Você está na página 1de 19

Método das Boquinhas Renata )rrrdini CRFa: 1028 SP - CltFa:2025/Pl

PLIN
PROTOGOLO LINCE DE
INVESTIGAÇÃO N EU ROLINGUíSilCe
(revisado e atualizado 2015)

Renata Savastano Ribeiro Jardini


Doutora e Mestre em Ciências Médicas pela Unicamp, Campinas/SP.
Psicopedagoga pela Unicep, São CarlosiSP"
Fonoaudióloga pela UNIFESP, São Paulo/SP.

contato@metododasboq uin has.com.br

Lydia Savastano Ribeiro Ruiz


Professora assistentê-doutor de Física, UNESP, Bauru/SP e USC, Bauru/SP.
Doutora e l\,4estre em Energia na Agricultura pela UNESP, Botucatu/SP.
Especialista em Algebra, Ciências e Matemática pela UNESP, Bauru/SP.

capacitação@metododasboqurn has.com. br

Boquinhas Aprendizagem e Assessoria


Bauru
1a edição
2a reimpressão
2015

É proibida a reproduçáo ou transmissáo no todo oLr em paÍtes deste Protoco o. Todos 0s dlÍeitos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e AssessoÍla. Bua Afonso Pena, 10"52 - Bauru/SP -CEP: 17060-250
Te .: (l4) 3206.254l - {21) 98593.0254 - www.nelododasboouinhas.con.ht
§I ,
Método d.as Boquinhas Rerata lardini CRFa:4028 SP - CRFa:2025/PJ
il: '

Agradecimentos

O Lince de Boquinhas e o PLIN são o resultado de mais de 10 anos de trabalho clínico


voltado às dificuldades e distúrbios da leitura e escrita. Sua publicação está atrelada ao esforço
de muitas pessoas, que incondicionalmente contribuíram para a sua normatização, acreditando
desde o início, que esse poderia ser um grande instrumento de auxílio para investigação e
mediação pedagógica.
A autora deseja expressar seus agradecimentos pela ajuda e apoio recebidos de todos
os que participaram dessa obra:

À sua irmã Lydia, que com seu brilhantismo, determinação e garra fez desse trabalho
um Protocolo de credibilidade científica, orientando e adequando-o em conformidade
para que pudesse ser compartilhado por muitos;
Ao seu esposo Ailson de Oliveira, que com imensa generosidade e afinco, colaborou nas
filmagens do DVD com os tutoriais;
Aos Multlplicadores de Boquinhas que voluntariamente estimularam e contribuíram com
aplicações, oferecendo sugestões e críticas para abrilhantar esse modelo final. Foram:
Alessandra Cunha; Andressa Gonçalves; Andressa Saad; Carolina Luna Victoria;
Jeanine Elgersma; Maria Helena Fonseca, Maura Albano; Olga Moratto e Sérgia Jacó
Gomes.
Aos diretores, professores e equipe técnica das escolas selecionadas para participar
dessa pesquisa;
Em especial à Multiplicadora Walderlene Ramalho que coordenou a aplicação no Distrito
Federal. Sem ela e seus colaboradores esse trabalho não teria sido finalizado. Foram:
Aurizenaide Dias; Cláudia Mara; Crlstina Garcia; Edna Moraes; Elizete Medeiros; Maria
Lúcia Silva; Marli Elói; Rosa Jesus; Sheila Pinheiro; Suze Sabino, Tânia Lúcia
Fernandes; Wilceia Pereira e Yara Gama.
As crianças e seus responsáveis que participaram voluntariamente, oferecendo rico
material para a execução desse Protocolo;
Aos educadores de um modo geral, que têm nos motivado incessantemente para que a
parceria entre profissionais da área da saúde e educação seja cada dia mais uma
realidade em prol da qualidade da aprendizagem humana;
Aos alunos dos cursos presenciais e dos cursos EAD PLIN, que êm muito contribuíram
para as melhorias e fizeram dessa nova reimpressão, uma revisão acertada.

E proibida a reproduçáo ou transmissáo no

Tei.: (14) 3206.254l -


todo ou em parles desle Protocolo. Íodos os direitos reseÍvados à
Editora Boquinhas Aprendizaqem e Ass€ssoria. Rua Alonso Pena,'10'52 - BauÍUSP- CEP: 17060-250
1121) 98593.0254 - www.netod0dashoquinhas.con.bt
C'
Método das BOquinhas - Renata lardini CRFa:4028'SP CRFa: 2025lP/
lr

SUMARIO

1 Apresentação do PLIN 7
2 Objetivos B
.>
lnstruçÕes de uso ............ B
4 Modos de se jogar (questões) e ordens a serem dadas ...........-. 11
6 Metodologia estatística 16
6 Preenchimento das planilhas 1 e 2 ............... 18
6.1 . Planilha '1 - Dados do PLIN (modelo) 1B
6.2. Planilha 2 - Resultados das habilidades (modelo) 1B
Análise qualitativa os resultados 19
B Preenchimento da planilha 3 e resumo 21
8.1 . Planilha 3: Habilidades nos grupos (modelo) 21
8.2. Planilha 3: resumo (modelo) 22
9 Tabelas 1 , 2. 3 e 4: Valores de percentil (modelo) 22
10 Tabela 5: Classificação dos percentis (modelo) z4
11 lnterpretação dos resultados 25
11.'1 . lnfluência de fatores externos nas análises 25
1 1.2. Classificação nos intervalos 26
11.3. Análise individualizada de cada habilidade 28
11.4. Fragilidades e competências dos grupos em estudo ............ 29
12 Considerações finais .. .... ........ 31
13 Bibliografia 1.)

14 Anexos 36
14.1. Nomes das figuras do tabuleiro Lince .............. 36
14.2. Figuras do tabuleiro Lince ...,.......... 37

Anexos soltos
1. PLIN -Protocolo Lince de lnvestigação Neurolinguística (5 exemplares)
2. Planilha 1 * Dados do PLIN (5 exemplares)
3. Planilha 2 - Resultados das habilidades (5 exemplares)
4. Planilha 3: Habilidades nos grupos (5 exemplares)
5. Tabelas 1,2,3 e 4: Valores de percentil (1 exemplar plastificado)
6. Tabela 5: ClassiÍicação dos percentis (1 exemplar plastiÍicado)
7. DVD com filmes tutoriais com a autora

É proibida a ÍeprodLrçá0 ou transmissáo no


todo ou em partes deste Protocoio. Todos os diÍeitos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assۤsorla. Bua Afonso Pena, 10 52 - Bauru/SP CEP: 17060-250
Tel.: (14) 3206.2541 - \21) 98593.0254 - www.netododasboouinhas.con.ht
\t
Método das Boquinhas - Rer,ata lardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025/PJ

1. APRESENTAÇÃO DO PROTOCOLO LINGE DE TNVESTTGAçÃO


NEUROLINGUISTICA . PLIN
O Metodo das Boquinhas, multissensorial, sintético, com ênfase fonovisuoarticulatória,
foi desenvolvido por Renata Jardini (1997) com o intuito, inicialmente, de alfabetizar e reabilitar
os distúrbios da leitura e escrita. Com a comprovação dos resultados, passou a ser extênsivo
aos alunos e crianças assintomáticas, sendo utilizado nas redes públicas e particulares de
ensino, ganhando o reconhecimento de Tecnologia Educacional pelo MEC, de 2009 a2012.
O Jogo Lince, tradicionalmente conhecido ê comercializado por várias Empresas, propõe
a análise e desenvolvimento da Íunção neuropsicológica da percepção visual. O jogo Lince de
Boquinhas (Jardini, 2006) foi adaptado, contendo í40 figuras balanceadas foneticamente,
produzido e comercializado pela autora, contemplando 26 novas formas de se jogar, que
avaliassem, além da função da percepção visual, outras como: consciência fonológica,
memória imediata, memória visual e auditiva, funções visuoespaciais, cognição e
Ieitura/escrita, dentre outras, investigadas pelo mesmo princípio lúdico.
A partir das evidências observadas em mais de í 0 anos de aplicação clínica desse Jogo,
a autora tabulou tendências de comportamentos apresentados por indivíduos siniomáticos das
patologias: Dislexia (DX), Transtorno no Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e
Deficiência lntelectual (Dl), em relação aos mesmos comportamentos em sujeitos
assintomáticos. Essas evidências foram pareadas aos manuals de diagnóstico (ClD-10 e DSM-
5), e fontes científicas que apresentam classificações categoriais dos mesmos transtornos. A
partir dessa análise, foram elaboradas 26 questôes, com 5 itens cada, que refletissem as
respostas mais usuais apresentadas em cada nova forma de se jogar, para se compor o
Protocolo Lince (PLl N).
Para normatização desse instrumento, o trabalho foi dividido em 3 partes, sendo a fase 1
um Projeto Piloto com indivíduos diagnosticados. Essa fase Íoi submetida e aprovada pelo
Comitê de Ética da UFPR em 13111t2013 e parecer de número 456.547. As demais fases
foram continuadas sem submissão a um CEP, por deliberação das autoras, uma vez que dada
a complexidade do instrumento e sua abrangência, foi descartada a possibilidade de uma
validação acadêmica. A fase 2 contemplou ainda crianças diagnosticadas com um número
amostral estatisticamente definido e a fase 3 analisou crianças não diagnosticadas. Todos os
dados foram analisados estatisticamente, para normatizaÇão e a consecução final de tabelas
para classificação dos avaliados, comparativamente aos grupos estudados.
Os objetivos primários que esse Protocolo proporciona são conhecer as habilidades
neurolingu ísticas dos avaliados, que foram divididas em: fonológicas, visuoespaciais, memória
imediata, cognição e leitura e escrita. Ressalta-se que essa é apenas uma investigação
realizada pelo PLIN, no formato lúdico e não uma avaliação ou testagem, posto que não esgota
nem classifica as habilidades neurolingu ísticas de forma categórica nos têrmos cientÍficos
exigidos, mesmo porque, muitas delas requerem testes específicos e de uso restrito a
determinados profissionais. Os objetivos secundários são verificar se existe e em que grau,
possibilidades do examinado apresentar ou não os transtornos abordados, permitindo
encaminhamentos mais fundamentados para avaliações diagnósticas mediações mais e
seguras, contribuindo para a prática pedagógica e clínica.
Nessa primeira parte do PLIN, abordaremos apenas os objetivos primários, ou seja,
apresentaremos uma classificação qualitativa das habilidades de cada indivíduo, onde o sujeito
avaliado é analisado consigo mesmo, conferindo seus pontos fortes e fracos, permitindo uma
mediação mais eficaz. A continuidade do estudo é apresentada na segunda parte do PLIN, que
contém as tabelas com pesos e percentis, além do estudo estatístico resumido, para possível
classificação em tendências de comportamentos segundo as patologias estudadas. Ressalta-
se que os estudos estão sendo continuados pelas autoras, com a interaçâo entre sexo, idade,
É proibida a reproduçáo ou transmissão n0 todo ou em partes deste Protocolo. Todos os direilos ÍeseÍvados à
Editora Boqujnhas Aprendizagem eAssessoria. Rua AÍonso Pena, 10-52 - BaurUSP- CEP:17060-250
Tel.; (14) 3206.2541 - (21) 98593.0254 - #,
Métotlo das Boquinhas Rerirta Jardi n i CRFa:4028-SP (iRFa: 2025/P.l
'i
. Recomenda-Se Um tempO médiO de aplicação de cerca de 45 minutos por sessão,
podendo ser realizado em duas a três SeSSõeS, dependendo da prática do examinador
e/ou colaboração do examinado;
. Recomenda-se o treino e manejo do Lince de Boquinhas ANTES da aplicação
propriamente dita, com uma criança ou adulto assintomático, ou seja, sem alterações de
aprendizagem. Sugere-se ainda, aplicar em duplas, com dois examinadores, enquanto
um joga, o outro registra;
Recomenda-se domínio e treino de cada nova questão/modo de se jogar, para que
possa ser explicada SEM LEITURA das instruções durante a aplicação, na intenção de
se obter espontaneidade e conferir credibilidade de um jogo;
Deve-se inicialmente, em cada ouestão. explicar a reora, exemplificá-la e certificar-se de
que o examinado a compreendeu. lsto deve ser feito com no máximo 3 exemplos, e
caso o indivíduo ainda não tenha compreendido, qualiflcar o comportamento e passar à
outra questão;
Sugere-se de início, até que haja domínio das questões, que as sessões sejam
gravadas (áudio e/ou vídeo) para uso de aprendizagem, exclusivas ao examinador. Essa
sugestão tem a intenção de contribuir para um preenchimento do PLIN mais seguro,
bem como para assegurar ao examinador melhorias em suas Íuturas aplicaçôes. No
entanto essa prática deve ser respaldada em ética e só ser realizada mediante
autorizaÇâo do examinado e/ou seus responsáveis;
Recomenda-se aplicar o PLIN, jogando e interagindo com o examinado e DEPOIS
preencher o Protocolo, para que não se quebre o ritmo de jogo, que é necessário para
esse Protocolo;
Sugere-se 22 maneiras de se jogar o Lince de Boquinhas (questões de A a Y), que
estão desmembradas em duas partes, isto é, quando o examinado solicita que a criança
faça a ordem (questões A, B, C, E, G, l, J, K, M, P, Q, R, S, T, U, V, W) e quando a
criança dá a ordem para que o examinador jogue (questões D, F, H, L, N);
As questões O (noções matemáticas), X (rotas de leitura) e Y (hipótese de escrita) não
envolvem uma regra específica de jogo e são apenas observações do desempenho do
examinado, que podem e devem ser complementadas com material autêntico. No
entanto, devem ser preenchidas regularmente, pois os dados observados alimentarão as
tabelas;
A questão Z (respostas durante a aplicação do PLIN) refere-se a observação de
aspectos comportamentais durante a aplicação do PLIN e serve de complementação da
investigação, respaldando-a, juntamente com dados da anamnese (história da criança) e
dados escolares, para uma real interpretação dos resultados;
A ordem das questôes (A, B, C, D...) pode ser alterada, caso seja conveniente, ou
adequada em cada sessão:
Suqere-se iooar cerca de 3 a 5 vezes cada questão. obtendo-se uma média estimada de
resposta, conferindo razoável confiabilidade para a escolha da pontuação, bem como
garantindo aleatoriedade das figuras sorteadas. Caso necessário, esse número de
vezes pode ser aumentado e/ou diminuído. No entanto, ressalta-se que não há um rigor
em se estabelecer médias ponderadas de cada item, que requereriam muitas
repeiições, cansando examinador e examinado, uma vez que se aumentaria
desnecessariamente o tempo de aplicação;
Cada modo de se jogariquestão foi classiflcado em 5 itens (de '1 a 5), conferindo COMO
o examinado joga, e nos dando dados qualitativos de suas respostas;
É proibida a reproduçáo ou transmissáo no todo ou em partes desle Protocolo. Todos os diÍeitos reservados à
Ed tora Boquifhas Aprendizagem e Assessoria. Ruã Alonso Pena, 10-52 - Bauru/SP
Tel.: (14) 3206.2541
-
- l21) 98593.0254 - www.netododashoouinhas.con.br
CEP: 17060-250 til'
Método das Boquinhas Rerattlardini CRFa:4028-SP - CRFa:2025/Pl

4. MODOS DE SE JOGAR (QUESTOES) E ORDENS A SEREM DADAS


O PLIN é um jogo e isso significa desafio, interação e não apenas observação. Em
todas as questões deve haver uma disputa, para que o desempenho da criança seja exigido ao
máximo, para que ela tente ganhar do examinador. Marca-se semore a pontuaÇão da crianÇa.
TODAS as questÕes devem ser exemplificadas antes, de uma a três vezes, até que a
crianÇa compreenda e somente DEPOIS devem ser computados os desempenhos. Caso a
criança não compreenda depois de três explicações, qualificar essa dificuldade. Você deve
estar atento ao modo de jogar da criança, olhando cada detalhe de seu comportamento. Os
detalhes fazem toda a diferença, para poder qualificar de maneira segura cada questão.
As explicaçÕes detalhadas de cada modo de se jogar encontram-se nos vídeos com a
autora, jogando com uma criança assintomática. Abaixo destacamos, de maneira ilustrativa,
sugestÕes de ordens a serem dadas em cada questão. Tente aprendê-las, mas ao jogar com
uma criança, seja o mais natural possível, dando essas ordens de forma simples e prazerosa,
falando de memória, sem lê-las.

Observação: Do item A. ao T., usar apenas as cartelinhas de figuras, não de letras.


- Modo de se jogar onde a criança passa a ser a examinadora e dá as ordens, sorteia as
figuras para o examinador executar. Não negligencie essa abordagem, pois é o ponto
forte do PLIN.

A. PERCEPÇÃO VISUAL. Achar a figura sorteada: Vamos ver quem acha primeiro a
figura sorteada? Primeiro vou sortear UMA figura e NOS vamos procurar a mesma
figura. Quem encontrá-la primeiro põe o dedo sobre a figura e ganha o ponto, a
cartelinha. Tente ser bem ráprdo. *Agora vamos inverter. E a sua vez de sortear uma
figura e mostrar o que tirou para nós procurarmos. Vamos ver quem ganha?
Obs.: Percepção visuoespacial, ou seja, analisa o domínio espacial que os olhos têm
sobre o tabuleiro. Observa-se se tem velocidade de discriminação visual, se tem
atenção, sem dispersão, se domina com os olhos todo o tabuleiro, se mantém a cabeça
parada e movimenta apenas os olhos (movimento sacádico de olhos), se utiliza os
dedos para encontrar a Íigura, se olha e não vê, se procura em ordem de linhas ou
colunas ou se faz "varredura". As figuras devem ser sorteadas individualmente, o
restante fica dentro do saquinho.

B. NoMEAÇÃo RÁPIDA DE FIGURAS: Vamos ver quem consegue falar o nome de todas
as figuras de uma linha ou coluna o mais rápido que puder? Pode escolher a linha ou
coluna que quiser. Vou fazer a primeira vez, bem rápido, para você ver como é. Agora é
a sua vez. Escolha outra coluna ou linha diferente da que eu fiz. Tente ser bem veloz.
(Marcar o tempo do examinado).
Obs.: Velocidade de emissão oral, vocabulário, quadro fonêmico. Observa-se se a
nomeação e rápida, precisa ou se usa sinônimos, se faz rodeios semânticos, se vacila
ou para em determinadas figuras. Aqui também pode ser observado se mantem a
sequência da linha ou coluna, ou se confunde. Também o quesito atenção é observado.
E importante certificar-se de qual linha e/ou coluna a criança falará, para controlar os
resultados.

C. e D. DICA. Encontrar a figura pela "dica": Eu vou lhe dar uma "dica" dessa figura que
eu sorteei, sem que você a veja, e nós vamos encontrá-la no tabuleiro. Mas antes de
procurar, me diga qual figura você acha que é..D. Agora tÍocamos, você escolhe uma
figura, me dá a"dica", eu descubro qual figura é, e nós vamos procurar. Procure dar uma
"dica" bem clara, para que êu encontre a figura bem rápido.
E proibida a reproduçáo 0u transmissáo n0lodo ou em partes deste Protocolo. Todos os direiios reservados à
Editora Boquinhas AprendizageÍn e AssessoÍia. R!a Afonso Pena, 10-52 - BaurúSP - CEP: 17060-250 §),,
Tel.r (14) 3206.2541 - (21) 98593.0254 - www.netododasb0otinhas.con.br
()
Método das Boquinhas - Renatalardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025/PJ

pois nern sempre terão rimas de todas aS figuras no tabuleiro. Mostre a figura e fale qual
b a rima a ser feita e ele vai tentar falar outra palavra com a mesma rima da que você
falou. observa-se se conhece e usa o conceito de rimas, mesmo após mediação, ou se
tenta rimar com a sílaba final, ou inicial apenas. Ou se volta para a aliteração ou dica.

K. e L. COORDENADAS (linha e coluna): Você sabe o que é uma linha? E uma coluna?
Nesse tabuleiro as linhas são numeradas e as colunas têm letras. Vamos ver se você as
reconhece? Agora eu vou sortear uma figura, sem que você a veja, vou lhe dar sua
posiÇão de linha e coluna e você vai encontra-la no tabuleiro, pela posição do encontro
dessas coordenadas, como no Jogo Batalha Naval. *L. Agora é a sua vez. Sorteie uma
figura e me diga em qual linha e coluna ela está. Tente fazer isso sem seguir com os
dedos, só com seus olhos.
Obs.: Certificar-sê, mostrando no iabulelro, até que a criança domine o conceito. Corri.ja
se for necessário. Para melhor exemplificar, evite escolher figuras que estejam nas
iinhas ou colunas na extremidade do tabuleiro, 1 e '10, A e O. Observe se entende a
ordem (como "batalha naval"), se pega rápido, se comete erros espaciais, se com o
aumento da dificuldade, desiste. Analise se tenta seguir com os dedos, qual dedo
predominantemente usa, indicador ou dedo médio, de qual mão. Peça que usê só os
olhos e veja se aplica a mediação.

M. e N. COORDENADAS EM MOVIMENTO: Agora vamos deixar mais difícil. Vamos partir


desta última figura (escolher a última que foi encontrada). Vamos encontrar a figura que
eu sorteei pela orientação de seguir nas direções, cima/baixo e direita/esq uerda a partir
da figura marcada anteriormente. Podemos dar apenas duas orientações. *N. Agora é
sua vez de me dar as direções a seguir, a partir da última figura que encontramos.
Obs.: Explique várias vezes até que compreenda. Para examinados menores (de 5 a 7
anos) aceitar marcações de direita e esquerda no corpo do examinado, ou no tabuleiro,
ou aceitar que ele aponte a direção. Semore usar a orientaÇão do examinado e não a
espelhada. mesmo nos mais velhos. Observe se a criança pega o traçado completo, se
analisa casas parciais, se faz confusão espacial de direita/esquerda/cima/baixo, se
necessita do auxílio dos dedos, se move a cabeça ou o corpo ou o tabuleiro, se mantém
atenção, ou desinteressa-se.

O. NOÇÕES MATEMÁTICAS: Quem de nós será que está ganhando? Quem tem mais
pontos? Você consegue contar suas figurinhas? E se eu somasse esses meus pontos
com os seus. Quantos pontos nós têríamos juntos? E quantos a mais quem está
ganhando têm?
Obs.: Esse é um item apenas a ser observado e qualiÍicado. Não se trata de uma nova
maneira de se jogar. Não se pretende avaliar e sim ter alguma noção do domínio de
cálculos matemáticos (soma e subtração). Pode ser feito durante todo o jogo e a criança
geralmente faz isso, porque quer ganhar. Use o concreto para mediar a subtração, caso
seja necessário. No entanto, o examinado pode complementar essa observação, com
material elitra, como contas, cadernos da criança, etc. Mas o objetivo é o conhecimento
de noçÕes matemáticas e não se acerta ou erra cálculos montados.

P. MEMORIA VISUAL: Vamos tentar lembrar quais sáo essas 6 figuras sorteadas, em
ordem? Você vai olhá-las por uns 15 segundos, depois eu vou fechá-las, uma por uma,
em sequência, e você vai tentar se lembrar de quais elas eram e qual a sua posição
correta. Vamos? Qual é essa figura? E essa? E assim por diante.
Obs.: Sorteie aleatoriamente, mas evite que sejam mais que três figuras de mesma
categoria semântica. Coloque-as em sequencia e orientadas para a crtança. Evite falar o
todo oLl en'l partes deste Protoco o. Todos 0s d Íeltos reservad0s à
E proibida a reproduÇào ou tÍansrnissáo no
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assess0ria. Rua Afonso Pena, l0'52 - Bauru/SP - CEP: 17060-250
Tel.: (14) 3206.2541 - (21)98593.0254 -
Método das Boquinhas Renatalardili CRFa:4028-SP - CRFa:2025/pf

sortear uma letra e fazer seu som e você vai ter que encontrar a boquinha que estarla
Íazeodo este som. Olhe bem para minha boca.
obs,: lnicie escolhendo letras VoGAls, para facilitar a compreensão. A letra deve ser
mostrada ao examinado. Observar se o examinado tenta copiar a boca apresentada pelo
examinador, ou se está preso ao nome da letra apenas. Observe se usa do apoio da
sílaba, colocando uma vogal depois da letra, ou se desconhece as letras, ou as bocas e
fonemas, não compreendendo o jogo. Você deve ter disponível o espelhinho de boca ou
outro espelho, para facilitar a compreensão. Note que o examinado não precisa
conhecer as letras para ientar achar a boquinha correspondente, bastando, para isso,
que faça a associação fonema/articulema.

v. ASSOCIAçÃO AnT|CULEMA/FONEMÁ/GRAFEMA E OBJETO: (Usar somente as


cartelinhas das letras). Agora teremos que encontrar figuras que comecem com a
boquinha das letras sorteadas. Está pronto? Primeiro eu olho a letra, encontro no
tabuleiro a boca que a produz, e vamos procurar figuras que comecem com este som,
certo? *Agora trocamos, você sorteia uma letra e faz a sua boca para nós procurarmos
figuras que comecem com esse som, essa boca.
Obs.: Aqui o objetivo é encontrar figuras e não apenas compreender a associação
fonema/grafema/articulema, ou seja, se faz a consciência fonêmica com o apoio do
articulema. Observe se faz trocas de letras, quais letras, ou se apenas memorizou
algumas figuras iniciadas com aquela letra, se está preso na sílaba, ou ainda, se não
compreende o objetivo do jogo.

W. COPIA DAS FIGURAS: Você gosta de desenhar? Vamos descobrir as figuras sorteadas
pelos desenhos que fazemos delas? Primeiro eu comeÇo. O que é esse meu desenho?
Vamos encontrá-lo no tabuleiro? -Agora é sua vez. Faça um desenho bem caprichado
da figura que você sortear. Já posso ver o seu desenho e procurá-la no iabuleiro?
Obs.: Pontuar pela qualidade do desenho feito pelo examinado. Observe se se orienta
pela posição espacial, pelo traçado, se é eficiente, se desiste, se contempla detalhes
importantes, se desenha sem falar o nome do objeto. Observe ainda a preensão no
lápis, qualidade do traçado e uso espacial da folha.

X. ROTAS DE LEITURA ESPONTÂNEA: (ltem a ser observado. Não se trata de uma nova
maneira de se ioqar. O examinador deverá complementar essa avaliação com a leitura
de materiais autênticos, como textos. livros. caderno de classe, etc. ).
Obs.: O examinador deverá checar qual a rota de leitura apresentada pelo examinado,
levando-se em conta o processo efetuado, passo a passo, no item S., leitura de palavra,
ou outro material lido. Devem ser pesquisadas as rotas de leitura fonológica, lexical e
dupla-rota. Usar rota fonológica é ler por decodificação, letra por letra, ou sílaba por
sílaba, o que dificulta a compreensão e lentiÍlca o processo. Usar rota lexical é ler a
palavra toda, compreendendo-a, com maior velocidade. Leitores iniciais leem pela rota
fonológica e depois passam gradativamentê à lexical. Usar dupla-rota é ter a lexical e
regredrr para a fonológica nas palavras mals difíceis. Decorar sílabas ou falar o nome
das letras não é realizar leitura.

Y. HIPÓTESE DE ESCRITA ESPONTÂNEA: (ltem a ser observado. Não se trata de uma


nova maneira de se ioqar. Também deve-se usar para complementar essa avaliaÇão os
materiais autênticos. como caderno de classe. brlhetes, redacões. etc.).
Obs.: O examinador deverá fechar a hipótese de escrita apresentada pelo examinado,
levando-se em conta o processo passo a passo, realizado no item T., ou outro material
É proibida a reproduçào 0u transmissáo no todo ou em partes deste Protocolo. Todos os direitos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assessoria. Hua AÍonso Pena, 10-52 - BaurúSP
Tel.r (14) 3206.2541 - (21)98s93.0254 -
- CEPr 17060-250 ll,,
Método das Boquinhas - Renata Iardini (lRFa: 4028-SP CRFa: 2025/P|

êxaminadores, treinadOs pela autora do PLIN. A fase '1, abaixo especificada, foi submetida ao
Comitê de Etica da Universidade Federal do Paraná, tendo sido aprovada sob o número:
456.547 t13.
As crianças-sujeitos dessa pesquisa foram divididas igualmente em 4 grupos:
o Grupo 1: composto por crianças, assintomáticas (GA), ou seja, sem alteraçÕes de
aprendizagem e atraso na escolaridade. Esse foi o Grupo Controle do estudo;
o Grupo 2: composto por crianças deficientes lntelectuais (GDl), de nível leve e
moderado;
. Grupo 3: composto por crianças disléxicas (GDX) e;
. Grupo 4: composto por crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade -
TDAH (GDA).

Todas as crianças diagnosticadas eram provenientes de instituições que atestavam sua


patologia mediante laudos emitidos por médicos e especialistas. Não foi levada em conta, para
esse estudo, o tipo de testes realizados para o diagnóstico prévio, nem a presença/ausência de
intervenção clínica prévia, nem o uso ou tipo de medicação associada, nem o grau da patologia
presente. Foi excluída desse estudo a presença de comorbidade entre as patologias e/ou
outras patologias associadas.
O estudo foi dividido em 3 etapas, a saber:
. Fase 1: aplicação do PLIN em 40 crianças, sendo 10 de cada grupo, todas
diagnosticadas, para se colher dados num projeto piloto e determinar-se.
estatisticamente, o dimensionamento amostral de crianças a serem analisadas para a
fase 2:
. Fase 2: aplicaçáo do PLIN em 296 crianças, sendo 74 de cada grupo, todas
diagnosticadas, onde pesos foram atribuídos estatisticamente para cada habilidade, em
cada item, para cada patologia e o grupo controle- Desta forma se verificou a frequência
de respostas de cada habilidade por grupo patológico em relação ao grupo controle,
comparando-os para estudo estatístico e construção das tabelas finais;
. Fase 3: análise livre de crianças sem diagnóstico, portadoras ou não de alterações de
aprendizagem, que foram submetidas ao PLIN. As crianças com tendências altas para
patologias foram encaminhadas para especialistas, para comparação dos resultados e
comprovação do instrumento. Essa fase encontra-se em desenvolvimento contínuo, para
futuras publicaçÕes, a fim de respaldarem ainda mais o PLIN. Os profissionais que já
aplicaram acertadamente o PLIN em crianças sintomáticas e assintomáticas têm obtido
um vasto campo de irabalho para complementarem a interface saúde/educação.

Por meio de testes estatísticos, verificou-se que em cada um dos cinco blocos de
habilidades neurolingu Ísticas analísados existe correlação e consistência entre os dados que
os contém, justificando a formação desses blocos de funções (correlação de Kendall).
Verificou-se se em cada um dos quatro grupos estudados, a partir de duas amostras
independentes, a frequência obtida pela aplicação do PLIN, não é significativamente diferente
da frequência esperada para cada grupo, sendo essa igual à mediana das frequências.
Verificou-se que existe diferença estatisticamente significativa entre os quatro grupos
estudados, ou melhor, que as populações que deram origem a essas amostras eram
semelhantes ou náo (Prova U de Mann-Withney e ptova do Qui Quadrado para duas amostras
independentes e Qui Quadrado para K amostras independentes).
A partir dessas análises foram constituídas tabelas e planilhas de trabalho, para veriflcar
se existe e em que grau, possibilidades, mediante uma classificação de percentis, atribuídos
estatisticamente, do indivíduo apresentar, ou não, os transtornos estudados. As altas
Ê proibida a repÍoduçáo ou transmissáo no tod0 ou em partes deste Protocolo. Todos os direitos res€ruados à
-
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assessoria- Rua AÍooso Pena, 10-52 - Bauru/SP CEPI 17060-250
Íel.: (14) 3206.2541 - (21) 98593.0254 - www.netododasboouinhas.con.hr
çrffi Método das Boquinhas - Retatalardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025lPf

áreas mais comprometidas. Também o fator comparativ6 entre OS alUnOS e ou salas de aula
fornece dados evolutivos de desempenho, podendo comparar investigaçÓes do PLIN ou
avaliaçÕes tradicionais, antes e depois de mediaçôes de habilidades específicas apontadas no
instrumento. As habilidades neurolinguísticas foram agrupadas em 5 Blocos e a somatÓria das
respostas de cada bloco alimenta a planilha 2. O uso das cores se mantém, ê a representação
se dá por letras maiúsculas. Os blocos são:
. Habilidade de Consciência Fonológica (HCF) = questões E+F+G+H+J (cor de rosa)
. Habilidade Visuoespacial (HVE) = questões A+K+L+M+N+W (azul)
. Habilidade Leitura e Escrita (HLE) = questões S+T+U+V+X+Y (verde)
. Habilidade de Memória lmediata (HMl) = quêstões B+|+P+Q (alaranjado)
o Habilidade Cognitiva (HCO) = questões C+D+R+O (amarelo)

lnstrução: Orientando-se pelas cores da Planilha 1, some os dados obtidos em cada


item do grupo dessa cor, preenchendo a tabela abaixo. Exemplo HFl=: (E1=1) + (Fí=3) +
(G1=3) + (H1=4) + (J1=4) = 15. Portanto HF 1=15.

(Exemplo com dados da criança do filme)


Habilidadê 1 2 4 5
Exemplo E l +F1rG1+ E2+F2+G2+ E3+F3+G3+ E4+F4+G4+ E5+F5rG5+
HCF H'1+J1=15 H2+J2=9 H3+J3=8 H4+J4=5 H5fJ5=5
HCF ô I 5
HVE 17 12 6 6 6
HLE 't8 11 10 6 6
12 6
HCO 11 4 6 4 5

7. ANÁLISE QUALITATIVA DOS RESULTADOS


Antes de se analisar um PLIN é importante que se compreenda que qualquer indivíduo
apresenta variações de desempenho nas habilidades testadas, o que significa têr melhores
resultados em úmas que em outras. lsso Íaz parle do ser humano, é muito benéfico e nos
diferencia como pessoas. Para que haja uma classiÍicação geral de uma pessoa como
portadora de uma dificuldade ou distúrbio, é necessário que várias habilidades estejam abaixo
do esperado, quando comparada aos indivíduos assintomáticos. A esses dados são acrescidos
a idade, escolaridade, estimulação recebida, bem como a história pessoal que agregam uma
somatória de fatores para um especialista poder conferir uma hipótese diagnóstica e emitir um
laudo.
No entanto, é possível uma compreensáo geral do avaliado, se compreendermos as
bases em que o PLIN foi idealizado.
O pllN foi inicialmente subdividido em 5 grupos de habilidades necessárias à aquisição
da leitura e escrita (HCF, HVE, HLE, HMl, HCO), que são influenciadas, de maneira específica,
em cada tipo de patologia e assintomáticos (os indivíduos que não apresentam alterações de
aprendizagêm, ou seja, a maioria da população, atribuída o termo de "normais").
Os indivíduos assintomáticos (A), apesar de possuírem variações em sua aprendizagem,
geralmente desenvolvem todas as habilidades de maneira satisfatória, ou seja, obtém boa
pontuaÇão em todas as habilidades no item 1 .

É proibida a repmdução ou transmissào notodo ou em partes deste Protocolo. Todos os direitos resêrvados à
Editora Boquinhaa AprendDagem e Assessoria. Rua Alonso Pena, 10-52 - Bau.u/SP - CEP: 17060-250
Tel.r (14) 3206.2541' \21\ 98593.0254' utvwJ/,,etododasboouinhas.con.bÍ
6,n
\t'ü-
ffii Método das Boquiflhas - Renata lardini CRFa: 4O28,SP CRFa: 202slpJ

8. PREENCHIMENTO DA PLANILHA 3 E RESUMO DA PLAN]HA 3


8.1, PLANILHA 3- HABTLIDADES NOS GRUPOS
Para o seu preenchimento calcula-se o valor de cada bloco de habilidades,
multiplicando-o (-) por pesos estabelecidos estatisticamente, para cada item e grupo estudado.
Obtêm-se numericamente o desempenho da criança em cada habilidade, comparando-o com
cada grupo de patologia e o grupo controle. Teremos valores em letras minúsculas, para cada
bloco de habilidades, ou seja, hcf; hve; hle; hmi e hco, demarcados com as mesmas cores
anteriormente descritas.
A PLANILHA 3 é alimentada somente nos itens que têm relaÇão com os distúrbios
estudados. Essas atribuições foram determinadas pela autora, baseada em observaÇões
clínicas, estudos dos manuais diagnósticos (DSM-5, CID-10) e literatura científica
especializada. Os demais itens não são preenchidos e estão demarcados com um traço :----.
Assim, temos:
o Assintomáticos: uso do item 1;
. Deficientes lntelectuais: uso do item 5;
o Dislexia: uso dos itens 2 e 3;
o TDAH: uso dos itens 3 e 4.
lnstruções: Observe na primeira linha em cinza os itens que serão usados, retirando-os da
Planilha 2. Multiplique cada valor pelo número (peso) demarcado após o (.). Faça isso para cada
habilidade e grupo. Os espaços demarcados com --------- não devem ser preenchidos. Observe que
tanto DX quanto DA usam o item 3, mas os pesos a serem multiplicados são diferentes. Transponha os
dados encontrados para a Planilha RESUMO abaixo.
Exemplos: hcf 1 (minúsculo)= HCF1x9. No exemplo HCFí=15x9=135. Portanto hcfl=135, para
os assintomáticos. Se HCF2= 9, hcf 2= 9x7=63. Portanto hcf2=63 para os disléxicos.

(Exemplo com os dados da criança do filme)


A íitem '1) Dl {item 5 DX(itens2e3) DA(itens3e4)
hcf'l HCFI-9= 135
hcf2 HCF2-7= 63
hcf3 HCF3.3= 24 HCF3-6= 48
hcÍ4 HCF4"2= 10
hcfs HCF5*7= 35
hvel HVEI-9= 153
hve2 HVE2.3= 36
hve3 HYE3.7= 42 HVE3.6= 36
hve4 HVE4-3= 18
hveS HVE5"5= 30
hle't HLE1*9= 162
hlê2 HLE2.8= 88
hle3 HLE3.2= 20 HLE3-6= 36
hle4 HlE4-2= 12
hle5 HLES-8= 48
hmil HMI1"9= 108
hmi2 HMl2"7= 63
hmi3 HMl3"2= 10 HM13*6= 36
hmi4 HMl4-3= 15
hmiS HMl5-6= 30
hco'l HCOI*9= 99
hco2 HCO2.5= 20
hco3 HCO3-4= 24 HCO3.5= 20
hco4 HCO4-3= 15
hcoS HCOs-8= 40

E proibida a reproduçào ou tÍansmissào no todo ou em partes deste Protocolo. Todos 0s direitos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assessoria. Bua AÍonso Pena, 10-52 - Bauru/SP
Íel.: (1at 3206.2541 - 121J
-
98593.0254 - www.melododasboouinhas.con.ht
CEP: 17060-250 §!,,
{l
Método ilas Boquinhas - Renatalardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025/Pl

Assim, considerando-a como A, essa criança tem classificação de DiÍ. Simples, ou seja,
apresenta algumas dificuldades, que no caso são atribuídas a pouca idade (6 anos), que faz esses
êscores baixarem. Assim, apesar do protocolo dessa criança estar sinalizando uma dificuldade simplês,
ela é considerada dentro do esperado para a sua escolaridade e idade e não aprêsenta alteraÇões.

TABELA 2: DEFICIENTE INTELECTUAL - Dl

35 35 :2 i2 lt 1?9
'133 133 140
tLr l0 l! l0 8s 99
r0é tlú 120 ic
48 ,18 .18 5ô 1D8 1ô8 r84 r92 192 192
24 24 24 21 ,l'" e O 91

32 32 32 32
0,1 - 5 io 5' 85 90s59 í00 Lr

Ábairo

(Exemplo com dados da criança do filme - em destaque)


hcÍ 5= 42, ou seja, entre os P= 5 e 10 + abaixo;
hve 5= 30, ou se.ia, entre os P= Mi e 15 ô entre mínimo e dif. simples;
hle 5= 49, ou seja, p= Mi e 5 + abaixo;
hmi 5= 30, ou seja, entre os P= 20 e 30 + dif. simples;
hco 5= 40, ou seja, P= 20 + dií. simples.
Assim, considerando-a como Dl, essa crianÇa tem classificaÉo abaixo e dificuldade simples, ou
seja, pontua com escores inferiores para ser classificada como pertencente a esse grupo. As
habilidades de hmi e hco apresentaram-se no inlervalo de DiÍ. Simples, porém deve-se levar em conta
sua pouca idade e escolaridade e, portanto, sua classifica@o mantém-se como assinlomátlca.

TABELA 3: DISLEXIA - DX

l0 J0 7ai 77 177 $- 84 1el 91 l9! eB 05 1.)5 133 133 14q


#Eí 3 15 27 31 i33 33 33 solss rs gg':g 42 47 481 52 5,t 6jJ

#hy! 2 18 33
. _1ô ,rli ita
39 41 42 45 47 48 .18 54 Íi0 69 ô9
#hve 3 4? i,: ] :- 88r91
88r91 98 98
98 98 98 98 105 'r05 112 1'12 119 124 135 14t-:147 168

#hle 7 tl !6 ta.t r04 |2 |2 ea tzt ' ,.2e 28 l iai


1 r 3ô 'tr tr x)

I tlle 3 22t 22. 22 24 lr'


#ômi2 35 35 l4r 4r 4,, ' lr: L,

#.!ni3 8-8 8 ! lrl


!!* 2

(Exemplo com dados da criança do filme - em destaque)


hcf 2= 63, ou seja, entre os P= 20 e 30 + dif. simples;
hcÍ 3= 24, ou seja, entre os P= 15 e 25 + dif. simples;
hve 2= 36, ou seja, entre os P= 40 e 50 ô baixo;
hve 3= 42, ou seja, P mínimo + abaixo;
hle 2= 88, ou seja, p= 20 ê 25 ôdif. simptes;
hle 3= 20, ou seja, P= 30 e 35 + entre dif. simples e baixo;
hmi 2= 63, ou seja, entre os P= 45 e 65 + entre baixo e médio;
hmi 3= 10, ou sê.ia, enlre os P= 25 e 40 .) entre dif. simples e baixo;
hco2=20, ou seia, P= Mi e 5 + abaixo;
hco 3= 24, ou seia, p= 35 e 40 ôbaixo.
Assim, considerando-a como DX, essa criança tem classificação entre DiÍ. Simples e Baixo,
sendo pior para a habilidade de hmi, que deve ser lembrado pelos vídeos do DVD, a criança estava

É proibida a Íeproduçáo ou transmissáo no todo ou em paÍtes de§e Protocolo. Todos os direilos reservados à
Editora Eoquinhas Aprendizagem e Assessoria. Bua Afonso Pena, 10-52 - BaurúSP - CEP: 17060-250
lel.: (14) 3206.2541 - (21) 98593.0254 - wrvr.melododâsàoo.r,rras.corn ô,
Método das Boquinhas - Renata Jardini CRFa: 4028-SP CRFa:2025lPl

tons de cinza favorecem a vísualização do grau de tendência de se apresentar o distÚrbio- Esse dado
poderá contribuir parâ mediaÇões e encaminhamentos mais seguros.
Atenção: Para uso da Tabela 1: Assintomáticos, onde ê classificado o item 1, o raciocínio é o
oposto, ou seja, a faixa de normalidade está nas mres cinzas mais fortes.

INTERVALO DE PERCENTIL cLAsstFtcAçÂo Do PERcENTtL

entre 0.1 a 10 ABAIXO. Apresenta êscores mais baixos que a maioria das pêssoâs do grupo, sendo classiÍicado
como não pêrtencêndo ao grupo.

entre 15 a 30 DIFICULDADE SIMPLES: Apresenta uma dlficuldade simples quando comparada à maioria do
grupo. Não é classificado como perlencendo ao grupo. Sugere mediações pedagógicas pontuais.

entre 35 a 55 BAIXO. Apresenta um nível levê de problemas quando comparada à maioria do grupo. Classifica-
se com lendência lêve de pertêncer ao grupo. Sugerem-se mediações pedagógicas assistidas.

entre 60 â 85 MÉDIO. Apresenta Lrm nível moderado de protilemas quando comparada á maioíia do grupo.
alâ(q fl.â-(ê tê^.1Ân.iâ n^Aêr..i, ,lê q,rrêrêm-<ê ên.,mihh
^^n ^Ê
investigaçâo mais acurada e adaptações metodologicas.

êntre 90 a 100 Al"TO. Região onde há maior probabilidade da pessoa pertencer ao grupo. Sugere
encaminhamenlo parâ espêcialista, com orientações de conduta êo mediador.

11. TNTERPRETAçÃO DOS RESULTADOS

íí.í. lnfluência de fatores externos nas análises


Como todo instrumento que envolve ludicidade, em primeiro plano, deve ser considerado
como tal, ou seja, que seus participantes o realizam com os objetivos de se divertir e, no caso
do Lince de Boquinhas, de competirem entre si. Em segundo plano, temos os objetivos que o
investigador e o próprio PLIN almejam, ou seja, conhecer o desempenho dos sujeitos nas
habilidades propostas, desde que seja aplicado de maneira metodológica como atesta as
instruções de utilização. Por isso recomendamos, novamente, leitura bastante acurada dessa
parte.
Mas, a ludicidade pode ser muito boa para o que se pretendê, como já discutido na
apresentaçâo desse trabalho, e por outro lado, pode ser um fator de risco para os resultados.
lsso acontece quando o aplicador se envolve demais na brincadeira, esquecendo-se de seu
papel, ou quando não tem segurança no manejo do PLIN, aplicando-o de maneira nâo natural
e repetitiva, até que tenha cedeza da resposta. Vimos nesses aplicadores a busca por
resultados totalmente controláveis, precisos, coisa que não vão encontrar no PLIN. Ao
contrário, essa falta de leveza e rigidez leva aos falsos positivos/negativos, tornando os
resultados incompreensíveis e inconclusivos.
Esse fato é facilmente observado quando na classificação dos percentis encontra-se
uma variação muito grande entre as habilidades, o que demonstra que pode ter havido erro no
preenchimento ou análise das respostas da criança. Normalmente vimos discretas diÍerenças
na classificação dos valores de percentil, mas essas diferenças são benéficas para orientar a
mediação e, por vezes, no diagnóstico diferencial entre os grupos.
Por se tratar de um jogo, o envolvimento despendido pelo examinado é normalmente
muito satisfatório e prazeroso, raramente se opondo a participar. lnclusive extrapolando os
tempos de sessão estabelecidos. lsso é muito bom para o fortalecimento de vínculos e entrega,
o que leva o avaliado a "aumentar" o seu grau de atenção e resultados. Com isso, vimos
muitos TDAH não apresentarem os sintomas comportamentais de sua patologia, observados
em sala de aula ou em seus lares. Esse fato deve ser levado em conta no preenchimento do
PLIN, quando o avaliador, nesses casos, deve estar atento aos mínimos detalhes da criança ao
jogar, para qualificar seu desempenho satisfatoriamente. Por isso a questão Z: Observações
E pro bida a Íeprod!Çáo ou tmnsmissáo no todo ou em paÍ1es deste Protoco 0. Todos os direltos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assessoria. Hua Afonso Pena, 10-52 - BaurL/SP CEP: '17060-250
Íel.: (14)3206.2541 - (21)98593.0254 -
\;l ,o
Métotlo das Boqlrinh4s - Renata Jartiini CIIFa:'1u28 SP - (lltFa:2025/PJ

estudadas e para os assintomáticos. Dessa forma poderemos saber, para cada habilidade, em
que grau o individuo está situado, podendo ter maior ou menor tendência de apresentar os
sintomas do distúrbio estudado.
É comum encontrarmos na literatura classificações das patologias em graus de
ocorrência, ou seja, leve, moderada e severa, assim, mantivemos esse mesmo critério para a
análise do PLIN. Foram considerados 4 intervalos de percentrs: inferior, médio, acima e alto,
descritos abaixo:
. Entre 0 a 10: ABAIXO. Apresenta escores mais baixos que a maioria das pessoas
desse grupo, sendo classificado claramente como não pertencendo ao grupo;
. Entre 15 a 30: DIFICULDADE SIMPLES *: Apresenta uma dificuldade simples quando
comparada à maioria desse grupo. Não é classificado como pertencendo a esse grupo.
Sugere mediações pedagógicas pontuais. Note que as crianças classificadas nesse
intervalo apresentam algum grau de dificuldade quando comparadas às crianças
assintomáticas, porém com medração pedagógica pontual, podem evoluir para o
esperado. Elas devem ser mediadas na instituição escolar e não necessariamente por
especialistas;
o Entre 35 a 55: BAIXO. Apresenta um nível leve de problêmas quando comparada à
maioria desse grupo. Classifica-se com tendência leve de pertencer ao grupo. Sugerem-
se mediações pedagógicas assistidas, geralmente por profissionais especialistas da
rede escolar, que juntos, podem promover adaptaçôes metodológicas, revisão do
planejamento escolar e adequação às dificuldades apontadas no PLIN. Caso haja
acompanhamento de especialista externo, o trabalho em parcêria deve ser objetivado;
o Entrê 60 a 80: MÉD|O. Apresenta um nível moderado de problemas quando comparada
à maioria desse grupo. Classifica-se com tendência moderada de pefiencer ao grupo.
Sugere-se encaminhamento para investigação mais acurada, pois as dificuldades
apresentadas certamente influenciam o sucesso acadêmico. Os encaminhamentos aos
especialistas e médicos afins são importantes para que as adaptaÇões curriculares
atendam às necessidades apresentadas pela criança e possam garantir a continuidade
escolar sem prejuízos na autoestima;
o Entre 90 a 100: ALTO. Região onde há maior probabilidade da pessoa pertencer ao
grupo. Aponta para alto grau de dificuldades no sucesso acadêmico e continuidade da
aprendizagem, porventura decorrente de alteraçôes patológicas do grupo em questão.
No entanto, como já ressaltado, aqui nesse intervalo, o encaminhamento aos médicos e
especialistas, para uma avalição diagnóstica formal, emlssão de laudo e condutas
terapêuticas é fundamental para a saúde da aprendizagem da criança, sua família e
escola. Somente o trabalho em conjunto bem alicerçado e interdisciplinar garante o
respaldo necessário.
Já na Tabela 1, de Assintomáticos, os intervalos de dificuldade simples, baixo, médio e
alto se classificam como graus de "normalidade", ou seja, diferenças naturais nos padrões de
desempenho, mas todos dentro do esperado para um indivíduo sem alterações. Enquanto que
o intervalo abaixo foi classiÍicado como um indivíduo que margeia a patologia. Sugere-se que
seja classiÍicado nas tabelas seguintes e requer algum grau de adequação curricular quanto
aos estimulos fornecidos, principalmente nas habilidades com desempenho pior. Resumindo, o
raciocínio é o oposto, ou seja, a faixa de normalidade está nas cores cinzas e o branco seria a
alteração.
* Pode-se inferir que as Dificuldades Simples (DS) devam ser analisadas de acordo
com cada patologia estudada, ou seja, para os Dl, apresentar uma DS significa estar na linha
tênue entre a patologia e a normalidade, ou seja, ser limítrofe para a aprendizagem. Para os
DX, apresentar uma DS signiflca ter falhas que podem estar associadas aos problemas simples
todo ou em partes deste Protoc0lo. Todos os direitos reservados à
É pro bida a reproduçáo ou transm ssáo no
EditoÍa Boquinhas Aprendizagem e Assessoria. Rua Afonso Pena 10-52-Bauru/SP-CEP: 17060-250
T€1.: (14)3206.2541 - (21)98593.0254 -
Método das Boquinhas - Renata laÍdin i CRFa: 4028 SP - CRFa: 202slPJ

elementos entre os planos verticat e horizontal; identificar e dar coordenadas: o correto


traçado das letras; as orientações espaciais, etc.
Habilidades de Leitura e Escrita: Para o desenvolvimento das habilidades de leiiura e
escrita é necessário a c6mpreensãO e uso das regras que regem o Sistema de Escrita
Alfabetica (SEA), ter competências para dêcodificar e codificar, ou seja, dominar a
conversão graÍofonêmica, atrelando-as ao uso funcional da mesma, no letramento,
extraindo significado e conferindo independência no que se lê e escreve, sejam palavras
ou textos. Assim, deve-se estimular à aquisição das rotas de leitura (fonológica, lexical e
dupla rota), bem como mediar a passagem das fases da psicogênese da escrita.
Atenção especial deve ser dada aos erros de leitura e às trocas de letras na escrita, que
fornecem rico material para mediações.
Habilidades de Memória lmediata: A memória imediata, também conhecida como
memória de trabalho, é responsável por gerir as informaÇões que recebemos. Dura
alguns segundos apenas ou o tempo de determinar se a informação é útil, se deve ser
realmente aÍnazenada, e ainda verifica se existem outras informações semelhantes em
nossos arquivos de memória, paz decidir se esta informação deve ser descartada
quando já existe ou não possui utilidade. Para que a memória imediata dos processos
de leitura e escrita (visual e fonológica) se torne memória de longa duração, ou seja,
aprendizagem, é necessário recorrer à pista motora, no caso, articulatória. Exercita-se
essa habilidade quando se repete sons, dígitos, sílabas, palavras ou frases ouvrdas,
nomeiam-se palavras, figuras, dígitos visualizados instantaneamente. Para o trabalho de
fixação, o apoio articulatório possibilita novas sinapses neurais e sedimentação da
informação.
Habilidades de Gognição: O desenvolvimento cognitivo, antigamente denominado de
inteligência, está diretamente ligado à hereditariedade, variações individuais e estímulos
recebidos, possuindo uma gama bastante ampla em sua manifestação. No entanto,
qualquer que seja o nível do indivíduo, ele pode e deve ser estimulado a refletir, pensar
ou elaborar uma linha de raciocínio anÍes de executar suas ações, almejando sempre o
seu crescimento. Trabalha-se com desenvolvimento da cognição quando se classificam
e analisam fatos, problematizam os erros, mediados pela reflexão e a elaboração de
respostas que façam sentido às perguntas; desestimulando-se apenas a memória
decorada ou copiada. Ainda, o exercÍcio para encontrar soluçóes, optar pela resposta
que julgar mais adequada, argumentando suas escolhas, contribui para esse
desenvolvimento. Observação: o psicólogo é o profissional habilitado para avaliar,
mediante testagens validadas, e conferir um escore de pontuação para essa habilidade,
o que não impede os demais proÍissionais de investigá-las informalmente, como é o
caso do PLIN.

11.4. Fragilidades e competências dos grupos em estudo


Destacaremos de modo simples e prático, as fragilidades e as competências, mais
comuns apresentadas em cada uma das patologias desse estudo, pensando nos blocos de
habilidades do PLIN. Reiteramos que os conhecimentos necessários e aprofundados de cada
patologia, para que confiram diagnósticos e laudos, pertencem aos médicos e especialistas,
como neurologistas, psiquiatras, fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos,
neuropsicólogos, e outros, com qualificação atestada para esse Íim.
Em posse dessas informações o leitor conseguirá ter uma visão diferencial de cada
criança investigada, a fim de verificar incoerências no preenchimento e classificá-la melhor nos
intervalos de percentil da tabela 5.

É p.oibida a reproduQáo ou transmissáo no todo ou em partes deste PÍotocolo. Todos 0s direitos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assessoria. R!a AÍonso Pena, 10-52 - Bauru/SP CEPr 17060-250
Tel.: (14) 3206.2541 - 121) 98593.0254 -
-
www.netododasboouinhas.con.bÍ
\r 2s
\nh Método das Boquiflhas - Renata lardinj CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025/PI

. Boa percepÉo visual, com tendência à distraçâo;


. Dificuldades com a orientaÇão espacial e lateralidade, perdendo-se no espaço;
. Desenho além do objetivo proposto;
. Lentidão na nomeação rápida de Íiguras, com perda de foco;
. Memórias visual e auditiva rebaixadas, com comportamentos emocionais associados;
o Dificuldades com Íoco, objetividade e velocidade de processamento das informaçÕes;
. Agitação motora ou inaçáo durante a mudança de ordens;
. Pressa em terminar os itens, desinteressando-se rapidamente quando há maior grau de
dificuldade;
o Boa consciência fonológica, com falhas na atenção ao processo;
. Classificação de objetos adequada, com falhas no excesso de informaÇões;
o Dificuldades na aquisiçáo de cálculos;
. Boa aprendizagem dos fonemas e letras, com falhas no processo atencional;
. Troca ou confusão de letras ortográficas;
. Aquisição da rota lexical de leitura, com falhas por inserções de conteúdos discordantes;
o Escrita com falhas espaciais do traçado e inserções indevidas.
Segundo a literatura, Dislexia e TDAH são patologias onde a presença de comorbidade
é muito alta, ou seja, um mesmo indivÍduo pode possuir os dois diagnósticos e, portanto, pode
apresentar alterados os itens 2,3 e 4 desse protocolo. Esses casos devem ser mediados frente
a todas as suas defasagens, por isso, esse protocolo é de grande auxílio na prática
reabilitativa, uma vez que evidencia e quantifica cada habilidade defasada. Nos
encaminhamentos feitos, essa informação é importante, para ser mais bem investigada com
baterias de testes validados, para futuro diagnóstico.
Finalizando, os indivíduos assintomáticos (A) deveriam obter escores altos no item 1

e baixos nos demais. No entanto, como já discutido anteriormente, a faixa de assintomáticos é


bastante ampla, se considerarmos as variações de estímulos, idade, escolaridade, e a genética
em si. O estudo aqui presente mostrou dados da população pesqulsada, que, muitas vezes
obteve escores aquém do esperado pelas autoras, o que vem corroborar a ideia dê que a
"normalidade" é muito relativa, o que é muito bom de se constatar, pois a aprendizagem
humana está totalmente aberta às novas aquisições e as sinapses neurais são efetivamente
aumentadas, quando temos boas metodologias e planejamentos como nossos aliados.
Reiteramos que a informação científica e capacitação de todos os envolvidos no
tratamento de indivíduos que apresentam distúrbios é a única forma de praticarmos a inclusão,
aquela onde estão, de fato, todos incluídos, sejam pacientes/alunos, como seus
docentes/profissionais e responsáveis. Acreditamos que só assim faremos uma educação de
qualidade e esse Protocolo PLIN teve essa intenção: a de favorecer o trabalho, com bases
simples e práticas, para que todos possam se beneficiar dele.
Exercícios e práticas favorecedoras da aprendizagem podem ser encontrados em todos
nossos materiais e cursos. Acesse: metododasboquinhas.com. br para conhecer nosso
trabalho.

12. coNSTDERAÇÕES FTNATS

Não poderíamos ter concluído esse trabalho sem agradecer, novamente, aos inúmeros
entusiastas e voluntários colaboradores para que a sua publicação fosse realidade. Sem a
ajuda dessas pessoas e suas instituições, não teríamos concluído. Essas pessoas acreditaram,
incondicionalmente, nos benefícios que esse PLIN poderia promover à educação brasileÍra e à
clínica de um modo geral.
É proibida a r€produçáo ou transm ssáo no todo ou em partes deste Pr0tocolo. Todos os direitos reservados à
Editora Boquinhas Aprendizagem e Assessoria. Hua Afonso Pena, 10-52 - Bauru/SP CEP: 17060-250
Tel.: (14) 3206.2541 - \21) 98593.A254 - www.netododasboouinhas.con.ht
tD,,
çD**
MIH
Métoilo ilas Boquinhas - RenataJardini CRFa: 4028-SP - CRFa: 2025lp]

í3. BIBLIOGRAFIA

ALBANO, E. C. O gesto e suas bordas: esboço de fonologia articulatória do português brasileiro. Campinas:
Mercado das Letras, 2001.
ANASToPoULoS, A- D.; BARKLEY, R. A. Attention deÍicifhyperactivi§ disorder. ln: GARCIA, J. N. Manual de
dificuldades de aprendizagêm. Porto Alegre: Artes Médicas, 'lgg8. cap. 3, p.74-75.
ANTUNES, C- Como desenvolver contêúdos explorando as lnteligências Múltiplas. Petrópolis: Yozes,2002.
ARANGO, H. G. Bioestatística teórica e computacional, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2009;
ARTIGAS-PALLARÉS. Dislexia: enfermidad, transtorno o algo distinto. Rev neurol,48 (supl 2): S63-S69, 2009-
AYRES, M e AYRES JÚNIOR, M. BioEstat 2.0 com CD- Aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas
e médicas. Sáo Paulo: CNPq, 2000;
BAETA, A.M.B. O Íracasso escolar: mito e realidade. São Paulo: FDE, '1988. (ldéias, Fundação Desenvolvimento
da Educação. FDE, n.1).
BARKLEY , R.A. (orgs). Transtorno de déficit de atenção/hipêratividade - manual para diagnóstico e
tratamento. 3a Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BEIGUELMAN, B. Curso Prático de Bioêstatística com CD. Ribeirão Preto: Editora FUNPEC- 2002;
BENTAL, B. E TIROSH, E. The effects of methiylphenidate on word decoding accuracy in boys with attention-
deficiuhyperactivity disorder. J Clin Psychopharmacol, 28:1, 89-92, 2008.
BENTAL, B.; TIROSH, E. The effects of methylphenidatê on word decoding accuracy in boys with attention-
deficiVhyperactivity disorder. J oÍ Clinical Psychopharmacol, 28(1), 2008.
BODER, E. Developmental dyslexia: A diagnosiic approach based on three atypical reading-spelling pafterns. Dev.
Med. Child. Neurol., n. 15, p. 663-87, í973.
BROWMAN, C.; GOLDSTEIN, L. Towards an articulatory phonology. Phonol. Yearbook, v.3, p. 219-252, 1986.
BROWMAN, C.; GOLDSTEIN, L. Representation and reality: physical systems and phonological structurê. J.
Phon., n. 1A, p.411-24, 1990.
CAPOVILLA, A.G. S.; CAPOVILLA, F. C. C. Problemas dê Lêitura e Escrita. São Paulo: Memnon,20OO. cap. 1,
p. 3-37.
CAPOVILLA, F.C; MARTINO, J.M; MACEDO, E.C; SOUSA-SOUSA, C.C; GRATON-SANTOS, L.E; MAKI, K.
AlÍabetização produz leitura orofacial? In: Atualização êm transtornos de aprendizagem. MONTIAL, J.M e
CAPOVILLA, F.C. Cap.28. Artes Medicas, 2009.
CARACIKI, A. M. Pré-Dislêxia ê Dislêxia. Rio de Janeiro: Enelivros, 1994.
CARDOSO-MARTINS,C. CAPOVILLA, F.; GOMBERT, J.E.; OLIVEIRA, J.B.A; MORAIS, J.C.J.;ADAMS, M.J.;
BEARD,R. CAPOVILLA (ORGS). Os novos caminhos da alfabêtização inÍantil. São Paulo: Menon, 2005.
CARVALHO, l. A. M.; ALVAREZ, R. M. A. Aquisição da linguagem escrita: aspectos da consciência fonológica.
Fono. Atual., v. 1, n. 11, p. 28-31 , 2000.
CAVALCANTE , C. A.; MENDES, M. A. M. A avaliagão da consciência Íonológica êm crianças de primeira série
alfabetizadas com metodologias diferentes. Rev. CEFAC, v. 5, n. 3, p. 205-8,2003.
CIELO, C. A. Avaliação de habilidades em consciência Íonológica. J. Bras. Fonoaudiol., v. 4, n.16, p.163-74,
2003.
CONDEMARIN, M. La dislexia: un pretexto para avanzar ên el êstudio del lenguaje. Bol. Assoc. Est.
Psicopedag, São Paulo, São Paulo, v. 4, n. 7 , p. 5-22, 1985.
CONDEMARIN, M.; BLOMQUIST, M. Dislexia, manuâl dê leitura corretiva. Portô Alegrê: Artes Médicas, '1986.
CONDEMARIM, M; GOROSTEGUI, M.E; MILICIC, N. Transtorno do déficit de atenção. São Paulo: Planeta,
2004.
Consêlho Regional de Fonoaudiologia - 2" regiáo. Fonoaudiologia na Educação - Políticas Públicas e Atuação
do Fonoaudiólogo. Mundial Artes Gráficas: São Paulo, 2010, Acesso em 0110412010
http://www.Íonosp.org.br/oriente-se/dicas-da-cof/fonoaudiologia-escolar/
CRUZ-RODRIGUES, C.; BARBOSA, T.;TOLEDO-PlZA, C.M.J.; MELLO, C"B. Implemêntação e caracterização de
um serviço de assistência ê pesquisa em distúrbios de aprendizagem. ln: BARBOSA, T. et al. (orgs) Temas êm
dislexia. São Paulo: AÍtes Médicas. 2009.
E pro b da a reprod!Çáo
Ed
0! Íansmrssáo no todo ou ern partes deste Protoco 0 Todos os d Íe tos reseryados
tora B0qu nhas Aprendizagem e Assessoria. Rua AÍofso Pefa. l0-52-BaururSP CEP: 17060-250
Tel (11) 3206 2541 -121) 98593.4254 - www.nelododasboouinhas.con.bt
a
ç#"
Método clas Boquinhas Renata Jardin i CllFa:4028 SP CRfa: 2025/PI

PIAGET, T. Psychologie et pedagogie. Paris: Editions Deonel.4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1969/í976. Apud:
cApOVtLLA, A.c. S.; CAPOVILLA, F. C. C. Alfabetização: método fônico. São Paulo: Memnon, 2002.
- PINHEIRO, A. M. V. Análise cognitiva da dislexia do desênvolvimento: um estudo trans-lingüístico. Tese de
Titulâridade, FAFICH/UFMG, Belo Horizonte, MG, 1995.

- OUIRÓS, J. B.; CELLA, D. M. La dislexia en la niõez. Buenos Aires: Editorial Paidós, 19ô5.
RAMOS, A,S.; ALVES, L.M. A Fonoaudiologia na Relação entre Escolas Regulares de Ensino Fundamental e
Escolas de Educação Especial no Processo de lnclusão (Relato de Pesquisa). Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v.14,
n.2, p.235-250,2008.
ROMERO, E. Lateralidade e rendimento escolar. Revista Sprint, v.6,1988.
ROTH, F. P.; BADEN, B. lnvesting in emergent literacy intervention: a key role for speech-language patolhogists.
Sem. Spêech. Lang., v. 22, n.3, p. 163-73, 2001.
RUIVSEY, J. M.; NACE, K.; DONOHAUE, B.;WISE, D.: MAISOG, J,; ANDREASON, P. A position emission
tomography study of impaired word recognition and phonological processing in dislexic men. Arch .Neurol., n. 54,
p.562-573, 1997 .

SANCHEZ - GARCIA, J.N. Dificuldadês de aprêndizagêm e intervenção psicopedagógicâ, Porto AIegre:


Artmed,2004.
SANTOS, lvl. T. M.; NAVAS, A. L. G. P. (Orgs.) Distúrbios de lêitura e escrita. Barueri: Manole,2002.
SCHOCHAT, E.; SCHEUER, C. l. e ANDRADE, Ê. R, Achados em ABR e P300 auditivo em crianças com TDAH.
Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2oo2, vol.60, n.38, pp 742-747, acesso em 05/2010
http://www.scielo.brlpdfl anp/v60n3B/a'1 2v603b.pdf
SELIKOWITZ, M. Dislexia e outras diÍiculdadês de aprendizagem. Rio de Janeiro: Revinter,2001.
SHAYWITZ, B. A.; SHAYWITZ, S. E,; PUGH, K. R,; SKUDLARSKI, P.; FULBRIGHT, R. K.; CONSTAABLE, R. T.;
FLETCHER, J. M.; LIBERMAN, A. M..; SHANKWEILER, D. P.; KATZ, L.; BRONEN, R. A.; N,4ARCHIONE, K. E.;
LACADIE, C.; GORE, J. C. The functional-organization of brain for reading and reading-disability (dyslexia).
- Nêuroscientist, v.2, n. 4, p.245-255, 1996.
SHAYWITZ, B. A.; SHAYWITZ, S. E. Pay attention to reading: the neurobiology oÍ reading and dyslexia.
_ DevêlopmenteandPsychopathology,20,1329-1349,2oo8.
SIEGEL, S. Estatística não paramétrica para as ciências do comportamento, São Paulo: Mccraw-Hill, 1975;
S|\4YTHE, l.S.; EVERATT, J. lntemational dyslexia têst (lDT). University of Surrey, 2000.
SMYTHE l. e CAPPELINI, S.A. Protocolo de Avaliação de Habilidades Gognitivo-Linguísticas, Marília:
Fundepe,2008.
SOUZA, L.B.R. Consciência fonológica êm um grupo de escolares da 1u série de'1" grau em Natal - RN. Rev.
Soc. Bras. Fonoaudiol., São Paulo, v. 10, n. '1, p. 12-7, janlmar,2005.
STACKHOUSE, J.; WELLS, B.; PASCOE, M.; REES, R. From phonological therapy to phonological awareness.
Sem. Speech. Lang., v. 23, n. 1, p.27-42,2OO2.
STANOVICH, K. E. Progress in understanding reading: scientific foundation and new frontiers. Nova York: The
Guilford Press, 2000.
TANSLEY, A. E. Treinamento da percepção. Rio de Janeiro: Enelivros, 1993.
TORRE, S. Asrender com os erros: o erro como êstratégia de mudança. Porto Alegre: Artmed, 2007.
VALETT, R. E. Dislexia Sáo Paulo: Manole, 1990.
VALENCIA S. W.; HIEBERT, H. E.; AFFLERBACH, P, P Authentic rêading assesmenl: practices and
possibilitiês. Newark: lnternational Rêading Association, í 994.
VlElRA, S. lntrodução a Bloestatística. Rio de Janêiro: Editora Campus, 1991 .

VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, '1989.


- VYGOTSKY, L. S. Obras escogidas. Madrid: Aprendizaje-Visor, 199'1. v. 1

WAJNSZTEIN, A.C. E WAJNSZTEIN, R. DiÍiculdades escolares: um desafio superável. São Paulo: Artemis,
_ 2005.
YAVAS, F.; HAASE, G. V. Consciência fonêmica em crianças na fase de alfabetização. Letras de Hojê, Porto
Alegrê, v. 4, p. 31-55, í988.
É pro bida a reproduçáo ou tÍansm ssáo no
Ed
todo ou ern partes deste Protocolo Todos os direitos reservados
toÍa BoqLrinhas Aprendizagem e Assessoria. Rua Afonso Pena 10-52-Baur!/SP-CEP 17060-250
Tel.i (14) 3206.2541 - (21) 985S3.0254 "
à
C*
. "JIrTto
\rym Métudo ilas Boquinhas Renata Jardini cRFa: 4028-sP - cRFa:2o25lPJ

14,2, FIGURAS DO TABULEIRO DO LINCE

.
1J
E
z-91t.,
.'lr r
{í,"} vy' t:.*l-q:'
,i].. #-) i ,áil rq*lt
)|/"' "u tt'
L'="..r
ü
:1i* w "§É-
/l':'-. r{."\,ry r§tll
i.

ffi' ..
lYr i "<Tg \"{- [.i
1: .,?
I -*,; \ct ,,r- '*rl
'rf fl!'..
'ni

jt r'
à+ :r
.:.. 41-
,ní

.1à,
l!€i!1
il
\)
*
"\r"C
'
I
I
-$'
ü-
lki
.:l9i'r.
ril.i {íL

,"'l-
ç-:
.l
@,r'l b.',§) ;,-) IL., i -::. frBII

iri j ,f§
.,, --.
I ."íírl
.l:r
'' q;á .: ii6$r
l:rr f i.,.r6-'ij

-. lyr
'..;
.:.t! .{ij
| 'Í\
:'r
.. ;;:l
6t i+)\ <) 25.7\
;4" F.,
w.
t
'.§\ra:'
ffi
,r,
, iii'i'
*!t;1
*,:;"; '€lãi
t2. d
í;,íí*-' ru ,ffi/
\
,tt

I
l;;.
j1YlP
&@@
§§
.
;-;t:' ;j:}w
l
i--. \"
.'.ilt
u,, . ._ ]? i,

\
r# ,; #\ ít
\.{,}3t
(/ ,,riH'
\tÊ
e2
i/
\-,
B)

1.
$,
-1-l

\
.r:"i
J.]
*1 .;
tl
llr".
it.l
I

d7! t=:!
l i,C
)..;;
" /-'
Éw
{,&}
*i. l, 't ..r
il
)
t,,
\-
\> É
v§s

. .:i. ,rià '.: ."1


- :: I fi"l.Í\ qe: \- i
ti -.- \§ !t!-'..1.
..Í t,.
iÊl
'-.-=!9'
-11

.., . .:.
,ê r-: r
(i1'
di.
Ç<fr #:,o
+é #'
r.= - %,"§
#
li;.) fl,,s
.
.; J*" jü=.-!* ,à Íi
1'r-.:, \k_.
@ fái;

,
Á\\
--\") Íã(:.
ia--
fl- '-: f\J",
',-tt
ii,,.
.q.*
w 'h.
t.\:
u

"[1ifát:','J:.i::T;:,x'*'.Tl:Tii,t',',?:iJilifli,;ix'I:'{s:'#]',J,iffi'-i,;J::;3',,','1,',',,"
ç§ r,
Te .: 4) 3200.254T - \211 98593.A254 ' www.netododasboouinhas.con bt
(1

Você também pode gostar