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CAPÍTULO 3 ser utilizada para auxiliar a extinção de incêndios classe “A”, reduzindo as chamas
AGENTES EXTINTORES superficiais e permitindo que as equipes se aproximem mais do foco do incêndio, o que
3.1 - DEFINIÇÃO facilitará sua extinção definitiva com jato sólido. Na ausência de espuma, também é altamente
Agente extintor é qualquer material empregado para resfriar, abafar as chamas ou eficiente na extinção de incêndios classe “B”, onde a aplicação de jato sólido provocaria um
quebrar a reação em cadeia, oriundas de uma combustão, proporcionando sua extinção. turbilhonamento no seio do líquido inflamado, aumentando o vulto do incêndio.
Os agentes extintores de uso mais difundido a bordo são a água, a espuma, o vapor, o
CO2, os compostos halogenados, o pó químico e a solução aquosa de carbonato de potássio
(APC), porém existem outros, como o pó químico ABC.
3.2 - ÁGUA
Aplicação:
Agente extintor de uso mais comum, é aplicada nas formas de jato sólido e neblina de
alta velocidade. Atua principalmente por resfriamento, devido à sua propriedade de absorver
grande quantidade de calor, podendo atuar também, quando em forma de vapor, por Fig. 3.2 - Neblina de alta velocidade
abafamento. O jato sólido (Fig. 3.1) consiste em um jorro de água, lançado em alta pressão A água, sob qualquer das três formas em que é empregada, extingue incêndios por
por meio de um esguicho com orifício circular de descarga. Sob esta forma, a água atinge o resfriamento, isto é, diminuindo a temperatura das substâncias abaixo de sua temperatura de
material incendiado com violência e penetra em seu interior. É o meio por excelência para a ignição. No entanto, quando se joga água sobre uma substância em combustão, parte desta
extinção de incêndios classe “A”, onde o material tem de ser bem encharcado de água para água se transforma em vapor, que tem uma ação de abafamento. Dizemos, então, que a água
garantir a extinção total do fogo e impedir seu ressurgimento. extingue incêndios principalmente por resfriamento e, secundariamente, por
abafamento.
Cuidados:
Todos os agentes extintores apresentam efeitos secundários sobre o material ou sobre o
pessoal, requerendo cuidados adicionais para sua seleção e emprego, a fim de evitar-se que
ocorram acidentes ou que o material venha a sofrer danos maiores do que aqueles que tenham
sido causados pela ação do fogo.
– A água, especialmente a água salgada, é boa condutora de eletricidade e não deve,
Fig. 3.1 – Jato sólido
portanto, ser utilizada na extinção de incêndios em equipamentos energizados (classe “C”).
No entanto, na total ausência de agentes extintores adequados, poderá ser aplicada na
Em alguns casos, como incêndios em colchões e travesseiros, é conveniente que o
forma de neblina de alta velocidade, devendo ser mantida pelo utilizador uma distância de,
material seja mergulhado na água, garantindo-se assim que não permaneçam brasas no seu
pelo menos, dois metros dos equipamentos energizados, a fim de diminuir o risco de choque
interior.
elétrico.
A água, aplicada sob a forma de gotículas, tem aumentada, em muito, sua superfície de
– Requer providências efetivas quanto ao esgoto. Fainas prolongadas podem causar a
contato com o material incendiado, propiciando um rápido decréscimo da temperatura no
redução da reserva de flutuabilidade, por excesso de peso da água embarcada, bem como dar
ambiente em que ocorre o fogo (extinção por resfriamento). A neblina de alta (Fig. 3.2) pode
origem à formação de superfície livre, banda permanente ou redução de estabilidade por