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Felipe Salto, Josué Pellegrini, Gabriel Garrote 11/2023
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Índice
01 Destaques do último mês
02 Arrecadação Federal
05 Cenários Fiscais
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Parecer da Reforma Tributária é aprovado no Senado com alterações significativas
• No dia 25 de outubro foi apresentado o substitutivo da Reforma Tributária (PEC 45/2019) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
pelo relator da proposta, o senador Eduardo Braga (MDB-AM). Vários pontos sofreram alterações, com destaque para:
• Serviços de transporte coletivo de passageiro rodoviário intermunicipal e interestadual, ferroviário, hidroviário e aéreo;
• Foram instituídos o Teto de Referência da União, composto pela média da arrecadação somada do IPI, da Cofins, e do PIS, como
proporção do PIB, entre 2012 e 2021, e o Teto de Referência Total, que inclui, além da arrecadação dos tributos do Teto da União,
o ISS e o ICMS, também para o período 2012-2021 e em relação ao PIB.
• Aumento de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões dos aportes anuais da União para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional.
• Após aprovação do parecer no Senado, a matéria agora retornará à Câmara dos Deputados.
• A Nota Técnica nº 28 elaborada pela Warren Rena e divulgada para os clientes contém mais informações sobre as mudanças propostas pelo
substitutivo.
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A previsão de aportes da União no Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional
aumentou de R$ 40 bilhões anuais para R$ 60 bilhões anuais
Como era: Previsão de aportes da União aos fundos previstos na Reforma Tributária de acordo com texto
aprovado na Câmara – R$ bilhões
• O texto da Reforma Tributária 50
aprovado na Câmara dos 40
40 40 40 40 40 40
32 32 32 32
Deputados previa aportes da 30 24 24 24 24
União de R$ 40 bilhões ao ano no 20 16 16 16 16
Fundo Nacional de 10
0
8 8
0 0 0
8 8
0
Desenvolvimento Regional. O 0
2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033
substitutivo apresentado no
FNDR Fundo Compensação Total
Senado aumenta o aporte anual
para R$ 60 bilhões. Como ficou: Aportes da União aos fundos previstos na Reforma Tributária de acordo com novo parecer
apresentado no Senado – R$ bilhões
• Além disso, o substitutivo 70
60 60
especifica que a distribuição dos 60
52 52 54 54 56 56 58 58
48 48 50 50
recursos do fundo entre os 50 44 44 46 46
40 40 40 42 42
estados deve seguir o critério
40 40 40
40
32 32 32 32
populacional, com peso de 30%, 30 24 24 24 24
e a participação utilizada no 20 16 16 16 16
Fundo de Participação dos 10
88 8 8
Estados (FPE), com peso de 70%.
0
2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043
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Parecer propõe alterações na transição dos antigos para novos tributos
• O substitutivo propôs, ainda, algumas alterações na transição dos atuais tributos, que serão extintos (IPI, Cofins,
PIS, ICMS, e ISS) para os tributos que serão instituídos (IBS, CBS e IS): O ano de instituição do Imposto Seletivo
passou a ser explicitado; o IPI, que pelo texto do Senado teria as alíquotas zeradas em 2027, e seria extinto em 2033,
passou a ser extinto já em 2027; e criou-se uma Cide, incidente a partir de 2027, para cumprir o papel do IPI como
instrumento de garantia de competividade da ZFM.
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Alterar a meta de primário para 2024 permitiria mais gastos ?
• A partir de declarações do Presidente Lula no último dia 27, foi colocada em pauta a possibilidade de rever, já em 2023,
a meta de resultado primário para 2024, que hoje prevê um equilíbrio entre receitas e despesas, isto é, déficit zero.
• De acordo com as projeções da Warren Rena, o déficit do Governo Central em 2024 será de 0,74% do PIB
• Assim sendo, caso o centro da meta seja alterado para um déficit de 0,5% do PIB, o governo conseguiria alcançar
pelo menos o limite inferior da meta, evitando o acionamento dos gatilhos previstos pelo não cumprimento da
meta
• Porém, para se chegar nesse valor de 0,74% de déficit, já está sendo previsto contingenciamento de R$39, 6 bilhões
das despesas discricionárias
• Dessa forma, a mudança de meta para um déficit de 0,5% do PIB não permitiria maiores gastos em 2024, mas
comprometeria a credibilidade do novo arcabouço fiscal
• Considerando não haver qualquer contingenciamento, com as projeções da Warren Rena de receitas de 18,2% do PIB,
o déficit primário atingiria 1% do PIB, comprometendo não apenas o ajuste para 2024 como para os anos
seguintes, uma vez que seria difícil alcançar as metas de superávits de 0,5% do PIB em 2025 e 1% do PIB em 2026
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Arrecadação Federal
• Maior arrecadação das administradas se deve ao maior volume de vendas e serviços, que afetam positivamente a
receita com Cofins e PIS/Pasep, e ao aumento da arrecadação com a Cide para remessas ao exterior, que
impulsionou as “Outras receitas administradas”.
• Já as receitas não administradas apresentaram queda, com arrefecimento das receitas advindas do programa de
redução da litigiosidade e do imposto sobre exportação de óleo bruto.
• Arrecadação administrada pela Receita Federal cresceu 0,64% em termos reais no acumulado até setembro, por conta
de melhora no mercado de trabalho, do programa de redução de litigiosidade e do imposto sobre exportação.
• Arrecadação não administrada pela Receita Federal caiu 22,5% em termos reais no acumulado até setembro, puxada
pela redução nos tributos arrecadados com commodities, que apresentaram desempenho excepcional em 2022.
Receita Total do Governo Federal – R$ bilhões - acumulado em 12 meses – Variação real da receita total acumulada no ano frente ao mesmo
preços de set/23 período do ano anterior – %
2.400 20 18,3
2.308 2.322
2.300
15 12,9
2.200 11,1 11,0
11,0 9,7 10,410,2
2.126 9,5 9,3 8,8
2.100 10 8,2
2.000
5
1.900 1,1 1,2 0,7 0,6 1,0
0,3
0
1.800 1.805 -0,4 -0,8 -0,8
1.700 -5
jan/20
fev/20
mar/20
jun/20
jul/20
ago/20
set/20
jan/21
fev/21
mar/21
jun/21
jul/21
ago/21
set/21
jan/22
fev/22
mar/22
jun/22
jul/22
ago/22
set/22
jan/23
fev/23
mar/23
jun/23
jul/23
ago/23
set/23
out/20
abr/21
out/21
out/22
abr/20
abr/22
abr/23
mai/20
nov/20
dez/20
mai/21
nov/21
dez/21
mai/22
nov/22
dez/22
mai/23
jan/22
fev/22
mar/22
jun/22
jul/22
ago/22
set/22
jan/23
fev/23
mar/23
jun/23
jul/23
ago/23
set/23
abr/22
out/22
abr/23
mai/22
nov/22
dez/22
mai/23
Fonte: Receita Federal, Warren Rena Fonte: Receita Federal, Warren Rena
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Crescimento das receitas administradas pela Receita se aproxima da estabilidade,
descoladas da queda acentuada nas não administradas
• Enquanto as receitas não administradas vêm apresentando queda desde 2022, as receitas administradas cresceram
no acumulado durante o ano, mas o impulso parece estar perdendo força
• Arrecadação com Imposto de Renda vinha em alta por conta de tributos relacionados ao mercado de trabalho e a
taxação das aplicações em renda fixa, porém crescimento arrefeceu nos últimos meses.
• Receitas previdenciárias seguem trajetória de alta por conta do mercado de trabalho mais aquecido, porém a rubrica
de demais receitas administradas pela Receita Federal vem caindo continuamente durante 2023.
Receita administrada (eixo esquerdo) e não administrada pela Receita Federal (eixo Receita administrada por fonte – R$ bilhões - acumulado em 12 meses –
direito) – R$ bilhões - acumulado em 12 meses – preços de set/23 preços de set/23
2.300 160 820
748 754
135 2.206 140 720
2.200
2.174 120 607
620 584
2.100 116 546 552
2.039 100
520 518 534
2.000 80 532 517
69 87 429
420
60
1.900 329 329 328
40 320 280
1.800
20 220
jun/20
jun/21
jun/22
jun/23
fev/20
out/20
fev/21
fev/22
fev/23
ago/23
ago/20
ago/21
out/21
ago/22
out/22
abr/20
abr/21
abr/22
abr/23
dez/20
dez/21
dez/22
1.700 1.736 0
set/20
set/21
set/22
set/23
jul/20
jul/21
jul/22
jul/23
jan/20
mar/20
jan/21
mar/21
jan/22
mar/22
jan/23
mar/23
mai/20
mai/21
mai/22
mai/23
nov/20
nov/21
nov/22
Receita administrada pela RFB Receita não administrada pela RFB Fonte: Receita Federal, Warren Rena
Fonte: Receita Federal, Warren Rena warren.com.br
Resultado do
Governo Central
• Governo Central alcança superávit primário de Contas primárias do Governo Central –Setembro de 2023
R$ 11,5 bilhões em setembro, resultado melhor Setembro Δ nominal Δ real (IPCA)
que no mesmo mês do ano passado, quando foi R$ R$
observado superávit de R$ 10,9 bilhões 2023 2022 milhões % milhões %
I. Receita Total 201.333 177.722 23.611 13,3% 14.395 7,7%
Receita Administrada pela RFB 107.554 103.228 4.326 4,2% -1.027 -0,9%
• Resultado foi puxado pelo aumento real de Receita Previdenciária 48.464 43.786 4.679 10,7% 2.408 5,2%
10,7% nas receitas líquidas, apesar do Receitas Não Administradas 45.315 30.709 14.606 47,6% 13.014 40,3%
crescimento real de 11,5% no valor das despesas II. Transferências por repartição de receita 31.115 31.479 -364 -1,2% -1.996 -6,0%
III. Receita Líquida (I-II) 170.218 146.243 23.975 16,4% 16.392 10,7%
• Principais fatores a estimular a receita foram a IV. Despesa Total 158.670 135.307 23.363 17,3% 16.347 11,5%
• A receita com PIS/Pasep, além de extraordinária, v. Resultado Primário (III-IV) 11.548 10.936 612 - 45 -
Fonte: Tesouro Nacional, Warren Rena
não é contabilizada na apuração do primário
pelo Banco Central, sendo essa a métrica
utilizada para se avaliar a meta de resultado
primário
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Superávit em setembro melhora resultado primário acumulado em 12 meses
• Com superávit de R$11,5 bilhões de setembro, o resultado acumulado em 12 meses é deficitário em R$73,1 bilhões,
cerca de 0,7% do PIB.
• Despesas estão aumentando no ano, ao mesmo tempo em que receitas extraordinárias com Concessões e Permissões
e tributos relacionados à commodities obtidas em 2022 não vêm se repetindo.
• Há melhora desde o valor mais baixo do ano, quando no mês de julho o déficit acumulado em 12 meses foi de 0,94% do
PIB, porém a Warren Rena projeta uma piora até o final do ano, com déficit primário de R$ 113,5 bilhões, ou 1,1% do
PIB, para o governo central em 2023.
2.426
2,0 0,83 2.400
0,55
(0,39) (0,70)
0,0 2.200
(1,71)
-2,0 (0,94) 1.955 1.953
2.000
-10,0
Benefícios previdenciários Outras despesas obrigatórias Pessoal e Encargos Sociais Discricionárias Benefícios previdenciários
• Resultado acumulado em 12 meses é deficitário em R$101,9 bilhões, o pior do ano (ver gráfico abaixo).
Resultado primário do setor público consolidado acumulado em 12 meses - R$ bilhões - preços de set/23
250.000
Estatais
Governos Regionais
150.000
Total
100.000
50.000
-50.000
-100.000
-150.000
• Enquanto o resultado para o Governo Central foi superavitário em R$10,5 bilhões de acordo com a divulgação do Tesouro, o mesmo foi
deficitário em R$16,5 bilhões na publicação do Banco Central.
• A discrepância se justifica pelos recursos que entraram no caixa do Tesouro provenientes das contas não sacadas do PIS/Pasep.
• Como o resultado primário do Tesouro é calculado “acima da linha”, a entrada em caixa dessas receitas foi contabilizada no primário.
• Já para o Banco Central, que considera o resultado “abaixo da linha”, não seriam contabilizadas receitas primárias não provenientes de
efetivo esforço fiscal, de forma que os recursos do PIS/Pasep foram contabilizados apenas como ajuste patrimonial e não melhora nas
Necessidades de Financiamento do Setor Público.
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DLSP cresce em setembro com apropriação de juros e déficit primário. DBGG
fica estável no mês
• A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) ficou estável em setembro, no valor de 74,4% como proporção do PIB. Impactos altistas dos
juros e da desvalorização cambial foram compensados por resgates líquidos da dívida e pelo crescimento do PIB Nominal.
• A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu 0,1 p.p. do PIB, por conta dos juros apropriados e do déficit primário realizado.
Evolução da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) e da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) - % PIB
80,0 78,0
76,7
75,3
74,4
75,0 72,9 72,9 73,5
70,0
65,0
60,0
59,0
60,0 57,7
56,9 57,1 57,0
55,5
55,0
50,0
jan/22 fev/22 mar/22 abr/22 mai/22 jun/22 jul/22 ago/22 set/22 out/22 nov/22 dez/22 jan/23 fev/23 mar/23 abr/23 mai/23 jun/23 jul/23 ago/23 set/23
DBGG DLSP
Fonte: Banco Central, Warren Rena
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Juros nominais elevam DBGG e DLSP em 2023; trajetória da DLSP tem sido
diretamente afetada pelo déficit primário
DECOMPOSIÇÃO DA VARIAÇÃO – DBGG/PIB E DSLP/PIB – ACUMULADO EM 2023 (ATÉ SETEMBRO)
DBGG 1,5
Juros Nominais apropriados 5,8
Variação cambial -0,2
Variação PIB Nominal -4,2
Outros 0,1
DLSP 2,9
Juros Nominais apropriados 5,2
Déficit Primário 0,9
Variação cambial 0,5
Reconhecimento líquido de ativos -0,2
Variação PIB nominal -3,3
Outros -0,2
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Cenários fiscais
Cenário otimista: Dinâmica mais favorável da arrecadação, devido a pressupostos macroeconômicos otimistas e de melhor
desempenho das medidas arrecadatórias anunciadas pelo governo.
Cenário base: Correção do salário mínimo pela inflação + PIB de dois anos antes até 2026 e apenas pela inflação nos anos posteriores.
Regra de gastos anunciada por novo arcabouço fiscal é respeitada, mas regra de primário não é cumprida, de modo que o gatilho de
50% fica permanentemente acionado.
Cenário pessimista: Cenário macroeconômico menos favorável, não reoneração do diesel em 2024 e pior desempenho das medidas
arrecadatórias anunciadas pelo governo impactam negativamente receitas. Correção do salário mínimo pela inflação + PIB de dois anos
antes até 2032, ajuste anual dos salários dos servidores federais pela inflação, gasto adicional de R$ 10 bilhões para o programa
Desenrola e hipóteses mais drásticas para evolução do Benefício de Prestação Continuada pioram trajetória dos gastos. Regra de gastos
não é respeitada.
• Queda real da receita projetada para o 2022 2023 var. nominal (%) var. real (%) Relatório 4º bi
ano deve-se à redução significativa das I - Receita Total 2.313.305 2.370.356 2,5 -1,9 2.372.902
receitas não administradas, em razão da Receita administrada pela Receita Federal 1.389.944 1.467.611 5,6 1,0 1.469.667
redução no preço do barril do petróleo. Receita da Previdência Social 535.710 589.281 10,0 5,3 589.468
Receita não administrada pela Receita Federal 387.652 313.464 -19,1 -22,6 313.768
• Valores consideram receitas adicionais II - Transferências 457.204 457.527 0,1 -4,2 458.368
provenientes das medidas anunciadas III - Receita Líquida (I-II) 1.856.102 1.912.828 3,1 -1,4 1.914.535
pelo Ministério da Fazenda. Em 2024, IV - Despesa Total 1.801.998 2.026.340 12,4 7,6 2.052.167
consideramos uma arrecadação extra de Despesas obrigatórias 1.430.712 1.537.090 7,4 2,8 1.532.247
R$ 95 bilhões em receitas brutas e R$ Benefícios previdenciários 796.977 870.216 9,2 4,5 869.747
83,3 bilhões em receitas líquidas. Pessoal e Encargos Sociais 337.942 360.308 6,6 2,0 358.836
Outras despesas obrigatórias 295.793 306.567 3,6 -0,8 303.665
• Projetamos aumento significativo das Abono e Seguro Desemprego 64.271 70.308 9,4 4,7 72.886
despesas, devido a mudanças Benefício de Prestação Continuada 78.827 89.545 13,6 8,7 93.782
introduzidas pela EC 126/2022, à revisão Despesas sujeitas à programação financeira 371.286 489.250 31,8 26,1 519.920
do salário mínimo para R$ 1.320 e por Obrigatória com controle de fluxo 219.144 328.431 49,9 43,4 329.226
maiores valores concedidos ao Bolsa Bolsa Família e Auxílio Brasil 88.119 165.335 87,6 79,5 168.693
Família. Despesa discricionária 152.143 160.819 5,7 1,2 190.694
V - Resultado primário (III-IV) 54.104 -113.512 -137.633
• Avaliamos a probabilidade de êxito de cada uma das medidas já anunciadas, bem como seu potencial arrecadatório. Nossas
estimativas para a arrecadação adicional advindas de tais medidas foram consideradas em nosso cenário fiscal base podem ser
observadas na tabela abaixo. Consideramos, no sub total A as medidas recentemente anunciadas, e no sub total B medidas já
aprovadas em 2023.
Receitas adicionadas ao cenário base em 2024 (R$ bilhões)
Receita bruta Receita líquida Instrumento legal
Exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos do PIS/Cofins 17.516 17.516 Lei nº 14.592/2023
Reoneração dos combustíveis 24.131 24.131 Lei nº 14.592/2023
Sub total (B) 41.647 41.647
• Principais responsáveis pelo aumento do gasto são crescimento dos dispêndios com Bolsa Família e crescimento das despesas
discricionárias. 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032
• Projetamos um significativo incremento da receita em proporção ao PIB em 2024, devido as medidas de viés arrecadatório que vem
sendo anunciadas pelo governo federal. Com o incremento, de 0,6 ponto percentual, a receita total atingiria 22,7% do PIB.
• As medidas e decisões judiciais consideradas para a elevação da arrecadação foram: 1) a reoneração do PIS e Cofins sobre óleo diesel e
biodiesel, 2) a reoneração do PIS e Cofins sobre álcool e gasolina, 3) a incidência da PIS e Cofins sobre receita financeira, 4) a decisão do
STJ à respeito da exclusão dos benefícios de ICMS da base de cálculo do IRPJ e CSLL, 5) a tributação de offshores
• No cenário base, projetamos déficit que parte de 1,1% do PIB, em 2023, e segue trajetória lenta de redução para só alcançar o equilíbrio
em 2032, ano final do período considerado.
• Esse resultado decorre de um nível elevado de despesa, cerca de 19% do PIB até o fim do atual governo, havendo posterior redução até
alcançar os 18,1% do PIB, em 2032. Já as receitas líquidas partem dos 17,9% do PIB, em 2023, e sobem para 18,2% em 2024, mantendo-
se nesse valor até o fim do período coberto.
• No cenário otimista, superavit é obtido já em 2028. No pessimista, déficit se mantém ao redor de 1,6% do PIB até 2032.
-2,0
• Nos cenários base e pessimista a dívida sobe continuamente, mas em ritmo mais acelerado no segundo caso. Em 2032, a dívida
estaria em 89,6% do PIB, no cenário base, e em 105,6% do PIB, no cenário pessimista.
• Já no cenário otimista, a dívida cresceria moderadamente, se estabilizando em 81,3% do PIB no fim do período considerado.
Projeções para a dívida pública nos cenários base, otimista e pessimista – DBGG - % PIB
112
107 105,6
102
97
92 89,6
87,7 88,7
86,4 86,5
87 85,2
83,5
82 81,5
79,4
77,0 81,3
77 74,8 78,9
72,9
72
2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032
2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032
Receita Total 21,7 23,3 22,1 22,7 22,6 22,6 22,6 22,6 22,6 22,6 22,6 22,6
Receita administrada pela Receita Federal 13,4 14,0 13,7 14,5 14,4 14,4 14,4 14,4 14,4 14,4 14,4 14,4
Receita da Previdência Social 5,2 5,4 5,5 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6
Receita não administrada pela Receita Federal 3,1 3,9 2,9 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7 2,7
Transferências 4,0 4,6 4,3 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5 4,5
Receita Líquida (A) 17,7 18,7 17,9 18,2 18,2 18,2 18,2 18,2 18,2 18,2 18,2 18,2
Despesa Total (B) 18,1 18,2 18,9 19,0 18,9 18,9 18,8 18,7 18,5 18,4 18,3 18,1
Despesas obrigatórias 15,1 14,4 14,4 14,3 14,4 14,4 14,3 14,2 14,1 14,0 13,9 13,8
Benefícios previdenciários 8,0 8,0 8,13 8,23 8,29 8,35 8,40 8,44 8,48 8,50 8,52 8,52
Pessoal e Encargos Sociais 3,7 3,4 3,4 3,4 3,2 3,1 3,0 3,0 2,9 2,8 2,7 2,6
Outras despesas obrigatórias 3,4 3,0 2,9 2,8 2,8 2,9 2,8 2,8 2,7 2,7 2,7 2,6
Abono e Seguro Desemprego 0,5 0,6 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6
Benefício de Prestação Continuada 0,8 0,8 0,8 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9
Outras 2,2 1,5 1,4 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,2 1,3 1,2 1,2
Despesas sujeitas à programação financeira 3,0 3,7 4,6 4,6 4,6 4,5 4,5 4,5 4,5 4,4 4,4 4,3
Obrigatória com controle de fluxo 1,6 2,2 3,1 3,1 3,1 3,0 3,0 3,0 2,9 2,9 2,9 2,8
Bolsa Família e Auxílio Brasil 0,3 0,9 1,5 1,6 1,6 1,5 1,5 1,5 1,4 1,4 1,4 1,3
Despesas discricionárias 1,4 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
Resultado primário (A-B) -0,4 0,5 -1,1 -0,7 -0,8 -0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,1 0,1
PIB nominal (R$ milhões) 8.898.727 9.915.316 10.702.989 11.363.257 12.019.166 12.725.413 13.473.158 14.264.841 15.103.043 15.990.498 16.930.099 17.924.912
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