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Ficha técnica
Titulo: Relatório do Inquérito aos Agregados Familiares dos Pescadores e Aquicultores da
Província de Nampula
Propriedade: Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura
Direcção: Fernando Momade e Verónica Namashulua
Coordenação e Supervisão do Trabalho: Selso Cuaira e Tomé Capece
Concepção e Estrutura: Saide Abdurremane Amade
Produção:Ismael Francisco Parruque
Amostragem: Manuel Antonio Chapepa - INE
Revisão: Membros do Conselho Consultivo do IDEPA
Controle de qualidade: Saide Abdurremane Amade
Colaboradores: DPMAIP de Nampula, INE e INIP
Edição: IDEPA
Ano: Dezembro, 2017
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Indice
SUMÁRIO EXECUTIVO ......................................................................................................................................................... 4
ACRÓNIMOS ......................................................................................................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 11
1.1 OS OBJECTIVOS DO IAFPA 2016/17 ....................................................................................................................... 13
2.3 OS INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS NO CAMPO ............................................................................. 16
2.5 TRATAMENTO E ANALISE DE DADOS ................................................................................................................ 18
2.6 LIMITAÇÃO DE ESTUDO ........................................................................................................................................ 18
3. APESENTAÇĀO DOS RESULTADOS ....................................................................................................................... 20
3.3 COMPOSICAO E ESTRUTURA DE AGREGADIS FAMILIARES .......................................................................... 20
3.2. SITUACAO DO EMPREGO E RENDIMENTO NA PESCA E AQUACULTURA .................................................. 23
3.2.1. Principais activdades económicas de agregados familiares ................................................................................. 23
3.2.2. Posição dos agregados familiares nas actividades ligadas a pesca e aquacultura ................................................ 24
3.2.3 Unidade de produção na pesca e aquacultura ........................................................................................................ 26
3.2.4. Modalidade de remuneração das actividade ligadas a pesca e aquacultura ......................................................... 27
3.3.1. Rendimentos monetários das actividade ligadas a pesca e aquacultura ............................................................... 28
3.3.3 Receitas e custos de produção nos meses de menor rendimento .......................................................................... 31
3.3.4. Comparação de rendimento do IAFP 2009/10 e IAFPA2016/17 ......................................................................... 31
3.3.5. Estimativa de produção nos meses de maior rendimento ..................................................................................... 32
3.4. Remuneração em salario na pesca e aquacultura .......................................................................................................... 34
3.5. OUTRAS ACTIVIDADES LIGADAS À PESCA E AQUACULTURA ................................................................... 35
3.6. Variação das receitas e custos nos meses de maior e menor rendimento ..................................................................... 36
3.7 ACTIVIVIDADES DOMESTICAS ............................................................................................................................. 37
3.7.1 Responsável nas actividades domestica ................................................................................................................ 38
3.7.2 Variação de receitas nos meses de maior e menor produção ................................................................................. 39
3.8 CONSUMO DE PRODUTOS ALIMENTARES.......................................................................................................... 40
3.8.1 Comportamento de consumo dos produtos alimentares ........................................................................................ 40
3.8.2 Forma de aquisição dos produtos alimentares pelos agregados familiares ............................................................ 42
3.9. POSSE DE BENS PELOS AGREGADOS FAMILIARES .............................................................................................. 44
3.9.1 Posse de bens de transporte e comunicação .......................................................................................................... 44
3.9.2 Posse de bens de eletrodomésticos e outros bens caseiros..................................................................................... 46
3.10. A Criação dos animais domesticas pelos agregados familiares .................................................................................. 49
3.10.1 Média do preço e receitas dos animais vendidos dos entrevistados por espécies ............................................... 50
3.11. CONDIÇÕES DAS INFRA-ESTRUTURAS HABITACIONIAS ............................................................................ 51
3.11.2 CONDIÇÕES DAS INFRA-ESTRUTURAS SOCIAIS ECONOMICAS SUA RELACAO COM A
DISTANCIA .................................................................................................................................................................. 53
3.11. DISTÂNCIA PARA CHEGAR AOS SERVIÇOS BÁSICOS .................................................................................. 62
3.12. Acesso ao credito financeiro para pratica da pesca .................................................................................................... 65
4. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................... 66
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SUMÁRIO EXECUTIVO
1. O Inquérito aos Agregados Familiares dos Pescadores e Aquicultores (IAFPA) é uma
operação estatística por amostragem que se realiza num período intercalar de 5 a 5
anos, tem por objectivo fornecer ao Governo e parceiros a informação estatística
actualizada, através dos indicadores socioeconómicos das comunidades pesqueiras e
aquícolas. Para se alcançar o objectivo do presente trabalho, foram definitos os
indicadores para serem analisados que são os seguintes: a) Perfil socio demográfico
dos agregados familiares dos pescadores e aquicultores, b) Situação do emprego e
rendimento na pesca, c) Acesso aos serviços sociais e económicas (escolas, postos de
saúde, vias de acessos, mercados); d) Posse de bens no agregado familiar; e)
Características da habitação e locomoção; f) Consumo dos bens alimentares g)
Acesso ao crédito para promoção das actividades pesqueiras e aquícolas.
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4. Quanto a situação do emprego dos entrevistados, agricultura está no topo das
prioridades dos AFs, seguindo a pesca, a comercialização do pescado e por último a
actividades de recoleção de produtos pesqueiros. Aquacultura é praticada nos distritos
de Memba (4%) e Mossuril (2%). O Arrasto para Praia é a arte de pesca mais usada,
seguindo o Emalhe e Linha de Mão. A Canoa Tipo Moma é a mais frequente em
todos distritos e há tendência do aumento de Conoas de Tronco Escavados nos
distritos de Nacala(50%) e Mossuril(40%) e um pouco em Angoche (19%) e Ilha de
Moçambique (18%).
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alguns dos entrevistados chegaram de atingir a média de produção 220 e 380 Kg por
mês, acima da media dos entrevistados ao nível da província por AF (174 Kg/Mês).
12. Quanto aos meses de menor rendimento a receita media mensal por AF foi na ordem
de 8 mil meticais, contra 4 mil meticais de custo de produção. A Comercialização de
Pescado destaca-se no topo com receita média de 10 mil meticais, contra 6 mil dos
custos de produção. Seguindo a Construção e Manutenção de Embarcações com a
receita média de 8 mil meticais contra 2 mil meticais dos custos de produção. Por
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último a Compra e Venda de Peixe com receita de 3 mil meticais contra mil meticais
de custos de produção.
17. Quanto aos bens de eletrodomésticos e outros bens caseiros, os mais adquiridos pelos
AFs entrevistados, de forma decrescentes são Colchão de Esponja, Painel Solar,
Geleira , Fogão de Carvão, Colman e Mesa de Madeira. Os bens menos
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adquiridos, de forma decrescente são: Mesa plástica, Cama de Madeira ,
Congelador e Máquina de costura, respectivamete.
19. Quanto a criação dos animais domésticos, as espécies mais frequentes são: Galinhas,
Patos, Bovino e Outros. E os menos frequentes, são os seguintes: Bovino, Ovino e
Caprino, respectivamente.
20. Em termo de receita, proveniente do comércio de venda dos animais domésticos por
AF. As galinhas foram os animais mais vendidos em média de 12, a um preço médio
praticado por 160,00MTs. O gato bovino, foi a mais cara e menos vendido, em media
foi vendido 1 boi a um preço médio de 18 Mil Mts.
21. Quanto as condições de habitação dos AF’s. Mais da metade dos entrevistados
possuem casas com cobertura de capim/colmo/palmeira 70%, cerca de 26% com as
chapas de zinco, apenas (3%) possuíam chapas de lusalite, respectivamente. Os
distritos de Nacala, Ilha de Moçambique e Mossuril , Memba e um pouco de Moma,
estão na posição de vanguarda dos que possuíam casas com a cobertura de chapas de
zinco.
22. Em termo de material usado para paredes de casas, os mais frequentes são: Paus
maticados (50%), Adobe/Bloco de adobe (26%), Bloco de Cimento (15%). No
aspecto de pavimentação das casas dos AFs, mais de 50% dos entrevistados usam
Adobe/terra batida, cerca de 25% cimento, 18% sem nada, respectivamente.
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23. No que tange as infraestruturas sociais e económica, o abastecimento de agua com
recurso a Torneira publica e Furos ou poço protegido com bomba manual está na
posição de destaque (19 e 14%), embora a maioria (32%) dos entrevistados buscam
agua através dos poços não protegidos.
24. Quanto ao saneamento básico dos AFs, cerca de 42% dos entrevistados continua fazer
as suas necessidades biológicas ao céu aberto ou na praia/mata, cerca de 18% usam
latrinas tradicional melhorada, apenas 7% tem latrina Melhorada. O distrito da Ilha
de Moçambique está no topo dos entrevistados que usam latrinas melhoradas e
Memba, Mogincual e Angoche contribuiu com maior número que recorrem a Ceu
abeto nas praias ou matas.
25. Quanto ao uso de energia para confeccionar os alimento, a lenha esta no topo de
prioridade, seguindo o carvão vegetal. O distrito da Ilha de Moçambique, por se tratar
do uma Ilha com estrutura urbano, o carvão vegetal é mais consumido. Em
contrapartida os distritos como Angoche, Memba, Mogincual, a lenha está na primeira
prioridade.
26. Relativamente a energia para iluminação, são 4 (quatro) principais fontes de energias,
nomeadamente, petróleo/parafina, lenha, bateria e energia elétrica. Uso de Petróleo
Parafinado é frequente nos distritos de Mossuril, Nacala, Mogincual e Angoche. A
eletricidade na Ilha de Moçambique e Nacala.
27. Quanto ao acesso dos serviços sociais, a maioria dos AFs entrevistados buscam estes
serviços andando a pé. 0 a 14 para chegar a fonte de Agua, 15-29 para chegar a
Mercado para compra de produtos ou loja, 60-119 para chegar ao Posto Policial,
Escolas Secundaria, unidade Sanitária,. Os distritos de Mogincual e Memba, foram os
críticos para busca de Saúde, Educação.
28. Quanto a situação de credito financeiro na pesca e aquacultura, cerca de 70% dos
entrevistados que receberam o financiamento tiveram como destino a promoção da
pesca, 15 % para Aquacultura e 7% Comercialização de pescado. Os distritos que
tiveram maior beneficio foram Ilha de Moçambique, e Mossuril,. As instituições que
mais concedeu credito foram FFP (79% para pesca, 11% aquacultura e 5% para
Comercialização de pescado, aquisição dos bens, respectivamente).
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ACRÓNIMOS
% Percentagem
IAFPA Inquérito aos Agregados Familiares dos Pescadores e Aquicultores
AFs Agregados Familiares
ADNAP Administração Nacional das Pescas
FFP Fundo de Fomento Pesqueiro
IDPEPA Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura
IIP Instituto Nacional de Investigação Pesqueira
INAQUA Instituto Nacional de Aquacultura
INIP Instituto Nacional de Inspecção do Pescado
INE Instituto Nacional de Estatística
Km Quilómetros
Mt Meticais
PARPA Plano de Acção para Redução da Pobreza Absoluta
UEM Universidade Eduardo Mondlane
PCRs Poupança e Crédito Rotativo
CCPs Conselho Comunitário de Pesca
SWIOFiSH Projecto de Apoio à Governação das Pescarias e Crescimento Partilhado
no Sudoeste do Oceano Índico
SPSS Statistical Package for the Social Sciences
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1. INTRODUÇÃO
O Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Aquacultura (IDEPA), em coordenação
com a Direção Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas (DPMAIP) de Nampula e o
Instituto Nacional das Estatísticas (INE), realizou o Inquérito aos Agregados Familiares dos
Pescadores (IAFPA), abrangendo uma amostra de 1.050 Agregados Familiares dos
Pescadores e Aquicultores, distribuída em 7 distritos costeiros, nomeadamente Memba,
Nacala Porto, Mossuril, Ilha de Moçambique, Mogincual, Angoche e Moma e 70 Áreas de
Enumeração, selecionadas para as entrevistas junto com as comunidades pesqueiras e
aquícolas.
O IAFP é uma operação estatística por amostragem, integrada aos Agregados Familiares dos
Pescadores e Aquicultores que se realiza num período intercalar de 5 a 5 anos. Fornece os
dados actualizados para avaliar, fundamentalmente o progresso de várias políticas e
programas implementados ao nível do Sector, podendo revelar se houve ou não melhoria do
nível da vida e do bem-estar das comunidades pesqueiras e aquícolas em relação ao primeiro
IAFP realização pelo Sector em 2009/10.
O levantamento de dados do terreno, decorreu em Dezembro do ano 2016, foi levada a cabo
por uma equipa interinstitucional, constituída por 12 pessoas, sendo 2 provenientes de
instituções centrais IDEPA e INE que desempenharam as funções de formadores e
inquiridores, 1 técnico da Delegação provincial do INIP Laboratório de Nacala e restantes
técnicos da Direcção Provincial do Mar, Águas Interiores e Pescas (DPMAIP) de Nampula.
No terreno, a equipa foi subdivida em 3 brigadas compostas por 4 inquiridores para cobrir 3
zonas definidas, nomeadamente, Norte (Memba, Nacala), Centro (Mossuril, Ilha de
Moçambique e Mogincual), e Sul (Angoche e Moma). O distrito de Mogincual , a recolha de
dados foi realizada de forma conjunta, envolvendo todas as brigadas de trabalho.
Para garantir a fiabilidade dos dados recolhidos, o trabalho de campo contou com a
supervisão por uma equipa do IDEPA e INE sede em coordenação com o Director da
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Direcção de Estudos, Planificação e Desenvolvimento Socioeconómico, que circulavam nas
brigadas regulamente para acompanhar, controlar a qualidade dos dados recolhidos e
resolver as questões que eventualmente surgiam durante o trabalho.
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1.1 OS OBJECTIVOS DO IAFPA 2016/17
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2. METODOLOGIA
Para obter uma amostra actualizada, cerca de um mês antes do início da entrevista nas
províncias, procedeu-se o mapeamento das AE’s, banhadas pelas águas marítimas, o que
permitiu a listagem dos agregados familiares dentro de cada AE, a partir da qual foram
seleccionados os domicílios abrangidos na pesquisa. A selecção dos agregados familiares
dentro de cada AE amostral foi feita de forma aleatória e sistemática com probabilidades
iguais.
A província de Nampula, o tamanho da amostra inicialmente definido pelo INE, foi de 1.050
Agregados Familiares de Pescadores e Aquicultores, distribuídos proporcionalmente para os
7 (sete) distritos costeiros, nomeadamente, Memba, Nacala , Mossuril, Ilha de Moçambique,
Mogincual, Angoche e Moma, e cada um com 10 AE’s para entrevistar 15 Chefes dos
Agregados Familiares num total de 150 por distrito.
Memba 10 15 150
Mossuril 10 15 150
I. de Moçambique 10 15 150
Mogincual 10 15 150
Angoche 10 15 150
Moma 10 15 150
Total 70 - 1050
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Os trabalhos de recolha de dados do terreno, decorreu durante 29 dias, no período entre
Novembro a Dezembro do ano 2016. Devido a suprissão do INE na lista final de uma Área
de Enumeração no distrito de Moma, localidade de Larde, uma Área de Enumeração não foi
abrangida. Há a destacar ainda duas AE que influenciaram nos resultados da amostra que a
sua cobertura foi em cerca de 50% e 65% , correspondente a 8 e 9 Agregados Familiares
entrevistados nas AEs de Negocio e Muapala nos distritos de Mossuril e Angoche
respectivamente, este resultado deveu-se pela ausências dos chefes AFs em actividades
agrícolas distantes da sua zona de residência segundo informações dada pelos seus filhos
menores. Assim, amostra do trabalho foi de 943 Agregados Familiares entrevistados e taxa
de cobertura de 89%, conforme a tabela seguinte:
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2.3. FORMAÇÃO DOS INQUIRIDORES
Trata-se da etapa fundamental para a preparação de uma operação estatística, tendo em conta
o seu impacto na qualidade dos dados que se pretende recolher. Por isso é indispensável
consagra-la tempo e meios necessários para garantir uma adequada capacidade aos agentes do
terreno e aos digitadores.
Em relação a capacitação aos agentes digitadores de dados, inicialmente estava prevista para
decorrer durante o período de capacitação aos agentes inquiridores, mas por razoes de ordem
organizacional, a chegada tardia dos materiais do campo e insuficiente meios informáticos
(computadores). Esta acção foi reprogramada que passou a sua realização para o mês de
Janeiro do ano 2017.
Ficha de Listagem dos Agregados Familiares. Este foi o primeiro instrumento utilizado
durante o processo de recolha de dados numa determinada AE seleccionada na amostra.
A ficha era preenchida por cada inquiridor conhecedor da área do. As informações
registadas foram fornecidas pelos chefes do Agregado Familiar ou seu representante,
guia local, chefe de quarteirões, residentes na área. Foram registadas as informações no
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que concerne ao nome do Chefe do Agregado Familiar, actividade praticada (pesca e
aquacultura), localização geográfica das infraestruturas habitacionais, entre outras.
Tabela de Selecçãao dos AFA’s. O instrumento de apoio para selecção dos AF’s a ser
entrevistado. Na base desse documento foi possível apurar 15 Chefes dos AF’s
necessários para ser entrevistados.
Esta tarefa foi feita, primeiramente pelos chefes das brigadas, formadores e depois pelos
supervisores. O exercício consistiu em verificar se o inquiridor realizou a entrevista de forma
adequada, quer dizer, se fez todas as perguntas, se existe lógica (consistência) nas respostas
assinaladas ou anotadas e que as mesmas estão claras, completas e correctas.
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Nesta pesquisa, foi constatada a ocorrência de dois tipos de erros de natureza amostrais e não
amostrais. O primeiro caso, teve sua origem no facto do processo não ter conseguido cobrir
todas AE's inicialmente planificadas, enquanto o segundo erro ocorreu com maior frequência
ao longo do processo de recolha, processamento e validação dos dados. Estes últimos erros
foram minimizados com capacitação do pessoal envolvido na recolha de dados e
processamento. Assim, a margem de erro tolerada foi de 5%, o nível de confiança de 90% e o
desvio padrão dos resultados encontrados nunca atingiu níveis que pudessem pôr em causa a
análise dos dados, embora o tamanho da amostra devesse ter sido maior.
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Fraca divulgação da mensagem sobre o trabalho do levantamento de dados no terreno
facto que obrigou os inquiridores a redobrarem os esforços no sentido de explicar
detalhadamente os objectivos da missão, a importância do estudo antes de iniciar com
as entrevistas. A tarefa que não foi fácil, visto que fazia-se repetidamente, individuo
por individuo e ocupou maior tempo de trabalho;
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3. APESENTAÇĀO DOS RESULTADOS
No que concerne ao número médio de membros por agregado familiar, o distrito Da Ilha de
Moçambique , apresenta uma média acima da média do total dos entrevistados na provincial,
7.1 pessoas por agregado, contra 5.9 da província. Entre distritos, também se registam
diferenças quanto a composição dos agregados familiares. Assim, os distritos de Mogincual,
Angoche e Ilha de Moçambique ocupam o topo com maior número de agregados familiares
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compostos por 3 a 4, 5 a 6 e, 9+ pessoas correspondendo (39.3%), (35.1%) e, (30.2%)
respectivamento. Este facto pode estar relacionado com a implementação de projectos de
desenvolvimento integral da Pesca Artesanal iniciado nos anos 90 (PPAN), (PPABAS) e,
(PROPESCA)i este ultimo em curso, que tiveram maior enfoque na implementação de
infraestruturas económicas e sociais que tornaram mais acessíveis ás comunidades de
pescadores. Há a referir que no distrito de Mossuril os agregados entrevistados estão
constituídos acima de 2 pessoas.
Por distritos, nota-se quase todos, apresentam maior percentagens dos membros de AFs na
faixa etária entre 8 a 17 anos. Os distrito de Mogincual e Ilha de Moçambique, ainda se
destacam os membros com idade adulta entre 38 à 47 ou mais anos de idades.
1 População em Idade Activa (PIA) é uma classificação etária que compreende o conjunto de todas as pessoas teoricamente
aptas a exercer uma actividade econômica. compreende o potencial da mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo,
isto é, a população ocupada e a população desocupada. População Não Idade Activa (PNIA) são as pessoas não-
economicamente activas que não podem ser classificadas nem como empregadas nem como desempregadas. Como por
exemplo, pessoas que não possuem e nem estão procurando trabalho .
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3.1.3 Nível de escolaridade dos agregados familiares
Um dos grandes desafio que o actual sector do Mar, Aguas Interiores e Pesca enfrenta, é a
alta taxa do analfabetismo da sua força laboral, o que de certa maneira influencia o fraco
desempenho económico deste Sector. O pescador moçambicano é um indivíduo com
características peculiares, dificilmente adere as novas tecnologias introduzidas na pesca para
melhoramento da produção pesqueira e, a fraca escolaridade pode ser um dos factores
fundamentais que influencia esse comportamento.
A Tabela 05, mostra a situação escolar dos agregados familiares entrevistados por província e
sexo. De uma forma geral a taxa dos membros do AF's que nunca frequentou escola está no
topo de classificação (55%), seguindo os que possuem apenas o nível primário do 1o grau de
escolaridade (29%). Em relação ao sexo, verifica-se a medida que o nível de escolaridade
cresce, há tendência da redução da taxa de escolaridade do sexo feminino. Este facto pode
estar associado com os casamentos precoces das raparigas, fraca disseminação da mensagem
sobre o controle de natalidade na comunidade.
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3.2. SITUACAO DO EMPREGO E RENDIMENTO NA PESCA E
AQUACULTURA
Em termo de distribuição da força laboral por sexo, as mulheres ocupam-se nas actividades
de agricultura com maior peso (90%) contra os homens (68%). A pesca é quase a actividade
predominante dos homens, com cerca de 27% contra as mulheres (6%). Aquacultura é
praticada no distrito de Memba (4%) e Mossuril (2%).
Mogincual 22,8 0,0 1,0 1,6 0,0 0,0 0,2 0,3 1,0 0,5 1,4 70,9 100,0
Mossuril 4,4 1,9 0,5 0,2 0,0 0,2 0,2 0,0 1,3 0,0 0,0 92,7 100,0
Angoche 26,9 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,5 1,1 0,0 0,2 71,0 100,0
Moma 37,2 0,0 0,7 0,0 0,3 0,3 0,3 0,3 1,7 0,3 0,3 56,7 100,0
Total 16,6 1,0 0,6 1,1 0,1 0,1 0,1 0,1 1,3 0,1 0,4 78,6 100,0
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3.2.2. Posição dos agregados familiares nas actividades ligadas a pesca e aquacultura
O melhoramento da situação socioeconómica dos agregados familiares depende dos
rendimentos que os seus membros ganham a partir do trabalho que realizam. Em
Moçambique, por ainda predominar a economia de subsistência, a maior parte da população
economicamente ocupada não é remunerada, isto é, trabalha por conta própria (50.6%) e
trabalhador familiar sem remuneração (36.0%), e os que ganham salário em dinheiro ou
espécie é de apenas, 11.5% (INE, 2014/15).
A Tabela 07, apresenta a distribuição percetual das posições dos membros dos AF’s segundo
as suas posições que ocupam nas actividades principais, secundarias e terciarias. Por ordem
de importância de actividade, os membros dos AF’s se ocupam por Conta Secundaria (81%
ou 59%) nas actividedes secundarias e principais, Conta de Outrem (33% ou 13%) nas
principais e secundarias, o trabalho familiar ocupa a ultima posição na preferência das
famílias com cerca de (7% ou 6%) nas actividades principais e secundarias.
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TABELA 7 - Distribuição percentual dos agregados familiares segundo as posições
que ocupam nas activdades ligadas à pesca e aquacultura
Posição que ocupa na actividade principal
Distrito Total
Trabalhador
Conta Própria Conta de outrem familiar
Nacala 78,5 19,8 1,7 100,0
A Tabela 08, Distribuição percentual dos membros dos AF’s segundo as suas categorias e
posições que ocupam nas actividades. Analisando os dados por categoria dos membros dos
AF's. Observa-se o comportamento dos dados dos elementos dos AF's nas actividades
secundarias se ocupam na posição por Conta Própria, com execpcao dos irmãos (75%) que
prestam serviços assalariado por Conta de Outrem na actividade secundaria. Quanto as
restantes actividades os Chefes dos AF's Familiar (próprio) na sua maioria se ocupam por
conta Própria (cerca de 65%) nas actividade principais e conta própria (86% nas actividades
secundarias), o trabalho família apresenta com menos peso em todas posições de actividades
com cerca de 7% . Observa a Tabela seguinte:
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TABELA 8 - Distribuição percentual dos agregados familiares por categorias e
posições que ocupam nas actividades ligadas à pesca e aquacultura
Posição na actividade principal
Distrito Conta Total
Conta de outrem Trabalhador familiar
Própria
Próprio 65,5 31,0 3,6 100,0
Cônjuge 53,9 32,1 13,9 100,0
Filho/a 35,9 39,1 25,0 100,0
Irmão/a 21,4 71,4 7,1 100,0
Pai ou Mãe ou Sogro/a 60,0 40,0 0,0 100,0
Outros parentes 40,9 45,5 13,6 100,0
Total 59,5 32,9 7,6 100,0
Posição na actividade secundaria
Próprio 86,0 11,8 2,2 100,0
Cônjuge 66,7 5,6 27,8 100,0
Filho/a 100,0 0,0 0,0 100,0
Irmão/a 25,0 75,0 0,0 100,0
Outros parentes 50,0 50,0 0,0 100,0
Total 81,0 13,2 5,8 100,0
Posição na actividade terciaria
Próprio 100,0 100,0
Total 100,0 100,0
As Tabelas seguintes (9 e 10) mostram-nos que o Arrasto Para Praia é a arte de pesca mais
praticada pelos membros dos AF’s envolvidos na pesca artesanal, seguida do Emalhe e
Linha de Mão. Quanto as embarcações, o destaque vai para a Canoa de Tipo Moma com
cerca de (40%), seguindo de Lancha (30%) e Canoa de tronco Escavado (28%), Chata (1%) e
as restantes estão abaixo de 1%. Se observar o comportamento das artes e embarcações pode
se constatar que o arrasto para paria e canoa Tipo Moma apresentam a proporção
relativamente maior (66% e 79%) no distrito de Moma. Este facto pode estar relacionado
com a implementação dos três projectos PPAN, PPABAS e PROPESCA, este ultimo ainda
em curso, que durante a vigência privilegiaram a modernização da tecnologia de pesca
artesanal.
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TABELA 9 - Distribuição percentual dos agregados familiares por artes de pesca
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cerca de 22% dos entrevistados. De referir que os que recebem em dinheiros na sua maioria
estão localizados na zonas Central e Norte da província, distritos da Ilha de Moçambique
(cerca de 63%) e Memba(cerca de 51%). Esta pratica pode estar associada com o
desenvolvimento das micro empresas na zona urbana da cidade da Ilha de Moçambique e a
implementação de pesca de atum no distrito de Memba que mobiliza centena de mão de obra.
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TABELA 12 – Distribuição percentual dos agregados familiares segundo
número de meses de maior rendimento
Meses de maior rendimento
Distrito Total
1-3 4-6 7-9 10 - 12
Memba 44 50 5 1 100
Nacala 34 64 0,0 1 100
Ilha de Moçambique 23 14 14 49 100
Mogincual 40 49 7 4 100
Mossuril 52 20 1 12 100
Angoche 59 41 0,0 0,0 100
Moma 45 55 0,0 0,0 100
Total 43 48 4 5 100
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TABELA 13 – Distribuição percentual dos agregados familiares segundo
número de meses de menos rendimento
Meses de menor rendimento
Total
Distrito 1-3 4-6 7-8 10 - 12
Memba 30,8 63,7 4,8 0,7 100,0
Os entrevistados foram questionados sobre as suas receitas, custos e meses de maior e menor
rendimento ao longo do ano anterior. Em média um agregado família da província de
Nampula obteve 5 meses bons, produziu Receita mensal de cerca de 15 mil Meticais e 5 mil
dos seus custos. Sendo Moma o distrito com maior Receita (cerca de 30 mil meticais) e 10
mil custo medio e Mossuril o distrito com menor receita (cerca de 9 mil meticais) e custo
medio de 5 mil meticais, produzidos em 4 meses de maior rendimento, conforme a tabela 14
seguinte.
30
3.3.3 Receitas e custos de produção nos meses de menor rendimento
A Tabela 16 apresenta a percentagem das médias das receitas registadas nos períodos 2010 e
2016. Fazendo análise comparativa dos dados, observa-se que a maioria dos distritos não
atingiu as receitas de 2009/10 com destaque para Angoche (-85%), seguido de Mogincual e
Moma com cerca de (-39%) e (-29%) respectivamente, contrario de Nacala (310%) e Ilha de
Moçambique (712%), este crescimento das receitas mensais influenciou a media total de taxa
de crescimento das receitas com cerca de 144%. No IAFP 2009/10 o distrito de Memba não
foi abrangida, tal que, para efeito de total das media mensal das receita não foi tomado em
consideração.
31
TABELA 16 – Comparação das medias de receitas nos meses de maior
rendimento por os anos 2009/10 e 2016 e por Taxa de Crescimento
Distritos 2016 2009/10 TC
Memba 9 709,57 - -
Nacala 15 165,12 3 700,00 309,87
Ilha de Moçambique 12 579,25 1 550,00 711,56
Mogincual 15 010,16 24 600,00 -38,98
Mossuril 9 038,46 9 500,00 -4,86
Angoche 15 471,76 103 650,00 -85,07
Moma 30 918,18 43 500,00 -28,92
32
TABELA 17 - Distribuição percentual dos agregados familiares segundo a produção de
pescado estimado nos meses de maior rendimento
Estimativa de produção nos meses de maior rendimento Média de
Distrito Abaixo Acima Total produção
100 - 300 300 - 500 500 - 700 700 - 900 900 - 1100
100 1.100 (Kg/Mês
Kg/Mês Kg/Mês Kg/Mês Kg/Mês Kg/Mês
Kg/Mês Kg/Mês
Memba 58,1 23,0 4,1 7,4 1,4 0,0 6,1 100,0 345,20
Nacala 63,0 19,0 2,0 7,0 2,0 0,0 7,0 100,0 362,98
I.Mocambique 42,9 25,7 22,9 0,0 5,7 0,0 2,9 100,0 313,97
Mogincual 40,3 23,1 7,5 4,5 6,0 6,7 11,9 100,0 556,72
Mossuril 29,6 40,7 14,8 0,0 7,4 3,7 3,7 100,0 334,63
Angoche 19,2 23,1 12,5 8,7 9,6 4,8 22,1 100,0 793,17
Moma 3,2 13,8 16,0 13,8 14,9 3,2 35,1 100,0 2626,90
Total 38,8 22,0 9,0 7,2 6,2 2,8 14,0 100,0 796,62
Quanto a produção dos agregados familiar nos meses de menor rendimento ao longo do ano
anterior. A maioria dos agregados familiares da província de Nampula a sua produção estava
abaixo de 100 Kg/Mês(64%), outros entre 100 a 300 Kg/Mês (23%), 300 a 500Kgs/Mês
(cerca de 6%) e, poucos de 700 a 900Kgs/Mês , 900 a 1100 Kgs/Mês 1% e 3%
respectivamente atingiram a produção acima de 1100 Kgs/Mês. O distrito da Moma foi um
dos únicos que agregado familiar atingiu acima de 1100 Kgs/Mês (3.0%). Em contrapartida,
Nacala continua a posicionar a sua produção abaixo de 100 Kg/Mês.
Total 64,4 22,6 5,8 2,8 1,0 0,6 2,8 100,0 174,16
33
3.4. Remuneração em salario na pesca e aquacultura
Quanto aos salários mais baixo. A Tabela 20 apresenta as medias de salario mais baixo por
distrito. Segundo os dados, a media do salario mais baixo esta na ordem de 2 mil meticais e
valor real 3 mil meticais. Em relação analise por distrito, Ilha de Moçambique destaca-se
pagamento de salários mais alto (media 4 mil e mais alto 10 mil meticais) , Nacala Angoche
e Mogincual (media 4 mil, 3 mil e mil ) e mais alto (de 9.000,00 respectivamente), e o
distrito com pagamento de salario mais baixo no período de baixo rendimento destaca-se
Moma (media de 3 mil e real pago mais baixo de mil meticais). A tabela a seguir ilustra a
dispersão de pagamento de salários em períodos de menor rendimento.
34
TABELA 20– Média de salários mais baixo por distrito
Média de salário Salario mais baixo
Distrito
(Mts/Mês) (Mts/Mês)
Memba 2 012,50 5 500,00
Nacala 4 505,26 9 000,00
Ilha de Moçambique 3 716,98 10 000,00
Mogincual 1 413,16 9 000,00
Mossuril 458,70 5 000,00
Angoche 2 936,15 9 000,00
Moma 2 613,75 1 200,00
Total 2 662,84 3 000,00
Considera-se as activdades ligadas a pesca, todas aquelas cuja sua realização esta dependente
da pratica da pesca. Por se tratar de uma fonte de rendimento fundamental do AF, neste
estudo foram selecionadas as seguintes actividades: Processamento de pescado,
comercialização de pescado, construção e manutenção de embarcações, construção e
manutenção de artes de pesca e aquacultura.
35
GRÁFICO 1 – Distribuição percentual dos agregados familiares praticantes das outras
actividades ligadas à pesca e aquacultura
50,0%
44,8%
45,0%
40,0%
35,0%
30,0%
25,0%
25,0%
20,0%
14,4%
15,0%
10,7%
10,0%
5,0% 3,8%
1,2%
0,0%
Aquacultura Processamento de Comercializacao do Construcao e Compra e venda de Construcao e
pescado pescado Manutencao de racao para peixe manutencao de arte
Embarcacoes de pesca
3.6. Variação das receitas e custos nos meses de maior e menor rendimento
Nas Tabelas 21 e 22 mostram as medias de receitas e custos das actividades ligadas a pesca
nos meses de maior e menor rendimento. Observando a tabela 22, a receita media de outras
actividades ligada a pesca esta na ordem de 18 mil contra os custos de 9 mil. As actividades
de maior rendimento esta comercialização de pescado. Quanto aos meses de menores
rendimentos, a receita esta na ordem dos 8 mil meticais contra 4 dos custos. Actividade de
Construção e manutenção de arte de pesca por se tratar de rotineira, os praticantes realizam
quando são solicitados e nem sempre precisam de comprar novo material para substituição da
arte, o que torna difícil avaliar o custo de trabalho para alem de mão-de-obra.
36
TABELA 21 – Médias de receitas e custos por actividade
nos meses de maior rendimento
Actividades Média de Receitas Média de Custos
(Mts/Mês) (Mts/Mês)
37
O Gráfico 2 apresenta a distribuição percentual de agregados familiares envolvidos na pratica
de actividades domesticas. Observando os dados, seguindo a ordem de prioridade, actividade
de corte/apanha de lenha esta na primeira posição (cerca de 32%), corte de capim, caniço,
folha de coqueiro e Corte de estacas, lacalaca estão na segunda e terceira (19% e 17%), a
recolha de mel, plantas e frutos silvestre e produção de carvão ocupam as posições de quarta
e quinta (10% e 8%) respectivamente e, em ultimo lugar actividades da caça de animais
selvagens (7%).
30,0%
25,0%
19,4%
20,0%
17,2%
15,0%
9,6%
10,0% 7,8% 6,9%
5,0%
0,0%
Corte/apanha de Produção de carvão Corte de capim, Corte de estacas, Recolha de mel, Caça
lenha caniço, folha de lacalaca plantas e frutos
coqueiro silvestres
38
TABELA 23 - Distribuição percentual dos agregados familiares por
categorias e por actividades domésticas
Responsável desta actividade
Actividades Pai ou
Outros Total
Económicas Próprio Cônjuge Filho/a Irmão/a Mãe ou
parentes
Sogro/a
Corte/apanha de lenha 84,8 11,1 2,5 0,9 0,2 0,5 100,0
Produção de carvão 6,7 85,7 5,7 0,0 0,0 1,9 100,0
Corte de capim, caniço,
10,3 39,3 36,5 1,2 2,4 10,3 100,0
folha de coqueiro
Corte de estacas,
4,7 14,2 66,5 1,9 0,9 11,8 100,0
lacalaca
Recolha de mel, plantas 5,3 4,3 71,3 5,3 1,1 12,8 100,0
e frutos silvestres
Caça 0 4,7 83,7 0,0 0,0 11,6 100,0
Outra (especificar) 0,0 0,0 71,4 0,0 0,0 28,6 100,0
Total 35,4 23,2 32,2 1,4 0,9 7,0 100,0
A Tabela 24 mostra as medias das receitas das actividades domesticas nos meses de maior e
menor rendimentos. De uma forma geral, a media de receita das actividades domesticas nos
meses de maior rendimento foi na ordem de 1.900 (mil) contra 500 (Quinhentos) meticais dos
meses de menor rendimento. Actividade de maior rendimento num agregado família se
destaca Corte de estacas, lacalaca e Corte de capim, caniço, folha de coqueiro que estão na
mesma posição; seguindo de Caça e Outra, na ultima posição observa-se a produção de
Carvão e Corte/Apanha de Lenha. Quanto as actividades de menor rendimento destacam-se
em primeiro lugar as mesmas actividades de período bom e seguindo a mesma sequencia com
alteração de Outras que passa a ocupar a ultima posição.
39
TABELA 24 – Média de receita por actvidade domestica
nos meses de maior rendimento
Média de receitas Média de receitas
Actividades
nos meses Bons nos meses Maus
Económicas
(Mt/mês (Mt/mês)
Corte/apanha de lenha 441,18 145,41
Produção de carvão 547,62 221,36
Corte de capim, caniço, folha de coqueiro 8 68,37 908,69
Corte de estacas, lacalaca 9 950,60 1 000,57
Recolha de mel, plantas e frutos silvestres 630,29 340,23
Caça 900,21 600,58
Outra (especificar) 700,89 100,97
Total 1 881,54 473,97
Analisando os dados pela importância das actividades, o Corte de estacas, lacalaca e Corte de
capim, caniço, folha de coqueiro, continuam como a actividades destaque na geração de rendimentos
dos AF pelo facto de 95% das habitações rurais e 50% a 60% dos bairros suburbanos da
cidades de Nampula e vilas das sedes dos distritos são construídas destes matérias, as casas
que comercializam estes materiais na cidade de Nampula e vilas dos distritos Angoche e
Nacala o molho de lacalaca para construir uma casa com três divisões varia de 300,00 Mts a
500,00 Mts, habitação média do AF na província de Nampula
Tratando que o consumo como uma das variáveis fundamental para analise do bem estar de
AF. O questionário do IAFPA 2016/17, foi incorporado os produtos alimentares mais
consumidos e a sua forma de aquisição. A Tabela 25 mostra a distribuição percentual dos
agregados familiares segundo o nível do consumo dos produtos alimentares por distritos. Em
termo de prioridade, os produtos mais consumidos pelos AF’s são: Peixe e Tubérculos
(89% e 81%), Frutas (77%), Legumes, Milho (70%), Arroz, Óleo , Carne de frango, Pato
ou Ovo e hortícolas (66% e 64%), leite e lacticínios e Carne de vaca/cabrito (49%). O
menos consumido é a Carne do Porco (6%) por razões óbvias, as comunidades do litoral da
província de Nampula são predominante da cultura Muçulmana (islamica).
NOTA: O questionário permitia múltiplas respostas, por este motivo as percentagens de cada
alternativa representam universo independente. Isto quer dizer, que não deve ser somadas.
40
TABELA 25 - Distribuição percentual dos agregados familiares
por produtos consumidos e por distrito
Distrito
Produtos alimentares Memb Ilha de Angoc Mom Total
Nacala Mogincual Mossuril
a Moç. he a
Consumo do peixe 82,9 98,5 98,6 67,1 83,3 92,4 97,6 88,5
Consumo do arroz 57,5 88,9 98,6 3,1 69,2 48,8 87,4 65,6
Consumo do milho 72,9 86,7 98,6 15,2 76,0 48,7 81,1 69,5
Consumo de legumes 67,7 86,7 91,2 32,1 68,9 47,7 80,8 69,6
Consumo de hortícolas 54,0 89,6 93,2 13,3 65,7 41,3 75,6 63,9
Consumo de carne de vaca/cabrito 38,0 37,0 78,1 8,6 61,6 38,8 70,2 49,1
Consumo de carne de frango, pato ou 66,1 62,2 87,8 31,0 71,3 45,0 81,5 65,2
ovo
Consumo de carne de porco 7,7 4,2 1,2 5,0 9,5 5,9 5,4 4,4
Consumo de lei e lacticínios 35,9 45,9 82,3 14,3 53,4 30,3 57,4 49,4
Consumo de frutas 79,6 90,3 98,6 40,7 86,9 55,6 92,0 77,3
Consumo de tubérculos 87,8 98,5 99,3 47,9 85,2% 55,1 92,0 80,8
Consumo de óleo 52,2 97,8 100,0 6,9 71,7 44,8 88,7 65,6
A Fruta está na terceira posição das prioridades, acima de 80% excepto Mogincual e
Angoche (cerca de 41% e 56%) dos entrevistados. Óleo afigura na posição privilegiada nas
famílias entrevistadas com destaque para Ilha de Moçambique e Nacala (100% e 98%)
seguido de Moma (89%) e Mossuril (72%) Memba (52%) e menos consumido abaixo de 50%
em Angoche e Mogincual (45% e 7%).
O Milho destaca no consumo das famílias entrevistadas sendo Ilha de Moçambique no topo
dos AF’s que responderam que consumiram (99%) seguido de Nacala e Moma (87% e 81%),
Mossuril e Memba (76% e 73%) , e menos que consumira abaixo de 50% Angoche e
Mossuril. Arroz é um dos cereais de maior consumo dos entrevistados, na dianteira ocupa
Ilha de Moçambique (97%) , Nacala e Moma (89% e 87%), Mossurila e Memba (69% e
58%), os restantes entrevistados situam abaixo de 50% . os produtos de origem animal
afiguram os menos consumidos, com a excepção da Ilha de Moçambique e Moma que
41
apresenta com maior taxa dos Afs que responderam terem consumido Carne de
Vaca/Cabrito e Carne de Galinha , Pato e Ovo com uma media de 83% e 76%)
respectivamente e, menos consumido a carne do Porco abaixo de 5%.
42
TABELA 27 - Distribuição percentual dos agregados familiares segundo
a forma de aquisição dos produtos alimentares e por distrito
Produtos Distrito Total
Proveniência
Alimentares Memba Nacala I. Moç. Mogincual Mossuril Angoche Moma
Peixe Produziu 81,4 96,3 98,6 63,1 82,4 90,1 97,6 87,1
Comprou 17,1 1,5 1,4 32,9 16,7 7,6 2,4 11,4
Oferta 1,4 2,2 0,0 4,0 0,9 2,3 0,0 2,2
Arroz Produziu 56,7 11,1 1,4 2,3 30,8 48,8 12,6 23,4
Comprou 42,5 88,9 98,6 96,9 69,2 51,2 87,4 76,4
Oferta 0,8 0,0 0,0 0,8 0,0 0,0 0,0 0,8
Produziu 71,3 13,3 1,4 84,8 24,0 47,8 81,1 46,3
Milho Comprou 27,1 86,7 98,6 13,6 76,0 51,3 18,9 53,2
Oferta 1,6 0,0 0,0 1,6% 0,0 0,9 0,0 1,0
Legumes Produziu 66,9 13,3 8,8 67,9 68,9 45,0 80,8 50,2
Comprou 32,3 86,7 91,2 31,3 31,1 52,3 19,2 49,1
Oferta 0,8 0,0 0,0 0,9 0,0 2,8 0,0 1,5
Hortícolas Produziu 53,2 89,6 10,6 86,7 65,7 41,3 75,6 60,4
Comprou 46,0 10,4 93,2 6,8 34,3 58,7 24,4 39,1
Oferta 0,8 0,0 0,0 2,7 0,0 0,0 0,0 1,7
Carne de Produziu 62,0 37,0 21,9 1,0 61,6 36,9 70,2 41,5
vaca, cabrito Comprou 35,0 63,0 78,1 4,8 38,4 61,2 29,8 44,3
Oferta 3,0 0,0 0,0 3,8 0,0 1,9 0,0 2,9
Carne de Produziu 64,3 62,2 12,2 69,0 71,3 45,0 81,5 57,9
frango Pato Comprou 33,9 37,8 87,8 27,0 28,7 55,0 18,5 41,2
Ovo Oferta 1,7 0,0 6,2 4,0 0,0 0,0 0,0 2,9
Carne De Produziu 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Porco Comprou 1,0 0,1 01 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1
Leite Produziu 35,9 45,9 0,7 14,3 2,4 1,3 56,6 22,4
Lacticínios Comprou 64,1 54,1 99,3 85,7 97,6 98,7 42,6 77,4
Oferta 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,8
Frutas Produziu 79,6 9,7 1,4 59,3 86,9 54,0 91,2 54,6
Comprou 20,4 90,3 98,6 36,6 13,1 44,4 8,0 44,5
Oferta 0,0 0,0 0,0 4,1% 0,0 1,6 0,8 2,2
Tubérculos Produziu 87,1 98,5 12,3 87,0 85,2 54,3 92,0 73,8
Comprou 12,2 1,5 87,7 13,0 14,8 44,9 8,0 26,0
Oferta 0,7 0,0 0,0 0,7 0,0 0,8 0,0 0,7
Óleo Produziu 1,5 0,2 0,0 1,3 1,3 2,2 2,3 1,5
Comprou 97,6 99,8 100,0 98,1 98,7 95,2 97,7 98,1
Oferta 1,0 0,0 0,0 0,7 0,0 2,6 0,0 1,4
Outros Produziu 0,0 100,0 33,3 0,0 28,6 35,7 68,8 42,4
43
3.9. POSSE DE BENS PELOS AGREGADOS FAMILIARES
Na Tabela 29, mostra a distribuição percentual dos agregados familiares segundo numero de
bens e media dos bens. O celular é bem mais adquirido pelos membros dos agregados
familiares entrevistados (73%), seguindo a radio (47%). A Tabela mostra a media de celular é
cerca de 2, isto é, cada agregado pelos menos tem 2 celulares para comunicar.
Distrito
Bens do AF Total
Mossuri Angoch
Memba Nacala Ilha Moç. Mogincual Moma
l e
Rádio 42,7 39,9 33,3 24,7 67,6 34,6 44,1 46,7
Relógio de pulso/
5,6 10,1 32,0 12,0 21,0 11,3 12,6 17,1
parede/mesa
Bicicleta 9,1 8,7 15,6 2,7 40,0 18,0 19,7 18,4
44
TABELA 29 - A distribuição percentual dos entrevistados
segundo numero de bens e media dos bens de transporte e comunicação
Bens que possuem no Agregado Media
Bens do AF Total dos
1-2 3-4 5-6 7-8 Bens
45
GRÁFICO 3 – Comparação percentual dos agregados familiares
segundo posse de bens de transporte e comunicação, 2009/15
60,00%
50,00% 46,70%
40,00% 35,4%
30,00%
23,20%
18,40% 19,50%
20,00% 17,10%
12,6%
9,50%
10,00% 6,6%
4,7% 4,2%
0,00%
Rádio Relogio/Pulso Bicicleta Motorizada Telemóvel Parabólica TV
/Parede
Anos 2016/2017 Anos 2009/2010
46
TABELA 30 - A distribuição percentual dos entrevistados
segundo posse de bens de eletrodomésticos e outros bens caseiros
Distrito
Bens do AF Total
Memba Nacala I. Moç. Mogincual Mossuril Angoche Moma
Candeeiro a petróleo 44,1 60,1 73,5 68,0 87,6 76,7 61,4 76,9
Mesa de madeira 37,8 44,9 63,9 32,0 57,1 24,8 56,7 51,7
Mesa de plástico 3,5 5,1 21,1 4,7 10,5 7,5 5,5 9,4
Cama de madeira 32,9 55,8 84,4 14,0 47,6 43,6 52,8 54,0
Colchões de algodão 2,1 2,9 22,4 7,3 22,9 7,5 10,2 12,3
Colchões de esponja 43,4 63,8 81,0 18,7 41,9 43,6 46,5 55,3
Máquina de costura 6,3 3,6 6,1 2,7 4,8 1,5 3,1 4,6
Fogão de carvão 14,7 46,4 85,7 8,7 41,9 9,8 17,3 36,7
Gerador 1,4 2,2 1,4 2,0 1,9 0,8 3,1 2,1
Colman 2,8 2,9 21,8 2,7 3,8 6,0 2,4 6,9
Geleira 5,3 25,5 26,3 0,2 0,4 25,8 14,9 15,8
Painel solar 17,5 7,2 27,9 17,3 4,8 16,5 8,7 16,4
Congelador 1,0 3,5 3,6 0,0 0,0 4,8 1,6 2,3
47
(-14%). Esta alteração pode estar relacionado com os esforços do Governo de tentar levar a
energia elétrica para beneficiar as comunidades rurais mais recônditas.
No IAFP 2009/10, existe alguns bens de eletrodomésticos que não foram apresentados como
variáveis para medir os bens AF’s, facto que não permite comparar, com a excepção da
máquina de costura que teve uma taxa de crescimento de cerca de 35%, representando em
media de 1,2 do número das novas pessoas usando máquina.
A analisando outros bens caseiros, Colchões de esponja é o bem que os AF’s adquiriram ao
longos dos 5 anos com cerca de 55% entrevistados que afirmam de ter contra 28% dos que
tinham anteriormente, o crescimento esta na ordem de 28%. Fogão a carvão (37%) contra
(23%) e taxa de crescimento na ordem 14%, seguido Mesa de plástico (9%) contra 6% com
crescimento de 4% de posse das famílias. Finalmente, Mesa de madeira (52%) contra os
anteriores de 46% com o crescimento na ordem de 6% de posse deste bem que possuem os
bens. O gráfico a seguir apresenta a comparação dos bens possuídos em 20110 e 2017
respectivamente.
48
Gráfico 4: Apresenta a comparativo dos bens de eletrodomésticos e outros bens
caseiros 2010 e 2017.
Quanto ao numero dos animais, segundo os dados da Tabela 28, observa-se que a maioria dos
entrevistados tem 1 a 5 animais. A galinha e Pato são as espécie de animais que mais tem os
agregados (media de 7 animais por agregado). Seguindo os caprinos, bovinos e patos. A
criação de outros animais domésticos ocupam um lugar de destaque devido a exigência do
mercado, por outra, os AF’s adequa a criação dos animais domésticos e de rendimento de
acordo com a demanda do mercado.
49
TABELA 33 - A distribuição percentual dos entrevistados
por posse dos animais domésticos
Animais Distrito
doméstico Ilha de Mogincua Mossuri Angoch Total
s do AF Memba Nacala Moma
Moc. l l e
Bovinos 14,3 0,0 0,0 0,0 0,0 57,1 28,6 100,0
Caprinos 31,8 6,4 6,4 16,4 17,3 10,9 10,9 100,0
Ovinos 25,0 15,0 0,0 25 10,0 20,0 5,0 100,0
Galinhas 15,3 10,9 3,1 18,8 15,3 14,4 22,3 100,0
Patos 23,1 7,0 4,2 12,6 11,9 9,8 31,5 100,0
Outro 25,0 25,0 25,0 25,0 0,0 0,0 0,0 100,0
Total 21,6 8,6 4,2 16,0 14,6 13,0 22,0 100,0
50
criação do gabo bovino recorrendo as zonas do interior para aquisição e abastecer para o
consumo no mercado local, por esta razão a media da venda média esta na ordem de 1% .
O Suíno apresenta como espécie de animal menos consumido nas parcelas das áreas
selecionadas para entrevista devido aos hábitos e costumes herdados pela religião islâmica.
51
A cobertura da habitação
Distrito Laje de Chapas de Chapas Capim/Colmo Total
betão Telha lusalite de zinco /Palmeira Outros
Memba 0,7 3,5 0,0 22,0 73,8 0,0 100,0
Quanto ao material usado para parede das casas, a Tabela 36 mostram que cerca de 36% dos
agregados entrevistados usam paus maticados, cerca de 50% usam Pau maticados. Mogincual
é um dos distrito que registou a proporção relativamente maior (cerca de 85%) dos
entrevistados que usam Paus Maticados como material de parede das suas casas.
Nacala 45,9 14,1 3,7 36,3 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0
I.Mocambique 4,1 59,9 4,1 30,6 1,4 0,0 0,0 0,0 100,0
Mogincual 4,0 1,3 0,0 85,2 5,4 4,0 0,0 0,0 100,0
Mossuril 27,8 4,6 0,0 60,2 1,9 1,9 0,9 2,8 100,0
Angoche 15,9 4,5 0.0 56,1 0,8 19,7 0,0 2,3 100,0
Moma 47,2 6,3 0,8 42,5 2,4 0,8 0,0 0,0 100,0
Total 25,8 14,6 3,0 49,6 2,1 4,0 0,1 0,6 100,0
52
cimento, 3.6 % Caniço/Bambu/Palmeiras. O aumento de uso de caniço/bambo/palmeira pode
estar relacionado com a situação de calamidade natural que se registou ao longo dos ultimo 5
anos naquela província. O caniço/bambu pode ser material de fácil aquisição para
aprovisionar um alojamento dos deslocados.
No aspecto de pavimentação das casas. Segundo Tabela 37, cerca de 55,0% usam adobe,
25.3% cimento, 17,6 % não usam nada e menos 2% usam madeira, mosaico e outro material
O acesso a água por parte das comunidades locais, é principalmente através de poços de água
não protegidas, fontenárias publicas, água canalizadas dos vizinhos e furo ou poços
protegidos com bomba manual. Nas área onde decorreu o estudo verificou que a maior parte
dos entrevistados recorrem a mata ou praia para realizar a desassimilação com excepção de
uma parte abaixo de 20 % que usam latrinas Melhoradas e tradicionais . As tabelas 37 e 38
mostram o comportamento da distribuição da principal fonte de água do AF por distrito e, a
distribuição do tipo de saneamento do AF por distrito.
53
Água Agua
Torneir Furo ou Agua
Água canali Água Poço Agua da
a poço Agua de
canaliza zada canaliza protegi do poço chuva Outra
pública protegi de superfíc
da fora da na
ou do com
do sem não
nasce ie (rio,
/Agua s Total
dentro de casa do bomba protegi de fontes
fontená bomba nte lago,
de casa casa/q vizinho manual do tanques
rio manual lagoa)
uintal camiões
Memba 0,7 1,4 0,7 29,5 5,8 1,4 48,9 0,0 10,1 0,7 0,7 100,0
Nacala 1,5 6,8 42,9 30,1 2,3 3,0 11,3 0,8 0,8 0,8 0,0 100,0
I. Moc. 10,2 15,6 53,7 14,3 2,0 1,4 2,7 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0
Mogincual 1,3 0,0 1,3 8,1 19,5 7,4 53,7 2,7 6,0 0,0 0,0 100,0
Mossuril 0,9 2,8 0,9 24,1 15,7 6,5 48,1 0,9 0,0 0,0 0,0 100,0
Angoche 12,1 0,8 9,1 22,7 1,5 41,7 12,1 0,0 0,0 0,0 100,0
Moma 13,4 3,9 1,6 16,5 32,3 1,6 19,7 9,4 1,6 0,0 0,0 100,0
Total 5,7 4,6 15,2 18,5 14,0 3,2 32,0 3,6 2,8 0,2 0,1 100,0
Analisando as varias formas da captação de água para consumo, pode-se afirmar que 32%
dos Agregados familiares entrevistados ainda recorrem a poços não protegidos, 19% torneiras
publicas ou fontenárias, 15% agua canalizada na casa do vizinho e, os restantes abaixo de
6% dos AFs recorrem outras formas de obtenção de água. No que tange o sistema de
saneamento, ainda continuam no topo a cultura de AFs de recorrer ao seu aberto( Praia e
Mato) para a desassimilação em cerca de 49% do universo dos AFs entrevistados
necessidades, 18% tem latrinas, tradicionais melhoradas e não melhoradas e restantes abaixo
de 10%.
Analisando o comportamento por distrito, Mogincual destaca com AFs que consome Agua do
Poço Não Protegido (com cerca de 55%) seguido de Memba, Mossuril e Angoche (com cerca
de 49%, 48 e 42%) respectivamente, esta situação pode estar associada a implementação
tardia de programas integrados no distrito de Memba e Mossuril e em Angoche pela
resistências de algumas comunidades na implementação de programas do Governo, caso de
Sangage pode estar na origem de poucas infraestruturas sociais. No que refere a falta de
condições mínimas para as necessidades biológicas, 67% dos AFs entrevistados em Memba
recorrem a Ceu Aberto na Praia/Mato, 51% Mogincual e 48%, 43%, 41% Angoche, Moma e
Nacala respectivamente, I.Moçambique (cerca de 28%) e o resto abaixo de 10%, há a
destacar Ilha de Moçambique com nível de uso de latrina melhorada com cerca de 24%.
Estas variáveis são de extrema importância porque faz parte do conjunto de indicadores para
avaliar o nível da pobreza em Moçambique, constituiu limitação do IAFP 2009/10 por não
54
apresentar analise por província, facto que impossibilita a comparação com os dados
IAFPA/2016 para apurar avaliação.
ABELA 39 - A distribuição percentual dos agregados familiares
por sistema de sistema de saneamento
Sistema de saneamento
Casa
Latrina
Casas de de Latrina
Distrito Latrina tradiciona Outro Ceu Total
banho banho não-
melhorad l Nenhum Aberto na
com rede com melhorad
a melhorad Praia/Mato
de esgotos fossa a
a
séptica
Memba 2,8 1,4 5,7 22,7 0,0 67,4 100,0
Nacala 3,7 3,0 8,9 23,0 20,0 0,0 41,5 100,0
I. Moçambique 6,1 14,3 24,5 15,6 11,6 0,0 27,9 100,0
Mogincual 8,1 0,7 1,3 18,1 7,4 13,4 51,0 100,0
Mossuril 7,4 0,9 4,6 42,6 35,2 0,9 8,3 100,0
Angoche 3,0 2,3 3,0 9,8 18,9 14,4 48,5 100,0
Moma 4,7 1,6 0,8 16,5 15,0 18,1 43,3 100,0
Total 5,1 3,4 6,6 18,0 18,0 6,7 42,2 100,0
Mais da metade da população Moçambicana vive na zona rural que permite a pratica de
actividades para subsistência com destaque para agricultura, pecuária e pescas para habitantes
na zona litoral da costa. Para confeccionar os alimentos recorre ao recurso energia lenhosa
com cerca de 75% dos AFs entrevistados, 22% carvão vegetal, 2% e 1% fezes de animais e
Gás respectivamente e restantes estão abaixo de 1% dos que recorrem a outras fontes de
energia(petróleo, eletricidades, restos dos vegetais e outras).
Analisando as fontes de energia usadas para confeccionar os alimentos por distrito. Moma
Memba e Mogincual foram registados acima de 80% dos entrevistados que afirmam que
usam energia lenhosa para confeccionar os alimentos doméstico. O distrito de Nacala,
embora é considerada a segunda cidade da província, o uso da lenha continua com proporção
alta (cerca de 69%). Nacala e Ilha de Moçambique, o uso da lenha esta baixo, cerca 12% dos
entrevistados. Quanto ao Carvão Vegetal o destaque vai para Ilha de Moçambique (com
cerca de 80%), seguindo Nacala e Mossuril (28% e 22%) respectivamente. Na tabela, ainda
se verifica em alguns distritos que há tendência ao uso de gás em Memba (2%), Mossuril
(2%) e Angoche (1%). Uso eletricidade para confeccionar alimento é quase ínfimo, em todos
distritos selecionados.
A Tabela 41 ilustra a distribuição por distrito dos AFs entrevistados segundo a fonte de
energia para iluminação, com destaque o consumo de petróleo Parafinado é mais usados
pelos AFs entrevistados na província de Nampula com cerca de 51%, seguido de eletricidade
e gerador/Painel solar (18 e 13%) respectivamente.
56
Fonte de energia usada para iluminação
Distrito Petróleo/ Eletrici Gerado Total
Parafina Gás dade r/solar Bateria Vela Lenha Pilha Outra
Memba 46,1 1,4 22,7 16,3 0,0 2,1 11,3 0,0 100,0
Nacala 60,4 3,0 26,9 3,0 4,5 0,0 0,0 2,2 0,0 100,0
I. Moçambique 31,3 0,0 68,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7 0,0 100,0
Mogincual 58,4 0,0 2,0 16,1 4,7 0,0 6,0 12,8 0,0 100,0
Mossuril 67,6 3,7 13,9 10,2 0,9 0,0 0,9 2,8 0,0 100,0
Angoche 58,3 0,0 3,8 16,7 4,5 0,8 12,1 3,0 0,8 100,0
Moma 37,0 1,6 4,7 24,4 10,2 0,0 15,7 6,3 0,0 100,0
Total 50,7 1,3 17,6 13,2 6,0 0,1 5,2 5,8 0,1 100,0
Nas comunidades dos distritos onde decorreu o levantamento de dados do IAFPA destaca-se
o sistema de abastecimento de água, os poços e fontenárias. Nas sua maioria os poços são
abertos pelas comunidades e as fontenários pelos programa do governo e ONG’s nos locais
seleccionados para beneficiar várias comunidades.
57
Meio usado para chegar na fonte de agua
Distrito Tem água Total
Pé Bicicleta Carro Mota Barco
em casa
Memba 96,4 1,4 0,0 1,4 0,7 0,0 100,0
Nacala 96,3 0,0 3,0 0,7 0,0 0,0 100,0
Ilha de Moçambique 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0
Mogincual 92,6 0,0 0,0 1,3 5,4 0,7 100,0
Mossuril 95,4 1,9 1,9 0,9 0,0 0,0 100,0
Angoche 100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0
Moma 99,2 0,0 0,8 0,0 0,0 0,0 100,0
Total 97,1 0,4 0,7 0,6 1,0 0,1 100,0
Nas comunidades dos distritos abrangidas pelo levantamento de dados para o IAFPA na
província de Nampula, os produtos de consumo mais procurados no mercado e loja, são
produtos definidos como da primeira necessidade que são comercializados em 90% em
bancas tradicionais pelos pequenos comerciantes na sua maioria dentro das comunidades
tornando a deslocação constituída maioritariamente a Pé (95%).
58
Pé Bicicleta Carro Mota Barco
59
sem precisar de percorrer longas distâncias, cerca de 97% dos AFs reportaram que as suas
crianças para chegarem á escola, deslocam a Pé e abaixo de 1% usam veículos e barcos para
chegar á escola e, no subsistema de ensino secundário devido a localização na sua maior nas
sedes das vilas que torna a frequência efectiva dos alunos das localidades ou bairros
periféricos, 69% dos educandos deslocam a Pé para chegar a uma Escola Secundaria e 16%
de Carro, menos usado a bicicleta com cerca de 3%.
Analisando por distrito o ensino primário acima de 95% em todos os distritos os AFs
afirmaram que os seus educando para chegarem a escola deslocam a Pé e, 3% e 4% de Moma
, Mossuril e Mogincual que usam Motorizada e barco para deslocarem a escola primaria, no
que tange a escola secundaria, 98% e 93% da Ilha de Moçambique e Mossuril afigura no topo
dos que reportaram que os seus educandos deslocam a escola secundaria a Pé e 49% em
Nacala usam Moto e o barco com 19% em Angoche. As tabelas 45 e 46 apresentam o
detalhes do meio usado pra chegar a escola primaria e secundária por distrito.
60
Memba 66,7 0,0 18,4 5,0 9,9 100,0
Nacala 38,5 3,0 49,6 8,9 0,0 100,0
Ilha de Moçambique 98,0 0,0 0,0 2,0 0,0 100,0
Mogincual 71,9 0,0 10,3 10,3 7,5 100,0
Mossuril 93,5 2,8 1,9 1,9 0,0 100,0
Angoche 56,0 12,0 12,0 1,0 19,0 100,0
Moma 52,5 3,4 22,0 12,7 9,3 100,0
Total 68,6 2,6 16,5 6,1 6,1 100,0
Levando a discussão da tabela 47 por distrito, Ilha de Moçambique e Mossuril lideram para
os AFs que respondera que para deslocarem a unidade sanitária e a Pé com cerca de 97%
90% respectivamente, seguido de Nacala com 25% que usam carro, Angoche, Mossuril ,
Memba e Moma com cerca de 13% a 10% respectivamente, bicicleta é o meio menos usado
abaixo de 1%. Esta variável no IAFP 2009/10 não apresenta resultados por província, facto
que limita para comparar a variação do comportamento dos meios usados pelo AF para
chegar a uma unidade sanitária mais próxima.
61
Tabela 48 percentagem dos entrevistados que responderam que recorrem as autoridades
policiais a busca de justiça. Cerca de 70% dos AFs entrevistados afirmaram que vão a uma
unidade policial deslocam a Pé seguindo dos que usam carro devido a distancia (cerca de
13%), Moto e Barco e bicicleta (7%).
Analisando por distritos, Ilha de Moçambique a maioria dos entrevistados vão ao posto
policial andando a Pé (cerca de 96%), mesmo cenário em Mossuril (89%), Mogincual,
Memba(75% e 65%). O segundo meio mais usado pelas comunidades é Carro, em Nacala
(38%), Memba (8%), Mogincual (9%), Moma (11%). Esta situação de uso de carro esta
relacionada com a distancia, vários postos policias estão localizados longe da comunidade
entrevistada
O acesso aos serviços é definido pelo tempo que as pessoas levam para chegar aos serviços
básicos. Tanto no IAF 209/10 tal como no IAFPA 2016, perguntou-se aos inquiridos o tempo
em minutos necessário para chegar ao local mais próximo que tenha os serviços
descriminados nas tabelas seguintes. Nestas tabelas, apresentam-se a informação para o caso
das pessoas que procuram estes serviços andando a pé.
Para chegar a uma fonte de água muitos responderam que demoram cerca 0-15 minutos
(44%). A paragem de diversos transportes e Escola Primária os AF’s responderam que
gastam cerca de 15-29 minutos (37%), (28%) e (39%) respectivamente. Para chegar a uma
Escola Secundária, Unidade Sanitária e Posto Policial, os AF’s que mais responderam
62
precisam de 60-119 minutos com (33%), (30%) e (33%) respectivamente. Conforme as
Tabela a seguintes:
63
Angoche 28,7 22,5 14 10,1 15,5 9,3 100
30 a 44
Moma 17,3 22 26 5,5 18,1 11 100
30 a 44
Total 24,7 28,1 12,8 9,1 17,6 7,7 100 30 a 44
64
Mossuril 0,9 18,5 8,3 5,6 18,5 48,1 100 60 a 119
Angoche 18,9 21,3 5,7 0,8 25,4 27,9 100 45 a 59
Moma 5,6 18,3 15,9 19 24,6 16,7 100 45 a 59
Na mesma tabela pode-se observar a proporção dos membros do AF’s financiados por
categoria actividades e instituição que financiou. Analisando os resultados por distrito,
destaca-se a Ilha de Moçambique e Mossuril (cerca de 100%) seguido de Moma e Angoche
(cerca de 43% e 41%) tiveram financiamento ou crédito aplicado nas actividades de pesca.
65
O Fundo de Fomento Pesqueiro foi a instituição que mais financiou as actividades pesqueira,
aquisição dos bens caseiros e outros (com cerca de 33%). Quanto aos Fundos de Outros
Sectores do Estado financiou a promoção de desenvolvimento aquícola com cerca de 26%
dos entrevistados que afirmam esta posição. As organizações do PCR, Xitique, emprestar
vizinho, os seus fundos/créditos foram canalizados para investimento de outras actividades
das comunidades.
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