consultoria Técnica
Supervisão
Volmar Bucco Júnior.........................Secretário-Geral de Controle Externo
Coordenação e Revisão
Gabriel Liberato Lopes......................Secretário-Chefe da Consultoria Técnica
Elaboração
Natel Laudo da Silva........................Auditor Público Externo
Colaboração
Guilherme de Almeida......................Auditor Público Externo
Saulo Pereira de Miranda e Silva.......Auditor Público Externo
Richard Maciel de Sá........................Auditor Público Externo
Produção Editorial
Secretaria de Comunicação Social
Supervisão
Américo Corrêa................................Secretário de Comunicação Social
Edição e Fechamento de Arquivo
PubliContas - Editora do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso
Doriane de Abreu Miloch..................Coordenadora da PubliContas
Capa
Boanerges Capistrano.......................Publicitário Rua Conselheiro Benjamin Duarte Monteiro, nº 1
Revisão Ortográfica Centro Político e Administrativo | CEP: 78049-915 | Cuiabá-MT
Andhressa Sawaris Barboza +55 65 3613-7561 | publicontas@tce.mt.gov.br
Ilustração www.tce.mt.gov.br/publicontas
iStockphoto|Bitter
Sumário
Apresentação.................................................................................................. 9
Agentes Políticos........................................................................................... 10
Subsídio.................................................................................................................................................... 10
Direitos..................................................................................................................................................... 13
Acumulação de cargos............................................................................................................................... 14
Despesas e recebimentos indenizatórios..................................................................................................... 15
Câmara Municipal......................................................................................... 17
Limites constitucionais e legais da Câmara Municipal.................................................................................. 17
Repasse financeiro para a Câmara Municipal, sua base de cálculo, e outras receitas.................................... 19
Orçamento, gasto total, repasse e sobra financeira da Câmara.................................................................... 21
Despesas da Câmara.................................................................................................................................. 23
Pessoal e membros da Câmara Municipal................................................................................................... 25
Julgamento das contas de governo do Prefeito Municipal........................................................................... 25
Licitação e contrato.................................................................................................................................... 26
Gestão e controle interno........................................................................................................................... 26
Consórcios Públicos....................................................................................... 28
Definições, execução orçamentária, contrato de rateio, licitação e contabilidade......................................... 28
Pessoal e controle interno.......................................................................................................................... 31
Controle Interno........................................................................................... 33
Sistema de Controle Interno, Unidade de Controle Interno e normas de controle........................................ 33
Cargos e pessoal da Unidade de Controle Interno....................................................................................... 34
Gestão e atuação do controle interno......................................................................................................... 35
Convênios..................................................................................................... 38
Despesa........................................................................................................ 41
Conceitos, classificação, fases e estágios...................................................................................................... 41
Adiantamento, verba indenizatória e diárias............................................................................................... 43
Finalidade da despesa................................................................................................................................ 46
Despesas e atendimento ao art. 42 da LRF................................................................................................. 49
Restos a pagar e despesas de exercícios anteriores...................................................................................... 51
Educação...................................................................................................... 52
Aplicação mínima, base de cálculo e gastos com educação......................................................................... 52
Fundeb...................................................................................................................................................... 53
Piso salarial nacional dos profissionais do magistério.................................................................................. 60
Licitação e Contrato...................................................................................... 62
Licitação: disposições gerais....................................................................................................................... 62
Parcelamento e fracionamento de despesas................................................................................................ 65
Contratação direta..................................................................................................................................... 66
Habilitação licitatória e contratual.............................................................................................................. 69
Sanções administrativas............................................................................................................................. 71
Sistema de Registro de Preços.................................................................................................................... 72
Pregão....................................................................................................................................................... 74
Obras e serviços de engenharia.................................................................................................................. 75
Tratamento diferenciado às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte................................................... 77
Contratos administrativos........................................................................................................................... 79
Patrimônio.................................................................................................... 86
Classificação, controle e baixa de bens públicos.......................................................................................... 86
Alienação de bens públicos........................................................................................................................ 87
Pessoal......................................................................................................... 89
Conceitos, direitos sociais, deveres e remuneração...................................................................................... 89
Acumulação de cargos, empregos e funções públicas.................................................................................. 93
Admissão de pessoal e cessão de servidores............................................................................................... 95
Despesa com pessoal................................................................................................................................. 99
Despesa com pessoal e o parágrafo único do art. 21 da LRF..................................................................... 103
Nepotismo.............................................................................................................................................. 103
Previdência................................................................................................. 115
Regime previdenciário e vinculação.......................................................................................................... 115
Benefícios................................................................................................................................................ 116
Despesas administrativas.......................................................................................................................... 116
Aplicação financeira e disponibilidade de caixa........................................................................................ 118
Contribuição previdenciária...................................................................................................................... 119
Déficit atuarial e plano de amortização do RPPS....................................................................................... 119
Receita....................................................................................................... 120
Conceito e classificação............................................................................................................................ 120
Movimentação de recursos....................................................................................................................... 121
Arrecadação............................................................................................................................................ 121
Renúncia, compensação e prescrição........................................................................................................ 122
Saúde......................................................................................................... 124
Base de cálculo e aplicação mínima na saúde........................................................................................... 124
Ações e serviços públicos de saúde.......................................................................................................... 125
Terceirização e parceria na saúde............................................................................................................. 126
Fundo de saúde....................................................................................................................................... 127
Glossário..................................................................................................... 132
A atuação orientativa e pedagógica do Tribu- Apesar de boa parte da cartilha perfilar uma
nal de Contas de Mato Grosso, juntamente com o linguagem objetiva e concisa, em algumas questões
exercício de fiscalização e da avaliação de resultados um certo aprofundamento foi necessário, mas, mes-
das políticas públicas, constitui instrumento basilar mo nesses casos, utilizou-se de uma abordagem mais
na busca pela garantia do controle externo da gestão conceitual e didática, de forma a atender tanto ao
dos recursos públicos, de forma a contribuir para a cidadão comum, alheio aos conceitos e práticas da
qualidade e a efetividade dos serviços públicos no gestão pública, quanto ao estudioso e pesquisador
interesse da sociedade. adstrito às áreas técnicas da Administração Pública.
Nesse contexto, esta 4ª edição – revista, atuali- O conteúdo da cartilha, embora não vincule as
zada e ampliada – da cartilha “Perguntas frequentes decisões a serem proferidas pelo Tribunal de Contas,
e respostas aos fiscalizados”, é apresentada como ma- tem por base principal os entendimentos adotados
terial referencial e destaque que proporciona grande em súmulas, prejulgados, decisões em consulta e
contribuição no âmbito do papel orientativo do Tribu- precedentes em caso concreto, firmados com base
nal de Contas em prol dos fiscalizados e da sociedade. nas disposições das Constituições Federal e Estadual
A cartilha traduz, com uma escrita menos técni- e da legislação infraconstitucional, na jurisprudência
ca e mais palatável, muitos dos entendimentos vigen- nacional e até na doutrina vigente.
tes no TCE-MT e das orientações informais prestadas Como nas edições anteriores, para facilitar o
pela Consultoria Técnica aos fiscalizados e à socie- manuseio do material, o conteúdo foi dividido em
dade, amparados pelo ordenamento jurídico, pela temas, organizados em ordem alfabética, além da
jurisprudência e pela literatura doutrinária pertinente. divisão de cada tema em subtemas, dando maior
O conteúdo da cartilha é disposto para servir especialidade à pesquisa, além do aumento de 529
como referência tanto para a gestão pública fiscalizada perguntas, da edição anterior, para 599 perguntas
pelo Tribunal de Contas, de modo a coibir e corrigir nesta edição.
falhas na gestão de recursos públicos, quanto para o Boa leitura e bons estudos!
cidadão ou organizações que desejam realizar o con-
trole social dos recursos aplicados pelos entes públicos Gonçalo Domingos Neto
de Mato Grosso. Conselheiro Presidente
Subsídio
1. O subsídio do prefeito, vice-prefeito e dos mente a reposição das perdas inflacionárias do pe-
secretários municipais pode ser fixado para vigorar ríodo, por meio da Revisão Geral Anual (art. 37, X,
na mesma legislatura? CF/1988), desde que ocorra com base no mesmo ín-
Sim. Não há exigência para que o subsídio do dice concedido aos servidores municipais, podendo
prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais ser concedido em data diferente, porém dentro do
seja fixado em uma legislatura para vigorar somente mesmo exercício financeiro.
na seguinte, salvo se a Lei Orgânica do Município
estabelecer tal regra. 5. Além da Revisão Geral Anual, é possível que
os aumentos reais concedidos a determinada cate-
2. O subsídio dos vereadores pode ser fixado goria de servidores sejam repassados ou estendidos
para vigorar na mesma legislatura? aos vereadores?
Não. Em observância ao princípio da anteriori- Não. Tais aumentos não se revertem aos verea-
dade, e conforme o inciso VI do artigo 29 da Consti- dores, a eles cabendo somente o subsídio fixado para
tuição Federal (CF/1988), o subsídio dos vereadores cada legislatura, desde que atendidos os tetos consti-
deve ser fixado em uma legislatura para vigorar na tucionais – subsídio do prefeito e percentual especí-
seguinte. Caso isso não ocorra, prevalece o ato nor- fico do subsídio do deputado estadual –, e a Revisão
mativo que fixou o subsídio para vigorar na legisla- Geral Anual para reposição de perdas inflacionárias,
tura anterior. que também deve atender aos tetos constitucionais.
3. Que providência adotar caso a Lei Orgânica 6. É possível reduzir o subsídio dos vereadores
do Município estabeleça que o subsídio do prefei- durante a legislatura para fins de atendimento ao
to, vice-prefeito, dos secretários municipais e dos limite legal de despesa com pessoal?
vereadores seja fixado no último ano da legislatu- Sim. Desde que, após a adoção de todas as
ra, antes das eleições, para vigorar na legislatura medidas de adequação dos gastos com pessoal da
seguinte, e isso não ocorra? Câmara Municipal, ainda persista excesso em relação
Nesse caso, os subsídios para a legislatura se- aos limitadores legais.
guinte permanecerão os mesmos que estejam em
vigência no município, não se aplicando o ato nor- 7. É possível os membros da Mesa Diretora da
mativo que for editado depois do prazo previsto na Câmara Municipal e, em especial, seu presidente,
Lei Orgânica. receberem subsídio diferenciado em relação aos
demais vereadores? Sendo possível, o subsídio
4. O subsídio dos vereadores pode ser aumen- diferenciado deve atender aos limites constitu-
tado durante a legislatura? cionais e legais?
Sim. Entretanto, o reajuste deve objetivar so- Aos membros da Mesa Diretora da Câmara
21. Os prefeitos e vice-prefeitos podem receber 24. O que são e quais são os tipos de licenças
13º subsídio e férias? concedidas aos vereadores?
Sim, é possível, mediante a instituição e regu- As licenças concedidas aos vereadores são os
lamentação por lei específica de iniciativa do Poder afastamentos do mandato decorrentes de situações
Legislativo – art. 29, V, CF/1988 –, sendo que no caso que lhes impossibilitam ou dificultam o exercício das
dos vice-prefeitos, a possibilidade existirá somente funções parlamentares, com previsão normativa no
se exercerem, efetiva e permanentemente, uma fun- Regimento Interno do Legislativo e, principalmente,
ção administrativa junto à Administração Municipal, na Lei Orgânica Municipal.
como a de secretário municipal. Os afastamentos podem ocorrer em situações
como:
22. Aos secretários municipais são devidos os di- a. licença para tratamento de saúde; e
reitos sociais estendidos aos servidores públicos, b. licença para tratar de interesse particular.
dentre eles o 13º salário e férias?
Sim. Aos secretários municipais são devidos 25. A licença concedida ao vereador para tratar
os direitos assegurados aos servidores ocupantes de de interesse particular tem prazo limitado e é re-
cargos públicos e elencados no artigo 39, § 3º, da munerada?
Constituição Federal. A percepção de férias e décimo A Lei Orgânica do município deve limitar, de
terceiro subsídio deve ser instituída e regulamentada forma razoável, o prazo temporal máximo para a con-
por lei específica de iniciativa da Câmara Municipal. cessão de licença ao vereador para tratar de interesse
particular, além de, obrigatoriamente, definir a im-
23. O vereador pode receber férias e 13º subsídio? possibilidade de remuneração durante esse período.
Sim, é possível, desde que tais direitos sejam
instituídos e regulados por meio de ato legislativo. 26. Durante o período de licença-saúde concedida
Devido ao caráter remuneratório desses direitos, de- ao vereador, quem deve ser o responsável pelo
vem atender ao princípio da anterioridade – art. 29, ônus de sua remuneração?
VI, da CF/1988 –, sendo que serão consignados em Na licença-saúde, remunerada, decorrente do
uma legislatura para vigorarem na próxima. direito social do vereador nas situações em que o
Em relação às férias, devem coincidir com o fato alegado seja irrefutável, seja por doença, seja
período de recesso parlamentar, sem prejuízo do res- por internação, o vínculo com o Regime Geral da
pectivo adicional de férias. Previdência Social obriga o Legislativo municipal ao
pagamento dos primeiros 15 dias da licença, cabendo
ao INSS o pagamento do período adicional.
27. O prefeito pode exercer, concomitantemen- horários – o que impede o exercício si-
te, o seu mandato com outro cargo, emprego ou multâneo – o vereador deverá se afas-
função pública? tar do cargo de provimento efetivo e
Não. É vedado o exercício simultâneo do man- optar por uma das duas remunerações;
dato de prefeito com qualquer outro cargo, emprego c. Há casos em que a acumulação do
ou função pública, incluindo o cargo de secretário mandato de vereador com determi-
municipal. Por outro lado, é legalmente possível que nados cargos efetivos implica na inob-
o prefeito avoque para si, por meio de decreto, em servância dos princípios constitucionais
caráter transitório, excepcional e por motivos rele- da impessoalidade e da moralidade,
vantes devidamente justificados, as atribuições de a exemplo dos cargos de Procurador
secretário municipal, sem a necessidade de renúncia Jurídico, Controlador Interno e Conta-
ou licença do cargo eletivo, sendo-lhe vedada a acu- dor da Prefeitura, hipóteses nas quais
mulação de remuneração. o vereador deverá se afastar do cargo
Quando o titular de cargo, emprego ou função efetivo e optar por uma das duas re-
pública assumir o mandato de prefeito deverá optar munerações, mesmo havendo compa-
por uma das remunerações, sendo vedada a percep- tibilidade de horários.
ção remuneratória cumulativa. II. Mandato eletivo de vereador e demais car-
gos:
28. O vice-prefeito pode exercer, concomitante- a. É vedado ao vereador celebrar contra-
mente, o seu mandato com outro cargo, emprego to com a Administração, bem como
ou função pública? ocupar cargos em comissão e funções
Sim, desde que haja compatibilidade de horá- de confiança;
rios, sendo permitida a acumulação de vencimentos. b. Exceção: o vereador poderá ocupar o
cargo de secretário municipal, desde
29. O vice-prefeito pode acumular a função de que se licencie do mandato eletivo.
secretário municipal?
Sim. Mas, neste caso, deve optar por uma das 31. No exercício do mandato eletivo, é possível
remunerações. ao vereador exercer cargo de provimento efetivo
em outro município?
30. O vereador pode acumular seu mandato ele- Sim. O vereador pode exercer o cargo de pro-
tivo com um cargo, emprego ou função pública? vimento efetivo em outro município, desde que haja
Em determinados casos, sim. As regras para a compatibilidade de horários e que não fixe residência
acumulação do mandato eletivo de vereador com fora do município onde exerce o mandato, o que
cargo, emprego ou função na Administração Pública poderá ensejar a cassação do seu mandato, conforme
são as seguintes: preconizado no Decreto Lei nº 201/1967, artigo 7º,
I. Mandato eletivo de vereador e cargo efetivo: inciso II, devendo o agente político atentar-se para
a. Havendo compatibilidade de horá- os dispositivos estabelecidos na Lei Orgânica do mu-
rios – é possível o exercício simultâneo, nicípio no que se refere às incompatibilidades e limi-
acumulando-se as remunerações; tações ao exercício da vereança.
b. Não havendo compatibilidade de
35. O vereador pode receber dinheiro para reali- pelo TCE-MT – Acórdãos 2.181/2007 e 2.619/2006
zar despesas do seu gabinete, tais como aquisição –, sendo que a concessão não pode servir para a rea-
de material de escritório, gastos com telefone e lização de despesas com gabinete do agente político,
pessoal? e também não pode ser destinada ao pagamento de
Não. Tal procedimento configura a instituição de despesas indenizadas por meio de diárias ou outra
verba de gabinete, considerada ilegal pelo TCE-MT. verba indenizatória, sob pena de pagamento em du-
Tais despesas devem ser realizadas pelo presidente plicidade.
da Câmara Municipal, a quem compete suprir essas
necessidades, de maneira global, não cabendo a des- 38. O vereador pode receber verba indenizatória?
centralização orçamentário-financeira desses gastos. Sim. É constitucional o pagamento de verba in-
denizatória aos vereadores, destinada ao custeio de
36. O prefeito, o vice-prefeito, os vereadores e gastos realizados no exercício do mandato, com base
os secretários municipais podem receber diárias? em lei autorizativa que deve especificar quais gastos
Sim. Esses agentes políticos podem receber di- estão compreendidos na parcela, sendo interrompi-
árias, destinadas a cobrir despesas com alimentação, do o pagamento quando cessar a situação que deu
hospedagem e locomoção, visando ao interesse públi- ensejo à indenização.
co, desde que haja autorização em lei.
39. A concessão de verba indenizatória aos vere-
37. É legal a concessão de adiantamento para adores pode ser acumulada com diárias e adian-
prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários tamento?
municipais? Sim, desde que as respectivas concessões decor-
Sim, desde que haja previsão em legislação mu- ram de fatos geradores distintos.
nicipal, com cumprimento de requisitos prescritos
45. Quais os limites de gastos impostos ao Poder 70% de sua receita com folha de pagamento, incluídos
Legislativo Municipal? os subsídios dos vereadores, não sendo inclusos os gas-
A Câmara Municipal deve observar, simultanea- tos com inativos, pensionistas, encargos previdenciários
mente, todos os limites a seguir discriminados: e serviços prestados por terceiros, salvo, neste último
I) Limite de gasto total (art. 29-A da Cons- caso, os que configurarem substituição ilícita de servi-
tituição Federal): dores públicos ou representarem a burla ao princípio
O total das despesas do Poder Legislativo Mu- do concurso público, quando serão abrangidos.
nicipal, incluídos os subsídios dos vereadores e ex-
cluídos os gastos com inativos e pensionistas, não IV) Limite de gasto com subsídio dos verea-
pode ultrapassar os percentuais incidentes sobre o dores (art. 29, VII, CF/1988):
somatório das receitas tributárias e das transferências O total da despesa com subsídio dos vereadores
previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159 não pode ultrapassar o limite de 5% da receita total
da Constituição Federal, efetivamente realizado no do município.
exercício anterior, conforme informações a seguir:
V) Limites do subsídio dos vereadores:
NÚMERO DE PERCENTUAL a. o subsídio máximo do vereador não pode
HABITANTES DO SOBRE A RECEITA ultrapassar os percentuais dos subsídios dos
MUNICÍPIO BASE deputados estaduais (art. 29, VI, CF/1988),
Até 100.000 7% conforme informações relacionadas a seguir:
100.001 a 300.000 6%
300.001 a 500.000 5% NÚMERO DE % SOBRE SUBSÍDIO
500.001 a 3.000.000 4,5% HABITANTES DO DO DEPUTADO
MUNICÍPIO ESTADUAL
3.000.001 a 8.000.000 4%
até 10.000 20%
Acima de 8.000.000 3,5%
de 10.001 a 50.000 30%
48. Os gastos com obras de reforma ou amplia- 52. As despesas referentes ao pagamento de bol-
ção da sede do Legislativo Municipal devem ser sas de estágio no âmbito da Câmara Municipal
computados no gasto total para cumprimento do devem ser computadas na folha de pagamento?
limite constitucional? As despesas com bolsas de estágio não devem ser
Sim, mas somente aqueles gastos realizados com computadas para efeito da apuração do limite previsto
recursos próprios, o que exclui os gastos realizados no § 1º, do art. 29-A, da CF/1988, tendo em vista que
pelo Executivo Municipal. o conceito de “folha de pagamento” abrange exclusi-
vamente as parcelas remuneratórias dispendidas pela
49. Os gastos da Prefeitura Municipal para a re- contraprestação de um serviço prestado sob vínculo
alização de concurso público da Câmara Munici- empregatício, o que não inclui a contraprestação devi-
pal devem ser computados na despesa total do da a estagiários a título de bolsas. Ademais, observa-se
Legislativo? que a própria Lei Federal nº 11.788/2008, que dispõe
Não, por não serem dispêndios realizados com sobre o estágio de estudantes, em seu art. 3º, reconhe-
recursos próprios da Câmara. ce a inexistência de vínculo empregatício do estagiário
com a concedente do estágio.
66. A Câmara Municipal pode alterar o projeto 68. Poderão ser fixados no orçamento da Câmara
de Lei Orçamentária Anual sem indicar a fonte Municipal valores inferiores ao limite estabelecido
de recurso? no art. 29-A da Constituição Federal, para gastos
Não. Nos termos do art. 166, § 3º, da CF/1988, da Câmara Municipal?
as emendas ao projeto de lei do orçamento anual Sim. Considerando que o limite estabelecido no
ou aos projetos que o modifiquem somente podem art. 29-A da Constituição Federal é o máximo autori-
ser aprovadas caso sejam compatíveis com o Plano zado, poderão ser fixados valores inferiores, desde que
Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e suficientes para a manutenção da Câmara Municipal.
indiquem os recursos necessários. Comumente o orçamento da Câmara é fixado
com valor abaixo do limite constitucional, uma vez
67. A Câmara Municipal pode rejeitar o projeto que o projeto de lei respectivo é definido antes do
de Lei Orçamentária Anual? encerramento do exercício, com base na receita efeti-
Em regra, não, uma vez que a rejeição do proje- vamente arrecadada até o momento mais a projeção
to de LOA pela Câmara Municipal somente é possível da arrecadação dos meses subsequentes, sendo que
quando comprovada a extrema distorção e incongru- na prática a arrecadação pode ser superior à projeção.
ência do referido projeto, com impossibilidade de Dessa forma, não se pode apresentar a alegação
receber correções via emendas. de que a Câmara Municipal tem direito adquirido a
um orçamento exatamente igual ao valor do limite
constitucional, sendo-lhe devido apenas o valor con-
signado no orçamento.
72. Qual o tratamento dado pelo Tribunal de Con- 75. O orçamento da Câmara Municipal pode ser
tas, no âmbito do controle externo, à situação reduzido no decorrer do exercício?
irregular em relação à transferência do duodécimo Sim. Considerando que o limite constitucional
à Câmara Municipal, seja pelo não repasse ou por corresponde ao valor máximo de gastos, o orçamen-
repasses feitos a menor ou a maior? to poderá ser reduzido para corresponder à real ne-
Em qualquer das situações, trata-se de irregula- cessidade da Câmara Municipal, evitando sobra de
ridade que pode ensejar a reprovação no julgamento recursos ou promovendo sua adequação. Nos casos
de processos de contas de gestão do Executivo Mu- em que tenham sido autorizados gastos superiores ao
nicipal, com a possibilidade de aplicação de multa limite constitucional, a redução é obrigatória.
Despesas da Câmara
80. A Câmara Municipal é obrigada a conceder 81. O Legislativo Municipal pode conceder diá-
diárias aos seus servidores e vereadores nos mes- rias para indenizar vereador que reside em local
mos valores fixados pelo Executivo? distante da sede do Município para participar das
Não. O Poder Legislativo Municipal não está sessões da Câmara?
obrigado a vincular os valores de diárias àqueles fi- Não, pois tal procedimento é ilegal, sob pena de
xados pelo Executivo, salvo se houver lei que assim determinação de ressarcimento ao erário pelo órgão
estabeleça, devendo a sua concessão ser disciplinada de controle externo.
em legislação específica, com observância à disponi- A concessão de diárias tem como objetivo cobrir
bilidade orçamentária e financeira, em conformidade despesas de alimentação, estadia e locomoção, mas
com a LRF. somente quando o agente público se deslocar da sede
da repartição para exercer as atribuições inerentes ao
cargo ocupado em outro município.
90. A Câmara Municipal pode fixar ou alterar 92. A Câmara Municipal pode contratar servidor
a remuneração de seus servidores por meio de da Prefeitura Municipal para a prestação de ser-
Resolução ou Decreto Legislativo? viços contábeis?
Não. Nesse caso é obrigatória lei em sentido Não. O cargo de contador do Legislativo Mu-
estrito de iniciativa do Legislativo, nos termos do art. nicipal deve ser criado por lei, constar do Plano de
37, X, da CF/1988. Cargos, Carreiras e Salários e ser provido por meio de
Com base na autonomia dos Poderes, conforme concurso público.
previsão nos arts. 2º e 51 da CF/1988, o Legislativo Mu-
nicipal pode dispor, por Resolução ou Decreto, de outras 93. Há necessidade de a Câmara Municipal nor-
matérias como fixação de subsídios de seus vereadores, matizar o abandono e as faltas dos vereadores às
sua organização, funcionamento, polícia, transformação, sessões plenárias?
criação ou extinção dos cargos, empregos e funções. Sim. O Regimento Interno da Câmara Municipal
deverá normatizar matéria relativa aos abandonos e
91. A Câmara Municipal pode ceder servidores às faltas dos vereadores às sessões plenárias, estabe-
efetivos para a Prefeitura? lecendo todos os critérios a serem observados.
Sim. Havendo autorização em lei municipal, é
possível ao Poder Legislativo ceder servidores efetivos
ao Poder Executivo.
94. Após o recebimento do Parecer Prévio emitido 95. Qual a condição exigida para que o Parecer
pelo Tribunal de Contas, há prazo para a Câma- Prévio emitido pelo TCE sobre as contas do chefe
ra Municipal julgar as contas do chefe do Poder do Poder Executivo deixe de prevalecer por ocasião
Executivo? do julgamento pelo Poder Legislativo?
Sim. A Câmara Municipal deve julgar as contas O Tribunal de Contas tem, dentre as suas atri-
do Prefeito no prazo de sessenta dias, contados da buições, a de prestar auxílio ao Poder Legislativo no
data do recebimento do Parecer Prévio emitido pelo controle externo da aplicação dos recursos públicos,
Tribunal de Contas. Esgotado esse prazo, sem delibe- em cada área de jurisdição. Assim, a análise das con-
ração da Câmara Municipal, as contas com o Parecer tas do chefe do Poder Executivo pelo TCE resulta na
do Tribunal de Contas serão colocadas na ordem do emissão de Parecer Prévio circunstanciado, que deve
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais propo- ser levado em consideração pelo Poder Legislativo no
sições, até sua votação final, conforme inciso III do julgamento das contas. O Parecer do TCE deixará de
art. 210 da Constituição Estadual. prevalecer mediante os votos de 2/3 (dois terços) dos
membros do Poder Legislativo, conforme determina o
inc. II do art. 210 da Constituição Estadual.
Licitação e contrato
100. O presidente da Câmara pode delegar a or- conjunta, nas notas de empenho, do presidente e de
denança de despesas a outro membro da Mesa outro ordenador de despesa, exceto se houver previ-
Diretora? são na legislação municipal. A delegação, no entanto,
Como regra, o ordenador de despesas da Câma- não exime o presidente da corresponsabilidade pelos
ra é o presidente, que, facultativamente pode, por atos cometidos por aqueles a quem ele atribuiu a
delegação formal, estender essa atribuição aos secre- competência de ordenamento de despesas.
tários. Além disso, não há necessidade de assinatura
103. O que é o protocolo de intenções? 104. Quais os possíveis objetivos almejados com
É o contrato preliminar que, ratificado pelos en- a formação de um consórcio público?
tes da Federação interessados e associados, converte-se Observados os limites constitucionais e legais,
em contrato de consórcio público. os objetivos dos consórcios públicos serão determi-
O protocolo, sob pena de nulidade, deverá con- nados pelos entes da Federação que se consorciarem,
ter, no mínimo, cláusulas que estabeleçam: admitindo-se, entre outros, os seguintes:
a. denominação, finalidades, prazo de duração a. gestão associada de serviços públicos;
e sede do consórcio público; b. prestação de serviços, execução de obras
b. identificação de cada um dos entes da Fede- e fornecimento de bens à Administração
ração que podem vir a integrar o consórcio Direta ou Indireta dos entes consorciados;
público; c. compartilhamento ou uso em comum de
c. indicação da área de atuação do consórcio; instrumentos e equipamentos, de pessoal
d. indicação da personalidade jurídica do con- técnico e de procedimentos de licitação e
sórcio, se de direito público e com natureza de admissão de pessoal;
autárquica ou de direito privado sem fins d. produção de informações ou de estudos
econômicos; técnicos;
e. critérios para, em assuntos de interesse e. promoção do uso racional dos recursos na-
comum, autorizar o consórcio público a turais;
representar os entes da Federação; f. gestão e proteção de patrimônio urbanístico,
f. normas de convocação e funcionamento da paisagístico ou turístico comum;
117. Qual é a forma de provimento dos servidores Caso a celebração do convênio para contratação
que compõem os consórcios públicos? E para qual desses profissionais, por meio do consórcio público,
regime de previdência contribuem? sirva para burlar a necessária contratação por meio de
A admissão de pessoal pelos consórcios públicos concurso público, o respectivo gasto deve ser enqua-
deverá ser precedida de processo seletivo, indepen- drado pelo ente consorciado nos limites de despesa
dentemente de sua personalidade jurídica. O pessoal com pessoal fixados na LRF.
contratado não pode ser contemplado com a efeti-
vidade e a estabilidade previstas no art. 41 da Cons- 120. Em caso de extinção do consórcio público,
tituição Federal. O vínculo do pessoal aprovado por qual deve ser o procedimento para alocação do
meio de processo seletivo é de natureza celetista e a pessoal?
contribuição previdenciária será para o Regime Geral Com a extinção do consórcio, o pessoal cedido
de Previdência Social (INSS). ao consórcio público retornará aos seus órgãos de
origem, e os empregados públicos terão automatica-
118. O consórcio intermunicipal pode ser integrado mente rescindidos os seus contratos de trabalho com
por pessoal cedido pelos entes consorciados? o consórcio.
Sim. O consórcio poderá ser integrado por pes-
soal cedido pelos entes consorciados, mantendo-se, 121. Os consórcios públicos devem, obrigatoria-
nesse caso, o vínculo de origem. mente, implantar Unidade de Controle Interno,
com o respectivo controlador interno, e elaborar
119. A despesa realizada pelo consórcio intermu- manuais de rotinas e procedimentos de controle?
nicipal para contratação de profissionais médicos Os consórcios, sendo pessoas jurídicas de direi-
para prestar serviços especializados junto às re- to público ou pessoas jurídicas de direito privado,
des públicas municipais, com recursos oriundos de são unidades executoras do controle interno, fazen-
convênio firmado com o ente consorciado, deve do parte do Sistema de Controle Interno dos entes
ser considerada pelo município no cômputo da consorciados e, por consequência, devem elaborar
despesa com pessoal? os manuais de rotinas e procedimentos de contro-
122. Qual é a abrangência do Sistema de Controle Sim. Cada um dos Poderes e órgãos deverá insti-
Interno do Estado e dos Municípios? tuir sua própria Unidade de Controle Interno, que será
A lei que instituir o Sistema de Controle Interno responsável pela coordenação e execução das ativida-
do Estado abrangerá as Unidades de Controle Interno des de controle interno no âmbito de cada um deles,
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem incluindo a Administração Direta e a Administração
como do Ministério Público, da Defensoria Pública e Indireta. Assim, não há subordinação dos Poderes e ór-
do Tribunal de Contas. Nos Municípios, a lei abran- gãos a um controle único no Estado, resguardando-se a
gerá o Sistema de Controle Interno dos Poderes Legis- autonomia e a independência de cada um deles.
lativo e Executivo. Tanto no Estado quanto nos Muni-
cípios, a referência a cada um dos Poderes e órgãos 125. É permitida a criação de uma única Unidade
inclui a Administração Direta e Indireta, se for o caso. de Controle Interno, para atuar como órgão cen-
tral do Sistema do Controle Interno Municipal que
123. Há prazo para a aprovação da lei que institui atenda os dois Poderes?
o Sistema de Controle Interno? Sim. Facultativamente, por meio de lei munici-
A Lei nº 4.320/64 menciona a necessidade de pal, pode ser autorizada a implantação de Unidade
se instituir o Sistema de Controle Interno no âmbito de Controle Interno central, sob a responsabilidade
do Poder Executivo. Em 1988, a Constituição Fede- do Executivo, nos termos da Resolução Normativa
ral estendeu a obrigação aos Poderes Legislativo e 01/2007 e Resolução de Consulta 29/2010, normas
Judiciário, bem como ao Ministério Público e ao Tri- essas do TCE-MT, com base nos princípios da razo-
bunal de Contas e, de forma mais recente, à Defen- abilidade e economicidade, e na predominância do
soria Pública. Visando dar cumprimento ao comando caráter orientativo/preventivo do controle interno.
constitucional, o TCE-MT determinou, por meio da Nessa lei específica devem ser estabelecidas as
Resolução Normativa nº 01/2007, o prazo máximo obrigações de cada Poder, em especial a determinação
de dezembro/2007 para a implantação do Sistema para que o Poder Legislativo, em caso de omissão do
de Controle Interno, mediante lei, em todos os entes Poder Executivo em organizar o Sistema de Controle
jurisdicionados. Sendo assim, o ente que ainda não Interno Municipal, deve provocá-lo a fazê-lo, sob pena
implantou seu respectivo Sistema de Controle Interno de responsabilização pelo Tribunal de Contas.
encontra-se em situação irregular. Nesse modelo, em caso de omissão reiterada
da Unidade de Controle Interno do Executivo em
124. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o relação aos interesses do Legislativo, cabe proposta
Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de lei para revogar a utilização compartilhada dessa
de Contas devem instituir suas próprias Unidades mesma estrutura, sob pena de caracterizar omissão
de Controle Interno, mesmo que a Lei instituidora do Legislativo em solucionar a demanda perante o
seja única no âmbito de cada ente federado? Tribunal de Contas.
127. Podem ser aprovadas normas de rotinas e 129. Depois de aprovadas, as normas de rotinas e
procedimentos de controle de sistemas administra- procedimentos de controle poderão ser alteradas?
tivos não exigidos nos atos normativos do Tribunal Sim. As normas deverão ser permanentemente
de Contas? revistas, seja para atualizá-las às alterações da legis-
Sim. Caso outros sistemas administrativos não lação, seja para garantir a obtenção de melhores re-
mencionados nas normas do Tribunal de Contas se- sultados na Administração Pública.
130. A Unidade de Controle Interno (UCI) pode 132. As atividades de controle interno podem ser
estar vinculada a outro responsável na Adminis- realizadas por servidor concursado com formação
tração que não seja o dirigente máximo? de nível médio?
Não. A UCI deve estar vinculada diretamente ao Não. As atividades de controle interno deman-
dirigente máximo do órgão/entidade, sem qualquer dam do servidor: conhecimento, qualificação técnica
tipo de vinculação intermediária, para melhor desem- adequada, postura independente, responsável e iden-
penho de suas competências constitucionais e legais. tificada com a natureza da função, sendo razoável a
exigência de formação de nível superior para provi-
131. Os cargos da Unidade de Controle Interno (UCI) mento do cargo, com previsão em lei local.
podem ser providos por meio de contratação tempo-
rária ou contratação com base na Lei nº 8.666/93? 133. É possível que, para preenchimento de cargos
Os cargos da UCI devem ser efetivos, logo, pre- disponíveis para a Unidade de Controle Interno,
enchidos mediante concurso público. Os casos excep- lei local exija qualificação de nível superior em
cionais serão dirimidos por medidas discricionárias do áreas específicas?
gestor e estarão sujeitas à análise e apreciação isolada Sim. Existindo lei local que exija qualificação de
por parte do Tribunal de Contas. nível superior em áreas especializadas para provimen-
138. Qual deve ser a postura administrativa do a autonomia e independência funcional, e livre acesso
gestor público diante da necessidade da implemen- a todas as dependências do órgão ou entidade, assim
tação da Unidade de Controle Interno (UCI), de como aos processos, documentos, sistemas informati-
seus recursos materiais e humanos e da condução zados e informações considerados indispensáveis ao
da efetiva atuação dos profissionais de controle? cumprimento de suas atribuições, não lhes podendo
Os gestores devem proporcionar os recursos hu- ser sonegados, sob qualquer pretexto, devendo o pro-
manos, materiais e estrutura física suficientes e ade- fissional do controle guardar o sigilo das informações
quadas para o desenvolvimento das atividades da caso elas estejam protegidas legalmente.
UCI, garantindo, aos controladores/auditores internos,
164. O que é despesa pública? de aplicação”, a qual tem por finalidade indi-
A grosso modo, a despesa pública é o conjunto car se os recursos são aplicados diretamente
de gastos e desembolsos realizados pelos entes públi- por órgãos ou entidades no âmbito da mes-
cos para o funcionamento e manutenção dos serviços ma esfera de Governo ou por outro ente da
públicos prestados à sociedade. Federação e suas respectivas entidades.
A despesa pública pode ser orçamentária, quan-
do seu valor será fixado em Lei Orçamentária Anual 166. No âmbito da classificação da despesa orça-
(LOA) aprovada pelo Legislativo, ou extra orçamen- mentária por natureza, qual a diferenciação con-
tária, quando não constar na LOA, compreendendo ceitual para “material de consumo” e “material
determinadas saídas de numerários decorrentes de permanente”?
depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de O material de consumo é aquele que, em razão
operações de crédito por antecipação de receita e de seu uso corrente e da definição apresentada pela
recursos transitórios. Lei nº 4.320/1964, perde normalmente sua identi-
dade física e/ou tem sua utilização limitada a 2 anos.
165. Quais as classificações da despesa pública Além disso, um material é considerado de consumo
orçamentária? caso atenda pelo menos a um dos seguintes critérios:
• Classificação institucional: reflete a estrutu- • durabilidade (até 2 anos);
ra de alocação dos créditos orçamentários e • fragilidade (com estrutura deformável ou da-
está estruturada em dois níveis hierárquicos: nificável);
órgão orçamentário e unidade orçamentária. • perecibilidade (sujeito a modificações quími-
• Classificação funcional: segrega as dotações cas ou físicas);
orçamentárias em funções e subfunções, bus- • incorporabilidade (quando destinado à incor-
cando responder basicamente à indagação: poração de outro bem); e
“em que” área de ação governamental a des- • transformabilidade (adquirido para fins de
pesa será realizada? transformação). Exemplos: combustíveis; gás
• Classificação por estrutura programática: é engarrafado; material biológico e farmaco-
a representação da despesa pública distribuí- lógico; gêneros de alimentação; material de
da em trabalhos do ente público, organizados proteção e segurança, material de expedien-
por meio de programas e ações. te; material gráfico e de processamento de
• Classificação da despesa orçamentária por dados; material químico; uniformes, farda-
natureza: compõe-se de “categoria econômi- mento e tecidos; etc.
ca”, “grupo de natureza da despesa” e “ele- O material permanente é aquele que, em razão
mento de despesa”, complementada pela in- de seu uso corrente, não perde a sua identidade física
formação gerencial denominada “modalidade (não é quebradiço, não é perecível, não é incorpo-
Finalidade da despesa
184. É legal o pagamento de despesa destinada à nal, deve-se comprovar a priorização e o atendimento
veiculação de publicidade institucional por rádio ao esporte educacional, nos termos do art. 217, II, da
e televisão educativa? Constituição Federal. Por sua vez, a possibilidade de
Sim, desde que a matéria veiculada tenha por fomento do turismo local, como fator de desenvol-
objetivo orientar, informar ou conscientizar a popu- vimento econômico e social, com recursos públicos,
lação, conforme previsão do art. 37, § 1º, da Cons- tem amparo constitucional no artigo 180.
tituição Federal, dela não podendo constar nomes, Para o fomento desses eventos, sejam culturais/
símbolos ou imagens que caracterizem promoção religiosos, desportivos ou turísticos, a Administração
pessoal de autoridades ou servidores públicos, e que deve cumprir requisitos mínimos como: comprovar
se atenda aos regramentos da Lei nº 8.666/93. o interesse público; regulamentar os critérios para a
utilização dos recursos, fazendo constar a especifica-
185. É possível que o poder público fomente, por ção do objeto de gasto, a previsão de entrega dos
meio de recursos públicos, a realização de eventos projetos e seus requisitos, a finalidade, os objetivos a
religiosos/culturais, desportivos e turísticos? serem alcançados, a forma, prazo e responsabilidades
Sim. Para a realização das despesas com eventos na prestação de contas, bem como o acompanhamen-
religiosos/culturais, deve-se comprovar que a ativida- to de toda a execução da despesa; além de cumprir o
de fomentada está vinculada ao patrimônio cultural disposto no art. 26 da LRF e observar os princípios da
local com base no calendário oficial do ente público. legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
Na destinação de recursos para o desporto profissio- e eficiência.
197. Qual interpretação deve ser dada ao art. ídos a respectiva Administração direta, Fundos, Autar-
42 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em quias, Fundações e empresas estatais dependentes; do
relação às despesas que ultrapassem o exercício Poder Legislativo; do Poder Judiciário; dos Tribunais
financeiro? de Contas e do Ministério Público.
O art. 42 da LRF obriga o pagamento ou a exis-
tência de disponibilidade financeira suficiente para 199. O art. 42 da LRF veda o empenho de despesas
pagamento tão-somente das parcelas empenhadas contraídas em período anterior aos dois últimos
e liquidadas no exercício, correspondentes às obri- quadrimestres do mandato?
gações contraídas nos dois últimos quadrimestres Não. A vedação impõe-se à realização de
do mandato. As demais parcelas a serem liquidadas novos compromissos nos dois últimos quadrimestres,
no(s) exercício(s) seguinte(s), se for o caso, deverão por meio de contratos, ajustes ou outras formas de
ser pagas com recursos consignados nos orçamentos contratação, sem que haja disponibilidade de caixa
respectivos. suficiente para seu pagamento.
198. A vedação imposta pelo art. 42 da LRF para 200. A vedação à realização de novos compromis-
realização de despesas em final de mandato abran- sos nos dois últimos quadrimestres, sem que haja
ge titulares de todos os Poderes? disponibilidade de caixa, significa, por outro lado,
Sim, abrange titulares do Poder Executivo, inclu- que não há necessidade de disponibilidade finan-
205. O que são restos a pagar? 207. O que são “despesas de exercícios anterio-
Consideram-se restos a pagar as despesas empe- res”?
nhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro, que É dotação orçamentária consignada no orça-
não tenham sido canceladas pelo processo de análise mento atual, por meio da qual são pagas as dívidas
e depuração e que atendam aos requisitos previstos de exercícios encerrados devidamente reconhecidas
em legislação específica. pela autoridade competente. Tais dívidas compreen-
Conforme sua natureza, as despesas inscritas em dem as seguintes categorias:
restos a pagar podem ser classificadas em processadas a. despesas de exercícios encerrados (anterio-
e não processadas: res), para as quais o orçamento respectivo
a. São restos a pagar processados as despesas consignava crédito próprio, com saldo sufi-
em que o credor já tenha cumprido suas ciente para atendê-las, que não se tenham
obrigações, entregue o material, prestado processado na época própria;
os serviços ou executado a etapa da obra, b. despesas de restos a pagar com prescrição
dentro do exercício, tendo, portanto, direito interrompida; e
líquido e certo, estando em condições de c. compromissos reconhecidos após o encerra-
pagamento imediato. Representam os casos mento do exercício correspondente.
de despesas já liquidadas, faltando apenas As despesas que não se tenham processado na
o pagamento. época própria são aquelas cujo empenho tenha sido
b. São restos a pagar não processados as despe- considerado insubsistente e anulado no encerramen-
sas que dependem, ainda, da prestação do to do exercício correspondente, mas que, dentro do
serviço ou do fornecimento do material, ou prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua
seja, cujo direito do credor não foi apurado. obrigação.
Representam, portanto, as despesas ainda Os restos a pagar com prescrição interrompida
não liquidadas. são aqueles cancelados, mas ainda vigente o direito
do credor.
206. Os restos a pagar processados podem ser Os compromissos reconhecidos após o encerra-
cancelados? mento do exercício são aqueles cuja obrigação de
Em regra, os restos a pagar processados não po- pagamento foi criada em virtude de lei, mas somente
dem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor reconhecido o direito do reclamante após o encerra-
de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e mento do exercício correspondente.
a Administração não poderá deixar de cumprir com
a obrigação de pagar. 208. De que forma o novo gestor deve proceder
Todavia, é de se notar que em situações excep- caso não haja no orçamento vigente uma dota-
cionais, em que o objeto da obrigação deixa de existir ção orçamentária para atender às “despesas de
ou é devolvido, abre-se a possibilidade de um estor- exercícios anteriores”?
no da obrigação, desde que tudo seja devidamente Deverá solicitar autorização legislativa (Lei espe-
comprovado e justificado por meio de processo ad- cífica) e realizar a abertura de crédito adicional espe-
ministrativo. cial, à conta de “Despesas de Exercícios Anteriores”
(Elemento de Despesa 92).
Fundeb
222. Os impostos de competência municipal, como 225. Os recursos do Fundeb deverão ser utilizados
o IPTU, ISSQN e ITBI, servem de base para a con- integralmente no exercício financeiro em que lhes
tribuição ao Fundeb? forem creditados?
Não. Nenhum imposto arrecadado pelo municí- Em regra, sim. Excepcionalmente, até 5% dos
pio comporá o Fundo. Isso não desobriga o município recursos recebidos na conta do Fundo poderão ser
da aplicação mínima de 25% desses tributos na ma- utilizados no primeiro trimestre do exercício imedia-
nutenção e desenvolvimento do ensino público, nos tamente subsequente, mediante abertura de crédito
termos do artigo 212 da Constituição Federal. adicional.
228. Pode-se pagar abono salarial aos profissionais 231. O que é considerado “efetivo exercício” para
do magistério quando o mínimo legal de 60% dos fins de remuneração dos profissionais do magistério
recursos do Fundeb, destinado ao pagamento de com recursos do Fundeb?
salário desses profissionais, não for alcançado? É a atuação efetiva no desempenho das atividades
Excepcional e provisoriamente, é permitido o de magistério, associada à sua regular vinculação con-
pagamento de abono salarial aos profissionais do tratual, temporária ou permanente, com o ente gover-
magistério, a fim de garantir a destinação do percen- namental que o remunera, não sendo descaracterizado
tual mínimo de 60% dos recursos do Fundeb. Porém, por eventuais afastamentos temporários previstos em
persistindo essa situação, o ente deverá reajustar o lei, com ônus para o empregador, desde que não impli-
salário desses profissionais, a fim de compatibilizá-lo quem em rompimento da relação contratual existente.
com a receita do Fundeb.
232. Quais despesas podem ser realizadas com os
229. Quando em decorrência da necessidade de recursos do Fundeb?
se atingir os 60% dos recursos do Fundeb com re- Tendo como referência o art. 70 da Lei nº
muneração dos profissionais do magistério ocorrer 9.394/1996, poderão ser realizadas, com os recur-
o pagamento de abono, deve haver a incidência sos do Fundeb, as despesas que representam ações
de desconto previdenciário e retenção de Imposto de manutenção e desenvolvimento do ensino básico
de Renda sobre esse acréscimo? público, que são aquelas destinadas a:
Como o pagamento de abonos deve ser adotado a. remuneração e aperfeiçoamento do pessoal
em caráter provisório e excepcional, e apenas em situ- docente e demais profissionais da educação;
ações especiais e eventuais, o desconto previdenciário, b. aquisição, manutenção, construção e con-
portanto, deve estar limitado apenas aos proventos da servação de instalações e equipamentos
remuneração do cargo efetivo, estabelecidos em lei, necessários ao ensino;
observando o disposto na Constituição Federal (art. 40, c. uso e manutenção de bens e serviços vin-
§§ 2º e 3º). Assim, por ser tratar de verba de caráter culados ao ensino;
eventual, não incidirá contribuição previdenciária sobre d. levantamentos estatísticos, estudos e pes-
os valores rateados entre os profissionais do magistério. quisas visando precipuamente ao aprimora-
Por outro lado, haverá o desconto do Impos- mento da qualidade e à expansão do ensino;
to de Renda de Pessoa Física, por se enquadrar tal e. realização de atividades-meio necessárias
abono no gênero “renda ou proventos de qualquer ao funcionamento dos sistemas de ensino;
natureza” nos termos da legislação pertinente. f. concessão de bolsas de estudo a alunos de
escolas públicas e privadas;
230. Quem é considerado “profissional do magisté-
g. amortização e custeio de operações de cré-
rio”, para fins de aplicação de recursos do Fundeb?
dito destinadas a atender ao disposto nos
São todos os profissionais que desempenham
incisos deste artigo; e
256. O que é o “piso salarial nacional” dos profis- 258. O piso salarial nacional dos professores cor-
sionais do magistério? responde a uma jornada específica de trabalho?
O piso salarial nacional dos profissionais do Caso o município institua uma jornada inferior, o
magistério público da educação básica, previsto na piso deve ser reduzido? Na composição da jornada
alínea ‘e’, do inciso III, do caput, do artigo 60, do Ato de trabalho, há limite para as horas exercidas em
das Disposições Constitucionais Transitórias, e regula- sala de aula?
mentado pela Lei nº 11.738/2008, é o valor abaixo O piso salarial dos professores, instituído pela
do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Lei Federal nº 11.738/08, corresponde à jornada de
Municípios não podem fixar o vencimento inicial das trabalho de 40 horas semanais. Nos casos em que a
carreiras do magistério público da educação básica, carga horária de trabalho do professor for inferior, o
para a jornada de, no máximo, 40 horas semanais. valor do piso salarial será reduzido de forma propor-
cional à jornada efetiva do profissional do magistério.
257. Qual o valor do piso salarial nacional dos Na composição da jornada de trabalho, obser-
profissionais do magistério? Como é feita sua var-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga
atualização? horária para o desempenho das atividades de intera-
O piso, estabelecido em norma específica, é atu- ção com os educandos.
alizado anualmente, sendo que seu valor inicial vigo-
rou em 2009 e sua evolução monetária foi a seguinte: 259. Quais parcelas da remuneração dos professo-
res serão consideradas para efeito de verificação
Ano Valor do piso nacional (em R$) do cumprimento do piso salarial nacional?
2009 950,00 O valor do piso salarial nacional, definido e atu-
2010 1.024,67 alizado de acordo com as disposições trazidas nos
2011 1.187,14 artigos 3º e 5º da Lei nº 11.738/2008, deve ser ve-
2012 1.451,00 rificado e compatibilizado no valor do vencimento
2013 1.567,00
inicial das carreiras do magistério público da educa-
ção básica.
2014 1.697,39
2015 1.917,78
260. Quem são os “profissionais do magistério”
2016 2.135,64
com direito a recebimento do piso salarial na-
2017 2.298,80
cional?
2018 2.455,35
Nos termos da Lei Federal nº 11.738/2008 (art.
2019 2.557,74
2º, § 2º), o piso salarial nacional dos profissionais da
carreira do magistério público da educação básica
A atualização anual do piso nacional ocorre no se aplica tanto aos profissionais com atividades de
mês de janeiro, com valor formalizado e informa- docência, quanto àqueles com atividades de suporte
do pelo MEC, utilizando-se o mesmo percentual de pedagógico à docência (direção/administração, plane-
crescimento do valor anual mínimo por aluno refe- jamento, inspeção, supervisão, orientação e coorde-
rente aos anos iniciais do ensino fundamental ur- nação educacionais), desde que exercidas no âmbito
bano, definido nacionalmente nos termos da Lei nº das unidades escolares de educação básica, em suas
11.494/2007 (Lei do Fundeb). diversas etapas e modalidades, e que os profissionais
265. Somente a Administração Direta deve reali- dos ao fundo, devendo essa informação constar dos
zar licitação para suas aquisições, atendendo às documentos da licitação e dos respectivos contratos.
disposições da Lei nº 8.666/93? Dessa forma, os documentos comprobatórios
Não. Subordinam-se ao regime da Lei de Lici- das despesas realizadas com recursos orçamentários
tações, além dos órgãos da Administração Direta, os e financeiros vinculados ao fundo especial, a exem-
fundos especiais, as autarquias, as fundações públi- plo de notas de empenho, notas fiscais e recibos,
cas, as empresas públicas, as sociedades de econo- devem ser emitidos em nome e com o CNPJ do ente
mia mista e demais entidades controladas direta ou instituidor.
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios. 268. Que tipos de aquisições devem ser precedidas
de licitação?
266. As entidades privadas, gestoras de recursos Devem ser, obrigatoriamente, precedidas de li-
públicos recebidos mediante convênio, devem re- citação, as obras, serviços, inclusive de publicidade,
alizar licitação para a contratação de obras, bens compras, alienações, concessões, permissões e loca-
e serviços? ções da Administração Pública, quando contratadas
Sim. O procedimento para contratação de obras, com terceiros, exceto nas situações em que couber a
bens e serviços a ser observado pelas entidades pri- licitação dispensada, dispensável ou inexigível, con-
vadas gestoras de recursos públicos, não integrantes forme disposto na Lei nº 8.666/93.
da Administração Pública, será aquele previsto nos
regulamentos da entidade concedente, aplicando-se, 269. Qualquer concessão de serviços públicos deve
em todo caso, os princípios norteadores da licitação ser precedida de licitação? Como deve ser deter-
pública, como a isonomia, ampla concorrência, pu- minado o prazo da concessão? Há definição de
blicidade, etc. A simples cotação de preços não é su- prazo máximo para uma concessão?
ficiente para suprir a licitação e a observância desses Toda concessão de serviços públicos, precedi-
princípios. da ou não de execução de obra pública, será objeto
de prévia licitação na modalidade concorrência, nos
267. No caso de processos licitatórios e contratos termos da legislação própria e com observância dos
administrativos suportados por recursos orçamen- princípios da legalidade, moralidade, publicidade,
tários e financeiros vinculados a fundo especial, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e
quem será o sujeito contratante? da vinculação ao instrumento convocatório.
O sujeito contratante será o próprio ente que O prazo da concessão deve ser determina-
instituiu o fundo especial, por ser o detentor da per- do pelo poder concedente, após prévia realização
sonalidade jurídica, que cumprirá suas obrigações pe- de estudos de viabilidade técnica e econômica do
cuniárias contratuais utilizando-se dos recursos afeta- empreendimento e de conveniência da outorga da
Contratação direta
Sanções administrativas
307. Qual o alcance da sanção administrativa de garantir a prévia defesa por parte do contratado.
suspensão temporária de participação em licitação Cabendo a sanção, o seu alcance é restrito, ou
e impedimento de contratar com a Administração seja, aplica-se tão somente no âmbito do Poder ou
– art. 87, III, Lei nº 8.666/93 –, quando da inexe- órgão autônomo sancionador, estendendo-se a todos
cução total ou parcial do contrato? os órgãos e entidades a ele vinculados.
Primeiro, importante lembrar que antes da pos- Como exemplos de contratantes, aplicadores da
sível aplicação de tal sanção administrativa, deve-se sanção, citam-se o Poder Executivo Municipal e o Po-
Pregão
323. O que são consideradas obras e serviços de ou de forma indireta, quando a obra é contratada com
engenharia? terceiros por meio de licitação. A obra de engenharia
Nos termos da Lei nº 8.666/93, “obra” inclui exige a utilização de conhecimentos técnicos específi-
toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou cos envolvendo a participação de profissionais habilita-
ampliação de bem público, e pode ser realizada de for- dos conforme o disposto na Lei Federal nº 5.194/1966.
ma direta, quando a obra é feita pelo próprio órgão ou “Serviço de engenharia” é toda atividade que
entidade da Administração, por seus próprios meios, necessite da participação e acompanhamento de
330. O que é o tratamento diferenciado destinado desenvolvimento econômico e social no âmbito muni-
às micro e pequenas empresas? cipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas
A Constituição Federal estabelece no art. 179 públicas e o incentivo à inovação tecnológica.
que os entes da federação devem dispensar trata-
mento jurídico diferenciado às microempresas e às 331. Quais são os privilégios concedidos às mi-
empresas de pequeno porte, visando a incentivá-las croempresas e empresas de pequeno porte nas
pela simplificação de suas obrigações administrativas, licitações públicas, no âmbito do tratamento di-
tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela elimi- ferenciado e favorecido previsto pela Constituição
nação ou redução destas por meio de lei. Federal?
Com base constitucional, a Lei Complementar Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, o
Federal nº 123/2006 estabelece normas gerais re- tratamento diferenciado e favorecido implica, para
lativas ao tratamento diferenciado e favorecido dis- efeito de licitações públicas, nos seguintes privilégios
pensado a essas micro e pequenas empresas, no que de aplicação imediata:
se refere à apuração e recolhimento de impostos e a. empate ficto;
contribuições, mediante regime único de arrecadação, b. direito de preferência; e
inclusive obrigações acessórias; ao cumprimento de c. direito de saneamento de documentos
obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive comprobatórios de regularidade fiscal e
obrigações acessórias; ao acesso a crédito e ao mer- trabalhista.
cado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de
bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, 332. O empate ficto e o direito de preferência das
ao associativismo e às regras de inclusão; e ao cadas- microempresas (ME) e empresas de pequeno porte
tro nacional único de contribuintes. (EPP) significa que, as empresas, nessa condição,
Em uma visão mais geral, a concessão do tra- podem ser declaradas vencedoras mesmo com uma
tamento diferenciado e simplificado para as micro e proposta superior à de menor lance?
pequenas empresas tem como objetivo a promoção do Não. Consideram-se empatadas as propostas
357. A Administração pode contratar pessoa jurí- 360. A Administração pode compensar valor de
dica de direito privado para realização de serviços multa aplicada a contratado com créditos a que
de assessoria e consultoria com objetivo de recu- este tem direito de receber pela execução do con-
peração de créditos? trato?
Sim. Quando a Administração realizar a cobran- Sim, pois tal possibilidade tem fundamento nas
ça de créditos de forma direta, é permitida a contra- disposições inseridas nos artigos 80, IV, e 87, § 1º,
tação de pessoa jurídica de direito privado, institui- da Lei nº 8.666/93.
361. Que critério deve ser observado para a clas- ferência dos bens, de forma a possibilitar a identifi-
sificação dos bens móveis no ativo permanente? cação e eventual responsabilização dos agentes que
Pelo critério da durabilidade, os bens móveis os tiverem sob sua guarda, independentemente da
deverão ser classificados no ativo permanente quan- conclusão de inventário patrimonial.
do tiverem vida útil superior a dois anos, de acordo
com o art. 15, § 2º, da Lei nº 4.320/64. Além disso, 365. Os bens móveis inservíveis à Administração
para fins de classificação dos bens móveis no ativo podem ser baixados do patrimônio?
permanente, devem ser adotados outros parâmetros Sim. Para isso deve-se adotar os seguintes pro-
que os distingam do material de consumo. Nesse cedimentos:
sentido, é material de consumo aquele caracterizado 1º. avaliação prévia dos bens por comissão es-
pela fragilidade, perecibilidade, incorporabilidade ou pecialmente designada para esse fim, que
transformabilidade. deverá classificá-los de acordo com o estado
de conservação em relatório circunstanciado;
362. É obrigatório o controle patrimonial dos bens 2º. dependendo do estado de conservação, os
permanentes? bens poderão ser baixados por inservibili-
Sim, é obrigatório; sendo o controle realizado, dade ou alienados mediante leilão;
em regra, por meio de número patrimonial. Nos casos 3º. realização da baixa contábil.
em que restar comprovado que o custo de controle
é superior ao seu benefício, tais bens devem ser con-
trolados de forma simplificada, por meio de relação
que indique seus aspectos qualitativos e quantitativos.
370. É legal a doação de bens móveis por entidade 374. É legal o município efetuar a doação de imó-
da Administração Pública Indireta? veis pertencentes ao patrimônio público para a
Sim, com base no permissivo previsto no artigo instalação de empresas industriais ou comerciais,
17, inciso II, alínea “a”, da Lei nº 8.666/93, desde como forma de incentivo para a geração de em-
que atendidos os requisitos legais. pregos, renda e arrecadação tributária?
Não. Quando os incentivos para instalações de
371. A doação ou a cessão de uso de bens móveis empreendimentos no município envolverem a dis-
pertencentes ao patrimônio público pode ser rea- ponibilização de bens imóveis públicos (terrenos)
lizada para entidades sem fins lucrativos? a particulares (pessoas físicas ou jurídicas), deve-se
Sim. Para esse tipo de doação deve haver inte- privilegiar o emprego do instituto da concessão do
resse público e social devidamente justificado, além direito real de uso, para melhor resguardar o interes-
da avaliação prévia do bem. Quanto à cessão de uso se e o patrimônio públicos, mediante licitação (art.
de bens móveis, pode ser efetivada desde que tam- 17, § 2º, da Lei nº 8.666/93) e prévia autorização
bém haja interesse público devidamente justificado. legislativa. Na concessão do direito real de uso ocorre
Em ambas as situações, doação ou cessão, os somente a transferência da posse do imóvel para o
procedimentos devem ser formalizados mediante ins- particular, mantendo-se a propriedade por parte da
trumento de ajuste – termo de doação ou de cessão Administração.
de uso – e documentos em processo administrativo
correspondente para fins de controle interno, externo 375. É permitida, em algum momento do ano elei-
e social. Para a formalização processual e de procedi- toral, a doação de bens públicos?
mentos, deve-se observar a legislação específica que A regra é a vedação à doação de quaisquer
regulamenta a doação ou a cessão de uso de bens bens públicos, valores ou benefícios no ano eleitoral
móveis. – 1º de janeiro a 31 de dezembro –, sendo exceção
a possibilidade de doação nos casos de calamidade
372. O município pode doar bens imóveis do seu pública, estado de emergência ou aquela prevista em
patrimônio para pessoa jurídica de direito público programa social autorizado em lei e já em execução
interno – órgãos e entidades da Administração orçamentária no exercício anterior.
Pública?
Sim, mas desde que haja interesse público de-
vidamente justificado, avaliação prévia e autorização
em lei específica, sendo dispensável a licitação. Todos
os procedimentos relativos à doação devem ser docu-
mentados no processo administrativo correspondente
para fins de controles interno, externo e social.
376. Qual a diferença entre função de confiança 377. Qual a diferença entre segregação de funções
e cargo em comissão? e desvio de função?
A função de confiança é aquela provida exclusi- A segregação de funções consiste na separação
vamente por servidor ocupante de cargo efetivo, para das funções de autorização, execução, controle e con-
o exercício de atribuições de direção, chefia e assesso- tabilização das operações. Nesses termos, é vedada,
ramento, de livre nomeação e exoneração, também por exemplo, a acumulação das funções de ordena-
chamada função comissionada ou função gratificada. dor de despesas com a de contador ou de secretário
O cargo em comissão é aquele de livre nomeação e municipal com a de presidente de comissão de licita-
exoneração, a ser exercido por servidor efetivo ou ção. Já, o desvio de função ocorre quando o servidor
não, para o desempenho exclusivo das atribuições exerce uma função incompatível com as atribuições
de direção, chefia e assessoramento, sendo que o de seu cargo. Assim, por exemplo, um professor não
preenchimento de uma parcela do total de cargos poderá exercer as atividades de um engenheiro.
disponíveis dar-se-á unicamente por servidores de
carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos 378. Qual a diferença conceitual entre remunera-
previstos em lei. ção, vencimentos e vencimento?
Quanto à criação do cargo em comissão, deve- Vencimento é a retribuição pecuniária básica
-se observar: pelo exercício de cargo ou emprego público, com
a. que a possibilidade de se criar um cargo em valor fixado em lei. Vencimentos, ou remuneração
comissão não pode ser aferida pela deno- no sentido estrito, diz respeito à soma do vencimen-
minação que se lhe dá (assessor, chefe de to básico com as vantagens pecuniárias permanentes
departamento, diretor, etc.), mas sim pela relativas ao cargo ou emprego público. Remuneração,
natureza de suas atribuições; em sentido amplo, é o gênero no qual se incluem
b. que é necessário que a legislação descreva todas as demais espécies de remuneração, compreen-
as atribuições do cargo, demonstrando que dendo a soma dos vencimentos com os adicionais de
as atividades se harmonizam com o princí- caráter individual e demais vantagens, com exceção
pio da livre nomeação e exoneração e com das verbas de caráter indenizatório.
a necessidade da confiança da autoridade
nomeante, sendo essencial que o profissional 379. Qual é o valor máximo da remuneração e do
exerça efetiva e estritamente as atribuições subsídio a serem pagos aos servidores e agentes
descritas na lei; políticos no município?
c. que não é permitida a criação de cargos Não poderão exceder o subsídio, em espécie, do
em comissão para o desempenho de ativi- prefeito municipal, que, por sua vez, está limitado ao
dades meramente burocráticas, ordinárias subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
ou operacionais.
406. O que é a acumulação lícita de cargos, em- servidor, nem a dignidade humana desse servidor,
pregos e funções públicas? cabendo à Administração o controle do somatório
É a possibilidade de o servidor ter dois vínculos da carga de jornada de trabalho de forma efetiva,
jurídicos perante o poder público, em horários que real e objetiva.
sejam compatíveis, sendo lícita a acumulação desde
que enquadrada em uma das situações permissivas 407. Qual a definição para “cargo técnico ou cien-
constantes da Constituição Federal – art. 37, inciso tífico”, que pode ser acumulado com um cargo de
XVI. professor, nos termos da alínea “b” do inciso XVI
Entende-se por “compatíveis” os horários que do artigo 37 da Constituição Federal?
não sejam coincidentes, que sejam conciliáveis, e que Considera-se como cargos técnicos ou científicos,
não prejudiquem a qualidade e a regular prestação para os fins previstos no art. 37, XVI, da CF/1988,
do necessário serviço público desempenhado pelo aqueles que exigem qualificação específica, deman-
409. A proibição constitucional de acumulação re- 413. É possível que um servidor aposentado exerça
munerada ilícita de cargos, empregos e funções cargo, emprego ou função, acumulando os pro-
públicas alcança somente os servidores da Admi- ventos da inatividade com a remuneração da ati-
nistração Direta? vidade?
Não. A regra é estendida às autarquias, funda- Em regra, é vedada a percepção simultânea de
ções, empresas públicas, sociedades de economia proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou
mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, dos arts. 42 e 142 da CF/1988 com a remuneração
direta ou indiretamente, pelo poder público. de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os
cargos acumuláveis na forma do inciso XVI do art. 37
410. O afastamento do servidor por meio de licen- da Constituição Federal, os cargos eletivos e os cargos
ça regulariza uma possível situação de acúmulo em comissão declarados em lei de livre nomeação e
ilegal de cargos? exoneração.
Não. O afastamento por meio de licença, inde-
pendente da ocorrência de ônus para o órgão públi-
co, não regulariza a situação de acumulação ilícita,
uma vez que não há interrupção do vínculo com a
Administração Pública, permanecendo a obrigatorie-
dade de opção do servidor por um dos cargos.
414. A Administração Pública pode nomear candi- conflito de interesses da instituição e dos
dato com mais de 70 anos aprovado em concurso servidores que venham a defendê-la.
público? Enquadrando-se em uma dessas hipóteses, a
Não, em razão de o candidato ter completado contratação do serviço técnico especializado ainda
a idade limite para a aposentadoria compulsória no deve observar os seguintes requisitos:
serviço público. a. a necessidade do serviço deve ser eventual
e não permanente;
415. Que regras devem ser observadas para ad- b. os serviços a serem contratados não podem
missão de profissionais com profissão regulamen- se constituir em atividades típicas e exclu-
tada, a exemplo de contador, médico, psicólogo sivas de Estado; e
e advogado? c. as regras cabíveis de licitação e contratos
Conforme mandamento constitucional, os car- administrativos da Lei nº 8.666/1993 devem
gos a serem preenchidos por pessoas com profissões ser cumpridas.
regulamentadas devem constar do PCCS e serem pre-
enchidos mediante concurso público, salvo nos ca- 417. O contador do Poder Executivo Municipal
sos em que suas atribuições contemplem atividades pode ser responsável pela contabilidade do Regime
de direção, chefia ou assessoramento, hipóteses nas Próprio de Previdência Social (RPPS) do município?
quais os cargos poderão ser criados como de livre Sim. O cargo de contador do Executivo, que
nomeação e exoneração. deve ser criado por lei e provido por meio de con-
Ausente o caráter de efetividade/permanência curso público, será ocupado por profissional que será
dos serviços a serem prestados, a contratação de tais responsável por todos os órgãos e unidades orçamen-
profissionais deverá ocorrer em estrita observância tárias vinculadas ao Poder Executivo, o que inclui o
às regras da Lei de Licitações, inclusive no que diz RPPS, salvo no caso do ente municipal cuja organiza-
respeito às dispensas e inexigibilidades. ção administrativa comporte um contador por órgão
ou por unidade orçamentária.
416. É possível a contratação de serviços técnicos
especializados, mesmo que compreendidos em 418. Quais são os requisitos mínimos a serem ob-
atribuições inerentes a categorias funcionais do servados pelo gestor público para contratação
quadro de pessoal efetivo, em detrimento da ad- temporária de pessoal?
missão por meio de concurso público? São requisitos mínimos:
Sim, nas seguintes hipóteses: a. a contratação deve ser justificada para aten-
a. quando o contingente de servidores não der demandas de excepcional interesse pú-
for suficiente para atender uma sobrecarga blico, cujo atendimento reclama satisfação
sazonal e transitória na demanda por de- temporária, sendo indispensável a motiva-
terminado serviço técnico; ção através de sólida fundamentação fática
b. quando o corpo de servidores não for su- e jurídica;
ficientemente especializado para satisfazer b. previamente à contratação temporária, deve
demandas por serviços singulares e com- ser elaborada lei autorizativa, que discipline,
plexos; ou entre outros requisitos, as condições de se-
c. no caso de serviços jurídicos, quando houver leção, contratação, direitos, deveres, carga
436. Quais são os limites de despesa com pessoal dentes), e servirá de parâmetro para o cálculo dos
dos entes públicos? limites da despesa com pessoal do respectivo ente e
A Lei de Responsabilidade Fiscal fixou os limites de seus órgãos ou Poderes, conforme limites globais
globais máximos para a realização da despesa com e individuais definidos na LRF.
pessoal da União, dos Estados e dos Municípios, cor- A Despesa com Pessoal é calculada por ente,
respondentes a 50%, 60% e 60%, respectivamente, para os limites globais, e por Poder ou órgão, para
da Receita Corrente Líquida de cada ente. os limites individuais previstos na LRF, incluídos, em
O percentual do Estado subdivide-se nos seguin- ambos os casos, a respectiva Administração direta e
tes limites individuais: indireta.
a. 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal
de Contas do Estado; 438. Qual a diferença entre alerta, limite pruden-
b. 6% para o Judiciário; cial e limite máximo da despesa com pessoal?
c. 49% para o Executivo; e O alerta ocorre quando a despesa com pessoal
d. 2% para o Ministério Público do Estado. do órgão, Poder ou ente alcança 90% do seu limite
máximo, hipótese na qual o Tribunal de Contas emite
O percentual dos Municípios subdivide-se nos um alerta, que visa cientificar o gestor de que está se
seguintes limites individuais: aproximando dos limites legais. A emissão de alerta
a. 6% para o Legislativo; e não gera vedações ao gestor.
b. 54% para o Executivo. O limite prudencial equivale a 95% do limite
máximo da despesa com pessoal e, uma vez atingi-
437. Como é feito o cálculo da Despesa com Pessoal do, implica numa série de vedações ao gestor, que
e da Receita Corrente Líquida? se aplicam independentemente de emissão de alerta
Considera-se o mês de referência e os últimos pelo Tribunal de Contas.
onze meses, sendo que o cálculo deve ser promovi- O limite máximo corresponde aos percentuais
do, no mínimo, a cada quadrimestre ou semestre, globais e individuais fixados na LRF, de maneira que,
quando da realização do Relatório de Gestão Fiscal. se a despesa com pessoal ultrapassar o referido limite,
A Receita Corrente Líquida é calculada de forma o ente, além de se submeter às mesmas vedações por
consolidada por ente da Federação, incluindo-se ór- inobservância do limite prudencial, deve promover
gãos e entidades da Administração direta e indireta as medidas previstas no § 3º do art. 169, da CF/88,
(autarquias, fundações e empresas estatais depen- para a recondução da despesa com pessoal ao limite
439. Quais são as consequências para os entes, 441. É legal a nomeação em cargo comissionado,
Poderes ou órgãos que ultrapassarem o limite pru- da qual decorra aumento de gasto com pessoal,
dencial da despesa com pessoal? Há exceção para quando o Poder/órgão ultrapassar o limite pru-
essas eventuais consequências? dencial de despesa com pessoal, com o argumento
Há uma série de vedações previstas no parágra- de que haverá aumento da arrecadação com tal
fo único do art. 22 da LRF e aplicáveis aos Poderes admissão?
e órgãos que ultrapassarem o limite prudencial da Não, uma vez que ocorreria uma afronta ao in-
despesa com pessoal, proibindo-se: ciso IV do parágrafo único do artigo 22 da LRF.
a. a concessão de vantagem, aumento, reajuste
ou adequação de remuneração a qualquer 442. A previsão na LRF, de que o gestor tem um
título; prazo de dois quadrimestres para reconduzir a
b. a criação de cargo, emprego ou função; despesa com pessoal aos limites legais, significa
c. a alteração de estrutura de carreira que im- afirmar que não se configura situação irregular
plique aumento de despesa; antes desse período?
d. o provimento de cargo público, admissão Não. A irregularidade se materializa no momen-
ou contratação de pessoal a qualquer título; to em que a despesa com pessoal ultrapassar o limite
e. a contratação de hora extra. máximo. O prazo de dois quadrimestres é concedido
Tais vedações não são absolutas, admitindo-se para a implementação das medidas necessárias vi-
as seguintes exceções: sando à recondução da despesa aos limites legais,
a. aumento de remuneração derivado de de forma que, se o gestor não promover tais medi-
sentença judicial ou de determinação legal das, mantendo a despesa acima do limite legal, sua
ou contratual, bem como de Revisão Geral situação se agrava, uma vez que o município sofrerá
Anual; maiores prejuízos, pois estará impedido de receber
b. admissão e contratação de pessoal a qual- transferências voluntárias e de realizar operações de
quer título para substituição de pessoal de- crédito.
corrente de exoneração, demissão, dispensa,
aposentadoria ou falecimento, nas áreas de 443. Qual deve ser a atuação da Unidade de Con-
saúde, educação e segurança, desde que seja trole Interno quanto ao controle dos gastos com
para a realização de atividades finalísticas pessoal?
dessas áreas e que não haja aumento de Em suma, a UCI deve acompanhar a aplicação
gastos com pessoal; e a observância das normas internas e verificar se o
c. simples criação de cargo, emprego ou fun- cálculo das despesas com pessoal está sendo feito
ção, sem o seu provimento; e de modo correto, inclusive verificando se há despe-
d. contratação de hora extra no caso do dispos- sas indevidamente não consideradas na apuração
to no inciso II do § 6º do art. 57 da Cons- do montante. Ultrapassados os limites total ou pru-
tituição e das situações previstas na LDO. dencial, o responsável pelo controle interno deve
461. A que tipo de ato a LRF faz referência ao perdas inflacionárias que ultrapassem o
dispor que: “Também é nulo de pleno direito o ato índice do último ano base;
de que resulte aumento da despesa com pessoal b. ato legislativo de criação de cargo, empre-
expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao go ou função, uma vez que esse ato, por
final do mandato do titular do respectivo Poder si só, não acarreta aumento de despesas
ou órgão referido no art. 20”? com pessoal;
O ato nulo de pleno direito, referenciado no c. ato legislativo de concessão de reajustes sa-
parágrafo único do art. 21 da LRF, não diz respeito lariais para implementação de piso salarial
ao aumento de despesas com pessoal propriamen- profissional nacional;
te dito e nem à variação do percentual de gastos d. ato de provimento de cargos públicos para
com pessoal, mas significa ato expedido nos cento e suprir reposições em casos de aposentadoria
oitenta dias anteriores ao final do mandato de que ou falecimento de servidores das áreas de
resulte aumento da despesa com pessoal, indepen- educação, saúde e segurança; e
dentemente do momento de efetivação do aumento e. ato vinculado de concessão de progressões
das despesas e da data em que o respectivo projeto funcionais e/ou outras vantagens remune-
de lei foi proposto ou colocado em pauta para apre- ratórias asseguradas por leis e editadas em
ciação legislativa. momento anterior ao período de vedação.
Os atos vinculados e decorrentes de direitos já
assegurados constitucionalmente ou legalmente, ou 462. Como aplicar o parágrafo único do art. 21 da
provenientes de situações jurídicas consolidadas antes LRF no âmbito das Câmaras Municipais, em que o
do período de vedação, não são vedados pela LRF, tempo de mandato dos vereadores é diferente do
independentemente do momento em que tenham tempo do mandato do presidente do Legislativo
sido expedidos, tais como: municipal?
a. ato legislativo de concessão de Revisão Nas Câmaras Municipais, a vedação prescrita no
Geral Anual (art. 37, X, CF/1988), des- parágrafo único do art. 21 da LRF deve ser observada
de que exista política de revisão salarial nos cento e oitenta dias anteriores ao final do man-
previamente estabelecida e a revisão não dato do presidente do Poder, e não em relação ao
represente aumento real ou correção de mandato legislativo de vereador.
Nepotismo
476. Qual é a autoridade competente para iniciar exercício financeiro do mandato do chefe
o processo legislativo das leis que tratam de pla- do Executivo, com devolução para sanção
nejamento? até o encerramento da sessão legislativa;
Cabe ao chefe do Poder Executivo iniciar as leis b. projeto da Lei de Diretrizes Orçamentá-
que tratam do plano plurianual, das diretrizes orça- rias (LDO): encaminhamento até oito meses
mentárias e dos orçamentos anuais, as quais deverão e meio antes do encerramento do exercício
ser discutidas com os cidadãos em audiências públi- financeiro, com devolução para sanção até
cas, como condição prévia para a remessa ao Poder o encerramento do primeiro período da
Legislativo. sessão legislativa;
c. projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA):
477. A quem compete convocar a sociedade para encaminhamento até quatro meses antes do
discutir a elaboração das peças de planejamento? encerramento do exercício financeiro, com
Compete ao chefe do Poder Executivo, como devolução para sanção até o encerramento
forma de incentivar maior participação popular. Não da sessão legislativa.
há impedimento para a convocação dessas audiências
também pelo chefe do Poder Legislativo, com obser- 479. Caso o Poder Executivo Municipal encaminhe
vância das regras dispostas na Lei Orgânica Municipal, intempestivamente os projetos de lei de plane-
tendo em vista que a Constituição Federal, no arti- jamento à Câmara Municipal, descumprindo os
go 58, prevê, de forma genérica, a competência do prazos indicados no ADCT ou aqueles adotados em
Congresso Nacional para a realização de audiências lei orgânica municipal, o Legislativo deve rejeitar
públicas com representantes da sociedade civil. ou devolver esses projetos?
O encaminhamento intempestivo dos projetos
478. Quais são os prazos a serem cumpridos pelo de lei de planejamento caracteriza infração legal gra-
Poder Executivo para encaminhamento dos pro- ve, mas, por si só, não constitui motivo que autoriza
jetos de lei de planejamento (PPA, LDO e LOA) ao a rejeição/devolução desses projetos pelo Legislativo.
Poder Legislativo? Vale dizer, que o chefe do Poder Executivo Mu-
Até entrada em vigor da lei complementar que nicipal que encaminhar as peças de planejamento a
trate sobre esses prazos (art. 165, § 9º, I, da CF/1988, intempestivamente poderá ser processado:
c/c art. 35, § 2º, ADCT), prevalece os prazos limites a. por infração político-administrativa, no âm-
aplicados na União ou aqueles indicados em lei lo- bito do Legislativo, conforme art. 4º, V, do
cal, sendo no caso dos municípios, em lei orgânica Decreto-Lei nº 201/67;
municipal. b. por ato de improbidade administrativa, no
Os prazos aplicados à União, conforme art. 35, âmbito do Poder Judiciário, conforme art.
§ 2º, ADCT, que podem ser aplicados aos entes fe- 11, II, da Lei nº 8.429/92; e/ou
derativos, são: c. por ato praticado com grave infração a nor-
a. projeto do Plano Plurianual (PPA): en- ma legal, no âmbito do Tribunal de Contas,
caminhamento ao Legislativo até quatro conforme art. 75, III, da Lei Complementar
meses antes do encerramento do primeiro nº 269/2007 (Lei Orgânica do TCE-MT).
503. Os processos referentes a contratos, convênios do TCE-MT, os atos admissionais dos municípios de-
e instrumentos congêneres, e respectivas presta- verão ser encaminhados, exclusivamente, em carga
ções de contas, bem como aqueles referentes à mensal do sistema Aplic.
concessão de diárias e adiantamentos, devem ser
encaminhados regularmente por meio físico ao 506. Quais os principais documentos de concur-
TCE-MT? sos públicos, processos seletivos simplificados e
Como regra geral, não. Tais processos devem processos seletivos públicos realizados pela Ad-
ser formalizados, arquivados no órgão ou entidade ministração devem ser encaminhados ao Tribunal
e colocados permanentemente à disposição do con- de Contas?
trole externo. A remessa ao TCE-MT será obrigatória Nas seleções públicas realizadas pela Adminis-
se houver requisição do conselheiro relator. No caso tração Pública estadual e municipal, deve-se enca-
dos órgãos municipais, tais informações devem ser minhar ao Tribunal, de acordo com a forma, prazos
encaminhadas por meio do sistema Aplic. e demais documentos estabelecidos em provimento
próprio, cópia:
504. Os processos referentes à aposentadoria, re- a. do edital do concurso público, processo
forma, reserva remunerada e pensão, e respectivas seletivo simplificado ou processo seletivo
revisões, devem ser encaminhados ao TCE-MT? público;
Sim. Os processos referentes à concessão de apo- b. do termo aditivo ou de retificação do edital,
sentadoria, reforma, transferência para a reserva e se for o caso;
pensão, bem como atos de anulação e revisões que c. do termo de homologação do concurso, do
importem alteração do fundamento legal da con- processo seletivo simplificado ou processo
cessão inicial ou da fixação de proventos, deverão seletivo público.
ser encaminhados ao Tribunal de Contas mediante As documentações estaduais e municipais a se-
processo específico, formalizado de acordo com pro- rem enviadas são similares, exceto pela utilização de
vimento próprio, até o último dia do segundo mês ofício de encaminhamento por parte das organizações
subsequente ao da publicação do respectivo ato, res- estaduais, pelo fato de envio de remessa física. Já as
salvado o caso de pensão, cujo prazo de remessa terá organizações municipais estão dispensadas de envio
início a partir do deferimento do benefício. de remessa física, devendo ser encaminhadas eletro-
A partir de julho de 2011, passou a ser dis- nicamente via sistema Aplic, tendo assim, prazos di-
pensada a remessa física dos referidos processos pela ferenciados adstritos à Resolução Normativa 36/2012.
Secretaria de Estado de Administração (SAD-MT) e
pelos RPPS municipais, devendo ser encaminhados 507. Como devem ser apresentadas as contas de
eletronicamente via sistema Aplic. governo dos municípios ao TCE-MT?
A partir do envio das contas anuais de 2012,
505. Os atos de admissão de pessoal dos muni- o gestor deve remeter as informações pelo sistema
cípios devem ser encaminhados ao Tribunal de Aplic, como carga especial, nos moldes definidos no
Contas por meio físico ou eletrônico? “Anexo I - leiaute das tabelas”.
Nos termos da Resolução Normativa 36/2012 Os documentos relacionados no Manual de Orien-
514. É obrigatório que o município constitua Re- b. se não houver concomitância de atividades
gime Próprio de Previdência Social (RPPS)? – apenas o mandato eletivo, com o afas-
Não. A Constituição Federal impõe aos Municí- tamento do cargo, emprego ou função –,
pios filiação a regime de previdência de caráter con- o vereador poderá optar pela sua remune-
tributivo e que garanta o equilíbrio financeiro e atu- ração, mas a sua filiação será ao RPPS de
arial do respectivo regime. Assim, os entes federados origem, contribuindo sobre a remuneração
somente deverão instituir seus próprios regimes de do cargo efetivo.
previdência se forem capazes de garantir o equilíbrio,
caso contrário, a filiação deverá ser ao Regime Geral 517. Os membros de Conselho Tutelar, quando
de Previdência Social (RGPS). remunerados, serão vinculados a qual regime
previdenciário?
515. Os ocupantes de cargos comissionados não O membro de Conselho Tutelar, quando re-
titulares de cargos efetivos e os contratados por munerado, deve contribuir obrigatoriamente para o
tempo determinado são vinculados a qual regime Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de
previdenciário? contribuinte individual.
Tanto os servidores comissionados não titulares
de cargo efetivo quanto os contratados por tempo 518. A qual regime previdenciário serão vinculados
determinado são segurados obrigatórios do Regime os servidores estabilizados nos termos do artigo 19
Geral da Previdência Social (INSS). Apenas os servi- do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
dores efetivos podem ser segurados do RPPS. e aqueles que tiveram seus empregos transforma-
dos em cargos públicos?
516. Os vereadores são segurados obrigatórios de Além dos servidores efetivos, estarão vincula-
qual regime previdenciário? dos ao RPPS, se existirem, os servidores estabilizados
Se o exercício do mandato for o único vínculo e os que tiveram seus empregos transformados em
com a Administração Pública, o vereador será filia- cargos públicos com consequente apreciação dos atos
do ao Regime Geral (INSS). Entretanto, se além do concessórios pelo TCE, para exame de legalidade.
exercício da função eletiva, o vereador exercer cargo
efetivo em ente da federação onde haja RPPS, deve- 519. A que regime previdenciário os agentes co-
rão ser observadas duas situações distintas: munitários de saúde e os agentes de combate às
a. se o exercício do mandato eletivo e do car- endemias devem ser vinculados?
go efetivo se der em concomitância, sem o Se foram contratados pelo regime jurídico cele-
afastamento do último, o agente deverá se tista ou administrativo especial (contratação tempo-
vincular ao RGPS, pelo mandato de verea- rária por excepcional interesse público), esses agentes
dor, e ao RPPS, pelo cargo efetivo; estarão sob a égide do Regime Geral de Previdência,
Benefícios
520. Pode o Regime Próprio de Previdência Social de 5 anos no cargo efetivo, para fins de aposenta-
conceder outros benefícios além dos concedidos doria voluntária, considera-se também o período em
pelo Regime Geral de Previdência Social? que o servidor exerceu funções comissionadas.
Não. O RPPS dos servidores públicos não poderá
conceder benefícios distintos dos previstos no Regime 522. Há uma regra geral para o cálculo de auxí-
Geral de Previdência Social, sendo que os benefícios lio-doença e do valor de referência do salário-
previstos pelo RPPS deverão ser, no mínimo, aposen- -maternidade concedido por ente público?
tadoria e pensão por morte. A forma de cálculo do benefício de auxílio-do-
ença é aquela definida na legislação do ente federa-
521. O período em que o servidor efetivo exerceu tivo, enquanto que o valor de referência do salário-
cargo comissionado será computado para cumpri- -maternidade corresponde à última remuneração da
mento dos 5 anos em cargo efetivo, exigidos para segurada.
fins de aposentadoria voluntária?
Para cumprimento da exigência constitucional
Despesas administrativas
523. O que são despesas administrativas do RPPS? Não. É vedada a utilização dos recursos previ-
São as despesas correntes e de capital necessá- denciários para custear ações de assistência social, de
rias à organização e ao funcionamento da unidade saúde, de assistência financeira de qualquer espécie
gestora do RPPS, para as quais é estabelecida em e para concessão de verbas indenizatórias, ainda que
legislação uma taxa percentual de administração. decorrentes de acidentes em serviço.
Importante ressaltar que a regra para utilização
dos recursos previdenciários do RPPS é a destinação 525. Como é calculado o limite máximo da taxa
para o pagamento dos benefícios previdenciários pre- de administração do RPPS?
vistos na legislação, salvo o valor destinado à taxa de Os gastos administrativos do RPPS, incluindo
administração. despesas correntes e de capital, não podem superar
o valor decorrente da aplicação da taxa de admi-
524. Além da taxa de administração, o ente previ- nistração prevista na legislação do respectivo ente,
denciário pode destinar seus recursos para outras limitada a 2% sobre o total da folha de pagamento
situações, como as ações de assistência social e – remunerações, proventos e pensões – dos seus se-
de saúde? gurados no exercício anterior. Observa-se que a base
526. Que tipos de despesas podem ser custeadas 529. Os gastos com contribuições ao Pasep reali-
pela taxa de administração? zados pelas autarquias previdenciárias são consi-
A taxa de administração deve ser destinada ex- derados despesas administrativas?
clusivamente ao custeio das despesas correntes e de Em regra, as contribuições devidas ao Pasep
capital necessárias à organização e ao funcionamento pelas autarquias previdenciárias têm natureza de
da unidade gestora do RPPS, inclusive para a conser- despesas tributárias, logo, são consideradas despesas
vação de seu patrimônio, tais como: pessoal, encar- administrativas passíveis de cômputo na aferição do
gos, material de consumo e serviços, e despesas ge- cumprimento da taxa de administração dos RPPS.
rais, inclusive para a conservação do seu patrimônio. Por outro lado, a parcela do Pasep incidente so-
bre as receitas decorrentes dos rendimentos de aplica-
527. Qualquer despesa de capital realizada pelo ções financeiras não comporá o agregado de despesas
RPPS pode ser custeada com recursos provenientes administrativas suportadas pelos recursos da taxa de
da taxa de administração? administração, pois tal contribuição social é inerente e
É possível custear, tanto despesas correntes como decorrente da própria aplicação dos recursos, confor-
de capital, com recursos da taxa de administração do me preceitua o art. 15, II, da Portaria MPS 402/2008.
RPPS. Entretanto, o pagamento de despesas de capital
deve ser restrito àquelas necessárias e indispensáveis 530. Os gastos realizados pelo RPPS para realização
à conservação e manutenção do patrimônio e ao uso de concurso público devem ser incluídos no total
próprio da unidade gestora. de despesas administrativas?
Assim, por exemplo, a aquisição ou a construção Sim, os gastos realizados com realização de
de bens imóveis com os recursos destinados à taxa concurso público, seja diretamente pelo RPPS ou por
de administração restringe-se aos destinados ao uso meio de empresa especializada, incluem-se na cate-
próprio da unidade gestora do RPPS, sendo vedada goria de despesas administrativas.
a utilização desses bens para investimento ou uso
por outro órgão público ou particular, em atividades 531. Os gastos administrativos do Regime Próprio
assistenciais ou quaisquer outros fins. Excepcional- de Previdência Social podem ser custeados, total
mente, poderão ser realizados gastos na reforma de ou parcialmente, pelo Poder Executivo?
bens imóveis do RPPS destinados a investimentos, Não. As despesas administrativas do RPPS de-
utilizando-se os recursos destinados à taxa de admi- vem ser custeadas com recursos da taxa administrati-
nistração, desde que seja garantido o retorno dos va- va, observando o limite estabelecido para as despesas
lores empregados, mediante processo de análise de dessa natureza.
viabilidade econômico-financeira. Portanto, o RPPS não poderá receber repasses
do Poder Executivo para custear os gastos administra-
528. As despesas com perícias médicas, indispen- tivos, bem como não poderá transferir a ele despesas
sáveis à concessão de benefícios previdenciários inerentes à sua estrutura. Entretanto, poderá rece-
– aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, ber apoio logístico, material e humano, em situações
por exemplo –, podem ser incluídas no limite de específicas, desde que obedecidos os princípios da
2% para gastos administrativos do RPPS? economicidade, eficiência e razoabilidade.
Tais despesas compõem a taxa de administração
533. Os recursos financeiros da Previdência Muni- dos títulos a preços superiores aos praticados no
cipal podem ser aplicados em bancos privados ou mercado.
apenas em bancos oficiais? Ademais, as operações com títulos públicos re-
Os recursos financeiros previdenciários podem alizadas pelo RPPS devem ser promovidas por meio
ser aplicados em instituições financeiras que não as de plataformas eletrônicas de negociação de títulos e
oficiais, desde que autorizadas a funcionar pelo Banco valores mobiliários autorizadas a funcionar pela Co-
Central, observados os requisitos mínimos previstos missão de Valores Mobiliários.
nas normas gerais de previdência e os limites e con-
dições de proteção, solvência, liquidez e prudência 535. A valorização dos investimentos do RPPS em
do mercado financeiro, considerando o disposto na títulos e valores mobiliários deve ser contabilizada
legislação, em especial na Lei Federal nº 9.717/98 e como receita orçamentária mesmo antes de seu
na Resolução CMN nº 3.922/2010. resgate?
Não. Como não houve a efetiva arrecadação
534. O RPPS pode adquirir títulos públicos de emis- dessa valorização, o RPPS não registrará, antes do
são do Tesouro Nacional? Quais requisitos devem resgate do investimento, receita orçamentária. Porém,
ser observados pelo gestor da previdência? considerando que a carteira de investimento do RPPS
Sim. O RPPS pode aplicar até 100% de seus em títulos ou valores mobiliários deve refletir seu
ativos previdenciários em títulos públicos de emissão valor de mercado, a valorização ou desvalorização
do Tesouro Nacional, podendo adquirir os títulos desses investimentos, decorrente de sua marcação a
diretamente ou aplicar os recursos em fundos de mercado, deve ser contabilizada no sistema financei-
investimentos compostos exclusivamente por tais ro como variação ativa ou passiva, independente da
títulos. execução orçamentária, acarretando acréscimo ou de-
No caso de aquisição dos títulos diretamente créscimo patrimonial, conforme o caso. No momento
pelo RPPS, o gestor tem a obrigação de realizar co- do resgate do investimento, o gestor registrará uma
tação de preços e observar as informações divulga- receita orçamentária correspondente à diferença entre
das, diariamente, por entidades reconhecidamente o valor inicial do investimento e o valor resgatado,
idôneas pela sua transparência e elevado padrão bem como contabilizará uma mutação patrimonial
técnico na difusão de preços e taxas dos títulos, para correspondente à valorização até então incorporada
fins de utilização como referência em negociações ao patrimônio.
no mercado financeiro, antes do efetivo fechamento
da operação, impossibilitando, assim, a aquisição
Contribuição previdenciária
542. É possível a realização de dação em pagamen- Por sua vez, o recebimento de bens imóveis
to para saldar débitos junto ao Regime Próprio de como forma de dação em pagamento, é possível,
Previdência Social (RPPS)? desde que em substituição ao pagamento de contri-
É vedada a dação em pagamento com bens, buições suplementares ou aportes pecuniários estabe-
direitos e demais ativos de qualquer natureza, para lecidos no Plano de Amortização do RPPS, observadas
amortização de débitos com o RPPS, exceto se des- as condições estabelecidas na Resolução de Consulta
tinados à amortização de déficit atuarial, nos termos nº 32/2017 do TCE-MT.
do art. 7º da Portaria MPS nº 402/2008.
Conceito e classificação
543. O que são receitas públicas? A receita pode ser efetiva ou não efetiva. A re-
Em sentido amplo, os ingressos de recursos fi- ceita orçamentária efetiva é aquela que, no momento
nanceiros nos cofres da Administração Pública deno- do reconhecimento do crédito, aumenta a situação
minam-se receitas públicas, registradas como receitas líquida patrimonial do ente público, constituindo fato
orçamentárias, quando representam disponibilidades modificativo aumentativo, como é o caso da receita
de recursos financeiros para o erário, ou ingressos de IPTU. A receita orçamentária não efetiva é aque-
extra orçamentários, quando representam apenas en- la que não altera a situação líquida patrimonial no
tradas compensatórias. momento do reconhecimento do crédito e, por isso,
Em sentido estrito, chamam-se públicas apenas constituiu fato contábil permutativo, como é o caso
as receitas orçamentárias. das operações de crédito.
Pode-se definir receitas orçamentárias como as
disponibilidades de recursos financeiros que ingres- 546. O que é a classificação da receita orçamentária
sam durante o exercício orçamentário e constituem por “natureza”?
elemento novo para o patrimônio público. Instrumen- Essa classificação é utilizada por todos os entes
to de viabilização da execução das políticas públicas, da Federação e visa identificar a origem do recurso
as receitas orçamentárias são fontes de recursos uti- segundo o fato gerador – acontecimento real que oca-
lizadas pelo Estado em programas e ações cuja fina- sionou o ingresso da receita no cofre público.
lidade principal é atender às necessidades públicas e Dessa forma, a natureza da receita é a menor
demandas da sociedade. célula de informação no contexto orçamentário para
as receitas públicas, por isso, contém todas as infor-
544. Qual a definição para ingressos extra orça- mações necessárias para as devidas alocações orça-
mentários? mentárias.
São recursos financeiros de caráter temporário Essa classificação é formada por um código de
que não integram a Lei Orçamentária Anual. O Estado 8 dígitos que é subdividido em 6 níveis:
é mero depositário desses recursos, que constituem • Categoria Econômica – receitas correntes e
passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam receitas de capital;
à autorização legislativa. Exemplos: depósitos em cau- • Origem – detalhamento das receitas corren-
ção, fianças, operações de crédito por antecipação tes e de capital;
de receita orçamentária (AROs), emissão de moeda • Espécie – detalhe aprofundado do fato ge-
e outras entradas compensatórias no ativo e passivo rador da receita;
financeiros. • Rubrica – detalha a Espécie com especifica-
ção dos recursos financeiros correspondentes;
545. Para fins contábeis, quanto ao impacto na • Alínea – detalha a Rubrica e indica o “nome”
situação líquida patrimonial, qual a classificação da receita que receberá o registro pela entra-
para a receita orçamentária? da de recursos financeiros;
Movimentação de recursos
548. É possível creditar o valor da folha salarial dos a arrecadar e movimentar suas disponibilidades de
servidores em instituição financeira não oficial? caixa em cooperativas de crédito. Importante frisar
Em regra, os recursos públicos devem ser mo- que, os limites territoriais do município devem estar
vimentados em instituições financeiras oficiais, nos contidos na área geográfica de atuação da respectiva
termos do § 3º, artigo 164, da Constituição Federal. cooperativa de crédito.
No entanto, mediante prévio procedimento licitató-
rio, é possível a contratação de instituição financeira, 550. Ante a inexistência de banco oficial no muni-
oficial ou não, para creditar o valor da folha salarial cípio, pode a Administração movimentar recursos
dos servidores. públicos em bancos privados?
Sim. Nesse caso, aplica-se a Decisão Normativa
549. 554. O Município pode movimentar recursos 02/1993 do TCE-MT, que autoriza a movimentação
públicos em cooperativa de crédito? de recursos em bancos privados, com permissivo em
Sim. O município, incluindo seus órgãos e enti- lei municipal, até a instalação de banco oficial no
dades e as empresas por ele controladas, está auto- município.
rizado pela Lei Complementar Federal nº 130/2009
Arrecadação
551. É possível o recebimento parcelado da receita lar adquirente, e que a transferência da propriedade
de alienação de bens imóveis da Administração do imóvel alienado, com o registro em Cartório de
Pública? Registro de Imóveis, seja feita após o pagamento de
Sim, desde que haja previsão no edital e no todas as parcelas.
contrato celebrado entre a Administração e o particu-
558. Qual a diferença entre “isenção” e “anistia”, à lei. Ambas, por força constitucional, conforme de-
espécies do gênero “renúncia de receita”? termina o § 6º do artigo 150 da CF/1988, também
Enquanto a isenção dispensa o tributo e abran- devem ser concedidas mediante lei específica. Sendo
ge fatos geradores posteriores à lei, a anistia dispensa assim, a isenção ou anistia não terão eficácia se forem
somente a multa e abrange fatos geradores anteriores tratadas por uma lei geral que abrange vários assuntos.
562. Sobre quais receitas incidirá o percentual co de receitas de impostos e de transferências que
mínimo de 15% para a aplicação na saúde pelos servem de base de cálculo para aplicação nas ações
municípios? e serviços de saúde.
Para a definição do valor mínimo determinado
constitucionalmente para a aplicação em ações e ser- 565. As receitas provenientes das multas e juros
viços públicos de saúde, o percentual de 15% incidirá por atraso no pagamento de impostos integram
sobre o somatório das seguintes receitas, efetivamen- a receita base para aplicação na saúde?
te realizadas no exercício: Sim. Como tais receitas têm vínculo com os im-
• Receita de Impostos: postos e, por dedução, consideradas “receitas tribu-
• IPTU, ITBI e ISSQN; tárias”, integram a receita base para fins de aplicação
• Dívida ativa de impostos; nas ações e serviços públicos de saúde.
• Juros e multas provenientes de impostos;
• Juros e multas provenientes da dívida ativa 566. As receitas provenientes do Imposto sobre
tributária; Operações Financeiras (IOF) sobre o ouro integram
• Receita de Transferências: a base de cálculo para aplicação na saúde?
• Transferências da União: FPM, ICMS deso- Tais receitas integram a base de cálculo para
neração, IPI exportação, ITR; aplicação no ensino, mas não são consideradas na
• Transferências do Estado: ICMS e IPVA. base de cálculo para aplicação na saúde.
563. O valor do bem imóvel recebido pela Ad- 567. A receita proveniente do Imposto de Renda
ministração Pública, como forma de dação em Retido na Fonte (IRRF) deve constar da base de
pagamento de dívida ativa tributária, integra a cálculo para efeitos de aplicação de recursos em
base de cálculo para efeitos de aplicação de re- ações e serviços públicos de saúde?
cursos na saúde? Sim. O IRRF, por ser receita tributária efetiva-
Sim. O recebimento de bem imóvel para o pa- mente arrecadada por Estados e Municípios e por
gamento de dívida ativa tributária gera receita re- representar fato contábil modificativo aumentativo
sultante de impostos, portanto, compõe a base de da situação patrimonial desses entes, deve compor a
cálculo para aplicação de recursos nas ações e serviços base de cálculo para definição dos recursos mínimos
de saúde. a serem aplicados anualmente em ações e serviços
públicos de saúde.
564. As receitas provenientes da Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (Cide) integram
a receita base para aplicação na saúde?
Não. As receitas da Cide não compõem o elen-
569. Para fins de apuração da aplicação dos recur- tadas nos percentuais mínimos de gastos com saúde.
sos mínimos na saúde, que tipo de despesas são Para efeito do cálculo do gasto mínimo com saú-
consideradas ações e serviços públicos de saúde? de, conforme previsão no artigo 3º, incisos VI a VIII,
De forma geral, são consideradas despesas com da Lei Complementar nº 141/2012, podem ser inclu-
saúde as ações e serviços voltados para a promoção, ídas apenas as seguintes ações de saneamento básico:
proteção e recuperação da saúde que atendam, simul- a. saneamento básico de domicílios ou de
taneamente, aos princípios estatuídos no art. 7º da pequenas comunidades, desde que seja
Lei Federal nº 8.080/1990, e às seguintes diretrizes: aprovado pelo Conselho de Saúde;
a. sejam destinadas às ações e serviços públicos b. saneamento básico dos distritos sanitários
de saúde de acesso universal, igualitário e especiais indígenas e de comunidades qui-
gratuito; lombolas; e
b. estejam em conformidade com objetivos e c. manejo ambiental vinculado diretamente
metas explicitados nos Planos de Saúde de ao controle de vetores de doenças.
cada ente da Federação; e
c. sejam de responsabilidade específica do 571. A aquisição de medicamentos e equipamentos
setor da saúde, não se aplicando a despe- odontológicos é enquadrada como ação de saúde?
sas relacionadas a outras políticas públicas Sim. Trata-se de gasto previsto no art. 3º, inciso
que atuam sobre determinantes sociais e V, da Lei Complementar nº 141/2012, enquadrado
econômicos, ainda que incidentes sobre as como ação de saúde, vinculada a serviços estabele-
condições de saúde da população. cidos no SUS.
De forma mais detalhada, a Lei Complementar nº
141/2012 elenca, taxativamente, nos artigos 3º e 4º, 572. A construção de estabelecimento público de
respectivamente, quais são e quais não são as despesas saúde e o asfaltamento de rua para o acesso a esse
consideradas ações e serviços públicos de saúde. estabelecimento são considerados ações de saúde?
Nos termos dos artigos 3º, inciso IX, da Lei Com-
570. As despesas com saneamento básico são con- plementar nº 141/2012, o estabelecimento constru-
sideradas ações e serviços públicos de saúde? ído para oferta de serviços de saúde à população é
As ações destinadas ao saneamento básico, as- enquadrado no rol de gastos na saúde, porém, a obra
sim considerado o conjunto de serviços, infraestrutu- de infraestrutura – como no caso do asfaltamento –,
ras e instalações operacionais de abastecimento de nos termos do art. 4º, inciso IX, da mesma Lei Com-
água potável, limpeza urbana e manejo de resíduos plementar, ainda que realizada para beneficiar direta
sólidos, esgotamento sanitário e drenagem e manejo ou indiretamente a rede de saúde, não é considerada
das águas pluviais urbanas, em regra, não são compu- ação de saúde.
577. É possível à Administração terceirizar a gestão Em regra, não. Porém, excepcionalmente, ad-
dos serviços de saúde? mite-se a transferência de serviços específicos de
Não. Nos termos dos artigos 197 e 199, § 1°, atenção básica aos consórcios intermunicipais, desde
da Constituição Federal, as ações e serviços de saúde que comprovada a insuficiência da rede municipal
são de relevância pública, cabendo ao poder públi- de saúde na prestação de tais serviços e até que seja
co sua gestão, dispondo sobre sua regulamentação, regularizada a prestação do serviço pelo município.
fiscalização e controle, sendo possível terceirizar Para isso, os entes consorciados poderão cele-
somente a execução, por meio de pessoa física ou brar convênios com o respectivo consórcio de saúde,
jurídica de direito privado, que podem participar com vistas à promoção e oferta de serviços públicos
de forma complementar do sistema único de saúde, de saúde, desde que tal procedimento não afronte
mediante contrato de direito público ou convênio, o modelo associativo dos consórcios públicos, não
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem implique em transferência do dever dos municípios
fins lucrativos. de promover as ações de atenção básica de saúde à
comunidade local e não sirva de burla aos limites de
578. É possível que os municípios transfiram parte despesa com pessoal fixado na LRF.
dos serviços de saúde de atenção básica para os
respectivos consórcios?
Fundo de saúde
582. É obrigatória a criação de um Fundo de Saúde? conforme determina o artigo 77 do Ato das Disposi-
Sim. Todos os recursos destinados às ações e ser- ções Constitucionais Transitórias.
viços públicos de saúde e os transferidos pelo Estado
e União para a mesma finalidade serão aplicados por 583. De que forma se cria um Fundo Municipal
meio do Fundo Municipal de Saúde, com acompa- de Saúde?
nhamento e fiscalização pelo Conselho Municipal de O Fundo Municipal de Saúde será criado por lei
Saúde e pelos órgãos de controle interno e externo, específica, como fundo especial, sem personalidade
589. De forma geral, qual o significado de “Admi- 591. Há outras formas de garantir a transparência
nistração Pública transparente”? na Administração Pública?
“Administração Pública transparente” é aquela Qualquer ação do gestor objetivando promover
em que o gestor público garante aos cidadãos acesso a participação popular fortalece a cidadania e pro-
amplo às informações sobre a gestão e seus resulta- move a transparência. Assim, além dos instrumentos
dos, incentivando a participação social no desenvol- de transparência dispostos na LRF, o gestor público é
vimento de políticas públicas. transparente quando:
a. observa o princípio da publicidade;
590. De que forma o gestor público pode garantir
b. cria cartilhas com linguagem acessível ao
a transparência da gestão fiscal na Administração
cidadão;
Pública?
c. cria canais para o recebimento de críticas
A Lei de Responsabilidade Fiscal elenca alguns
e sugestões; e
instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos
d. mantém portal de transparência.
quais a Administração deve dar ampla divulgação em
meios de acesso público como a internet, murais de
592. O que é o acesso à informação e como está
prédios públicos, jornais e outros. São eles:
regulamentado?
• Plano Plurianual;
O acesso à informação é princípio constitucio-
• Lei de Diretrizes Orçamentária;
nal – art. 5º, inciso XXXIII –, aplicável à Adminis-
• Lei Orçamentária Anual;
tração Pública, e significa que todos têm direito a
• Prestações de Contas e o respectivo Parecer
Prévio; receber dos órgãos públicos informações de seu in-
• Relatório Resumido da Execução Orçamen- teresse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
tária; que devem ser prestadas no prazo da lei, sob pena
• Relatório de Gestão Fiscal; e de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
• Audiências públicas durante os processos de seja imprescindível à segurança da sociedade e do
elaboração e avaliação das peças de plane- Estado.
jamento. A Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de Aces-
A transparência será assegurada, também, me- so à Informação) tratou de regulamentar o direito
diante: constitucional de acesso às informações públicas,
a. incentivo à participação popular e realização objetivando maior participação cidadã, servindo de
de audiências públicas, durante os processos subsídio para o controle da Administração Pública.
de elaboração e discussão dos instrumentos O TCE-MT disponibiliza aos cidadãos e aos
de planejamento;
seus fiscalizados, em seu sítio eletrônico – www.
b. liberação ao pleno conhecimento e acom-
tce.mt.gov.br –, a cartilha “Guia de Implementação
panhamento da sociedade, em tempo real,
da Lei de Acesso à Informação e criação das Ou-
de informações pormenorizadas sobre a exe-
vidorias Municipais”, como forma orientativa para
cução orçamentária e financeira, em meios
implemento e cumprimento da Lei de Acesso à In-
eletrônicos de acesso público; e
c. adoção de sistema integrado de adminis- formação, além do estímulo à criação de ouvidorias
tração financeira e controle. municipais.
caso dos Estados, consideradas, ainda, as demais de- I – as receitas nele arrecadas;
Transferências voluntárias
São definidas no art. 25 da Lei de Responsabi-
lidade Fiscal como a entrega de recursos correntes
ou de capital a outro ente da Federação, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não
decorra de determinação constitucional, legal ou os
destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Em regra geral, os instrumentos para a operacio-
nalização das transferências voluntárias são: o convê-
nio, no qual recursos são transferidos diretamente de
ente para ente ou para instituição sem fins lucrativos;
e o contrato de repasse, no qual há a intermediação
de um banco oficial.
Agentes Políticos.....................................................................10
Subsídio........................................................................................................ 10
1. O subsídio do prefeito, vice-prefeito e dos secretários municipais pode ser fixado para
vigorar na mesma legislatura?.............................................................................................................. 10
2. O subsídio dos vereadores pode ser fixado para vigorar na mesma legislatura?..................................... 10
3. Que providência adotar caso a Lei Orgânica do Município estabeleça que o subsídio do
prefeito, vice-prefeito, dos secretários municipais e dos vereadores seja fixado no último ano
da legislatura, antes das eleições, para vigorar na legislatura seguinte, e isso não ocorra?..................... 10
4. O subsídio dos vereadores pode ser aumentado durante a legislatura?................................................. 10
5. Além da Revisão Geral Anual, é possível que os aumentos reais concedidos a determinada
categoria de servidores sejam repassados ou estendidos aos vereadores?.............................................. 10
6. É possível reduzir o subsídio dos vereadores durante a legislatura para fins de atendimento ao
limite legal de despesa com pessoal?................................................................................................... 10
7. É possível os membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal e, em especial, seu presidente,
receberem subsídio diferenciado em relação aos demais vereadores? Sendo possível, o subsídio
diferenciado deve atender aos limites constitucionais e legais?............................................................. 10
8. O subsídio do presidente, dos demais membros da Mesa Diretora e dos outros vereadores da
Câmara Municipal deve ser fixado tendo como referência o subsídio do chefe do Poder
Executivo e dos deputados estaduais?.................................................................................................. 11
9. O subsídio do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais deve atender a algum limite?....... 11
10. O aumento incorporado ao subsídio do vereador proveniente de Revisão Geral Anual, para
recomposição por perdas inflacionárias, deve atender ao duplo teto constitucional?............................. 11
11. Qual o critério adotado como referência na escolha do limite percentual constitucional –
20, 30, 40, 50, 60 ou 75% – incidente sobre o subsídio dos deputados estaduais, para
fixação do subsídio do vereador?......................................................................................................... 11
12. A redução do número de habitantes do município, durante a legislatura, implicando em
percentual menor aplicado sobre o subsídio dos deputados, acarretará, automaticamente, a
diminuição do subsídio dos vereadores?.............................................................................................. 11
13. É possível fixar o subsídio do vereador em valor inferior ao duplo teto constitucional –
subsídio do prefeito e percentual variável do subsídio do deputado estadual –?................................... 11
14. Além do atendimento ao duplo teto constitucional, em quais outros limites o subsídio dos
vereadores está inserido?..................................................................................................................... 11
15. A definição dos subsídios dos vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais é
matéria de iniciativa legislativa de qual órgão?.................................................................................... 12
16. Que instrumento normativo deve ser utilizado pela Câmara Municipal para fixação do
subsídio dos vereadores?..................................................................................................................... 12
Direitos......................................................................................................... 13
21. Os prefeitos e vice-prefeitos podem receber 13º subsídio e férias?........................................................ 13
22. Aos secretários municipais são devidos os direitos sociais estendidos aos servidores públicos,
dentre eles o 13º salário e férias?........................................................................................................ 13
23. O vereador pode receber férias e 13º subsídio?................................................................................... 13
24. O que são e quais são os tipos de licenças concedidas aos vereadores?................................................. 13
25. A licença concedida ao vereador para tratar de interesse particular tem prazo limitado e
é remunerada?.................................................................................................................................... 13
26. Durante o período de licença-saúde concedida ao vereador, quem deve ser o responsável
pelo ônus de sua remuneração?........................................................................................................... 13
Acumulação de cargos.................................................................................. 14
27. O prefeito pode exercer, concomitantemente, o seu mandato com outro cargo, emprego ou
função pública?................................................................................................................................... 14
28. O vice-prefeito pode exercer, concomitantemente, o seu mandato com outro cargo,
emprego ou função pública?............................................................................................................... 14
29. O vice-prefeito pode acumular a função de secretário municipal?......................................................... 14
30. O vereador pode acumular seu mandato eletivo com um cargo, emprego ou função pública?.............. 14
31. No exercício do mandato eletivo, é possível ao vereador exercer cargo de provimento
efetivo em outro município?................................................................................................................ 14
32. É possível que o servidor público investido em dois cargos efetivos, licitamente acumuláveis,
também exerça o cargo eletivo de vereador?....................................................................................... 15
33. É possível a acumulação remunerada do cargo de presidente da Câmara Municipal com
um cargo público de provimento efetivo?............................................................................................ 15
34. Caso o vereador detenha também cargo público, com jornadas de trabalho incompatíveis, e
opte pela remuneração do cargo efetivo, é possível que se realize o rateio do valor do
subsídio não pago a esse agente político entre os outros vereadores?................................................... 15
Câmara Municipal...................................................................17
Limites constitucionais e legais da Câmara Municipal.................................... 17
45. Quais os limites de gastos impostos ao Poder Legislativo Municipal?..................................................... 17
46. Os gastos decorrentes de parcelamento de débitos previdenciários da Câmara perante o
INSS devem ser computados no gasto total para efeitos de cumprimento ao limite constitucional?....... 18
47. As despesas de exercícios anteriores pagas pela Câmara devem ser inclusas no gasto total para
efeitos de cumprimento do art. 29-A da CF/1988?............................................................................... 18
48. Os gastos com obras de reforma ou ampliação da sede do Legislativo Municipal devem
ser computados no gasto total para cumprimento do limite constitucional?.......................................... 18
49. Os gastos da Prefeitura Municipal para a realização de concurso público da Câmara Municipal
devem ser computados na despesa total do Legislativo?....................................................................... 18
50. Os encargos sociais de responsabilidade da Câmara Municipal e os proventos de
aposentadoria e pensões, quando suportados por ela, são computados para efeito de
cumprimento do limite de folha de pagamento?.................................................................................. 18
51. Os gastos decorrentes de terceirização de serviços na Câmara Municipal devem compor a
folha de pagamento?........................................................................................................................... 18
52. As despesas referentes ao pagamento de bolsas de estágio no âmbito da Câmara Municipal
devem ser computadas na folha de pagamento?.................................................................................. 18
53. Os gastos com processos de reconhecimento de dívidas trabalhistas havidas por
exoneração de servidores da Câmara devem compor a folha de pagamento?....................................... 19
54. Existe ordem de prioridades para o cumprimento dos limites estabelecidos para a Câmara Municipal?
Poderia, por exemplo, o Legislativo Municipal cumprir o limite de folha de pagamento e
deixar de observar o limite de gastos com pessoal da LRF, ou vice-versa?............................................. 19
55. Quando o orçamento da Câmara Municipal e o repasse efetivamente recebido tiverem
valores divergentes, qual a base de cálculo utilizada pelo TCE-MT no exercício do controle
externo para efeitos de verificação do cumprimento do limite com folha de pagamento?..................... 19
56. Que postura punitiva o Tribunal de Contas pode adotar quando o Legislativo Municipal
ultrapassar, na aplicação de seus recursos, os limites constitucionais e legais?........................................ 19
Despesas da Câmara..................................................................................... 23
80. A Câmara Municipal é obrigada a conceder diárias aos seus servidores e vereadores nos
mesmos valores fixados pelo Executivo?............................................................................................... 23
81. O Legislativo Municipal pode conceder diárias para indenizar vereador que reside em
local distante da sede do Município para participar das sessões da Câmara?......................................... 23
82. A responsabilidade administrativo-financeira pela execução de obras de reforma ou
ampliação da sede do Legislativo Municipal é da própria Câmara ou da Prefeitura?............................. 24
83. A Câmara Municipal pode realizar despesas com coffee breaks ou lanches?.......................................... 24
84. De quem é a responsabilidade administrativo-financeira pela realização de concurso público
para preenchimento de cargos da Câmara Municipal: do Legislativo ou do Executivo?.......................... 24
85. Caso haja falecimento de vereador, cabe à Câmara Municipal o pagamento da pensão por
morte aos seus familiares?................................................................................................................... 24
86. É permitido o pagamento de indenização aos vereadores pela participação em
sessões extraordinárias?....................................................................................................................... 24
87. É possível que a Câmara Municipal realize despesa com concessão de diárias a
servidores cedidos a outros órgãos e entidades, a exemplo da cessão feita a Tribunal Eleitoral?............. 24
88. É possível a contratação de empresa de rádio para dar publicidade de matérias legislativas?................ 24
89. A Câmara Municipal pode realizar gastos, com respectiva previsão orçamentária,
destinados a programas de ação social?............................................................................................... 24
Licitação e contrato...................................................................................... 26
97. A Câmara Municipal poderá nomear vereadores para que componham comissão de licitação?............. 26
98. Há impedimento para que a Prefeitura ou a Câmara Municipal contrate empresa de
propriedade de vereador?................................................................................................................... 26
99. É obrigatório que todos os contratos em execução no Legislativo Municipal tenham
fiscal correspondente?......................................................................................................................... 26
Consórcios Públicos.................................................................28
Definições, execução orçamentária, contrato de rateio,
licitação e contabilidade............................................................................... 28
102. O que é o consórcio público?.............................................................................................................. 28
103. O que é o protocolo de intenções?...................................................................................................... 28
104. Quais os possíveis objetivos almejados com a formação de um consórcio público?................................ 28
105. A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá ocorrer com observância às
normas de direito financeiro aplicáveis à Administração Pública?.......................................................... 29
106. Como os entes consorciados devem fazer a inclusão em suas leis orçamentárias dos recursos a
serem transferidos ao consórcio público?............................................................................................. 29
107. As receitas de transferências recebidas pelos consórcios públicos e a respectiva execução da
despesa devem receber classificação específica?................................................................................... 29
108. O que é o contrato de rateio?.............................................................................................................. 29
109. Caso algum ente consorciado descumpra alguma obrigação prevista no contrato de rateio,
quem tem legitimidade para exigir o seu devido cumprimento?........................................................... 29
110. Que penalidade é aplicável ao ente consorciado que não inclui, em sua lei orçamentária ou em
créditos adicionais, dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de
contrato de rateio?.............................................................................................................................. 30
111. É possível a utilização de recursos do FPM recebidos pelo município consorciado para
pagamento de quotas ao consórcio intermunicipal de saúde?............................................................... 30
Controle Interno.....................................................................33
Sistema de Controle Interno, Unidade de Controle Interno e
normas de controle....................................................................................... 33
122. Qual é a abrangência do Sistema de Controle Interno do Estado e dos Municípios?.............................. 33
123. Há prazo para a aprovação da lei que institui o Sistema de Controle Interno?....................................... 33
124. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o
Tribunal de Contas devem instituir suas próprias Unidades de Controle Interno, mesmo que a
Lei instituidora seja única no âmbito de cada ente federado?............................................................... 33
125. É permitida a criação de uma única Unidade de Controle Interno, para atuar como órgão
central do Sistema do Controle Interno Municipal que atenda os dois Poderes?.................................... 33
126. Quanto às rotinas e procedimentos de controle, deverão ser aprovadas normas únicas para
vigorar em todo o Estado ou cada um dos Poderes e órgãos poderá instituir seu próprio
Manual de Rotinas e Procedimentos de Controle?................................................................................ 34
127. Podem ser aprovadas normas de rotinas e procedimentos de controle de sistemas
administrativos não exigidos nos atos normativos do Tribunal de Contas?............................................. 34
128. As informações acerca das normas de controle interno e dos sistemas administrativos
respectivos devem ser enviadas ao TCE?............................................................................................... 34
129. Depois de aprovadas, as normas de rotinas e procedimentos de controle poderão ser alteradas?........... 34
Convênios...............................................................................38
149. O que são convênios?.......................................................................................................................... 38
150. Como regra geral, quais são as fases de um convênio administrativo?................................................... 38
151. Que tipos de irregularidades devem ser evitadas na fase de proposição do convênio?........................... 38
152. Quais as principais condições a serem atendidas pelo ente público (conveniado) na
fase de celebração/formalização de convênio?...................................................................................... 38
153. Quais informações mínimas devem constar do Plano de Trabalho aprovado previamente à
celebração de convênio pela Administração Pública?............................................................................ 38
154. Os recursos decorrentes de convênio devem ser recebidos em conta bancária específica?...................... 39
155. As receitas auferidas em aplicações financeiras com recursos decorrentes de saldo de
convênio podem ser destinadas a outras finalidades que não a do convênio ou ajuste firmado?........... 39
156. Quais as principais irregularidades que devem ser evitadas na fase de execução financeira dos
convênios administrativos?.................................................................................................................. 39
157. Se um novo gestor público constatar a existência de convênios cujos recursos não
tenham sido aplicados na finalidade pactuada, que providências pode adotar?.................................... 39
158. É possível que as parcelas de convênio fiquem retidas por ocasião de impropriedades detectadas?........... 39
159. Em que hipóteses deve ocorrer o ressarcimento de recursos repassados por intermédio de convênio?....... 40
160. Há legalidade na celebração de convênio entre a Administração Pública e cooperativas de
trabalho, cujo objeto seja a terceirização de serviços?.......................................................................... 40
161. O Município pode firmar convênio ou instrumento congênere para contribuir no custeio de
despesa de competência de outro ente da Federação?......................................................................... 40
162. A Administração pode celebrar convênio com instituições financeiras visando à concessão de
empréstimos consignados a servidores?............................................................................................... 40
163. É lícito ao Poder Público firmar convênio com rádios comunitárias para transmissão de
comunicação institucional, oferecendo contraprestação pecuniária?...................................................... 40
Despesa..................................................................................41
Conceitos, classificação, fases e estágios........................................................ 41
164. O que é despesa pública?.................................................................................................................... 41
165. Quais as classificações da despesa pública orçamentária?...................................................................... 41
166. No âmbito da classificação da despesa orçamentária por natureza, qual a diferenciação
conceitual para “material de consumo” e “material permanente”?....................................................... 41
Finalidade da despesa................................................................................... 46
184. É legal o pagamento de despesa destinada à veiculação de publicidade institucional por
rádio e televisão educativa?................................................................................................................. 46
185. É possível que o poder público fomente, por meio de recursos públicos, a realização de e
ventos religiosos/culturais, desportivos e turísticos?............................................................................... 46
186. O município pode custear gastos com construção e reformas de pontes e manutenção de
estradas localizadas dentro de seus limites territoriais?......................................................................... 47
187. É possível que a Administração Pública adquira bens imóveis e móveis por meio de
Leilões Oficiais ou Privados?................................................................................................................ 47
188. Visando a geração de emprego e renda para pequenos proprietários rurais locais, o
poder público pode realizar despesa com fomento à piscicultura?........................................................ 47
Fundeb......................................................................................................... 53
218. O que é o Fundeb?.............................................................................................................................. 53
219. É necessária a criação de um fundo especial, no âmbito de cada município, para gestão dos
recursos recebidos do Fundeb?............................................................................................................ 53
220. Os recursos do Fundeb podem ser movimentados em conta corrente de qualquer banco?.................... 53
221. Quais as fontes de receita do Fundeb e qual o percentual de contribuição de cada uma
delas para a formação do fundo?........................................................................................................ 54
222. Os impostos de competência municipal, como o IPTU, ISSQN e ITBI, servem de base para a
contribuição ao Fundeb?..................................................................................................................... 54
223. De que forma é feita a distribuição dos recursos do Fundeb para o Estado e Municípios?..................... 54
224. Os recursos do Fundeb poderão ser aplicados indistintamente entre etapas, modalidades e
tipos de estabelecimento de ensino da educação básica?...................................................................... 54
225. Os recursos do Fundeb deverão ser utilizados integralmente no exercício financeiro em que
lhes forem creditados?......................................................................................................................... 54
226. Como devem ser aplicados os recursos do Fundeb pelo Estado e municípios?....................................... 54
227. Pode-se destinar mais de 60% dos recursos do Fundeb à remuneração dos profissionais do
magistério em efetivo exercício na educação básica?............................................................................ 55
Licitação e Contrato................................................................62
Licitação: disposições gerais.......................................................................... 62
265. Somente a Administração Direta deve realizar licitação para suas aquisições, atendendo às
disposições da Lei nº 8.666/93?.......................................................................................................... 62
266. As entidades privadas, gestoras de recursos públicos recebidos mediante convênio,
devem realizar licitação para a contratação de obras, bens e serviços?.................................................. 62
267. No caso de processos licitatórios e contratos administrativos suportados por recursos
orçamentários e financeiros vinculados a fundo especial, quem será o sujeito contratante?................... 62
268. Que tipos de aquisições devem ser precedidas de licitação?.................................................................. 62
269. Qualquer concessão de serviços públicos deve ser precedida de licitação? Como deve ser
determinado o prazo da concessão? Há definição de prazo máximo para uma concessão?.................... 62
270. É possível a celebração de procedimento licitatório antes da celebração do convênio do
qual originarão os recursos para o pagamento da respectiva despesa?.................................................. 63
Contratação direta........................................................................................ 66
284. O que é a contratação direta?.............................................................................................................. 66
285. O Estado e os Municípios de Mato Grosso podem atualizar os valores limites estabelecidos no
art. 23 da Lei nº 8.666/93 para as modalidades licitatórias, o que implicaria em uma alteração
consequente para os limites de contratação por dispensa licitatória indicados nos incisos I e II do
art. 24?............................................................................................................................................... 66
286. A Administração que decretou estado de calamidade pública na localidade, tem autorizativo para
realizar aquisições amplas por contratação direta, com base no inciso IV do art. 24 da Lei nº 8.666/93?.. 67
287. É possível dispensar a licitação no caso de “emergência fabricada”?..................................................... 67
288. Cabe dispensa licitatória para aquisição de medicamentos em cumprimento à decisão judicial?............ 67
289. Na ausência e/ou não habilitação de interessados em procedimento licitatório, é possível a
contratação direta pela Administração Pública? E se a modalidade da licitação for Convite?................. 67
290. Para efeito de licitação dispensável, na contratação de remanescente de obra, serviço ou
fornecimento, em decorrência de rescisão contratual, é possível a contratação direta de
executante/fornecedor não participante do certame licitatório?............................................................. 67
Sanções administrativas................................................................................ 71
307. Qual o alcance da sanção administrativa de suspensão temporária de participação em
licitação e impedimento de contratar com a Administração – art. 87, III, Lei nº 8.666/93 –,
quando da inexecução total ou parcial do contrato?............................................................................. 71
308. Qual o alcance da sanção administrativa de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com
a Administração – art. 87, IV, Lei nº 8.666/93 –, quando da inexecução total ou parcial do contrato?....... 72
Pregão.......................................................................................................... 74
319. O que é pregão?................................................................................................................................. 74
320. O que são os “bens e serviços comuns”, para cuja aquisição pode ser adotada a licitação na
modalidade pregão? Como a Administração deve identificar no caso concreto esses bens e
serviços comuns?................................................................................................................................. 75
321. Os entes federativos podem indicar em normatização específica quais bens e serviços são considerados
comuns, com fins de enquadramento para realização de licitação na modalidade pregão?........................ 75
322. É possível a utilização de pregão para contratação de obras e serviços de engenharia?......................... 75
Contratos administrativos.............................................................................. 79
336. O contrato administrativo é instrumento idêntico ao convênio?............................................................ 79
337. Há cláusulas de cunho obrigatório para os contratos?.......................................................................... 79
338. Há necessidade de se exigir testemunhas para a formalização de contrato administrativo?.................... 79
339. Para todos os contratos administrativos firmados pela Administração deve haver um fiscal de contrato
correspondente? Qualquer servidor, concursado ou não, pode ser nomeado fiscal de contrato?................ 79
340. A designação de fiscal de contrato administrativo depende de previsão no edital convocatório do
certame ou no instrumento contratual?................................................................................................ 80
341. Cada fiscal designado poderá fiscalizar somente um único contrato?..................................................... 80
342. O servidor designado para o encargo de fiscalizar contratos administrativos pode recusar tal
atribuição?.......................................................................................................................................... 80
343. Quais procedimentos devem ser realizados pelo fiscal de contratos para efeito de
acompanhamento e fiscalização da execução contratual?...................................................................... 81
344. A necessidade de designação de fiscal para acompanhamento e fiscalização da execução contratual se
aplica aos convênios firmados pela Administração?................................................................................... 82
345. Fiscal e gestor de contratos são a mesma figura no âmbito da Administração?...................................... 82
346. Os prazos para execução, conclusão e entrega de objeto de um contrato devem ser compatíveis
(iguais) ao prazo indicado na cláusula de vigência do contrato?........................................................... 82
347. No caso de obras públicas, é possível a dilação dos prazos de execução e de vigência dos contratos,
após expirado o termo final desses instrumentos?................................................................................ 82
348. O que são os serviços contínuos passíveis de prorrogação contratual, nos termos do art. 57, II, da
Lei nº 8.666/93?................................................................................................................................. 83
349. A possibilidade de prorrogação de contratos de serviços contínuos tem que estar prevista no
edital de licitação correspondente?...................................................................................................... 83
350. Em geral, quais os requisitos para a prorrogação de contratos de serviços continuados?........................ 83
351. Qual a diferença entre reajuste e repactuação de contrato? Os dois institutos podem ser
aplicados conjuntamente sobre um mesmo contrato?........................................................................... 83
Patrimônio..............................................................................86
Classificação, controle e baixa de bens públicos............................................ 86
361. Que critério deve ser observado para a classificação dos bens móveis no ativo permanente?................. 86
362. É obrigatório o controle patrimonial dos bens permanentes?................................................................ 86
363. A colocação de plaquetas em bens pertencentes ao município é definitiva e inalterável?...................... 86
364. No âmbito do controle patrimonial de bens de natureza permanente, que instrumento deve ser adotado
para responsabilização de agentes públicos?........................................................................................ 86
365. Os bens móveis inservíveis à Administração podem ser baixados do patrimônio?................................. 86
Pessoal...................................................................................89
Conceitos, direitos sociais, deveres e remuneração........................................ 89
376. Qual a diferença entre função de confiança e cargo em comissão?........................................................ 89
377. Qual a diferença entre segregação de funções e desvio de função?....................................................... 89
378. Qual a diferença conceitual entre remuneração, vencimentos e vencimento?........................................ 89
379. Qual é o valor máximo da remuneração e do subsídio a serem pagos aos servidores e
agentes políticos no município?........................................................................................................... 89
380. É possível que o servidor público receba menos que o salário mínimo?................................................ 90
381. Em que situação os vencimentos dos cargos dos servidores do Poder Executivo devem servir de
parâmetro para a fixação dos vencimentos dos cargos dos servidores do Poder Legislativo?.................. 90
382. Os “servidores” contratados temporariamente têm direito ao 13º salário e férias?................................ 90
383. Quando deve ser pago o adicional (1/3) de férias?............................................................................... 90
384. Qual é a base de cálculo para efeitos de pagamento das férias, 1/3 de férias e 13º salário?.................. 90
385. É possível a concessão de abono pecuniário de férias, consistente na conversão de parcela das
férias em pecúnia (dinheiro)?.............................................................................................................. 90
386. É legal a concessão de adiantamento salarial aos servidores?................................................................ 90
387. É possível conceder aumento salarial diferenciado para as diversas categorias de servidores públicos?...... 90
388. É possível o pagamento de adicional por serviço extraordinário na Administração Pública?................... 90
389. É devido o pagamento de horas extras aos servidores detentores de cargo em comissão?..................... 91
390. É possível que o servidor receba, cumulativamente, diárias e horas extras?........................................... 91
391. É cabível a concessão de adicional de insalubridade a servidores públicos? A concessão
depende da existência de outras parcelas remuneratórias ou indenizatórias?......................................... 91
392. O que é a Revisão Geral Anual (RGA)?................................................................................................. 91
393. É legal a concessão de aumento salarial em ano eleitoral?.................................................................... 91
394. A prorrogação por mais 60 dias da duração da licença-maternidade prevista na Lei Federal
nº 11.770/2008 é aplicável à Administração Pública? Quem será o responsável pelo pagamento do
salário-maternidade durante a possível prorrogação: o ente contratante ou o Regime de Previdência?...... 91
395. A Administração pode instituir gratificação especial para os servidores efetivos que exerçam
atribuições excepcionais, como a de pregoeiro?................................................................................... 92
396. A retribuição por exercício de função comissionada ou gratificada, a gratificação por produtividade,
a gratificação por atividades penosa, insalubre ou perigosa, e a remuneração por horas extras
integram o salário-maternidade?......................................................................................................... 92
397. É possível converter o direito ao gozo de licença-prêmio em pecúnia (dinheiro)?.................................. 92
398. Pode-se conceder licença a servidor para tratar de interesses particulares, estando em
estágio probatório?.............................................................................................................................. 92
Nepotismo.................................................................................................. 103
463. O que é nepotismo?.......................................................................................................................... 103
464. O que é nepotismo cruzado?............................................................................................................. 103
465. Qual o nível de parentesco no qual se configura o nepotismo?........................................................... 104
Planejamento e Orçamento...................................................106
476. Qual é a autoridade competente para iniciar o processo legislativo das leis que tratam de
planejamento?.................................................................................................................................. 106
477. A quem compete convocar a sociedade para discutir a elaboração das peças de planejamento?.......... 106
478. Quais são os prazos a serem cumpridos pelo Poder Executivo para encaminhamento dos
projetos de lei de planejamento (PPA, LDO e LOA) ao Poder Legislativo?............................................ 106
479. Caso o Poder Executivo Municipal encaminhe intempestivamente os projetos de lei de
planejamento à Câmara Municipal, descumprindo os prazos indicados no ADCT ou aqueles
adotados em lei orgânica municipal, o Legislativo deve rejeitar ou devolver esses projetos?................ 106
480. Qual é o prazo de encaminhamento das peças de planejamento (PPA, LDO e LOA) ao
Tribunal de Contas?........................................................................................................................... 107
481. É possível que o PPA dos municípios preveja valores globais para os programas, observada a
classificação da despesa por esfera orçamentária e por categoria econômica, com a previsão e
detalhamento das ações exclusivamente na LOA?............................................................................... 107
482. A necessidade de compatibilidade da LOA com os programas, objetivos, metas, iniciativas e/ou
ações definidos no PPA limita a programação de despesa na LOA?..................................................... 107
483. Para que a LDO esteja compatível com o PPA, deve possuir fixação de valores financeiros?
Em algum momento, as suas prioridades e metas servem para limitar a programação da
despesa na LOA?............................................................................................................................... 107
484. A prefeitura pode realizar doação de terreno ao Legislativo Municipal, não havendo
previsão na LDO e no PPA?............................................................................................................... 107
Prestação de Contas..............................................................112
503. Os processos referentes a contratos, convênios e instrumentos congêneres, e respectivas
prestações de contas, bem como aqueles referentes à concessão de diárias e adiantamentos,
devem ser encaminhados regularmente por meio físico ao TCE-MT?................................................... 112
504. Os processos referentes à aposentadoria, reforma, reserva remunerada e pensão, e respectivas
revisões, devem ser encaminhados ao TCE-MT?................................................................................. 112
505. Os atos de admissão de pessoal dos municípios devem ser encaminhados ao Tribunal de Contas
por meio físico ou eletrônico?............................................................................................................ 112
506. Quais os principais documentos de concursos públicos, processos seletivos simplificados e processos
seletivos públicos realizados pela Administração devem ser encaminhados ao Tribunal de Contas?...... 112
Previdência...........................................................................115
Regime previdenciário e vinculação............................................................ 115
514. É obrigatório que o município constitua Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)?....................... 115
515. Os ocupantes de cargos comissionados não titulares de cargos efetivos e os contratados por
tempo determinado são vinculados a qual regime previdenciário?...................................................... 115
516. Os vereadores são segurados obrigatórios de qual regime previdenciário?.......................................... 115
517. Os membros de Conselho Tutelar, quando remunerados, serão vinculados a qual regime
previdenciário?.................................................................................................................................. 115
518. A qual regime previdenciário serão vinculados os servidores estabilizados nos termos do
artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e aqueles que tiveram seus
empregos transformados em cargos públicos?.................................................................................... 115
519. A que regime previdenciário os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às
endemias devem ser vinculados?....................................................................................................... 115
Benefícios................................................................................................... 116
520. Pode o Regime Próprio de Previdência Social conceder outros benefícios além dos concedidos
pelo Regime Geral de Previdência Social?.......................................................................................... 116
521. O período em que o servidor efetivo exerceu cargo comissionado será computado para
cumprimento dos 5 anos em cargo efetivo, exigidos para fins de aposentadoria voluntária?............... 116
522. Há uma regra geral para o cálculo de auxílio-doença e do valor de referência do salário-maternidade
concedido por ente público?................................................................................................................... 116
Receita.................................................................................120
Conceito e classificação............................................................................... 120
543. O que são receitas públicas?.............................................................................................................. 120
544. Qual a definição para ingressos extra orçamentários?......................................................................... 120
Arrecadação................................................................................................ 121
551. É possível o recebimento parcelado da receita de alienação de bens imóveis da
Administração Pública?...................................................................................................................... 121
552. É possível o recebimento de recursos do contribuinte municipal, a título de pagamento de IPTU,
via convênio com empresa de cartão de crédito?............................................................................... 122
553. É possível a distribuição de prêmios como forma de incentivo que vise a arrecadação de
receita tributária?.............................................................................................................................. 122
554. As empresas públicas e sociedades de economia mista podem contratar operadoras de
crédito e débito visando o recebimento de faturas pelos serviços prestados?...................................... 122
555. É possível que as receitas decorrentes das inscrições dos candidatos em concurso público sejam
depositadas diretamente na conta bancária da empresa contratada?.................................................. 122
556. É possível que os entes federados recebam bens móveis entregues por dação em pagamento
como forma de extinguir créditos tributários perante a Fazenda Pública?............................................ 122
557. A Administração Pública pode cobrar pela entrada em eventos públicos, realizados com
recursos oriundos de convênios?........................................................................................................ 122
Saúde...................................................................................124
Base de cálculo e aplicação mínima na saúde............................................. 124
562. Sobre quais receitas incidirá o percentual mínimo de 15% para a aplicação na
saúde pelos municípios?.................................................................................................................... 124
Glossário...............................................................................132
9 788571 570122