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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) França: → Incentivo dos estudos humanistas pelo rei História Francisco I; → Destaque do núcleo de imprensa de Lyon. Principais Centros Culturais de Produção e Difusão de Inglaterra: → Henrique VIII protegeu os humanistas; Sínteses e Inovações → Destacaram-se as universidades de Oxford e PRINCIPAIS CENTROS DE PRODUÇÃO E Cambridge; DIFUSÃODE SÍNTESES E INOVAÇÕES, NA → Relevo dos humanistas John Colet e Thomas EUROPA DOS SÉCULOS XV E XVI More. Península Ibérica: Península Ibérica (berço do Renascimento): → Existência de dois importantes focos de Florença: Humanismo: → Principal foco do Renascimento na segunda → Universidade de Alcalá de Henares (Madrid) metade do século XV; → Colégio das Artes e Humanidades (Coimbra – → Governação pela família Médicis, grande 1547). protetora das letras e das artes; → Local onde nasceram notáveis humanistas e O Cosmopolitismo das artistas (ex. Pico della Mirandola, Brunelleschi, Donatello, Miguel Ângelo, Botticelli, Leonardo Cidades Ibéricas: Importância da Vinci, etc.). de Lisboa e Sevilha Roma: → Grande polo cultural nos inícios do século XVI; Destaque das cidades Ibéricas de onde partiam → Mecenato era praticado pelos papas Júlio II e os navegadores para as descobertas e onde Leão X, que contrataram prestigiados artistas chegavam os navios que traziam mercadorias (como Rafael e Miguel Ângelo) para embelezar valiosas da África, Ásia e América (época do a capital da Cristandade. Renascimento – séculos XV e XVI) Veneza: LISBOA → Relevância no panorama cultural → Local de cruzamento de marinheiros, renascentista; soldados, mercadores e aventureiros de → Destaque dos pintores Bellini, Giorgione, diversas nacionalidades; Tintoretto, Veronese e Ticiano; → Grandes estaleiros da Ribeira das Naus; → Localização de famosas oficinas tipográficas, → Chegada de naus carregadas de inúmeras onde se imprimiram grandes obras do mercadorias: Renascimento. - especiarias (canela, pimenta, noz-moscada, Países Baixos: etc.), sedas, porcelanas, tapetes, âmbar, pérolas, → Desenvolvimento de uma pintura a óleo de rubis e diamantes, da Ásia (rota do Cabo); grande riqueza cromática e pormenor - ouro, marfim, malagueta e escravos, de África; descritivo (pintores Van Eyck, Van der Weiden - madeiras exóticas, açúcar e plantas tintureiras, e Van der Goes); do Brasil; prata e cobre, da Alemanha; → Naturalidade de Erasmo de Roterdão: filósofo - tecidos, de Itália, Flandres e Inglaterra; e moralista, considerado o melhor - trigo dos Açores e da Europa Oriental. representante do ideal humanista. Sacro Império Romano-Germânico → Instalação da alta administração do Reino e (Alemanha): do Ultramar; → Floresceu o Humanismo e do saber → Rei e corte permaneceram crescentemente renascentista nas universidades de em Lisboa; Heidelberg, Erfüt e Nuremberga; → D. Manuel I deu a iniciativa para a → Relevo dos centros de imprensa de Colónia e reconstrução urbanística (Paço da Ribeira, Basileia; Alfândega Nova, Armazém do Trigo, Casa dos → Grande desenvolvimento da pintura de Bicos, Arsenal, Hospital de Todos os Santos, retratos, efetuado por Albrecht Dürer e Hans Torre de Belém, Convento da Madre de Deus, Holbein. Mosteiro dos Jerónimos).
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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) SEVILHA CARTOGRAFIA Chegada de galeões com mercadorias valiosas: → Emenda de incorreções dos mapas do grego - ouro, prata, açúcar, couros e plantas tintureiras, Ptolomeu e da Idade Média; da América Central e do Sul (Carreira das Índias: → Conhecimento de novos mares e regiões; Sevilha-Vera Cruz, no México); → Aperfeiçoamento das distâncias e dos contornos de espaços terrestres e marítimos; - especiarias e pérolas, das Filipinas (rota de Manila). → Introdução de escalas de latitudes, de troncos de léguas e de iluminuras com informações Cidade de grandes contrastes: acerca dos povos, animais e plantas nos mapas; Fascinante → Qualidade dos cartógrafos (ex.: Pedro e - Riqueza arquitetónica dos seus edifícios Jorge Reinel, Lopo e Diogo Homem, Sebastião mouriscos, góticos e renascentistas (palácios, Lopes, Bartolomeu Velho, Fernão Vaz catedral, alcácer, etc.); Dourado e Luís Teixeira). - Luxo das vestes dos nobres e burgueses abastados; OBSERVAÇÃO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA - Sumptuosidade das festas, como as → Demonstração da esfericidade da Terra e da procissões da Paixão de Cristo e do Corpo de habitação das zonas equatoriais; Deus; → Aquisição de uma perceção mais correta dos - Fonte de inspiração para escritores e artistas, diferentes continentes e mares; (ex.: Baltasar Castiglione, Miguel Cervantes, etc.). → Explicação do funcionamento dos ventos e Assustadora correntes marítimas; - Frequentes cheias do rio Ebro; → Relato de informações sobre a natureza em - Fragilidade da sua ponte das barcas; obras geográficas, (ex.: “Roteiros”, de João de - Existência de lixeiras infetas; Castro); - Vivência de marginais (mendigos, delinquentes → Descrição pormenorizada das faunas e floras e prostitutas); da África, Ásia e América (conhecimento de - Crueldade dos autos de fé. novos animais – elefante, girafa, rinoceronte, etc. – plantas e frutos – milho, batata, feijão, tomate, O Contributo Português para ananás, banana, chocolate, café, tabaco, etc.); → Divulgação de dados sobre a botânica e a o Alargamento do farmacopeia orientais, (ex. a obra “Colóquios”, Conhecimento do Mundo de Garcia da Orta); → Ideias e conceitos dos sábios da Antiguidade Desenvolvimento de saberes técnicos e foram revistos e corrigidos, eram científicos devido aos Descobrimentos marítimos considerados, até aí, como verdades (séculos XV e XVI) indiscutíveis (ex.: a obra de Duarte Pacheco NÁUTICA Pereira, “Esmeraldo de Situ Orbis”); → Desenvolvimento da navegação à bolina → Construção de um novo tipo de saber: o (aproveitamento de ventos contrários) e da experiencialismo (forma de sabedoria baseada navegação de alto mar (sem avistar a terra). na experiência da vivência das coisas, através de → Inovações na construção naval: dados recolhidos pela constatação empírica dos - construção da caravela (rapidez, grande sentidos); manobrabilidade e capacidade de bolinar devido → Desenvolvimento do espírito crítico. às suas velas triangulares ou latinas); - posteriormente, construção da nau e do galeão (associação de velas latinas e quadrangulares ou redondas, resistência, capacidade de carga e equipamento com artilharia).
→ Criação da navegação astronómica
(orientação pela observação dos astros): simplificação do quadrante e do astrolábio, invenção da balestilha e uso de tábuas solares e de regimentos dos astros.
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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) A Matematização do Real e a A Ostentação das Elites Revolução das Conceções Cortesãs e Burguesas e o Cosmológicas Mecenato EUROPA NOS SÉCULOS XVI e XVII EUROPA DO RENASCIMENTO – VALORIZAÇÃO DO HOMEM E DA VIDA Atividade de navegadores, mercadores, banqueiros, funcionários, geógrafos, astrónomos, etc. + Trabalho de matemáticos como Pacioli, Cardano, Tartaglia, Pedro Nunes, etc. Elites sociais: cortesãs (nobres); burguesas.
Vivência rodeada de: luxo; conforto; beleza;
Progressos a nível da Matemática: sabedoria. Criação de uma mentalidade quantitativa → Ostentação de vestes luxuosas; (tentativa de tentar compreender todos os → Consumo de iguarias requintadas; domínios da vida em termos de números e de → Aquisição de obras de arte e de livros. quantidades). Criação de cortes (ex.: dos Médicis em Florença, Desenvolvimento do cálculo matemático + ou dos Duques de Urbino). experiencialismo: Acolhimento, financiamento e efetuação de Nicolau Copérnico encomendas a intelectuais e artistas: Negação da conceção do Universo de → Produção de: monumentos, esculturas, Aristóteles e da teoria geocêntrica de pinturas e livros. Ptolomeu: Cortes como focos de mecenato. → Terra imóvel no centro do Universo; → Rotação de todos os corpos celestes em → Símbolo da força criadora do Homem que torno da Terra, através de órbitas se eleva à perfeição divina através das obras perfeitamente circulares; de espírito. → Universo fechado (visão aristotélica). Ganho de prestígio dos intelectuais e artistas, Elaboração da teoria heliocêntrica (descrita (ex.: começam a assinar as suas obras). na obra “De revolutionibus orbitum coelestium” Palco de: festas, saraus e tertúlias. – 1543) Destaque do cortesão (descrição na obra “Cortesão”, de Baltasar Castiglione).
Revolução das conceções cosmológicas
Imagem ideal do homem do Renascimento:
Revolução coperniciana: Reconhecidos imediatamente pelo seu porte e
→ Fim do geocentrismo ptolemaico; linguagem corporal, na forma de: andar, → Substituição dos cosmos aristotélico cavalgar, gesticular e dançar: fechado pelo Universo infinito; Objetivo de ser uma figura que se aproximava de → Descrença no conhecimento científico dos uma obra de arte; sábios antigos e na Igreja Católica. Modelos de: talentos físicos e intelectuais; qualidades morais; boas maneiras; → Sol era o centro do Universo; → Todos os corpos celestes rodavam em torno Civilidade: Cumprimento de regras de do Sol, através do movimento de translação comportamento social: (responsável pelas estações do ano); Refeições; linguagem; cumprimentos; higiene. → Os corpos celestes giravam também em torno do seu próprio centro, num movimento de rotação (responsável pela sucessão dos dias e das noites).
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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) Os Humanistas e a Os Humanistas: Afirmação Valorização da Antiguidade das Línguas Nacionais, Clássica Individualismo e EUROPA DO RENASCIMENTO Racionalidade Aparecimento dos humanistas* EUROPA DO RENASCIMENTO Humanistas
→ Defesa de que o Homem é um ser bom e
responsável, inclinado para o bem e a Imitação dos autores greco-latinos: perfeição; → Influência do estilo dos autores clássicos; → Único ser dotado de razão e, por isso, o único → Prática dos mesmo géneros literários dos a poder construir o seu destino (livre-arbítrio). autores greco-romanos (ode, elegia, epístola, sátira, epopeia, tragédia e História); → Seguimento de temas semelhantes aos Antropocentrismo* usados na Antiguidade (ex.: Mitologia). Paixão pela Antiguidade Clássica – admiração pelos autores clássicos (Homero, Platão, Aristóteles, Heródoto, Tucídides, Demóstenes, Obras portuguesas, inspirados nos estilos e Vigílio, Horácio, Cícero, Séneca, Tito Lívio, etc.) géneros clássicos: cujas obras continham as verdadeiras sabedoria e → “Os Lusíadas” de Camões: glorificação dos beleza. feitos heroicos dos Portugueses (semelhante à “Eneida” de Virgílio, relativa ao povo romano); Procura, leitura e tradução de manuscritos → “Castro” de António Ferreira: sob a forma de antigos e da Bíblia: tragédia clássica. → Aperfeiçoamento do latim; → Aprendizagem do grego e do hebraico. Afirmação das línguas nacionais → Definição de regras gramaticais mais precisas; Ensino, nos colégios, dos “studia humanitatis” ou → Uniformização ortográfica; humanidades. → Enriquecimento do vocabulário. Composição pelas áreas de estudo fundamentais Maquiavel (Itália); Camões (Portugal); Cervantes para a formação moral do ser humano: (Espanha); Shakespeare (Inglaterra); Rebelais e → Latim, grego e hebraico; Montaigne (França). → Literatura, em prosa e poesia; Consciência da modernidade: estudo dos → História e Filosofia. clássicos, não como um fim, mas antes como um Prática do mecenato. instrumento de formação, que possibilite ao Invenção da imprensa. individuo o desenvolvimento das suas capacidades intelectuais e morais e o auxilie a Renascimento das letras antigas, dos valores conhecer-se a si próprio e ao mundo. antropocêntricos e da preza da mensagem bíblica. Valorização da racionalidade humana: → Afirmação e distinção do individuo através da *Humanistas – intelectuais do Renascimento que Razão; se esforçam por fazer renascer as línguas e as → Uso do espírito crítico: letras, através da poesia, História, filosofia, Crítica social retórica, teatro, da Antiguidade Clássica, procurando articular o legado greco-romano com Denúncia de comportamento indignos – “Elogio os valores morais do cristianismo. da Loucura”, de Erasmo de Roterdão. Imaginação de sociedades ideais (utopias) – *Antropocentrismo – concessão segundo a qual “Utopia”, de Thomas More. o Homem deve estar no centro do Universo e das preocupações do próprio Homem (o ser mais → Atenção ao mundo que os rodeava; perfeito da Criação que possui um poder ilimitado → Tentativa de melhorar e aperfeiçoar o mundo. de descoberta e transformação).
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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) A Arte Renascentista: Características → Classicismo; Imitação e Superação dos → Naturalismo, representação de paisagens Modelos da Antiguidade (graças ao estudo das leis da natureza), representava-se a espontaneidade das PENINSULA ITÁLICA – SÉCULO XV feições e gestos das pessoas retratadas, as Desenvolvimento da arte renascentista pinturas possuíam ainda um grande rigor anatómico (resultante dos conhecimentos Características essenciais: obtidos através do estudo de cadáveres); Classicismo – tendência estética, → Racionalismo; característica do Renascimento, que → Expressão de sentimentos e estados de considera os valores clássicos gregos e alma; latinos (nas artes e na literatura) como → Proporção e harmonia. modelos a seguir. Temas → Religião cristã; Recusa da mera imitação dos modelos da → Mitologia greco-romana; Antiguidade greco-latina, deste modo, surgiu, → Retrato; por meio dos artistas renascentistas. → Nu; → Natureza. Artistas → Invenção da pintura a óleo; → Masaccio; → Descoberta da perspetiva; → Sandro Botticelli; → Fusão das influências clássicas com as → Leonardo da Vinci; tradições artísticas nacionais. → Miguel Ângelo; Artistas do Renascimento → Rafael; → Giorgione; Naturalismo – teoria e atitude filosófica que → Ticiano. valoriza a observação, a imitação e o estudo da natureza. A Escultura Renascentista ESCULTURA DO RENASCIMENTO Representações fies de seres humanos, animais Inovações e paisagens. → Utilização de modelos vivos; → Uso de uma nova metodologia: -esboço; Revolução na arte -modelo reduzido; -obra final. A Pintura Renascentista → Emprego das regras da perspetiva; PINTURA DO RENASCIMENTO → Autonomização da escultura em relação à arquitetura; Inovações → Valorização da escultura de vulto redondo. → Introdução da pintura a óleo que permitiu a obtenção de cores mais brilhantes e com Características grande número de matizes, bem como a → Humanismo: representação pormenorizada de efeitos de - representação da figura humana (destaque para luz e sombra; o nu); → Uso da perspetiva rigorosa e científica, - exaltação das capacidades, feitos e memórias dividida em perspetiva linear e perspetiva do ser humano (retratos, estátuas equestres e aérea ou “sfumato”; esculturas tumulares); → Geometrização, composição das pinturas → Naturalismo: recorrendo a formas geométricas, sobretudo - grande rigor anatómico (ex: representação dos com a composição piramidal; músculos e das veias); → Invenção dos cavaletes e telas que facilitaram - expressões fisionómicas (reveladoras das a realização das pinturas. personalidades);
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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) - espontaneidade e ondulação das linhas (curvas - recuperação das linhas e ângulos retos da e sinuosas); arquitetura clássica e da horizontalidade dos → Racionalismo e equilíbrio: edifícios; - aplicação das regras da Matemática, da - aplicação da perspetiva linear, do ponto de vista Geometria e da perspetiva; do observador; - composição geométrica, principalmente em - uso das abóbadas de berço e de arestas: pirâmide; visualmente mais simples e tecnicamente mais → Perfeição técnica: fáceis de executar; - domínio da técnica da perspetiva; - recurso à cúpula como símbolo do Universo - domínio de vários materiais: pedra (sobretudo (inspirada na cúpula do Panteão em Roma) para mármore), bronze, madeira e terracota (argila). coroar quase todas as igrejas; - emprego do arco de volta perfeita (de forma Temas geométrica mais simples e fácil de conjugar com o → Religião cristã; resto da construção; → Mitologia greco-romana; → Adoção da gramática decorativa greco- → Retrato; romana: → Nu. - colunas das ordens clássicas (dórica, jónica, coríntia, toscana e compósita) e criação da ordem Obras artísticas colossal (ou gigante); → Relevos: baixos; médios; altos. - frontões triangulares nas fachadas e no cimo → Estatuária: das janelas; -bustos; - ornamentação parietal com relevos e pinturas. -estátuas pedestres; -estátuas equestres; Obras -estátuas jacentes (esculturas tumulares); Arquitetura religiosa: -grupos escultóricos; → Capelas, igrejas, catedrais, etc.) -estatuetas. Arquitetura civil: Artistas → Palácios (com três pisos e pátio interior); → Lorenzo Ghiberti; → “Villae” (no plural – “villa”, no singular) → Donato Donatello; rodeadas de jardins. → Jacobo della Quercia; Artistas → Bernardo Rosselino; → Brunelleschi; → Andrea Verrocchio; → Alberti; → António Pollaiuolo; → Bramante; → Miguel Ângelo Buonarroti. → Andrea Palladio; A Arquitetura Renascentista → Miguel Ângelo; → Leonardo da Vinci. Características → Racionalismo/simplificação (das estruturas principalmente): - simetria absoluta (nas fachadas e nos tamanhos e intervalos das portas e janelas); - matematização do espaço arquitetónico a partir de múltiplos de uma unidade-padrão (o módulo); - relações proporcionais entre as medidas principais do edifício (altura, largura e profundidade ou comprimento) e entre as diversas partes do mesmo; - preferência pela planta centrada: circular (figura geométrica mais simétrica e perfeita e, por isso, símbolo da perfeição divina) ou com forma derivada daquela (octogonal, hexagonal e quadrada); - edifícios com volumes em forma de cubos ou paralelepípedos;
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Downloaded by: catarina-trindade-3 (trindadecatarina1985@gmail.com) O Gótico-Manuelino A Arte Renascentista em PORTUGAL (finais do século XV até ao 1.º quartel Portugal do século XVI) + DESCOBERTAS MARÍTIMAS ARQUITETURA Afluência de riquezas ultramarinas: Características: Desenvolvimento do gótico-manuelino → Classicismo (inspiração no racionalismo, (arquitetura e decoração arquitetónica do gótico pureza e simplicidade das linhas clássicas); final em Portugal). → Uso das colunas das ordens clássicas; → Utilização de frontões triangulares; → Emprego das abóbadas de berço e das Mistura de elementos de várias proveniências coberturas de madeira; (gótico flamejante, plateresco, arte mudéjar, → Simplificação das nervuras das abóbadas; naturalismo, etc.) → Uso da planta centrada; → Expensão do modelo da igreja-salão. → Manutenção da estrutura de edifícios góticos; Monumentos: → Uso de colunas torsas (ou salomónicas ou → Arquitetura religiosa: Igreja de N. Sr.ª da espiraladas); Graça (Évora), Ermida de N. Sr.ª da Conceição → Associação dos arcos ogivais com vários (Tomar) e claustro de D. João III no Convento tipos de outros arcos (de volta perfeita, de Cristo (Tomar); canopiais, abatidos, de ferradura, trilobados e → Arquitetura civil: Casa dos Bicos (Lisboa), polilobados); Palácio da Quinta da Bacalhoa (Azeitão). → Utilização de abóbadas rebaixadas e únicas Artistas: para as três naves (criação da igreja-salão); → Diogo de Castilho; → Existência de redes de nervuras nas → João de Castilho; abóbadas; → Miguel Arruda; → Decoração exuberante: - motivos naturalistas terrestres e marítimos → Diogo de Torralva. (troncos, ramagens, flores, conchas, algas, corais, PINTURA boias, cordas, etc.); - símbolos ligados à heráldica da Coroa Características: portuguesa (escudo real, esfera armilar, cruz de → Introdução de técnicas renascentistas graças Cristo); aos contactos mantidos com artistas de Itália, - símbolos cristãos (instrumentos da paixão de Flandres e Alemanha; Cristo e as próprias conchas). → Criação de escolas ou oficinas de pintura em diversas localidades (Coimbra, Lisboa, Évora e Viseu). Monumentos: Artistas: Arquitetura religiosa – Igreja do Mosteiro dos Grão-Vasco (Vasco Fernandes); Gregório Lopes; Jerónimos, janela da Sala do Capítulo no Nuno Gonçalves. Convento de Cristo (Tomar), pórtico das Capelas Imperfeitas no Mosteiro da Batalha, Convento de ESCULTURA Jesus (Setúbal) e Sé de Viseu. Características: Arquitetura civil – Paços régios, solares nobres, → Fusão do gótico, do manuelino e do fortalezas (ex.: Torre de Belém). classicismo; → Execução de relevos e estatuária em túmulos, portais, altares, púlpitos e pias batismais; Artistas: Portugueses: Diogo Pires, o Velho; Diogo Pires, o Moço; João de Castilho; Diogo de Arruda. Franceses (a trabalhar em Portugal): Nicolau Chanterenne; João de Ruão; Filipe Hodarte.
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