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Cientes do sofrimento trazido quando impomos nossa visão aos outros, estamos
determinados a não forçar outros, nem mesmo nossos filhos, seja por que maneira for
— tais como autoridade, ameaça, dinheiro, propaganda ou doutrinamento — a adotar
nossas visões. Estamos comprometidos a respeitar os direitos dos outros de serem
diferentes, de escolherem em que acreditar e como decidir. Entretanto, iremos aprender
a ajudar os outros a se desapegar e transformar a visão limitada por meio de um discurso
amoroso e um diálogo compassivo.
Cientes de que olhar profundamente para nosso próprio sofrimento pode nos ajudar a
cultivar entendimento e compaixão, estamos determinados a voltar para nossa própria
casa, a reconhecer, aceitar, abraçar e ouvir nosso próprio sofrimento com a energia da
atenção plena. Faremos nosso melhor para não fugirmos de nosso próprio sofrimento ou
encobri-lo através do consumo mas sim praticar a respiração e a caminhada conscientes,
para observar profundamente as raízes do nosso sofrimento. Sabemos que só podemos
encontrar o caminho para a transformação do sofrimento quando entendemos as raízes
de sofrimento. Uma vez que entendamos as raízes do nosso próprio sofrimento, seremos
capazes de entender o sofrimento dos outros. Estamos comprometidos a encontrar
maneiras, incluindo contato pessoal ou usando telefone, meios eletrônicos, audiovisuais
e outros para estarmos com aqueles que sofrem, para que possamos ajudá-los a
transformar seus sofrimentos em compaixão, paz e alegria.
Cientes de que grandes violências e injustiças têm sido feitas ao nosso meio-ambiente e
sociedade, estamos comprometidos a não viver com uma vocação que é prejudicial aos
humanos ou à natureza. Daremos nosso melhor para escolher um estilo de vida que
contribua para o bem-estar de todas as espécies na Terra e ajude a realizar nosso ideal
de compreensão e compaixão. Cientes das realidades econômicas, políticas e sociais em
todo o mundo, assim como de nossas inter-relações com o ecossistema, estamos
determinados a nos comportar responsavelmente como consumidores e cidadãos. Não
investiremos nem compraremos de empresas que contribuam para o esgotamento dos
nossos recursos naturais, que prejudiquem a Terra ou que privem os outros de uma
chance de viver.
Cientes de que muito sofrimento é causado pela guerra e conflito, estamos determinados
a cultivar a não-violência, a compaixão e o insight do interser em nossas vidas diárias, e
a promover a paz, a educação, a meditação da atenção plena, e reconciliação em nossos
famílias, comunidades, grupos étnicos e religiosos, nações e no mundo. Estamos
comprometidos a não matar e a não deixar que outros matem. Não apoiaremos nenhum
ato de matança no mundo, em nosso pensamento ou em nosso modo de vida.
Praticaremos diligentemente o olhar profundo para nossa Sanga para descobrir melhores
maneiras de proteger a vida, prevenir a guerra e construir a paz.
Cientes de que o desejo sexual não é amor e que relações sexuais motivadas por desejo
não podem dissipar o sentimento de solidão mas que criam mais sofrimento, frustração
e isolamento, estamos determinados a não nos empenharmos em relações sexuais sem
mútuo entendimento, amor e um compromisso profundo de longo termo feito com
nossas famílias e amigos. Vendo que o corpo e a mente são um, estamos
comprometidos a aprender as maneiras apropriadas para cuidar de nossa energia sexual
e cultivar a bondade amorosa, compaixão, alegria e inclusão para nossa própria
felicidade e felicidade dos outros. Precisamos estar atentos ao sofrimento futuro que
pode ser causado por relações sexuais. Sabemos que para preservar a nossa própria
felicidade e a dos outros, precisamos respeitar os direitos e compromissos conosco e
com os outros. Faremos tudo que pudermos para proteger as crianças de abusos sexuais
e para proteger os casais e famílias de perderem-se em má conduta sexual. Trataremos
nossos corpos com compaixão e respeito. Estamos determinados a olhar profundamente
dentro dos Quatro Nutrimentos e a aprender maneiras de preservar e canalizar nossas
energias vitais (sexual, respiração, espírito) para a realização de nosso ideal bodisatva.
Seremos totalmente conscientes da responsabilidade de trazer novas vidas a este mundo
e meditaremos sobre seus ambientes futuros.
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Ciente do sofrimento causado pela destruição da vida, eu voto para cultivar a compaixão
e para aprender os caminhos que protejam a vida das pessoas, animais, plantas e
minerais. Estou determinado a não matar, nem deixar os outros matar, e não tolerar
qualquer ato de matança no mundo, no meu pensamento e no meu modo de vida.
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A Ordem dos Pacificadores Zen foi fundada por Bernie Glassman Roshi. Os
fundamentos abaixo são formalmente adotados pelo templo zen onde pratico, da Ordem
dos Hospitalários do Darma.
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1. Não saber, desistindo, portanto, de ideias fixas sobre mim mesmo e sobre o universo.
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1. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que reconhecem que eles não são separados
de tudo o que é. Esta é a prática de Não Matar. Eu não vou levar uma vida danosa nem
encorajar outros a fazê-lo, e abster-me-ei de matar seres vivos, vivendo assim em
harmonia com toda a vida e o meio ambiente que a sustenta.
2. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que estão satisfeitos com o que têm. Esta é
a prática de Não Roubar. Eu não vou tomar nada que não me foi dado, e livremente
darei, pedirei, e aceitarei o que for necessário.
3. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que se encontram com todas as criações
com respeito e dignidade. Esta é a prática de Conduta Casta. Vou dar e aceitar o amor e
a amizade sem manipulação ou apego.
4. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que escutam e falam com verdade e
compaixão. Esta é a prática da Não-Mentira. Direi a verdade como a percebo,
compassiva e construtivamente, a ninguém propositadamente enganando.
5. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que cultivam uma mente que vê
claramente. Esta é a prática de Não Ser Iludido. Vou abraçar diretamente toda a
experiência.
8. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que são generosos. Esta é a prática de Não
Ser Mesquinho. Não vou fomentar um espírito de pobreza em mim ou nos outros, e vou
usar todos os ingredientes da minha vida, dar o meu melhor esforço e aceitar o
resultado.
10. Pacificadores, por todo o espaço e tempo, que honram suas vidas como instrumentos
de pacificação. Esta é a prática de não Pensar Mal dos Três Refúgios. Eu reconheço que
eu e todos os seres somos expressões de unidade, diversidade e harmonia.