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EBRAMEC - Escola Brasileira de Medicina Chinesa

CIEFATO – Centro Internacional de Estudos de Fisioterapia, Acupuntura e Terapias Orientais

Técnicas deAgulhamento
e
Acupuntura do
2º Metacarpo

R. Tobias Barreto, 1243/1245 – Belém – (0xx11) 6605-4288/6607-5263 – site: www.ciefato.com.br


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Após realizarmos o diagnóstico e termos identificado as condições de plenitude ou de deficiência,


podemos traçar a estratégia de tratamento, que envolverá a seleção correta dos pontos de acupuntura
mais adequados para a ocasião.
Além disso, devemos identificar quais as técnicas de manipulação das agulhas são mais
adequadas para o caso, dependendo de ser um estado de plenitude ou de deficiência.
No ano de 1968, no condado de Mancheng, na província de Hebei, uma tumba antiga da Dinastia
Han Ocidental, enterrada no ano 113 A.C., foi escavada e dentre as relíquias encontradas, havia quatro
agulhas de ouro e cinco agulhas de prata.
No capítulo 7 do Ling Shu, podemos encontrar uma afirmação a respeito da importância do
conhecimento das funções das agulhas: “Na importância que se concede à acupuntura, a função das
agulhas é a mais sutil. Cada uma das agulhas é adequada a um fim. São elas longas ou curtas, grandes
ou pequenas. Cada uma delas tem sua aplicação. Se o emprego delas não for adaptado, a doença não
pode ser modificada.”

Agulhas Filiforme

A agulha que empregamos com maior freqüência para os tratamentos com acupuntura é uma
evolução da sétima agulha dentre as nove agulhas clássicas, a Hao Zhen. Este tipo de agulha é
conhecido amplamente por agulha filiforme ou agulha fina. Na China as agulhas recebem o nome de
Zhen, enquanto que no Japão o nome é Shin.
A agulha filiforme no decorrer de seu desenvolvimento já foi produzida em diversos tipos de
materiais diferentes como outro, prata, cobre, ferro, porém, hoje em dia, a grande maioria das agulhas
são produzidas em aço inoxidável.
Diversos são os procedimentos envolvidos com a adequada utilização das agulhas filiformes na
prática, desde o momento em que o praticante segura a agulha até o momento em que ele a retira do
paciente após todos os procedimentos.
O praticante deve estar atento a cada etapa e cada procedimento para que o melhor resultado
terapêutico possa ser alcançado. Neste momento vamos revisar os procedimentos básicos e analisar os
procedimentos avançados de manipulação das agulhas de acupuntura.
Basicamente, podemos afirmar que a inserção de agulhas pode ser realizada com ambas as mãos,
como é de maior costume e uso por todo o mundo, como também pode ser realizada com apenas uma
das mãos. Ambas as formas serão analisadas nesta obra.
Além destas técnicas mais tradicionais, não podemos esquecer da forma oriunda da acupuntura
japonesa, que é a inserção de agulhas com auxílio de um condutor, um tubo, que facilita a inserção das
agulhas na opinião de muitos estudantes e acupunturistas.
O método de inserção de agulhas com ambas as mãos é o mais clássico de todos e é descrito
desde os tempos do Huang Di Nei Jing, passando por todos os demais textos clássicos como Zhen Jiu
Jia Yi Jing,
Zhen Jiu Da Cheng, sempre enfatizando a aplicação combinada de ambas as mãos, apresentando a
mão direita como mão de inserção e a mão esquerda como mão de apoio.
Normalmente são descritos 4 métodos básicos:
• Pinçar com a mão esquerda
• Pressionar com a mão esquerda
• Esticar com a mão esquerda
• Combinar a mão direita com a mão esquerda

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A inserção de agulha que se faz com a utilização de um condutor, mandril, é a mais popular
principalmente no ocidente, por sua facilidade de aplicação e de aprendizado. Este método foi
desenvolvido no Japão, por volta de 1600 pelo renomado acupunturista Waichi Sugiyama, que era
deficiente visual e tinha dificuldade em localizar o ponto com uma das mãos e ter que utilizar esta
mesma mão para posicionar a agulha de maneira adequada na outra mão e posteriormente inserir a
agulha.
Para uma boa administração da acupuntura, o praticante deve, antes de qualquer coisa, saber
exatamente como inserir as agulhas, porém a inserção somente não basta. O acupunturista deve dominar
os princípios de seleção da angulação, da profundidade e o direcionamento do agulhamento.
Na prática da acupuntura, a seleção correta e a precisa localização dos pontos de acupuntura para
tratamento é muito importante. No entanto, se estes forem devidamente selecionados e localizados e o
acupunturista inserir a agulha na direção errada, na profundidade errada ou na angulação errada, os
efeitos terapêuticos desejados não serão alcançados.

Revisando Angulação do agulhamento

Esta etapa do tratamento com acupuntura implica no conhecimento, por parte do acupunturista,
do ângulo formado pelo corpo da agulha após esta já ter sido penetrada na pele do paciente.

Revisando Direção do agulhamento

A grande maioria dos praticantes de acupuntura no Brasil tende a direcionar a ponta da agulha de
acordo com o fluxo de Qi que circula pelos Canais Principais (Jing Mai).
Além desta recomendação, a direção do agulhamento deve ser norteada de acordo com a região
que se deseja que o Qi chegue. Ou seja, a ponta de agulha deve estar direcionada para o local ou área que
se deseja estimular o foco do tratamento. Alguns pontos de acupuntura exigem direcionamentos bem
determinados para as agulhas para que sejam evitadas possíveis lesões, ou ainda, que efeitos terapêuticos
específicos possam ser obtidos.

Revisando Profundidade do agulhamento

Esta etapa do tratamento implica no acupunturista decidir, dentre diversos fatores, qual será a
profundidade mais indicada para a inserção da agulha, sendo que esta possui uma relação muito próxima
com a angulação da agulha, visto que quanto menor for o ângulo, mais superficial será a inserção, e o
contrário também é verdadeiro.

Controle da Mente

O princípio de controle da Mente (Shen) faz referência ás técnicas de indução, promoção, do De


Qi através de duas condições básicas. A primeira delas relaciona-se com a concentração da Mente (Shen)
do acupunturista e a segunda delas relaciona-se com a regulagem das atividades mentais do paciente.
A concentração da Mente (Shen) do acupunturista implica no fato de que este deve concentrar seu
Qi e prestar o máximo de atenção no paciente, observando as alterações e buscar a sensação do De Qi
debaixo da ponta da agulha.
No Capítulo Jiu Zhen Shi Er Yuan, primeiro capítulo do Ling Shu é possível encontrar a seguinte
passagem: “Ao segurar a agulha, deve-se fazê-lo de maneira decidida, mirando o ponto de acupuntura
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acuradamente e picar prontamente; a agulha não deve deslizar da direita para a esquerda. O
acupunturista deve concentrar sua Mente (Shen) na ponta da agulha, prestando atenção no paciente...”
A regulagem das atividades mentais do paciente implica em fazer com que a Mente (Shen) do
paciente, que possivelmente se encontre dispersa, retorrne e fazer com que os pensamentos ruins, como
medo ou ansiedade durante o agulhamento sejam amenizados, eliminados.
Para alcançar a tranqüilidade do paciente é importante que se ofereça uma detalhada explicação
sobre o tratamento por acupuntura, para que este possa aliviar possíveis tensões devido ao medo de
agulha, além de aumentar a confiança no profissional e no tratamento a ser realizado.
O acupunturista pode ainda solicitar que o paciente foque sua atenção no local que está sendo
agulhado para que possa descrever as sensações percebidas na região, ajustar as manipulações e ampliar
os efeitos terapêuticos.
O De Qi, traduzido para o português como chegada do Qi ou obtenção do Qi, é de fundamental
importância para a prática bem sucedida da acupuntura. O De Qi é percebido após a inserção e
manipulação da agulha no local correto do ponto de acupuntura e na profundidade adequada, onde os
pacientes e os praticantes mais experientes relatam sensações particulares.
A importância do De Qi pode ser evidenciada através da seguinte passagem do Capítulo Jiu Zhen
Shi Er Yuan, primeiro capítulo do Ling Shu: “Ao fazer a acupuntura, se não foi conseguido o De
Qi não se deve inquietar quanto ao número das manipulações. Após conseguir o De Qi pela acupuntura
pode-se então fazer a retirada da agulha. Não é necessário reiterar a puntura ... A chegada da energia
atesta a eficiência da acupuntura. Revela-a como o vento escorraça as nuvens. Permite pela sua clareza
ver imediatamente o azul do céu. Encerra a regra fundamental da acupuntura”.
A experiência clínica indica que a sensação do De Qi tem diferentes efeitos terapêuticos em
doenças diferentes. Para o paciente a sensação do De Qi pode se apresentar de maneiras diferentes, com
destaque para sensação de peso, adormecimento, distensão, dor, sensação de choque elétrico, sensação
de onda ou bolha de ar, frio ou calor.
Já para o acupunturista, a sensação do De Qi pode ser percebida como uma sensação de aperto em
profundidade, ou por uma sensação de tensão ao redor da agulha ou por debaixo desta. O ideal é que o
acupunturista mais experiente consiga identificar esta sensação sob a agulha antes mesmo que o paciente
descreva a sensação.
Deve ficar claro que o De Qi não é somente sentido no local do agulhamento mas pode ser
sentido no local afetado pela patologia quando empregados pontos denominados distantes, sendo que
estas sensações estão relacionadas com a propagação da sensação do De Qi e a eficácia do tratamento,
sendo esta circulação da sensação considerada como um dos elementos essenciais e mais importantes
para o tratamento.
Em diversos estudos realizados com relação ao De Qi, foi constatado que a intensidade das
sensações do De Qi aumentam no decorrer das sessões de acupuntura. Várias outras foram as
constatações destes estudos como que a obtenção do De Qi é relativamente bem mais fácil nos pontos
dolorosos, identificados pelos chineses como pontos A Shi (? – ashìxué), nos pontos próximos das
grandes articulações (joelho, cotovelo...), pontos de intersecção entre os Canais Principais, a sensação do
De Qi pode durar por longos períodos indo de horas até mesmo alguns dias após a sessão de tratamento.

Manipulações básicas

Na prática da acupuntura o domínio das técnicas de manipulação das agulhas é de grande


importância para os resultados terapêuticos . De maneira geral as mais diversas manipulações de agulhas
têm por finalidade a obtenção, direcionamento, aumento ou melhora da sensação do De Qi.
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1- Elevação e Aprofundamento
Após a agulha ser inserida no ponto de acupuntura, o praticante executa movimentos repetidos de
penetração ou aprofundamento, e retirada ou elevação. De maneira geral, as técnicas de elevação e
aprofundamento quando empregadas de maneira rápida tendem a gerar um estímulo mais forte, enquanto
que se as técnicas forem executadas de maneira mais lenta, o estímulo será mais fraco.

2- Rotações
Após a agulha ser inserida no ponto de acupuntura, o praticante executa movimentos repetidos de
rotação da agulha no sentido horário e anti-horário. De maneira geral, as técnicas de rotação quando
empregadas com uma freqüência aumentada e grande amplitude nos movimentos, tendem a gerar um
estímulo mais forte, enquanto que se as técnicas forem executadas com uma freqüência diminuída e
pequena amplitude nos movimentos, o estímulo será mais fraco.

Manipulações suplementares pré e pós agulhamento

Estas manipulações suplementares são aquelas que deveriam ser realizadas antes da realização da
inserção da agulha em si e após o agulhamento, com o objetivo principal de melhorar a performance
geral de todo o processo do agulhamento, assim como permitir que possam ser obtidos melhores efeitos
terapêuticos. Estas manipulações não visam estimular a agulha em si, mas sim o corpo do paciente.

1- Procurar com os dedos


Esta manipulação suplementar é um importantíssimo pré-requisito para a realização do agulhamento,
visto que implica na melhor localização, busca, do ponto de acupuntura. Podendo ser subdivido em
busca com a unha, busca por pressão, busca garfando, buscar com rotações, buscar por balanços.

2- Agarrar
Após a devida localização do ponto de acupuntura através da manipulação de procurar com os dedos, o
acupunturista pode marcar o ponto com sua unha, para manter a localização e permitir uma adequada
inserção da agulha. Vale lembrar que o ideograma implica em uma garra, daí ser traduzido como
agarrar, mas poderia ser traduzido como unhar também.

3- Apertar com a unha


Esta manipulação baseia-se na utilização da unha para pressionar o ponto e auxiliar na inserção da
agulha.

4- Segurar com os dedos


A agulha deve ser segura e mantida com os dedos com o objetivo de apontar e direcionar o ponto de
acupuntura, para preparar para a inserção da agulha.

5- Seguir
Os dedos são empregados para palpar, sentir, seguir o trajeto do Canal onde a agulha será inserida,
promovendo a circulação do Qi. Esta manipulação pode ser divida em duas outras: o seguir pressionando
e o seguir com o dedo.

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6- Amassar
O acupunturista emprega seus dedos para realizar uma seqüência de amassamentos ao longo do trajeto
do Canal que possui um ponto selecionado para estímulo.

7- Pinçar
Esta manipulação emprega movimentos repetidos de pinçamento ao longo do Canal a ser estimulado,
desde o local do agulhamento em direção da área afetada.

8- Bater
Esta manipulação implica na realização de leves batidas com a ponta dos dedos ao longo do trajeto do
Canal que possui um ponto sendo estimulado.

9- Pressionar
Esta manipulação emprega movimentos repetidos de pressão com os dedos ao longo do Canal a ser
estimulado, desde o local do agulhamento em direção da área afetada.

10- Percutir
Esta manipulação implica na realização de percussões repetidas ao longo do trajeto do Canal que possui
o ponto sendo estimulado pela agulha.

11- Friccionar
Esta manipulação implica na fricção do ponto.

12- Arranhar
Esta manipulação implica na realização de movimentos como se estivesse arranhando o ponto de
acupuntura.

Manipulações suplementares na agulha

As manipulações suplementares são aquelas que complementam os estímulos gerados pelas


manipulações básicas, tendo por objetivo principal a promoção da obtenção da sensação do De Qi, assim
como o reforço desta sensação.

1- Penetração
Esta manipulação implica no aprofundamento da agulha desde uma região mais superficial até uma
região mais profunda.

2- Rotação
Após a agulha ser inserida no ponto de acupuntura, o praticante executa movimentos repetidos de
rotação da agulha para promover e fortalecer o De Qi.

3- Girar
Esta manipulação implica na rotação da agulha em uma única direção, como se estivesse enrolando uma
linha.

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4- Piparote
Esta manipulação implica no estímulo da agulha através de leves batidas, piparotes, enquanto esta
permanece no paciente.

5- Raspar
Esta manipulação implica na raspagem do cabo da agulha com o polegar ou dedo indicador para
promover o De Qi.

6- Mover com os dedos


Esta manipulação implica na utilização dos dedos para bater levemente na agulha para reforçar os efeitos
do estímulo.

7- Tremer
Esta manipulação implica na movimentação curta e para os lados da agulha, com objetivo de fortalecer a
sensação do De Qi.

8- Balançar
Esta manipulação implica na realização de movimentos circulares pequenos com a agulha, como se
balançasse para os lados no momento da retirada da agulha.

9- Oscilação
Esta manipulação implica na realização de movimentos oscilatórios laterais e repetidos.

10- Oscilação para dissipar


Esta manipulação implica na realização de movimentos de oscilação em regiões próximas de nódulos ou
locais de acúmulos.

11- Circundação
Esta manipulação implica na realização de movimentos circulares amplos com toda a agulha.

12- Vibrar
Esta manipulação implica em movimentos rápidos e curso de penetração e elevação da agulha como se
esta estivesse vibrando para cima e para baixo.

13- Pistonagem rápida


Esta manipulação implica na realização de movimentos rápidos e repetidos de elevação e penetração da
agulha, sem que ela realmente mude de posição.

14- Empurrar com rotação


Esta manipulação implica no discreto aprofundamento da agulha associado com um movimento de
rotação da mesma.

15- Empurrar
Esta manipulação implica em um movimento de empuxo da agulha. Vale dizer que significa literalmente
pressionar e não empurrar.

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16- Pressionar

17- Bater
Esta manipulação implica no estímulo da cabeça da agulha através de repetidas percussões que fazem
com que a agulha penetre um pouco mais.

18- Voar
Esta manipulação implica na realização de um movimento combinado dos dedos da mão direita de modo
a largar bruscamente a agulha, separando os dedos, como o abrir das asas de um pássaro.

19- Deitar
Esta manipulação implica em deitar a agulha, dobrando-a, inclinando-a em direção da pele do paciente,
implica em uma pressão perpendicular exercida na cabeça da agulha após a inserção.

20- Limpar
Esta manipulação implica na realização de movimentos laterais com a agulha, como se estivesse
varrendo algo.

21- Inclinar como um arco


Esta manipulação implica em dobrar a agulha de modo que toda a sua estrutura apresente-se com a forma
de um arco.

22- Dobrar e repousar em almofada


Esta manipulação implica em se dobrar a agulha com uma das mãos, apoiando sobre a outra mão como
uma almofada.

23- Procurar
Esta manipulação implica no acupunturista executar movimentos de penetração para procurar o Qi no
Canal.

24- Retirar
Esta manipulação implica no movimento de elevação da agulha.

25- Retenção
Esta manipulação implica no movimento de elevação, espera e retirada da agulha.

26- Elevar
Esta manipulação implica no movimento de elevação da agulha, sem retirada da mesma.

27- Puxar
Esta manipulação implica no movimento de elevação, espera e retirada rápida da agulha.

28- Cobrir
Esta manipulação implica em pressionar ou massagear, cobrindo o ponto de acupuntura após retirada da
agulha.

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DI ER ZHANG GU ZHEN Acupuntura do 2° Metacarpo

Apresentação

A Acupuntura do Segundo Metacarpo, assim como outros tantos microssistemas, também é uma
técnica relativamente recente quando comparada com toda a evolução histórica da Medicina Tradicional
Chinesa e da própria acupuntura.
A técnica foi criada, desenvolvida pelo Professor Dr. Zhang Ying Qing, que trabalha na
Shandong University na China, onde no departamento de biologia pôde desenvolver esta técnica de
diagnóstico e de tratamento.
Foi por volta do ano de 1973 que o Dr. Zhang Ying Qing desenvolveu este método terapêutico
revolucionário que foi a Acupuntura ECIWO, cuja base vem a ser a estimulação de pontos específicos de
acupuntura na região radial do segundo metacarpo, sendo que esta técnica também pode ser denominada
de terapia e diagnóstico bio-holográfico.
Seguindo a linha de pensamento dos microssistemas onde a parte por refletir o todo, os pontos
localizados na região radial do segundo metacarpo são uma representação de um homem, sendo a região
mais distal relacionada com a parte mais superior e a região mais proximal relacionada com a parte mais
inferior do corpo.
As principais características da Acupuntura do Segundo Metacarpo são:
• Aplicação, utilização de apenas doze pontos na região radial do segundo metacarpo, bilateralmente,
para o tratamento das patologias;
• Seleção dos pontos de estímulo na região radial Segundo Metacarpo de acordo com as suas funções e
regiões correlacionadas;
• Está diretamente relacionado com a teoria biológica do ECIWO;
• Possuir pontos de tratamento com efeitos similares ao longo de diversos segmentos do corpo;
• Possuir uma grande gama de aplicações com pouca quantidade de pontos de tratamento.

A Acupuntura do Segundo Metacarpo apresenta as seguintes vantagens:


• É uma técnica fácil de se aprender e de se aplicar;
• Possui apenas uma pequena quantidade de pontos de estímulos, 12 bilateralmente, de fácil
memorização;
• Pontos localizados em regiões onde não há órgãos vitais;
• Pontos localizados onde o paciente necessita apenas de expor uma pequena parte de seus corpos;
• A utilização de pontos distais permite que o paciente se movimente, tornando possível que o
acupunturista possa, a cada instante, verificar se a inserção da agulha está ou não produzindo resultados.
A acupuntura do Segundo Metacarpo está relacionada com algumas importantes teorias, tanto
clássicas como modernas, onde destacam-se:
• Teoria biológica do ECIWO;
• Teoria dos Canais e Colaterais (Jing Luo);
• Teoria do holograma;
• Teoria isofásica.
De um modo muito simplificado temos que de acordo com esta teoria celular, qualquer organismo
pluricelular nada mais é que um mosaico de células vivas, sendo que graças à especialização das
espécies, estas células perdem o potencial embriológico, porém, não perdem um potencial importante
para a auto cura, o potencial de regeneração, que pode estar presente em diferentes graus de atuação,
podendo ser estimulados, como fazemos através da acupuntura, por exemplo.

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Esta teoria ainda lembra que no período embrionário, cada uma das células possuem uma
potencialidade inerente para se tornar um ser completo.
Assim, mesmo com todo o desenvolvimento, cada uma das partes do corpo com suas células
próprias, possui relações relativamente definidas com qualquer outra parte do corpo.
Sendo que um grande microssistema pode ser mais tarde subdividido em microssistemas menores
e este subdividido até chegarmos a uma única célula.
Com o passar dos anos e com os avanços nos conhecimentos teóricos e práticos da teoria
biológica do ECIWO, passaram a ser empregados pontos em diversos segmentos do corpo, de um modo
idêntico ao que acontece na região radial do Segundo Metacarpo, ou seja, como um homúnculo em pé. E
estes conhecimentos ficaram conhecidos como modelo holográfico.
Os hologramas são imagens em três dimensões, como os coloridos emblemas de segurança nos
cartões de crédito e nas embalagens de CD. A tridimensionalidade destas imagens não é a única
característica importante dos hologramas.
Se o holograma de uma rosa é cortado na metade e então iluminado por um laser, em cada metade
ainda será encontrada uma imagem da rosa inteira.
E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas
ainda intacta versão da imagem original.
Analisando a região radial do Segundo Metacarpo temos que é por ponde passa o Canal Principal
do Intestino Grosso (Da Chang), que é o Yang Ming da Mão, Canal este que está diretamente
relacionado interna e externamente com o Canal Principal do Pulmão (Fei), e com o Canal Principal do
Estômago (Wei) que é o Yang Ming do Pé.
Esta teoria proposta pelo Dr. Yoshio Manaka, indica que no corpo existem pontos de tratamento
que possuem funções, indicações e efeitos similares, como ele mesmo exemplifica através dos pontos
dos Cinco Elementos (Wu Xing Xue), onde ele comprovou que todos os pontos de um mesmo Elemento
possuem características muito similares, podendo ser empregados pontos do mesmo Elemento de Canais
diferentes em combinação, de acordo com cada caso.
Dr. Yoshio Manaka afirma que a combinação de três pontos com características isofásicas pode
apresentar excelentes resultados, sugerindo por exemplo para o caso de uma dor no ombro o de um
ponto local, um ponto na região do ombro na orelha, segundo a Acupuntura Auricular, e um ponto na
região do ombro na mão, segundo a Koryo Sooji Chim, Acupuntura Coreana nas mãos.
Mediantes estas informações, gostaria apenas de ilustrar como não é um pensamento único do Dr.
Zhang Xin Shu a relação das mais diversas partes do corpo entre si, mas sim de outros grandes
profissionais como o próprio Dr. Yoshio Manaka que demonstra as relações próximas de pontos de
acupuntura com características isofásicas.
Os pontos de tratamento da Acupuntura do Segundo Metacarpo estão todos localizados no
aspecto radial do segundo metacarpo, totalizando um número de 11-12 pontos de tratamento.
Ficando claro que cada ponto na verdade corresponde a uma área e não a um único ponto,
podendo variar discretamente de paciente para paciente.
A localização destes pontos de tratamento na região radial do Segundo Metacarpo, normalmente é
feita com o paciente executando uma semi-flexão das articulações metacarpo-falangeanas.
Porém, gostaria de deixar claro que a localização exata de cada ponto de tratamento se faz
mediante a palpação do mesmo, buscando em uma pequena área o local de maior sensibilidade, de
maneira similar ao que ocorre na prática da Acupuntura Auricular.

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A seleção adequada dos pontos de tratamento é uma das etapas mais importantes na prática da
Acupuntura do Segundo Metacarpo, sendo realizada principalmente das seguintes maneiras:
• Seleção através do local afetado;
• Seleção através da palpação;
• Seleção através do diagnóstico ECIWO;
• Seleção através das Teorias da Medicina Tradicional Chinesa;
• Seleção através da lateralidade.

Agulhamento
A inserção das agulhas é feita seguindo as indicações tradicionais, idênticas daquelas utilizadas na
prática da acupuntura sistêmica, de modo que por ser uma técnica de origem chinesa, a principal
recomendação é no sentido do agulhamento, sem a utilização de qualquer outro material, além das mãos.
Uma recomendação importante, no entanto, é cuidado para não inserir muito profundamente e
nem rápido demais, pois pode atingir o periósteo, sem ter este objetivo inicial, recomendando então uma
inserção rápida, para ultrapassar a pele e então aprofundamento da agulha lento, de acordo com cada
caso e objetivo, visar o periósteo ou não, tratar patologias mais profundas ou superficiais, crônicas ou
agudas.
Após a inserção das agulhas, o acupunturista deve adequar a profundidade das mesmas, de acordo
com a condição apresentada pelo paciente e o objetivo terapêutico.
Assim que a profundidade pretendida for atingida, recomenda-se que o acupunturista manipule as
mesmas no sentido de obter a sensação do De Qi, pois, através de pesquisas, foi comprovado que a
prática da Acupuntura do Segundo Metacarpo com obtenção da sensação do De Qi apresenta resultados
mais rápidos e melhores que quando aplicada sem esta sensação.
Além das tradicionais agulhas de acupuntura, os pontos de tratamento na região radial do segundo
metacarpo podem também ser estimulados através de outras formas:

• Esferas;

• Sementes;

• Acupressão;

• Moxabustão;

• Gua Sha.

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