Você está na página 1de 10

ÉTICA E SUSTENTABILIDADE

Proposta VBN

Fevereiro /2018
Elaborado por: Tania Rúbia Teixeira Cruz
Disciplina: Ética e Sustentabilidade
Turma: 0118-8_4 – MBA_ESEAD-24_15012018_4

3
Tópicos desenvolvidos

 Ações ou estratégias comumente utilizadas pelas empresas para assegurar a sua


integridade;
 Obstáculos apresentados pela cultura organizacional para a inclusão de medidas básicas de
proteção aos direitos individuais e coletivos;
 Efeitos ou impactos de ações empresariais antiéticas (caracterizadas pelo desrespeito) para
os stakeholders e a sociedade;
 Soluções que as empresas podem implementar para garantir, de forma ética, os direitos
individuais e coletivos.

4
Apresentação e objetivo

De acordo com Ashley (2002, pg. 04), “hoje em dia as organizações precisam estar atentas não
apenas a suas responsabilidades econômicas e legais, mas também as suas responsabilidades
éticas, morais e sociais”.

Realizar uma gestão empresarial sustentável, onde a competitividade no mercado é intensa é um


grande desafio à todas organizações.

Com este intuito a empresa de telecomunicações VBN está interessada em rever alguns aspectos do
seu relacionamento com os clientes e com a opinião pública em geral.

O objetivo principal deste relatório é sugerir ações empresariais que possam contribuir para
diminuição dos abusos exercidos contra o indivíduo e a coletividade na empresa VBN.

5
Desenvolvimento

Segundo Cavalcanti (2001, p. 165): “O desenvolvimento econômico não representa mais uma opção
aberta, com possibilidades amplas para o mundo. A aceitação geral da idéia de desenvolvimento
sustentável indica que se fixou voluntariamente um limite (superior) para o progresso material. Adotar
a noção de desenvolvimento sustentável, por sua vez, corresponde a seguir uma prescrição política.
O dever da ciência é explicar como, de que forma, ela pode ser alcançada, quais são os caminhos
para a sustentabilidade. ”

Para atender ao objetivo proposto, este relatório irá abordar os seguintes tópicos:
 Ações ou estratégias comumente utilizadas pelas empresas para assegurar a sua
integridade;
 Obstáculos apresentados pela cultura organizacional para a inclusão de medidas básicas de
proteção aos direitos individuais e coletivos;
 Efeitos ou impactos de ações empresariais antiéticas (caracterizadas pelo desrespeito) para
os stakeholders e a sociedade;
 Soluções que as empresas podem implementar para garantir, de forma ética, os direitos
individuais e coletivos.

Ações ou estratégias comumente utilizadas pelas empresas para assegurar a sua


integridade;

Está definido como programa de integridade no art. 41 do Decreto nº 8.420/2015: “consiste, no âmbito
de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos e procedimentos internos de integridade,
auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e na aplicação efetiva de códigos de ética e de
conduta, políticas e diretrizes com objetivo de detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e
atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou estrangeira”

Desenvolver um programa integridade na VBN irá orientar as tomadas de decisões em função de


critérios técnicos e não em função de critérios baseados em interesses particulares, o que aumenta
consideravelmente a qualidade das decisões tomadas e assegura a integridade da organização.

Recomendamos que sejam tomadas ações a fim de implanter o Programa de Integridade na VBN
conforme representação esquemática a seguir:

1 – Desenvolvimento: Comprometimento da Alta direção da


VBN em definer diretrizes e estrutura independente para
implantação do Programa de Integridade.
2 – Análise: É importante nesta fase a análise períodica dos
riscos de fraudes e/ ou desfios que a empresa está sujeita.
3 – Implantação: Definir padrões, políticas, procedimentos e
registros que assegurem a efetividade do programa
4 – Treinamento: Necessária transparêcia com todos os
colaboradores da VBN através da comunicação e
treinamentos períodicos sobre o programa

6
5 – Monitoramento: Definição dos critérios de monitoramento do programa, medidas de remediação e
aplicação de penalidades.

Obstáculos apresentados pela cultura organizacional para a inclusão de medidas básicas de


proteção aos direitos individuais e coletivos;

Chiavenato (1999, p.138) define cultura organizacional como: [...] o conjunto de hábitos e crenças
estabelecidos através de normas, valores, atitudes expectativas compartilhados por todos os
membros da organização. Ela refere-se ao sistema de significados compartilhado por todos os
membros e que distingue uma organização das demais. Constitui o modo institucionalizado de pensar
e agir que existe em uma organização. A essência da cultura de uma empresa é expressa de maneira
como ela faz seus negócios, a maneira como ela trata seus clientes e funcionários, o grau de
autonomia ou liberdade que existe em suas unidades ou escritórios e o grau de lealdade expresso por
seus funcionários com relação à empresa. A cultura organizacional representa as percepções dos
dirigentes e funcionários da organização e reflete a mentalidade que predomina na organização.

A formação da cultura organizacional baseia-se, assim, nas interpretações que os indivíduos fazem
da realidade ao seu redor, de acordo com os valores que compartilham (FEUERSCHUTTER, 1997)

A fim de transpor os obstáculos apresentados pela cultura organizacional para a inclusãode medidas
básicas de proteção aos direitos individuais e coletivos, é de suma importância dedicação nas ações
de análise e treinamento de implantação do Programa de Integridade. Os colaboradores de todos os
níveis são a essência da VBN. É fundamental que todos entendam seu papel dentro da organização,
sua importância e como suas atitudes interferem nos resultados obtidos.

A realização de pesquisas sobre oportunidades de melhoria, palestras, divulgação via intranet, são
ações que podem garantir maior participação dos colaboradores no processo e principalmente o
sentimento de co-autoria, ideal para o comprometimento de todos.

Efeitos ou impactos de ações empresariais antiéticas (caracterizadas pelo desrespeito) para


os stakeholders e a sociedade;

Oliveira (2017, pg 286) cita que “Caso o ser humano não consiga compreender-se como parte
integrante do meio ambiente, ele não será capaz de estabelecer uma relação de responsabilidade e
cuidado, permanecendo, por conseguinte, em uma relação instrumental de poder e dominação.”.

Existem ações antiéticas que podem impactar individualmente ou coletivamente os stakeholders e a


sociedade.

Pensando em impactos individuais é importante ressaltar o preconceito: Principal impacto destacado


pela opinião pública em geral. Preconceito de qualquer natureza (racial, religioso, etc) atingem tanto a
sociedade quanto os stakeholders ligados à VBN.

Com relação aos impactos coletivos, podemos destacar a relação entre a empresa e clientes/
consumidores. Não é recomendável que a VBN entregue aos clientes/ consumidores produtos/
serviços minimamente divergentes dos contratados, deixar de honrar compromissos com
fornecedores, sonegar impostos devidos ao governo ou obter informações privilegiadas através do
pagamento de propina. Atos desta natureza comprometem significativamente a responsabilidade

7
social da VBN, uma vez que o ideal é que a empresa adote de forma voluntária postura,
comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos stakeholders e da sociedade.

Soluções que as empresas podem implementar para garantir, de forma ética, os direitos
individuais e coletivos.

Além da implantação do Programa de Integridade, as ações para minimizar os obstáculos


apresentados pela cultura organizacional e adoção de práticas que reforcem a responsabilidade
social da VBN, recomendamos a adoção das melhores práticas da gorvenança corporativa.

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBCG, 2015, pg. 20) conceitua: “Governança
corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria,
órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de governança
corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a
finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu
acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o
bem comum.”.

Recomendamos que sejam adotados 4 princípios básicos da governança corporativa que irão resultar
na maior confiabilidade dos stakeholders e da sociedade. São eles:

 Transparência – Disponiblizar às partes interessadas informações que sejam de seu interesse


além das informações impostas pelas leis;
 Equidade – Dispensar tratamento igual às partes interessadas levando em consideração
direitos e deveres, necessidades, expectativas e interesses;
 Prestação de Contas (accountability) – Prestar contas de sua atuação de modo claro,
assumindo as consequências de seus atos
 Responsabilidade Corporativa - Zelar pela viabilidade econômico-financeira da VBN, reduzir
impactos negativos de seus negócios e suas operações e aumentar impactos positivos.

8
Considerações finais e recomendações

De acordo com Costa e Santos (2005, p. 66) “o desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento


capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as
necessidades das futuras gerações”.

O objetivo deste relatório foi atingido, uma vez que sugerimos ações empresariais que vão contribuir
para diminuição dos abusos exercidos contra o indivíduo e a coletividade, através de adoção de
práticas relacionadas à integridade, sustentabilidade, responsabilidade social, governança
corporativa, todas embasadas nos princípios da ética.

9
Referências bibliográficas

ASHLEY, P.A. - Ética e Respnsabilidade Social nosNegócios. São Paulo: Saraiva, 2002.

CAVALCANTI, Clóvis (org.). - Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável.
3.ed. São Paulo: Cortez, Recife, PE: Fundação Joaquim Nabuco, 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. - Comportamento Organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de


Janeiro: Campos, 2005.

COSTA, Tacilla da; SANTOS, Sá Siqueira. As diferentes dimensões da sustentabilidade na sociedade


civil brasileira: o caso Gapa-Bahia. Salvador: UFBA, 2005. Dissertação (Mestrado em administração),
Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, 2005.

FEUERSCHÜTTER, Simone G. - Cultura Organizacional e dependências de Poder: amudança


estrutural em uma organização do Ramo de informática. Revista de Administração e Contabilidade,
1997

INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das melhores práticas de


governança corporativa. São Paulo: IBGC, 2015.

OLIVEIRA, Marcia Maria Dosciatti de – Cidadania, meio ambiente e sustentabilidade/ org – Caxiasdo
Sul, RS: Educs, 2017

10

Você também pode gostar