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Antiguidade – Roma

#Introdução:
Roma, a exemplo dos dias atuais, localiza-se na região da península itálica ao sul da
Europa, o que garante ao local um clima relativamente mais quente se compararmos
com a maioria dos outros países Europeus. Na antiguidade, esta região fora habitada
por diversos povos através dos tempos, entre os quais destacaram-se; Os italiotas ao
centro que chegaram no território por volta de 2000 a.C. os Etruscos que ocuparam a
parcela norte da região, enquanto gregos migraram ao sul. A cidade de Roma na
verdade surgiu como um ponto de defesa, criado pelos Italiotas para proteger seu
território na região central da península contra os ataques Etruscos, porem apenas
após a vitória Etrusca, a cidade fora de fato consolidada.

A História de Roma em divida em 3 períodos principais

 Monarquia: 753-509 a.C


 Republica: 509 – 27 a. C
 Império: 27 – 476 d. C.

#Monarquia:

A monarquia fora o primeiro sistema politico instalado na cidade de Roma, logo após a
dominação Etrusca, mas desde este período, em que o Rei ( empossado pelos
Etruscos) possuía diversas funções, já existia o poder legislativo, exercido pelo
Senado, que de certa forma restringia os poderes do monarca e era composto ´por
um seleto grupo de patrícios e pela Cúria, assembleia cujo o objetivo era autenticar e
aprovar as leis elaboradas pelos senadores.

Tratava-se de uma sociedade estamentista e hierarquizada, baseada na posse de


terras, por isto temos os Patrícios, grandes proletários de territórios rurais como a
classe dominante, sendo seguidos pelos plebeus, a classe intermediaria que
representava a maior parte da população e era composta por pequenos agricultores,
comerciantes e artesãos. Apesar de seres homens livres não lhes era permitido a
participação nas assembleias nem casar-se com um patrício. Ainda em liberdade
existiam os chamados clientes, que viviam agregados aos patrícios e lhes prestavam
serviços em suas terras em troca de moradia e proteção. Na base da pirâmide social
encontravam-se os escravos ( conquistados em guerras ou por dividas) que não
possuíam nenhum direito.

Contudo, em 509 a.C. os senadores, cansados da falta de autonomia politica romana,


depuseram do poder o rei Tarquínio ( de origem Etrusca), até porque durante seu
governo Tarquínio aproximara –se da plebe e das classes sociais mais baixas o que era
mal visto pelos Patrícios, graças ao período decadente em que encontrava-se o
império Etrusco, (isto somado ao escândalo causado pelo fato do sexto filho de
Tarquínio ter violentado uma jovem), o senado conseguiu arquitetar um golpe de
estado, instituindo assim; a republica.

# Republica:

Com a implantação da republica o poder consolidou-se nas mãos da aristocracia rural


proprietária de grandes extensões de terra, o senado era o mais importante órgão
publico, pois cabia a este a determinação de leis e as principais decisões politicas da
cidade ( lembrando que o órgão era composto por 300 senadores com mandatos
vitalícios), mas ainda haviam ainda outras instituições governamentais, em uma
tentativa de evitar a concentração de poder, uma vez que os patrícios temiam uma
possível volta da monarquia. Estas instituições eram as assembleias curial e tribal
( sendo que a segunda surgiu para defender os interesses da plebe) que eram
responsáveis pela votação de projetos, assuntos religiosos e nomeações dos cargos
públicos. Alem da chamada centuriata que elegia a magistratura, ou os
magistrados conjunto mais alto e importante de cargos públicos, que eram eleitos
periodicamente ou seja, exerciam seu mandato por um tempo determinado.

Dentro da magistratura os cônsules ( dois, eleitos uma vez por ano) eram considerados
os mais importantes pois presidiam o senado e as assembleias. No mesmo patamar
encontravam-se os pretores ( notas: Reyna, is that you ? –NN) que se encarregavam
da administração da justiça e os censores ( notas: ou eles chegavam aos censos,
inclusive essa é a origem da palavra senso) que elaboravam a contagem da
população e definiam os critérios para verificar sua renda anual. Haviam ainda os edis,
responsáveis pelo espaço urbano e os questores que administravam o tesouro publico.

Lembrando que eram apenas considerados cidadãos romanos homens livres e maiores
de idade, por tanto crianças, mulheres e escravos não possuíam direitos políticos

Porem esse modelo de organização social era extremamente desigual e marginalizava


a plebe que em contra partida desejava igualdade de direitos. Por isto em 493 a. C.
os plebeus que trabalhavam tanto no meio rural, quanto urbano e no exercito
passaram a lutar por mudanças. Entre as reivindicações populares estavam o
abrandamento da lei que permitia a a escravidão por dividas, igualdade perante a lei,
o fim da criminalização dos casamentos mistos, além do acesso ao senado por meio de
um representante eleito pela plebe. Numa tentativa de alcançar estes objetivos os
plebeus rebelados, abandonaram a cidade em protesto, fazendo com que Roma,
literalmente parasse de funcionar, tendo assim suas reivindicações atendidas pelo
senado. Procurando evitar outra rebelião, e temendo a ameaça da plebe o patrícios
criaram o tribuno da plebe, cargo politico que colocaria os plebeus mais próximos do
poder, o tribuno seria um representante plebeu que teria participação no senado e
representaria a população, exceto nos períodos de guerra, quando os cônsules
indicavam um ditador, que exerceria poder absoluto e lideraria a cidade por no
máximo 6 meses.

No período seguinte as conquistas da plebe foram expandindo-se, gradativamente com


o passar dos anos. Em 450 a.C. criou- se a lei das doze tabuas, um código penal,
escrito que estaria acessível para toda população por isso impediria, que qualquer
plebeu fosse enganado por desconhecimento da lei. Apenas 5 anos, em 445 a. C.
fora criada a lei Canuleia, que legalizava o casamento entre patrícios e plebeus. Por
fim em 367 a. C. a Lei Licinias pois fim a escravidão por divida, e garantiu que um
dos cônsules seria plebeu.

Nos séculos seguintes Roma iniciou um processo de expansão territorial, incorporando


partes da Europa, Ásia e norte da África a sua extensão. A primeira grande conquista
Romana fora o domínio total da península Itálica, acabando com as ameaças regionais
e garantindo o abastecimento de produtos essenciais para a população de Roma. O
próximo alo fora a cidade de Cartago, no norte africano, que se localizava em posição
estratégica pois ligava o mediterrâneo ocidental e oriental. Os interesses
expansionistas de Roma, especialmente na região da Sicília geraram uma serie de
conflitos territoriais, conhecidos como guerras púnicas.

 Primeira Guerra Punica: Durou de 264 até 241 a.C. Após consolidar sua
liderança sobre o o território Italiano, Roma iniciou uma guerra contra Cartago
( fundada pelos fenícios por volta 800 a. C.) passados 23 anos, Roma venceu a
batalha decisiva realizada na ilha de Égales, como perdedora, Cartago teve de
entregar aos Romanos, os territórios da Sicília, da Córsega e da Sardenha.
 Segunda Guerra Punica: De 218 á 201. Mesmo derrotada, Cartago mantinha
seu domínio sobre territórios importantes e passou a explorar as minas de
prata na Espanha, ação que desagradava Roma. A cidade Italiana, ainda tentou
evitar um novo conflito, porem não obteve êxito, o exercito cartaginês rumou
ao norte surpreendendo e derrotando os soldados de frente romanos,
chegando perto do cidade em si. Como seus exércitos estavam enfraquecidos,
Roma viu-se obrigada a criar uma estratégia para não ser derrotada,
passaram a vigiar o mediterrâneo, rumando a Cartago impedindo que Aníbal, (
rei de Cartago) recebesse esforços e forçaram o comandante a recuar, para
proteger sua cidade. Mais uma vez, as tropas Romanas , lideradas por Cipião,
venceram a grande batalha.
 Terceira Guerra Punica: Com evidente domínio do mediterrâneo, Roma, impôs
no tratado de paz que Cartago só poderia entrar em guerra com outras nações,
caso recebesse a aprovação do senado romano. A terceira guerra punica, que
durou de 149 – 146 a C. ocorreu através de uma estratégia Romana, que
induziu Cartago a entrar em guerra com a Numídia, sabendo que os
Cartagineses iriam se recusar a pedir a aprovação dos senadores, criando
assim um pretexto para atacar Cartago. Motivados pelo desejo de destruição,
os soldados romanos aniquilaram totalmente a cidade de Cartago, escravizaram
sua população e tomaram seus territórios, assumindo assim o controle absoluto
do mediterrâneo ocidental.

A expansão territorial trouxe modificações a sociedade Romana, aumentaram as


riquezas da cidade bem como o numero de escravos, conquistados nas guerras que
passaram a trabalhar principalmente na agricultura, o que provocou um certo êxodo
rural, devido a falência dos pequenos produtores. Nas cidades a utilização da mão de
obra escrava também gerou um grande índice de desemprego entre os homens livres,
o que gerou também miséria para os plebeus que viviam em meio urbano

Graças a este novo contexto de extrema desigualdade social, os patrícios passaram a


ver seu poder oligárquico ameaçado uma vez que os camponeses vinham
pressionando-os politicamente, destruindo propriedades de terra e reivindicando seus
direitos. Fora neste contexto que surgiram Tibério e Caio, os irmãos Graco, tribunos
da plebe, com participação no senado que para solucionar a crise elaboraram uma
proposta de reforma Agraria ou seja, uma redistribuição das terras publicas para os
que estavam desempregados, acabando com a concentração territorial nas mãos dos
grandes proprietários, e garantindo aos pequenos produtores uma chance de usufruir
do meio rural de forma igualitária. A proposta desagradou a elite patrícia, o que
culminou não só na reforma agraria sendo vetada pelo senado mas como também, no
assassinato de Tibério Graco e seus seguidores.

Dez anos depois, Caio, reeleito retomou o projeto da reforma agraria, e propôs uma
serie de medidas para a melhoria das condições de vida da plebe, criando inclusive a
Lei frumentária, que tornaria o preços do trigo obrigatoriamente baixos. É claro que
este tipo de ativismo politico também incomodou os patrícios, o senado se opôs as
propostas de Graco o que gerou uma tensão social, resultando, na morte do segundo
irmão Graco, bem como nas prisões de seus aliados políticos.

Contudo isto não fora o suficiente para silenciar a plebe que continuava insatisfeita
com a desigualdade social Romana, estes conflitos acabaram por enfraquecer a
republica politicamente. Outra questão que também chegou a ameaçar o domínio
patrício e a autoridade do senado fora a força politica e o prestigio ganho pelos
militares graças a suas conquistas em campo de batalha, levando-os a inclusive ocupar
cargos públicos de certa importância. Neste contexto instável, das forças armadas,
emergiram dois grandes lideres, Mario e Sila, que respectivamente defendiam os
interesses da o população camponesa e da elite, após uma serie de disputas Sila
derrotou o rival e proclamou-se ditador, contudo seu governo fora extremamente anti-
popular, de caráter autoritário e nepotista , o ditador limitou a participação da
assembleia, anulou os poderes concedidos aos tribunos da plebe além de perseguir e
assassinar seus inimigos políticos

Apesar de tudo em 79 a.C. o ditador renunciou ao poder, gerando turbulência nos


anos que seguiram, desta instabilidade formou-se o Primeiro Triunvirato, uma junta
militar, composto pelos generais Júlio Cesar, Pompeu e Crasso, que estabeleceram
uma nova forma de administração politica, partilhada. Contudo, quando em 53 a.C.
Crasso fora morto em batalha, iniciou-se uma disputa politica entre Cesar e Pompeu.
Em 46 a.C. Júlio Cesar saíra vitorioso do conflito, e se autodeclarou ditador vitalício de
Roma. Ainda que a cidade tenha prosperado sob o comando de Cesar, a liderança do
ditador não era visto com bons olhos pelo senado que havia perdido privilégios dentro
do novo governo. O resultado então fora uma conspiração entre os senadores, e o
assassinato de Cesar que teve como principais agentes Caio Cassio e Brutus, cunhado
de Julio Cesar( Notas: Sim, dai que surgiu a especulação sobre a famosa frase ‘’ Até
tú, Brutus?’’ Embora não exista confirmação sobre a mesma) ( Notas ²: Diz a lenda
que a família de Brutus possuía parentesco, seriam descendentes da deusa Juno)
Ainda assim, os assassinos alegaram que o crime fora cometido em ordem de defender
a republica, por isto os senadores não foram punidos pela lei. Contudo a elite patrícia
não atingiu os resultados esperados, eles não conseguiram reconstituir seu poder. A
morte de Cesar causara uma comoção na população que possibilitou e apoiou a
ascensão ao poder do Segundo Triunvirato, formado por partidários de Júlio Cesar;
Lépido, chefe dos cavaleiros, Otávio, sobrinho de Cesar e Marco Antônio, seu mais fiel
general. ( Notas: Inclusive durante um breve período, Otávio e Marco Antonio aliaram-
se e vingaram Cesar, assassinando Brutus e Cassio). De inicio o segundo triunvirato,
manteve a estrutura anterior de governo, impedindo que o senado voltasse a tomar o
poder, todavia, o equilíbrio não durou muito, com Lepido afastado, iniciaram-se os
conflitos internos entre Marco Antônio que ficou no comando do oriente, e Otávio que
dominava o ocidente. Em uma de suas viagens ao Egito Marco Antônio firmou aliança
com Cleópatra ( nota : Ahaam , seeei que tipo de Aliança era essa :999 –N Pois é,
rolava. Inclusive, existe uma pequena novela mexicana envolvendo esses dois e o caso
amoroso deles, claro que não é conteúdo acadêmico nem nada, mas é interessante,
depois se quiser, eu conto) e rompeu definitivamente com Otavio, dando inicio a uma
guerra. Em 32 a.C. Marco Antônio fora derrotado, e o Egito tornou-se uma província
romana. Finalmente Em 28 a.C. Otávio recebera os títulos de príncipe senatus,
Augustus e imperatore, sendo consagrado líder politico, religioso e militar de Roma,
passando a ser conhecido como Augusto. Era o inicio do império romano.

( Notas: Inclusive, foi durante o governo do imperador Augusto que o calendário


ocidental fora formulado, como exigência, Otavio demandou que nele, houvessem
homenagens relativas ao seu próprio governo e a liderança de seu tio Cesar, por isso,
até os dias atuais o mês de Julho, vem antes do mês de Agosto ou ‘’August’’, fazendo
uma alusão ao período dos dois governantes)

# Império:

O governo de Augusto apresentou momentos de intenso desenvolvimento econômico,


baseando-se na mão de obra escrava e na fundação de colônias agrícolas na Itália e
em suas províncias. O comercio também fora estimulado através de melhorias
realizadas nos portos, do cunho de moedas de ouro e prata e da oficialização do Latim
como língua do império. Augusto aproximou a nobreza da cavalaria, estabilizando-os, e
conteve a população plebeia através da politica de governo conhecida como pão e
circo, que se trata na verdade de conceder à massa alimentos e entretenimento para
distraí-los, impedindo assim que estes se revoltem diante das injustiças e da
desigualdade social. O Exemplo mais claro disto eram as disputas e batalhas
realizadas pelos gladiadores no Coliseu, arena que inclusive foi construída pra isso.
(Nota: Ta, agora eu vou ter que entrar num ponto delicado que engloba politica x
legislação x história x geografia e todo resto, mas é impossível não falar disto porque
este assunto está em foco de discussão, e agora, mais do que nunca é importante
entender claramente do que se trata o ‘’pão e circo’’, pra posicionar-se a respeito de
uma serie de tópicos. Eu tenho minha opinião muito clara sobre isto, mas vou ser o
mais imparcial possível: Muita gente que aponta o fome zero e a realização da copa e
da olimpíada no Brasil, como exemplos da politica do pão e circo na atualidade. Esta
errado, isto é um misconcept. Não se trata aí de uma questão de opinião, é na
verdade uma questão conceitual mesmo. O fome zero seria, uma assistência básica,
recebido em caso de urgência para quem verdadeiramente passa fome e não tem
condições de sobreviver sem a comida. Já a execução da copa e da Olimpíada, não se
enquadra nisto por dois motivos; Primeiramente por que fora uma reinvindicação da
população, e segundo, por que apesar do prejuízo eminente, os dois eventos irão
trazer consequências positivas e melhorias duradouras ao país, principalmente no caso
da Olimpíada onde há a questão do ‘’legado’’. Ok, vou parar por aí, depois se quiser
conversar comigo e ouvir minha opinião sobre o assunto, eu vou adorar, até porque
talvez fosse importante porque é um tema bem atual que pode ser cobrado se na sua
prova tiver redação e talz)

Outro grande marco do governo de Otávio Augusto fora o nascimento de Jesus Cristo
na Palestina, em uma época que o país ,que era habitado pelos Judeus vivia um
período de turbulência, entrando frequentemente em confronto com os exércitos
romanos. Na época, o território já era dominado por Roma e fazia parte do império,
portanto assim como as outras províncias, tinha que se submeter as leis romanas.
Ainda assim, durante seu governo o primeiro imperador praticava uma politica de
respeito as tradições e as religiões dos povos conquistados, ou seja permitia que as
províncias exercessem sua cultura, desde que lhe fossem obedientes. Todavia, o
judaísmo era um caso a parte, os problemas instalaram-se particularmente naquela
região pois, na cultura Judaica não há a separação entre estado e religião, ou seja as
normas e a politica praticada pelos Judeus eram ditadas por sua fé, eles escolhiam
seguir os dogmas da religião, tomando suas próprias decisões politicas, ignorando as
leis de Roma, o que é claro deixava o imperador e seu exercito insatisfeito. Foi um
desses conflitos inclusive que levou a morte de Jesus, crucificado em praça publica por
espalhar seus ensinamentos e ideais que eram vistos como uma ameaça à autoridade
do imperador romano.

O Período do século I até o século III da era cristã tratou-se do apogeu de Roma, e
ficou conhecido como Alto império. Foram tempos de intensa expansão de territorial
e conquistas em que a sociedade era sustentada pela mão de obra escrava e por um
poderoso exercito que dividia-se em legiões e exercia o domínio sob as províncias. A
força da maquina de guerra romana, aliada a solidez de uma administração politica
centralizada, renderam a Roma um período de certa estabilidade e prosperidade
conhecido como pax romana que perdurou pelos dois primeiros séculos após o
nascimento de cristo.

Com a morte de Augusto em 14 d. C. uma serie de imperadores, vindo de diferentes


dinastias, ocuparam o posto de comandante supremo do império, entre os mais
conhecidos estão: Trajano, Calígula, Adriano, Nero entre outros. Sendo que o ultimo,
além de muitos outros feitos, destacou-se por iniciar a perseguição contra cristãos, já
que estes eram monoteístas. ( Nota: olha, os livros que eu estou usando como
consulta nem chegam a citar nenhum imperador, eu lembrava que eles tinham feito
algo com relevância, então coloquei estes como exemplo, se quiser se aprofundar
sobre imperador, é só falar)( nota ²: uma curiosidade; por causa desta expansão
absurda do território, Roma tinha províncias pela Europa, Ásia e África , a cidade se
tornou realmente o centro do mundo antigo, daí que surgiu o ditado ‘’ todos os
caminhos levam a Roma’’, por que Roma estava cercada por suas províncias em todas
as direções)

Com o tempo, a centralização politica, conquistada durante o governo de Otavio


Augusto, ruirá devido as dimensões astronômicas que o império adquiriu graças a
suas conquistas territoriais, uma vez que para manter a ordem em tantas localidades
de culturas e costumes diferentes, era necessário um gigantesco número de soldados
em cada província, percorrendo o império de uma extremidade a outra, fazendo com
que grande parte do dinheiro obtido pelo estado romano fosse consumido na
manutenção das legiões.

Uma vez que império chegara a seu ápice, seu ponto máximo de expansão, surgira
uma nova tendência, isto é um refluxo territorial, o que influenciou diretamente as
atividades econômicas romanas, em especial a agricultura e a pecuária, com a
escassez de escravos e a necessidade de produção aumentando, este tipo de mão de
obra tornou-se extremamente cara. Fora o período de crise conhecido como baixo
império. A partir daí o trabalho livre começou a crescer, o sistema escravocrata foi
gradativamente substituído pelo sistema de colonato, no qual homens livres
trabalhavam no meio rural para os grandes proprietários de terra em troca de comida
e moradia, criando uma dependência entre o ‘’patrão’’e o ‘’empregado’’ que
trabalhava no latifúndio, sendo que esta dependência era hereditária. ( Nota: era a
transição e o inicio da mão de obra servil, típica do sistema feudal que se instalaria a
seguir)

As dificuldades que surgiram na produção dos alimentos provocou um violento


processo inflacionário dentro do império, isto é, uma drástica ascensão nos preços de
produtos básicos, consequentemente , sustentar-se no meio urbano tornou-se uma
tarefa complicada para os camponeses o que gerou caótico êxodo urbano. (Nota:
outra característica do feudalismo, começando a surgir; a intensa concentração
populacional no meio rural)

Nas camadas da elite, também iniciou-se uma disputa de poder entre senadores e
chefes militares, comprometendo a unidade do império, desarticulando as forças
militares responsáveis pela proteção das fronteiras, facilitando assim, a pressão dos
grupos bárbaros ( Nota: É importante observar aqui, algo que se repete através da
história; em situações de crise econômica a elite tende a tornar-se um grupo cada vez
mais restrito. Vemos isto até nos dias de hoje, é por esta razão que países
extremamente ‘’subdesenvolvidos’’ apresentam uma concentração de renda absurda)

Buscando amenizar a crise, o imperador Diocleciano criara algumas medidas


administrativas e politicas, foram estas; o Édito máximo, fixando os preços e
salários, visando combater os efeitos da inflação. A chamada Tetrarquia dividiu o
império entre quatro generais o que inibiu a participação do estado. Enquanto o
próprio Diocleciano comandava o ocidente, Maximiano governava a parcela oriental,
sendo que ambos eram ajudados por seus dois auxiliares, conhecidos como césares,
eram eles Constantino e Galério. Graças a esta divisão e as variadas intervenções
militares que ocorreram no período, o império romano conseguiu se manter. No
entanto com a morte de Diocleciano, Constantino assumiu o poder e pôs fim a
tetrarquia, o Édito de Tessalonica dividiu o império em parcelas; ocidental e oriental,
transferindo a capital do império para o oriente, onde fundou a cidade de
Constantinopla ( atual Istambul) e passou a administrar Roma e suas províncias por
lá, uma vez que a crise não assolara a parte oriental do império de forma tão
devastadora, já que naquela região a escravidão nunca fora o tipo de mão de obra
predominante e sua economia era mais diversificada, além de ser menos vulnerável
aos ataques bárbaros. Em 313, por meio do Édito de Milão, Constantino pôs fim a
perseguição aos cristãos permitindo –lhes liberdade religiosa. Mais tarde o cristianismo
viria inclusive a se tornar a religião oficial do império, surgiria aí, o novo testamento.
( Nota: Eu não vou me estender muito nesse assunto por que dá processo –n. Mentira
é porque eu não lembro do tema com precisão e não há provas concretas de nada,
mas existem fortes indícios de que o novo testamento teria sido completamente
manipulado por Constantino e por uma serie de outros lideres religiosos que o
elaboraram, para atender a interesses políticos * para mais informações leia ‘’ O código
da Vince’’ *-nnn ).

Já o império do ocidente via sua fronteiras ruindo, e cedendo as invasões barbaras,


assim diversos povos diferentes adentraram e instalaram-se em solo romano. Contudo
devido as diferenças culturais, estes encontraram certa dificuldade de adaptação.
Germanos, por exemplo possuíam uma organização politica extremamente simples e
se chocavam diante dos princípios do direito romano. Estas divergências causavam
conflitos entre os romanos e os povos bárbaros, que devido aos maus-tratos por parte
dos oficiais do império, rebelaram-se. Em 476, no fim do século III, houve a tomada
definitiva de Roma, era oficialmente o fim do grandioso Império Romano.

#Cultura:

Apesar do fim trágico, o império romano foi e ainda é, extremamente importante para
a formação de nossa sociedade, graças ao legado deixado nos mais diferentes campos,
tais quais a arquitetura, a arte, os costumes, a politica e etc. Até mesmo nossa língua,
o português possui origem romana, ou melhor, possui suas raízes no latim. As
chamadas línguas latinas ( português, francês, italiano, espanhol e suas variações),
nada mais são do que misturas entre o latim e os dialetos dos povos bárbaros que
ocuparam o império, por isto é tão comum encontrar palavras semelhantes dentro
destas línguas. O noção atual de ‘’belo’’ também é um conceito Greco-romano, bem
como muito de nossas ideias a respeito de justiça. A Grécia também nos rendeu as
disciplinas que hoje estudamos e nos baseamos, uma vez que lá surgira a filosofia mãe
de todas as ciências. Por isso dizemos que as civilizações Grega e Romana foram o
berço da sociedade ocidental.
A cultura e os costumes romanos refletiam a expansão territorial e o contexto
politico administrativo do império, uma vez que esta incorporava elementos dos poos
conquistados. Roma adotou por exemplo os deuses e a mitologia Grega ( que
sofreram apenas pequenas alterações em solo romano). A arquitetura fora marcada
pela influencia Grega, que trouxe a Roma o sistema de Colunas e as noções estéticas
e pela influencia Etruscas que contribui com as construções com arcos e abóbodas.
Talvez os exemplos mais grandiosos disto sejam o coliseu e o panteão. ( nota: Outra
prova da cultura romana influenciando em nossa sociedade através do séculos, é a
questão dos arcos, erguidos após vitórias em grandes batalhas. Anos depois, na idade
moderna, o mesmo foi feito por Napoleão, o tal monumento dura até hoje com
esplendor, é o famoso Arco do triunfo de Paris)

As artes plásticas se caracterizavam pelos mosaicos e murais pintados decorativos


presentes nas grandes cidades, tanto em casas de famílias ricas quanto em locais
públicos. No ramo da literatura o período mais relevante fora a transição da republica
para império, durante o governo de Augusto com as obras de Cicero e Virgílio.

A urbanização também fora uma herança romana; a existência de esgotos, calçadas,


áreas publicas e mercados, tão essências nos dias de hoje eram praticas das cidades
romanas. Muito das nossas noções de direito são contribuições romanas. É o caso da
necessidade de um sistema legislativo, dos princípios ‘’ in dubio pro reo,’’ no caso de
duvida absolva o reo, ou seja ‘’todos são inocentes até que se prove o contrário’’ e
‘’dura lex, sed lex ‘’ a lei é dura, mas é a lei portanto deve ser cumprida.

# Glossário:

 Monarquia: mono = único, um/ ‘arquia’= governo, poder. Ou seja é a forma de


governo em que o poder se concentra nas mãos de um único individuo, o rei ou
a rainha.
 Sociedade estamentista: sociedade dividida em estamentos, ou seja em classes
sociais.
 Republica: rep = coisa/ publica= do povo
 Vitalícios: que perduram até o fim da vida
 Periodicamente: se repetem dentro de um intervalo constante de tempo.
 Ditador: trata-se apenas de um sujeito que em tempos de necessidade tomava
ganhava o controle absoluto do estado com o respaldo da lei, diferentemente
do tirano que chegava ao poder máximo de forma anticonstitucional ou ilegal.
Na era moderna, a palavra ‘’ditador’’ ou ‘’ditadura ‘’ ganhou caráter pejorativo
e esta relacionado ao totalitarismo e ao abuso de poder.
 Púnicas : esta relacionado a palavra ‘’puns’’ modo como os romanos se
referiam aos fenícios, povo que deu origem a Cartago
 Êxodo rural : deslocamento massivo dos cidadãos do campo rumo a cidade,
gera a urbanização
 Monoteísta: mono = único, um/teo = deus, divino, religioso. Ou seja
acreditavam em um único deus
 Latifúndio: grande propriedade de terra que tem como finalidade a produção
agrícola não para a subsistência, mas para o comercio.
 Êxodo urbano: deslocamento massivo dos indivíduos das cidades em direção
ao campo. Gera ruralização
 Bárbaros: forma como os romanos chamavam todos os povos que não
pertenciam ao império, tais quais os hunos, visigodos, germanos ostrogodos e
etc. Possui caráter pejorativo, erroneamente dando ideia de selvagens
 Panteão ou Pantheon : pan = tudo, todos/ theo ou téo: divino, deus. Era um
templo para o culto a todos os deuses.

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