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Sumário

Qualidade, invenção de japonês? ..........................................................................................................4


Qualidade - que é que você tem a ver com isso? ..................................................................................5
O que você tem com ISO? .....................................................................................................................5
Um atestado de bons antecedentes.......................................................................................................6
ISO série 9000 .......................................................................................................................................6
Certificação do sistema da qualidade ....................................................................................................7
Ferramentas para a qualidade ..............................................................................................................9
As sete ferramentas ...............................................................................................................................9
Estratificação ..........................................................................................................................................9
Lista de verificação ...............................................................................................................................10
Histograma ...........................................................................................................................................10
Diagrama de Pareto..............................................................................................................................10
Diagrama de Causa e Efeito.................................................................................................................11
Diagrama de Dispersão ........................................................................................................................11
Gráfico de Controle...............................................................................................................................11
Devagar e sempre ................................................................................................................................12
TPM: Planejamento, organização, administração ................................................................................13
A origem da TPM ..................................................................................................................................13
Evolução do conceito de manutenção ..................................................................................................13
Objetivos da TPM ................................................................................................................................14
Motivos físicos ......................................................................................................................................15
Motivos psicológicos .............................................................................................................................15
Manutenção autônoma ........................................................................................................................15
Efeitos da TPM na melhoria dos recursos humanos ............................................................................16
Desperdício e Qualidade ......................................................................................................................16
O Pacote Japonês Contra o Desperdício .............................................................................................16
Sim para separar tudo o que é inútil .....................................................................................................16
Sim para a disciplina.............................................................................................................................18
Qualidade é feita por pessoas ..............................................................................................................18
Trabalho em equipe ..............................................................................................................................18
Por que trabalhar em equipe? ..............................................................................................................19
As regras do jogo..................................................................................................................................19
Temos um problema .............................................................................................................................19
Exercícios: ............................................................................................................................................20

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Qualidade, invenção de japonês? rozmente entre si, e quem não consegue oferecer produtos de
qualidade, com custos baixos e preços competitivos, tem que
fechar suas portas.
Pois é, todo o mundo pensa que essa história de qua-
Essas mudanças na empresa afetam diretamente o
lidade é invenção de japonês. E a propaganda contribui para
posto de trabalho e, em conseqüência, o perfil do trabalhador.
isso: você se lembra daquele anúncio na TV que diz. Nossos
Por causa disso, o operário também tem que mudar. Agora ele
japoneses são mais criativos que os outros? Mas, isso não é
precisa estar sempre se atualizando sob pena de ficar rapida-
coisa de japonês, não. A idéia de qualidade é tão velha quanto mente defasado em relação aos conhecimentos necessários
o primeiro pote de cerâmica que o primeiro artesão fabricou para realizar seu trabalho. Quem não percebeu isso, não mu-
milhares de anos atrás. Só que ela foi mudando... dou, ou se adaptou, perdeu o emprego.
Quando o homem começou a plantar e colher seu E como fica o Brasil nesse cenário? Bastante preocu-
próprio alimento, foi praticamente obrigado a construir abrigos pado, porque durante muito tempo (até 1990), a economia de
duráveis, fabricar roupas, objetos, ferramentas, armas... Então, nosso país foi bastante fechada e controlada.
à medida que os grupos sociais iam se organizando, essas ta- Agora, com a abertura trazida pelas leis votadas a par-
refas começaram a ser divididas entre os vários membros das tir de 1990, como por exemplo, o Código de Proteção e Defesa
comunidades. do Consumidor, as empresas brasileiras estão começando a se
Aos artesãos de maior habilidade, era reservada a preocupar em fornecer produtos de melhor qualidade. E isso
posição de destaque que a importância do seu trabalho me- está acontecendo não só por causa do Código, mas também
recia. E eram eles mesmos que avaliavam a qualidade de por causa da entrada de produtos estrangeiros que passaram
seu trabalho. a concorrer com os nossos.
Mas, o que era a qualidade para aqueles trabalhado- Além dessa concorrência, bastante saudável, diga-se
res? Talvez algo que fosse prático, como um par de sapatos; de passagem, iniciativas do próprio governo brasileiro têm aju-
ou resistente, como uma armadura; ou durável, como uma fer- dado o nosso país a correr atrás do prejuízo. A mais importante
ramenta, mas não necessariamente bonito. Podia também ser de todas, é o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade
algo que levasse muitos anos para ser fabricado, como uma (PBQP). No próprio documento que descreve esse projeto, fo-
porcelana chinesa, ou que se destacasse pela delicadeza do mos buscar o objetivo desse programa, que é: Apoiar o esforço
material com o qual era feito, como uma seda, por exemplo. brasileiro de modernidade por meio da promoção da qualidade
Praticidade, resistência, durabilidade, beleza eram e da produtividade, com vistas a aumentar a competitividade
características controladas pelo próprio artesão e, juntas ou de bens e serviços produzidos no Brasil..
separadas, foram durante milhares de anos, sinônimos de qua- Mas, será que isso deu resultado? Deu, sim! E bastan-
lidade. Mas, o tempo passou, essa idéia foi modificada pela te importantes. Veja o gráfico a seguir:
Revolução Industrial que começou lá pelo fim do século XVIII, e
que introduziu as máquinas na produção de alimentos e produ-
tos. Com isso, foi possível produzir mais alimentos e mais bens
para as pessoas consumirem.
Isso modificou totalmente as relações sociais: as pes-
soas começaram a sair do campo e vir para as cidades à procu-
ra de trabalho. As cidades cresceram, novas profissões surgi-
ram. Dentro das fábricas, a preocupação era com métodos que
agilizassem a produção e diminuíssem os custos. A introdução
das linhas de montagem e a padronização das medidas foram
conseqüências dessas preocupações.
Durante muito tempo, esse modelo de organização
industrial manteve a idéia de que qualidade era ausência de
defeitos. Quer dizer, o controle da qualidade era então reali-
zado pelo inspetor de qualidade praticamente só depois que o
produto estava pronto.
Foi aí que os japoneses entraram. Do controle de Este gráfico, baseado em outro publicado no Informati-
qualidade do produto, eles passaram a controlar a qualidade vo do PBQP de janeiro de 1995, mostra o aumento significativo
do processo, quer dizer, tudo o que envolve a produção de de empresas brasileiras que receberam o certificado de con-
determinado produto, e eliminaram todas as tarefas que não formidade com as normas ISO - Série 9000. De apenas 18 em
acrescentassem características ao produto. Essa foi a grande 1990, eram 948 em 1995!
sacada dos espertos orientais. A depressão econômica gerada OBS.: ISO - Série 9000: é um conjunto de normas
pela crise do petróleo na década de 70 criou condições ideais elaboradas pela ISO (International Organization for Standardi-
para que essa idéia desse frutos. As empresas tiveram que se zation, ou seja, Organização Internacional para a Padroniza-
reorganizar para enfrentar a crise e, por isso, mudaram seu ção), uma organização internacional com sede em Genebra na
modo de administrar seus negócios. A economia ficou cada Suíça, com a finalidade exclusiva de tratar questões ligadas à
vez mais global. O que acontece em Tóquio, ou na Cidade do qualidade. Quando uma empresa recebe a certificação, isso
México nos afeta imediatamente. As empresas competem fe- significa que o conjunto de seus procedimentos e processos

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está de acordo com esse conjunto de normas. significa, principalmente, ter uma noção absolutamente clara
Esse programa permitiu, também, a criação do Prêmio da visão da empresa em relação às suas metas. E significa
Nacional da Qualidade para incentivar as empresas a desen- também controlar rigidamente cada etapa do processo para
volverem programas de qualidade próprios e que possam ser- que nada seja esquecido. O conjunto de métodos e orienta-
vir de modelos para outras empresas. ções para esse tipo de administração é chamado de Gestão
Até o PROCON, aquele órgão que defende os seus di- da Qualidade.
reitos como consumidor e do qual, com certeza, você já ouviu Por causa disso, novos perfis profissionais estão sur-
falar, é um resultado concreto desse programa. gindo. A empresa agora exige que seu funcionário seja não
apenas assíduo, pontual, limpo, organizado e bem treinado no
que faz; mas que também saiba trabalhar em grupo, solucione
Qualidade - que é que você tem a ver problemas, seja criativo, cuide da máquina sob sua responsa-
com isso? bilidade e forneça bons produtos ou serviços para que o seu
cliente, isto é, o próximo colega que depende do trabalho que
você fez, possa também executar um bom trabalho.
É, meu caro, exatamente tudo! Seja como pessoa e
Por isso, hoje em dia, preparar-se para o mercado de
consumidor de bens e serviços; seja como técnico na linha de
trabalho é muito mais do que simplesmente aprender uma
produção.
profissão. Basta lembrar que se você quiser trabalhar em um
Como consumidor você tem o direito de exigir que as
escritório, será necessário saber mais que datilografia. Você
coisas pelas quais você paga tenham, no mínimo, a qualidade
vai precisar saber mexer com um computador e conhecer uns
prometida pela propaganda. E isso vale também para os ser-
dois ou três programas que lidem com planilha de custos,
viços prestados pelo Estado nas áreas de saúde, educação e
gerenciamento de pessoal, folha de pagamentos... Isso para
segurança. Porque esses serviços não são gratuitos, não. Eles
não lembrar da indústria mecânica: se você é um torneiro, por
são pagos pelos impostos que devem ser recolhidos até sobre
enquanto isso é ótimo. Mas os tornos CNC, comandados por
uma simples caixa de fósforo que você compra.
computadores estão aí. Daqui a pouco, como vai ser?
Você deve ficar atento também para o fato de que
A verdade é que o trabalhador precisa também ter
qualidade, nesse tipo de serviço, não quer dizer simplesmen-
aquele algo mais, ou seja, ter habilidades que envolvem coletar
te a vaga na escola, o leito do hospital e o ladrão na cadeia.
dados, analisá-los e organizá-los, fazer diagnósticos, elaborar,
Qualidade, nesse caso, significa o professor bem preparado,
propor soluções e tomar decisões.
presente na sala de aula, assumindo a responsabilidade de en-
Isso fica muito claro, quando a gente lê nos jornais o
sinar o seu filho. Significa também, o bom atendimento no hos-
quanto as empresas que optaram pelos programas de quali-
pital, com médicos descansados, enfermeiros bem treinados e
dade estão investindo em treinamento de pessoal. Para ter o
níveis de infecção hospitalar dentro dos padrões aceitáveis. E
grau de iniciativa ideal para o sucesso desses programas, é
quer dizer, finalmente, policiais corretos, educados e realmente
essencial que os funcionários saibam o que está acontecendo,
preocupados com a segurança da população. Se você não tem
não só na empresa, mas no mundo à sua volta. O caminho é
isso, está em todo o direito de reclamar.
estudar, dominar as informações referentes ao próprio campo
Qualidade é, essencialmente, satisfação do cliente.
de trabalho, acompanhar as tendências, estar preparado para
Essa é a base para todos os programas implantados por qual-
trabalhar em células ou ilhas de produção, em resumo: não ser
quer empresa, atingindo todos os setores, desde a portaria até
apenas bom, mas o melhor de todos. Isso é o que as empre-
o presidente. Mas, quem é o cliente? No plano pessoal e de-
sas esperam de seus funcionários. Porque o importante para
pendendo do momento, somos todos ao mesmo tempo clientes
ela é vencer a competição. E isso só acontecerá se o time for
e fornecedores.
realmente bom!
Como posso ser cliente e fornecedor ao mesmo tempo
Por causa disso, este módulo sobre Controle de Quali-
se nem sou dono de uma empresa, não trabalho em balcão de
dade vai apresentar a você alguns conceitos, alguns métodos
loja, e ultimamente o dinheiro só dá mesmo para o essencial!
e algumas ferramentas usadas para o acompanhamento dos
Pode sim! Observe o seu relacionamento com a sua família.
processos visando o aumento da produtividade, a melhoria da
Todos os membros dela são seus clientes na medida em que
qualidade e, finalmente, a satisfação do cliente. É uma maneira
precisam do seu carinho, afeto, atenção.
de você saber o que o espera lá dentro da empresa. Queremos
No plano profissional, somos clientes dos colegas dos
também que você se preocupe com isso como cidadão. Que
quais nosso trabalho depende, do mesmo modo que outros co-
tenha consciência de seus deveres e de seus direitos e que
legas são clientes do trabalho que produzimos.
possa brigar por eles de uma maneira mais firme e justa.
E o que o cliente espera? Ele espera receber da ma-
neira desejada, seja lá o que for que ele compre ou precise.
No mundo dos negócios de hoje, qualidade no sentido de sa-
tisfação do cliente não é vantagem sobre o competidor, mas O que você tem com ISO?
alguma coisa tida como certa. Isto é, a empresa tem que ter
aquele algo mais.
Conquistar os clientes é hoje o grande objetivo das em- Você tem tudo a ver com ISO. E existem muitas ra-
presas para fazer frente à competição. zões.
Isso envolve mexer com o modo de administrar, o que Por mais sofisticada que seja a tecnologia empregada

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em uma empresa, sempre haverá uma pessoa por trás de uma membros desse grupo.
máquina. Se existe um computador que comanda cinqüenta Em 1987, a ISO adaptou, com pequenas modificações,
robôs, isso não importa: é preciso um operador para fazer o um conjunto de normas da série BS 5750 usado na Inglaterra.
computador funcionar. Isso dá a exata medida da importância Esse conjunto de normas deu origem à ISO série 9000 e, des-
das pessoas em qualquer empresa e, principalmente, onde se de 1993, a CEE somente admite o ingresso em suas fronteiras
quer que um trabalho de qualidade seja executado. de uma série de produtos, mediante prova de que foram produ-
É por isso que você tem tudo a ver com a ISO, aque- zidos por empresas com sistema da qualidade garantido pela
le conjunto de normas que procuram garantir que os produtos ISO série 9000.
sejam fabricados dentro de determinados (e bastante rígidos) Assim, além de garantir a uniformidade de procedimen-
padrões de qualidade. Não dá para fazer nada com qualidade tos, essa exigência dificulta que produtos de origem duvidosa
sem que as pessoas participem. possam concorrer com os produtos das indústrias locais. Ou
E para participar, é preciso conhecer as regras; é pre- seja, os certificados de conformidade com as exigências da
ciso estar informado. ISO são os passaportes, os verdadeiros certificados de bons
Como é necessário que você fique por dentro de tudo antecedentes dos produtos industrializados que são exporta-
que está acontecendo no mercado de trabalho, o assunto ago- dos para a Europa.
ra vai ser este: a ISO - Série 9000. E já que, cerca de 23% dos produtos industrializados
Então, vamos dizer o que é a ISO, por que surgiu, para que o Brasil exporta vão para a Europa, a empresa brasileira
que serve, como funciona e de que maneira influencia no modo que quiser exportar para os países da CEE, terá que, necessa-
de você trabalhar. riamente, obter a certificação da ISO.
Então, se a gente é brasileiro e trabalha em uma empre-
sa brasileira, será muito melhor que essa empresa tenha uma
Um atestado de bons antecedentes política de qualidade, seja administrada dentro dos princípios da
gestão da qualidade total e tenha o certificado da ISO 9000, não
O mundo já não é tão grande quanto parecia. Na ver- é mesmo? Assim, a gente vai ter mais condições de concorrer
dade, ele entra todos os dias na nossa sala pela televisão. Isso com as outras empresas nacionais e até de exportar nossos pro-
significa que todo mundo sabe o que todo mundo está fazendo, dutos para outros países, com muito mais facilidade.
usando, consumindo. Com um simples telefonema, você pode
comprar o mesmo produto que as pessoas estão comprando Fique por Dentro ------------------
no Japão, na Alemanha, nos Estados Unidos. E esse produto
pode ter sido fabricado com peças vindas da China, do México A Certificação de Sistema da Qualidade é o pro-
e do Brasil. É a globalização da economia e dos mercados. cesso pelo qual uma organização credenciada, ou seja,
Isso se tornou possível não só devido às facilidades de autorizada, realiza uma auditoria ou investigação em uma
comunicação, mas também à padronização de normas. Existe empresa fornecedora de bens ou serviços para verificar
uma relativa facilidade para que os produtos circulem entre os se o sistema da qualidade implantado está de acordo com
países, mas a coisa não é tão simples assim. uma das normas da ISO série 9000. No Brasil, esses cer-
Se você está ligado nos noticiários da televisão, deve tificados são fornecidos pelo Inmetro (Instituto Nacional
ter ouvido expressões como neoliberalismo e economia de livre de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), pela
mercado. Fundação Carlos Alberto Vanzolini, pelo IBQN (Instituto
Isso significa que, na teoria, os mercados econômicos Brasileiro da Qualidade Nuclear), pelo ABS (American
têm o poder e a facilidade de se auto-regular, ou seja, estabe- Bureau of Shipping - Quality Evaluation), e pela UCIEE
lecer suas próprias regras sem que os governos participem ou (União Certificadora da Indústria Eletro-eletrônica).
interfiram.
Quanto mais produtos e serviços forem oferecidos pela
iniciativa privada, maior será sua qualidade porque a concor- Precisamos ter uma noção do que essas normas exi-
rência se encarregará de tirar os incompetentes do mercado. gem. Só assim poderemos colaborar para que a qualidade seja
Concorrência, eis a palavra-chave. Todo mundo sabe realmente alcançada, já que ela é resultado e responsabilidade
que mercados totalmente livres não existem. Por mais liberal de cada um dos funcionários da empresa.
que seja a política econômica de um país, a legislação sem-
pre procurará proteger as empresas nacionais, porque isso ISO série 9000
garante empregos e o nível de vida da população. Por isso,
os países tratam de fazer exigências que, disfarçadamente, A série ISO 9000 é um conjunto de normas desenvol-
levantam barreiras ao livre comércio. E também se organizam vidas pela ISO, uma organização internacional, formada por
em blocos econômicos para ficarem mais fortes e vencerem mais de 80 países, e que normaliza e cria padrões com o obje-
a... concorrência! tivo de garantir a qualidade em âmbito internacional.
Vamos citar como exemplo a CEE (Comunidade Eco- Essa série é adotada em mais de 50 países, inclusive
nômica Européia): esse grupo de 12 países precisava de um o Brasil. Em nosso país ela foi traduzida pela ABNT em 1990 e
conjunto básico de normas para a harmonização tecnológica, recebeu a denominação de NB 9000. No INMETRO, foi regis-
já que seus produtos circulariam livremente entre os países trada como NBR 19000. Depois de revisadas, em 1994 as nor-

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mas do sistema passaram a ser denominadas NBR ISO 9000. na da qualidade, com a finalidade de assegurar a satisfação
Apesar de existirem outras normas que permitem or- do cliente.
ganizar um sistema da qualidade, a ISO série 9000 tem sido A implantação de um sistema de qualidade de acordo
preferida porque: com as normas e visando à certificação produz grandes modifi-
Resulta da racionalização das principais normas nacio- cações nas empresas. A seguir, vamos ver quais são elas.
nais: DIN da Alemanha, ANSI dos Estados Unidos, BS da
Inglaterra, JIS do Japão etc.
Certificação do sistema da qualidade
• Facilita as relações comerciais entre clientes e fornecedo-
res, inclusive entre países de sistemas diferentes.
Se uma empresa deseja não só desenvolver um siste-
• É a principal base de exigência para sistemas da qualida- ma da qualidade, mas também obter a certificação desse siste-
de da CEE para fornecedores de bens e serviços. ma de acordo com as normas da série ISO, tem de tomar uma
série de medidas para que esse sistema seja criado, desenvol-
• Serve de guia para a implantação de sistemas de gestão vido, implantado e, finalmente, receba a certificação.
da qualidade total. A maneira como a empresa organiza seu sistema de
qualidade depende das características do produto ou serviço
• A ISO série 9000 é composta dos seguintes documentos
que fornece.
básicos:
Assim, a empresa que produz segundo especificações
• ISO 8402 que se refere ao vocabulário da qualidade. fornecidas pelo cliente, como, por exemplo, um fabricante
de caldeiras, pode precisar de um sistema de qualidade que
• ISO 9000-1 que traz as diretrizes para a seleção e uso envolva todas as etapas do processo, desde a concepção do
de normas. produto até o acompanhamento na assistência técnica após a
venda e entrega do produto. Nesse caso, o sistema de quali-
• ISO 9000-2 que contém diretrizes gerais para aplicação dade deve englobar:
das normas de garantia da qualidade.
• Qualidade do projeto.
• ISO 9001 que apresenta um modelo para garantia da qua-
lidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação • Qualidade de fabricação.
e assistência técnica. Especifica requisitos de sistemas da
qualidade, quando um contrato entre duas partes exige a • Qualidade de fornecimento.
demonstração da capacidade do fornecedor para projetar
• Qualidade de continuidade de uso.
e fornecer produtos.
Se a empresa trabalha apenas com produtos de pra-
• ISO 9002 que apresenta um modelo para garantia da teleira, ou seja, aqueles que não têm as especificações técni-
qualidade em produção e instalação. Especifica os requisi- cas indicadas pelo cliente, como, por exemplo, uma empresa
tos de sistemas da qualidade para uso, quando o contrato fabricante de eletrodomésticos, seu sistema da qualidade não
entre duas partes exige a demonstração da capacidade do abrangerá a qualidade do projeto.
fornecedor de controlar os processos que determinam a Observe que estamos sempre usando a palavra sis-
aceitabilidade do produto fornecido. tema. Com o sistema de qualidade, as ações das empresas
se dirigem principalmente para a prevenção da ocorrência de
• ISO 9003 que apresenta um modelo de garantia da quali- falhas. Por isso, elas têm de desenvolver programas e medidas
dade em inspeção e ensaios finais. preventivas, tais como:
• ISO 9004-1 que estabelece como devem ser a gestão • Capacitação de processos e de equipamentos de medi-
da qualidade e os elementos de sistemas da qualidade na ção e ensaios, ou seja, a empresa tem de adquirir condi-
organização. ções técnicas para controlar os processos de produção e
• ISO 9004-2 que apresenta diretrizes para a gestão da ter equipamentos de medição aferidos e calibrados.
qualidade e elementos de sistemas da qualidade na área • Treinamento, qualificação e motivação de pessoal.
de serviços. Baseia-se na ISO 9004, porém reforça a res-
ponsabilidade dos gerentes na prevenção de falhas e tam- • Seleção e qualificação de fornecedores.
bém na promoção da satisfação do cliente, tendo em vista
os objetivos da organização. • A avaliação dos custos da não-qualidade.

Do conjunto de normas para a garantia da quali- • Oferecimento de assistência técnica.


dade, a ISO 9001 é a norma de maior abrangência, pois
fornece garantia em todas as etapas do processo, desde o • Realização de auditoria da qualidade.
projeto até a assistência técnica depois da venda e entrega • Análise crítica e avaliação do sistema de qualidade.
do produto.
Por outro lado, a ISO 9004 - 1 é a que fornece maior Para que tudo isso seja verificado, a empresa tem tam-
orientação para a implantação de um sistema de gestão inter- bém de documentar essas ações. Isso permite acompanhar e

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verificar se a qualidade requerida para o produto foi atingida e procedimentos estão em conformidade com a realidade
se o sistema está sendo operado eficazmente. Permite tam- operacional da empresa.
bém que todos entendam as políticas e os procedimentos da
qualidade da empresa. 10. Realização de auditorias internas.
Então, um sistema de qualidade tem que desenvolver 11. Manutenção do sistema.
os seguintes documentos:
Vale lembrar que as ações que acabamos de listar não
• Manual da qualidade que contém, preserva e divulga a foram apresentadas em uma seqüência rigorosa de realização.
política e descreve o sistema da qualidade dentro da or- Algumas delas podem ser implementadas ao mesmo tempo.
ganização. Na fase de implantação do sistema é muito importante
usar a Técnica dos 5S (ou Housekeeping, ou D´olho, ou SOL).
• Procedimentos e instruções de trabalho, que descrevem, Em geral, é por aí que as empresas começam, porque esse é
de forma clara e detalhada, cada atividade que faz parte do o meio de arrumar a casa que auxilia a encontrar os erros com
sistema da qualidade. mais facilidade. Além disso, é impossível implantar um sistema
de qualidade onde não houver ordem, limpeza, organização e
• Planos de produção e de controle, que detalham o como disciplina.
fazer. Eles são formados por folhas de processos, instru- Para obter a certificação, a empresa, além de tomar
ções de trabalho, folhas de operação. todas essas providências, deverá passar por uma espécie de
exame chamado auditoria.
• Certificados de testes e ensaios.
Os auditores estão chegando...
• Identificação dos produtos (rótulos, desenhos, especifica- Depois que a empresa implantou o seu programa de
ções) que garantam a rastreabilidade, ou seja, a possibili- qualidade e que os auditores internos chegaram à conclusão
dade de recuperar a história do produto, ou do processo. de que está tudo nos conformes, ela pode entrar em conta-
to com algumas daquelas organizações que a gente já citou
• Planos de investimentos de curto e longo prazo. (Fundação Carlos Alberto Vanzolini, IBQN etc.) e pedir a cer-
A implantação desse sistema exige uma série de ações tificação.
planejadas e coordenadas que modificam radicalmente o modo Então, começa o processo de pré-avaliação, no qual o
de administrar a empresa. Essa implantação geralmente apre- órgão certificador analisa o processo, faz uma primeira visita e
senta as seguintes ações: prepara a auditoria.
Depois, vem a avaliação, que é a auditoria propriamen-
1. Comprometimento da administração, ou seja, a alta ad- te dita. Na auditoria, são avaliados os aspectos de operacio-
ministração da empresa deve demonstrar que está envol- nalização e implantação dos procedimentos necessários ao
vida no processo. cumprimento da norma que está sendo aplicada. Quer dizer, os
2. Formação de um comitê de coordenação cuja função é auditores vão ver se tudo está sendo feito dentro dos padrões
promover a integração horizontal da empresa. que a norma escolhida exige.
Depois da visita dos auditores, o órgão certificador vai
3. Conscientização, por intermédio dos diversos meios de analisar o relatório da auditoria. Se a empresa for aprovada
comunicação disponíveis na empresa: quadro de avisos, no exame, vai receber o certificado, juntamente com o rela-
jornal interno, boletins, rádio interno. tório dos auditores, informações sobre as não-conformidades,
o certificado de conformidade e seus respectivos anexos, os
4. Seleção da norma do sistema ISO, levando em conta procedimentos de utilização do símbolo de empresa certificada
a complexidade e maturidade do projeto, a complexidade e a lista das outras empresas certificadas.
do processo de produção, a característica do produto ou
serviço fornecido, a segurança do produto ou serviço, a
economia. Em outras palavras-------------------

5. Diagnóstico, ou seja, verificação da situação da empresa Não-conformidade é o não atendimento de um re-


em relação a cada um dos itens previstos na norma esco- quisito especificado, ou seja, é tudo aquilo que a empresa
lhida. diz que faz (nos documentos), mas não faz na prática.
6. Treinamentos para fornecer a todos os conceitos que
existem dentro da filosofia e dos princípios da qualidade Receber o certificado não significa fazer a fama e deitar
adotados pela empresa, para que todos falem a mesma na cama, porque esse certificado tem um prazo de validade,
linguagem. e o mesmo organismo que o forneceu pode, a qualquer mo-
mento, constatar irregularidades, suspendê-lo, cancelá-lo ou
7. Organização de grupos de trabalho para aumentar a par- revogá-lo.
ticipação dos funcionários no processo. Na verdade, a certificação tem de ser apenas o resul-
8. Desenvolvimento da documentação do sistema. tado do compromisso da empresa com a qualidade. É uma
responsabilidade que não acaba nunca. No seu dia-a-dia, a
9. Treinamento de auditores internos que verificarão se os empresa tem de testar e reformular, agilmente, seu sistema,

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de modo a garantir a satisfação do cliente e sua sobrevivência estudado e ajuda a detectar um problema.
no mercado. A cultura da qualidade deverá ser preservada a A estratificação começa pela coleta de dados com per-
todo custo por meio de mecanismos de participação e reco- guntas do tipo: Os turnos de trabalho diferentes podem ser res-
nhecimento do esforço dos funcionários, pelo acompanhamen- ponsáveis por diferenças nos resultados?
to sistemático das reclamações dos clientes e pela contínua Os erros cometidos por empregados novos são dife-
melhoria dos processos produtivos e administrativos. Tudo isso rentes dos erros cometidos por empregados mais experientes?
só se faz com gente. A produção às segundas-feiras é muito diferente da dos outros
dias da semana? Etc.
Quando a coleta de dados termina, deve-se procurar,
Ferramentas para a qualidade primeiramente, padrões relacionados com o tempo ou a sequ-
ência, verificando se há diferenças sistemáticas entre os da-
O conceito moderno de qualidade significa que a empre- dos coletados. No caso de perguntas como as exemplificadas,
sa só conseguirá alcançá-la, se procurar em termos de sistema deve-se analisar as diferenças entre dias da semana, turnos,
no qual todos os envolvidos no processo, desde o porteiro até operadores etc.
o presidente, passando pelo fornecedor, são responsáveis por Um exemplo comum de estratificação é o das pesquisas
atingir os padrões de qualidade exigidos pelo mercado cada realizadas por institutos de pesquisa que aparecem nos jornais
vez mais exigente e globalizado. diariamente. Em época de eleições, por exemplo, os dados da
E o que isso significa para o funcionário? Em nível pesquisa podem ser estratificados por região de origem, sexo,
operacional, isso quer dizer que boa parte da responsabilidade faixa etária, escolaridade ou classe sócio-econômica do eleitor.
pelo sucesso da implantação de qualquer programa de quali-
dade em uma empresa passa pela produção, pelo pessoal que O exemplo a seguir é uma estratificação por região.
põe a mão na massa. E nesse esquema, os operários são con-
vidados a participar de grupos que estudam e discutem temas
e problemas relacionados ao ambiente de trabalho.
Para poder perceber os problemas, suas causas, e pro-
por soluções, a gente precisa saber como agir. É preciso ter
ferramentas que ajudem nessa tarefa, porque, na maioria das
vezes, as pessoas sentem que há algo errado, vêem que as
coisas não estão funcionando bem, mas não se sentem segu-
ras para propor soluções, por não saber o que está errado.
Assim, uma maneira de ajudar as pessoas a perceberem
e analisarem problemas operacionais é mostrando as várias fer-
ramentas que existem e podem ser usadas em cada caso.

As sete ferramentas

Já dissemos várias vezes que, para uma empresa so-


breviver no mercado, tem de fornecer produtos e serviços com
qualidade. Dissemos também que uma das formas de atingir a
meta é adequando os processos administrativos e de produção
a um sistema de normas chamado ISO série 9000.
Mas, como saber se o produto que você está ajudan-
do a fabricar é mesmo bom? Bem, o primeiro passo é colher
alguns dados que possam ajudá-lo nessa tarefa. Depois de
colher os dados, é preciso organizá-los e analisá-los. É aí que
entram as ferramentas: estratificação, histograma, diagrama
de Pareto, diagrama de causa e efeito, diagrama de dispersão,
folha de verificação, gráfico de controle. Vamos a eles.

Estratificação

A estratificação é o método usado para separar (ou es-


tratificar) um conjunto de dados de modo a perceber que existe
um padrão. Quando esse padrão é descoberto, fica fácil detec-
tar o problema e identificar suas causas. A estratificação ajuda
a verificar o impacto de uma determinada causa sobre o efeito

9
Lista de verificação Por exemplo, vamos supor que o gerente de um su-
permercado deseje saber se os clientes têm razão quando
reclamam da demora nas filas dos caixas. Para descobrir
Lista de verificação (ou check list) é uma ferramenta isso, ele reúne os operadores e os fiscais de caixa, discutem
usada para o levantamento de dados sobre a qualidade de um o problema, e resolvem reunir dados (tempo e freqüência da
produto ou o número de ocorrências de um evento qualquer. demora) e colocá-los em um histograma. O resultado obtido
Na realidade, é uma ferramenta muito comum, usada a todo o é o seguinte.
momento. Quando você vai à feira ou ao supermercado e faz
uma lista de compras, está fazendo uma lista de verificação.

Uma lista de verificação bem feita leva em considera-


ção o problema em questão e o processo utilizado para resol-
vê-lo. O período em que os dados devem ser coletados bem
como o tempo necessário para coletá-los também devem ser
considerados na elaboração de uma lista como essa.
Como exemplo, vamos mostrar uma lista de verificação
de projetos criada por um escritório de engenharia a fim de
evitar a entrega de projetos com falta de dados.

Histograma
Para o gerente, o histograma mostrou que:
O histograma é outra ferramenta que você pode usar
para registrar, cronologicamente, a evolução de um fenômeno
dentro de certo período de tempo, ou as freqüências de vários • a espera varia entre 1 e 35 minutos;
fenômenos em um momento ou período definido. É um gráfico
• é mais provável o cliente esperar de 1 a 6 minutos;
estatístico de colunas que mostra a variação de um grupo de
dados relativos a uma mesma variável, por meio da distribuição • é pouco provável, mas possível, que o cliente espere en-
de freqüência. Nele, o eixo vertical se refere à freqüência da tre 30 e 36 minutos.
ocorrência. Por isso, a altura da coluna vertical é proporcional
a essa freqüência. O eixo horizontal, por sua vez, mostra a Para melhorar a qualidade do atendimento, após des-
característica de medida dividida em classes. cobrir os motivos das demoras, o gerente desse supermercado
pode estabelecer como meta diminuir as esperas superiores a
18 minutos.

Diagrama de Pareto

Uma outra ferramenta que você pode usar chama-se


diagrama de Pareto. É um gráfico de colunas nas quais se
reflete a freqüência dos problemas. Nele, os eventos indese-
jáveis ou os custos ligados à qualidade e à produtividade são
estratificados, de acordo com as causas ou manifestações, e
organizados em ordem decrescente de importância da esquer-
da para a direita.
Estudos sobre a distribuição de riquezas entre a popu-
lação deram origem ao Princípio de Pareto, que diz que nem

10
sempre o elemento que aparece com maior freqüência em um fim de estabelecer a existência de uma relação real de causa
problema é o mais importante. Tudo depende do peso que ele e efeito.
tem no cômputo geral. Assim, segundo esse princípio, 80% das Por exemplo, o dono de uma microempresa fabricante
dificuldades vêm de 20% do problema. de queijos tipo Minas, queria conhecer qual a correlação entre
Vamos supor, então, que uma empresa de calçados quei- a quantidade de sal no queijo e o tempo de banho em água
ra descobrir qual o peso das perdas com material em seus custos com sal, cuja quantidade é conhecida. Para cada peça de quei-
de produção. Após o levantamento de dados e a estratificação, o jo foram feitas duas medições: quantidade de sal e tempo de
responsável por essa pesquisa obteve o seguinte gráfico: banho. Em vez de se fazer dois gráficos separados, os dados
foram combinados em um diagrama de dispersão. Ele obteve
o seguinte resultado.

Analisando o diagrama, o microempresário descobriu


Analisando o gráfico, o responsável descobre que, se que existe uma relação entre os dois fatores. A partir de certo
os problemas de perdas com o couro e a sola forem resolvidos, ponto (em uma variação de 16 a 20 minutos) a quantidade de
86% dos custos com perdas de material estarão eliminados. sal está claramente relacionada ao tempo do banho. Ele des-
cobriu também que, a partir de certo momento, deixar o queijo
Diagrama de Causa e Efeito no banho por mais tempo terá pouca influência sobre a quanti-
Outra ferramenta que permite descobrir problemas que dade final de sal no queijo.
geram a má qualidade de um produto ou serviço é o diagrama de Para interpretar a correlação, deve-se observar a dire-
causa e efeito, também conhecido como espinha de peixe. Ele ção e a dispersão, ou seja, a maneira como os pontos se dis-
tem o formato de uma grande seta apontando para um problema. tribuem no gráfico. Por exemplo, quando os pontos no gráfico
Os ramos que saem dessa seta representam as principais cate- aparecem dispersos, não existe correlação entre as variáveis
gorias das causas potenciais de problemas de qualidade, e que analisadas. Nesse caso, o gráfico ficará assim:
são o s4M.Máquina,Matéria-prima,Mão-de-obra, Método.
Esse diagrama identifica apenas as possíveis causas de
um problema. Por exemplo, o responsável por um restaurante
industrial deseja saber por que os clientes reclamam da comida.
Depois de reunir a equipe e discutir o problema, eles
chegaram a um diagrama parecido com este:

Gráfico de Controle

O gráfico de controle é usado para pesquisar ten-


dências e padrões que acontecem ao longo do tempo. É
usado também para monitorar um processo, verificando se
ele está sob controle estatístico e indicando a faixa de va-
Para o gerente, esse diagrama indica uma série de
riação incluída no sistema. Quer dizer, ele ajuda a descobrir
problemas. Cada um deles pode gerar outros diagramas. A
se ocorreu alguma mudança significativa no processo, bem
solução de cada um dependerá das prioridades que o grupo como as causas de variação no momento em que essa mu-
escolher para resolver em primeiro lugar. dança ocorre.
Diagrama de Dispersão O gráfico de controle é uma ferramenta que ajuda a
reduzir ao máximo as variações dentro de um processo. Isso
O diagrama de dispersão é um gráfico que correlaciona porque ele permite predizer hora-a-hora, dia-a-dia ou mês-a-
duas características ou variáveis do tipo peso e altura, quan- mês o quanto se pode produzir, e com que nível de qualidade,
tidade e preço, aumento de temperatura e velocidade etc., a empregando o processo estudado.

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Essa ferramenta pode ser de dois tipos: TAREFA FERRAMENTAS

1. Escolher o primeiro ou Folha de verificação


a) Gráfico de controle para variáveis quantitativas como problema seguinte a ser resolvido Diagrama de Pareto
peso, altura, comprimento, tempo etc.
2. Descrever o problema em termos Estratificação
b) Gráfico de controle para atributos, ou características específicos, onde e quando ocorre, Pareto
qualitativas, como sexo, estado civil, peça boa ou ruim etc. e sua extensão. Folha de Verificação
Histograma
A partir de dados do processo, obtém-se a média, o Gráfico de Controle
limite superior de controle e o limite inferior de controle. Esses
3. Obter visão global de todas Folha de Verificação
valores servem para indicar que um processo está fora de con- as causas possíveis do problema Diagrama de Causa e Efeito
trole quando existem pontos fora desses limites.
4. Obter concordância entre as causas Folha de Verificação
básicas do problema Diagrama de Pareto
Diagrama de Dispersão

5. Desenvolver uma solução Histograma


efetiva e um plano

6. Implementar a solução e estabelecer Diagrama de Pareto


procedimentos de monitoria e gráficos Folha de Verificação
Histograma

Devagar e sempre
Como o limite de controle é o que se obtém, e a especi-
ficação é o que se quer, um processo pode estar sob controle, Para uma empresa produzir com qualidade, é preciso
mas fora de especificação. que ela seja bem organizada e bem administrada; tenha seu
Por exemplo, uma empresa empacotadora de café foi processo de produção sob controle e funcionando eficazmen-
multada porque o produto que ela fornecia não tinha o peso te; que seus funcionários sejam bem treinados, criativos, pro-
indicado na embalagem (500 g). Como achava que tinha sido dutivos, e que saibam trabalhar em equipe. Tudo isso deve
perseguição do fiscal, o gerente coletou dados ao longo de um estar amarrado de forma sistemática, de modo que todas as
período e obteve o seguinte gráfico de controle. ações possam ser constantemente monitoradas, avaliadas,
reformuladas com periodicidade cíclica, sempre em busca do
aprimoramento.
Para uma empresa acostumada aos métodos tradi-
cionais de administração, implantar um sistema de Gestão
da Qualidade Total implica mudar, primeiro e principalmen-
te, a cabeça das pessoas. O problema é que todos nós,
uns mais, outros menos, temos medo das mudanças. E com
razão. Revoluções que arrasam tudo, para poder reconstruir
tudo de outro jeito, são traumáticas e causam pânico. Com
medo disso, muitas empresas deixam de fazer as reformas
estruturais de que necessitam e acabam desaparecendo na
Sabendo que sua especificação ficava entre 495 e 505
guerra dos mercados. Ao contrário do que todo mundo pen-
g, e seus limites de controle entre 490 e 510 g, o gráfico nos
sa, a simples menção de que está tudo bem na empresa já
indica que o processo está sob controle, mas fora de especifi-
é um sintoma de futura decadência.
cação, por isso a empresa foi multada.
O diagrama de Pareto, a estratificação, o diagrama Implantar o sistema. Buscar a Qualidade Total. Obter
de causa e efeito, o diagrama de dispersão, a folha de verifi- certificação da ISO.
cação, o histograma e o gráfico de controle são as sete ferra- Tudo isso surge da necessidade constante da mu-
mentas mais conhecidas e usadas quando se quer tornar um dança, da correção sistemática das rotas, para atingir o
processo mais eficaz, que resultará em produtos e serviços alvo da produtividade e da perfeição, até chegar ao zero
de qualidade. A decisão da escolha depende dos objetivos, defeito.
da situação e das prioridades da empresa. É preciso lembrar Outra coisa que se pode fazer é aplicar uma ferramenta
que elas são um meio para resolver os problemas e devem japonesa chamada Kaizen que significa aprimoramento contí-
ser usadas com critério e bom senso para o resultado ser o nuo, visando sempre à satisfação do cliente. Na realidade, não
melhor possível. é uma ferramenta no sentido explícito do termo. É uma filosofia
Com o objetivo de dar uma idéia de onde aplicar a fer- de vida que os japoneses usam quase sem pensar. Por res-
ramenta que melhor se adapte as necessidades de cada tare- peito às pessoas, essa filosofia prega que os melhoramentos
fa, o quadro a seguir lista as ferramentas apresentadas e sua sejam quase sempre pequenos, frutos de esforços contínuos,
utilização. dia após dia.

12
Em outras palavras------------------- tos do conceito de manutenção preventiva, também chamada
de PM (preventive maintenance) foi a Toa Nenryo Kogyo, em
1951. São dessa época as primeiras discussões a respeito da
Melhoria contínua é tudo aquilo que se faz e que
importância da manutenibilidade e suas conseqüências para o
agrega, ou seja, acrescenta valor ao produto e/ou servi-
trabalho de manutenção.
ço e ao processo. Um exemplo de melhoria que agrega
Em 1960, ocorre o reconhecimento da importância da
valor é o canivete suíço: seu fabricante percebeu os usos
manutenibilidade e da confiabilidade como sendo pontos-cha-
inadequados (abrir garrafas, apertar parafusos, sacar ro-
ve para a melhoria da eficiência das empresas. Surgiu, assim,
lhas) que os usuários faziam dos canivetes comuns, e
a manutenção preventiva, ou seja, o enfoque da manutenção
acrescentou abridor de garrafas, chave de fenda e saca-
passou a ser o de confiança no setor produtivo quanto à quali-
rolhas, entre outras coisas, ao seu produto, tornando-o
dade do serviço de manutenção realizado.
um sucesso de vendas.
Na busca de maior eficiência da manutenção produtiva,
por meio de um sistema compreensivo, baseado no respeito in-
A idéia é que, se continuarmos a fazer as coisas sem- dividual e na total participação dos empregados, surgiu a TPM,
pre da mesma forma, não haverá progresso. Deve haver, en- em 1970, no Japão.
tão, um clima que encoraje as pessoas a propor pequenas
mudanças, visando sempre ao cliente, e que, somadas, vão Nessa época era comum:
ser a revolução dentro da empresa. As pessoas devem ser re-
conhecidas por seus esforços, seu interesse, sua dedicação. • Avanço na automação industrial;
Dentro desse conceito, nenhum dia deve se passar sem que
se tente realizar algum aprimoramento. • Busca em termos da melhoria da qualidade;
Outra característica do kaizen é se apoiar em suges-
• Aumento da concorrência empresarial;
tões do pessoal que põe a mão na massa. Ela incentiva as
pessoas a apresentarem soluções para os problemas opera- • Emprego do sistema “just-in-time”;
cionais mais simples que surgem na produção. Afinal, é muito
mais fácil fazer alguma coisa que a gente mesmo bolou, do que • Maior consciência de preservação ambiental e conserva-
aceitar uma ordem que vem de cima e que, nem por isso, pode ção de energia;
representar a melhor solução. E as melhores soluções vêm dos
que convivem com o problema. • Dificuldades de recrutamento de mão-de-obra para traba-
Um outro ponto importante do controle de qualidade é lhos considerados sujos, pesados ou perigosos;
a T.P.M., ela está super ligada à qualidade. • Aumento da gestão participativa e surgimento do operário
polivalente.
TPM: Planejamento, organização, admi- Todas essas ocorrências contribuíram para o apareci-
nistração mento da TPM.
A empresa usuária da máquina se preocupava em
valorizar e manter o seu patrimônio, pensando em termos de
Durante muito tempo as indústrias funcionaram com o
custo do ciclo de vida da máquina ou equipamento. No mesmo
sistema de manutenção corretiva. Com isso, ocorriam desper-
período, surgiram outras teorias com os mesmos objetivos.
dícios, retrabalhos, perda de tempo e de esforços humanos,
além de prejuízos financeiros.
A partir de uma análise desse problema, passou-se Evolução do conceito de manutenção
a dar ênfase na manutenção preventiva. Com enfoque nesse
tipo de manutenção, foi desenvolvido o conceito de manuten-
ção produtiva total, conhecido pela sigla TPM (total productive O quadro a seguir mostra a evolução do conceito de
maintenance), que inclui programas de manutenção preventiva manutenção ao longo do tempo.
e preditiva, pois sem planejamento, organização e administra-
ção não há um CONTROLE NA QUALIDADE.

A origem da TPM

A manutenção preventiva teve sua origem nos Estados


Unidos e foi introduzida no Japão em 1950.
Até então, a indústria japonesa trabalhava apenas com
o conceito de manutenção corretiva, após a falha da máquina
ou equipamento. Isso representava um custo e um obstáculo
para a melhoria da qualidade.
A primeira indústria japonesa a aplicar e obter os efei-

13
Os cinco pilares da TPM são as bases sobre as quais Os cinco pilares são baseados nos seguintes princí-
construímos um programa de TPM, envolvendo toda a em- pios:
presa e habilitando-a para encontrar metas, tais como defeito
zero, falhas zero, aumento da disponibilidade de equipamento • Atividades que aumentam a eficiência do equipamento.
e lucratividade.
• Estabelecimento de um sistema de manutenção autôno-
Os cinco pilares são representados por: mo pelos operadores.
• Eficiência; • Estabelecimento de um sistema planejado de manuten-
• Auto-reparo; ção.

• Planejamento; • Estabelecimento de um sistema de treinamento objeti-


vando aumentar as habilidades técnicas do pessoal.
• Treinamento;
• Estabelecimento de um sistema de gerenciamento do
• Ciclo de vida. equipamento.

Esquematicamente
Objetivos da TPM

O objetivo global da TPM é a melhoria da estrutura da


empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos, fer-
ramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos humanos
(aprimoramento das capacitações pessoais envolvendo conhe-
cimentos, habilidades e atitudes). A meta a ser alcançada é o
rendimento operacional global e o principal a qualidade.

As melhorias devem ser conseguidas por meio dos se-


guintes passos:

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• Capacitar os operadores para conduzir a manutenção de A falha visível é causada por uma coleção de falhas
forma voluntária. invisíveis como um iceberg.

• Capacitar os mantenedores a serem polivalentes, isto é,


atuarem em equipamentos mecatrônicos.

• Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos


que dispensem manutenção, isto é, o “ideal” da máquina
descartável.

• Incentivar estudos e sugestões para modificação dos equi-


pamentos existentes a fim de melhorar seu rendimento.

• Aplicar o programa dos oito S:


Logo, se os operadores e mantenedores estiverem
1. Seiri = organização; implica eliminar o supérfluo.
conscientes de que devem evitar as falhas invisíveis, a quebra
2. Seiton = arrumação; implica identificar e colocar tudo deixará de ocorrer.
em ordem. As falhas invisíveis normalmente deixam de ser detec-
tadas por motivos físicos e psicológicos.
3. Seiso = limpeza; implica limpar sempre e não sujar.

4. Seiketsu = padronização; implica manter a arruma- Motivos físicos


ção, limpeza e ordem em tudo.

5. Shitsuke = disciplina; implica a autodisciplina para As falhas não são visíveis por estarem em local de difí-
fazer tudo espontaneamente. cil acesso ou encobertas por detritos e sujeiras.

6. Shido = treinar; implica a busca constante de capa-


citação pessoal. Motivos psicológicos
7. Seison = eliminar as perdas.
As falhas deixam de ser detectadas devido à falta de in-
8. Shikari yaro = realizar com determinação e união. teresse ou de capacitação dos operadores ou mantenedores.
• Eliminar as seis grandes perdas:

1. Perdas por quebra.


Manutenção autônoma

2. Perdas por demora na troca de ferramentas e regu-


Na TPM os operadores são treinados para supervisio-
lagem.
narem e atuarem como mantenedores em primeiro nível. Os
3. Perdas por operação em vazio (espera). mantenedores específicos são chamados quando os operado-
res de primeiro nível não conseguem solucionar o problema.
4. Perdas por redução da velocidade em relação ao Assim, cada operador assume suas atribuições de modo que
padrão normal. tanto a manutenção preventiva como a de rotina estejam cons-
tantemente em ação.
5. Perdas por defeitos de produção. Segue uma relação de suas principais atividades:
6. Perdas por queda de rendimento.
• Operação correta de máquinas e equipamentos.
• Aplicar as cinco medidas para obtenção da “quebra
zero”: • Aplicação dos oito S.
1. Estruturação das con dições básicas. • Registro diário das ocorrências e ações.
2. Obediência às condições de uso. • Inspeção autônoma.
3. Regeneração do envelhecimento. • Monitoração com base nos seguintes sentidos humanos:
4. Sanar as falhas do projeto (terotecnologia). visão, audição, olfato e tato.

5. Incrementar a capacitação técnica. • Lubrificação.

• Elaboração de padrões (procedimentos).


A idéia da “quebra zero” baseia-se no conceito de que
a quebra é a falha visível. • Execução de regulagens simples.

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• Execução de reparos simples. ta enquanto ensaboa a roupa ou os pratos; se compra alimentos
demais e eles estragam; se usa mais sabão ou detergente do que
• Execução de testes simples. o necessário; se deixa torneiras pingando, você está contribuindo
para todo esse desperdício. E, mais uma vez, pagando a conta.
• Aplicação de manutenção preventiva simples.
Do ponto de vista da empresa e do cidadão comum,
• Preparação simples (set-up). desperdício é, pois, todo e qualquer recurso que se gasta além
do necessário na fabricação de um produto, prestação de um
• Participação em treinamentos e em grupos de trabalho. serviço, ou nas tarefas comuns do dia-a-dia. Esse recurso
pode ser a matéria-prima, os materiais de consumo, o tempo, o
Efeitos da TPM na melhoria dos recur- dinheiro, a energia etc.
sos humanos É um gasto extra que é acrescentado aos custos nor-
mais do produto ou serviço e que não traz nenhuma melhoria
para o cliente. E, na sua casa, é aquele dinheirinho suado que
Na forma como é proposta, a TPM oferece plenas some nas contas de gás, luz, água.
condições para o desenvolvimento das pessoas que atuam Segundo o fascículo 5 da série Qualidade Total da Fo-
em empresas preocupadas com manutenção. A participação lha/SEBRAE, são sete os tipos de desperdício nas empresas:
de todos os envolvidos com manutenção resulta nos seguintes
benefícios: 1. Produção além do estritamente necessário.
• Realização (autoconfiança).
2. Ausência de agilidade nos processos: produto ou servi-
• Aumento da atenção no trabalho. ços em fila, esperando para serem executados.
• Aumento da satisfação pelo trabalho em si (enriquecimen- 3. Transporte de produtos ou serviços entre máquinas e
to de cargo). seções.
• Melhoria do espírito de equipe. 4. Movimentos desnecessários das mãos e do corpo na
realização da tarefa (processo ou leiaute inadequado).
• Melhoria nas habilidades de comunicação entre as pes-
soas. 5. Erros na concepção do produto: perdas de material, ho-
ras/homem, horas/máquina.
• Aquisição de novas habilidades.
6. Produção com defeito: retrabalho ou perda total do tra-
• Crescimento através da participação. balho.
• Maior senso de posse das máquinas. 7. Estoques além do necessário.
• Diminuição da rotatividade de pessoal.
O Pacote Japonês Contra o Desperdício
• Satisfação pelo reconhecimento.
Para finalizar “a manutenção não deve ser apenas O Método 5S surgiu no Japão no fim dos anos 60 e ser-
aquela que conserta, mas, sim, aquela que elimina a necessi- viu de base para a implantação dos programas de Qualidade
dade de consertar” (Anônimo). Total naquele país. Ele é chamado de 5S para lembrar as cinco
palavras japonesas que dão nome a cada uma de suas fases:
seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke.
Desperdício e Qualidade O principal objetivo de um programa baseado nos 5 “es-
ses” é a manutenção da ordem do local de trabalho, de forma
que ele permaneça sempre organizado, arrumado e limpo, sob
Um dos maiores problemas dos países em desenvolvi- condições padronizadas e com a disciplina necessária para que
mento é o desperdício. se consiga o melhor desempenho nas atividades de cada um.
Mais por inconsciência, incompetência e ignorância do Os benefícios imediatos são: prevenção de acidentes,
que por má fé, todos desperdiçam: as famílias, as empresas, melhoria da produtividade, redução de custos, melhoria do am-
o governo. biente de trabalho, uso eficiente do tempo, melhor aproveita-
No Brasil, a construção civil parece ser a campeã: mento dos materiais e equipamentos.
aproximadamente um terço do material usado é para ser jo- Nesta altura do campeonato, você já deve estar bastante
gado fora. Na agricultura, as perdas começam na colheita, pio- curioso para saber os significados das palavras em japonês.
ram no transporte e tornam-se criminosas no armazenamento.
A indústria e o comércio não ficam atrás. As empresas estatais, Sim para separar tudo o que é inútil
então, nem se fala! Resultado: joga-se fora capital, trabalho e
recursos naturais. Quem paga a conta? Nós, contribuintes e O primeiro S é de seiri. Dependendo do autor, ele é
consumidores. traduzido de várias formas: descarte, organização, senso de
E dentro da sua casa não é diferente: se você deixa luzes ordenação, separar, eliminar, suprimir.
acesas no cômodo onde não há ninguém; se deixa a torneira aber- Para manter o S, a gente vai traduzir como Sim para

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separar tudo o que é inútil.. É a mesma coisa que todo o mundo • Estabelecimento de critérios para a estocagem: itens mais
faz quando inicia uma faxina: separa-se o que é necessário do usados devem estar mais acessíveis; itens mais pesados
que é desnecessário e joga-se fora o que não presta. devem ser guardados em locais mais baixos; itens devem
ser localizados por meio de indicadores para localização;
Para fazer isso, deve-se usar os seguintes critérios: itens devem ser indicados por números; os locais de arma-
zenamento devem ter indicadores de quantidade (estoque
• Se é usado a toda hora, coloque no próprio local de tra- máximo e mínimo).
balho;
• Treinamento dos envolvidos.
• Se é usado todo dia, coloque próximo ao local de traba-
lho; São exemplos de intervenções de arrumação: mudança
de leiaute, ou seja, na arrumação de móveis e equipamentos;
• Se é usado toda a semana, coloque no almoxarifado;
identificação de materiais de escritório, sistema de identifica-
• Se não é necessário, descarte. ção de livros em uma biblioteca.

Nessa fase, costuma-se usar a técnica do “cartão Sim para a limpeza


vermelho” (ou etiqueta vermelha): o grupo encarregado do
trabalho vistoria o local e coloca cartões nas coisas que julga O terceiro S é o de “seiso”, que se traduz por limpeza,
desnecessárias. Após um prazo determinado, as etiquetas são e que nós vamos chamar de “Sim para a limpeza”. Não parece
verificadas. Os objetos, ferramentas e equipamentos que não ser preciso “vender” a idéia de que limpeza é uma coisa fun-
têm anotações de uso dentro do prazo estabelecido são retira- damental. Pois nada é mais gostoso do que tomar um banho
dos do local. Exemplos de coisas que podem ser descartadas: e colocar roupas limpas, deitar em uma cama com lençóis lim-
formulários e papéis desatualizados, coisas em grande esto- pos, comer em uma mesa em que a toalha não esteja cheia de
que mas que são pouco usadas, máquinas quebradas ou sem manchas... Para o cliente, a imagem de uma empresa limpa
utilização, banco de dados não usados. também é extremamente positiva. E mesmo que os profissio-
Deve-se também usar o conceito de que um é melhor, nais tenham a mesma competência, em quem você confiaria
e ter somente uma ferramenta, uma máquina, um arquivo, uma mais? No mecânico da oficina “boca-de-porco”, onde tudo é
hora para reunião, uma cópia e um original de documento, por sujo e bagunçado, inclusive o profissional, ou num mecânico
exemplo. com macacão impecável trabalhando em uma oficina limpa e
A aplicação do “Sim para separar tudo o que é inútil” arrumada, como o Box de uma equipe de Fórmula 1?
traz como benefícios a otimização dos espaços disponíveis, a Mas isso não é só para o cliente, não. Serve para o em-
redução de custos, a diminuição do tempo de procura, a melho- pregado, também. O que é importante, então, é compreender e
ria da comunicação, e a agilização do trabalho. acreditar que a limpeza não é só trabalho do pessoal da faxina.
Ela é responsabilidade de todos, porque um ambiente limpo
Sim para a arrumação parece que melhora a vontade de trabalhar das pessoas.
Então, o objetivo é eliminar o lixo e a sujeira (pó, cava-
Depois que o “seiri” foi implantado e consolidado, vem cos, manchas de óleo) para tornar o ambiente de trabalho mais
o segundo S, de “seiton”, que os autores traduzem por arru- agradável. Assim, todos devem deixar ferramentas e utensí-
mação, e que nada mais é que o velho ditado: um lugar para lios limpos antes de guardá-los; as mesas, armários, móveis
cada coisa e cada coisa em seu lugar. O objetivo dessa etapa e equipamentos devem estar limpos e em condições de uso;
é organizar os itens absolutamente necessários e identificar e nada deve ser jogado no chão. A melhor maneira de limpar
colocar tudo em ordem, para que seja fácil localizá-los. Vamos é não sujar, por isso, as causas da sujeira devem ser elimi-
chamar essa fase de “Sim para a arrumação”. nadas: entupimentos; vazamentos de água, óleo e ar; juntas
estragadas; filtros entupidos; parafusos e porcas soltas; vidros
Algumas estratégias podem ser usadas nessa fase: trincados; rebarbas; fios soltos; válvulas, mangueiras e canos
em más condições.
• Padronização da nomenclatura, ou seja, o mesmo objeto Dizer “Sim para a limpeza” é manter instalações e equi-
ou a mesma informação devem ter o mesmo nome em to- pamentos em perfeitas condições; e manter o local de traba-
dos os setores da empresa. lho continuamente limpo. As vantagens são óbvias: condições
mais favoráveis de trabalho, maior produtividade de pessoas
• Garantia da informação, ou seja, todas as pessoas de- e máquinas, diminuição de perdas e danos de equipamentos,
vem ser informadas sobre o significado da padronização materiais e produtos.
adotada.
Sim para a organização
• Utilização de rótulos, cores e painéis visíveis para facilitar
a localização e identificação de itens. Um exemplo clássico Depois que você jogou fora o que não precisa, arrumou
é o painel com desenhos dos contornos das ferramentas. o que ficou, e deixou tudo limpinho, chegou a hora do quarto
Uma simples olhada identifica a ferramenta que está fal- S: “seiketsu”, que significa padronização, mas alguns traduzem
tando. também como higiene e que, na verdade, quer dizer manter o

17
padrão de organização, arrumação e limpeza conseguidos nas • Devolver as coisas, no mínimo, nas mesmas condições
fases anteriores. O quarto S é o Sim para a organização. em que as encontrou.
Para isso, é preciso que se estabeleçam padrões
que permitam avaliar se as três fases anteriores estão sendo • Reparar ou substituir qualquer coisa que você danifique
cumpridas rigorosamente, no que diz respeito à obediência a ou quebre.
regras de segurança e uso de equipamentos de proteção in-
• Reabastecer qualquer item que usar até o fim: sabonete,
dividual (EPI); uso de uniformes limpos; limpeza os locais de
papel higiênico, papel da copiadora, gasolina, alimentos,
trabalho; manutenção de condições de higiene nos banheiros,
bebidas etc.
vestiários, locais de refeições e áreas de descanso; utilização
de cores claras nos ambientes; presença de plantas para tor- • Colocar as coisas de volta aos seus lugares, para que os
nar os locais mais agradáveis. outros possam achá-las.
Alguns recursos visuais são úteis para a implementa-
ção dessa fase: • Informar às pessoas que vão substituí-lo e/ou completar
seu trabalho sobre a situação exatamente como ele está.
• Avisos de perigo e outras advertências.
• Não desperdiçar tempo, dinheiro, materiais ou outros re-
• Indicações dos locais onde as coisas devem ser coloca- cursos.
das.
• Planejar o ritmo de seu trabalho para que outros não fi-
• Informações sobre equipamentos e máquinas. quem sem trabalhar por sua causa.

• Avisos de manutenção preventiva. • Evitar desperdícios, não usando papel, água, eletricida-
de, ou qualquer outro recurso mais do que o necessário.
• Cores nas tubulações e fios.
Todas as normas e padrões devem ser reunidos em Qualidade é feita por pessoas
manuais que garantam que os procedimentos sejam seguidos
correta e regularmente. Isso tem como conseqüência a manu- A implantação de sistemas de qualidade nas empresas
tenção da organização, da arrumação e da limpeza; maior faci- se apóia integralmente na colaboração e participação dos fun-
lidade para a realização das tarefas com melhores resultados; cionários. Por isso, a gente vem repetindo, insistentemente, o
e a melhoria do relacionamento entre as pessoas. quanto você é importante dentro de uma empresa empenhada
em garantir qualidade de seus produtos ou serviços.
Sim para a disciplina Em uma empresa com um sistema de qualidade implan-
tado, a responsabilidade individual do funcionário assume o ta-
O último S é o “shitsuke” que quer dizer disciplina, se- manho da capacidade que cada um tem de dar o melhor de si.
gundo alguns autores, ou auto-disciplina, segundo outros. É o
“Sim para a disciplina”. Essa fase significa que o processo está Trabalho em equipe
consolidado, embora não definitivamente terminado.
Portanto, existe sempre espaço para encontrar uma Felizmente, muito do que se faz em programas de qua-
forma mais simples de executar uma tarefa. A disciplina ob- lidade está, também, fortemente baseado no trabalho de equi-
jetiva cumprir as quatro fases anteriores como uma rotina, um pe, cuja função é analisar e propor soluções para problemas
hábito. que afetam a qualidade do trabalho da empresa.
Em resumo, a disciplina: Assim, se você trabalha na produção, ninguém melhor
• Reduz a necessidade de controle. do que você e seus companheiros de atividade para perceber
onde está o problema, e propor soluções baratas e criativas.
• Facilita a execução de toda e qualquer tarefa ou opera- As vantagens do trabalho em equipe estão aí para todo
ção. mundo ver: a equipe permite administrar favoravelmente as di-
ferenças; aumenta a motivação dos participantes; melhora a
• Evita perdas.
qualidade das decisões e constitui um meio democrático de
• Possibilita prever os resultados finais de qualquer ope- partilhar o poder.
ração. Disso tudo vêm as nossas perguntas: Você sabe como
uma equipe funciona?
• Divide a responsabilidade por todas as pessoas do grupo, Você sabe trabalhar em equipe? Você sabe, enfim, por
sem sobrecarregar nenhuma. que um é pouco, dois é bom, três é melhor ainda?
Talvez até saiba, só que de um jeito não muito orga-
• Reduz a necessidade de pressões e controles e garante
que os produtos fiquem dentro dos requisitos de qualidade. nizado. Então, nesta aula, vamos organizar essas idéias para
você. Esperamos que isso possa ajudá-lo a perceber melhor as
Disciplina significa fazer coisas simples como: pessoas à sua volta de modo a torná-lo um profissional ligado e
• Ao sair, deixar tudo limpo e em ordem. produtivo em sua função.

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Por que trabalhar em equipe? resumir. Nas melhores equipes, cada participante assume pa-
péis diferentes, dependendo da situação.
Existem muitos e bons motivos para trabalhar em equipe. Finalmente, as equipes devem assumir a responsabili-
• Nas equipes, é possível reunir pessoas com experiên- dade de suas metas. Dentro da equipe, cada um deve assumir
cias e conhecimentos que se completam e cuja soma é maior o compromisso de fazer a sua parte para que o grupo atinja os
do que o conhecimento e experiência de uma só pessoa. objetivos.
• As equipes verdadeiras e maduras são flexíveis e res- Para que essa dinâmica se torne realidade, é necessário
pondem mais rapidamente às mudanças, ajustando-se a elas que se estabeleça um clima que facilite as condições favoráveis
com mais facilidade, precisão e eficácia do que as pessoas que para a realização do trabalho. Essas condições são: confiança
trabalham sozinhas. mútua, apoio mútuo, comunicação espontânea e verdadeira,
• As equipes permitem entender melhor a dimensão compreensão e identificação dos objetivos, administração pro-
do contato social e fornecem campo para que se perceba as dutiva dos conflitos, habilidade para o trabalho em equipe.
vantagens do ganho coletivo. A confiança mútua é, provavelmente, a mais delicada
• O trabalho em equipe é mais divertido do que o tra- de todas as condições para que a equipe seja produtiva. Quan-
balho solitário. do ela se estabelece dentro da equipe, os membros se sentem
• As equipes fortalecem a capacidade de desempenho livres para expressar sua opinião e dizer o que sentem sem
das pessoas, das hierarquias e dos processos gerenciais. preocupação com possíveis conseqüências negativas.
Trabalhar em equipe é bom, divertido, proveitoso. Só O apoio mútuo é uma das bases para a confiança mútua.
que, para que isso aconteça realmente, é necessário seguir Por meio do apoio, as pessoas demonstram uma preocupação
algumas regras. verdadeira com o bem-estar, com o desenvolvimento profissional
e com o sucesso pessoal dos membros da equipe.
As regras do jogo A comunicação espontânea e verdadeira existe quando
se estabelece um clima de confiança e apoio mútuos. O res-
Será que uma reunião qualquer de pessoas, por si só, peito com as palavras é acompanhado pelo respeito em ouvir.
constitui uma equipe? Isso significa ouvir o outro sem preconceitos. O importante é
É claro que não! Essa diferença fica evidente nos times o esforço para captar o que realmente está sendo dito, e não
de futebol: quantas vezes a gente não vê grupos de valores apenas ouvir o que a gente gostaria de ouvir.
individuais, mas que, dentro do campo, não conseguem mos- Os objetivos indicam o alvo para onde todos os esfor-
trar um bom futebol? Fica cada um jogando para si mesmo, ços da equipe têm de apontar. Uma equipe que não sabe onde
querendo marcar seu golzinho de placa apenas para se auto- quer chegar, desperdiça esforços e não chega a lugar algum.
promover. Dentro de uma equipe, o conflito é representado pelas
Por outro lado, você se lembra da Copa de 70? Eles diferenças de opinião que nascem nas diferenças individuais
tinham uma meta comum: ganhar a taça. E jogavam como uma de seus membros. Ao contrário do que se possa pensar, isso
equipe para alcançar essa meta. Cada um tinha a sua função e pode proporcionar o crescimento e a inovação da equipe. Se
sabia exatamente o que fazer. Havia os líderes que se reveza- um clima de confiança e apoio mútuo e de comunicação verda-
vam dentro do campo. Havia responsabilidade. Havia discipli- deira está presente, a administração das diferentes experiên-
na. Essa é a diferença entre um grupo e uma equipe. cias permite que soluções criativas sejam propostas e coloca-
Desse exemplo dá para a gente tirar a definição da ver- das em prática Uma equipe madura e bem organizada aceita o
dadeira equipe: um pequeno número de pessoas com conhe- conflito “numa boa”.
cimentos complementares, compromissadas com propósitos, Para trabalhar em equipe de modo eficaz, é necessário
metas de desempenho e abordagens comuns, e pelos quais se desenvolver algumas habilidades de caráter social (comunicar,
mantêm mutuamente responsáveis (A força e o poder das equi- ouvir, apoiar) e intelectual (pensar e decidir coletivamente). Isso
pes. John R. Kattzenbach e Douglas K. Smith. Editora Makron ajuda a compreender o papel de cada um dentro da equipe e
Books do Brasil). permite perceber que existe a necessidade de uma liderança,
Esses autores queriam dizer que existem condições mas que essa tem de funcionar de maneira democrática, orien-
para que a equipe seja mesmo eficaz “Por exemplo: ela não tando e delegando poder quando necessário.
pode ser muito grande - máximo de dez pessoas”, porque esse Então, quando participar de uma equipe, seu trabalho
número permite que as responsabilidades sejam verdadeira- será muito melhor se você se lembrar do que acabamos de
mente compartilhadas. falar aqui. E lembre-se: do jeito que as coisas andam, se ficar, o
As equipes devem também desenvolver a combinação bicho come. Se correr, o bicho pega. Se unir... o bicho foge!
correta dos seguintes conhecimentos: competência técnica ou
funcional; capacidade para solucionar problemas e tomar deci- Temos um problema
sões; capacidade de se inter-relacionar.
As equipes devem ter o mesmo propósito e as mesmas O objetivo do trabalho das equipes (ou times de quali-
metas. A integração é essencial para um bom desempenho. dade) nas organizações que têm um sistema de qualidade im-
As equipes devem decidir como trabalharão para al- plantado e funcionando, é discutir e apresentar soluções para
cançar as metas. Os participantes devem, no desenvolvimento os problemas que possam impedir que a qualidade total seja
dos trabalhos, assumirem papéis sociais e de liderança, ou alcançada.
seja, devem contestar, interpretar, apoiar, integrar, lembrar e Mas isso não fica só na empresa, não. A verdade é que

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todos os dias de nossa vida temos de resolver problemas. Seja seguintes perguntas: Você já viu um problema parecido?
na vida pessoal, seja na vida profissional; uns grandes, outros O proble
pequenos, eles estão sempre lá.
Mas o que é um problema? Um problema é algo que 5. Execute o plano, e esteja pronto para mudá-lo se você
você precisa saber, mas não sabe; ou uma escolha que você (ou sua equipe) tiver uma idéia melhor, ou se descobrir que
tem de fazer no meio de várias alternativas; ou algo que você o plano não vai funcionar.
não sabe fazer.
6. Verifique o resultado, certificando-se de que executou
E o problema está resolvido quando você descobre a
corretamente o que foi planejado, inclusive as correções.
informação que precisa; ou quando escolhe a melhor solução,
Verifique se o resultado é razoável, e se resolve o problema
e a executa; ou quando descobre como fazer, e faz.
proposto.
E todas as pessoas resolvem problemas o tempo todo.
Na vida profissional, então, nem se fala: trabalhar é resolver
Nos exercícios a seguir, estão representados alguns
problemas. Você duvida? O que o médico faz quando descobre
gráficos e diagramas resultantes da aplicação das ferramen-
qual a doença que você tem? E o mecânico que conserta o
tas para qualidade (página 11). Sua tarefa será tentar desco-
seu carro? Isso significa que, quanto mais habilidade você tiver
brir oque eles querem dizer.
para resolver problemas, melhor você será em sua profissão.
Existem muitas maneiras de resolver um problema:
você pode simplesmente tentar adivinhar. Ou adivinhar e tentar Exercícios:
provar que sua adivinhação é verdadeira.
Você pode fazer uma tabela, contar uma história, cons- 1) A gerência de uma empresa mecânica queria descobrir as
truir um gráfico, tirar conclusões a partir de dados. E outras causas dos defeitos das peças que eram produzidas. Durante
formas poderiam ser citadas. uma semana, o responsável pela pesquisa colheu dados de
Só que, se você fizer isso de maneira organizada, po- dois tipos: os defeitos causados pelo operador e os defeitos
derá obter melhores resultados. Seu raciocínio será mais fácil causados por falha mecânica. Os dados foram estratificados
se for disciplinado pelas seguintes estratégias: em um quadro assim:
• usar estimativas que possam ajudá-lo a começar;

• descobrir uma tendência ou padrão (um fato ou dado que


se repete);

• descobrir problemas semelhantes, e como eles foram


resolvidos; Responda: que conclusões você pode tirar dessa es-
• procurar causas e efeitos; tratificação?

• limitar as condições, quando isso for possível;

• construir tabelas, gráficos ou fórmulas;

• trabalhar de trás para frente;

• procurar palavras e frases-chave e outros sinais indica-


dores.
Um plano que use várias dessas estratégias o ajuda-
rá a aprender e praticar as habilidades de resolver problemas.
E, sempre que você tiver um problema, execute os seguintes 2 ) A gerência de Recursos Humanos de uma empresa
passos: mecânica estava preocupada com o número de acidentes de
1. Entenda qual é o problema, ou seja, identifique-o clara- trabalho, e queria descobrir qual era a parte do corpo mais afe-
mente. tada para poder saber onde atuar. Os dados da pesquisa foram
colocados em um histograma que ficou assim:
2. Analise o problema: verifique os fatos/dados. (Quais são Responda: o que esse histograma indicou?
os dados que você tem? Eles são suficientes para resol- 3) Que outro gráfico se pode fazer para organizar es-
ver o problema? Você precisa de mais informações? Você
é capaz de deduzir outros fatos a partir dos que você já
tem?)

3. Organize os dados que você tem: desenhando, fazendo


uma lista, um quadro, uma tabela.

4. Faça um plano decidindo qual a ação que levará à so-


lução. Se você não conseguir decidir, faça a si mesmo as

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ses dados, de acordo com o número de ocorrências? Bulach e publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, de 21
de junho de 1995. Leia-os com atenção e discuta as dúvidas
com os colegas até que tudo esteja compreendido, para que
você possa responder ao próximo exercício.

U m Processo de certificação envolve a sensibilização


dos funcionários(futuros parceiros internos), ajustes
profundos e inúmeras ações corretivas envolvendo toda
empresa, ou seja: administração produção, estocagem,
manuseio, expedição, embalagem, além das parcerias
com os fornecedores e, eventualmente, projeto e assistên-
cia técnica...A ISO 9000 exige da empresa quatro pontos
importantes para conceder uma certificação:
• Dizer o que faz: qual é a política de qualidade, seus ob-
jetivos, autoridade e responsabilidade. Os procedimentos
operacionaisdevem formar manuais.
• Provar o que faz: a rastreabilidade deve ser possível a
qualquer momento.
• Auditar constantemente: as ações corretivas para atuali-
zações fazem parte do dia-dias.
4) Uma pesquisa, que procurava a relação entre a ida- ...A ISO 9000 é uma simples consequencias de um traba-
de e os anos de experiência profissional, resultou no seguinte lho diário para o aumento de lucratividade...
diagrama de dispersão:

Escreva com suas palavras o que você entendeu sobre


o trecho que acabou de ler. Não vale copiar pedaços do texto.

Responda: analisando o gráfico, em sua opinião, existe


relação entre a idade das pessoas e seu tempo de experiên-
cia profissional? Se existe você consegue dizer qual é essa
relação?

5) A seguir, apresentamos trechos retirados do artigo


Certificação na ISO 9000 não deve ser meta, escrito por Milton

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