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Qualidade no Japão
A) Atividades de Leitura
1 - Esquema Gráfico.
Representação Visual da Organização da disciplina contemplando os conteúdos e suas
relações.
2 - Contextualização e Problematização.
Texto Introdutório lembrando os conteúdos que serão abordados.
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3 - Texto teórico contemplando Qualidade.
Texto base da disciplina desenvolvido pelo tutor.
4 - Apresentação narrada.
Formato “adobe presenter”, que sintetiza o conteúdo teórico.
5 - Material complementar sobre o tema.
6 - Referências bibliográficas.
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As últimas décadas do século passado foram marcadas por um grande e dinâmico
avanço tecnológico, gerando competitividade, marcada, principalmente, pela abertura ao
mercado estrangeiro.
O crescimento infra estrutural e industrial iniciou-se com correspondente demanda por
engenheiros e outros profissionais da linha tecnológica.
A dinâmica do avanço tecnológico tem gerado problemas complexos, como é o caso
das variáveis que envolvem uma obra de Construção Civil. Uma característica ímpar da
Construção é o caráter semi-artesanal das construções, pois envolve a utilização da mão-de-
obra operacional, na maioria das vezes, desqualificada de forma intensa e em quase cem por
cento das vezes insubstituível em seus processos construtivos.
A preocupação com a mão-de-obra na construção civil tem gerado uma importância
muito grande no que diz respeito à tentativa de qualificar o recurso humano disponível no
setor.
Associado à mão-de-obra, estão os processos construtivos, que também têm sido
repensados de forma sistematizada, ou seja, estão realmente sendo revistos como um
processo, igualmente as indústrias seriadas, claro que dentro das singularidades da construção.
Outra variável importante é a Logística dos materiais de construção, que tem que estar
no lugar certo, no momento certo e na quantidade certa, com as especificações certas quando
forem solicitados, por isso a relação com os fornecedores deve ser forte e, portanto, requer
atenção especial.
Os equipamentos e sua boa utilização são fatores imprescindíveis para o fluxo da
concretização da obra.
Portanto o Engenheiro é o responsável, dentro de muitas outras atribuições, por fazer
com que tudo o que foi descrito acima funcione de forma harmoniosa, economicamente
viável e, principalmente, fazendo com que todas essas variáveis possam ser controladas de
forma sustentável.
O Engenheiro deve ser o líder de todo esse fluxo complexo que é chamado de obra da
Construção civil. Para tanto, é fundamental que ele desenvolva habilidades que o façam, de
fato, um líder.
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A qualidade faz parte do nosso dia-a-dia, é natural que o ser humano sempre busque
melhorar ao longo de sua vida. Mas o que é melhorar para um indivíduo, pode não ser para o
outro, por essa razão é difícil definir Qualidade em poucas palavras, justamente por ser muito
ampla e complexa, mudam-se alguns fatores e a percepção de qualidade também pode
mudar.
1.1 - Definição
Faz, ainda, menção à sua utilização técnica, para a qual atribui dois significados:
O volume de produção passa a ser muito maior, em compensação pode-se afirmar que
quanto mais se fragmenta o trabalho, maior é o perigo de confusão. Surge desta forma a
necessidade de fiscalização e coordenação da subdivisão do trabalho.
a) Superior – Direção.
b) Intermediário – Gerência.
c) Inferior - Supervisão.
Informação
Comentários: notem que, para se produzir mais, subdividiu-se o trabalho, resultando na sua divisão
horizontal. Já para sua fiscalização e coordenação, foi necessário dividi-lo verticalmente, a que
chamamos de hierarquia organizacional. É muito importante que vocês tenham compreendido o porquê
tivemos que entender um pouco da evolução das formas de produzir, para entender a evolução da
qualidade.
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Provavelmente, a preocupação com a qualidade já existisse desde o primeiro utensílio,
ferramenta ou abrigo feitos. O homem da pré-história, ainda que inconscientemente, deve ter
vivenciado tal preocupação. Para que fazer uma lança, se não estiver suficientemente afiada
a ponto de matar um animal mais forte? Para que ter um utensílio para armazenar água se
estiver vazando? E assim por diante.
A Revolução Industrial foi, com certeza, um marco para a evolução da qualidade, não
só na Inglaterra, mas também nos Estados Unidos, pois a percepção da necessidade da
aplicação da qualidade deveu-se ao fato do próprio desenvolvimento de novas máquinas,
ferramentas de trabalho e dos sistemas de unidades de medidas e da própria necessidade em
se produzir cada vez mais. A Qualidade foi marcada por algumas fases, que serão descritas a
seguir.
Fase da Gestão da Qualidade Total – Qualidade com foco no negócio – a partir dos anos 70
Nessa fase, foram desenvolvidas técnicas estatísticas para controlar a qualidade. Foram
criados conceitos como "Risco do produtor e consumidor, probabilidade de aceitação, fração
defeituosa tolerável e nível de qualidade aceitável." (PALADINI, 1995). Essas técnicas foram
desenvolvidas para combater a ineficácia e impraticabilidade apresentadas pela inspeção.
Outro fator que contribuiu para a necessidade de desenvolvimento de novas técnicas foi a
rápida expansão das indústrias e a utilização de mão-de-obra pouco preparada, que, pela
urgência em produzir, afetavam a qualidade dos produtos e processos.
c. As técnicas de confiabilidade;
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2.3.1 – Quantificação dos custos da qualidade
Feigenbaum (1956 apud Barçante 1998) definiu que a Qualidade dos produtos é difícil
de ser alcançada, se o trabalho for feito de maneira isolada. O trabalho desenvolvido por
Feigenbaun foi a mola propulsora das normas de sistemas de Garantia da Qualidade em
vários países e que, na década de 80, deu origem às normas internacionais ISO 9000,
segundo Barçante (1998).
FMEA – análise de efeito e modo de falha: esta técnica propõe revisão sistemática dos
modos pelos quais um componente de um sistema pode falhar;
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2.3.4 - O programa Zero Defeitos
O programa Zero Defeito foi lançado em 1957, por Philip Crosby. Foi muito popular e
utilizado na época nas empresas, inclusive, nos programas militares em 1961 na construção
dos mísseis Pershing nos E.U.A.
Este programa foi desenvolvido baseado na noção de custos da qualidade proposta por
Juran e apelos gerencial e motivacional, tendo como filosofia básica “fazer certo na primeira
vez”. Este programa sofreu muitas críticas, uma vez que se amparava em slogans de
propagandas.
2.4 - Fase da Gestão da Qualidade Total (TQM) - Qualidade com Foco no Negócio
Todas as fases que antecederam à fase da Gestão foram englobadas a ela, tanto a de
Inspeção, quanto a de Controle Estatístico e de Garantia da Qualidade, mas o foco a partir
desta fase era utilizar-se da qualidade como uma estratégia competitiva, cuja ênfase era
atender às necessidades do mercado e do consumidor.
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Muitos cientistas e empresas estudaram o esse fenômeno japonês, a fim de desvendá-
lo. Muitas respostas foram dadas, tais como: “Capacidade de trabalho e disciplina do povo
japonês”, “sua cultura”, inclusive de cunho religioso “efeito da religião budista” etc. As
respostas foram superficiais e não subsistiram a análises mais profundas.
Sabe-se que o sucesso de uma empresa no mercado internacional depende de vários
fatores: os internos, que englobam o seu modelo administrativo, sua localização, tecnologia,
etc.; e os externos à empresa, que seriam o modelo administrativo econômico do país, seu
sistema educacional, transporte (malhas rodoviárias, fluviais e aéreos) e sua política cambial.
Por outro lado, conclui-se que, por melhor que seja a situação do país, somente os
fatores internos à empresa conseguirão agregar qualidade e confiabilidade aos seus produtos.
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3.2 – Princípios da Gestão da Qualidade
São oito os princípios da gestão da qualidade sugeridos por Melhado e Aly (2008), os
quais são apresentados em forma de Tabela (1), para facilitar o entendimento.
O uso dos princípios explorados na Tabela gera retorno financeiro, cria valores e
aumenta a estabilidade, fatores tão desejados nos dias de hoje.
Não obstante, não se pode falar em Melhoria Contínua sem enfatizar a necessidade de
utilização do Ciclo PDCA, como mostra a figura 2, cujo objetivo é o de gerenciar a rotina de
trabalho e aperfeiçoar os processos e o controle da qualidade.
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O PDCA é um instrumento valioso de controle e melhoria de processos, o significado
pela ordem da sigla é: P plan, que significa planejar; D, que significa fazer; C check, que
significa verificar, controlar e A, que significa act: agir, atuar corretivamente.
A qualidade não pode estar separada das ferramentas estatísticas e lógicas básicas
usadas no controle, melhoria e planejamento da qualidade. Os objetivos das ferramentas da
qualidade, segundo Oliveira (1995 apud Lima 2008), são:
c) Desenvolver a criatividade
Algumas das mais importantes ferramentas para medir o resultado da qualidade são
descritas nos próximos subitens.
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3.4.1 Coleta de Dados
Coleta de Dados são técnicas utilizadas com frequência, para se obter informações
qualitativas que direcionam para as devidas ações. A partir de dados, identificam-se os fatos
pertinentes e tomam-se providências apropriadas, baseadas em tais fatos.
Fonte: http://www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.
São formulários planejados nos quais os dados são coletados e preenchidos de forma
fácil e objetiva. Registra-se os dados a serem verificados, permitindo uma rápida percepção da
realidade e uma imediata interpretação da situação, diminuindo, dessa forma, erros e
confusões (LIMA, 2008). A Tabela 3 ilustra esta ferramenta.
Problema Ocorrências
Falta de papel
Falta de toner
Cópias muito claras
Separador não funciona
Alimentador de documentos
Alimentador de transparências
Outros: A copiadora parou
Painel confuso
Copiadora sem energia
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3.4.3 - Brainstorming
O Brainstorming (tempestade de ideias) é uma reunião que tem por objetivo incentivar
a total liberdade de ideias. Como “ideias puxam ideias”, as ideias de alguns podem ser pontos
de partida para grandes ideias de outros.
Essa é uma ferramenta que se destina a identificar e a solucionar os Problemas.
3.4.4 - 5W2H
O 5W2H é uma sigla muito utilizada na linguagem empresarial.
É um documento que identifica as ações e as responsabilidades de quem irá executar, por
meio de um questionamento, capaz de orientar as diversas ações que deverão ser
implementadas.
A sigla 5W2H significa
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3.4.5 - Diagrama de causa e efeito
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Figura 5 – Fluxograma de beneficiamento cerâmicos.
Fonte: http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004-014-00.pdf apud Lima, 2008.
Figura 6 – Histograma.
Fonte: www.brasilacademico.com/maxpt/links_goto.asp apud Lima, 2008.
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3.4.8 - Gráficos de Controle
São gráficos que permitem verificar se o processo está ou não sob controle.
Os valores: +1, -1, +2, -2, +3, -3 indicam, respectivamente, mais um desvio padrão, menos
um desvio padrão, mais dois desvios padrão, menos dois desvios padrão e, assim,
sucessivamente.
O desvio padrão é, sem dúvida, a mais importante das medidas de dispersão. Quando
uma curva de frequência representativa da série é perfeitamente simétrica como a figura 3.4.8,
podemos afirmar que o valor 0 indicado no gráfico representa a média da série e que o
intervalo de -1 até +1 representa um intervalo que contém 68% da série, que o intervalo de -
2 até +2 representa um intervalo que contém 95% dos valores da série e assim por diante.
O desvio padrão é representado pela letra grega sigma σ. É importante que se tenha
percebido que, ao aumentar o tamanho do intervalo, aumenta-se o percentual de elementos
contidos no intervalo.
Informação
Comentário: acho que alguns de vocês já devem ter ouvido falar
no programa Seis Sigma, batizado com o nome da letra grega
sigma (σ). Um dos elementos mais marcantes desse programa é a
adoção estruturada do pensamento estatístico, o nome seis sigma
significa seis desvios padrão, esta é uma métrica de capacidade
que implica um processo praticamente isento de erros.
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As ferramentas apresentadas neste material são ferramentas básicas, cuja finalidade é a
de definir, mensurar, analisar e propor soluções para os problemas que interferem no bom
desempenho dos processos de trabalho. Implicam, de um modo geral, mudanças de
paradigmas na vida da empresa.
Deve-se ter cuidado para escolher a(s) ferramenta(s) mais adequada(s) para um
determinado problema.
Importante registrar que existem ferramentas mais sofisticadas que não farão parte do
estudo neste momento.
Não se pretende aqui explorar o termo Competitividade e, sim, apresentar apenas uma
definição, que seja suficiente para o assunto em questão.
A qualidade é uma prática que passou a fazer parte da vida das organizações,
independentemente do ramo de atividade e abrangência de atuação pública ou privada.
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4.1 - As forças que podem influenciar significativamente o futuro da qualidade
a) Globalização – Esta é uma força que se mantém e que afeta aspectos culturais e
regionais, elevando a complexidade das organizações.
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Como complementação desta Unidade, “visitem” o endereço: www.qualidade.eng.br
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ASQ (American Society for Quality – Sociedade Americana para a Qualidade). Disponível
em: www.qualidade.eng.br/artigos_qualidade_conceito.htmBibliografia.
BARÇANTE, Luis César; CASTRO, Guilherme Caldas de. Clima para a qualidade total. In:
Congresso da Qualidade e da Produtividade, 5. Anais.Curitiba,PR:UBQ,1995.
BARÇANTE, Luis César; CASTRO, Guilherme Caldas de. Ouvindo a voz do cliente interno:
transforme seu funcionário num parceiro. Rio de Janeiro, Rj. Qualitymark, 1995. 92 p.
JURAN, J.M, Controle da Qualidade. São Paulo: Editora MC Graw- Hill LTDA, 1991;
JURAN, J. M.; GRYNA, F. M. Controle da Qualidade. São Paulo: Makron Books, editora Mc Graw
Hill Ltda, volume I,1993.
MELHADO, S.; ALY, V. Qualidade – Anotações de Aula EPUSP. São Paulo, 2008. Técnicas de
Coleta de dados disponível em: www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.
PALADINI, E. PACHECO - Gestão da qualidade: teoria e prática - 2 edição – São Paulo: Editora
atlas, 2004.
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