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FACULDADE 7 DE SETEMBRO

CURSO DE MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL ESTRATÉGICA

AS SEIS DIMENSÕES DO ECOSSISTEMA EMPREENDEDOR

CEARA

2012
AMARILIO FILHO
ANDRESA CAPISTRANO
ANGELA ARAUJO
BRUNO BESSA
CARLOS ROBSON
GABRIEL AQUERY
JORDAN JESSE LIMA
MAYARA ANN PEDROSA
REBECA FAVALI

AS SEIS DIMENSÕES DO ECOSSISTEMA EMPREENDEDOR

Trabalho final apresentado a disciplina de


Empreendedorismo ministrada pelo Prof. Ms.
Maiso Dias como requisito para nota final.

FORTALEZA – CEARÁ
JUNHO DE 2012
INTRODUÇÃO

Empreender é sinônimo de inovar, criar, utilizar os recursos existentes de forma nova na


tentativa de gerar riquezas. Através de estudos realizados os pesquisadores conseguiram traçar
algumas características inerentes ao empreendedor como, por exemplo, dedicação, planejamento,
capacidade de reunir informações e realizar estudos, comprometimento, saber explorar ao maximo as
oportunidades, assumir riscos calculados, trabalho árduo e entre outras. Além dos traços pessoais
existem também as habilidades, conhecimentos e atitudes que este deve ter.

A literatura aborda dois tipos de empreendedor: os que atuam por oportunidade e outros
por necessidade. Os primeiros tem motivação para empreender, planejam e estudam antes de abrir
um negócio e tem comprometimento com a economia. Já o segundo é obrigado a empreender, é algo
forçado e que visa o suprimento de necessidades básicas de renda, pois está desempregado ou por
ser imigrante. Vale ressaltar que este último por não ter preparo termina muitas vezes levando o
negócio a falência.

Em face do grande número de empresas que encerram suas atividades logo após os
primeiros anos de vida, estudos mostram que além do conhecimento e o preparo por parte do
empresário é preciso que existam condições favoráveis à criação de uma empresa. Fazem parte
deste ambiente uma economia em expansão, programas de apoio a empreendimentos, instituições
financiadoras, políticas tributárias e leis mais acessíveis, e tantos outros.

O professor Daniel Isenberg, do Babson College, publicou um estudo dividindo as seis


dimensões componentes do ecossistema do empreendedorismo. Na ocasião o mesmo procurou
representar de forma clara quais os fatores favoráveis ao avanço da atividade empreendedora, cada
qual contendo subdivisões.

O Governo tem como papel desenvolver instrumentos que fomente e estimule o


empreendedorismo, isso com base em programas de incentivos (que venham a premiar os negócios
que conseguiram maior destaque), adaptação e/ou criação de uma legislação tributária e regime
jurídico que reduza a burocracia e alta carga tributária.

A principal função do Mercado é favorecer o desenvolvimento de negócios seja


ampliando os existentes ou criando novos mercados, onde o número de competidores e a
concorrência sejam baixos. O renomado professor reforça a ideia de que é preciso fortalecer a
diversificação e regionalização e no Brasil essa tática pode ser bastante explorada tendo em vista o
crescimento das cidades do interior (infraestrutura e renda).

O Apoio tem como papel criar instituições e organizações para dar suporte ao
empreendedor. Hoje os futuros empresários contam com os serviços do Sebrae e Endeavor,
incubadoras em Universidades e outras associações que prestam consultoria e ajudam no estudo e
levantamento de informações sobre as especificidades do negócio. Mas é preciso ampliar o número
de institutos desse segmento como forma de maximizar o nível de empresas criadas.
Em relação às finanças é papel do governo criar instituições de crédito para financiar as
empresas em diferentes níveis de estágio. É preciso criar fundos de capital de risco, ampliar a oferta
de microcrédito e mais capital reduzindo as taxas de juros e aumentando o parcelamento.

Estudos comprovam que a quantidade de novas empresas é crescente a cada ano, mas
se faz necessário estimular a cultura empreendedora entre a população. Algumas cidades se
destacam por serem mais empreendedoras que outras, pois estas desenvolvem um ambiente
propicio, ao passo em que estimulam casos de sucesso através de premiações.

Por último os trabalhos envolvendo o capital humano devem ser mais focados. É
preciso avançar na formação profissional e acadêmica do empreendedor. Para que isso ocorra o
primeiro passo seria trabalhar desde o ensino fundamental os conceitos do empreendedorismo nas
escolas, não apenas como forma de incentivas a abertura de empresas, mas também como uma
forma de fazer com que as crianças se tornem mais criativas, inovadoras e corram em busca dos
sonhos. A criação de escolas técnicas e a inclusão desta disciplina nos currículos de todos os cursos
devem ser levados em consideração.

Diante do exposto esse trabalho tem por objetivo levantar informações a respeito do item
apoio, analisando o patamar que este se encontra e de que formas poderá ser melhor desenvolvido e
trabalhado na tentativa de maximizar a atividade empreendedora.
1. AÇÕES DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

As ações de apoio ao empreendedorismo no Brasil consistem em promover, fomentar e


disseminar a cultura empreendedora, isso através da utilização de um conjunto de instrumentos que
tem por objetivo capacitar os empreendedores no que se refere à criação e consolidação de negócios
e no caso daqueles já atuantes melhorar o conhecimento a cerca das especificidades do produto e/ou
serviço. O estimulo ao empreendedorismo se faz importante ao passo em que estimula o
aparecimento de aspirantes e iniciantes muitas vezes carregados de novas ideias. As ações de apoio
desenvolvidas por diversas entidades tem por objetivo dar suporte à consolidação destas ideias e dos
conhecimentos tecnológicos, mercadológicos, de processos e demais aspectos envolvidos.

Nos últimos anos o número de empresas criadas tem aumentado ao passo em que o
índice de mortalidade tem diminuído. Tais fatos demonstram que as políticas e programas de apoio
ao empreendedorismo estão cada vez mais atuantes, ainda sim é possível ampliar o escopo de
atuação deste e proporcionar uma área de atuação mais forte. Para isso, é preciso a criação de
ferramentas que estimulem a geração de novos negócios e o desenvolvimento das praticas gerencias
como forma de melhorar ainda mais a atuação dessas empresas, que ao estabilizadas irão colaborar
para o crescimento da economia nacional.

O apoio oferecido pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas


Empresas), as incubadoras presentes nas Universidades, os programas de crédito e financiamento
do Governo Nacional, os serviços da ENDEAVOR se consolidaram como importantes meios para
aqueles que sonham em criar um negócio com chances de perpetua-los. A seguir, essas entidades
serão comentadas no tocante ao apoio e benefícios oferecidos.

1.1 Serviço Nacional de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)

Desde 1972 a atuação do Sebrae consiste em possibilitar a competitividade e a


sustentabilidade das micro e pequenas empresas do Brasil. Tendo como ferramenta básica a
informação para desenvolver as ações, projetos, produtos e serviços, a Instituição é fundamentada a
cerca de que apenas a cultura do aprendizado e o uso do conhecimento (fundamental para o
desenvolvimento e crescimento das empresas) podem garantir uma melhor gestão competitiva, mais
eficiente e moderna.

O Sebrae busca constantemente criar e desenvolver novas formatos e canais de


comunicação, integrando métodos convencionais e novas tecnologias para repassar informações de
qualidade. A entidade utiliza-se de diversos produtos, tais como cursos, consultorias, palestras,
seminários, treinamentos, eventos e publicações.
Para atender a demanda de serviços, o Sebrae atende os empreendedores de forma
individual e/ou coletiva e de modo presencial ou a distância, isso visando um atendimento continuo e
duradouro entre a empresa e o instituto.

Com uma rede de quase 700 postos de atendimento presencial, o Sebrae conta com
mais de 4,9 mil colaboradores diretos e quase 8 ml consultores e instrututores cadastrados
trabalhando no apoio a quem deseja abrir um negócio.

A excelência profissional, o comprometimento e a seriedade permite que a instituição


atenda as MPE´S dos mais diversos segmentos e em todas as etapas do processo produtivo. Dessa
forma o Sebrae atende:

 Quem pensa em abrir seu próprio negócio: Apoiando todos os brasileiros que sonham em
montar a sua empresa.
 Quem já tem seu negócio: Incentivando o crescimento em qualquer que seja o ramo ou a
idade da empresa no mercado.
 Quem acredita na força da união: Incentiva a cooperação entre as empresas e os
empreendedores.
 Quem busca a formalização do seu negócio: Por meio do empreendedorismo individual, a
instituição mostra as vantagens de se legalizar.

O Sebrae acredita que a criatividade deve ser utilizada no desenvolvimento de novas


soluções e que a quebra de paradigmas são fundamentais para a sustentação e viabilidade da
missão. Para ajudar no crescimento dos micro e pequenos empreendimentos, o órgão também atua
em quatro áreas consideradas importantes, a citar:

 Articulação de políticas públicas que criem um ambiente institucional mais favorável;


 Acesso a novos mercados;
 Acesso a tecnologia e inovação;
 Facilitação e ampliação do acesso aos serviços financeiros

Por meio de parcerias com os setores público e privado, o Sebrae promove programas
de capacitação, estímulos ao associativismo, desenvolvimento e fomento a novos mercados. Além
destes, atua de forma a reduzir a burocracia e a carga tributária para facilitar a abertura de mercados
e a ampliação de acesso ao crédito, a tecnologia e a inovação das MPE´S.

A criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06)


estabeleceu um ambiente favorável ao crescimento dos pequenos negócios. A legislação contabiliza
avanços especialmente no Simples Nacional e no incentivo à formalização do Empreendedor
Individual (Lei Complementar 128/08).
1.2 Outros serviços e programas de apoio ao empreendedorismo.

 Incubadoras: São estruturas que contam com um conjunto de meios materiais, logísticos e
humanos, postos à disposição dos empreendedores, com o objetivo de apoiar e promover a
criação de empresas. Para o efeito, estes centros dispõem de instalações e de serviços de
apoio logístico que alugam às empresas a preço de custo. Paralelamente, facultam formação
em gestão empresarial e apoiam os empresários na avaliação dos seus projetos.

 Associações empresariais: As associações empresariais, sejam representantes de uma


região ou de um setor, são outra classe de possíveis interlocutores e assumem particular
importância na obtenção de informação técnica. Acresce que as associações são importantes
grupos de pressão perante terceiros no sentido de influenciar e alterar os condicionalismos
externos inerentes à atividade.

 Ninhos de empresas: São espaços físicos dotados de infraestrutura de apoio técnico e


material, onde os jovens podem exercer atividades empresariais, na área dos serviços.
Funcionam na dependência de alguns centros profissionalizantes. Os ninhos de empresas
destinam-se a jovens entre os 18 e 35 anos, recém-licenciados ou com formação profissional
especializada, que desejam formar grupos de até quatro pessoas, para constituir uma
empresa. As empresas criadas ao abrigo deste programa instalam-se em gabinetes, pagando
uma renda simbólica pela ocupação do espaço, por um período de três anos não renovável.
Podem contar ainda com apoio de secretariado, telefone, fax, auditório, acesso a sala de
reuniões e outro.

 Portal de apoio a empreendedores criados pela Aliança Empreendedora: A Aliança


Empreendedora criou um mapa de apoio onde Organizações não Governamentais,
Incubadoras, Institutos, Empresas Juniores e microempreendedores podem se cadastrar para
procurar parceiros próximos. Dessa maneira tanto ganha o microempresário que sabe onde
buscar apoio, como também as organizações que sabem onde estão os
microempreendedores que precisam de seu apoio. Essa conexão acontece via cadastro feito
pelo site e cabe a Aliança Empreendedora validar o cadastro. A partir da validação e através
do aplicativo Maps do Google, o empreendedor pode buscar partners. O Mapa de Apoio é um
serviço de utilidade pública que busca divulgar as organizações e iniciativas de apoio ao
empreendedorismo no Brasil das mais diversas formas. A proposta do Mapa é possibilitar que
empreendedores que precisam de apoio encontrem alternativas em suas cidades e regiões
que muitas vezes não são conhecidas pelo grande público. Sendo assim, o papel do Mapa é
apenas divulgar o que já existe para promover conexões, sendo que a comunicação entre o
empreendedor e a organização deve ser feita independente da Aliança Empreendedora.
Como o Mapa é um espaço aberto onde organizações e empreendedores de todo o Brasil
podem se cadastrar para procurar apoio ou divulgar seu trabalho, a Aliança Empreendedora
não tem como atestar e nem se responsabiliza pela capacidade de atendimento ou qualidade
do serviço prestado por essas organizações.

 Endeavor: Criada nos EUA em 1997 e no Brasil em 16 de Junho de 2000, hoje atua em mais
de 17 países. A Endeavor desenvolve um importante papel na promoção do
empreendedorismo como ferramenta para o desenvolvimento econômico. Através de um
rigoroso processo seletivo, a Instituição convida os empreendedores a participar do processo
e avalia entre os candidatos critérios como o Perfil, potencial de crescimento do negócio, grau
de inovação e desenvolvimento. O objetivo é ajudar os empreendedores a alavancar a curva
de crescimento de seus negócios através da troca de conhecimento e experiências com uma
rede de mentores.

 Pró-idéia – Programa de Apoio aos Inventores: Este programa visa apoiar estudos de
viabilidade técnica e econômica das propostas de invenções apresentadas por pessoas
físicas residentes aonde o programa esteja implantado.

 Programa ALFA: Desenvolvido pela Secretaria de Política Tecnológica Empresarial –


SEPTE/MCT e realizado em parceria com os SEBRAE´S e parceiros locais. O programa vida
apoiar estudos de viabilidade econômica de novos produtos lançados pelas MPE´S.

 Fórum Brasil de Inovação: Iniciativa que visa fomentar o surgimento de novas empresas de
base tecnológica, apoiando Projetos de Inovação Tecnológica, desenvolvidos por IES e de
pesquisas interessadas em transferir tecnologia para novas empresas ou empresas já
constituídas. Atua em três etapas: Pré-incubação (o objetivo é preparar a transformação do
projeto em um empreendimento que possa ser incubado. Os projetos aprovados recebem
recursos destinados a continuação dos esforços de P&D e desenvolvimento dos aspectos
relativos a viabilidade econômica.); Incubação (intenta viabilizar o aproveitamento econômico
de produtos, processos ou serviços decorrentes do desenvolvimento de novas tecnologias.);
Transferências de Tecnologia (empresas já constituídas podem associar-se a Projetos de
Inovação propostos por grupos de pesquisas vinculados a instituições de cunho tecnológico e
cujos resultados agregarão conteúdo tecnológico ao negocio).
REFERÊNCIAS DE PESQUISAS

http://www.aliancaempreendedora.org.br/empreendedor/mapa

http://www.sebrae.com.br/

http://www.endeavor.org.br/pdf/pdf_relatorio_anual_2010-9.pdf

www.finep.gov.br/fundos_setoriais/.../ct-fva02apoio_empreend.pdf

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