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41 2007
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Reitora:
Profa. Dra. SUELY VILELA
Vice-Reitor:
Prof. Dr. FRANCO M. LAJOLO
Diretor:
Profa. Dra. MARIA DO CARMO CALIJURI
Vice-Diretor:
Prof. Dr. ARTHUR JOSÉ VIEIRA PORTO
Chefe do Departamento:
Prof. Dr. CARLITO CALIL JUNIOR
Coordenador de Pós-Graduação:
Prof. Dr. MARCIO ANTONIO RAMALHO
Editoração e Diagramação:
FRANCISCO CARLOS GUETE DE BRITO
MARIA NADIR MINATEL
MASAKI KAWABATA NETO
MELINA BENATTI OSTINI
RODRIGO RIBEIRO PACCOLA
TATIANE MALVESTIO SILVA
São Carlos, v.9 n. 41 2007
Departamento de Engenharia de Estruturas
Escola de Engenharia de São Carlos – USP
Av. Trabalhador Sãocarlense, 400 – Centro
CEP: 13566-590 – São Carlos – SP
Fone: (16) 3373-9481 Fax: (16) 3373-9482
site: http://www.set.eesc.usp.br
SUMÁRIO
Resumo
Nas recomendações da NBR 6118:1978 relativas à punção, não eram previstos os
casos em que ocorre transferência de momentos desbalanceados entre a laje e o pilar.
Como a influência desses momentos pode ser bastante significativa para a análise da
punção, algumas diretrizes foram incluídas na Revisão da NBR 6118, versão de 2000.
Este trabalho apresenta um estudo dessas disposições sobre a chamada punção
excêntrica, ressaltando-se algumas omissões quanto ao cálculo das tensões solicitantes
na face do pilar e além da região armada para punção. São propostas
complementações e métodos simplificados para a consideração dos efeitos dos
momentos. Por fim, resolve-se um exemplo de cálculo, demonstrando os procedimentos
apresentados e comparando-os com aqueles propostos pela Revisão da NBR 6118.
1 INTRODUÇÃO
1
Mestre em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, jslima55@uol.com.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, libanio@sc.usp.br
Quando for prevista armadura de punção, três verificações devem ser feitas:
• verificação da compressão do concreto, no contorno C;
• verificação da punção, no contorno C’;
• verificação da punção, no contorno C”.
2d 2d
C C C'
C
2d
2d
2d 2d
C" C"
2d 2d
C"
2d
2d 2d 2d
a ≤ 1,5d ou 0,5c1
Perímetro crítico u
2d 2d
c2 c2
c
a ≤ 1,5d ou 0,5c
2d 2d
2d 2d
M c2
sd
c1
b a 2d
a ≤ 1,5d ou 0,5c 1
2d
c1 / 2 e*
c2
c1 2d
Perímetro crítico reduzido u*
c1 2d
c2 e*
a2
2d 2d a1 ≤ 1,5d ou 0,5c1
a2 ≤ 1,5d ou 0,5c2
a1 2d
Figura 4 - Excentricidade do perímetro crítico reduzido do contorno C’, para pilares de borda e
de canto.
c1 2
Pilares internos Wp = + c1 ⋅ c 2 + 4 ⋅ c 2 ⋅ d + 16 ⋅ d 2 + 2 ⋅ π ⋅ d ⋅ c1
2
c12 c1 ⋅ c 2
Pilares de borda - Wp1 Wp1 = + + 2 ⋅ c 2 ⋅ d + 8 ⋅ d 2 + π ⋅ d ⋅ c1
2 2
c22
Pilares de borda - Wp2 Wp 2 = + c1 ⋅ c 2 + 4 ⋅ c1 ⋅ d + 8 ⋅ d 2 + π ⋅ d ⋅ c 2
4
c12 c1 ⋅ c 2 π ⋅ d ⋅ c1
Pilares de canto Wp1 = + + 2⋅c2 ⋅d + 4⋅d 2 +
4 2 2
' c1 2
Wp = + c1 ⋅ c 2 + 4 ⋅ c 2 ⋅ d + 16 ⋅ d 2 + 2 ⋅ π ⋅ d ⋅ c1 + 2 ⋅ c 2 ⋅ p +
Pilar interno (Wp’) 2
+ 16 ⋅ d ⋅ p + 4 ⋅ p 2 + π ⋅ c1 ⋅ p
2
c1 c ⋅c
Wp1 ' = + 1 2 + 2 ⋅ c 2 ⋅ d + 8 ⋅ d 2 + π ⋅ d ⋅ c1 + c 2 ⋅ p + 8 ⋅ d ⋅ p +
Pilar de borda (Wp1’) 2 2
π ⋅ p ⋅ c1
+ + 2⋅p2
2
2
c2
Wp 2 ' = + c1 ⋅ c 2 + 4 ⋅ c 1 ⋅ d + 8 ⋅ d 2 + π ⋅ d ⋅ c 2 + 2 ⋅ c1 ⋅ p + 8 ⋅ d ⋅ p +
Pilar de borda (Wp2’) 4
π⋅p ⋅c2
+ + 2⋅p2
2
2
c1 c ⋅c π ⋅ d ⋅ c1
Wp1 ' = + 1 2 + 2⋅c2 ⋅d + 4⋅d 2 + + c2 ⋅p + 4⋅d ⋅p +
Pilar de canto (Wp1’) 4 2 2
π ⋅ p ⋅ c1
+ + p2
4
Nota-se que o CEB MC-90 (1993), apesar de não fornecer expressão direta
para o cálculo do Wp no contorno C, utiliza uma redução do próprio Wp do contorno C’
para o cálculo da tensão solicitante na face do pilar3. Pode-se escrever então:
uo
Wpo = ⋅ Wp (1)
u
Mas assim como foi feita uma redução do Wp para se calcular o Wpo, pode-se
pensar numa majoração do Wp para se obter o Wp’. Essa interpretação é bastante
prática, pois permite que os valores de Wp’ sejam calculados de uma forma mais
simples que aquela apresentada na Tabela 5. Assim sendo, pode-se escrever:
u'
Wp ' = η wp ⋅ Wp (3)
u
3
Deve-se ressaltar que essa redução do Wp do contorno C’ não corresponde à aplicação da integral de
definição ao perímetro crítico uo.
u '*
Wp ' = η wp ⋅ Wp (4)
u*
sendo ηwp - coeficiente para correção do Wp’ em função da situação de cálculo.
u '*
e'* = η e 2 ⋅e* (6)
u*
sendo:
ηe1, ηe2 - coeficientes para correção de e* em função do contorno estudado.
Para a determinação de ηe1 e ηe2, as seguintes expressões foram utilizadas:
eo * e'*
η e1 = e * e ηe2 = e*
uo * u '*
u* u*
c1 ⋅ a 1 − a 1 2 + a 2 ⋅ c1
C eo * =
2 ⋅ (a 1 + a 2 )
⎛ c 1 ⋅ a 1 − a 1 2 + a 2 ⋅ c 1 + 4 ⋅ a 2 ⋅ d + 8 ⋅ d 2 + π ⋅ d ⋅ c1 ⎞
⎜ ⎟
⎜ π ⋅ p ⋅ c1 ⎟
⎜ + 2 ⋅a 2 ⋅ p + 8⋅d ⋅ p + + 2⋅p2 ⎟
C”
e '* = ⎝ ⎠
2
⎛ π⋅p ⎞
2 ⋅ ⎜ a1 + a 2 + π ⋅ d + ⎟
⎝ 2 ⎠
• no contorno C’:
FSd K 1 ⋅ (M Sd1 − FSd ⋅ e *) K 2 ⋅ M Sd 2
+ +
u ⋅d Wp1 ⋅ d Wp 2 ⋅ d
β=
FSd
u ⋅d
• no contorno C:
• no contorno C”:
Tabela 10 - Valores de β.
c1 ≤ c2 c 1 > c2
Situação de Cálculo
C C’ C” C C’ C”
Pilar interno, com carregamento simétrico 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0
Pilar interno, com momento aplicado 1,2 1,2 1,1 1,2 1,2 1,1
Pilar de borda 1,5 1,3 1,2 1,7 1,4 1,1
Pilar de canto 1,7 1,4 1,1 1,5 1,2 1,1
6 EXEMPLO DE CÁLCULO
resolução da placa por elementos finitos, utilizando o programa SAP 90. Adotaram-se
os seguintes valores:
f ck = 30 MPa , c = 2,0 cm e d = 14,75 cm
30
P1 P2 P3 P4
(30/30) (40/30) (40/30) (30/30)
370
30
P5 P6 P7 P8
(40/30) (30/40) (30/40) (40/30)
570 h = 18
370
P13 P14 P15 P16
(30/30) (40/30) (40/30) (30/30)
30
30 565 40 560 40 565 30
10 cm
10 cm
10 cm
7 cm
10 cm
10 cm
10 cm
7 cm
7 cm
28,32 cm 10 cm
10 cm
10 cm
Figura 6 - Arranjo dos conectores tipo pino para os pilares estudados - LIMA (2001).
6.1.1 Contorno C
Tensão solicitante (Tabela 1):
Pela Tabela 4:
30 2
Wp1 = + 30 ⋅ 40 + 4 ⋅ 40 ⋅ 14,75 + 16 ⋅ 14,75 2 + 2 ⋅ π ⋅ 14,75 ⋅ 30 = 10271 cm 2
2
40 2
Wp 2 = + 40 ⋅ 30 + 4 ⋅ 30 ⋅ 14,75 + 16 ⋅ 14,75 2 + 2 ⋅ π ⋅ 14,75 ⋅ 40 = 10958 cm 2
2
Pela eq.(1):
140
Wp1,o = ⋅ 10271 = 4424 cm 2
325
140
Wp 2,o = ⋅ 10958 = 4720 cm 2
325
6.1.2 Contorno C’
Tensão solicitante (Tabela 1):
461 0,525 ⋅ 1838 0,633 ⋅ 4203
τ Sd = + + = 0,096 + 0,006 + 0,016
325 ⋅ 14,75 10271 ⋅ 14,75 10958 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,118 = 1,18 MPa
cm 2
461 kN
τ Sd = 1,2 ⋅ = 0,115 = 1,15 MPa
325 ⋅ 14,75 cm 2
Assim:
461 0,525 ⋅ 1838 0,633 ⋅ 4203
τ Sd = + + = 0,056 + 0,002 + 0,007
558 ⋅ 14,75 28215 ⋅ 14,75 24458 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,065 = 0,65 MPa
cm 2
E assim:
461 0,525 ⋅ 1838 0,633 ⋅ 4203
τ Sd = + + = 0,056 + 0,002 + 0,006
558 ⋅ 14,75 30926 ⋅ 14,75 32036 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,064 = 0,64 MPa
cm 2
6.2.1 Contorno C
Tensão solicitante (Tabela 1):
Pela Tabela 3:
40 ⋅ 30
40 ⋅ 20 − 20 2 + + 2 ⋅ 30 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + π ⋅ 14,75 ⋅ 40
e* = 2 = 33,68 cm
2 ⋅ 20 + 30 + 2 ⋅ π ⋅ 14,75
Logo,
M Sd * = FSd ⋅ e o * = 249 ⋅ 14,46 = 3600 kN ⋅ cm
M Sd = (M Sd1 − M Sd *) = (11950 − 3600) = 8350 kN ⋅ cm
Pela Tabela 4:
40 2 40 ⋅ 30
Wp1 = + + 2 ⋅ 30 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + π ⋅ 14,75 ⋅ 40 = 5879 cm 2
2 2
30 2
Wp 2 = + 40 ⋅ 30 + 4 ⋅ 40 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + π ⋅ 14,75 ⋅ 30 = 6916 cm 2
4
Pela eq.(1):
70
Wp1,o = ⋅ 5879 = 2525 cm 2
163
70
Wp 2,o = ⋅ 6916 = 2970 cm 2
163
Assim,
249 0,633 ⋅ 8350 0,45 ⋅ 2869
τ Sd = + + = 0,241 + 0,142 + 0,029
70 ⋅ 14,75 2525 ⋅ 14,75 2970 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,412 = 4,12 MPa
cm 2
Nota-se o valor obtido com a eq.(5) está bastante próximo deste, sendo,
entretanto, muito mais facilmente calculado. O mesmo ocorre para o cálculo de τSd
pela eq.(7), cujo resultado se aproxima bastante daquele obtido segundo a Tabela 1.
Assim:
249 0,633 ⋅ 3564 0,45 ⋅ 2869
τ Sd = + + = 0,104 + 0,026 + 0,013
163 ⋅ 14,75 5879 ⋅ 14,75 6916 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,143 = 1,43 MPa
cm 2
Assim,
249 0,633 ⋅ 466 0,45 ⋅ 2869
τ Sd = + + = 0,060 + 0,002 + 0,005
279 ⋅ 14,75 11069 ⋅ 14,75 15389 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,067 = 0,67 MPa
cm 2
Calculando-se a excentricidade pela expressão da Tabela 7, tem-se:
⎛ 2 40 ⋅ 30 ⎞
⎜ 40 ⋅ 20 − 20 + + 2 ⋅ 30 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + ⎟
⎜ 2 ⎟
⎜ π ⋅ 37 ⋅ 40 2⎟
⎜ + π ⋅ 14,75 ⋅ 40 + 30 ⋅ 37 + 8 ⋅ 14,75 ⋅ 37 + + 2 ⋅ 37 ⎟
e'* = ⎝ ⎠ = 57,43 cm
2
2 ⋅ 20 + 30 + 2 ⋅ π ⋅ 14,75 + π ⋅ 37
Logo:
M Sd * = FSd ⋅ e'* = 249 ⋅ 57,43 = 14300 kN ⋅ cm
M sd = (M sd1 − M sd *) = (11950 − 14300) = −2350 kN ⋅ cm ≤ 0
M sd = 0
30 2
Wp 2 ' = + 40 ⋅ 30 + 4 ⋅ 40 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + π ⋅ 14,75 ⋅ 30 +
4
π ⋅ 37 ⋅ 30
+ 2 ⋅ 40 ⋅ 37 + 8 ⋅ 14,75 ⋅ 37 + + 2 ⋅ 37 2 = 18723 cm 2
2
E assim,
249 0,633 ⋅ 0 0,45 ⋅ 2869
τ Sd = + + = 0,060 + 0 + 0,005
279 ⋅ 14,75 16418 ⋅ 14,75 18723 ⋅ 14,75
kN
τ Sd = 0,065 = 0,65 MPa
cm 2
30 30
30 30
6082 2590
1a situação 2 a situação
6.3.1 Contorno C
Tensão solicitante (Tabela 1):
Pela
Tabela 3:
30 ⋅ 15 − 15 2 + 15 ⋅ 30 + 4 ⋅ 15 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + π ⋅ 14,75 ⋅ 30
e* = = 30,72 cm
2 ⋅ (15 + 15 + π ⋅ 14,75)
Logo:
M Sd * = FSd ⋅ e o * = 108 ⋅ 6,06 = 655 kN ⋅ cm
M sd = (M sd1 − M sd *) = (6082 − 655) = 5427 kN ⋅ cm
Pela Tabela 4:
30 2 30 ⋅ 30 π ⋅ 14,75 ⋅ 30
Wp1 = + + 2 ⋅ 30 ⋅ 14,75 + 4 ⋅ 14,75 2 + = 3125 cm 2
4 2 2
Pela eq.(1):
30
Wp1,o = ⋅ 3125 = 1234 cm 2
76
Assim:
108 0,6 ⋅ 5427 kN
τSd = + = 0,244 + 0,179 = 0,423 2 = 4,23 MPa
30 ⋅ 14,75 1234 ⋅ 14,75 cm
Calculando-se a excentricidade pela expressão da Tabela 8, tem-se:
30 ⋅ 15 − 152 + 15 ⋅ 30
eo * = = 11,25 cm
2 ⋅ (15 + 15)
Logo:
M Sd * = FSd ⋅ e o * = 108 ⋅ 11,25 = 1215 kN ⋅ cm
M sd = (M sd1 − M sd *) = (6082 − 1215) = 4867 kN ⋅ cm
E assim:
108 0,6 ⋅ 4867 kN
τ Sd = + = 0,244 + 0,160 = 0,404 = 4,04 MPa
30 ⋅ 14,75 1234 ⋅ 14,75 cm 2
Mais uma vez percebe-se que, apesar do valor conservador de eo* obtido com
o uso da eq.(5) não estar próximo daquele obtido a partir da Tabela 8, a diferença
entre as tensões solicitantes calculadas nos dois casos é pequena. E quanto ao
método simplificado para o cálculo de τSd, ele forneceu, novamente, um bom resultado
em relação àqueles obtidos com a expressão da Tabela 1.
6.3.2 Contorno C’
Tensão solicitante (Tabela 1):
M Sd * = FSd ⋅ e* = 108 ⋅ 30,72 = 3318 kN ⋅ cm
M sd = (M sd1 − M sd *) = (6082 − 3318) = 2764 kN ⋅ cm
E assim,
108 0,6 ⋅ 2764 kN
τ Sd = + = 0,096 + 0,036 = 0,132 = 1,32 MPa
76 ⋅ 14,75 3125 ⋅ 14,75 cm 2
6.3.3 Contorno C”
Tensão solicitante (Tabela 1):
Pela eq.(6), tomando-se ηe 2 = 1,0 , de acordo com a Tabela 9:
134
e'* = ⋅ 30,72 = 54,16 cm
76
Logo:
M Sd * = FSd ⋅ e'* = 108 ⋅ 54,16 = 5849 kN ⋅ cm
M sd = (M sd1 − M sd *) = (6082 − 5849) = 233 kN ⋅ cm
134
Wp1 ' = 1,3 ⋅ ⋅ 3125 = 7163 cm 2
76
Assim,
108 0,6 ⋅ 233 kN
τ Sd = + = 0,055 + 0,001 = 0,056 = 0,56 MPa
134 ⋅ 14,75 7163 ⋅ 14,75 cm 2
⎛ 30 ⋅ 15 − 15 2 + 15 ⋅ 30 + 4 ⋅ 15 ⋅ 14,75 + 8 ⋅ 14,75 2 + ⎞
⎜ ⎟
⎜ π ⋅ 37 ⋅ 30 2⎟
⎜ + π ⋅ 14,75 ⋅ 30 + 2 ⋅ 15 ⋅ 37 + 8 ⋅ 14,75 ⋅ 37 + + 2 ⋅ 37 ⎟
e'* = ⎝ 2 ⎠ = 54,47 cm
⎛ π ⋅ 37 ⎞
2 ⋅ ⎜15 + 15 + π ⋅ 14,75 + ⎟
⎝ 2 ⎠
Logo:
M Sd * = FSd ⋅ e'* = 108 ⋅ 54,47 = 5883 kN ⋅ cm
M sd = (M sd1 − M sd *) = (6082 − 5883) = 199 kN ⋅ cm
Observa-se que valor do Wp1’ obtido com a eq.(4), apesar de conservador, está
novamente próximo daquele obtido a partir da expressão da Tabela 5, sendo muito
mais facilmente calculado. O mesmo acontece com o valor de e’* obtido pela eq.(6),
em relação àquele da Tabela 8. Desta vez, inclusive, nem se pode considerar
diferenças entre os valores das tensões solicitantes calculadas nos dois casos. E
quanto ao cálculo de τSd pela eq.(7), observa-se que, mais uma vez, o resultado obtido
ficou próximo daqueles correspondentes à expressão da Tabela 1.
7 CONCLUSÕES
8 AGRADECIMENTOS
9 REFERÊNCIAS
Resumo
1 INTRODUÇÃO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, ymaggi@unicenp.edu.br
2
Professor Associado do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, goncalve@sc.usp.br
2 PROGRAMA EXPERIMENTAL
A A
38 38
TSC
76
168
155
35 85 35
38 38
16
16
Furos (variáveis)
76
38 38 38 38
400 400
tch tch
168
16
B A
12,5 130 12,5
38 38
TSI
76
Corte A
16
100
38 38
16
76
155
35 85 35
200 300 300 Furos (variáveis)
t1 t2
19
300
38 38 38 38
B A
130
168
92
16
38 38
TSIE
19
100
57
16
Corte B
19
400 400
t1 t2
3 RESULTADOS EXPERIMENTAIS
700
400
300
200
100
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 6 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSC com
parafusos de 12,5 mm.
700
600
500
Força (kN)
400
300
TSC4 (tch=12,5 mm)
200 TSC5 (tch=16,0 mm)
TSC6 (tch=19,0 mm)
100 TSC7 (tch=22,4 mm)
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 8 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSC com
parafusos de 16,0 mm.
150.0
80.0
Força de alavanca por parafuso (kN)
70.0 Eurocode 3
60.0 Experimental
50.0
40.0
30.0
20.0
10.0
0.0
TSC1 TSC2 TSC3 TSC4 TSC5 TSC6 TSC7
Protótipos
Figura 11 - Forças de alavanca nos parafusos dos protótipos TSC.
700
Ext(1) - TSC4-1
tch = 12,5 mm
600 Ext(2) - TSC4-1
Ext(1) - TSC5-2
tch = 16,0 mm
500 Ext(2) - TSC5-2
Força (kN)
400
300
200
100
0
-1.0 1.0 3.0 5.0 7.0 9.0 11.0 13.0
3
Deformação (x10 )
Figura 12 - Deformações nas mesas dos protótipos TSC4 e TSC5.
O protótipo TSC4-2 foi pintado com uma mistura de água e cal e, na figura
13, é possível visualizar a formação de uma linha de plastificação entre os furos,
700
600
500
Força (kN)
400
300
Ext(1) - TSC6-2
tch = 19,0 mm
200 Ext(2) - TSC6-2
Ext(1) - TSC7-2
tch = 22,4 mm
100 Ext(2) - TSC7-2
0
-1.0 1.0 3.0 5.0 7.0 9.0 11.0 13.0
3
Deformação (x10 )
Figura 14 - Deformações nas mesas dos protótipos TSC6 e TSC7.
700
600
500
Força (kN)
400
300
TSC8 (tch=16,0 mm)
200 TSC9 (tch=19,0 mm)
TSC10 (tch=22,4 mm)
100 TSC11 (tch=25,0 mm)
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 15 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSC com
parafusos de 19,0 mm.
700
600
TSC1-1 (db=12,5 mm)
400
300
200
100
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 16 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSC com
mesa de 12,5 mm de espessura – variação dos parafusos.
700
600
500
Força (kN)
400
300
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 17 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSC com
mesa de 16,0 mm de espessura – variação dos parafusos.
perfis “T”, seguindo a configuração usual da ligação com chapa de topo se considerados
a viga e o pilar.
Enfatizando-se, novamente, aspectos globais, na figura 18 são apresentadas as
curvas força-deslocamento para os protótipos TSI. Como os resultados dos pares, para
esse grupo, foram mais uniformes que no grupo TSC, indicam-se apenas as curvas
obtidas no primeiro ensaio de cada par, a menos do protótipo TSI4-1 que apresentou
interferências na coleta de dados, sendo substituído pelo protótipo TSI4-2. Para os
protótipos TSI5 à TSI8, o ensaio foi interrompido pelos mesmos motivos dos protótipos
TSC com parafusos de 19,0 mm.
A representação esquemática da geometria dos protótipos da série TSI
também é indicada na figura 18.
Assim como para os protótipos do grupo TSC, não há modificação da rigidez
inicial para o grupo TSI, inclusive para o aumento do diâmetro dos parafusos,
conseqüência da força de protensão inicial aplicada.
No entanto, ao contrário do grupo TSC, o aumento da espessura da mesa dos
perfis “T” provocou pequenos acréscimos na ductilidade e na resistência das ligações
dentro de cada sub-grupo de parafusos. Um ganho de resistência significativo pode ser
visualizado com o aumento do diâmetro dos parafusos, de 16,0 para 19,0 mm.
A figura 19 apresenta as deformações no protótipo TSI1-1 após o colapso e
no protótipo TSI6-1 antes do término do ensaio.
700
650
600 db = 19,0 mm
550
500
450
db = 16,0 mm
Força (kN)
400
350
300 TSI1-1 (t1=12,5 mm)
db = 16,0 mm TSI2-1 (t1=16,0 mm)
250
t2 = 19,0 mm TSI3-1 (t1=19,0 mm)
200 TSI4-2 (t1=22,4 mm)
150 TSI5-1 (t1=16,0 mm)
db = 19,0 mm TSI6-1 (t1=19,0 mm)
100 t2 = 22,4 mm TSI7-1 (t1=22,4 mm)
50 TSI8-1 (t1=25,0 mm)
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 18 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSI.
700
600
500
Força (kN)
400
300
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 20 - Variação de ductilidade entre os protótipos TSI e TSC.
Para observar a variação nas deformações das mesas entre os protótipos TSC
e TSI, apresenta-se, na figura 23, os dados coletados nos extensômetros 1, 2, 3, e 4,
indicados na figura, na direção perpendicular à alma para cada lado da ligação dos
protótipos TSI3-1 e TSC6-2, ambos com mesas de 19,0 mm de espessura e parafusos
de 16,0 mm.
Para o protótipo TSI3-1 há uma diminuição significativa para a deformação
no lado 1, pelo aumento de flexibilidade da mesa no lado 2. As deformações no lado 2,
550
500
450
400
350
Força (kN)
50
0
0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 12.0 14.0 16.0
3
Deformação (x10 )
Figura 23 - Deformações nas mesas dos protótipos TSI3-1 e TSC6-2.
700
650 db = 19,0 mm
600
550
500 db = 16,0 mm
450
Força (kN)
400
350
300
250 TSIE1-1 (t2=16,0 mm)
db = 16,0 mm
TSIE2-2 (t2=19,0 mm) t1 = 16,0 mm
200
TSIE3-1 (t2=22,4 mm)
150 TSIE4-2 (t2=19,0 mm)
db = 19,0 mm TSIE5-2 (t2=22,4 mm)
100 t1 = 19,0 mm
TSIE6-1 (t2=25,0 mm)
50
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 24 - Curvas força-deslocamento para os protótipos TSIE.
700
600
400
300
db = 16,0 mm TSIE1-1
200
tch = t2 = 16,0 mm TSC5-2
100
0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0
Deslocamento (mm)
Figura 25- Curvas força-deslocamento para os protótiopos TSIE1 e TSC5.
700
600
500
400
Força (kN)
4 CONCLUSÕES
5 AGRADECIMENTOS
6 REFERÊNCIAS
BURSI, O.S.; JASPART, J.P. Basic issues in the finite element simulation of extended
end plate connections. Computer & Structures, n. 69, p. 361-382, 1998.
EUROCODE-3. Design of steel structures: Part 1.1 - General rules and rules for
buildings - Revised Annex J: Joints in building frames, 1993.
KULAK, G.L.; FISHER, J.W.; STRUIK, J.H.A. Guide to design criteria for bolted and
riveted joints. 2. ed. John Wiley & Sons, 1987.
Resumo
Este trabalho estuda o comportamento de blocos rígidos de concreto armado sobre
duas, três, quatro e cinco estacas, submetidos à ação de força centrada. Com o objetivo
de contribuir na análise de critérios de projeto utilizaram-se resultados obtidos por
meio de modelos analíticos e realizou-se análise numérica por meio de programa
baseado no Método dos Elementos Finitos. Foi desenvolvida, ainda, uma análise
comparativa entre os processos de dimensionamento adotados em projeto, na qual se
verificou grande variabilidade dos resultados. Para análise numérica adotou-se
comportamento do material como elástico linear e os resultados de interesse foram os
fluxos de tensões em suas direções principais. Nos modelos adotados variaram-se os
diâmetros de estacas e as dimensões dos pilares, a fim de se verificar as diferenças na
formação dos campos e trajetórias de tensões. Concluiu-se que o modelo de treliça
utilizado em projetos é simplificado e foram feitas algumas sugestões para a utilização
de um modelo de Bielas e Tirantes mais refinado. Foi possível a verificação da
influência da variação da geometria de estacas e de pilares no projeto de blocos sobre
e a revisão dos critérios para os arranjos das armaduras principais. Para os modelos
de blocos sobre cinco estacas com o centro geométrico de uma das estacas coincidente
com o centro do pilar, concluiu-se que o comportamento não é exatamente como
considerado na prática.
1 INTRODUÇÃO
1
Mestre em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, fs-munhoz@uol.com.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, jsgiongo@sc.usp.br
Outro procedimento que tem sido utilizado por alguns projetistas de estruturas
de concreto é o processo sugerido pelo CEB-FIP (1970).
Esse procedimento indica verificações de segurança para tensões normais e
tangenciais com esforços solicitantes determinados em seções transversais
particulares. Este procedimento diverge da norma brasileira que considera que blocos
rígidos não respeitam a hipótese de seções planas.
Uma análise criteriosa para definir o comportamento estrutural de blocos sobre
estacas é a que considera o modelo de Bielas e Tirantes, afinal, tratam-se de regiões
descontínuas, onde não são válidas as hipóteses de Bernoulli. No modelo de Bielas e
Tirantes as verificações de compressão nas bielas podem ser feitas com as
considerações do Código Modelo do CEB-FIP (1990), pois as regiões nodais têm
geometria diferente das sugeridas por Blévot (1967).
O modelo de Bielas e Tirantes pode ser adotado considerando o fluxo de
tensões na estrutura, utilizando o processo do caminho das cargas. Essas tensões
podem ser obtidas por meio de uma análise elástica linear, utilizando métodos
numéricos como, por exemplo, o método dos elementos finitos.
Segundo Tjhin e Kuchma (2002), a orientação mais adequada para a seleção
de modelos apropriados de bielas e tirantes pode ser verificada em Schlaich et al.
(1987) que propõem arranjar os elementos da treliça do modelo utilizando as
trajetórias das tensões principais obtidas a partir de uma solução elástica linear.
Essas aproximações permitem verificar os estados limites último e de serviço.
O uso de trajetórias de tensões principais para guiar a construção de modelos
de bielas e tirantes também foi estendido à geração automática de modelos. Um
exemplo disto pode ser visto no trabalho de Harisis e Fardis (1991), que utilizaram
uma análise estática de dados de tensões principais obtida de uma análise linear por
elementos finitos para identificar localizações de bielas e tirantes.
Longo (2000) utilizou campos e trajetórias de tensões principais em vigas pré-
moldadas obtidas de uma análise elástica linear por meio do Método dos Elementos
Finitos e conseguiu bons resultados iniciais para adoção de modelos de bielas e
tirantes.
Autores como Iyer e Sam (1991) estudaram o comportamento de blocos sobre
três estacas por meio de uma análise elástica linear tridimensional e concluíram que a
analogia de treliça, aplicada a blocos sobre estacas utilizada por Blévot e Frémy
(1967), não é satisfatória, pois não conferem com as localizações e magnitudes de
tensões máximas com precisão.
Em virtude dessas e outras divergências nos métodos analíticos utilizados
para cálculo de blocos sobre estacas decidiu-se estudar modelos de blocos, sendo o
objetivo deste trabalho, estudar o comportamento de blocos rígidos de concreto
armado sobre duas, três, quatro e cinco estacas submetidos à ação de força centrada
para sugestão de um modelo de Bielas e Tirantes mais refinado do que o modelo de
treliça utilizado atualmente em projetos. Para isto, utilizaram-se resultados obtidos por
meio de modelos analíticos e realizou-se uma análise numérica utilizando-se o
programa ANSYS®(1998) baseado no Método dos Elementos Finitos. Nos modelos,
adotados variaram-se os diâmetros de estacas e as dimensões de pilar.
Para análise numérica, adotou-se comportamento do material como elástico
linear. Os resultados de interesse foram os fluxos de tensões em suas direções
principais a fim de se aplicar o modelo de Bielas e Tirantes.
4 ANÁLISE NUMÉRICA
Os modelos foram submetidos a uma análise elástica linear via Método dos
Elementos Finitos utilizando o programa computacional ANSYS®.
a=170
b=60 bp
ap
lc
d=40 h=50
d'=10
φest φest
l =120
lcy
l√3/2=103,92
bp
ap lcx
d=60 h=70
d'=10
φest φest
a=190 a=190
lcy
b=190 bp b=190 bp
ap ap
d=70 h=80 d h
d'=10 d'=10
Figura 3 - Modelos de blocos sobre três, quatro e cinco estacas (medidas em centímetros).
distância da face do pilar ao eixo da estaca mais afastada (lc), dimensões de pilares
(ap e bp) e diâmetro das estacas (φest).
5 ANÁLISE DE RESULTADOS
com isso foram possíveis algumas comparações com os modelos analíticos. Além
disso, observaram-se as divergências, tanto na formação do campo de tensão de
compressão, quanto nos valores de tensão máxima de tração, quando são variadas
dimensões de pilares e estacas.
Os blocos sobre duas, três, quatro e cinco estacas foram dimensionados por
três métodos analíticos, de BLÉVOT (1967), CEB-FIP(1970) e EHE (2001).
Para as áreas de armaduras calculadas, é importante observar que neste
trabalho não se verificou a ancoragem das mesmas em nenhum dos modelos. Os
valores das forças nos tirantes (Rst) e das áreas de armadura são apresentados na
tabela 3. O CEB-FIP não fornece o valor da força Rst, por não ser baseado em modelo
de Biela e Tirante e o cálculo da armadura foi feito com as expressões utilizadas para
cálculo de flexão em vigas.
Para os modelos de blocos sobre três, quatro e cinco estacas a armadura foi
calculada segundo os lados dos blocos, portanto os valores fornecidos na tabela 3
referem-se à área de armadura que deve ser colocada em cada lado. O procedimento
do CEB-FIP sugere verificações em duas direções, então, adotou-se a mesma
armadura para as duas direções, escolhendo a maior delas.
diminuiu conforme se aumentou o diâmetro da estacas, esta diferença foi notada entre
os blocos com estacas de diâmetros de 30 cm e 40 cm.
45
°
B
C
A A
PLANTA C B
Vista1
VISTA1
Vista de Baixo
justifica afinal com o aumento da área da biela ocorre uma diminuição de tensão.
Estas mesmas constatações foram feitas para os grupos (2) e (3).
CORTE AA
CORTE CC
CORTE AA
CORTE CC
Figura 12 - Campos de tensão de tração – blocos sobre três estacas (vista de baixo).
Neste item foi feita uma análise dos campos de tensão de compressão (tensão
principal na direção 3) para modelos de blocos sobre quatro estacas e comparada
com o modelo analítico que utiliza analogia de treliça. Além disso, observaram-se as
divergências, tanto na formação do campo de tensão de compressão, quanto nos
valores de tensão máxima de tração (tensão principal na direção 1), quando se variam
dimensões de estacas.
Para esta análise utilizaram-se apenas 6 dos 7 modelos dividindo-os em dois
grupos: (1) D1-1, D1-2 e D1-3 e (2) D2-1, D2-2 e D2-3.
Observando-se os elementos mostrados no corte AA obtiveram-se as
configurações de campos de tensão de compressão mostrados na figura 14, as
diferenças nas formações das bielas, devem-se às diferentes geometrias dos pilares.
Da mesma forma que para os blocos sobre duas estacas, constatou-se que os
campos de tensão de compressão nas regiões nodais formam-se além da seção do
pilar e estacas, conforme é considerado no Modelo de Blévot (1967). Observou-se
ainda que, com o aumento do diâmetro das estacas, as intensidades das tensões de
Os modelos D1-x e D2-x têm pilares com área equivalente, sendo o primeiro
com área quadrada e o segundo retangular, já o modelo B3-x tem pilar com área
retangular mais alongada.
Observando-se a figura 14, pode-se perceber que, conforme mudou-se a
geometria do pilar, houve diferença na distribuição de tensões de compressão.
Ocorreram diferenças significativas entre os modelos de blocos com pilares
quadrados e retangulares. A intensidade da tensão de compressão ao longo da biela
foi maior nos modelos com pilares de seção quadrada e diminuiu conforme alongou-
se a seção do pilar.
Comparando-se os modelos de blocos sobre quatro estacas com pilar
retangular de área 20cm x 80cm e com pilar quadrado de área equivalente 40cm x
40cm obtiveram-se valores máximos de tensões de tração muito próximos, o que não
ocorreu nos modelos de blocos sobre duas estacas. Neste caso, seria possível a
utilização de seções quadradas de área equivalente para blocos com pilares de seção
retangular. Logicamente para o modelo B3-1, com seção um pouco mais alongada
(20cm x 90cm), os valores foram um pouco menores, como era esperado. Estas
constatações podem ser observadas na tabela 6, que mostra os valores de tensões
máximas de tração para o grupo de modelos analisados.
Figura 17 - Numeração das estacas nos modelos de blocos sobre cinco estacas.
Nos modelos numéricos a reação obtida em cada estaca divergiu dos modelos
analíticos, como é mostrado na tabela 7.
Tabela 7 - Reações nas estacas dos modelos numéricos de blocos sobre três estacas.
Reação nas estacas (kN)
Modelos θº
1 2 3 4 5
E1-1h80 45 360,01 360,01 459,96 360,01 360,01
E1-1h95 50 367,41 367,41 430,36 367,41 367,41
E1-1h110 55 371,84 371,84 412,64 371,84 371,84
E1-3h80 45 344,10 344,10 523,60 344,10 344,10
E2-1h80 45 361,66 361,66 453,36 361,66 361,66
E2-3h80 45 347,09 347,09 511,64 347,09 347,09
Sendo: θ = ângulo de inclinação das bielas
Após essas verificações pode-se constatar que esse modelo de bloco sobre
cinco estacas não é confiável, já que teria que atingir ângulos maiores que 63º para a
inclinação das bielas.
Nos modelos adotados para blocos sobre duas estacas, apesar das diferentes
seções adotadas para estacas e pilares a trajetórias de tensão é semelhante,
divergindo obviamente nas regiões nodais. A figura 19 mostra as trajetórias de
tensões em todas as direções obtidas para alguns dos modelos.
CORTE AA
CORTE CC
Tensão Principal 1 (tração) Tensão Principal 3 (compressão)
Figura 22 - Trajetória de Tensões Principais – Modelo C1-1.
É possível imaginar como deve ser a disposição das armaduras dos tirantes
com as trajetórias de tensão mostradas na figura 23. Para todos os modelos com a
melhor disposição de armadura encontrada que atenderia a distribuição das trajetórias
de tensões seria segundo os lados dos blocos (ligando as estacas). Havia dúvidas se,
no caso de pilares alongados, a disposição de armadura seria a mesma que para
pilares quadrados, mas concluiu-se que essa disposição pode atender aos dois
modelos. Talvez, em conjunto com uma armadura de distribuição, os modelos
trabalhariam melhor já que, as tensões máximas ocorrem no centro do bloco, essa
armadura distribuiria melhor para a armadura principal disposta segundo os lados. O
uso desse tipo de distribuição justifica-se também aos ensaios experimentais feitos
por Miguel (2000) que utilizou, em um de seus modelos, uma disposição de armadura
segundo os lados do bloco, somadas a uma armadura em malha e, constatou que o
uso de barras distribuídas diminui as fissuras na base do bloco.
7 CONCLUSÃO
8 AGRADECIMENTO
9 REFERÊNCIAS
ADEBAR, P.; KUCHMA, D.; COLLINS, M. P. (1990). Strut-and-tie models for design of
pile caps: an experimental study. ACI Structural Journal, v.87, p. 81-92, Jan./Feb.
BLÉVOT, J.; FRÉMY, R. (1967). Semelles sur pieux. Annales d’Institut Technique
du Bâtiment et des Travaux Pulblics, Paris, v.20, n. 230, p. 223-295, fev.
IYER, P. K.; SAM, C. (1991). 3-D elastic analysis of three-pile caps. Journal of
Engineering Mechanics, ASCE, v. 117, n. 12, p. 2862-2883, Dec.
Resumo
1 INTRODUÇÃO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, rsarzi@sc.usp.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, mcorrea@sc.usp.br
Neste trabalho são empregados os elementos finitos de barra de Euler com seis
graus de liberdade (gdl) por nó na representação dos elementos estruturais lineares de
pórtico tridimensional, como mostrado na Figura 2.1.
{f }= {f
i
ext ext
concentrada ,i }+ ⎛⎜⎜ ∫ [N ] {b }dV + ∫ [N ] {p }dS⎞⎟⎟
i
T
i i
T
i (2.8)
⎝V S ⎠
{ }= ∫ ([B ] {σ }) = ∫ [B ] {M }.dx
li
T T
f iint i i i i (2.9)
V 0
⎡1 z il 0 y il ⎤
⎢ l ⎥
onde: [ ]
s l l ⎢z i
Ci = E i Ai
(z )
l 2
i 0 y il z il ⎥
.
⎢0 0 0 0 ⎥
⎢ l 2⎥
⎣⎢ y i y il z il 0 ( )
y il ⎦⎥
Do mesmo modo, escreve-se o vetor de forças internas do elemento:
{ }= ∫ [B ] {σ }dV = ∫ [B ] { } ∑∑ { }+ ∫ [B ] [ ]∑ {σ }
li m j mk li ms
T T T T
f iint i i i Z ij,k σ ij,k i C si l
i (2.15)
V 0 j=1 k =1 0 l =1
[ ] ∫[ ]
T
onde: G hT Prc = Brc [ C][Bh ]dV - submatriz de rigidez que acopla o modo básico ao
V
superior. Para o elemento T3AF, essa matriz apresenta
coeficientes nulos devido à imposição da ortogonalidade em
força (CORRÊA (1991));
[Prc] = [k u,i ][G rc ] .
Para a análise dos pilares utiliza-se a seção transversal filamentada. Além dos
modelos constitutivos para o aço e o concreto (Figura 3.1), são também incorporados os
modelos de aderência, e os efeitos do tempo sobre o comportamento.
1
4 ⎛ fcm
⎞3
Ec 2,15 x10 ⎜ ⎟
⎝ 10 ⎠
(MPa) 6600. fck + 3,5 (MPa)
f cm fcm
Ec1 (não consta)
0,0022 0,0020
fy fyk (sugestão deste autor) fyk (sugestão deste autor)
Es 210000 MPa 210000 MPa
α 0,5 ≤ α ≤ 0,7 não consta
Esse vetor de forças internas {Ni, Mi}, comparado ao vetor das forças externas
{Ne, Me}, resulta em um vetor de resíduos Ψ={ΔN, ΔM} composto por força normal e
momento fletor, já que a força cortante é obtida pelo equilíbrio dos momentos fletores.
Como se trata de flexão simples (N=0), o resíduo de normal nos dois PGs deve ser
anulado através de um dos procedimentos a seguir (Figura 3.3):
d{σ} ( )(
[Ξ] j+1 (γ )[P]{σ}j+1 [Ξ] j+1 (γ )[P]{σ}j+1 )
T
= [Ξ ] j+1 (γ ) − (3.2)
d{ε} j+1 {σ}Tj+1 [P][Ξ ] j+1 (γ )[P]{σ}j+1 + β j+1
onde: β j+1 =
2
3θ 2
( )
k j+1 {σ}Tj+1 [P]{σ}j+1 e θ2 = 1 −
2
3
k j+1 .γ (para k variável).
3
KOITER,W.T.(1953). Stress-strain relations, uniqueness and variational theorems for elastic-plastic materials with a
singular yield surface. Q. Appl. Math. n. 11, p.350-354. apud PROENÇA(1988).
h eq = α h . A (3.3)
4.1 Fluência
5.1 Introdução
4,0
3,5
CEB-FIP MC90 - v al. médios
CEB-FIP MC90 - v al. de projeto
3,0 propos ta des te trabalho
SA NTOS (1997)
te ns ão (k N/cm 2 )
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
d e fo r m ação
0,0
0,000 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005
Figura 5.4 - Diagramas para o concreto C-30 (CEB-FIP MC90).
(γ q .Q + γ g .G) ≤ γR (5.1)
gl
pode-se mostrar que o γgl para uma seção transversal de concreto armado situa-se,
aproximadamente, entre 1,265 (quando a ruptura se dá pela armadura de flexão) e 1,650
(quando a ruptura se dá pelo concreto), se for empregado γc=1,5. No entanto, quando a
ruptura da seção se dá pela concomitância dos dois modos, não existe uma descrição
para o coeficiente (Figura 5.5).
M pl /M pl,d
1,650
?
1,265
ρ
ruptura pelo aço ruptura pelo concreto
Figura 5.5 - Diagrama idealizado para o γgl esperado para uma estrutura de concreto armado
submetida à flexão. Carregamento proporcional.
onde: Mpl – momento de plastificação obtido com os valores médios dos materiais;
Mpl,d – momento de plastificação obtido com as propriedades de projeto.
4
KÖNIG,G.;SHOUKOV,D.;JUNGWIRTH,F.(1997). Sichere beton production für stahlbetontragwerke, Intermediate
report 2, March. apud CEB: Bulletin d’Information no 239.
f yk f ck
f yd = ; f ym = 1,10.f yk f cd = ; f cm = 0,85.f ck (5.5)
1,15 1,5
f ym f cm
onde: = 1,10.1,15 = 1,265 = 0,85.1,5 = 1,275
f yd f cd
1,200
sem armadura de compressão
1,190
1,180
1,170
1,160
Mpl / Mpl,d
1,150
C-20
C-25
1,140 C-30
C-35
1,130 C-40
C-45
1,120 C-50
1,110
1,100
1,090
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura de compressão (porta estribos: 2 φ 6,3 mm): ρ' = 0,05%
1,19
1,18
1,17
1,16
Mpl / Mpl,d
1,15
C-20
1,14 C-25
C-30
1,13 C-35
C-40
1,12 C-45
C-50
1,11
1,10
1,09
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura de compressão: ρ' = 0,25 %
1,19
1,18
1,17
1,16
Mpl / Mpl,d
1,15
1,14
1,13
1,12 C-20
C-25
C-30
1,11
C-35
C-40
1,10 C-45
C-50
1,09
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura de compressão: ρ' = 0,50 %
1,19
1,18
1,17
C-20
1,16
C-25
C-30
C-35
Mpl / Mpl,d
1,15 C-40
C-45
1,14 C-50
1,13
1,12
1,11
1,10
1,09
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
sem armadura de compressão
1,19
1,18
C-20
C-25
1,17 C-30
Mpl / Mpl,d
C-35
C-40
1,16 C-45
C-50
1,15
1,14
1,13
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura de compressão mínima: ρ'=0,100 a 0,197%
1,19
1,18
1,17
Mpl / Mpl,d
C-20
C-25
1,16 C-30
C-35
C-40
1,15 C-45
C-50
1,14
1,13
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura de compressão: ρ'=0,50%
1,19
1,18 C-20
C-25
C-30
1,17 C-35
Mpl / Mpl,d
C-40
C-45
C-50
1,16
1,15
1,14
1,13
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura simétrica: ρ' = ρ
1,19
C-20
C-25
C-30
C-35
Mpl / Mpl,d
C-40
1,18
C-45
C-50
1,17
1,16
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura simétrica: ρ' = ρ
C-20
C-25
C-30
1,19 C-35
C-40
C-45
C-50
Mpl / Mpl,d
1,18
1,17
1,16
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,20
armadura simétrica: ρ' = ρ
C-20
C-25
C-30
1,19 C-35
C-40
C-45
C-50
Mpl / Mpl,d
1,18
1,17
1,16
0,000 0,005 0,010 0,015 0,020 0,025 0,030 0,035 0,040
taxa de armadura - ρ
1,36
1,35
1,34
1,33
M pl / Mpl,d
1,32
1,31
1,30
1,29
0,000 0,001 0,002 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007 0,008 0,009 0,010
taxa de armadura - ρ
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS
ASSAN, A. E. (1990). Vigas de concreto armado com não linearidade física. In:
CONGRESSO IBERO LATINO-AMERICANO SOBRE MÉTODOS
COMPUTACIONAIS PARA ENGENHARIA, Rio de Janeiro. v.2, p.741-749.
CEB-FIP Model code 1990 - final draft. Bulletin D’Information, n. 203-205, 1991.
EIBL, J.; SCHMIDT-HURTIENNE, B. (1997). General outline of a new safety format, In:
CEB-FIP Bulletin D’Information, n. 229 New developments in non-linear analysis
methods, p.33-48.
FEENSTRA, P. H.; DE BORST, R.(1995). A plasticity model and algorithm for mode-I
cracking in concrete. International Journal for Numerical Methods in Engineering,
v.38, p. 2509-2529.
Resumo
Neste trabalho, é desenvolvido um programa através do método dos deslocamentos, em
que o mesmo leva em consideração a influência do efeito da semi-rigidez rotacional nas
ligações formadas por dois parafusos sobre o comportamento mecânico da estrutura.
Esta configuração de parafusos é devidamente escolhida em função de sua corrente
aplicação em estruturas de madeira, principalmente em estruturas auxiliares ou de
cobertura. Vários exemplos de estruturas típicas de cobertura são executados
considerando-se as três formas que o presente programa analisa, evidenciando-se a
importância do comportamento semi-rígido sobre as ligações.
1 INTRODUÇÃO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas - EESC-USP
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas, frocco@sc.usp.br
1 4
SRi SRj
3 6
2 5
(a) (b)
eixo 2
EI eixo1
i AL j
SRi , SAi SRj , SAj
eixo 3
(a)
D 21
D11
1
(b)
1
D22
D12
(c)
⎛ L ⎞
D 11θ = θ iFu L ⇒ D 11θ = ⎜⎜ ⎟⎟ L (4)
⎝ S Ri ⎠
θ
Deslocamento vertical total na extremidade “j” é D11 = D11u + D11
F
, portanto:
L3 L2
D 11 = + (5)
3 EI S Ri
L
θ θ21 = (7)
S Ri
θ
3) Rotação total na extremidade “j” é D21 = θ 21u + θ 21
F
, portanto:
L2 L
D 21 = + (8)
2 EI S Ri
⎛ 1 ⎞
D 12θ = ⎜⎜ ⎟⎟ L (13)
⎝ S Ri ⎠
θ
Deslocamento vertical total na extremidade “j” é D12 = D12 u + D12
M
, portanto:
⎛ L2 ⎞ ⎛ L ⎞
D 12 = ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ (14)
⎝ 2 EI ⎠ S
⎝ Ri ⎠
L
θ 22M = u
(15)
EI
⎛ L ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 1 ⎞
D 22 = ⎜ ⎟+ ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜ ⎟ (18)
⎝ EI ⎠ ⎜S ⎟
⎝ S Ri ⎠ ⎝ Rj ⎠
A matriz de flexibilidade,
[F ], para a extremidade ”j” será da seguinte forma:
jj
[F ] = ⎡⎢ DD
jj
D 12 ⎤
11
⎥ (22)
⎣ 21 D 22 ⎦
L ⎡ 2 L e Ri 3 3 Le Ri2 ⎤
2
[F jj = ] ⎢
6 EI ⎢⎣ 3 Le Ri 2
⎥
6 e Rij ⎥⎦
(23)
F
Invertendo a matriz [ jj ] da equação (23), obtem-se a matriz de rigidez
S
modificada [ jj ], para a extremidade “j”:
[S ] = C ⎡⎢
6 e Rij - 3 Le Ri2 ⎤
jj ⎥ (24.a)
⎣⎢ - 3 Le Ri2 2 L 2 e Ri 3 ⎦⎥
2 EI
onde: C = (24.b)
[
L3 4 e Rij + 3 (4 e Ri e Rj − 1) ]
S ii S ij S ji S jj
Onde: [ ], [ ], [ ] e [ ], são todas submatrizes de [ S ´ M ]. Os
S
coeficientes em [ jj ] são definidos como as ações de restrição na extremidade “j” do
elemento devido aos deslocamentos unitários na mesma extremidade. Os coeficientes
Sij
em [ ], são ações de restrição na extremidade “i” devido ao deslocamentos unitário
S
na extremidade “j” e eles estão em equilíbrio com os termos em [ jj ]. Os coeficientes
S
em [ ji ] consistem em ações de restrição na extremidade “j” devido aos
S
deslocamentos unitários na extremidade “i”. Os coeficientes em [ ii ] ‚ são ações de
restrição na extremidade “i” devido ao deslocamento unitário na extremidade “i” e eles
S
estão em equilíbrio com os termos em [ ji ].
S jj
A matriz de rigidez modificada [ ] foi determinada e é apresentada pela
equação (24.a). As outras três submatrizes de [ S ´ M ] podem ser determinadas pela
transformação de eixos. Estaticamente equivalente, as forças na extremidade “i”,
podem ser obtidas através da matriz de transformação [ T ], onde:
⎡1 0⎤
[T ] = ⎢L (26)
⎣ 1 ⎥⎦
S
Nessas condições a submatriz [ ij ] pode ser determinada a partir da relação
S
[ ij ] = − [T ] [ S jj ], assim tem-se:
− 6 e Rij
[ S ] = C ⎡⎢
3 Le Ri 2 ⎤
ij ⎥ (27)
⎢⎣ − 3 Le Ri 2 L2 ⎥⎦
S
Como a matriz de rigidez [ S´M ] é simétrica à submatriz [ ji ], a mesma deve
S S S T
ser igual à transposta de [ ij ]. Assim, transpondo [ ji ] = [ ij ] tem-se:
− 6 e Rij − 3 Le Ri 2 ⎤
[S ] = C ⎡⎢
ji ⎥ (28)
⎢⎣ 3 Le Ri 2 L 2 ⎥⎦
S
A submatriz restante [ S ii ] pode ser determinada a partir de [ ji ] usando a
relação
[Sii ] = −[T ] [S ji ], isto dá:
⎡6e Rij 3Le Ri 2 ⎤
[S ii ] = C ⎢ ⎥ (29)
⎣⎢3Le Ri 2 2 L2 e Rj 3 ⎦⎥
⎡ AE AE ⎤
⎢ L 0 0 - 0 0 ⎥
L
⎢ ⎥
⎢ 0 6Ce Rij 3CLe Rj2 0 - 6Ce Rij 3CLe Rj2 ⎥
⎢ ⎥
0 3CLe Rj2 2CL2 e Rj3 0 - 3CLe Rj2 CL2
[ S M ] = ⎢⎢
0 ⎥
⎥
AE AE
⎢- 0 0 0 0 ⎥
⎢ L L ⎥
⎢ 0 - 6Ce Rij 3CLe Rj2 0 6Ce Rij - 3CLe Rj2 ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ 0 3CLe Rj2 CL2 0 - 3CLe Rj2 2CL2 e Ri3 ⎥⎦ (33)
F (kN)
i j
L L
2 2
M en
Momento
Rigidez
Sen
M = PL / 8
No gráfico 3.1, en é o momento de engastamento perfeito de uma
viga bi-engastada com forca aplicada no ponto central. Para valores de rigidez
S
menores do que ( en ), o momento comporta-se conforme a curva do mesmo gráfico.
Caso a rigidez se aproxime de zero, o momento também converge para o mesmo
valor.
Deslocamento
d1
d2
Rigidez
S1 S2
θ3
θ4
Rigidez
S3 S4
engastadas. Para
S3 → 0 , a rotação é θ = PL2 / 16EI , ou seja, a viga é bi-apoiada.
onde:
SR : Rigidez da ligação.
E b : Módulo de elasticidade da barra.
Lb : Comprimento da barra.
ep
FR FR
RNV = 0,42 AP f u
AP é a área bruta, baseada no diâmetro nominal “dp“ do parafuso.
≥ dp
≥ 3d p
dp
onde: é o diâmetro do parafusos.
Se M S > M R , então:
recalcula-se toda estrutura, até que os momentos solicitantes em todas as ligações
Se MS <MR , então:
6 EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Para a estrutura fink, mostrada na figura 6.1, foi-se efetuada sobre a mesma,
uma análise mais completa do seu comportamento estrutural, isto é, em uma primeira
avaliação, admitiu-se a rigidez das barras para verificar somente o comportamento da
ligação semi-rígida. Em uma segunda avaliação, procurou-se obter qual o valor da
ação externa responsável pelo início das primeiras iterações, isto é, quando a ligação
foi solicitada ale’m do seu limite de resistência.
7 CONCLUSÕES
8 REFERÊNCIAS
BJORHOVDE, R., COLSON, A., BROZZETTI, J. Classification system for beam to-
column connections. Journal of the Structure Division, v. 116, n. ST11, p. 3059-76,
1990.
CHEN, W. F., KISHI, N. Semi-rigid steel beam-to-column connections: data base and
modeling. Journal of Structural Engineering, v. 115, n. 1, p. 105-19, 1989.
FAELLA, C., PILUSO, V., RIZZANO, G. A new method to design extended end plate
connection and semi-rigid braced frames. Journal of Constructional Steel Research,
v. 41, n. 1, p. 61-91, 1997.
GOTO, Y., MIYASHITA, S. Classification system for rigid and semi-rigid connections.
Journal of Structural Engineering-ASCE, v. 124, n. 7, p. 750-7, 1998.
KING, W. S. The limit loads of steel semi-rigid frames analyzed with different methods.
Computers & Structures, v. 51, n. 5, p. 475-87, 1994.
KRISHNAMURTHY, N., HUANG, H. T., JEFFREY, P. K. Analytical M-ø curves for end-
plate connections. Journal of Structural Division, n. 105, ST1 p. 133-45, 1979.
LI, G. Q., MATIVO, J. Approximate estimation of the maximum load of semi-rigid steel
frames. Journal of Constructional Steel Research, v. 54, n. 2, p. 213-25, 2000.
SHI, Y. J., CHAN, S. L., WONG, Y. L. Modeling for moment-rotation characteristics for
end-plate connections. Journal of Structural Engineering-ASCE, v. 122, n. 11, p.
1300-6, 1996.
WEAVER, W. W., GERE, J. M. Matrix analysis of framed structures. New York: Van
Nostrand Reinhold Companu, 1986. 492 p.
ZHAO, X. L., LIM, P., JOSEPH, P., PI, Y. L. Member capacity of columns with semi-
rigid end conditions in Oktalok space frames. Structural Engineering and
Mechanics, v. 10, n. 1, p. 27-36, 2000.
Resumo
Os silos metálicos cilíndricos de chapas corrugadas e cobertura cônica são as unidades
mais utilizadas no Brasil para o armazenamento de produtos granulares. As principais
ações variáveis que atuam sobre os silos são as pressões devidas aos produtos
armazenados e ao vento, sendo esta ação crítica quando o silo se encontra vazio.
Devido à grande eficiência estrutural da forma cilíndrica e à resistência elevada do
aço, estas estruturas são leves e delgadas e, portanto, suscetíveis a perdas de
estabilidade local e global e arrancamento. Com a finalidade de avaliar estes efeitos
foram realizados estudos teóricos e experimentais sobre as ações do vento em silos. O
trabalho foi desenvolvido com ensaios de modelos aerodinâmicos e aeroelásticos em
um túnel de vento na Universidade de Cranfield, Inglaterra, com o objetivo de
determinar os coeficientes aerodinâmicos no costado e na cobertura. Os resultados
mostram que os valores dos coeficientes recomendados pela Norma Brasileira de vento,
NBR 6123 (1990), são adequados para o costado. Para a cobertura cônica, como não
são especificados pela NBR, são recomendados valores dos coeficientes aerodinâmicos
determinados nos ensaios. Conclui-se também que a colocação externa das colunas é a
favor da segurança e que o uso de anéis enrijecedores no costado é indicado e muito
importante para a estabilidade local e global da estrutura do silo.
1 INTRODUÇÃO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, landrade_jr@hotmail.com
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, calil@sc.usp.br
Sobrepressão
Vento
θ
Ponto de
estagnação
C = 1,0
pe
Sucção H/D = 10
C = 0,5
Sucção H/D < 2,5 pe
Neste estudo são avaliados os efeitos do vento nos silos curtos e médios na
condição de estarem vazios ou parcialmente preenchidos. Quando estão quase ou
2 METODOLOGIA
2.1 Materiais
z0 = c.hk ( 1)
Barreira
Mesa giratória
2.2 Métodos
I δ λδ λδ = λ L
λI = m Fator de escala para o Π1 = =1
Ip Momento de inércia D λL
ρ I λI λI = λL4
λρ = m Fator de escala para a massa Π2 = =1
ρp específica do ar D4 λL4
Um Fator de escala da velocidade Dη λ L λη λη = λU λ L
λU = Π3 = =1
Up ou cinemático U λU
σkm UTc λU λTc λU = λ L λTc
λσ k = Fator de escala da tensão Π4 = =1
σk p D λL
η M λM λM = λ ρ λL3
λη = m Fator de escala de freqüência Π5 = =1
ηp ρD 3 λ ρ λL3
Mm μ λμ λμ
λM = Fator de escala de Massa Π6 = =1 λL =
Mp ρDU λ ρ λ L λU λ ρ λU
μ σk λσ k λσ k = λ ρ λU 2
λμ = m Fator de escala para a Π7 = =1
μp ρU 2
viscosidade dinâmica do ar λ ρ λU 2
Tc m
λTc = OBS.: O fator de escala serve às grandezas
Tc p Fator de escala de tempo
relacionadas pelos fatores de forma
∫
Tc ( z ) = ρ1 ( z;τ )dτ (4)
0
L1 ( z ) = U ( z ).Tc ( z ) (5)
k
Δx i1
Q'
Q Δxi2k
P P' Δx k-1
i2
Δxi1k-1
Figura 7 - Deslocamentos para a vista de cada câmera.
São escolhidas duas relações H/D aos protótipos − 0,5 e 1,0 − para
representarem as estruturas usuais de silos metálicos cilíndricos de chapas
O cálculo das pressões dos produtos é realizado segundo a ISO 11.697 (1997),
o dos esforços nos silos com base na formulação para o “Cálculo dos Esforços em
Reservatórios Cilíndricos” (ANDRADE JR 1998). A verificação das chapas conforme
TRAHAIR et al. (1983), as verificações dos elementos metálicos segundo o texto base
para a norma brasileira "Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis
formados a frio" da ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS - ABNT
(2000).
As dimensões e capacidade dos protótipos foram adotadas em função das
maiores demandas comerciais deste tipo de silo, e estão indicadas na tabela 4.
Os modelos rígidos têm relação H/D=0,5 e 1,0 e são denominados modelo 0,5
e modelo 1,0. As dimensões estão na tabela 5, considerando-se que altura da
cobertura cônica é b = 0,25D, e uma taxa de bloqueio igual a 10% da área da seção
do túnel.
10
5 ,7
2
29 tomadas
10
39 tomadas
51 tomadas
10
35 tomadas
10
10
5
363,8 227,36
545,72
690 510
As dimensões das colunas para o corpo cilíndrico e dos fios para a cobertura
cônica são mostradas na tabela 6. São 48 colunas no corpo do modelo 0,5 e 36
colunas no corpo do modelo 1,0, sendo as de 4x7 mm na porção inferior e as de 7x2
9
θ 8
7
6
5
34
1 2
Vento
510
Figura 11 - Modelo flexível.
Foco
Foco
Figura 12 (a) - Vista V1 do Figura 12 (b) - Vista V2 do Figura 12 (c) - Vista V3 do
modelo flexível indeformado. modelo flexível indeformado. modelo flexível indeformado.
4 RESULTADOS
50,00 50,00
y = 65,68x 2 - 81,09x + 24,61
45,00 45,00
40,00 40,00
NBR6123
35,00 35,00
ESDU
30,00 30,00
NBR6123 1/42
Altura z, m
Altura, m
ESDU 25,00
25,00
1/42 Ref 1/42
5,00 5,00
0,00 0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 10 15 20 25 30
Velocidade Normalizada Intensidade de Turbulência, %
1,0 = 14,43 m/s
0,12 500,00
0,0995 417
392 396
0,10 400,00
Comprimento, mm
Tempo, s 0,08
300,00
0,06
0,0366 200,00
0,04 0,0254
100,00
0,02
0,00 0,00
3,94 11,40 15,56 3,94 11,40 15,56
Figura 17 - Cpe para o modelo 1,0 liso. Figura 18 - Cpe no modelo 1,0 nervurado.
510
510
380
255
Figura 19 (a) - Modelo flexível com força Figura 19 (b) - Modelo flexível com força
aplicada em z = 255 mm. aplicada em z = 380 mm.
Tabela 8 - Valores médios dos deslocamentos radiais dos ensaios estáticos medidos com o
transdutor.
Os deslocamentos por imagens foram calculados com o foco 1 a partir das três
vistas 0V1, 0V2 e 0V3, como mostrado na figura 15. O procedimento para as medidas
dos deslocamentos começa com a superposição da imagem digitalizada do modelo
deformado sobre a imagem do modelo indeformado. Então, a imagem da camada
superior (modelo deformado) é modificada e fica translúcida. A partir deste estágio, a
imagem do modelo deformado tem a sua opacidade aumentada até um percentual, em
torno de 35%, em que é possível ver as duas imagens, a do modelo em repouso e a
do modelo deformado. Os valores dos deslocamentos estáticos obtidos por imagens
são mostrados na tabela 9.
0,35 3,00
0,30 35 2,50 35 °
° 35
° ° 35
0,25
4 4 2,00 4 4
Duração, s
Intervalo, s
0,20
1,50
0,15
1,00
0,10
0,05 0,50
0,00 0,00
0
4
8
12
17
21
25
29
33
37
41
46
50
54
0
4
8
12
15
19
23
27
31
35
38
42
46
50
54
Tempo, s Tempo, s
Figura 23 - Tempo de duração das Figura 24- Intervalo entre as deflexões na
deflexões na coluna 4; velocidade 5,6 m/s. coluna 4; velocidade 5,6 m/s.
O modelo foi testado gradualmente de 5,6 a 6,9 m/s, em que foram observados
movimentos crescentes em número e intensidade na região a barlavento. Acima de
6,9 m/s os movimentos começaram a ficar muito pronunciados e, por isto, foi decidida
a velocidade de 6,9 m/s como representativa, no sentido de prover informações sobre
a máxima interação das forças do vento com o modelo.
0,70 1,80
1,60
0,60
35 35 °
° 1,40 ° 35
° 35
0,50
1,20
11
Duração, s
0,40 11
Intervalo, s
1,00
0,30 0,80
0,60
0,20
0,40
0,10
0,20
0,00 0,00
0
4
9
13
18
22
26
31
35
40
44
48
0
3
7
10
14
17
21
24
27
31
34
38
41
45
48
Tempo, s Tempo, s
Tabela 10 - Deslocamentos radiais típicos da casca cilíndrica na região 255 < z < 300 mm, -
4,5º < θ < +4,5º, velocidade 6,9 m/s.
Pontos 1 2 3 4 5 6
Deslocamento, mm 6,0 5,5 5,0 5,2 2,8 2,8
P4 P5 P6 P4 P5 P6 P4 P5 P6
P1 P2 P3 P1 P2 P3 P1 P2 P3
6 CONCLUSÕES
0,7 para a relação 0,02.D. Para relações próximas a 0,08.D, os valores da NBR 6123
(1990) são mantidos. Para relações intermediárias os coeficientes podem ser
estimados por interpolação linear.
Tabela 11 - Distribuição Cpe para os silos cilíndricos de relação H/D = 0,5 e 1,0.
Coeficientes de pressão externa Cpe
Pressão dinâmica q à altura H b
θ Superfície Lisa Superfície com Colunas
0,5 1,0 0,5 1,0
H
0º 0,9 0,85 0,80 0,85
10º 0,8 0,8 0,75 0,7
20º 0,6 0,5 0,6 0,5
30º 0,3 0,2 0,4 0,2
D
35º 0,15 0 0 0
40º 0 -0,2 -0,3 -0,3
50º -0,4 -0,6 -0,5 -0,65
Vento
60º -0,75 -1,0 -0,7 -0,8 θ
70º -1,00 -1,3 -0,8 -0,9
80º -1,14 -1,5 -0,6 -0,7
90º -1,14 -1,5 -0,6 -0,6
100º -0,95 -1,3 -0,5 -0,5 D
110º -0,39 -1,0 -0,5 -0,5
120º -0,39 -0,6 -0,45 -0,5
140º -0,39 -0,5 -0,4 -0,5
160º -0,39 -0,5 -0,4 -0,5
180º -0,39 -0,5 -0,4 -0,5
Tabela 12 - Valores dos Ca para silos cilíndricos com relação H/D = 0,5 e 1,0.
Re H/D
Planta x 105
0,5 1,0
≤ 3,5 0,7 0,7
Liso
≥ 4,2 0,5 0,5
Com colunas de Todos
0,6 0,6
altura = 0,01D valores
Com colunas de Todos
Vento 0,7 0,7
D altura = 0,02D valores
Com colunas de Todos
0,8 0,8
altura = 0,08D valores
Figura 30 - Cpe para cobertura cônica lisa Figura 31 - Cpe para cobertura cônica
com 27º em silos com H/D=0,5. nervurada com 27º em silos com H/D=0,5.
Figura 32 - Cpe para cobertura cônica lisa Figura 33 - Cpe para cobertura cônica
com 27º em silos com H/D=1,0. nervurada com 27º em silos com H/D=1,0.
simulado no túnel de vento, mas as deflexões começaram a 5,6 m/s e, sem dúvida,
para 6,9 m/s os deslocamentos extrapolaram a capacidade da estrutura. A conclusão
é que o corpo do silo necessita de anéis de enrijecimento ao longo da altura.
Como uma sugestão preliminar para que a estrutura suporte maiores
velocidades do vento, fundamentada nos estudos de BRIASSOULIS & PECKNOLD
(1986) e na formulação teórica de BRUSH & ALMROTH (1975), sugere-se que sejam
conectados anéis de seção tubular para enrijecer o costado do silo.
Supondo-se que o silo esteja com colunas externas, mas não seja enrijecido
com anéis, estima-se que a perda de estabilidade ocorreria para uma pressão crítica
igual a 375 N/m2, que, nas condições de terreno estabelecidas para os protótipos,
equivale a Vo = 25 m/s. Rememorando-se que o modelo flexível desenvolve um
comportamento de deflexões máximas à velocidade de 6,9 m/s, o que dá 14 m/s em
escala real, ou 120 N/m2, considera-se que é preciso rever essa formulação. A título
de entendimento do efeito das colunas, caso fosse considerado o cilindro somente
com as chapas corrugadas, a pressão crítica seria igual a 314 N/m2. Caso as chapas
não fossem corrugadas, a pressão crítica no cilindro seria 6,5 N/m2.
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