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CONSULTORIA JURÍDICA
DESPACHO/CONJUR/MTur/Nº 602/2009
MANOELIN ladeado
Consultora Jurídica/MTur
MINISTÉRIO DO TURISMO
CONSULTORIA JURÍDICA
Unidade Setorial da Advocacia-Geral da União
PARECER/CONJUR/MTur/Nº 592/2009
03. Da análise dos autos, verifica-se a presença do Termo de Autuação de Processo (fl.
01), datado de 10 de junho de 2009, em que consta pedido de abertura do processo em tela,
posteriormente aberto sob o nº 72000.002488/2009-67.
04. Observa-se que, para a execução do Convênio em pauta, serão necessários recursos
financeiros no valor de R$ 210.530,00 (duzentos e dez mil, quinhentos e trinta reais), sendo
que o MTur destinará R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), e o Proponente a contrapartida
financeira no valor de R$ 10.530,00 (dez mil, quinhentos e trinta reais).
05. Verifica-se que os recursos a serem destinados ao Convênio pelo MTur foram
devidamente empenhados, conforme se infere da Notas de Empenho nº 2009NE000098 e nº
2009NE000099, emitidas em 10 de junho do corrente ano.
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Unidade Setorial da Advocacia-Geral da União
PARECER/CONJUR/MTur/Nº 592/2009
REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
Riacho de Santo Antônio/PB”.
II. Do Direito
| FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. Rio de Janeiro: Lumes Júris,
L
2003, p. 274.
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
Riacho de Santo Antônio/PB”.
12. Trata-se, pois, de parceria, de união de esforços por parte dos partícipes, para,
mediante ações e esforços conjuntos, desenvolver uma atividade comum, com a característica
de associação cooperativa. Vejamos o que nos ensina José dos Santos Carvalho Filho:
“O que caracteriza essa forma de parceria é a circunstância de ser o regime
formalizado através de convênios administrativos. Nesses acordos, normalmente de
caráter plurilateral, Poder Público, de um lado, e entidades privadas, do outro,
associam-se com objetivo de alcançar resultados de interesse comum.” GN
13, Sobre o assunto, cumpre registrar o que dispõe o inciso VI, do $ 1º, do art. 1º da
Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU nº 127/08, atualizada:
“VI - convênio - acordo ou ajuste que discipline a transferência de recursos
financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
da União e tenha como participe, de um lado, órgão ou entidade da administração
pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da
administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda,
entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de programa de governo,
envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;” G. N.
14. No que tange à legislação que rege a espécie deverão ser observadas,
principalmente, a Lei Complementar nº 101/2000, no que couber, a Lei nº 8.666/93, em sua
2 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública. 5 ed. São Paulo: Editora Atlas, 2006,
p. 246.
* MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 19 ed. São Paulo: Malheiros, 1994, p. 354.
* FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. Rio de Janeiro: Lumes Júris,
2003, p. 281.
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
Riacho de Santo Antônio/PB”.
15. Cumpre, inicialmente, registrar que o art. 116, da Lei nº 8.666/93, atualizada, em
seu $ 12, prevê vários requisitos para assinatura do convênio, entre eles, a identificação do
objeto a ser executado; metas a serem atingidas; etapas ou fases da execução; plano de
aplicação dos recursos financeiros; cronograma de desembolso; previsão de início e fim da
execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas.
A) Interesse recíproco.
18. Deve-se, portanto, ser verificado o interesse recíproco, comum, dos Partícipes no
Projeto em tela, objeto do presente Convênio. No que diz respeito a esta Pasta Ministerial, o
setor técnico deste Ministério entendeu que o Projeto supracitado é do interesse do MTur,
inclusive por estar em consonância com seus fins institucionais, conforme descrito no Parecer
Técnico inserto no Sistema SICONV. Quanto ao Proponente, vislumbra-se que o mesmo
tenha interesse em participar do Projeto, uma vez que promove e incentiva o turismo no
Município, o que se infere do Plano de Trabalho apresentado, muito embora não seja de nossa
competência tal análise.
* FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual de Direito Administrativo. 10 ed. Rio de Janeiro: Lumes Júris,
2003, p. 281.
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
Riacho de Santo Antônio/PB”.
“Ocorre, contudo, que, para realizar o objeto pretendido, a entidade recebedora dos
recursos transferidos deve necessariamente possuir padrões mínimos de
qualificação técnica e capacidade operacional, devendo o órgão ou entidade
concedente ou contratante aferir o cumprimento de tais condições previamente à
celebração do acordo. Em outras palavras, o concedente deve se certificar, antes de
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
Riacho de Santo Antônio/PB”.
(...)
No que concerne à qualificação técnica, cabe, portanto, ao concedente ou ao
contratante certificar-se de que a entidade proponente possui aptidão técnica para
realizar o objeto. Nesse sentido, deverão ser examinados pontos como o desempenho
anterior em realização de objetos semelhantes; a existência de corpo técnico
qualificado ou a capacidade de sua mobilização; e a similaridade entre o ramo de
atuação da entidade e a natureza do objeto do convênio ou contrato de repasse.
Já a capacidade operacional está relacionada aos meios que a entidade possui para
executar o objeto, ou seja, informações sobre a existência ou não da infra-estrutura
mínima necessária para realizar e dar suporte às ações que serão realizadas, tais
como os recursos humanos que serão utilizados para o gerenciamento do convênio ou
contrato de repasse, os recursos tecnológicos existentes etc.
Percebe-se, no entanto, que, não obstante haver a necessidade de certificação de
padrões minimos de qualificação técnica e de capacidade operacional, cada
celebração de um convênio ou contrato de repasse impõe à parte recebedora dos
recursos, além da execução do objeto, uma série de novas demandas, decorrentes do
gerenciamento de tais atividades. Diante disso, é razoável pressupor que a entidade
não necessite possuir antecipadamente todos os requisitos técnicos e operacionais
necessários para a realização da totalidade do objeto, pois Página 2 da Nota Técnica
nº/2009/DLSG/SLTE-MP, de de março de 2009 2 esses poderão ser implementados ou
mobilizados com recursos oriundos do próprio convênio ou contrato de repasse.
Nesse sentido, não haveria óbices para que, após a aprovação do plano de trabalho
ou a celebração do acordo, a entidade efetue a contratação, caso necessário, de
profissionais habilitados para a realização das ações pactuadas.” G. N.
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ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
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€) Do Plano de Trabalho
Art. 22. O Plano de Trabalho será analisado quanto à sua viabilidade e adequação
aos objetivos do programa e, no caso das entidades privadas sem fins lucrativos,
será avaliada sua qualificação técnica e capacidade operacional para gestão do
instrumento, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ou entidade
repassador de recursos." G.N.
26. Ademais, cumpre registrar que, nos termos do art. 22, da Portaria Interministerial
MPOG/MF/CGU nº 127/08, atualizada, e em consonância com o entendimento do Tribunal
de Contas da União, conforme se infere da ementa do Acórdão nº 901/2006-TCU-1º Câmara e
do item 1.8 do Acórdão nº 1852/2006 - Segunda Câmara, transcritos abaixo, o Plano de
Trabalho proposto pelo interessado deverá conter, no mínimo: a justificativa para a celebração
do instrumento; a descrição completa do objeto a ser executado; a descrição das metas a
serem atingidas; a definição das etapas ou fases da execução; o cronograma de execução do
objeto e cronograma de desembolso; o plano de aplicação dos recursos a serem
desembolsados pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso;
bem assim todas as informações suficientes para a identificação do projeto, atividade ou ação
prevista, a ser realizada para cumprimento do objeto do respectivo Convênio a ser firmado.
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
Riacho de Santo Antônio/PB”.
“(o
3.1.4 A falta de clareza nos desdobramentos das metas e das ações que efetivamente
deverão ser implementadas, redundam em cronogramas de desembolso irreais, sem
correlação entre as etapas de execução fisica e os aportes requeridos, de modo a
quantificar realisticamente ao longo do tempo as parcelas de recursos necessárias,
potencializando, assim, a liberação excessiva ou insuficiente de recursos em prejuizo
da racionalidade administrativa e dos serviços que se pretende disponibilizar à
população. (...)”.
Fios)
1.9- exija dos interessados na celebração de convênios a observação da correlação
temporal entre as etapas de execução física do objeto e os repasses dos recursos,
como forma de estabelecer parâmetros para a definição das parcelas do
cronograma de desembolso proposto;
(JUS N.
28. Os custos, que precisam estar especificados para cada meta constante no Plano de
Trabalho, devem ser analisados pelo setor técnico competente, previamente à celebração do
Convênio, uma vez que deverá ser observado se os mesmos estão em consonância com os
preços praticados no mercado local, conforme entendimento do Tribunal de Contas da União,
como se infere do Acórdão nº 1852/2006-TCU-Segunda Câmara, in verbis:
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
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ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
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asi)
1.10 - Na avaliação de proposições de convênio, exija, proceda, e consigne em seus
pareceres técnicos as análises detalhadas dos custos indicados nas propostas,
documentando referidas análises com elementos de convicção como cotações,
tabelas de preços de associações profissionais, publicações especializadas e outras
fontes disponíveis, de modo a certificar-se e a comprovar que tais custos estão
condizentes com os praticados no mercado da respectiva região” G.N.
29. Infere-se dos autos do presente processo que o setor competente desta Pasta
realizou análise dos custos, conforme se verifica no Parecer Técnico inserto Sistema
SICONV, nos seguintes termos: “(..) Isto posto, julgamos oportuna a aprovação,
considerando que os custos indicados no Projeto são condizentes com o praticado no
mercado local, tendo por base as propostas anexadas ao sistema apresentadas e já atestados.
(..)"
9.5.1.1. deve ser apresentada cópia do contrato de exclusividade dos artistas com o
empresário contratado, registrado em cartório. Deve ser ressaltado que o contrato de
exclusividade difere da autorização que confere exclusividade apenas para os dias
correspondentes à apresentação dos artistas e que é restrita à localidade do evento;
9.5.1.2. 0 contrato deve ser publicado no Diário Oficial da União, no prazo de cinco
dias, previsto no art. 26 da Lei de Licitações e Contratos Administrativos, sob pena
de glosa dos valores envolvidos”;
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
INTERESSADOS: MTur/Município de Riacho de Santo Antônio - PB.
ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
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beneficiados com recursos dos convênios devem ser revertidos para a consecução
do objeto conveniado ou recolhidos à conta do Tesouro Nacional. Adicionalmente,
referidos valores devem integrar a prestação de contas;
(1) GN.
31. Uma vez celebrado o Convênio, a transferência dos recursos financeiros deverá
obedecer o Plano de Trabalho aprovado. Nesse sentido, as despesas do convenente para
consecução do objeto do Convênio devem estar em conformidade com o disposto no Plano de
Trabalho, em consonância com o entendimento do TCU.
II. Conclusões
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REFERÊNCIA: Processo nº 72000.002488/2009-67
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ASSUNTO: Minuta do Convênio nº 703632/2009. Projeto “II Festança do Bode no Município de
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MANOELI
Consbltora Jurídica/MTur