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seeun costumava ser vista pelos corredores da escola como uma garota de gostos

esquisitos, mesmo que todos gostassem dela e se sentisse confortável na presença da


morena. todos exceto heeseung, porque ele normalmente não dava a mínima para a yoon e
ela até mesmo agradecia, não gostaria de, por acaso, acabar como uma pessoa azarada
por convivência. mas, voltando para si, normalmente tinha uma energia que mal cabia no
corpo, está sempre por aí conversando com alguém e sendo uma borboletinha social
formidável, muito embora passasse muito tempo conversando sozinha já que costumava
dar voz aos seus pensamentos e respondê-los em voz alta. não perdia uma oportunidade
de fazer piada e provocar, e parecia que quanto mais a pessoa se irritasse consigo, mais a
provocava. era divertido e sempre tentava não passar da linha. e se pudesse apontar um
defeito, talvez fosse sua sinceridade ingênua; a mania que tinha de falar as coisas sem que
pensasse direito, o que acabava metendo seeun em situações constrangedoras.

àquele dia a morena mal acreditou no tipo de situação que heeseung estava envolvido,
afinal, era um tanto óbvio que o lee não era nenhum amante e não estava envolvido em um
caso de amor sórdido e proibido, mas isso com certeza tinha a ver com todo o azar que o
cercava. aliás, seeun adorava rir das situações esquisitas que o irmão gêmeo da sua
melhor amiga se metia, eram tantas que se não acompanhasse a maioria de perto não
acreditaria. o mais estranho era que o lee é o único tão azarado na família, já que minjeong
nunca teve nenhum problema assim; tinha certeza disso porque os conhecia praticamente a
vida inteira, ou pelo menos, é essa a sensação que dar após ter a mesma melhor amiga
desde os 6 anos de idade.

tinha acabado de chegar a casa da amiga após a aula, já estava pronta para a aula de balé
que teria logo após, dali uns 40 minutos, e como o estúdio era caminho, seeun sempre
passava um tempo com minjeong. estava, obviamente, contando a ela os detalhes que
descobriu da última grande fofoca (lê-se heeseung amante) quando o próprio bateu na
porta, adentrando o quarto com uma expressão chorosa no rosto. nem mesmo parecia o
cara de um metro e oitenta e dois centímetros sempre confiante. escondeu o riso fraco que
soltou levando a atenção ao celular, fingindo-se de invisível.

— não só isso... — murmurou distraída, coisa que não devia. — se fosse só amante estaria
tudo bem, mas estão dizendo por aí que você pegou a namorada do johnny. — deixou o
celular de lado e deitou-se de bruços na cama, apoiando o queixo sobre as palmas das
mãos. — cara, sabia que minha mãe conhece uma xamã? posso te passar o contato, talvez
você precise porque se livrar do johnny vai ser difícil. ele tá possesso, sabia? disse que se
te encontrasse pelos corredores acabava com você. — lhe deu um meio sorriso, sabendo
que estava apenas provocando o rapaz.

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