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Guia MAIS
MESM DO
O!
prático
das
novas
ferramentas
comerciais
da construção da marca
ao atendimento ao consumidor
2016
Na Endeavor, acreditamos que a força do exemplo inspira
e motiva as pessoas a definir seus sonhos e escolher seus
caminhos. O exemplo se constrói pela execução, por aquilo
que é construído pelas pessoas, e não somente pelo que é
dito. O modelo da Endeavor é pautado na seleção e no apoio
a empreendedores que queiram construir negócios grandes.
Compartilhando suas histórias e seus aprendizados práti-
cos, queremos inspirar e capacitar outros empreendedores
e aspirantes a empreendedores. Trazendo a visão de quem
está na linha de frente do empreendedorismo, geramos da-
dos e mobilizamos os atores-chave para ajudar a provocar
mudanças no ecossistema empreendedor brasileiro.
Empreendedorismo
no Brasil
Quando a gente ouve falar que empreender no Brasil é coi-
sa de herói, não é exagero. O país, que é a sétima maior
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economia do mundo e tem uma população de pouco mais
de 200 milhões de habitantes, está apenas na 116ª colocação
em facilidade de fazer negócios (DOING BUSINESS, c2015).
Dificuldades relacionadas às normas tributárias e à adequa-
ção da legislação são exemplos de fatores que atrapalham
muito os empreendedores no Brasil. Entretanto, existem
inúmeras oportunidades no Brasil para empreender – o fato
de existirem economias mais maduras do que a nossa per-
mite que estudemos a trajetória de negócios em outros paí-
ses antes de criarmos os nossos.
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cerca de 12 mil novas normas tributárias. Apesar de todas
as alterações, os empresários continuam considerando al-
gumas regras rígidas para o dinamismo exigido pelo mer-
cado. Em especial, as regulações do mercado de trabalho
brasileiro receberam uma das piores avaliações dos execu-
tivos em todo mundo, com nota igual a 4,5 (o máximo é 10).
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está matriculada nas universidades. Além disso, empreen-
dedores precisam de gestores e executivos melhores.
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Pense nos desafios logísticos que o Brasil possui. Compara-
tivamente com nossos vizinhos Paraguai e Uruguai, temos
uma população dezenas de vezes superior e distribuída ao
longo de um território proporcionalmente maior. É lógico
pensar que o potencial de grandeza das empresas siga o
mesmo raciocínio.
O empreendedor
brasileiro
Recentemente, a Endeavor Brasil e o Grupo Troiano, do
segmento de branding, conduziram um estudo visando
entender melhor o retrato do empreendedor e do empre-
endedorismo no Brasil e identificar os perfis dos empreen-
dedores brasileiros. Como vimos, o Brasil é um dos países
em que a cultura empreendedora é muito presente na so-
ciedade e o desejo do brasileiro de ter seu negócio é gran-
de. Entre os quase 4 mil entrevistados, 61% afirmaram ter
planos de abrir o próprio negócio nos próximos cinco anos.
O que pode atrapalhar os planos de muita gente é o fato
de empreender ser um caminho bem árduo, dado que três
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de cada quatro daqueles que desejam empreender buscam
mais ter qualidade de vida do que não medir esforços para
fazer sua empresa crescer muito (ou crescer muito dentro
de uma empresa). Além disso, só um terço dos entrevista-
dos fez algum curso relacionado a empreendedorismo. Ou
seja, há muito espaço para melhorar.
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fechar os olhos para a realidade quando ela é árdua, mas sa-
ber fazer uma ótima leitura dela e ter o ímpeto de encará-la.
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para ir até o fim da empreitada – não caracterizando, por-
tanto, o comportamento empreendedor.
20
Capítulo 06
Como
escalar
seu negócio
usando
comarketing
Emilia Chagas
Contentools
Um mais um,
mais que dois
Comarketing é uma forma de marketing de relacionamen-
to. Ele permite que empresas trabalhem juntas em uma
campanha, geralmente a partir de uma peça de conteúdo,
em direção a objetivos mutuamente benéficos. Durante
uma campanha de comarketing, várias empresas ou in-
fluenciadores colaboram, copromovem um material, divi-
dem os custos e multiplicam os benefícios.
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Reduzir os custos pela metade e dobrar o poder do impacto
promocional. O que a empresa do parceiro tem de maior
ativo? Quer se trate de software, de estratégias ou de rela-
cionamentos com a imprensa ou com líderes da indústria,
sua marca deve aproveitar a oportunidade de incorporar
essas vantagens a sua campanha em conjunto. Afinal, o co-
marketing permite que sua marca tenha acesso imediato a
um banco de dados inteiro de novos clientes. Seria preciso
uma grande quantidade de tempo para adquirir tal banco
de contatos do zero, organicamente – razão pela qual o co-
marketing é incrivelmente eficaz em termos do tempo que
você economiza, sem contar a velocidade com a qual você
percebe os resultados.
Comarketing
versus cobranding
O chamado cobranding está sendo cada vez mais utilizado
por grandes e pequenas marcas para aumentar a conscien-
tização e gerar vendas. Na maioria das empresas, essa abor-
dagem ajuda a aprimorar ofertas de produtos de nível básico
(como a junção de sorvetes Kibon com chocolates Lacta) e,
em um terreno mais sofisticado, pode envolver a combinação
de tecnologias para criar um produto inteiramente novo (é o
caso do sport kit criado pela Nike e pela Apple).
150
Figura 6.1 – Exemplo de Cobranding
Fonte: Unilever (c2015).
Diferentemente disso, o comarketing ocorre quando duas
empresas alinham esforços para promover o produto ou o
serviço do outro. Não é criado um produto híbrido, mas é for-
mulada uma oferta em conjunto (em geral, envolvendo uma
peça de conteúdo) que permite às empresas obter melhores
resultados em termos de visibilidade, alcance, leads e ven-
das, algo que não poderia ser realizado sem o apoio da outra.
Formatos possíveis
para o comarketing
Uma ação de comarketing pode assumir muitas formas,
algumas maiores e mais intensivas em recursos do que ou-
tras. Listaremos, a seguir, as mais populares.
E-books
Escrever um e-book para comarketing pode demorar mais
do que escrever um artigo, mas é um investimento de tem-
po que pode valer a pena. A vida útil da maioria dos e-books
é maior do que a de posts em blogs, e eles podem ser pro-
movidos de várias maneiras, por ambas as marcas e por um
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O que é fluxo de
nutrição?
Aproximadamente 50% dos leads de uma empresa B2B
são qualificados, mas ainda não estão no momento ideal
de compra, é o que diz uma pesquisa do instituto Gleanster
Research (DEEP DIVE, 2010). É para estimular o interes-
se desse contato que já realizou uma primeira interação e,
também, para conduzi-lo de forma mais suave à etapa se-
guinte do funil de vendas que algumas empresas estão in-
vestindo em campanhas de nutrição de leads com o objetivo
de impulsionar as vendas. A técnica consiste em enviar, de
forma automatizada, uma sequência de e-mails com conte-
údos relacionados àqueles em que o usuário tenha demons-
trado interesse alguns dias antes.
191
Por que usar fluxo
de nutrição em
minha empresa?
Os benefícios são visíveis: pesquisas comprovam que investir
em campanhas de nutrição pode aumentar em 50% o volu-
me de vendas de uma empresa a partir de contatos on-line, a
um custo 33% menor do que o de conquistar novos contatos,
segundo dados do instituto Forrester Research (MARKETO,
2015). Ou seja, além de aumentar as oportunidades e con-
versões, o fluxo de nutrição acaba derrubando o CAC.
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Alguns benefícios
de utilizar uma
campanha de
nutrição de leads
Como já foi dito, os benefícios de um uso correto do fluxo
de nutrição são visíveis em qualquer empresa, desde uma
startup a uma multinacional. Poderíamos enumerar vários
exemplos de consequências benéficas para qualquer tipo de
negócio, mas, aqui, vamos focar sete deles.
Facilidade e economia de
tempo dos profissionais
Como o processo é automatizado – os e-mails são previa-
mente redigidos e inclusos no sistema para serem enviados
de forma periódica para leads com o mesmo perfil –, não
requer o envolvimento direto das equipes de marketing e
vendas no envio de sugestões de conteúdos a serem acessa-
dos pelos leads. Isso facilita, economiza tempo dos profis-
sionais e deixa todo o processo mais barato.
193
segmentados – o conteúdo é relacionado ao que o usuário
baixou no site e o material é relevante para o momento, uma
vez que a primeira mensagem é enviada normalmente um dia
após o usuário ter baixado conteúdo relacionado no site da
empresa, o que quer dizer que ele ainda está atento ao tema.
Essa maior precisão no conteúdo acaba garantindo melhores
resultados no engajamento. Uma pesquisa realizada pelo es-
pecialista Dan Zarrella (2015?) avaliou que a taxa de cliques
sobe consideravelmente: vai de 3% em uma campanha nor-
mal para 8% em uma campanha de nutrição de leads.
Estabelecimento de follow-up de
maneira organizada e disciplinada
O vendedor não precisa preocupar-se em lembrar-se de en-
viar e-mails para manter contato com esses leads ao longo
dos dias. O envio automatizado desempenha muito bem
esse papel e previne possíveis falhas, de falta de tempo ou
de esquecimento do profissional.
194
O que é pré-vendas?
As pré-vendas são um motor de coleta de dados profun-
dos, extraídos sem sair de dentro da empresa, ou seja, é a
montagem de um sistema estruturado capaz de chegar ao
decisor ou influenciador de compra, engajá-lo em uma con-
versa arquitetada ao telefone, ganhando autoridade sobre
assuntos específicos, e extrair informações ricas dele (téc-
nicas, numéricas ou de posicionamento, por exemplo). Esse
trabalho tem três funções prioritárias, que serão descritas a
seguir e detalhadas no decorrer deste capítulo.
213
Por que usar
pré-vendas em
minha empresa?
Um sistema profissional de pré-vendas pode trazer uma sé-
rie de benefícios tangíveis e intangíveis para as empresas
que souberem utilizar essa arma. Os principais benefícios
tangíveis serão listados a seguir.
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no tempo de negociação, esse aumento torna-se um cami-
nho natural.
215
Onde está
localizada a
pré-vendas no
processo de
vendas?
Gosto de dividir o funil de vendas em cinco “ção”, em que
a pré-vendas fica localizada em uma etapa do meio, deno-
minada segmentação. Para ficar mais simples, vamos falar
rapidamente sobre cada um desses “ção”.
Atração
Esta etapa se concentra em trazer o lead até um primeiro
contato com sua empresa. Basicamente, podemos ter duas
estratégias principais neste momento, descritas a seguir.
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Segmentação
É nesta etapa do funil que se localiza a pré-vendas. É quando
será feito o trabalho que está sendo detalhado neste capítu-
lo: coleta de dados ricos para a qualificação (entendimento
de quem está pronto para avançar), detecção das dores de
cada lead e geração de informações para abastecer sua inte-
ligência mercadológica.
Nutrição
Esta é uma etapa de apoio, chamada também de fluxo de
descarte. Nesta etapa, os leads que não estiverem prontos
para seguir em uma negociação de vendas serão educados
com base nas dores que sentirem. Ou seja, vamos educá-
-los para que posteriormente entendam melhor suas dores
e as consequências delas em seu negócio e tornem-se leads
prontos para tracionar e vender.
Tração
Nesta etapa, será apresentada a solução para o possível
cliente. Os aspectos técnicos necessários serão trabalhados
e negociados para que se evolua a um fechamento de vendas.
Esta etapa será mais bem detalhada no próximo capítulo.
Retenção
A quinta e última etapa diz respeito ao cuidado que deve-
mos ter com nossa cartela de clientes, tanto para manter sua
recorrência de compra quanto para praticar estratégias de
cross-selling (basicamente, vender produtos complementares
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