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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz de análise

Disciplina: Inovação Estratégica Módulo: 4

Aluno: Criste de Souza Silva Turma: 8

Tarefa: Atividade Individual

Introdução

Segundo dados da da pesquisa GEM 2017, do Sebrae/IBQP, que revela o


novo perfil do empreendedor no País, divulgados pela Revista Veja, a taxa total de
empreendedorismo (TTE) no Brasil em 2018 chegou a 38%. Isso significa que em
torno de 52 milhões de brasileiros têm um negócio próprio há pelo menos 2 anos. É
uma taxa maior até que a de paídes mais desenvolvidos, como os EUA, onde essa
taxa é de 20%. Este é o melhor resultado para o Brasil desde 2002, quando esta
pesquisa começou a ser realizada. Entretanto, a taxa de mortalidade dessas
empresas no país ainda é alta.
Segundo o SEBRAE (2016), empreendimentos brasileiros chegam a viver,
em média, apenas dois anos. Geralmente nascidos de uma ideia empreendedora,
fatores como a falta de planejamento prévio, gestão empresarial ineficiente e/ou falta
de investimento em gestão, além da falta de um perfil inovador/comportamento
empreendedor, podem levar essas empresas ao fracasso. Foi o que apontou o estudo
Causa Mortis, também divulgado pelo SEBRAE.
Por outro lado, com o avanço significativo das tecnologias da informação e
comunicação, estudos antes restritos a ambientes acadêmicos agora são facilmente
divulgados e disponibilizados para os empreendedores. A democratização do acesso
a ferramentas de gestão pode profissionalizar a administração e evitar a mortalidade
das empresas nos primeiros anos.

Motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso

A falta de planejamento é um dos principais fatores de risco para a


saúde de um empreendimento. Conduzir uma ideia inovadora sem estar apoiado
em dados confiáveis e sem uma visão clara de futuro faz com que o empreendedor
muitas vezes se perca no caminho. Por exemplo, uma empresa que lança um
produto no mercado sem ter noção exata sobre o capital necessário para cada
etapa, poderá cair em dívidas vultuosas ou simplesmente ter que abortar o projeto.
Por consequência, poderá vir à falência.
A falta de planejamento também pode levar a esforços maximizados em
projetos que não venham a suprir necessidades do consumidor, tornando a ideia

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empreendedora um fracasso. Não planejar faz o empreendedor não conhecer a
realidade do empreendimento, potenciais parcerias, seus custos, suas
potencialidades e fraquezas.
Em segundo lugar, uma gestão ineficiente é outro fator que leva
facilmente uma ideia empreendedora ao fracasso. O empreendedor deve pautar
em ferramentas administrativas e relatórios que lhe forneçam informações
confiáveis e apontem a situação real da empresa em todos os momentos. Todos os
processos da organização são ricos em dados e pormenores essenciais para sua
sobrevivência. A tomada de decisões proativas depende diretamente do uso
correto desses dados, sobre o risco de o gestor cair em uma gestão extremamente
reativa, ou “apaga fogo”.
Por fim, um terceiro fator crucial para o fracasso de ideias inovadoras é a
ausência do comportamento empreendedor/inovador. Tanto os gestores como as
equipes de trabalho devem estar atentos ao ambiente, possuir perfil questionador,
estar aberto a mudanças, saber ouvir e dialogar. Uma empresa inovadora entende
que a realidade não é estática. Mudanças hoje em dia acontecem em ciclos muito
rápidos. Por exemplo, a Nokia, que há poucos anos era líder no setor de aparelhos
celulares, perdeu espaço significativo no mercado por não acompanhar
devidamente a onda dos smartphones.

Como evitar a mortalidade das empresas nos primeiros anos

Para não cair nos erros apontados acima, o empreendedor deve buscar
constantemente desenvolver novas habilidades e aprender novos conteúdos, tanto
o empreendedor quanto sua equipe, tendo o empreendedor o papel de incentivar e
motivar sua equipe. Habilidades não nascem com os seres humanos. Elas podem
ser aprendidas e aperfeiçoadas. Essa é uma das bases do comportamento
empreendedor/inovador.
A falta de planejamento pode ser superada com o uso de ferramentas
adequadas. O Modelo de Negócios Canvas, por exemplo, é uma ferramenta que
vem sendo muito divulgada. Nela o empreendedor pode ter uma visualização clara
do seu negócio, assim como parcerias, proposta de valor para os clientes, custos,
canais de distribuição dentre outros aspectos. O próprio SEBRAE disponibiliza em
seu site capacitação gratuita para o uso do Canvas, assim como uma matriz para
uso dos empreendedores.
Dentro do quesito planejamento, outros conceitos e técnicas podem ser
explorados dentro da empresa, como a Prototipagem, o Design Thinking e a
Solution Storm. Essas ferramentas auxiliam o empreendedor/inovador no
desenvolvimento da ideia, diluindo riscos de morte das empresas nos primeiros
anos. Redes de apoio a micro e pequenos empreendedores vem surgindo, tanto na
iniciativa pública como na privada, atuando principalmente na capacitação para
essas ferramentas e dando apoio aos empreendimentos para replicação destas

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tecnologias. Um bom exemplo no Brasil é a Endeavor.
Tendo aprendido novas habilidades e se capacitado para o uso de
ferramentas adequadas, o empreendedor combate também a falta de
profissionalismo na gestão. Assim surgem equipes cada vez mais livres do
amadorismo, tendo o profissionalismo como base. São empreendimentos capazes
de analisar cenários possíveis, interpretar dados e tomar decisões proativamente.
Essas organizações estão aptas a sobreviver por muito mais tempo no mercado,
estando à frente do seu tempo.

Conclusão

O cenário atual mostra que o brasileiro tem buscado cada vez mais
empreender. Isso é um fator importante tanto para a economia do país como para
seu contexto social, já que micro e pequenos empreendimentos geram renda para
os municípios e atuam diretamente na redução do desemprego.
Entretanto, há uma certa dificuldade em empreendedores se manterem
no mercado, já que muitas vezes lhes falta comportamento inovador, planejamento
adequado e gestão profissional. Para superar esses desafios o empreendedor deve
buscar sempre aprender e desenvolver novas habilidades, tanto para o uso de
ferramentas adequadas para a gestão, quanto para o planejamento efetivo e
execução da ideia empreendedora.
Entidades como o SEBRAE atuam efetivamente no apoio a esses
empreendedores, democratizando ferramentas e informação, principalmente
através da replicação de tecnologias. Esse apoio é crucial para a sobrevivência
desses empreendimentos no mercado e incentivo ao comportamento inovador.

Referências:

VEJA, Revista. Taxa de empreendedorismo no Brasil chega a 38%. São Paulo,


26 de março de 2019. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/dino/taxa-
de-empreendedorismo-no-brasil-chega-a-38/. Acesso em 20 de setembro de 2019.

SEBRAE. Sobrevivência das Empresas no Brasil. Brasília, 2016. Disponível em:


http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-
empresas-no-brasil-relatorio-2016.pdf. Acesso em: 20 de setembro de 2019.
SEBRAE. Causa Mortis: O Sucesso e o Fracasso das empresas nos 5 primeiros
anos de vida. São Paulo, 2016. Disponível em:
http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal
%20Sebrae/UFs/SP/Anexos/causa_mortis_2014.pdf. Acesso em: 20 de setembro de
2019.

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