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Revisão Customizada ao Vivo

em AFO
Câmara dos Deputados

Prof. Dr. Giovanni Pacelli

15/11/2023
Descrição Horário
1ª parte:
Até 30 min.
Questões chave.
2ª parte:
Até completar os 60 min.
Possíveis temas.

INTRODUÇÃO
Por que comprar ?

1ª Parte
05 TCE-MG 2018
A tabela a seguir apresenta informações sobre a execução orçamentária e financeira divulgadas, em 2017, por
um município, não tendo sido inscritas as despesas em restos a pagar ao final do exercício.
05 TCE-MG 2018
Ainda de acordo com a tabela 1A8-I, em relação aos limites de despesa com pessoal regulamentados pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, é correto afirmar que o Poder
A Executivo extrapolou o limite de despesa global, devendo eliminar o percentual excedente nos três
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um quarto no primeiro deles.
B Executivo não extrapolou o limite prudencial, embora tenha ultrapassado o limite de alerta.
C Legislativo não extrapolou o limite de despesa global, embora tenha ultrapassado o limite prudencial.
D Executivo não extrapolou o limite de despesa global, embora tenha ultrapassado o limite prudencial.
E Legislativo não extrapolou o limite prudencial, embora tenha ultrapassado o limite de alerta.

RCL = R$ 32.500,00
Executivo R$ 19.000:
Global 54% da RCL = R$ 17.550,00
Prudencial (95% do total) = R$ 16.672,50
Alerta (90% do total) = R$ 15.795,00
Legislativo R$ 1.800:
Global 6% da RCL = R$ 1.950,00
Prudencial (95% do total) = R$ 1.852,50
Alerta (90% do total) = R$ 1.755,00
ALERJ - 2016
55. Os dados apresentados no quadro a seguir foram retirados do Relatório de Gestão Fiscal de um ente estadual relativo
ao segundo quadrimestre de 2016 e estão expressos em milhares de reais.

INTRODUÇÃO
De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é correto afirmar que, no
quadrimestre:
(A) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais;
(B) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%;
(C) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%;
(D) a DCL está abaixo do limite prudencial;
(E) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.
Comentário
O limite da dívida consolidada líquida nos Estados é de 200% da RCL. Assim, o limite máximo
seria:
R$ 48.793.305 x 2 = R$ 97.586.610.

A Dívida Consolidada Líquida no caso hipotético seria:


DCL = Dívida Consolidada – Haveres Financeiros Líquidos →
DCL = (Dívida mobiliária R$ 4.855 + Dívida contratual R$ 102.870.680 + Precatórios R$
410.645 + Outras dívidas R$ 16.225) – (Disponibilidade de caixa bruta R$ 5.929.145 + Demais
INTRODUÇÃO
haveres financeiros R$ 1.914.340 – Restos a pagar processados R$ 3.072.730)
DCL = 103.302.405 – 4.770.755
DCL = 98.531.650

Conclusão: o limite total foi ultrapassado em menos de 1.000.000 (inferior a 5% do valor


total; inferior a 2%). Gabarito B.
CGU 2022
73. A tabela a seguir apresenta a execução de despesas orçamentárias da União em
diversos exercícios (2016 a 2020), fazendo, ainda, um comparativo com os estágios do
ciclo orçamentário de 2021, que inclui o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)
encaminhado pelo presidente da República, as consequentes alterações promovidas pelo
Congresso Nacional (autógrafo) e, finalmente, a aprovação da Lei Orçamentária Anual
(LOA) após os vetos ao projeto de lei e posteriores contingenciamentos efetuados, por
INTRODUÇÃO
meio de decreto, pelo chefe do Poder Executivo.
CGU 2022

INTRODUÇÃO
CGU 2022
Considerando os dados apresentados na tabela acima, é correto afirmar que:
(A) a baixa execução orçamentária das despesas discricionárias ao longo dos exercícios pode conduzir a um
risco elevado de ocorrer “shutdown” e prejuízos à execução de políticas públicas essenciais;
(B) os identificadores RP 8 e RP 9, referentes a emendas de comissão e emendas de relator-geral, não
poderiam ter sido vetados ou contingenciados pelo chefe do Poder Executivo, por se tratar de dotações de
execução obrigatória;
(C) a ausência de vetos e contingenciamentos aos indicadores RP 6 e RP 7 (emendas individuais e de bancada)

INTRODUÇÃO
traduz um privilégio injustificável, considerando as disposições constitucionais e legais relativas a esses tipos
de dotação;
(D) o Congresso Nacional, ao alterar o PLOA encaminhado pelo chefe do Poder Executivo no exercício de 2021,
ultrapassou os limites percentuais máximos permitidos pelo ordenamento jurídico;
(E) a denominada “emenda de relator-geral” está expressamente prevista na Constituição da República de
1988, tendo em vista recente aprovação de emenda à Constituição que promoveu a sua inclusão.
Comentário
(A) a baixa execução orçamentária das despesas discricionárias ao longo dos exercícios pode conduzir a um risco elevado de
ocorrer “shutdown” e prejuízos à execução de políticas públicas essenciais;
Gabarito, pois com as emendas RP 9, reduziu o valor da RP 2 (valor autografado de 91,7 quando no PLOA constava
112,4).
(B) os identificadores RP 8 e RP 9, referentes a emendas de comissão e emendas de relator-geral, não poderiam ter sido
vetados ou contingenciados pelo chefe do Poder Executivo, por se tratar de dotações de execução obrigatória;
Errado, apenas as RP 6 e 7 em regra não podem ser contingenciadas, exceto em caso de frustração da receita e
visando cumprir metas ficais.
(C) a ausência de vetos e contingenciamentos aos indicadores RP 6 e RP 7 (emendas individuais e de bancada) traduz um

INTRODUÇÃO
privilégio injustificável, considerando as disposições constitucionais e legais relativas a esses tipos de dotação;
Errado, não é injustificável se consta na CF/1988 e não foi objeto de contestação efetiva no STF.
(D) o Congresso Nacional, ao alterar o PLOA encaminhado pelo chefe do Poder Executivo no exercício de 2021, ultrapassou os
limites percentuais máximos permitidos pelo ordenamento jurídico;
Errado, sem dados para afirma isso. A Emenda RP 9 possui previsão na Resolução CN 02/2021.
(E) a denominada “emenda de relator-geral” está expressamente prevista na Constituição da República de 1988, tendo em
vista recente aprovação de emenda à Constituição que promoveu a sua inclusão.
Errado, a emenda RP 9 consta apenas na LDO.
CGU 2022
75. Sob a ótica da dimensão política, o orçamento sedimenta disputas pelos recursos
públicos. Por conta desses conflitos, torna-se essencial a utilização dos instrumentos de
transparência durante a execução orçamentária, devendo-se conciliá-los com os
mecanismos retificadores do orçamento, a fim de evitar a desfiguração das previsões
orçamentárias aprovadas pelo Poder Legislativo. A partir dessa perspectiva, é correto
afirmar que:
INTRODUÇÃO
CGU 2022
(A) o regime jurídico da execução das despesas orçamentárias, previsto na Lei nº 4.320/1964, está em consonância com o
princípio contábil da competência, uma vez que define a fase do empenho como o fato gerador da despesa orçamentária,
ocasião em que se dá o efetivo recebimento dos serviços, o consumo dos materiais ou o uso dos bens;
(B) o pagamento dos Restos a Pagar não constitui um ato extraorçamentário porque, independentemente de sua execução
financeira ocorrer em um exercício posterior, a efetiva inscrição dos Restos a Pagar ocorreu no exercício vigente;
(C) o mecanismo da “rolagem orçamentária” contribui para a descaracterização do orçamento previamente aprovado pelo
Poder Legislativo, o que pode vir a comprometer a capacidade de pagamento do ente federativo em exercícios futuros, caso
haja a inscrição excessiva em Restos a Pagar;

INTRODUÇÃO
(D) como o resultado primário é calculado com base nas despesas empenhadas no exercício, a inscrição em Restos a Pagar
acaba por se tornar um mecanismo inócuo para o atingimento da meta de resultado fiscal prevista no Anexo de Metas Fiscais
da LDO;
(E) no que se refere à prática do cancelamento de Restos a Pagar, é indiferente que estes sejam “processados” ou “não
processados”, pois, em ambos os casos, o contratado já cumpriu com a sua obrigação e tem, por conseguinte, direito subjetivo
ao pagamento.
Comentário
(A) o regime jurídico da execução das despesas orçamentárias, previsto na Lei nº 4.320/1964, está em consonância com o princípio
contábil da competência, uma vez que define a fase do empenho como o fato gerador da despesa orçamentária, ocasião em que se dá o
efetivo recebimento dos serviços, o consumo dos materiais ou o uso dos bens;
Errado, a competência da Lei 4.320 (empenho) é distinta da competência: fato gerador da obrigação.
(B) o pagamento dos Restos a Pagar não constitui um ato extraorçamentário porque, independentemente de sua execução financeira
ocorrer em um exercício posterior, a efetiva inscrição dos Restos a Pagar ocorreu no exercício vigente;
Errado, é uma despesa extraorçamentária.
(C) o mecanismo da “rolagem orçamentária” contribui para a descaracterização do orçamento previamente aprovado pelo Poder
Legislativo, o que pode vir a comprometer a capacidade de pagamento do ente federativo em exercícios futuros, caso haja a inscrição
excessiva em Restos a Pagar;

INTRODUÇÃO
Certo, em que pese somente se passar para o exercício seguinte obrigações com a respectiva disponibilidade financeira.
(D) como o resultado primário é calculado com base nas despesas empenhadas no exercício, a inscrição em Restos a Pagar acaba por se
tornar um mecanismo inócuo para o atingimento da meta de resultado fiscal prevista no Anexo de Metas Fiscais da LDO;
Errado, o RP é calculado pelo regime de caixa: receita arrecadada e despesa paga.
(E) no que se refere à prática do cancelamento de Restos a Pagar, é indiferente que estes sejam “processados” ou “não processados”,
pois, em ambos os casos, o contratado já cumpriu com a sua obrigação e tem, por conseguinte, direito subjetivo ao pagamento.
Errado, não se pode cancelar RP processados. Caracteriza enriquecimento ilícito.
2ª Parte: Temas
1. Orçamento Secreto.
2. Emenda Pix.
3. Classificação da Receita.
4. Classificações da Despesa.
5. Renúncia de Receitas.
Origens da Emenda do Relator

• Não possui previsão constitucional.

• Foi inserida pela primeira vez pelo Congresso Nacional na LDO


para a LOA 2020 (Lei 13.898, 11 de novembro de 2019).

• Posteriormente foi regulamentada pela Resolução CN 02, 1º de


dezembro de 2021.
Emendas Parlamentares na LOA
Qual orçamento? Afeta resultado primário? Obrigatória? Código?
Despesa Financeira: não afeta
Obrigatória. 0
resultado primário
Obrigatória. 1
Discricionária: não abrangida pelos demais casos. 2
individuais, de execução obrigatória nos termos do disposto no art.
6
166, § 9º e § 11, da CF/1988.
de bancada estadual e, de execução obrigatória nos termos do
Orçamento Fiscal e da disposto no art. 166, § 12, da Constituição e artº.2º da Emenda 7
Seguridade Social Despesa Primária: afeta o resultado Constitucional nº 100, de 2019.
primário de comissão permanente do Senado Federal, da Câmara dos
Emendas 8
Deputados e de comissão mista permanente do Congresso Nacional.
de relator-geral do projeto de lei orçamentária anual que promova
acréscimo de programações constantes do projeto de lei
orçamentária ou inclusão de novas, excluídas aquelas destinadas a 9
ajustes técnicos, recomposição de cortes e correções de erros ou
omissões.
Orçamento de Despesa Primária: porém, não afeta
Discricionária 4
Investimento o resultado primário

17
Emendas Parlamentares na LOA:
Valor autorizado em R$ bilhões
Tipo Proporção
relativa na
Código 2018 2019 2020 2021 2022
LOA 2022 (4,7
trilhões)
Emendas individuais, de execução obrigatória nos termos do
disposto no art. 166, § 9º e § 11, da CF/1988 → Deputado 6 7,57 7,89 8,17 8,35 9,43 0,20%
federal
Emendas individuais, de execução obrigatória nos termos do
6 1,19 1,25 1,29 1,31 1,49 0,03%
disposto no art. 166, § 9º e § 11, da CF/1988 → Senador
Emendas de bancada estadual e, de execução obrigatória nos
termos do disposto no art. 166, § 12, da Constituição e artº.2º 7 3,07 4,43 5,92 7,22 5,86 0,12%
da Emenda Constitucional nº 100, de 2019.
Emendas de comissão permanente do Senado Federal, da
Câmara dos Deputados e de comissão mista permanente do 8 0 0 0,64 0 0,66 0,01%
Congresso Nacional.
Emendas de relator-geral do projeto de lei orçamentária anual
que promova acréscimo de programações constantes do projeto
de lei orçamentária ou inclusão de novas, excluídas aquelas 9 0 0 20,14 16,86 16,50 0,35%
destinadas a ajustes técnicos, recomposição de cortes e
correções de erros ou omissões.

https://www9.senado.gov.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=senado%2Fsigabrasilpainelcidadao.qvw&host=QVS%40www9&anonymous=true&Sheet=SH14
18
Escolha do Relator
Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:
I - as lideranças partidárias indicarão o Relator-Geral e o Relator da Receita do projeto de lei orçamentária
anual, o Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e o Relator do projeto de lei do plano plurianual;
II - o Relator do projeto de lei do plano plurianual será designado, alternadamente, dentre representantes do
Senado Federal e da Câmara dos Deputados, não podendo pertencer ao mesmo partido ou bloco
parlamentar do Presidente (da CMO);
III - o Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e o Relator-Geral do projeto de lei orçamentária
anual não poderão pertencer à mesma Casa, partido ou bloco parlamentar do Presidente (da CMO);
IV - as funções de Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual e Relator do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por representantes do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados;
V - o Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual não poderá pertencer à mesma Casa, partido
ou bloco parlamentar do Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;
VI - as lideranças partidárias indicarão os Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual segundo
os critérios da proporcionalidade partidária e da proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Congresso/ResCN1-
06.htm#:~:text=1%C2%BA%20Esta%20Resolu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20parte,Or%C3%A7amentos%20P%C3%BAblicos%20e%20Fiscaliza%C3%A7%C3%A3o%20%2D%20CMO.
19
Escolha do Relator
Art. 16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:
VII - os Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual serão indicados dentre os membros das
Comissões Permanentes afetas às respectivas áreas temáticas ou dentre os que tenham notória atuação
parlamentar nas respectivas políticas públicas;
VIII - o critério de rodízio será adotado na designação dos Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária
anual, de forma que não seja designado, no ano subsequente, membro de mesmo partido para relator da
mesma área temática;
IX - o Relator das informações de que trata o art. 2º , III, b, não poderá pertencer à bancada do Estado onde
se situa a obra ou serviço;
X - cada parlamentar somente poderá, em cada legislatura, exercer uma vez, uma das seguintes funções:
a) Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;
b) Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual;
c) Relator Setorial do projeto de lei orçamentária anual;
d) Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias;
e) Relator do projeto de lei do plano plurianual.

20
Relação Executivo e Legislativo: RP 9
Ano da LOA – Orçamento A RP 9 constou no PLDO A RP 9 foi inserida A RP 9 foi vetada
(LDO que orientou a LOA) enviado pelo Executivo? pelo Legislativo? pelo Executivo?

2019 (Lei 13.707/2018) Não Não Não


2020 (Lei 13.898/2019) Não (link do PL) Sim Sim (link do veto)
2021 (Lei 14.116/2020) Não (link do PL) Sim Sim (link do veto)
2022 (Lei 14.194/2021) Não (link do PL) Sim Não
2023 (Lei 14.436/2022) Não (link do PL) Sim Não
2024 Não ??? ???
O que é o orçamento secreto?
Esse termo é tecnicamente correto?
1. Foi uma denominação criada pela mídia especializada para se referir à
emenda RP 9 – Emenda do Relator.
2.Não é um termo tecnicamente correto. O termo secreto pode indicar que
sejam créditos sigilosos ou ocultos de impossível rastreamento, o que não
corresponde a realidade. Isso porque pode-se identificar todas as
classificações (programação qualitativa) e classificadores (programação
quantitativa) conforme constam nas demais despesas. No portal de
transparência federal é possível identificar o beneficiário do pagamento.
O termo mais adequado talvez fosse o de "emenda sem critério" ou
“emenda a critério do relator”. Isso porque não se tem a informação em
nome de qual parlamentar foi atendida a solicitação, essa informação fica
restrita ao Relator ou caso o parlamentar beneficiário resolva dar
transparência.
O que é o orçamento secreto?

3.Ocorre que em dezembro de 2022, o STF decidiu pela inconstitucionalidade das emendas do relator (ADPFs 850, 851, 854
e 1014). O recurso só poderá ser usado para recompor faltas no projeto orçamentário e não mais distribuído entre os
parlamentares.
4. Ocorre que a EC 126/2022 definiu que:
Art. 5º Para o exercício financeiro de 2023, a ampliação de dotações orçamentárias sujeitas ao limite previsto no inciso
I do caput do art. 107 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias prevista nesta Emenda Constitucional poderá
ser destinada ao atendimento de solicitações das comissões permanentes do Congresso Nacional ou de suas Casas.
§ 1º Fica o relator-geral do Projeto de Lei Orçamentária de 2023 autorizado a apresentar emendas para a ampliação
de dotações orçamentárias referida no caput deste artigo.
§ 2º As emendas referidas no § 1º deste artigo:
I - não se sujeitam aos limites aplicáveis às emendas ao projeto de lei orçamentária;
II - devem ser classificadas de acordo com as alíneas a ou b do inciso II do § 4º do art. 7º da Lei nº 14.436, de 9 de
agosto de 2022.
Art. 8º Fica o relator-geral do Projeto de Lei Orçamentária de 2023 autorizado a apresentar emendas para ações
direcionadas à execução de políticas públicas até o valor de R$ 9.850.000.000,00 (nove bilhões oitocentos e cinquenta
milhões de reais), classificadas de acordo com a alínea b do inciso II do § 4º do art. 7º da Lei nº 14.436, de 9 de agosto
de 2022.
2ª Parte: Temas
1. Orçamento Secreto.
2. Emenda Pix.
3. Classificação da Receita.
4. Classificações da Despesa.
5. Renúncia de Receitas.
Fatores Críticos das Emendas
Caso, seja uma Pode ser
Está vinculada a transferência amplamente Rastreabilidade
Tipo de Emenda um programa voluntária, precisa fiscalizada pelos sobre o
federal? de convênio ou órgãos de destinatário final
similar? controle federais?
Individual com finalidade
Sim Sim Sim Total
específica – RP 6
A atuação federal
Depende do portal
Individual especial limita-se às
Não Não do Ente público
(emenda pix) – RP 6 condicionantes
beneficiário
iniciais.
Coletiva – Estadual – RP
Sim Sim Sim Total
7
Coletiva – Comissão – RP
Sim Sim Sim Total
8
Relator – RP 9 Sim Sim Sim Total
Emendas Individuais
Formas, vedações e condições de se realizar as transferências dos recursos relacionados às
emendas individuais
Não integram a receita do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios:
(i) para fins de repartição e para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166 (Não
Condições compõe a Receita Corrente Líquida); e
(ii) de endividamento do ente federado.

É vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos no pagamento de:


Vedações (i) despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
(ii) encargos referentes ao serviço da dívida.

I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de celebração


de convênio ou de instrumento congênere.
II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira.
III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo do
ente federado beneficiado respeitadas as vedacões e condições.
IV - o ente federado beneficiado poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de
Transferências Especiais
subsidiar o acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos.
V - pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais deverão ser aplicadas em
Formas despesas de capital.
VI - No primeiro semestre do exercício financeiro subsequente ao da publicação desta Emenda
Constitucional, fica assegurada a transferência financeira em montante mínimo equivalente a 60%
(sessenta por cento) dos recursos.

Transferências com I - serão vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar.


Finalidade Específica II - serão aplicados nas áreas de competência constitucional da União.
O que é a Emenda Pix?

Seria a emenda individual especial. Esse tipo de emenda independe de


convênio ou instrumento congênere para sua realização.

Devido a flexibilidade operacional para sua realização, foi associada à


modalidade de pagamento PIX introduzida pelo Banco Central do Brasil.

As emendas individuais impositivas não afetam o cálculo de repartição de


receitas e os limites de gasto de pessoal e endividamento.

Esse tipo de emenda contribui para fragmentação das políticas públicas


federais.
O que é a Emenda Pix?
O TCU no Acórdão 518/2023 - Plenário definiu que a fiscalização sobre a
regularidade das despesas efetuadas na aplicação de recursos obtidos por
meio de transferência especial pelo ente federado é de competência do
sistema de controle local, incluindo o respectivo tribunal de contas.
Compete ao TCU verificar cumprimento das condicionantes que tornam
válida a transferência especial e que devem ser disponibilizados os
elementos necessários à sua verificação.
Assim, observa-se que a emenda pix é a mais livre quanto à execução e
mais difícil de rastreamento quanto ao destinatário final, enquanto na
emenda do relator não se tem informação sobre o real autor da emenda.
2ª Parte: Temas
1. Orçamento Secreto.
2. Emenda Pix.
3. Classificação da Receita.
4. Classificações da Despesa.
5. Renúncia de Receitas.
Classificações das Receitas
Classificações das Receitas
Classificações
das Receitas
Classificações
das Receitas
Classificações das Receitas
2ª Parte: Temas
1. Orçamento Secreto.
2. Emenda Pix.
3. Classificação da Receita.
4. Classificações da Despesa.
5. Renúncia de Receitas.
Classificações das Despesas
Classificações das Despesas
2ª Parte: Temas
1. Orçamento Secreto.
2. Emenda Pix.
3. Classificação da Receita.
4. Classificações da Despesa.
5. Renúncia de Receitas.
Renúncia de Receita
Renúncia de Receita: isenção de IPI

Discursiva TCU
4ª SITUAÇÃO) uma concessão, por lei federal publicada em abril de 2022, de isenção de Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), cuja redação estipula que o benefício poderá ser fruído a partir de julho de
2022. A lei isencional estava acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atendia ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias
e seria compensada por uma elevação de alíquota de tributo federal que ocorrerá em 01/01/2023.

Quanto à situação 4, a concessão de isenção de IPI por lei federal foi acompanhada de estimativa do
impacto orçamentário-financeiro no exercício de início da vigência e nos dois seguintes, de atendimento ao
disposto na lei de diretrizes orçamentárias e de medida de compensação por elevação de alíquota de tributo
a partir do início de 2023. Nesse caso, por se tratar de isenção, faz-se necessário lei não sendo abarcada
pelas alterações de alíquota da LRF por meio de decreto. Trata-se de situação regular.
Por que comprar ?

Excelente prova!!!

Cordialmente, Prof. Pacelli


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