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FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA
Ilha Solteira
2022
Campus de Ilha Solteira
Nome do orientador
Prof. Dr. Guilherme de Azevedo e Melo
Ilha Solteira
2022
Bertolucci Modelagem e Simulação
Ilha
deSolteira2022
Controle Escalar de
80Velocidade
Simde um Motor
Trabalho
de Indução
deEngenharia
conclusão
Trifásico
Engenharia
de
Elétrica
curso Não
Elétrica, Eletrônica d
FICHA CATALOGRÁFICA
Desenvolvido pelo Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação
In the work, a literature review was done about the dynamic model of the three-phase
induction motor electric circuit, including basic inverters and some pulse width
modulation techniques for speed control. More specifically on the scalar control
method and the techniques of sinusoidal PWM and Third Harmonic Injection PWM
(THIPWM). The machine model was simulated in MATLAB Simulink software where
the motor parameters were collected from a real machine datasheet, providing
comparative performance from the manufacturer graphical tests. Next, the studied
models, of the machine and the converter with scalar control loop, were also
reproduced in the MATLAB Simulink software, where simulations were performed to
verify the responses of the control exerted on the motor. Finally, the performance of
the motor driven by the inverter was analyzed and compared between the two
different studieded PWM modulation techniques.
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
DC Direct Current
FFT Fast Fourrier Transform
IEC International Electrotechnical Commission
MIT Motor de Indução Trifásico
PWM Pulse Width Modulation
THD Total Harmonic Distortion
THIPWM Third Harmonic Injection Pulse Width Modulation
UNESP Universidade Estadual Paulista
IGBT Insulated Gate Bipolar Transistor
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ 5
ABSTRACT ........................................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 8
LISTA DE TABELAS........................................................................................................... 10
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .............................................................................. 11
SUMÁRIO............................................................................................................................ 12
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 13
2 MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO ................................................................................. 15
2.1 Princípio de Funcionamento .......................................................................................... 16
2.2 Conjugado ..................................................................................................................... 19
2.3 Potência ......................................................................................................................... 19
2.4 Circuito Equivalente em Regime Permanente ................................................................ 21
2.5 Transformadas de Clarke e de Park............................................................................... 22
2.6 Modelo Dinâmico da Máquina Assíncrona ..................................................................... 26
3 CONVERSOR DE FREQUÊNCIA .................................................................................... 30
3.1 Estrutura ........................................................................................................................ 31
3.2 Modulação por Largura de Pulso Senoidal..................................................................... 32
3.3 THIPWM ........................................................................................................................ 35
4 CONTROLE ESCALAR.................................................................................................... 38
4.1 Controle Escalar em Malha Aberta ................................................................................ 40
4.2 Controle Escalar com Regulagem de Escorregamento .................................................. 41
5 METODOLOGIA ............................................................................................................... 42
5.1 Desenvolvimento Matemático do Motor de Indução Trifásico ........................................ 42
5.2 Transformação das Tensões de Alimentação do Modelo ............................................... 43
5.2.1 Aplicando as Transformadas de Clarke e de Park.............................................................. 43
5.3 Transformações das Correntes ...................................................................................... 45
6 MODELAGEM E SIMULAÇÕES ...................................................................................... 47
6.1 Modelagem MIT ............................................................................................................. 47
6.2 Simulação MIT com Alimentação Trifásica Senoidal ...................................................... 51
6.3 Modelagem Conversor de Frequência ........................................................................... 56
6.4 Simulação MIT Alimentado por Conversor de Frequência ............................................. 63
6.5 Comparação Entre PWM Senoidal e THIPWM .............................................................. 65
7 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 78
13
1 INTRODUÇÃO
por mais de 40% do consumo global de energia (WAIDE, 2011). Portanto, a busca
por sistemas de acionamento eficientes tornou-se uma tendência global.
Sendo assim, com o propósito de aprendizagem, a proposta deste trabalho
recai sobre a modelagem de uma máquina de indução trifásica sensível a respostas
transitórias e de um conversor de frequência, assim como a simulação dos dois
modelos acoplados e operando sob o comando de um controle para máquina de
corrente alternada, além de se estudar e comparar os efeitos das técnicas de
modulação PWM senoidal e THIPWM.
15
1) carcaça;
2) núcleo de chapas;
4) tampa do motor;
6) tampa defletora;
8) enrolamento trifásico, composto por três conjuntos iguais de bobinas, uma
para cada fase, formando um sistema trifásico, por onde ocorre a energização
da máquina;
9) caixa de ligação;
10) terminais.
16
O rotor trata-se da estrutura que gira em torno de seu próprio eixo, produzindo
movimento de rotação. No rotor é produzida a corrente que interage com o fluxo.
Dentre as partes do rotor, destacadas na Figura 1, tem-se:
3) núcleo de chapas;
5) ventilador;
7) eixo, transmite a energia mecânica desenvolvida pelo motor;
11) rolamentos;
12) barras e anéis de curto-circuito.
𝜔 = 2𝜋𝑓, (7)
sendo:
𝜔 a velocidade de rotação do campo girante, também chamada de
velocidade síncrona, em rad/s;
f a frequência, em Hz, das correntes alternadas que o cria.
60
𝑛 = .𝜔 , (8)
2𝜋
120𝑓
𝑛 = , (9)
𝑝
O campo girante induz tensão e corrente nas bobinas do rotor, que por sua
vez geram um campo magnético, também girante, que tende a acompanhar a
rotação do campo do estator. A interação entre os dois campos magnéticos, gera
torque. Como o eixo do rotor é móvel, o torque faz com que o rotor gire.
19
2.2 Conjugado
Figura 5 - Conjugado
O conjugado pode ser calculado de acordo com (10) a seguir (WEG, 2021).
𝐶 = 𝐹. 𝑑, (10)
sendo:
C o conjugado ou torque, em N.m;
d o diâmetro do eixo em m;
F a força em N.
2.3 Potência
𝑇𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝐹. 𝑑
𝑃= = , (11)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡
sendo:
P a potência em W;
t o tempo em s.
20
𝑃 = 𝑇 . 𝜔, (12)
sendo:
T o torque em N.m;
𝜔 a velocidade angular em rad/s.
𝑃 = 𝑇 .𝜔 , (13)
(𝜔 − 𝜔 )
𝑠= . (14)
𝜔
𝜔 = 𝜔 (1 − 𝑠). (15)
𝑛 = 𝑛 (1 − 𝑠). (16)
120𝑓(1 − 𝑠)
𝑛 = . (17)
𝑝
𝑃 = √3 . 𝑈 . 𝐼 . cos 𝜑, (18)
21
sendo:
𝑈 o valor eficaz da tensão de linha, em V;
𝐼 o valor da corrente eficaz na linha, em A;
𝜑 a defasagem angular entre as formas de onda de tensão e corrente.
𝑃
𝜂= . (19)
𝑃
Sendo:
𝑉 a tensão de fase;
𝑅 a resistência estatórica;
𝑋 a reatância do estator;
𝑅 a resistência que representa as perdas no núcleo;
𝑋 a reatância de magnetização;
𝑅 a resistência rotórica referida ao estator;
22
𝐸 𝐸
𝐸 = [𝐴] . 𝐸 .
𝐸 (20)
𝐸
O termo E0 foi definido para que a expressão possa ser invertida. Para
sistemas trifásicos, simétricos e equilibrados, este termo se anula. A matriz [A]-1
define a transformação trifásica-bifásica e é dada por (21).
1 1 1
⎡ ⎤
⎢√2 √2 √2 ⎥
2 ⎢ 1 1⎥
[𝐴] = .⎢ 1 − − ⎥.
3 2 2 (21)
⎢ ⎥
⎢ √3 √3⎥
⎣0 2
− ⎦
2
2 1 1
𝐸 = . 𝐸 − .𝐸 − .𝐸 , (22)
3 2 2
2 √3 √3
𝐸 = . .𝐸 − .𝐸 . (23)
3 2 2
𝐸 𝐸
𝐸 = [𝐴] . 𝐸 , (24)
𝐸 𝐸
⎡1 2 ⎤
⎢ 0 ⎥
3
⎢√3 ⎥
[𝐴] = ⎢ 1 1 1 ⎥.
⎢ − ⎥ (25)
⎢√3 √6 √2 ⎥
⎢1 − 1 − 1⎥
⎣√3 √6 √2⎦
24
𝜃= 𝜔. 𝑑𝑡 + 𝜃(0). (30)
𝑓 𝑓
𝑓 = [𝐾 ] . 𝑓 , (31)
𝑓 𝑓
2𝜋 2𝜋
⎡cos 𝜃 cos 𝜃 − cos 𝜃 + ⎤
3 3
2⎢ 2𝜋 2𝜋
⎥
[𝐾 ] = ⎢sen 𝜃 sen 𝜃 − sen 𝜃 + ⎥.
3⎢ 3 3 ⎥ (32)
⎢ 1 1 1 ⎥
⎣ 2 2 2 ⎦
𝑓 = [𝐾 ] . 𝑓 , (33)
sendo:
𝑓 = [𝑓 𝑓 𝑓 ] ;
𝑓 = 𝑓 𝑓 𝑓 .
𝑓 = [𝐾 ] .𝑓 , (34)
cos 𝜃 sen 𝜃 1
⎡ 2𝜋 2𝜋 ⎤
⎢cos 𝜃 − sen 𝜃 − 1⎥ (35)
[𝐾 ] = ⎢ 3 3 ⎥.
⎢ 2𝜋 2𝜋 ⎥
⎣cos 𝜃 + 3 sen 𝜃 +
3
1⎦
𝑑𝜆
𝑣 = 𝑅 .𝑖 + , (36)
𝑑𝑡
𝑑𝜆
𝑣 = 𝑅 .𝑖 + , (37)
𝑑𝑡
sendo:
𝑣 = [𝑣 𝑣 𝑣 ] o vetor de tensões de fase;
𝑖 = [𝑖 𝑖 𝑖 ] o vetor de correntes de fase;
𝜆 = [𝜆 𝜆 𝜆 ] o vetor de fluxos magnéticos em cada fase;
R uma matriz diagonal 3x3 com as resistências do circuito (rotor ou estator);
O sub-índice s indica que a variável é referente ao estator e o sub-índice r
refere-se ao rotor.
27
𝑁
𝑣′ = .𝑣 , (38)
𝑁
𝑁
𝑖′ = .𝑖 , (39)
𝑁
𝑁
𝜆′ = .𝜆 , (40)
𝑁
𝑑𝜆′
𝑣′ = 𝑅 . 𝑖′ + , (41)
𝑑𝑡
sendo:
Ns o número de espiras das bobinas do estator;
Nr o número de espiras das bobinas do rotor;
O índice ‘ indica que a variável do rotor está referida ao estator.
Seja:
Lls a indutância de dispersão do circuito do estator, por fase;
Lms a indutância de magnetização da máquina, por fase, referida ao
estator;
L’lr a indutância de dispersão do circuito do rotor, por fase, referida ao
estator.
𝜆 = 𝐿 .𝑖 +𝐿 . 𝑖 + 𝑖′ , (46)
𝜆 = 𝐿 .𝑖 + 𝐿 . (𝑖 + 𝑖′ ), (47)
𝜆′ = 𝐿′ . 𝑖′ +𝐿 . 𝑖 + 𝑖′ , (48)
𝜆′ = 𝐿′ . 𝑖′ + 𝐿 . (𝑖 + 𝑖′ ), (49)
sendo 𝐿 = (3/2)𝐿 .
Deste modo, é possível se estabelecer um novo modelo com resposta
dinâmica. Tomando-se a velocidade arbitrária como sendo a velocidade síncrona 𝜔 ,
tem-se o novo modelo dinâmico da máquina assíncrona, para um MIT gaiola de
esquilo, representado na Figura 9.
Figura 9 - Modelo qd de uma máquina de indução na referência de rotação síncrona (a) eixo-d (b)
eixo-q
3 𝑝
𝑇 = . .𝐿 . 𝜆 .𝑖 −𝜆 .𝑖 . (50)
2 2
𝑑𝜔
𝑇 = 𝑇 +𝐽. , (51)
𝑑𝑡
sendo:
TL o torque resistivo imposto pela carga acoplada ao eixo do motor;
J o momento de inércia da máquina.
𝑇 −𝑇
𝜔 = 𝑑𝑡. (52)
𝐽
3 CONVERSOR DE FREQUÊNCIA
3.1 Estrutura
Na Figura 12 são representadas com mais detalhes, cada uma das estruturas
das etapas de conversão, onde pode ser verificada uma indutância no circuito CC
intermediário, aqui referido como Link DC. O indutor tem a função de reduzir o
conteúdo harmônico da corrente e aumentar o fator de potência do equipamento
(WEG, 2021), com a vantagem de não introduzir queda de tensão. Contudo, deve-se
atentar à impedância da rede para que esta não venha a entrar em ressonância com
a impedância do Link DC.
O principal intuito do conversor é variar a velocidade do motor que está
acionando. Como abordado em (17), a velocidade de rotação do motor é função do
número de pólos da máquina, do escorregamento e da frequência de alimentação.
Como o número de pólos é uma característica construtiva do MIT e o
32
A comparação resulta em sinal com nível lógico alto quando o valor da onda
modulante é superior ao valor da portadora e, quando valor da onda portadora for
superior, a comparação resulta em nível lógico baixo. Na Figura 14 é ilustrado o
princípio da PWM Senoidal.
𝑉
𝑚= , (53)
𝑉
sendo:
m o índice de modulação;
Vm a amplitude da onda modulante;
Vc a amplitude da onda portadora.
Figura 15 - Tensão e corrente nos terminais do motor quando alimentado com tensão PWM
Essa técnica permite entregar ao motor uma corrente com forma de onda
semelhante a uma senoide. Quanto maior for a frequência de chaveamento fc,
35
menos ruidosa e mais próxima de uma senoide será a forma de onda da corrente
(FRANCHI, 2009). Assim, o conversor permite a geração de campos magnéticos nos
enrolamentos da máquina, que interagem entre si, produzindo torque, como
discutido no Capítulo 2.
Com o avanço da eletrônica de potência, outras técnicas de modulação por
largura de pulso (PWM) foram desenvolvidas, dentre elas pode-se citar a THIPWM
(Third Harmonic Injection PWM) e SVPWM (Space Vector PWM). No presente
trabalho faz-se uso das técnicas de PWM senoidal e THIPWM.
3.3 THIPWM
1
𝑣 = 1,15 . sen(𝜔𝑡) + . sen(3𝜔𝑡),
6
2𝜋 1
𝑣 = 1,15 . sen 𝜔𝑡 − + . sen(3𝜔𝑡), (55)
3 6
2𝜋 1
𝑣 = 1,15 . sen 𝜔𝑡 + + . sen(3𝜔𝑡).
3 6
4 CONTROLE ESCALAR
𝐿 = 𝐿 + 𝐿′ . (56)
Fonte: TI (2013)
𝜑 𝑉
𝐼 = = . (57)
𝐿 2𝜋𝑓𝐿
Fonte: TI (2013)
5 METODOLOGIA
𝜆 = (𝑣 − 𝑅 ⋅ 𝑖 − 𝜔 ⋅ 𝜆 )𝑑𝑡. (58)
𝜆 = (𝑣 −𝑅 ⋅𝑖 + 𝜔 ⋅ 𝜆 )𝑑𝑡. (59)
Na Equação 44, uma vez que o motor com rotor de gaiola de esquilo possui
seu rotor curto-circuitado, pode-se zerar o termo v’qr (BARBI, 2015). Anulando a
tensão v’qr e isolando o termo 𝜆’qr, obtém-se (60).
𝜆′ = −𝑅 ⋅ 𝑖 + (𝜔 − 𝜔 ) ⋅ 𝜆 𝑑𝑡. (61)
43
Reorganizando (46) – (49), pode-se isolar as correntes iqs, ids, i’qr e i’dr de
acordo com (62) – (65), respectivamente.
𝜆 − 𝐿 . 𝑖′
𝑖 = , (62)
𝐿 +𝐿
𝜆 − 𝐿 .𝑖
𝑖 = , (63)
𝐿 +𝐿
𝜆′ − 𝐿 .𝑖
𝑖′ = , (64)
𝐿′ + 𝐿
𝜆′ −𝐿 .𝑖
𝑖′ = . (65)
𝐿′ + 𝐿
2 1 1
𝑣 = 𝑣 − 𝑣 − 𝑣 . (66)
3 2 2
2 √3 √3
𝑣 = 𝑣 − 𝑣 . (67)
3 2 2
Assim, com (66) e (67), tem-se v𝛼 e v𝛽 escritas em função das tensões de fase
va, vb e vc.
Em seguida, deve-se aplicar a Transformada de Park no sistema estático
bifásico de tensões v𝛂 e v𝝱 para obter as referências arbitrárias girantes. Sejam vqs e
vds as tensões bifásicas na nova referência que giram com velocidade angular ⍵. Na
Figura 23 é mostrada a transformação.
Agora basta aplicar (26) e (27) para realizar a Transformada de Park, para se
obter as tensões vqs e vds a partir de v𝛼 e v𝛽, como indicado em (68) e (69)
respectivamente.
2
𝑖 = .𝑖 , (72)
3
2 √3 1
𝑖 = . .𝑖 − .𝑖 , (73)
3 2 2
2 √3 1
𝑖 =− . .𝑖 + .𝑖 . (74)
3 2 2
6 MODELAGEM E SIMULAÇÕES
Dentro do bloco “Modelo MIT”, ilustrado na Figura 24, existem quatro outros
sub-blocos. Na Figura 25 é ilustrada uma visão geral dos componentes do bloco
“Modelo MIT”.
Parâmetro Valor
Potência nominal (Pn) 1,5kW
Número de pólos (p) 2
Frequência nominal (f) 60Hz
Tensão nominal de linha (Vn) 440V
Corrente nominal de linha (In) 2,81A
Velocidade nominal (𝜔n) 3455rpm
Escorregamento (s) 4,03%
Torque nominal (Tn) 4,15N.m
Momento de inércia (J) 0,0010kgm²
Eficiência à plena carga (ɳ) 85,50%
Fator de potência à plena carga (fp) 0,82
Resistência estatórica (Rs) 11,0716Ω
Resistência rotórica referida ao estator (Rr’) 8,7736Ω
Indutância de dispersão do estator (Ls) 39,33mH
Indutância de dispersão do rotor referida ao estator (Llr’) 64,45mH
Indutância de magnetização (Lm) 1,36H
Parâmetro Valor
Resistência estatórica (Rs) 14,0152Ω
Resistência rotórica referida ao estator (Rr’) 12,8740Ω
Indutância de dispersão do estator (Ls) 30,50mH
Indutância de dispersão do rotor referida ao estator (Llr’) 18,90mH
Indutância de magnetização (Lm) 1,88H
Torque de rotor bloqueado 375%
Corrente de rotor bloqueado 21,90A
Figura 32 - Sinais captados de tensões (a), correntes (b), torques (c) e velocidade angular do rotor (d)
com parâmetros nominais
(a)
(b)
(c)
(d)
Fonte: Elaboração do próprio autor
55
|2,92 − 2,81|
𝐸%= . 100 = 3,91%. (75)
2,81
|3379 − 3600|
𝑠 = . 100 = 6,14%. (76)
3600
|3379 − 3455|
𝐸 %= . 100 = 2,20%. (77)
3455
|19,4 − 21,9|
𝐸 %= . 100 = 10,96%. (78)
21,9
56
Figura 33 - Sinais captados de correntes de linha (a) e torques (b) com rotor bloqueado
(a)
(b)
Fonte: Elaboração do próprio autor.
𝑉 𝑉 . √2 440. √2
= = , (80)
2 2 2
Os comandos S1, S2, S3, S4, S5 e S6, que controlam o chaveamento dos
semicondutores, são gerados a partir da modulação PWM senoidal. A amplitude das
ondas modulantes, bem como suas frequências, são resultantes de uma malha de
controle escalar com realimentação de velocidade. Buscou-se reproduzir a malha de
controle escalar fechada da Figura 21, com uma adaptação: a velocidade do rotor,
no modelo desenvolvido, é uma estimação proveniente de cálculos, e não
efetivamente medida por um sensor. Uma visão geral da malha de controle
elaborada e a geração de sinais PWM está disponível na Figura 35.
58
1 1
G= = . (82)
𝑤𝑒 2𝜋60
1
𝑉 = 𝑤𝑒 ∗ ∙ , se 𝑤𝑒 ∗ > 𝑉 ;
2𝜋60 (83)
1 ∗
𝑉 =𝑉 ∙ , se 𝑤𝑒 > 𝑉 .
2𝜋60
𝑣 = 𝑉 ∙ sen 𝜃 ,
2𝜋
𝑣 = 𝑉 ∙ sen 𝜃 − ,
3 (84)
2𝜋
𝑣 = 𝑉 ∙ sen 𝜃 + .
3
Figura 34, que por sua vez produz a tensão de fase va que alimenta o modelo do
MIT. A comparação entre a portadora e vmb gera os comandos S3 e S6,
responsáveis por controlar a perna central do conversor, que produz a tensão vb. E a
comparação entre a portadora e vmc gera os comandos S5 e S2, responsáveis por
controlar a última perna do conversor, que produz a tensão de fase vc.
Na Figura 39 são mostradas as formas de onda de vma em conjunto com a
onda portadora e os sinais S1 e S4 gerados para um índice de modulação m=1.
Figura 41 - Formas de onda Va e Vab (a) e valor RMS (b) para m=1
(a)
(b)
Fonte: Elaboração do próprio autor
63
Com essa configuração, partiu-se o MIT com 20% de sua carga nominal e
após 0,6s aplicou-se a carga nominal no eixo. Ao mesmo tempo foi aplicada uma
rampa de aceleração, que parte com velocidade de referência wref≅132rad/s e
atinge a velocidade síncrona em t=2s. Então, após o motor atingir sua velocidade de
rotação igual a velocidade síncrona, com sua carga nominal, variou-se a velocidade
de referência para testar a resposta da malha de controle. As formas de onda das
64
Figura 43 - Simulação modelo MIT alimentado por conversor - Formas de onda: velocidades (a),
torques (b) e correntes (c)
(a)
(b)
(c)
Fonte: Elaboração do próprio autor
65
Figura 44 - Correntes
Uma visão mais detalhada do bloco “THIPWM” está disponível na Figura 46.
67
𝑣 ′ = 𝑉 ∙ sen 𝜃 + 𝐾 ∙ sen(3𝜃) ,
2𝜋
𝑣 ′ = 𝑉 ∙ sen 𝜃 − + 𝐾 ∙ sen(3𝜃) ,
3 (85)
2𝜋
𝑣 ′ = 𝑉 ∙ sen 𝜃 + + 𝐾 ∙ sen(3𝜃).
3
Figura 47 - Onda modulante Vma’ e onda portadora: PWM senoidal m=1 (a), PWM senoidal m=1,15
(b) e THIPWM (c)
(a)
(b)
(c)
Fonte: Elaboração própria do autor
69
(a)
(b)
(c)
Fonte: Elaboração própria do autor
70
Figura 49 - Correntes Ia, Ib e Ic: PWM senoidal m=1 (a), PWM senoidal m=1,15 (b) e THIPWM (c)
(a)
(b)
(c)
Fonte: Elaboração própria do autor
A International Electrotechnical Commission (IEC), em sua norma IEC61000-
3-2:2005, estabelece como intervalo padrão, para medição de conteúdo harmônico
de um sinal com frequência fundamental 60Hz, uma janela de 12 ciclos (ABIDIN,
2006). Seguindo essas diretrizes, aplicou-se a FFT na forma de onda da corrente ia.
Na Figura 50 a seguir estão disponíveis, as análises FFT da corrente ia, para
os três casos.
72
Figura 50 – Análise FFT de Ia: PWM senoidal m=1 (a), PWM senoidal m=1,15 (b) e THIPWM (c)
(a)
(b)
(c)
Fonte: Elaboração própria do autor
sendo n = 1, 2, 3...
Figura 51 – Torque eletromagnético: PWM senoidal m=1 (a), PWM senoidal m=1,15 (b) e THIPWM
(c)
(a)
(b)
(c)
Fonte: Elaboração do próprio autor
75
THIPWM
PWM Senoidal PWM Senoidal
Performance m=1,15
m=1 m=1,15
K = 1/6
THD da corrente de fase no
5,74% 8,68% 5,48%
estator
Amplitude da componente
fundamental da corrente de 0,8293A 0,8335A 0,8445A
fase no estator
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMMANUEL, Alexander E., ORR, John A. The Effect Of Neutral Path Impedance on
Voltage and Current Distortion. Part I: Symmetrical and Balanced Three-Phase
Systems. In: 11th International Conference on Harmonics and Quality Power, 2004,
Lake Placid, NY, USA. Conference Paper, Lake Placid, 2004.
79
LUGLI, A. B., ARAUJO, F. M., FLORIANO, G. H., SILVA, J. P., HENRIQUES, J. P.,
VOLPTATO, R. M., MASSELI, Y. M. Controle Vetorial e Escalar Para Motores de
Indução Trifásicos. In: II SEMINÁRIO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL E SISTEMAS
ELETRO-ELETRÔNICOS, 2015, Santa Rita do Sapucaí. Artigo, 2015.
https://www.ti.com/lit/an/sprabq8/sprabq8.pdf?ts=1637696660136&ref_url=https%25
3A%252F%252Fwww.ti.com%252Fsolution%252Fac-drive-power-stage-module.
Acesso em 14 dez. 2021.
WEG. W22 - Premium Efficiency Three Phase Induction Motor - Squirrel Cage. Data
Sheet, WEG, 2022.