Você está na página 1de 3

2017­5­29 Guerras Púnicas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Guerras Púnicas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As Guerras Púnicas consistiram numa série de três conflitos


que opuseram a República Romana e a República de
Cartago, cidade­estado fenícia, no período entre 264 a.C. e
146 a.C.. Depois de quase um século de lutas, ao fim das
Guerras Púnicas, Cartago foi totalmente destruída e Roma
passou a dominar o mar Mediterrâneo[1].

O adjetivo "púnico" deriva do nome dado aos cartagineses


pelos romanos (Punici)[1] (de Poenici, ou seja, de
ascendência fenícia) Cartago antes da Primeira Guerra Púnica.
Localizada no norte da África, por volta do século III a.C.
Cartago dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos
comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na
Sardenha, Córsega e a oeste da Sicília (ilhas ricas na
produção de cereais), no sul de península Ibérica (onde
exploravam minérios como a prata) e em toda costa
setentrional da África.

Índice
1 Causas
2 As hostilidades República Romana e Império Cartaginês antes da
3 As três guerras Segunda Guerra Púnica.
4 Consequências das guerras púnicas
5 Referências
6 Bibliografia

Causas
As Guerras Púnicas tiveram como causa a rivalidade entre
Roma e Cartago, pela hegemonia econômica, política e
militar na Sicília [1] e depois em todo o Mediterrâneo
ocidental, importante meio de transporte de mercadorias
naquela época.

Quando Roma anexou os portos do sul da península Itálica, Mapa da I e II Guerras Púnicas.
os interesses de Nápoles e Tarento (atual Taranto) (colônias
gregas rivais de Cartago, na Magna Grécia) tornaram­se
interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos
ocidentais, iria intervir na luta secular entre sicilianos e cartagineses.

As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma
comunidade de cidadãos e um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_P%C3%BAnicas 1/3
2017­5­29 Guerras Púnicas – Wikipédia, a enciclopédia livre

As hostilidades
A maior parte da Sicília era habitada por vários cartagineses, em luta constante com as colônias gregas da
Magna Grécia. Os romanos intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa, ocupou a cidade de
Messina. Os cartagineses declararam guerra a Roma.

O general cartaginês Amílcar conquistou o sul da península Ibérica. Dali, seu filho Aníbal, em 218 a.C.,
desencadeou a Segunda Guerra Púnica. Partindo da península Ibérica, atravessou os Alpes e chegou à península
Itálica. Venceu os romanos em várias batalhas, porém não marchou sobre Roma.

Isso possibilitou aos romanos a conquista da península Ibérica, a destruição de sua base logística e o
desembarque na África, levando a guerra ao solo cartaginês. Aníbal, obrigado a retornar a Cartago, foi
derrotado por Cipião Africano, em 202 a.C., na batalha de Zama.

Severa foi a pena imposta a Cartago, que teve de pagar pesados impostos e também ficou proibida de fazer
guerra a outros povos sem ordens do senado romano. Em Roma, o senador Catão iniciava intensa campanha
contra Cartago. Todos os seus discursos terminavam com a frase: "Cartago precisa ser destruída" (delenda est
Carthago).

Usado o pretexto que Cartago desobedecera a Roma, em 146 a.C., Cipião Emiliano, com suas forças, arrasou
totalmente a cidade, queimando­a e colocando sal pelo solo, "para que ali nada mais crescesse".

As três guerras
A Primeira Guerra Púnica foi principalmente uma guerra naval que se desenrolou de 264 a.C. até 241
a.C.. Iniciou­se com a intervenção romana em Messina, colônia de Cartago situada na Sicília. O conflito
trouxe uma novidade para os romanos: o combate no mar. Com hábeis marinheiros, Cartago era a
principal potência marítima do período. Os romanos só conquistaram a vitória após copiar, com a ajuda
dos gregos, os barcos inimigos. Roma conquistou a Sicília, Córsega e a Sardenha.[2]
A Segunda Guerra Púnica ficou famosa pela travessia dos Alpes, efetuada por Aníbal Barca, e
desenrolou­se de 218 a.C. até 201 a.C.. Desenvolveu­se quase toda em território romano. Liderados por
Aníbal, os cartagineses conquistaram várias vitórias. O quadro só se reverteu com a decisão romana de
atacar Cartago. Aníbal viu­se então obrigado a recuar para defender sua cidade e acabou derrotado na
Batalha de Zama. Roma assumiu o controle da península Ibérica. [3]
A Terceira Guerra Púnica, que se desenrolou de 149 a.C. a 146 a.C.. Roma foi implacável com o inimigo.
Sob a liderança de Cipião Emiliano Africano atacou e destruiu completamente a cidade de Cartago,
escravizando os sobreviventes. A cidade foi incendiada e suas terras cobertas com sal para que nada mais
produzissem. Com isso completou­se o ciclo de batalhas que deu grande parte do mar Mediterrâneo aos
romanos. [4]

Consequências das guerras púnicas


Roma passou a dominar todo o comércio do Mediterrâneo Ocidental e a partir daí iniciou suas conquistas
territoriais com as quais dominou todo o Mediterrâneo e grande parte da Europa.
Com o crescimento do comércio, surgiu uma nova classe social denominada homens novos/ cavalheiros/
comerciantes (plebeus e patrícios então falidos).
Surgiu em Roma um grave problema social, pois as conquistas aumentaram muito o número de escravos,
o que gerou um grande desemprego na plebe.
Concorrência dos produtos importados das novas províncias, fazendo entrar em crise a agricultura
italiana (falência dos pequenos proprietários italianos) ­ os pequenos e médios proprietários foram
obrigados a vender suas propriedades para os latifundiários e para o Estado (Ager publicus).

Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_P%C3%BAnicas 2/3
2017­5­29 Guerras Púnicas – Wikipédia, a enciclopédia livre

1. AVENTURAS NA HISTÓRIA, São Paulo: Abril, Ed. 1, fevereiro de 2007


2. MAGNOLI, Demetrio (2009). História das Guerras 1 ed. [S.l.]: Contexto. p. 57
3. MAGNOLI, Demetrio (2009). História das Guerras 1 ed. [S.l.]: Contexto. p. 62
4. MAGNOLI, Demetrio (2009). História das Guerras 1 ed. [S.l.]: Contexto. p. 70

Bibliografia
História das Guerras­ Magnoli, Demétrio : Editora Contexto, 2009/02/06

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Guerras_Púnicas&oldid=48713063"

Categoria: Guerras Púnicas

Esta página foi editada pela última vez à(s) 19h47min de 2 de maio de 2017.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons ­ Atribuição ­ Compartilha Igual
3.0 Não Adaptada (CC BY­SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes,
consulte as condições de uso.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_P%C3%BAnicas 3/3

Você também pode gostar