QUILOMBO MIRIM FOMENTO AO LIVRO E LEITURA | RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ANO 2 - 2023 - FCP 6ED

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Área 3 - M'boi Mirim/Jardim Angela - São Paulo - SP
ÍNDICE
QUILOMBO
1. Revisão do Plano Geral /
Ciclo 2022/2023 MIRIM
FOMENTO AO LIVRO E LEITURA
2. Resumo das Atividades e O cinas Realizadas
PROGRAMA DE MULTIPLICAÇÃO DE LEITURAS, LEITORES
E MEDIADORES DE LEITURA NO TERRITÓRIO DE M'BOI MIRIM
3. Relatório de Implementação do Acervo/
2022/2023
Biblioteca Comunitária
EDITAL NO 13/2021/SMC/CFOC/SFA
4. Relatório Geral de Aplicação Orçamentária PROGRAMA MUNICIPAL DE FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA 6ª EDIÇÃO
RELATÓRIO FINAL DE EXECUÇÃO
ANO 2 - 2023
5. Parecer nal do Núcleo Coordenador
PROPONENTE: FELIPE COSTA E SILVA
COLETIVO ARTÍSTICO: NÚCLEO DE JOVENS POLÍTICOS

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AGRADECIMENTOS: PARCERIAS:
Mara Mbhali Sarau Du Sol
Rogéro Souza Associação de Mulheres Força e Coragem
Celine Cândido CEU Vila do Sol
Anelize Cunha E.E. Prof.a Amelia Kerr Nogueira
Andreia Clemente E.E. Dom Agnelo Cardeal Rossi
José Carlos Rodrigues Clube e Náutica Guarapiranga
Maria Graciete Carramates CCA Instituto Rural
Henrique Góis CEDESP Jardim Horizonte Azul
Wesley Amarante CPCD Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento
Elânia Francisca
Espaço PSI CULTURAL Vozes de Carolinas Vivas
Rafaela Nunes
A Banca
Ketlin Santos
Isabel Santos Mayer Bloco do Beco
Valdirene Rocha Coletivo Odara (Araraquara-SP)
Vera Lion Espaço de Artes Ateliê Binah
Marília Bonas Japan House São Paulo
Stela Barbieri Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário
Tião Rocha Instituto Revista Emília
Fábio Mariano Rede Literasampa
Felipe Merker
Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias
Larissa Macedo
Social Good Brasil
Victor Guerra
Laura Andreato Universidad del Rosario (COL)
Marina Pinheiro UNICEU - UAB (Universidade Aberta do Brasil)
Luiz Ricas LAB Extremidades - PUC-SP
Leika Morishita GP Corpo Imagem e Som - UFPEL
Rafaela Sansão SESC - Serviço Social do Comércio de São Paulo
Celeste Gomes SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

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 QUILOMBO MIRIM
FICHA TÉCNICA 2022/2023

Núcleo de Coordenação
Flávia Oliveira Rodrigues
Lucas Moura Barboza
Felipe Costa e Silva
Núcleo de Administração
Abigail Thais Pinheiro
Geovanna dos Santos Mello
Núcleo de O cinas
André Wilton Belmiro Teixeira
Diego Vinícius dos Santos Antônio
Genilso Dourado Alves
Matheus Batista dos Santos
Núcleo de Comunicação
Danilo dos Santos
Juliana Bezerra do Carmo Teixeira
Wendio Fernando da Silva
Coletivos Convidados:
ENCRESPADES
SARAU COMICS EDITION

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O Programa de Multiplicação de Leituras, Leitores e
Mediadores de Leitura é uma iniciativa do QUILOMBO
MIRIM, coletivo de jovens moradores que interagem e
colaboram em redes autônomas para o desenvolvimento
comunitário desde 2010 no território do Fundão da M’boi
Mirim.
As primeiras experiências com a mediação literária nos
remetem a meados de 2015, quando articuladores do
Núcleo de Jovens Políticos e Coletivo Encrespades, em
diálogo com a E.E. Prof.ª Amélia Kerr Nogueira,
aproximaram o Departamento de Educação da
Companhia das Letras, Instituto Brasileiro de Estudo e
Apoio Comunitário (IBEAC) e Rede LiteraSampa, com o
propósito de criar novos vínculos e facilitar atividades de
mediação de leitura na região. O projeto inicial trouxe
mudanças positivas para o ambiente e dinâmica escolar,
levando o Clube de Leitura Quilombo Mirim em 2018 a
vencer a 3.ª edição do Prêmio IPL - Retratos da Leitura.
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Pra lembrar quem somos nós...
Conhecendo a metáfora do livro como ferramenta de
transformação, da literatura como um direito humano, e a
urgência de traçar estratégias em conjunto para impactar
a discussão do acesso a políticas amplas de educação e
cultura nessas comunidades, os jovens do fundão da
m’boi mirim se mobilizam desde então para vivenciar suas
transformações enquanto coletivo, se fortalecendo e
buscando manter um uxo de atividades e
desenvolvimento que proporcionam esse espaço de
metamorfoses, escutas, aprendizados e de ações
a rmativas.
O nosso QUILOMBO se realiza do encontro dessas muitas
vontades, é uma manifestação da existência dessa
comunidade, e desejamos que cada um que participa das
atividades também se sintam pertencentes, queremos
que seja sempre aberto o convite a fazerem parte; esse é
o intuito de quilombo que queremos compartilhar;
coletividade.
 O núcleo do programa previu, na proposta encaminhada,
que haviam 3 eixos centrais para desenvolver ao longo
dos dois anos de execução, sendo eles a continuidade
1. Revisão do Plano Geral das atividades, a formação de novos mediadores e a
Ciclo 2022/2023 fundação do espaço autônomo de acervo e produção, a
nossa Biblioteca Comunitária.

O plano indicou a direção que percorremos,

mas desde o inicio foi projetado deixando
espaço para que o projeto pudesse uir como
experiência de aprendizado, como laboratório
e o cina de testagem, para além de um
conjunto de metas especí cas, um pilar
fundamental do QUILOMBO é o caráter de
formação continuada pelo qual todos os
integrantes têm passado. Isso permitiu que
pudéssemos enquanto coletivo repensar e
ampliar ainda mais as ações que havíamos
previsto, o que será demonstrado a seguir:

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 O Cronograma de execução indicou, em primeiro lugar, a
articulação para implementar a Biblioteca, seguido do
plano de multiplicação de mediadores, a continuidade
das atividades de mediação de leitura, e nalmente a
realização dos encontros junto ao Polo Dona Expedita do
Cursinho Popular UBUNTU.

Através da aplicação dos recursos

conforme previsto, pudemos realizar todas
essas etapas, mas conseguimos agregar
outras ações e atividades que antes não
estavam previstas no cronograma de
execução. Também houve antecipação e
adiamento de programações, conforme
visualizamos as oportunidades e
di culdades, seja entre o núcleo interno
do projeto como também na articulação
de espaços externos.

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 2. Resumo das Atividades e Oficinas Realizadas

No decorrer do primeiro semestre, especialmente entre

os meses de Fevereiro e Junho, o coletivo se debruçou na
formação interna, na capacitação dos novos integrantes
para o desenvolvimento do programa, onde esse grupo
se apropriou e aprimorou o plano de execução.

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propõe empoderar os mediadores que participarão do núcleo interno
do programa, que vão acompanhar o ciclo 2022/2023, os integrantes
desenvolverão habilidades de roteirização e planejamento das
atividades e o cinas, tal como articulação entre partes institucionais,
utilizando as ferramentas e técnicas de organização de dados e
práticas administrativas.

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 2. Detalhamento das atividades executadas
FEVEREIRO 2022 - NOVEMBRO 2022
Estimativa de Alcance das Atividades realizadas
pelos Mediadores do Programa QUILOMBO MIRIM
FEVEREIRO 2022 - NOVEMBRO 2022
Pudemos contar durante o ano com diversas maneiras de
AULAS ABERTAS - 04 Atividades / 102 Total de Participantes
apoio, através da rede a qual pertencemos, que vincula
04 Facilitadores Especialistas espaços locais, coletivos, institutos e organizações não
04 bairros (Vargem Grande - Parelheiros, Santo Amaro, JD. Vera Cruz e Perdizes) governamentais, como também entidades do setor privado.
(Mediador Coletivo ENCRESPADES)

O cina FANZINANDO IDEIAS - 13 Atividades / 1.020 Total de Participantes
(Mediador SARAU COMICS EDITION)
Clube de Leitura DONA EXPEDITA - 4 Atividades / 63 Total de Participantes
(Mediador MATHEUS BATISTA)
Clube de Leitura GRIÔ - 4 Atividades / 102 Total de Participantes
(Mediador GENILSO DOURADO)
Oficina LITERATURA & MUSICALIDADE - 7 Atividades / 1.047 Total de Participantes
(Mediador ANDRÉ WILTON)
Oficina LITERATURA & TECNOLOGIA - 8 Atividades / 900 Total de Participantes
(Mediador DIEGO VINÍCIUS)
Através do apoio institucional dos espaços que receberam as
atividades oferecidas pelo programa, como o CEU Vila do Sol e
as escolas estaduais Amélia Kerr Nogueira e Dom Agnelo
Cardeal Rossi, os CCA's Instituto Rural e Horizonte Azul, e
também a Associação de Mulheres Força e Coragem. Pudemos
estender o alcance das ações para regiões do Grajaú e
Parelheiros, a partir dos espaços CPCD Centro Popular de
Cultura e Desenvolvimento e Espaço PSI CULTURAL Vozes de
Carolinas Vivas, e Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura,
que acolheram e participaram do desenvolvimento dessa
programação. Também houveram doações de materiais para o
coletivo, materiais didáticos para o cinas, livros para o acervo,
e de mobília para o futuro espaço do Acervo Comunitário
QUILOMBO MIRIM.

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Os 'coletivos convidados' representam uma troca de parceria
mais especí ca, quando propusemos custear a mentoria
desses grupos e educadores que são referências locais, sendo
estes o Coletivo ENCRESPADES de Parelheiros e o SARAU
COMICS EDITION do Jardim ngela, para acompanhar ciclos
de o cinas, aulas abertas e atividades de formação para o
programa de multiplicação de mediadores, onde recebemos
pessoas referência em debates da educação e cultura como
Bel Santos Mayer do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio
Comunitário (IBEAC) e Marília Bonas Diretora técnica na
IDBrasil Cultura, Educação e Esporte, responsável pelo Sistema
Estadual de Museus (SISEM-SP), instância da Secretaria de
Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo (SEC).
Esses parceiros compartilharam suas vivências no formato de
atividade prática interativa, permitindo que esse núcleo em
formação pudesse acompanhar e participar abertamente,
através de trocas, o que pôde estimular o processo de
construção de autonomia, de participação, o sentimento de
coletividade, pertencimento e aprendizado mútuo que são
bases do que acreditamos, esta é a manifestação da
linguagem pedagógica que se desenvolve aqui.
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Através da parceria junto a rede SESC-SP, participamos de
ciclos de o cinas nas unidades Pompéia e 24 de Março, junto
aos parceiros Victor Guerra, Laura Andreato, Marina Pinheiro e
Luiz Ricas que compõem o núcleo ETA - Espaço de
Tecnologias e Artes. A realização dessa parceria é fruto convite
recebido pelo Grupo de Pesquisa Corpo-imagem-som:
pesquisa artística e práticas experimentais (CNPq), sediado no
Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas, para
participar do ciclo de O cinas Culturais do Estado de São
Paulo, em parceria com o O Grupo de Pesquisa Extremidades:
redes audiovisuais, cinema, performance e arte
contemporânea, coordenado por Christine Mello e Larissa
Macêdo, e que integra o Programa de Estudos Pós-Graduados
em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e o Departamento de
Artes e a Faculdade de Filoso a, Comunicação, Letras e Artes
(FAFLICA) da PUC-SP.
Essas o cinas foram especiais para os participantes, foi onde
pudemos acessar referências para visualizar qual espaço
estamos pretendemos construir e como ele deveria ser,
vislumbrar o nosso vir-a-ser enquanto espaço físico coletivo,
como podemos projetá-lo a partir das tecnologias modernas e
também ancestrais.
Desses encontros surgiram várias oportunidades para que o
coletivo pudesse expor o desenvolvimento realizado no
território, uma situação de aprendizado e de abertura de
oportunidades para nós enquanto comunidade que culminou na
realização de eventos que mobilizaram pessoas de outros
territórios e municípios a vir até nossa região, conhecer e
participar de experiências e atividades.
Os registros dessas experiências poderão ser encontrados e
consultados em publicações o ciais dos grupos de pesquisa e
extensão universitária que transitaram nesses momentos e
ocasiões, incluindo uma próxima publicação compilada por
professores e pesquisadores da Universidad del Rosario, de
Bogotá-COL, graças ao convite de Freddy Gonçalves da Silva,
acompanhado por Claudia Dulce Romero e Juan Felipe
Restrepo Córdoba, como editores e representantes da da
Universidad del Rosario da Colômbia. Com o título sugerido ao
livro: “A voz dos jovens”, baseado em pesquisas que a
Universidade realizou em 2019 e 2020 sobre o que os jovens
pensam, sentem e desejam para a Colômbia. e com esta
abertura ao diálogo, propor uma re exão teórica e um exercício
de memória, em que o enfoque está nos jovens.
Conseguimos agregar a nossa rotina outras ações e atividades
que antes não estavam previstas no cronograma de execução,
através de parcerias como os grupos, núcleos e instituições
citadas, ampliando a meta de realização do programa. Um
exemplo pertinente destacar, está na última parceria
concretizada no segundo semestre deste primeiro ano de
execução.
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Como resultado das conexões feitas, durante as atividades
realizadas neste primeiro ciclo, recebemos o convite para
participar integrando a programação do projeto “Tecnologias
Ancestrais: Por uma ciência contracolonial”, realizado pelo Sesc
Itaquera e o Sesc Pompéia, e que contou com uma rica e diversa
programação além de ilustres convidados como; as lideranças
comunitárias como a líder da comunidade indígena Tenondé
Porã, Jera Guaraní e o professor e babalorixá, Sidnei Nogueira.
A programação também possibilitou o encontro entre o Coletivo
Odara, o Quilombo Mirim e a Minhocaria para trocarem sobre
“alternativas de redução de impacto do impacto positivo do ser
humano em relação ao ambiente, tendo como pautas as
técnicas de compostagem e o entendimento de tecnologias de
tratamento ecológico das águas”, o que fez muito sentido para
nós, principalmente, pela região em que nos encontramos, que
está localizada em área de preservação ambiental por se tratar
de remanescentes de mata atlântica. Trazendo uma nova
perspectiva e de atuação para o coletivo, a partir das questões
ambientais e ecológicas do território. Tema extremamente
urgente a nível tanto local quanto global.
Os encontros se tornaram ricas e potentes vivências como; na
Terra Indígena Tenondé Porã – Aldeia Tekoa Kalipety, e no Clube
Náutico Guarapiranga, que escolhemos como sede do nosso
Acervo Comunitário. Firmando, de maneira simbólica e prática,
nosso compromisso e parceria com o espaço e com o território.
 2.1 Detalhamento das atividades executadas
NOVEMBRO 2022 - DEZEMBRO 2023

Durante os mês de Dezembro de 2022 até o nal de Janeiro

de 2023, o grupo se recolhe para atividades de organização e
formação interna, e preparação do Ciclo 2023, que se inicia no
dia 4 de Fevereiro com o Encontro de Propostas & Metas 2023,
que aconteceu no Clube Guarapiranga e entorno, dando inicio
ao segundo ano de aplicação da lei de fomento.

Em Fevereiro já retomamos a programação de atividades a

partir da primeira mediação para o pré-vestibular do Polo
Dona Expedita/UBUNTU, com orientação do o cineiro Prof.
Matheus, com apresentação e contextualização dos temas
relacionados a literatura, cultura e aplicações para o ensino
superior.

Entre o nal de Fevereiro e o início de Março, demos início a

m novo ciclo de atividades em parceria com as unidades SESC-
SP, dessa vez marcando presença no Pompéia, espaço icônico
pensado pela arquiteta Lina Bo Bardi, que se abriu para
acolher a turma do fundão em uma jornada de aprendizado e
construção.

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Também em março realizamos junto aos coletivos musicais do
território uma ação solidária, no DIABLERO FEST 1ed., onde
foram arrecadados cerca de 100 livros para o acervo
QUILOMBO MIRIM, além da divulgação de artistas e
produtores do território, um evento que misturou música
independente, negócios e cultura periférica.
Ao nal do mês (28) houve a exibição do mini documentário
CIDADÃO DE DADOS DA PERIFERIA , uma co-realização entre
duas organizações que são parceiras há muitos anos, A Banca
e o Social Good Brasil (SGB), que vêm discutindo a aplicação
de dados em coletivos culturais de quebrada, fomentando a
educação em dados com coletivos periféricos.
Em Abril seguimos a programação de formações "Fabricação
digital desobediente: construindo espaços cênicos autônomos"
junto ao Espaço de Tecnologias e Artes do SESC Pompéia,
focando a pesquisa em tecnologias e articulação,
aprofundando em técnicas de programação e utilização de
maquinários como impressora 3D, corte a Laser e CNC Router,
conhecimentos que estamos aplicando na construção do
mobiliário personalizado da Biblioteca QUILOMBO MIRIM.
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O mês de Maio foi especial para o coletivo; com o lançamento
do livro "Versos de uma Noite de Outono, e outros versos..." da
autora Flávia Assunção, com ilustração da artista Juliana
Bezerra, que também integra o coletivo. Também tivemos a
alegria de apresentar a Biblioteca Comunitária Luiza Erundina
e o Bloco do Beco para o núcleo de formação do programa.
A proposta da visita permitiu uma atividade de formação para
esses futuros articuladores comunitários e mediadores de
leitura, zemos uma roda de conversa com os colaboradores
do espaço, compartilhando vivências, saberes e fazeres de
uma biblioteca autônoma e periférica.
Em Junho seguimos a programação interna do Núcleo de
O cinas, com o Sarau Literatura & Musicalidade no auditório
CEU Vila do Sol, para as turmas do EJA, ETEC e aberto para a
comunidade, com apresentações de artistas, poesia e
divulgação de produções audiovisuais do Núcleo de
Comunicação do coletivo.
Nesse período seguiu intensi cada a pesquisa junto ao grupo
Tecnologias Desobedientes, em mais uma programação junto
ao ETA-SESC com o início do curso Instalações artísticas,
eletrônicas e tecnologias da articulação, como também nos
temas de decolonialidade e ancestralidade, com orientação de
Maíra da Rosa a e Larissa Macedo.
 No início do mês de Julho (9) recebemos a turma do SESC
Pompéia na nova Sede do QUILOMBO MIRIM, no morro da
Vila do Sol, para uma visita técnica de planejamento do
mobiliário, e para uma conversa sobre territórios, articulação
periférica e desenvolvimento comunitário.
O mês de julho se destaca no ano de 2023 pela participação
do QUILOMBO no evento FESTA - Festival do Aprender,
promovido pela unidade SESC Pompéia um dos eventos mais
importantes da agenda anual da unidade, onde os
participantes puderam aplicar e condensar os saberes e
fazeres desenvolvidos nas o cinas de formação que se deram
até o momento, em uma semana de intensa elaboração que
resultou em uma instalação artística única, que une memória
do território do fundão, direito a cidade e mobilidade, e
mediação de leitura, uma ferramenta para expressar o que
identi camos como tecnologias da articulação.
Ainda mês de Julho, o coletivo também promoveu ação de
valorização da vida e prevenção ao suicídio, em parceria com
as escolas locais, a partir da iniciativa da colaboradora
Geovanna Mello, que também é técnica de enfermagem e
Graduanda em Psicologia. A proposta foi contribuir junto aos
espaços de educação local com atividades que
complementem o diálogo sobre temas sensíveis, num
momento onde vários casos de auto-mutilação vieram a
público através dos "desa os" disseminados através das redes
sociais, sendo o coletivo uma base apoiadora no sentido de
reforçar a política de prevenção.
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A partir do mês de Setembro de 2023, o coletivo centraliza
suas energias na demanda da implementação da Biblioteca
Comunitária, empenhando recursos na reforma e estruturação
do espaço-sede, na fabricação do mobiliário do acervo, como
também na catalogação e sistematização do acervo de livros e
outros materiais pedagógicos adquiridos e recebidos através
das diversas doações.
Para encerrar o ciclo 2023, retornamos a convite da
coordenação da escola primária Dom Agnelo Cardeal Rossi
para realizar mais uma programação "Ocupa Amelinha", nos
respectivos meses de Outubro e Novembro, devido ao
sucesso do ano anterior e a demanda de continuidade com a
turma de alunos e moradores do território.
Encerrando em Novembro o cronograma programático de
atividades, o núcleo do programa se recolhe a planejar e
estruturar as atividades do eixo 2024/2025, concentrando
energia na captação de recursos para viabilizar a continuidade
das ações e pesquisas desenvolvidas pelo grupo, tal como o
mantimento do espaço autônomo onde seguimos
empenhando esforços para a implementação da biblioteca
comunitária.
Visita dos participantes da atividade "Fabricação Digital Desobediente:
Construindo Espaços Cênicos Autônomos", organizada por Victor
Guerra, Mau Schramm e Maíra Da Rosa, onde reunimos a turma do
Quilombo Mirim, Ocupação Ouvidor 63 para idealizar e projetar a
mobília e a estética do espaço da biblioteca.

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 A partir da visita ao bairro fundão da M'boi Mirim, território do Núcleo de Jovens
do Fundão e QUILOMBO MIRIM, a turma realizou a elaboração de uma instalação
interativa de registros dos processos e pautas de discussão política desses jovens,
através da criação de videoinstalações, onde o público que foi conferir a
programação da FESTA - Festival do Aprender no SESC Pompéia pode conhecer
mais da vivência coletiva, periférica e autônoma. Contamos com os parceiros do
Estúdio Hacker e orientados pelo educador Victor Guerra.

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Renderização do projeto de design de interior/mobiliário
para a Biblioteca QUILOMBO MIRIM, produzido pelos
participantes das o cinas do ciclo de atividades
"Tecnologias Desobedientes" em parceria com o SESC-SP.
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 3. Relatório de Implementação
da Biblioteca Comunitária
ABR/2022 - NOV/2023

Conforme previsto no EIXO 3 do planejamento do programa, o

coletivo visou a destinação de uma parte do recurso para a
implementação do Acervo/Biblioteca Comunitária QUILOMBO
MIRIM.

O objetivo do núcleo do projeto era até então estabelecer uma

parceria no equipamento CE Náutico Guarapiranga, gerido
pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SME/PMSP),
localizado na Avenida dos Funcionários Públicos 2501, São
Paulo, SP, 04962-000.

Durante as articulações e consulta com a coordenação do

equipamento, fomos orientados a solicitar que o uso do
espaço fosse concedido durante 120 meses, como forma de
garantir a perpetuação da política pública. A nossa demanda
foi encaminhada para a SME, analisada e aprovada, com a
devolutiva de que era preciso encaminhar Registro CNPJ da
organização para rmar parceria, porém o coletivo ainda não
está registrado nessa modalidade.

Ficou entendido para ambas as partes que o melhor seria

investir o tempo do primeiro ano de execução na formação
dos mediadores, deixando o processo de implementação da
biblioteca prioritariamente para o segundo ano

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 JAN/2023 - NOV/2023

Conforme indicado no plano geral, a implementação da
biblioteca era prevista aplicada no segundo ano de realização,
e diante da negativa de acesso ao espaço público solicitado em
primeiro momento, optamos por realizar o aluguel e custear a
reforma de um espaço residencial dentro da região de atuação,
na casa localizada na R. Ancará, 564 - Vila do Sol, São Paulo - SP,
04962-160 - onde Dona Celeste cede sua espaçosa casa no
morro Vila do Sol, confiando a liberdade para que
transformássemos o espaço.
Passamos então a realizar as manutenções estruturais, cientes
de que esse movimento seria extraordinário em relação ao
plano inicial, e que modificaria também a dinâmica de
aplicação orçamentária de maneira moderada, testando assim a
capacidade do grupo em fazer a gestão de nossas decisões.
A medida em que avançaram as etapas, pudemos observar o
investimento nessa reforma como também uma oportunidade
de fomentar a prestação de serviço local, na contratação de
auxiliares técnicos de manutenção que acompanharam desde
então todas essas etapas de adequação.
Essa dinâmica foi positivo no sentido de envolver trabalhadores
locais na construção do espaço, e beneficiando diretamente
esses colaboradores com a política pública de
desenvolvimento, gerando uma nova visão sobre a maneira de
relacionar os fazeres do coletivo e a própria comunidade.
Esses serviços de manutenção foram realizados na maior parte
pelos parceiros prestadores de serviço e amigos do coletivo,
Marcos Douglas Serralheiro e Nelson Eletricista, sendo
direcionados valores de custeio de Diária, Alimentação e
Transporte em todos os dias de prestação de serviço.
A demanda da reforma se inicia com adequações estruturais
básicas, desde a parte hidráulica que precisou de revisão e
manutenção geral para sanar o abastecimento de água do
prédio até a reinstalação completa da rede elétrica, que não
passava por manutenção desde a construção do espaço, o que
oferecia riscos em diversos aspectos para a proposta de
ocupação do espaço.

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Realizada essa primeira etapa de manutenção estrutural,
seguimos para a adaptação de mobiliário funcional da cozinha
e banheiros, removendo infiltrações e corrigindo instalações
que apresentavam vazamento, para refazer as bancadas e pias
que estavam deterioradas, utilizamos o recurso para adquirir os
materiais como Aço, solda e demais ítens necessários para a
manutenção.

A partir dessa ultima adequação então pudemos iniciar o

processo de pintura da casa, que passa por duas etapas, sendo
a primeira na remoção de infiltrações e correção de
imperfeições das superfícies com massa corrida, para em
seguida lançar a primeira camada de tinta neutra, que
posteriormente receberá a pintura especial grafitada com a
identidade visual desenvolvida pelo núcleo de arte e
comunicação do coletivo.

Apesar do esforço coletivo e o direcionamento do recurso, não

foi possível completar a reforma de maneira integral no período
do segundo ano de implementação, cabendo ao coletivo dar
continuidade a essas etapas e finalizar os últimos detalhes por
conta própria, sendo prevista a inauguração e abertura do
espaço para circulação e utilização da comunidade para o
Primeiro Semestre de 2024.

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 4. Resumo Geral de Aplicação Orçamentário (Valor correspondente ao
extrato da conta corrente
em 03/12/2022)

Investimos os recursos da primeira parcela prioritariamente na

manutenção das bolsas/auxilio (Recursos Humanos, (Valor correspondente ao

Contratação de 3.º e Comunicação), aquisição dos

extrato da conta corrente
em 07/11/2023)

equipamentos e materiais de consumo, atendendo urgências

do primeiro momento do coletivo.
A previsão de manter o beneficio de BOLSAS-AUXILIO
A aquisição de Móveis e Planejados e Acervo Literário caram
INTEGRAL até o mês de JANEIRO de 2024 foi
restringidos à 2.ª Parcela no segundo ano de aplicação do
repensada, devido ao fluxo reformas da biblioteca e
investimento, quando teremos a autorização de uso do
d e m a i s d e s p e s a s d e m a n u t e n ç ã o, a l i m e n t a ç ã o e
espaço no CE Náutica Guarapiranga e se fará presente a
transporte dos prestadores de serviço, materiais de
demanda dos móveis tal como a urgência de dispor do
construção, equipamentos e demais despesas
amplo acervo.
recorrentes, que culminou no encerramento do recurso
do fomento, coincidindo com o ENCERRAMENTO
No segundo ano de aplicação, a demanda de investimento do
GERAL DO CICLO ATIVIDADES E OFICINAS.
coletivo se concentrou principalmente na adequação da casa
alugada para receber a estrutura de acervo e espaço
A estratégia de manter até dezembro/janeiro foi um
comunitário, partindo da vistoria e manutenção técnica predial
esforço da coordenação para manter os participantes
até a aquisição de mobiliário e projeto interior, em seguida as
recebendo alguma forma de auxilio, mesmo sendo um
despesas de recursos humanos, de materiais de consumo e
período posterior ao encerramento oficial do
demais custos de movimentação de grupo durante a rotina e
cronograma de atividades, mas infelizmente não foi
realização das atividades gerais do programa.
possível viabilizar.
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5. Parecer do Núcleo Coordenador
Por intermédio dos encontros de alinhamento, pudemos
desenvolver e nos reconhecer em um espaço seguro para
dividirmos nossos receios, angustias, desacordos. O que
propiciou o sentimento de pertencimento e autonomia, nos
integrando de forma uida. O processo de escuta-fala-escuta
também foi possível nesses momento, nos quais fomos cada
vez mais re nando nossa escuta e nossa fala com uns com os
outros.
Aprendemos, a partir do processo de pro ssionalização e
institucionalização, a nos dividir por valorização e
fortalecimento de habilidades, durante o desenvolvimento das
ações identi camos pontos sensíveis e remanejamos
atribuições de acordo com as habilidade da pessoa integrante.
Olhamos uns pelos outros para termos certeza que estamos
seguindo na direção que nos propusemos.
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Nesses dois anos pudemos consolidar a nossa equipe, esse
corpo coletivo que vai operar e gerir esse espaço futuro, era
necessário formar e capacitar novos mediadores e ampliar
nossa rede de parcerias, e foi feito.
O direcionamento para o segundo ano de implementação foi
manter os clubes de leitura, os ciclos de o cinas, as aulas
abertas e formações, agora ampliados pelo programa de
multiplicação, mas principalmente a atenção do coletivo se
voltará para consolidar o espaço da biblioteca comunitária.
A partir do acesso ao suporte nanceiro, da orientação técnica,
mas principalmente por estarmos sob o selo de apoio da lei de
fomento a cultura de secretaria municipal do município, no
que diz respeito a construção de relações com os novos
espaços agregados a nossa rede, ter esse credenciamento e
responsabilidade serve para a rmar ainda mais a seriedade e
compromisso entre esse coletivo articulador do projeto e a
comunidade.
 É importante citar a condição estrutural dos articuladores e
arte-educadores no território antes do fomento; atuamos na
região a mais de 10 anos contando com pouco ou nenhum
suporte nanceiro, apenas com a inteligência e resiliência que
nos cabe como aprendizado coletivo vivendo em um bolsão
de vulnerabilidade.
Para a realização da maioria das atividades do coletivo, é
necessário acessar uma gama de materiais, seja do campo dos
eletrônicos, até chegar aos materiais de consumo didático.
Pudemos investir uma boa quantidade de recurso nesse
aparelhamento, desde computadores até a folha de papel e a
caneta, pudemos experimentar uma estrutura mínima
necessária, equipando nossos articuladores com itens de
qualidade e em uma quantidade alinhada com a demanda, o
que melhorou muito o desenrolar dos trabalhos.
Outro fator de aprendizado interessante foi como manejamos
o contrato de bolsa/auxílio do programa para esse núcleo
interno, que gerou um sentimento de pro ssionalização e
institucionalização do coletivo, isso é muito importante para a
autoestima dos atores desse movimento, e para a comunidade
que acompanha o nosso desenvolvimento, são jovens do
território criando novos postos de trabalho, sendo
reconhecidos em suas capacidades, levando o nome da nossa
quebrada para lugares de destaque e referência positiva.
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Foram mais de 30 famílias bene ciadas diretamente enquanto
geração de posto de trabalho remunerado, entre núcleo
interno e as parcerias de terceiros, sendo que o orçamento
inicial previa apenas 9 integrantes subsidiados, conseguimos
aprimorar o cálculo orçamentário para poupar despesas que
suprimos através de outras vias, como as doações por
exemplo, e redirecionamos os recursos para criar mais bolsas,
agregando mais integrantes e mais força nessa equipe do
núcleo interno.
É a primeira vez que essa rede de jovens pôde contar com
uma ampla estrutura para organizar o tempo e energia em um
propósito comunitário mais complexo, sendo o QUILOMBO
MIRIM um ponto de encontro para além do projeto, entre
esses articuladores locais e política pública, entre as vontades
e anseios dessa juventude e o que estamos fomentando a
partir desse incentivo, é um programa que com certeza se
desenvolverá e contribuirá nessa comunidade pelos próximos
10 anos e adiante.
Pudemos criar um verdadeiro laboratório de desenvolvimento
comunitário e articulação, onde pudemos experimentar em
prática algumas das mais importantes áreas do conhecimento
em gestão cultural e de implementação de políticas públicas.
Felipe, Flávia & Lucas.
Núcleo Coordenador
QUILOMBO MIRIM
Fomento ao Livro e Leitura