Curso: Gestão em Sala de Vacina

Unidade 1

Tema: Conceitos Básicos

sobre as Vacinas.
Conservação,
Armazenamento e
Transporte das Vacinas.
Docente Conteudista: Christiane da Rocha Bento
 Olá, caríssimo estudante!

Seja bem-vindo(a)!

Leia atentamente este material, nele iremos

conhecer um pouco mais a respeito dos Conceitos
Básicos sobre as Vacinas: Conservação,
Armazenamento e Transporte.

Vamos iniciar?

Bons Estudos!
 Conceitos básicos sobre as vacinas

As vacinas são substâncias constituídas por

agentes patogênicos (vírus ou bactérias), vivos ou
mortos, ou seus derivados. Elas estimulam
o sistema imune a produzir anticorpos (proteínas
que atuam na defesa do organismo), os quais
atuam contra os agentes patogênicos causadores
de infecções.
As vacinas são seguras e causam poucas Fonte da imagem:
spdm.org.br/noticias/mais-noticias/conh
reações adversas, sendo estas, geralmente, leves eca-as-vacinas-oferecidas-pelo-sus/

e de curta duração. Trata-se da principal forma

de prevenção de inúmeras doenças.
 Conceitos básicos sobre as vacinas

Quando um indivíduo entra em contato pela primeira vez com

um antígeno (substância estranha), o organismo inicia a produção
de anticorpos para combatê-lo, no entanto, esse processo é demorado e
o indivíduo acaba por desenvolver a doença causada por aquele
antígeno.
As vacinas atuam por meio do desenvolvimento da chamada “memória
imunológica”. A introdução do agente patogênico (morto ou enfraquecido)
ou seus derivados no organismo estimula o sistema imune a produzir
anticorpos. Futuramente, quando o indivíduo infectar-se com aquele
agente, o organismo produzirá uma resposta imunológica de forma mais
rápida para destruí-lo.
 Conservação

As vacinas são conservadas nos

diversos níveis em temperaturas
específicas levando em conta a
composição delas. Em nível nacional,
alguns imunobiológicos são
conservados em temperaturas
negativas, já em nível local são
refrigeradas entre +2ºC a +8º C, em
Fonte da imagem:
www.ceara.gov.br/2021/04/30/com-vacina-da-pfizer-ceara-r
refrigeradores exclusivos.
ecebe-terceiro-imunizante-contra-covid-19/
 Conservação

Armazenamento: conforme o PNI (Plano Nacional de Imunização)

✔ Colocar gelo reciclável no congelador;

✔ Na primeira prateleira devem ser colocadas as vacinas que podem ser

congeladas, como os imunobiológicos contra a poliomielite, sarampo,
caxumba, rubéola (triviral) e antiamarílica (FA);

✔ Na segunda prateleira vacinas que não podem ser congeladas, como

os imunobiológicos dupla adulto (dT), tríplice bacteriana (DPT),
tetravalente, BCG, antihepatite B;

Fonte da imagem:
http://fundamentosdasvacinas.blogsp
ot.com/2015/08/equipamentos-da-re
de-de-frio_19.htm
Conservação
Armazenamento: conforme o PNI (Plano
Nacional de Imunização)
✔ Na terceira prateleira, podem ser colocados
soros e caixas com vacinas bacterianas;
✔ Colocar o termômetro de máxima e mínima na
posição vertical, no centro da segunda
prateleira;
✔ Retirar a gaveta de legumes e no local dela
colocar garrafas de água colorida, que ajudam
a manter a temperatura no interior do
refrigerador.
 Outros cuidados básicos também devem ser
observados, como:
✔ Fazer a leitura do termômetro interno do refrigerador no início e final da
jornada e registrar no mapa de temperatura;
✔ Usar tomada exclusiva para o refrigerador;
instalar o refrigerador fora de fontes de calor e distante 20 cm da parede;
✔ O refrigerador deve ser exclusivo para o armazenamento dos
imunobiológicos;
✔ Não armazenar qualquer produto na porta do refrigerador;
✔ Fazer o degelo a cada 15 dias ou sempre que necessário (nesse caso
considera-se a camada de gelo no interior do congelador, a qual não
deve ultrapassar a 0,5 cm);
✔ Manter a porta da geladeira vedada adequadamente.
 Transporte de Vacinas
A temperatura é o aspecto mais
vulnerável e um dos principais
fatores que podem impactar na
estabilidade de uma vacina.

Segundo a Anvisa, cada tipo de

vacina tem a sua
particularidade. Para algumas,
o congelamento é proibido,
Fonte da imagem:
pois pode levar à perda de http://www.sjp.pr.gov.br/sao-jose-dos-pinhais-receb
eficácia. Já outras vacinas são e-insumos-e-vacinas-contra-a-covid-19/

abaladas por exposições a

temperaturas mais elevadas.
 Transporte de Vacinas

O transporte de vacinas pode ser realizado

pelo próprio fabricante ou por operadores
logísticos contratados.

Transporte realizado por operador

logístico:
Fonte da imagem:
presentesparaavida.unicef.pt/presente/caixa-tr • O operador precisa ser qualificado e seguir
ansportadora-de-vacinas/
as mesmas regras de boas práticas de
armazenamento e distribuição do produtor.
 Transporte de Vacinas

Transporte realizado por operador logístico:

• Deve possuir uma autorização específica para

a atividade, conforme a Portaria 802/1998 e a
Lei n° 6360/1976. Segundo a Anvisa, devem
existir procedimentos operacionais redigidos
para todas as operações susceptíveis de afetar
a qualidade dos produtos ou da atividade de Fonte da imagem:
www.cgfm.mil.co/es/blog/vacunas-contra-e
distribuição. l-covid-19-llegan-zonas-alejadas-de-antioq
uia-gracias-la-fuerza-aerea
• No caso das transportadoras, é preciso haver
um farmacêutico responsável técnico pelos
procedimentos de movimentação e transporte.
 Transporte de Vacinas
De acordo com a Anvisa, o sistema de transporte escolhido para uma
vacina não pode em nenhuma hipótese afetar a sua qualidade e deve
possuir as características que garantam a manutenção dos cuidados de
conservação do produto.

Pelo fato de a vacina ser um item biológico e imunológico, ela é

considerada um produto altamente sensível. Ou seja, qualquer alteração
relacionada ao transporte ou armazenamento pode inutilizar a fórmula e
gerar perdas desastrosas. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), estima-se que cerca de 50% das vacinas chegam
deterioradas ao local destinado. Na maioria das vezes, esses danos são
provocados por falhas no controle da temperatura.
 Transporte de Vacinas

Para evitar essas e outras falhas, a Anvisa (Agência Nacional

de Vigilância Sanitária), estabelece uma série de regras. As
principais delas estão contidas na RDC nº 430/2020. Esta
resolução trata das boas práticas de distribuição,
armazenagem e transporte de medicamentos. Dessa forma,
as empresas que atuam com o transporte, armazenagem e
distribuição de vacinas devem seguir à risca todas as regras
contidas nesta RDC e demais orientações feitas pela Anvisa.
 Transporte de Vacinas

Caixas térmicas

Por se tratar de um produto altamente

sensível, as vacinas devem ser
transportadas em caixas térmicas
ainda mais seguras e resistentes,
evitando qualquer alteração de
temperatura. Além disso, é preciso
proteger a estrutura das embalagens Fonte da imagem: CNN Brasil.

durante o transporte.
 Transporte de Vacinas

Gelos

Como mencionamos anteriormente, os

elementos de refrigeração adequados
são essenciais para controlar a
temperatura em todas as etapas do
transporte de vacinas. O gelo é um
desses produtos. De maneira prática e
segura, ele atende às necessidades
Fonte da imagem: Grupo Polar
de refrigeração das vacinas em todos
os tipos de transporte (aéreo,
terrestre, aquaviário etc.).
 Transporte de Vacinas

Mantas térmicas

Elas também fazem parte do conjunto de

itens necessários para garantir a
refrigeração e proteção das vacinas. Um
dos objetivos deste produto é proporcionar
a estabilidade e proteção das embalagens
no interior das caixas térmicas. Além disso,
a manta é essencial para manter o
isolamento térmico que deve existir entre o Fonte da imagem: Mendonça, Cassio. Disponível
em:
gelo e o produto. https://www.youtube.com/watch?v=_Asj1P7BycY
 Olá, caríssimo(a) estudante!

Já estudamos alguns pontos importantes sobre os

Conceitos Básicos sobre as Vacinas, Conservação,
Armazenamento e Transporte das Vacinas.
No próximo material de leitura você irá estudar sobre os Calendários
básicos de Vacinação e Boas Práticas da Equipe de Enfermagem na
Sala de Vacinas.

Aguardo você lá!

Seguimos Estudando!
 Referências

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Normas e Procedimentos para

Vacinação. Brasília, 2014. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacin
acao.pdf
Matriz de gerenciamento de processo – sala de vacina. Disponível em:
<https://planificasus.com.br/upload/guiatutoria_etapa3_aps_anexo9.pdf>.
Acesso em: 18/02/2023.