Relatorio de Resultados Do Saeb 2019 Volume 1

RELATÓRIO DIRETORIA DE AVALIAÇÃO
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
DE RESULTADOS DAEB
DO SAEB 2019
VOLUME 1
5º E 9º ANOS
DO ENSINO FUNDAMENTAL
E SÉRIES FINAIS DO ENSINO MÉDIO
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO | MEC
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS

EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA | INEP
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA | DAEB

RELATÓRIO
DE RESULTADOS
DO SAEB 2019
VOLUME 1
5º E 9º ANOS
GOVERNO FEDERAL
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Milton Ribeiro
PRESIDENTE DO INEP
Danilo Dupas Ribeiro
DIRETORA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Michele Cristina Silva Melo
DIRETOR DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Álvaro Luís Konh Parisi
DIRETOR DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS

Carlos Eduardo Moreno Sampaio
DIRETOR DE ESTUDOS EDUCACIONAIS

Luís Filipe de Miranda Grochocki
DIRETOR DE GESTÃO E PLANEJAMENTO

Jôfran Lima Roseno
DIRETOR DE TECNOLOGIA E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS

Fernando Szimanski
ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Anna Priscilla Di Vasconcelos
RELATÓRIO
DE RESULTADOS
DO SAEB 2019
VOLUME 1
5º E 9º ANOS
Brasília-DF
Inep/MEC
2022
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ESTUDOS EDUCACIONAIS (DIRED)

BÁSICA (DAEB)
COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES
COORDENAÇÃO GERAL DO SISTEMA NACIONAL DE (COEP)
AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (CGSNAEB) Fabiana Bandeira dos Santos
Margareth Fabiola dos Santos Carneiro ASSISTENTE TÉCNICA
EQUIPE TÉCNICA Priscila Pereira Santos
Aline de Assis Santos Oliveira APOIO EDITORIAL
Aline Mara Fernandes Muler Janaína da Costa Santos
Aline Pinto Barbosa
Amanda Mendes Casal Pinheiro REVISÃO LINGUÍSTICA
Ana Paula de Matos Oliveira Jair Santana Moraes
André Luiz Santos de Oliveira
Andréia Tavares da Silva NORMALIZAÇÃO E CATALOGAÇÃO
Arnaldo Gomes de Farias Neto Nathany Brito Rodrigues
Bruno Alves Pinheiro de Sousa PROJETO GRÁFICO CAPA/MIOLO
Cátia Maria Machado da Costa Pereira Marcos Hartwich/Raphael C. Freitas
Clara Machado da Silva Alarcão
Danielle de Oliveira Costa DIAGRAMAÇÃO E ARTE-FINAL
Débora Torquato de Almeida Érika Janaína de Oliveira Saraiva
Elenice Passamani de Moraes
Elenita Gonçalves Rodrigues
Elzahra Mohamed Radwan Omar Osman
Ester Pereira Neves de Macedo
Flavia Ghignone Braga Ribeiro
Frederico Neves Condé
Gabriela Freitas de Almeida
Giordano Alan Barbosa Sereno
Janine Campos Gualberto
João Carlos dos Santos Fagundes
João Galvão Bacchetto
João Luiz Horta Neto
Joelson Severo dos Santos Azevedo
José Roberto de Souza Santos
Kátia Neves Pedroza
Laene Ascenso Lustosa
Leo Akio Yokoyama
Lilian Aparecida Arão
Lorena Pimenta de Andrada
Luciana Fonseca de Aguilar Morais
Marco Castilho Felício
Marcos de Carvalho Mazzoni Filho
Margareth das Mercês Cerqueira Albino
Marina Ribeiro Gonçalves Barbosa Publicada on-line em fevereiro de 2022.
Mário César de Siqueira
Natália Caixeta Barroso
Pedro Paulo Cayres Ramos DISTRIBUIÇÃO
Rita Lemos Rocha Inep/MEC – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Rosa Maria da Conceição Gervásio Educacionais Anísio Teixeira
Sara Domingos de Souza Araújo Setor de Indústrias Gráficas - Quadra 04 - Lote
Silmary de Jesus Gonçalves Alvim 327, Térreo, Ala B
Vânia Lúcia Rodrigues Dutra CEP 70.610-908 – Brasília-DF – Brasil
Viviane Fernandes Faria Pinto
Waleska Karinne Soares Coutinho Souto Fones: (61) 2022-3070
Walkyria Vidal de Almeida Taguchi dired.publicacoes@inep.gov.br
Wallace Nascimento Pinto Junior http://www.publicacoes.inep.gov.br
A exatidão das informações e os conceitos e opiniões emitidos

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ESTA PUBLICAÇÃO NÃO PODE SER VENDIDA. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Relatório de resultados do Saeb 2019 : volume 1 : 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e séries finais do
Ensino Médio [recurso eletrônico]. / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. – Brasília, DF : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2021.
245 p.: il
ISBN 978-65-5801-050-0
1. Educação básica - Brasil. 2. Sistema de Avaliação da Educação Básica. I. Título.
CDU 371.26
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA DOS ESTUDANTES

SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO, APLICADO O PESO
AMOSTRAL............................................................................................................................. 53
GRÁFICO 2 SAEB 2019 – MÉDIA DO VALOR DO INSE POR REGIÃO E UF,
5º E 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SÉRIES FINAIS DO ENSINO MÉDIO

PONDERADO PELO PESO DOS ESTUDANTES........................................................ 54
GRÁFICO 3 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA DOS ESTUDANTES

POR DECLARAÇÃO DE COR E RAÇA E SEGUNDO O NÍVEL
SOCIOECONÔMICO, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL....................................... 56
GRÁFICO 4 SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE DECLARARAM

TER REPETIDO UMA OU DUAS VEZES, SEGUNDO O NÍVEL
RELATÓRIO DE RESULTADOS DO SAEB 2019
SOCIOECONÔMICO, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL....................................... 56
GRÁFICO 5 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES DE

ENSINO MÉDIO QUE DECLARARAM NUNCA TEREM REPETIDO,
SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO, DISTRIBUÍDOS SEGUNDO
COR OU RAÇA, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL................................................ 56
GRÁFICO 6 SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE INFORMARAM

NÃO POSSUIR DETERMINADOS BENS OU SERVIÇOS NA MORADIA
DE SUA FAMÍLIA, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL............................................. 57
3
GRÁFICO 7 SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE INDICARAM
A FREQUÊNCIA COM QUE SEUS FAMILIARES PARTICIPARAM DE
ATIVIDADES RELACIONADAS AOS SEUS ESTUDOS, UTILIZANDO
O PESO AMOSTRAL............................................................................................................ 58
GRÁFICO 8 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES E DIRETORES

QUE RESPONDERAM AOS QUESTIONÁRIOS, DE ACORDO COM
A LOCALIZAÇÃO DAS ESCOLAS NAS UNIDADES FEDERATIVAS (UF)
BRASILEIRAS......................................................................................................................... 66
GRÁFICO 9 SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS (%) OBTIDAS A PARTIR DOS

QUESTIONÁRIOS SAEB 2019 SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA
DOS PROFESSORES (N = 228.141) – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
DAS ATIVIDADES FORMATIVAS.................................................................................... 69

DOS PROFESSORES (N = 228.141)............................................................................... 70

DOS PROFESSORES (N = 228.141) – CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO............ 71
GRÁFICO 12 PORCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO (%) POR REGIÃO E NO BRASIL

DO NÚMERO DE ESCOLAS EM QUE OS PROFESSORES (N=228.141)
TRABALHAM, CONFORME RESPOSTAS NOS QUESTIONÁRIOS DO
SAEB 2019.............................................................................................................................. 76
GRÁFICO 13 SAEB 2019 – TEMPO DE DESLOCAMENTO SEGUNDO A ÁREA RURAL

OU URBANA DA ESCOLA................................................................................................. 81
GRÁFICO 14 SAEB 2019 – TEMPO DE DESLOCAMENTO ATÉ A ESCOLA SEGUNDO

O NÍVEL SOCIOECONÔMICO........................................................................................... 82
GRÁFICO 15 SAEB 2019 – FORMA DE TRANSPORTE ATÉ A ESCOLA SEGUNDO

O NÍVEL SOCIOECONÔMICO DOS ESTUDANTES................................................... 82
GRÁFICO 16 SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA SALA DE AULA

PELO PROFESSOR............................................................................................................... 83
GRÁFICO 17 PORCENTAGEM DE PROFESSORES QUE AVALIARAM O ASPECTO DA

SALA DE AULA COMO “ADEQUADO” SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO
DA ESCOLA PELA MÉDIA DO NÍVEL SOCIOECONÔMICO................................... 84
GRÁFICO 18 SAEB 2019 – AUSÊNCIA DE RECURSOS PEDAGÓGICOS INFORMADA

PELO PROFESSOR SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA
DAS ESCOLAS....................................................................................................................... 89
GRÁFICO 19 EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA

PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
BRASIL – 1995 A 2019...................................................................................................... 95
4
GRÁFICO 20 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO
5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO
E REGIÃO – 2019.................................................................................................................. 96
GRÁFICO 21 VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA

PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019..................................................................................... 97
GRÁFICO 22 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO

5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL RELACIONADA COM
O INSE – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019............................................................. 98
GRÁFICO 23 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019................................ 99

POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019........................................... 100

POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019................................. 101

POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO – 2019......................................................................................................... 103
GRÁFICO 27 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA

NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL –2019............................... 104
GRÁFICO 28 COMPARATIVO ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO
SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL – BRASIL – 2017 E 2019............................................................... 105
GRÁFICO 29 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA E PROFICIÊNCIA NO SAEB
EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019............................. 105

FUNDAMENTAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019......... 105
5
ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO
5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO –
2019....................................................................................................................................... 107

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO
5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - BRASIL - 1995 A 2019..................... 120
GRÁFICO 34 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO –
2019....................................................................................................................................... 121
GRÁFICO 35 VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO

2017 E 2019........................................................................................................................ 122
GRÁFICO 36 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL RELACIONADA COM O INSE –
UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019............................................................................ 123

MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR
LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019....................................... 123

MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA
(CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019.................................................................. 124

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019........................................... 125

LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA

FEDERAÇÃO – 2019......................................................................................................... 126

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL –2019....................................................... 128

ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL – BRASIL – 2017 E 2019............................................................... 129
6
EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR

SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GRÁFICO 46 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS

DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA
NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO – 2019......................................................................................................... 131
GRÁFICO 47 MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL – 1995 A 2019...................................... 143
GRÁFICO 48 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA

NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019.................................................................................... 144

PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019............................................................. 145

NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL RELACIONADA COM
O INSE – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019.......................................................... 146

GRÁFICO 52 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB




POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA ) – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO – 2019......................................................................................................... 149
7
DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA

EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
BRASIL – 2017 E 2019.................................................................................................... 152
GRÁFICO 57 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES

POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA
PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR

FUNDAMENTAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019......... 153


DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA
PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2019................................................................................................. 155
GRÁFICO 61 EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA

NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL – 1995 A 2019.............. 168
GRÁFICO 62 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO
E REGIÃO – 2019............................................................................................................... 169
GRÁFICO 63 VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO

2017 E 2019........................................................................................................................ 170
GRÁFICO 64 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL RELACIONADA COM O INSE – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2019................................................................................................. 171

8
MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA
(CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019.................................................................. 172

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019........................................... 173

EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO –2019.......................................................................................................... 174

DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA

SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
BRASIL – 2017 E 2019.................................................................................................... 177





ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019............... 180
GRÁFICO 75 EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA

PORTUGUESA NA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL –
BRASIL – 1995 A 2019................................................................................................... 193
GRÁFICO 76 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª

E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO DE OFERTA - UNIDADE
DA FEDERAÇÃO E REGIÃO - 2019............................................................................ 194
9
NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL –
UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019....................................................... 195

PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL –
UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019............................................................. 196
GRÁFICO 79 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA

3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL RELACIONADA
COM O INSE – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019............................................... 197

LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) –
BRASIL – 2019................................................................................................................... 197

LÍNGUA PORTUGUESA NAS 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019............ 198
GRÁFICO 82 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA

PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL

LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2019................................................................................................. 200

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA

3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – BRASIL –2019............. 202
GRÁFICO 85 COMPARATIVO ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS

EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL – BRASIL – 2017 E 2019.................................................................. 203

NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO DE OFERTA –
UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019....................................................... 204
GRÁFICO 87 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES

POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA
PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL
10
SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO
MÉDIO TRADICIONAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) –
BRASIL – 2019................................................................................................................... 205

MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA –
BRASIL – 2019................................................................................................................... 205

NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2019................................................................................................. 207
GRÁFICO 91 EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

MATEMÁTICA NA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL –
BRASIL – 1995 A 2019..................................................................................................... 220
GRÁFICO 92 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª

SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO DE OFERTA – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019............................................................................ 220
GRÁFICO 93 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª

SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – UNIDADE DA
GRÁFICO 94 VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA

NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019.................................................................................. 221
GRÁFICO 95 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES

DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL RELACIONADA COM O INSE –

MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL



11
EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª
SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – BRASIL – 2019.......................... 227

TRADICIONAL – BRASIL – 2017 E 2019.................................................................. 228

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª
SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO DE OFERTA – UNIDADE DA

BRASIL – 2019................................................................................................................... 229
GRÁFICO 104 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS

TRADICIONAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019............ 229

NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO

BRASIL – 2019................................................................................................................... 230

SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019........................................... 231
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS DO SAEB – 2019............................................. 26
QUADRO 2 DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS NO

RELATÓRIO
DE RESULTADOS DO SAEB - 2019............................................................................... 28
12
QUADRO 3 DETALHAMENTO DA POPULAÇÃO-ALVO DO SAEB – 2019.............................. 30
QUADRO 4 MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA

DO SAEB PARA O 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – 2019....................... 91
QUADRO 5 ESCALA DE PROFICIÊNCIA PARA INTERPRETAÇÃO DOS

RESULTADOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM
LÍNGUA PORTUGUESA NO SAEB – 2019................................................................... 93
QUADRO 6 MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE MATEMÁTICA DO

SAEB PARA O 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – 2019........................... 115

MATEMÁTICA NO SAEB – 2019................................................................................... 117

DO SAEB PARA O 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – 2019.................... 139

LÍNGUA PORTUGUESA NO SAEB – 2019................................................................ 141
QUADRO 10 MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE MATEMÁTICA DO

SAEB PARA O 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – 2019........................... 163


DO SAEB PARA A 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO – 2019......................... 189

RESULTADOS DA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO EM LÍNGUA
PORTUGUESA NO SAEB – 2019................................................................................. 192
QUADRO 14 MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE MATEMÁTICA

DO SAEB PARA A 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO – 2019......................... 215

RESULTADOS DA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO EM

LISTA DE TABELAS
TABELA 1 ABRANGÊNCIA NACIONAL DO SAEB – BRASIL – 2019....................................... 32
TABELA 2 PARTICIPAÇÃO DE ESCOLAS PRIVADAS NO SAEB – BRASIL – 2019............ 32
13
TABELA 3 BIB UTILIZADO PARA COMPOSIÇÃO DOS CADERNOS DE PROVA
DO SAEB – 2005 A 2019................................................................................................... 34
TABELA 4 NÚMERO DE ESTUDANTES REPRESENTADOS NOS QUESTIONÁRIOS

DO SAEB APÓS EXPANSÃO PELO PESO AMOSTRAL DO INDICADOR
SOCIOECONÔMICO POR REGIÃO – BRASIL – 2019............................................... 37
TABELA 5 PREENCHIMENTO DOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB PELOS(AS)

PROFESSORES(AS) – BRASIL – 2019.......................................................................... 39
TABELA 6 PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO DO SAEB PELOS(AS)

DIRETORES(AS) – BRASIL – 2019.................................................................................. 41
TABELA 7 DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB

PELAS SECRETARIAS MUNICIPAIS POR REGIÃO – BRASIL – 2019................. 42
TABELA 8 RECURSOS INTERPOSTOS AOS RESULTADOS PRELIMINARES

DO SAEB – BRASIL – 2019............................................................................................... 46
TABELA 9 ESCOLAS COM RESULTADOS NO SAEB DIVULGADOS – BRASIL – 2019..... 46
TABELA 10 MUNICÍPIOS COM RESULTADOS DO SAEB DIVULGADOS –

BRASIL – 2019...................................................................................................................... 47
TABELA 11 SAEB 2019 – PERCENTUAL DE ESTUDANTES DISTRIBUÍDOS NOS

NÍVEIS DA ESCALA, INTERVALO E DESCRIÇÃO DA ESCALA,........................... 50
TABELA 12 SAEB 2019 – VALOR MÉDIO DO INDICADOR SOCIOECONÔMICO DAS

FAMÍLIAS DOS ESTUDANTES POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA.......... 55
TABELA 13 SAEB 2019 – SECRETÁRIOS DE EDUCAÇÃO QUE INFORMARAM

DESENVOLVER TRABALHO COM OUTRAS ÁREAS............................................... 60
TABELA 14 SAEB 2019 – DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS QUE INFORMARAM

ESTABELECER PARCERIAS COM OUTRAS ÁREAS OU INSTITUIÇÕES.......... 60
TABELA 15 SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES AO ITEM:

– OS(AS) PROFISSIONAIS PARA INCLUSÃO DO PÚBLICO-ALVO DA
EDUCAÇÃO ESPECIAL SÃO EM NÚMERO SUFICIENTE?...................................... 61
TABELA 16 SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES DE

ESCOLA SOBRE A NECESSIDADE DE PROFISSIONAIS PARA
ATENDER O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL..................................... 61
TABELA 17 SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES AO ITEM

“NOS ÚLTIMOS DOZE MESES, SUA ESCOLA RECEBEU TREINAMENTO
PARA LIDAR COM O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL?”,................ 62
TABELA 18 SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES SOBRE

ÁREAS EM QUE OS PROFISSIONAIS DA ESCOLA PARTICIPARAM DE
ATIVIDADES DE FORMAÇÃO CONTINUADA VOLTADAS PARA O
PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL............................................................... 62
14
TABELA 19 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
POR ESFERA ADMINISTRATIVA E REDE DE ENSINO NAS ESCOLAS
PESQUISADAS...................................................................................................................... 64
TABELA 20 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

POR REGIÃO DE LOCALIZAÇÃO (URBANA E RURAL) DAS ESCOLAS
PESQUISADAS...................................................................................................................... 65
TABELA 21 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES E DIRETORES QUE

RESPONDERAM AOS QUESTIONÁRIOS POR REGIÃO GEOGRÁFICA
DE LOCALIZAÇÃO DAS ESCOLAS PESQUISADAS................................................. 66
TABELA 22 SAEB 2019 – PORCENTUAL (%) DE DISTRIBUIÇÃO DOS

PROFESSORES DAS DIFERENTES ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
(N=228.141) E DIRETORES (N=67.029) QUE RESPONDERAM
AOS QUESTIONÁRIOS, CONFORME RAÇA DECLARADA,
NOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB 2019....................................................................... 67
TABELA 23 SAEB 2019 – PORCENTUAL DE RESPOSTAS (%) SOBRE NÍVEL

DE CONTRIBUIÇÃO DAS ATIVIDADES FORMATIVAS E CURSOS
REALIZADOS PELOS PROFESSORES (N=228.141)................................................ 72
TABELA 24 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DO NÚMERO DE

HORAS DISPENDIDAS EM DIVERSAS ATIVIDADES REMUNERADAS
INFORMADAS NO QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR (N=228.141)................. 73
TABELA 25 SAEB 2019 – RESPOSTA DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO À QUESTÃO “O PLANO DE CARREIRA PREVÊ O
LIMITE MÁXIMO DE 2/3 DA JORNADA DO(A) PROFESSOR(A)
EM SALA DE AULA?”........................................................................................................... 74
TABELA 26 SAEB 2019 – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO DO(A)

DIRETOR(A) (N=67.886), EM UMA SEMAMA NORMAL, EM RELAÇÃO
ÀS ATIVIDADES SOB SUA COMPETÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR,
CONSIDERANDO AS RESPOSTAS MAIS FREQUENTES NO
QUESTIONÁRIO DO DIRETOR......................................................................................... 74
TABELA 27 VÍNCULO TRABALHISTA NA ESCOLA DOS PROFESSORES

(N = 228.141), CONFORME RESPOSTAS AOS QUESTIONÁRIOS
DO SAEB 2019...................................................................................................................... 76
TABELA 28 SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS DE RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS

DOS PROFESSORES SOBRE O TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO
PROFESSOR(A) E O TEMPO DE EXPERIÊNCIA APENAS NA ESCOLA
PESQUISADA......................................................................................................................... 77
TABELA 29 SAEB 2019 – PLANO DE CARREIRA: CRITÉRIOS DE PROGRESSÃO OU

PROMOÇÃO UTILIZADOS NO PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO,
DE ACORDO COM RESPOSTAS OBTIDAS NOS QUESTIONÁRIOS DOS
SECRETÁRIOS MUNICIPAIS (N=5412)......................................................................... 78
15
TABELA 30 SAEB 2019 – NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM A PROFISSÃO,
DE ACORDO COM AS RESPOSTAS NOS QUESTIONÁRIOS
DOS PROFESSORES (N = 228.141)............................................................................... 79
TABELA 31 SAEB 2019 – PRINCIPAL FORMA DE DESLOCAMENTO ATÉ A ESCOLA

INFORMADA PELOS ESTUDANTES DE ESCOLAS RURAIS E URBANAS....... 80
TABELA 32 SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE OS ASPECTOS

ESTRUTURAIS DA ESCOLA............................................................................................. 85
TABELA 33 SAEB 2019 – INFORMAÇÃO DOS DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS

SOBRE O PREPARO DA COMIDA E A ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO
POR NUTRICIONISTAS....................................................................................................... 86
TABELA 34 SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DOS DIRETORES DE ESCOLA PÚBLICA

SOBRE DIVERSOS ASPECTOS DA MERENDA ESCOLAR..................................... 87
TABELA 35 SAEB 2019 – RESPOSTAS DOS DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS

SOBRE O LIVRO DIDÁTICO.............................................................................................. 88
TABELA 36 SAEB 2019 – UTILIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE RECURSOS

PEDAGÓGICOS PELO PROFESSOR EM SALA DE AULA....................................... 88
TABELA 37 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB

EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA –
TABELA 38 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) –
TABELA 39 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS


POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO – 2019......................................................................................................... 127
TABELA 41 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL

DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA
UNIDADE DA FEDERAÇÃO - 2019............................................................................. 132
TABELA 43 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO – 2019......................................................................................................... 150



POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA - UNIDADE DA
FEDERAÇÃO - 2019......................................................................................................... 175


FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) -

FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA -

EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO
MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA -

EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019L.......................................................................... 208
17
TABELA 52 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIA MÉDIAS NO SAEB EM

MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA –

TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) -

TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA –
SUMÁRIO
ESTA PUBLICAÇÃO POSSUI SUMÁRIO INTERATIVO

PARA RETORNAR AO SUMÁRIO, CLIQUE NO NÚMERO
DA PÁGINA EM CADA SEÇÃO
APRESENTAÇÃO�� 23
1 O SAEB 2019�� 25
1.1 CONCEITOS UTILIZADOS NO RELATÓRIO�� 27
1.2 NORMATIVO�� 29

1.3 POPULAÇÃO AVALIADA�� 30
1.3.1 Abrangência�� 31
1.4 INSTRUMENTOS�� 33
1.4.1 Testes�� 33
1.4.2 QuestionáriOS�� 36
1.5 OPERACIONALIZAÇÃO�� 43
1.5.1 Pré-aplicação�� 43
1.5.2 Aplicação�� 43
1.5.3 Pós aplicação�� 45
1.6 ETAPAS DE DIVULGAÇÃO�� 45
19
2 AVALIAÇÃO DOS EIXOS DE QUALIDADE�� 49
2.1 EIXO EQUIDADE�� 49
2.1.1 Contexto socioeconômico, cultural e espacial�� 50
2.1.2 Aprendizagem em casa, estrutura, apoio familiar e recursos�� 57
2.1.3 Intersetorialidade�� 59
2.1.4 Inclusão�� 60
2.2 EIXO PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO�� 63
2.2.1 Perfil dos profissionais da educação básica�� 64
2.2.2 Formação profissional�� 67
2.2.3 Condições de trabalho�� 72
2.2.4 Condições de emprego�� 75
2.3 EIXO ATENDIMENTO ESCOLAR�� 79
2.3.1 Acesso�� 79
2.3.2 Infraestrutura�� 83
2.3.3 Insumos e recursos�� 86
3 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL�� 91
3.1 LÍNGUA PORTUGUESA�� 91

3.1.1 Matriz de referência�� 91
3.1.2 Exemplo de item comentado�� 92
3.1.3 Escala de proficiência�� 93
3.1.4 Resultados�� 94
3.2 MATEMÁTICA�� 114
20
4 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL�� 139
5 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO�� 189
5.1.1 Matriz de Referência�� 191


REFERÊNCIAS�� 239
21
APRESENTAÇÃO
O presente Relatório de Resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)

tem a finalidade de apresentar aos gestores públicos e educacionais e a toda a sociedade os
dados referentes à edição do Saeb 2019.
O Saeb 2019 foi marcado por grandes novidades: a inclusão do 2º ano do ensino
fundamental na população de referência; a inclusão das áreas de Ciências Humanas e Ciências
da Natureza na avaliação; o início da implementação das matrizes de referência alinhadas à Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) e o estudo-piloto da avaliação da educação infantil.

Dessa forma, o Inep inova mais uma vez ao ampliar a abrangência do Saeb com o
propósito de disponibilizar informações que subsidiem a tomada de decisão para o constante
aprimoramento da educação básica ofertada aos estudantes brasileiros.
O Relatório do Saeb 2019 está organizado em três volumes. Este é o primeiro deles, voltado
para a análise das áreas e etapas já tradicionalmente avaliadas no Saeb: Língua Portuguesa
e Matemática no 5º e 9º anos do ensino fundamental e na 3ª e 4ª séries do ensino médio.
O segundo volume diz respeito aos resultados das aplicações no 2º ano do ensino fundamental,
enquanto o terceiro se dedica aos resultados de Ciências Humanas e Ciências da Natureza no

9º ano do ensino fundamental.
Este volume está estruturado em cinco partes. Na primeira, são apresentadas as
características do Saeb 2019. A segunda parte apresenta análises dos dados contextuais
coletados pela avaliação. A terceira parte é dedicada à apresentação dos resultados
de desempenho relativos ao 5º ano do ensino fundamental, enquanto a quarta foca o 9º ano do
ensino fundamental e a quinta parte, a 3ª e 4ª séries do ensino médio.
Danilo Dupas
23
1 O SAEB 2019
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) operacionaliza aplicações regulares

desde os anos 1990, coletando informações que permitem a gestores públicos, diretores,
professores e pesquisadores terem uma visão mais abrangente do cenário educacional brasileiro.
Dessa forma, os dados do Saeb contribuem para viabilizar ações no âmbito das políticas públicas
visando à contínua melhoria da qualidade educacional do País.
No decorrer das edições do Saeb, o Inep realizou uma série de aprimoramentos teórico-
metodológicos na avaliação.1 A edição de 2019 marca o início de um período de transição entre

as matrizes de referência utilizadas desde 2001 e as novas matrizes elaboradas em conformidade
com a Base Nacional Comum Curricular – BNCC (Brasil. Mec, 2018).
Em 2017 foi homologada a BNCC para a educação infantil e o ensino fundamental,
documento de caráter normativo que definiu o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo dessas etapas da educação básica,
de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
No bojo da implementação da BNCC, por meio da Resolução CNE nº 2, de 22 de dezembro
de 2017, foi estabelecido que, até o fim de 2018, as matrizes de referência das avaliações
educacionais em larga escala fossem alinhadas ao novo referencial curricular. As novas matrizes
de referência (Brasil. Inep, 2020d), devidamente alinhadas à BNCC, foram apresentadas à
sociedade por meio da publicação Sistema de Avaliação da Educação Básica – Documentos de
Referência (versão preliminar) (Brasil. Inep, 2018b).
Embora a Resolução CNE nº 2, de 2 de 22 de dezembro de 2017, tenha determinado o
referido prazo para o alinhamento entre as matrizes da avaliação e a BNCC, é preciso observar que
1
Mais informações sobre a evolução histórica do Saeb estão disponíveis nas publicações Relatório Saeb (Aneb e Anresc)
2005-2015: panorama da década (Brasil. Inep, 2018a) e Relatório Saeb 2017 (Brasil. Inep 2019c).
25
o Plano Nacional de Educação – PNE (Brasil, 2014) fixa metas para o Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb) até o ano de 2021 (Brasil. Inep, [2021a]). Uma vez que os resultados
dos testes de Língua Portuguesa e Matemática aplicados nos 5º e 9º anos do ensino fundamental
e na 3ª e 4ª séries do ensino médio compõem esse índice, no que se refere à aplicação do Saeb
2019, as matrizes de referências vigentes para essas áreas e etapas foram mantidas inalteradas,
de forma a preservar a comparabilidade entre as edições do Saeb (Brasil. Inep, 2020e).
Dado o cenário legal, priorizou-se a implementação das matrizes para a avaliação de Língua
Portuguesa e Matemática no 2º ano do ensino fundamental e de Ciências Humanas e Ciências
da Natureza no 9º ano do ensino fundamental, uma vez que essas novidades não impactam o
cálculo do Ideb (Brasil. Inep, [2021a]).
Assim, em 2019, foram avaliadas as etapas do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e
da 3ª e 4ª séries do ensino médio, por meio dos seguintes instrumentos:
a) Para estudantes do 2º ano do ensino fundamental, provas de Língua Portuguesa e de

Matemática compostas de itens de resposta objetiva e de itens de resposta construída,
elaborados em consonância com as matrizes de referência já alinhadas à BNCC;
b) Para estudantes do 9º ano do ensino fundamental, provas de Ciências da Natureza e
de Ciências Humanas compostas de itens de resposta objetiva e de itens de resposta
construída, elaborados em consonância com as matrizes de referência já alinhadas à
BNCC;
c) Para estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries do ensino
médio, provas de Língua Portuguesa e Matemática compostas de itens de resposta
objetiva, com matrizes de referência que permitem a manutenção da série histórica de
resultados do Saeb e, consequentemente, do Ideb. A aplicação, nessas etapas, incluiu
também questionários específicos para os estudantes, professores, diretores escolares
e secretários municipais de educação.
No bojo do Saeb 2019, também foi conduzido estudo-piloto para a avaliação da educação
infantil, realizado por meio da aplicação de questionários a professores e gestores de creches e
pré-escolas.
O Quadro 1, a seguir, sintetiza o panorama de aplicações no âmbito do Saeb 2019.
Nele, estão destacadas as áreas e etapas que são alvo de análise neste volume do Relatório de
Resultados do Saeb 2019.
QUADRO 1
SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS DO SAEB – 2019

(continua)
ETAPAS TESTES MATRIZES DE TIPO DE

QUESTIONÁRIOS
AVALIADAS COGNITIVOS REFERÊNCIA APLICAÇÃO
Dirigentes municipais de
educação
Educação infantil
Não há 2018 Amostral
(estudo-piloto) Diretores de escola
Professores
26
QUADRO 1
SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS DO SAEB – 2019

(conclusão)
ETAPAS TESTES MATRIZES DE TIPO DE

QUESTIONÁRIOS
AVALIADAS COGNITIVOS REFERÊNCIA APLICAÇÃO
Língua
2º ano do ensino 2018(alinhada à
Portuguesa e Não há Amostral
fundamental BNCC)
Matemática
educação
Cobertura censitária
Língua
5º ano do ensino Diretores de escola das escolas públicas e
Portuguesa e 2001
fundamental amostral das escolas
Matemática
Professores privadas
Estudantes
educação
Cobertura censitária
Língua
Diretores de escola das escolas públicas e
Portuguesa e 2001
amostral das escolas
Matemática
Professores privadas
9º ano do ensino
fundamental
Estudantes
Ciências da
2018
Natureza
Não há Amostral
e Ciências
(alinhada à BNCC)
Humanas
educação
3ª e 4ª séries do Cobertura censitária
Língua
ensino médio Diretores de escola das escolas públicas e
Portuguesa e 2001
(tradicional e amostral das escolas
Matemática

integrado) Professores privadas
Estudantes
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep.
Portanto, as informações coletadas pelo Saeb 2019, junto às redes de ensino e às escolas
por meio de testes cognitivos e questionários, não só dão continuidade à série histórica de
avaliação da educação básica, mas também ampliam o espectro coberto pela avaliação, oferecendo
subsídios ainda mais completos para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento

de políticas educacionais e para a produção de análises e estudos.
1.1 CONCEITOS UTILIZADOS NO RELATÓRIO
Com o propósito de subsidiar a leitura e a interpretação dos dados deste relatório,

apresenta-se o Quadro 2, contendo os principais conceitos registrados ao longo do documento.
27
QUADRO 2
DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS NO RELATÓRIO

DE RESULTADOS DO SAEB – 2019 (continua)
TERMO DEFINIÇÃO
Localização da escola em município que corresponde à capital da unidade

Área federativa (UF) ou em município do interior, segundo dados informados no
Censo Escolar da Educação Básica.
Em psicometria, o constructo é um atributo intangível, com manifestação

variável entre indivíduos, que só pode ser avaliado indiretamente, quando
expresso sob a forma de performances físicas, emocionais, atitudinais ou
Constructo cognitivas. O desempenho em um teste demonstraria o desenvolvimento de
habilidades, que, em conjunto, corresponderiam a essa espécie de estrutura de
disposições da inteligência inerente aos sujeitos, denominada também de traço
latente (Pasquali, 2004).
Rede à qual a escola é vinculada (municipal, estadual, federal ou privada),

Dependência administrativa
segundo dados informados no Censo Escolar da Educação Básica.
Medida de dispersão que indica o grau de variação de um conjunto de

Desvio-padrão
elementos em relação à sua média.
Indicam as alternativas incorretas à resolução da situação-problema proposta.

Distratores Os distratores devem ser plausíveis, isto é, devem parecer respostas corretas
para aqueles participantes que não desenvolveram a habilidade em questão.
Conjunto de números ordenados obtido pela Teoria de Resposta ao Item

(TRI) que representam a medida da proficiência em uma determinada área de
conhecimento. No Saeb, há uma escala de proficiência única para o 5º e 9º anos
do ensino fundamental e 3ª e 4ª séries do ensino médio – Língua Portuguesa e
Matemática, comum a todas as edições da avaliação (ex: a escala de proficiência
em Língua Portuguesa da edição de 2019 é a mesma das edições anteriores e
agrega as proficiências dos estudantes que participaram dos testes do 5º ano
Escala de proficiência do ensino fundamental, do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries
do ensino médio). Cada escala varia de 0 a 500 pontos, com média de 250 e
desvio-padrão de 50.
A partir da edição do Saeb 2019, foram construídas escalas de proficiência

para o 2º ano do ensino fundamental (uma escala para Língua Portuguesa –

Alfabetização, e uma escala para Matemática) e o 9º ano do ensino fundamental
(uma escala para Ciências Humanas e uma escala para Ciências da Natureza).
Escolas participantes da edição do Saeb 2019 que apresentaram taxa igual ou

Escolas com resultados
superior a 80% de participação dos estudantes e registraram, no mínimo, 10
divulgados
(dez) estudantes presentes no momento da avaliação.
Escolas participantes Escolas que tiveram estudantes presentes na aplicação do Saeb 2019.
Escolas públicas (urbanas e rurais) com pelo menos 10 (dez) estudantes

matriculados na etapa avaliada que poderiam ter participado da aplicação do

Escolas previstas
Saeb 2019, segundo dados informados no Censo Escolar da Educação Básica
de 2019 em sua versão preliminar.
Quantidade de alunos matriculados na etapa avaliada conforme informações

Estudantes matriculados
declaradas pela escola no Censo Escolar da Educação Básica.
Estudantes registrados como presentes na lista de frequência da instituição

Estudantes presentes aplicadora no dia de aplicação do teste e consistentes com o Censo Escolar da
Educação Básica 2019.
Estudantes matriculados nas etapas avaliadas (urbana e rural), segundo dados

Estudantes previstos informados no Censo Escolar da Educação Básica de 2019 em sua versão
preliminar.
28
QUADRO 2
DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS NO RELATÓRIO

DE RESULTADOS DO SAEB – 2019 (conclusão)
TERMO DEFINIÇÃO
Interpretação pedagógica das Descrição das habilidades desenvolvidas pelos estudantes em cada nível das
escalas de proficiência escalas de proficiência.
Localização da escola em área urbana ou em área rural, segundo dados

Localização
informados no Censo Escolar da Educação Básica.
Intervalos em cada escala de proficiência que são utilizados para agrupar tanto
Níveis das escalas de os itens (com base em seus parâmetros) como os estudantes (com base em
proficiência suas proficiências). Nas escalas de proficiência do Saeb, o intervalo que define
cada nível é de 25 pontos (correspondente a meio desvio-padrão).
População/público- alvo Conjunto de alunos, turmas e escolas que se pretende avaliar.
Conjunto de alunos, turmas e escolas que efetivamente serão avaliados na

População/público de referência
pesquisa, seja de forma censitária ou amostral.
Refere-se tanto aos conhecimentos ou habilidades medidos pelo teste (ex:

proficiência em Língua Portuguesa), como ao número que representa a medida
Proficiência desses conhecimentos ou habilidades (geralmente simbolizado pela letra grega
θ na Teoria de Resposta ao Item –TRI). Proficiência também é chamada de traço
latente ou habilidade.
Resultado do cálculo da média das proficiências dos estudantes com resultado

Proficiência média válido para o teste. Os termos “proficiência média” e “média das proficiências”
geralmente são utilizados indistintamente.
Razão entre a quantidade de estudantes presentes na etapa avaliada no dia

de aplicação e consistentes com o Censo 2019, dividida pela quantidade de
Taxa de participação
estudantes matriculados na etapa avaliada, conforme Censo 2019 em sua
versão final.

1.2 NORMATIVO
A Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, estabeleceu as diretrizes para a

operacionalização do Saeb no referido ano. Nela, constam informações sobre a definição da
população a ser avaliada; as etapas preparatórias para a aplicação; os instrumentos utilizados
para coleta de dados; o período de aplicação; os recursos e as condições para atendimento

especializado; os critérios para divulgação de resultados; os procedimentos para interposição de
recursos e as etapas de divulgação de resultados.
A citada portaria foi retificada em 18 de agosto de 2020, pela Portaria Inep nº 497, que
conferiu nova redação aos artigos 20, 21 e 23. Essa retificação implicou a mudança dos critérios
para divulgação de resultados.
Em 30 de dezembro de 2020, houve nova retificação da portaria original, por meio da
Portaria Inep nº 645, estabelecendo novo cronograma de divulgação de resultados ao alterar a
redação dos artigos 26 e 27.
29
Essas questões serão tratadas mais à frente, na seção dedicada ao detalhamento das
etapas de divulgação de resultados.
1.3 POPULAÇÃO AVALIADA
Ao descrever a população avaliada pelo Saeb 2019, é conveniente lembrar a distinção

entre população-alvo e população de referência. A população-alvo é a que se gostaria de cobrir
com uma pesquisa ou com um estudo, e é usualmente declarada de modo separado. A população
de referência é a que a pesquisa ou estudo vai efetivamente cobrir, e se baseia num sistema de
referência bem documentado que permite identificar e localizar claramente seus membros.
A população-alvo do Saeb 2019 foi estabelecida pela Portaria Inep nº 366, de 29 de abril
de 2019, conforme detalhamento do Quadro 3.
QUADRO 3
DETALHAMENTO DA POPULAÇÃO-ALVO DO SAEB – 2019
MÍNIMO
TIPO DE
REDE DE ENSINO DE DISCIPLINAS SÉRIES
APLICAÇÃO
MATRÍCULAS
Escolas públicas 10 Língua Portuguesa 5º e 9º anos do ensino Censitária

localizadas em zonas e Matemática fundamental e 3ª e 4ª
urbanas e rurais séries do ensino médio
(tradicional e integrado)
Escolas privadas 10 Língua Portuguesa 5º e 9º anos do ensino Amostral

localizadas em zonas e Matemática fundamental e 3ª e 4ª
urbanas e rurais séries do ensino médio
(tradicional e integrado)
Escolas públicas e 10 Ciências Humanas 9º ano do ensino Amostral

privadas localizadas e Ciências da fundamental
em zonas urbanas e Natureza
rurais
Escolas públicas e 10 Língua Portuguesa 2º ano do ensino Amostral

privadas localizadas e Matemática fundamental
em zonas urbanas e
rurais
Instituições públicas - - Creche ou pré-escola da Amostral

ou conveniadas etapa da educação infantil
com o setor público,
localizadas em zonas
urbanas e rurais
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep com base em Brasil. Inep (2019b).
Já a população de referência diz respeito ao conjunto de escolas, redes e sistemas que foi
efetivamente possível cobrir no Saeb 2019, seja de forma censitária ou amostral. A população
de referência do Saeb 2019, nos termos da Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, excluiu
30
as turmas multisseriadas, de correção de fluxo, de Educação Especial Exclusiva, de Educação de
Jovens e Adultos, de Ensino Médio Normal/Magistério, bem como as escolas indígenas que não
ministravam o ensino em Língua Portuguesa. As escolas indígenas que ministravam o ensino em
Língua Portuguesa, mas que possuíam particularidades em seus projetos políticos-pedagógicos,
consideradas incompatíveis com a aplicação do Saeb 2019, também puderam ser excluídas
da população de referência mediante solicitação das secretarias estaduais ou municipais de
educação. Tais solicitações foram enviadas ao Inep por e-mail até o dia 31 de maio de 2019, em
formulário próprio disponibilizado como anexo da Portaria Inep nº 366.
A população avaliada no âmbito do Saeb 2019 foi definida pelo Inep com base nas
informações autodeclaradas pelas escolas na primeira etapa do Censo Escolar da Educação
Básica 2019, denominada Matrícula Inicial (Brasil. Inep, 2020b).
As informações autodeclaradas pelas escolas no Censo Escolar são primordiais para o
planejamento do Saeb. Considerando que no momento do planejamento da aplicação do Saeb o
Censo Escolar não está finalizado, são os dados preliminares da matrícula inicial que são levados
em consideração pelo Inep para identificar as escolas participantes, identificar os instrumentos
de coleta de dados e materiais administrativos e outras atividades preparatórias.
As informações atualizadas após período de conferência, ratificação e eventual retificação
das informações declaradas no período de coleta da matrícula inicial foram consideradas para
validação da população de referência no momento do cômputo dos resultados do Saeb 2019.
No entanto, é importante ressaltar que – conforme disposto pela Portaria Inep nº 249, de 20
de março de 2019, que definiu o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação Básica
2019 – as informações de matrícula inicial declaradas pelas escolas, seja na coleta preliminar
ou no período de conferência, têm como referência o dia 29 de maio de 2019. Dessa forma, as
informações de movimentação de alunos2 após a data de referência da etapa de matrícula inicial
do Censo Escolar não foram rastreadas no âmbito do Saeb 2019.
A seguir, será apresentado o detalhamento da abrangência do Saeb 2019. Serão
reportados, especificamente, os dados referentes aos 5º e 9º anos do ensino fundamental e às 3ª

e 4ª séries do ensino médio (tradicional e integrado), em foco neste volume.
1.3.1 ABRANGÊNCIA
A aplicação dos questionários e dos testes de Língua Portuguesa e Matemática no 5º e

9º anos do ensino fundamental e na 3º e 4ª séries do ensino médio se deu de maneira censitária
nas escolas públicas (considerados os critérios estabelecidos pela Portaria Inep nº 366, de 26
de abril de 2019, para a população de referência) e de forma amostral nas escolas particulares
(Brasil. Inep, 2019d).
A referida amostra foi desenhada a partir de estudos e análises estatísticas para refletir
os estratos de interesse analisados pelo Saeb. Dessa forma, a amostra avaliada gera resultados
confiáveis sobre as redes (nesse caso, apenas privada, já que as escolas públicas são avaliadas
censitariamente); unidades da Federação; localização (urbana e rural); área (capital e interior) e
modalidade de ensino (tradicional e integrado).
2
As informações de movimentação escolar dos alunos são coletadas na segunda etapa do Censo Escolar, denominada
Situação do Aluno. As informações de Situação do Aluno são coletadas no início do ano letivo subsequente.
31
As informações detalhadas sobre a amostragem do Saeb 2019 podem ser acessadas no
Relatório de Amostragem do Saeb 2019 (Brasil. Inep, 2021d).
A Tabela 1, a seguir, informa a abrangência do Saeb 2019.
TABELA 1
ABRANGÊNCIA NACIONAL DO SAEB – BRASIL – 2019
ESTUDANTES ESCOLAS DA
DA ESTUDANTES ESTUDANTES POPULAÇÃO ESCOLAS ESCOLAS
ETAPA
POPULAÇÃO DE PREVISTOS PRESENTES DE PREVISTAS PARTICIPANTES
REFERÊNCIA REFERÊNCIA
5 EF 2.882.901 2.581.685 2.203.644 62.565 47.738 47.539
9 EF 2.624.438 2.388.931 1.946.838 48.278 38.181 37.967
3 EM E 4 EM
2.033.271 1.850.283 1.402.197 24.750 19.001 18.830
TRADICIONAIS
3 EM E 4 EM
150.151 168.232 114.798 1.557 1.564 1.522
INTEGRADOS
3 EM E 4 EM
2.183.422 2.018.515 1.516.995 25.821 20.083 19.874
TOTAL
TOTAL BRASIL 7.690.761 6.989.131 5.667.477 88.769 72.990 72.577
Fonte: Elaborada por Daeb/Inep.
A Tabela 2 dimensiona a participação das escolas particulares, em caráter amostral:
TABELA 2
PARTICIPAÇÃO DE ESCOLAS PRIVADAS NO SAEB – BRASIL – 2019

ESCOLAS ESCOLAS
ETAPA PRIVADAS PRIVADAS
PREVISTAS PARTICIPANTES
5 EF 1.138 1.071
9 EF 1.261 1.141
3 EM E 4 EM
1.158 1.008
TRADICIONAIS
3 EM E 4 EM
50 34
INTEGRADOS
3 EM E 4 EM TOTAL 1.205 1.039
TOTAL BRASIL 2.378 2.152
Fonte: Elaborada pela Daeb/Inep.
32
1.4 INSTRUMENTOS
A coleta de dados, no âmbito do Saeb 2019, contou com dois tipos de instrumentos:
testes e questionários. A seguir, serão exploradas as características de cada um deles.
1.4.1 TESTES
Os estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3ª e 4ª séries do ensino médio

responderam a testes de desempenho de Língua Portuguesa e Matemática.
Os testes de Língua Portuguesa tiveram como foco a leitura, com o objetivo de verificar
se os alunos são capazes de apreender o texto como construção de conhecimento em diferentes
níveis de compreensão, análise e interpretação. A opção por esse foco apoia-se na proposição
de que ser competente no uso da língua significa saber interagir, por meio de textos, nas mais
diferentes situações de comunicação. É uma atividade complexa que exige que o leitor demonstre
habilidades como reconhecer, identificar, agrupar, associar, relacionar, generalizar, abstrair,
comparar, deduzir, inferir, hierarquizar.
Nos testes de Matemática, o foco esteve na resolução de problemas. Foram consideradas
capacidades como observação, estabelecimento de relações, comunicação (diferentes
linguagens), argumentação e validação de processos, estimulando formas de raciocínio como
intuição, indução, dedução e estimativa. Parte-se do pressuposto de que o conhecimento
matemático ganha significado quando os alunos têm situações desafiadoras e trabalham para
desenvolver estratégias de resolução, o que não exclui totalmente a possibilidade da proposição
de alguns itens com o objetivo de avaliar se o aluno tem domínio de determinadas técnicas.
A elaboração dos itens para testes de desempenho em avaliações em larga escala requer
que o elaborador tenha domínio tanto da área de conhecimento a ser avaliada quanto dos
procedimentos técnicos que envolvem sua construção (Brasil. Inep, 2010).
Nos testes de desempenho do Saeb para o 5º e 9º anos do ensino fundamental e a 3ª e 4ª
séries do ensino médio – Língua Portuguesa (Leitura) e Matemática (Resolução de Problemas)

são utilizados apenas itens do tipo múltipla escolha, os quais dividem-se em três partes: texto-
base, enunciado e alternativas.
• Texto-base: representa o elemento motivador da situação-problema colocada no

item e pode se constituir de um ou mais textos-base verbais ou não verbais (por ex.:
imagens, figuras, tabelas, gráficos ou infográficos, esquemas, quadros, experimentos,
entre outros).
• Enunciado: instrução clara e objetiva sobre a tarefa a ser realizada pelo participante do
teste.
• Alternativas: possibilidades de respostas para a situação-problema apresentada,

dividindo-se em gabarito e distratores. O gabarito indica, inquestionavelmente, a
única alternativa correta que responde à situação-problema proposta, enquanto
os distratores indicam as alternativas incorretas à resolução da situação-problema
proposta. No Saeb, os itens para o 5° e o 9° ano do ensino fundamental apresentam
quatro alternativas de resposta, enquanto os itens para a 3ª e 4ª séries do ensino médio
apresentam cinco alternativas.
33
Após a elaboração dos itens para os testes, há várias etapas de validação, tais como
revisão técnico-pedagógica, revisão linguística e pré-testagem, a qual consiste na aplicação dos
itens a uma amostra representativa da população de estudantes que fará o teste. O objetivo
nessa fase é obter informações sobre as características estatísticas dos novos itens. Com os itens
pré-testados, parte-se para a análise estatística e pedagógica dos resultados e sua seleção ou
exclusão no Banco Nacional de Itens do Inep. Após essa seleção, procede-se à montagem dos
blocos e cadernos.
Para montar os cadernos de prova do Saeb, o Inep utiliza uma metodologia denominada
Blocos Incompletos Balanceados – BIB (Montgomery, 1984), que permite que um grande número
de itens seja aplicado ao conjunto de alunos avaliados, sem que cada aluno precise responder a
todos eles.
No 5º ano do ensino fundamental, para cada uma das áreas do conhecimento avaliadas, são
montados sete blocos contendo 11 itens cada, totalizando 77 itens. Desses itens, 21 são comuns
com a edição anterior, de forma a assegurar a comparabilidade entre as edições. A montagem
de um caderno de provas do Saeb combina dois blocos de Língua Portuguesa e dois blocos de
Matemática. Sendo assim, os estudantes de 5º ano do ensino fundamental respondem a 22 itens
de Língua Portuguesa e a 22 itens de Matemática, totalizando 44 itens em cada caderno de
prova.
Nas avaliações do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries do ensino médio, para
cada uma das áreas do conhecimento também são montados sete blocos, que contêm 13 itens
cada, totalizando 91 itens. Desses itens, 21 são comuns com a edição anterior e outros 21 são
comuns entre os anos/séries. Isso quer dizer que estudantes do 9º ano do ensino fundamental
respondem também a itens que são aplicados aos estudantes do 5º ano do ensino fundamental.
Da mesma forma, estudantes da 3ª e 4ª séries do ensino médio respondem a itens do 9º ano do
ensino fundamental. Os estudantes do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries do ensino
médio respondem a um caderno de prova com 52 itens no total, 26 itens de Língua Portuguesa
e 26 itens de Matemática. Ao todo, são confeccionados 21 tipos diferentes de cadernos de
prova, elaborados a partir do cruzamento dos blocos, para cada etapa de ensino avaliada, e cada
estudante responde a apenas um caderno de prova.

A Tabela 3 apresenta o BIB das avaliações de Língua Portuguesa e Matemática do 5º e 9º
anos do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries do ensino médio, que vem sendo utilizado para o
Saeb desde 2005.
TABELA 3
BIB UTILIZADO PARA COMPOSIÇÃO DOS CADERNOS DE PROVA DO SAEB 2005 A 2019
(continua)
BLOCOS BLOCOS
DISCIPLINA
CADERNO DISCIPLINA 1
POSIÇÃO POSIÇÃO 2 POSIÇÃO POSIÇÃO
1 2 1 2
Língua
1 LP1 LP2 Matemática M1 M2
Portuguesa
Língua
2 Matemática M2 M3 LP2 LP3
Portuguesa
Língua
Portuguesa
34
TABELA 3
BIB UTILIZADO PARA COMPOSIÇÃO DOS CADERNOS DE PROVA DO SAEB 2005 A 2019
(conclusão)
BLOCOS BLOCOS
DISCIPLINA
CADERNO DISCIPLINA 1
POSIÇÃO POSIÇÃO 2 POSIÇÃO POSIÇÃO
1 2 1 2
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa

Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Língua
Portuguesa
Blocos Blocos
Caderno DISCIPLINA
DISCIPLINA 1
MACROTIPO POSIÇÃO POSIÇÃO 2 POSIÇÃO POSIÇÃO
1 2 1 2
Língua
22 Matemática 1 2 1 2
Portuguesa
35
1.4.2 QUESTIONÁRIOS
Desde o primeiro ciclo do Saeb, os questionários vêm sendo utilizados com o objetivo
de coletar dados que pudessem contextualizar os resultados dos testes cognitivos aplicados
aos estudantes. Em 2018, com a divulgação da matriz do Saeb, o objetivo dos questionários se
amplia para medir as dimensões da qualidade da educação definida a partir de sete eixos, eixos
esses baseados em definições dos normativos legais (Brasil. Inep, 2018b). A matriz de referência
para os questionários do Saeb define os constructos de cada eixo de qualidade da educação
e, com base neles, os temas e os tópicos que devem ser mensurados. A definição dos temas e
tópicos, levou em consideração, além da legislação, a literatura educacional e os principais temas
abordados nos questionários das principais avaliações educacionais internacionais: Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), Trends International Results in Mathematics and
Science Study (TIMSS) etc.
Estruturados como instrumentos dentro de uma ampla pesquisa, os questionários têm
como objetivo geral produzir informações e indicadores que permitam mensurar as diferentes
dimensões da qualidade da educação.
Para auxiliar na definição dos construtos dos eixos, foi formada uma comissão com 24
especialistas de diferentes áreas, escolhidos em razão de sua produção e experiência acadêmica.
Os especialistas foram divididos em grupos e durante três ciclos, desdobrados em encontros
temáticos, debateram com a equipe do Inep os princípios norteadores dos construtos a serem
avaliados, utilizando para isso textos orientadores produzidos por alguns desses profissionais
e demandados pelo Inep. A segunda etapa do trabalho envolveu também a definição de quais
eixos seriam desenvolvidos para dar origem à elaboração de itens para os questionários. Os
eixos escolhidos a serem trabalhados foram equidade, gestão e profissionais de educação. Pelo
planejamento, os eixos seguintes seriam desenvolvidos para aplicação nos ciclos seguintes.
Sobre os eixos escolhidos, novas rodadas de discussão foram realizadas. Com base na
definição de temas e tópicos para cada eixo de qualidade, a equipe do Inep construiu os itens. Com
tal fim, revisou os itens utilizados nos ciclos anteriores, tomou por base as principais pesquisas
educacionais e, a partir delas e das percepções da equipe, elaborou novos itens. Quanto aos itens
dos ciclos anteriores que tratavam de temas relativos aos outros eixos não escolhidos, optou-se
por mantê-los na forma como aplicados. Foi previsto que esses questionários, assim construídos,
passariam por pré-testes qualitativos e quantitativos.

Também, em 2019, foi definido que alguns dos questionários seriam aplicados no
formato eletrônico. Neste caso, paralelamente à discussão dos eixos de qualidade, discutiu-se
a funcionalidade de aplicativos que seriam desenvolvidos por empresa contratada pelo Inep
para tal objetivo. Essa foi uma tarefa desafiadora na medida em que era preciso compatibilizar
um antigo sistema do Inep, conhecido por Sistema de Questionário do Inep (SQI), que, apesar
do título, apenas armazena em formato eletrônico as informações que serão utilizadas, com as
novas funcionalidades que deveriam estar incluídas nos instrumentos a serem desenvolvidos.
Discutiu-se muito que para os próximos ciclos deveria ser desenvolvido um completo sistema
para os questionários ou então a aquisição de sistemas comerciais em uso há vários anos.
Como parte do processo de divulgação dos resultados da aplicação do Saeb 2019, a
metodologia utilizada no cálculo dos pesos para expansão dos resultados, tanto aqueles obtidos
por amostragem quanto aqueles provenientes da aplicação censitária, está descrita no relatório
produzido pelo Inep em 2021 (Brasil. Inep, 2021d).
A seguir, serão descritas as formas de aplicação, os instrumentos utilizados para
levantamento das informações e os tipos de tratamento fornecidos aos dados obtidos por meio
dos questionários do Saeb 2019 aplicados aos alunos, professores, diretores e secretários
municipais.
36
1.4.2.1 ALUNO
O questionário do aluno do Saeb 2019, aplicado em papel e encartado no teste cognitivo,

foi composto de três páginas. Os estudantes do 5º ano e do 9º ano do ensino fundamental e os
da 3ª e 4ª séries do ensino médio eram orientados a respondê-los em até 30 minutos, após o
término do preenchimento do teste cognitivo.
Os questionários possuíam itens simples e blocos de itens (agrupamento de itens que
respondiam a um mesmo comando). O aplicado no 5º ano possuía 11 itens simples e outros sete
blocos de itens que se desdobravam em outros 37 subitens, perfazendo um total de 48 itens.
Os questionários do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª e 4ª séries do ensino médio eram
compostos também dos mesmos 48 itens, acrescidos por mais um item, no primeiro caso, e por
dois, no segundo. O acréscimo de itens para esses anos escolares teve por objetivo pesquisar
algumas de suas especificidades.
Com relação aos anos anteriores, não houve grande variação no número de itens, mas
aumentou-se uma página e eliminou-se sua apresentação em duas colunas, algo que foi
identificado como causa de possíveis dificuldades para a resposta dos estudantes. Além disso,
o tamanho da fonte também foi ampliado, pelo mesmo motivo. Essas alterações permitiram
a utilização de itens em formato de tabela, que tendem a ser de mais rápido preenchimento.
Também valorizaram o instrumento, demonstrando respeito ao respondente e a importância de
sua resposta.
A maior parte dos itens destes questionários levantou informações socioeconômicas das
famílias dos alunos, aspectos do perfil do estudante, sua trajetória escolar, transporte utilizado
para ir à escola e utilização do tempo fora da escola.
Para a medida socioeconômica foram elaborados itens relativos à escolaridade dos pais
ou responsáveis, posse de bens das famílias e infraestrutura da casa onde viviam. Com base
nessas informações, foi construído o Indicador de Nível Socioeconômico (Inse). Sua descrição e
metodologia estão contidas em “Saeb 2019: indicador de nível socioeconômico do Saeb 2019:
nota técnica”. Nela também está descrito o cálculo dos pesos amostrais, algo necessário para

replicar os resultados nacionalmente. Dessa forma, a base de dados dos questionários dos
estudantes do Saeb 2019 representa um total de 7.600.685 estudantes (Tabela 4).
TABELA 4
NÚMERO DE ESTUDANTES REPRESENTADOS NOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB APÓS EXPANSÃO

PELO PESO AMOSTRAL DO INDICADOR SOCIOECONÔMICO POR REGIÃO – BRASIL – 2019
ESTUDANTES ESTUDANTES ESTUDANTES

REGIÃO/PAÍS TOTAL
5º ANO EF 9º ANO EF 3ª SÉRIE EM
Norte 313.593 259.207 214.916 787.716
Nordeste 828.355 724.542 611.517 2.164.414
Sudeste 1.123.218 1.044.303 887.442 3.054.963
Sul 378.805 354.911 262.078 995.794
Centro-Oeste 231.168 219.930 146.700 597.798
Brasil 2.875.139 2.602.893 2.122.653 7.600.685

37
1.4.2.2 PROFESSOR(A)
O questionário do(a) professor(a) aplicado no Saeb 2019 foi impresso em oito páginas
e cartão-resposta de leitura ótica, contendo 128 itens, divididos em sete seções, além de dois
blocos com perguntas gerais e específicas sobre as práticas pedagógicas, conforme a seguir.
No Saeb 2019 foram aplicados dois instrumentos para professores, um questionário
eletrônico somente para o piloto da educação infantil e outro impresso voltado para os professores
do ensino médio e fundamental. Aqui serão abordados somente os resultados obtidos para o
ensino médio e fundamental, visto que o piloto não produziu resultados nacionais, e sua análise
deverá ser feita somente em outro documento.
O questionário do(a) professor(a) aplicado no Saeb 2019 foi impresso em oito páginas e
mais um cartão-resposta utilizado para a realização de leitura ótica. Continha 128 itens divididos
em dez seções, conforme disposição a seguir:
1) Informações pessoais e profissionais – itens sobre cor/raça, experiência profissional

e tipo de vínculo trabalhista.
2) Concepções – nove itens sobre suas percepções em relação à sua profissão, às

avaliações externas e à aprendizagem dos estudantes.
3) Hábitos culturais – itens sobre a frequência de: ler jornais e revistas, livros; acessar a
internet e redes sociais; assistir a filmes e telejornais; ir a museus e centros culturais.
4) Condições de trabalho – itens relativos a suas percepções sobre a infraestrutura da

sala de aula que utiliza na escola, os recursos didáticos que normalmente utiliza nas
suas atividades cotidianas e o tempo gasto com as atividades profissionais.
5) Formação profissional – itens sobre a participação em atividades de desenvolvimento

profissional e sua percepção sobre quanto isso contribuiu para as atividades didáticas
na docência: necessidades de aperfeiçoamento profissional; participação de colegas
nas atividades de formação.
6) Gestão – itens que revelam qual sua participação na escolha de material didático,
conteúdo trabalhado em sala, metodologia de ensino e instrumentos de avaliação.
Também foram abordados outros aspectos da gestão escolar, como o processo de
elaboração do projeto político-pedagógico, a existência e atuação do conselho de
classe e a colaboração com outros atores para superar dificuldades na aprendizagem
dos estudantes e nas relações interpessoais. Esse bloco apresenta ainda um conjunto
de itens sobre suas percepções quanto à direção da escola, envolvendo: discussão

sobre as metas educacionais em reuniões; atenção aos problemas pedagógicos,
administrativos e de manutenção da escola; atitudes de liderança, estímulo e motivação
da equipe.
7) Clima escolar – itens sobre a frequência com que alguns eventos de violência ocorrem
na escola e a postura dos alunos em relação às regras de convivência no ambiente
escolar.
8) Práticas pedagógicas – Bloco geral – esse constructo é verificado em dois diferentes

blocos de itens sobre as estratégias pedagógicas que o(a) professor(a) utiliza com os
38
alunos da turma avaliada. Itens sobre a frequência com que determinadas práticas
são realizadas pelos professores, como proposição e correção de dever de casa,
desenvolvimento de atividades em grupo e de projetos temáticos, proposição de cópia
de atividades de livros ou da lousa, estímulo à argumentação dos alunos e proposição
de situações de aprendizagem que sejam familiares ou de interesse dos alunos.
9) Práticas pedagógicas dos professores de Língua Portuguesa – itens sobre práticas

pedagógicas dos professores específicas ao ensino de Língua Portuguesa, indagando
sobre a frequência com que são realizadas atividades tais como promoção de
discussões a partir da leitura de jornais ou revistas e atividades gramaticais correlatas,
utilização de contos, crônicas ou outros gêneros textuais para exercícios gramaticais.
10) Práticas pedagógicas dos professores de Matemática – itens referentes ao ensino

de Matemática, indagando sobre a frequência com que se realizam atividades para
fixação de procedimentos e regras; se discutem diferentes modos para resolver
problemas e cálculos; outras práticas concernentes à docência na área.
Segundo o manual de aplicação do Saeb, a pessoa responsável pela aplicação do teste

cognitivo entrega os questionários aos professores de Língua Portuguesa e Matemática presentes
na escola no dia da aplicação, logo que chega à escola, e os recolhe ao término da aplicação do
teste. A quantidade de questionários em posse do aplicador era igual à quantidade de turmas
dos anos escolares que foram testados na escola. Como muitos professores ministram aulas em
diversas turmas, o manual informa que os professores devem preencher todo o questionário para
uma das turmas em que ministra aulas e para as demais deve preencher apenas os itens relativos
à Língua Portuguesa ou Matemática. Apesar de não estar expresso no manual de aplicação,
percebeu-se que muitos professores, ao receberem o questionário novamente, quando o teste
cognitivo foi aplicado em outra escola em que também ministravam aulas, preencheram somente
os blocos relativos às suas respectivas áreas de conhecimento.
Como o procedimento de aplicação utilizado redundou em problemas de fidedignidade,

para os cálculos estatísticos foram considerados apenas os questionários preenchidos por
completo, descartando-se aqueles que não foram preenchidos e retornaram em branco, bem
como aqueles em que nenhum dos três primeiros itens foram respondidos. Com isso, para as
análises, do total de 388.119 questionários, foram considerados 228.141, equivalentes a 59%
do total (Tabela 5).
TABELA 5
PREENCHIMENTO DOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB PELOS(AS) PROFESSORES(AS) –

BRASIL – 2019
NÃO PREENCHEU PREENCHEU

TIPO DE PREENCHIMENTO NENHUM DOS TRÊS UM DOS TRÊS TOTAL
PRIMEIROS ITENS PRIMEIROS ITENS
Não preenchido 71.343 0 71.343
Preenchido parcial ou totalmente 88.635 228.141 316.776
Total 159.978 228.141 388.119
39
1.4.2.3 DIRETOR (A)
O questionário do(a) diretor(a) de escola foi aplicado no formato eletrônico, com base nos
dados de identificação da escola coletados pelo Censo Escolar, e-mail da escola e do diretor,
sendo encaminhado o link do questionário por e-mail. As duas primeiras informações que o
respondente deveria preencher eram seu CPF e o código da escola no cadastro do Censo Escolar.
No total, o questionário foi composto por 243 itens, sendo que muitos deles tinham regras
de dependência, ou seja, seriam visualizados, ou não, a depender da resposta dada ao item
anterior. O questionário foi formado por sete seções, descritas abaixo.
1) Informações pessoais e condições de trabalho – itens relativos a cor/raça, experiência

profissional, necessidade de formação continuada em determinadas áreas do
conhecimento, tempo gasto com atividades relacionadas à educação e com atividades
de direção da escola.
2) Condições de funcionamento da escola – itens relativos a: etapas de ensino oferecidos

pela escola; condições do ambiente físico, dos equipamentos e das instalações;
recebimento dos livros didáticos; interrupções do calendário escolar e seus motivos;
violência na escola com base na frequência de episódios de agressão verbal ou física,
de atentado à vida, de ameaças, de furto, de roubo e de alunos sob efeito de bebida
alcoólica, drogas ou portando algum tipo de arma.
3) Recursos e infraestrutura – itens sobre: estrutura física e recursos necessários para

atendimento dos estudantes; aspectos relacionados à segurança da escola e dos
alunos, abordando a qualidade e o controle de acesso, vigilância e existência de
estrutura adequada de muros, grades ou cercas; fontes de financiamento dos recursos
pedagógicos oferecidos aos estudantes.
4) Gestão e participação – itens sobre: existência e atividade de grêmio estudantil, do

conselho escolar, do conselho de classe e associação de pais e mestres; percepções
sobre os principais problemas que afetaram o funcionamento da escola e as dificuldades

encontradas na gestão escolar; necessidade de recursos; oferta e qualidade da merenda
oferecida na escola; oferta de ensino religioso; administração da escola por instituições
militarizadas.
5) G
estão pedagógica – itens sobre: projeto político-pedagógico da escola e seu
processo de elaboração; critérios para a formação de turmas e atribuição destas aos
professores; ações para a redução de repetência e evasão escolar e para a melhoria da
aprendizagem dos alunos; tipos de parcerias realizadas pela escola; oferecimento de

atividades formativas aos professores; participação da escola em avaliações externas e
uso dos seus resultados.
6) E
ducação inclusiva – itens sobre a composição da equipe escolar voltada para a
inclusão do público-alvo da educação especial e a existência de treinamento para esses
profissionais.
7) Avaliação do instrumento – itens sobre o preenchimento dos questionários, visando ao

aprimoramento do instrumento.
40
Foram recebidos 74.176 questionários, sendo que 6.290 retornaram em branco e em 857
escolas verificou-se que o código da escola estava duplicado.
No caso das escolas com dois questionários preenchidos, para se conseguir trabalhar com
apenas um único questionário por escola, e não ter escolas com dupla representação no resultado,
o que poderia causar distorções, adotou-se como critério utilizar aquele no qual o diretor afirmava
possuir maior tempo na direção em relação a outro da mesma escola. Consideraram-se, então,
as respostas ao item “Há quanto tempo você é diretor dessa escola?” (variáveis TX_RESP_Q006
para anos e TX_RESP_Q007 para meses), levando em conta apenas os diretores com maior
tempo de experiência. No total, os dados do relatório foram baseados nas respostas dos diretores
de 67.029 escolas. Esses dados são apresentados na Tabela 6.
TABELA 6
PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO DO SAEB PELOS(AS) DIRETORES(AS) – BRASIL – 2019
TIPO DE
DUPLICADOS ÚNICOS TOTAL
PREENCHIMENTO
Não preenchido 0 6.290 6.290
Preenchido parcial ou
857 67.029 67.886
totalmente
Total 857 73.319 74.176
Fonte: Elaborada poir Daeb/Inep.
1.4.2.4 SECRETÁRIO(A) MUNICIPAL
O questionário do dirigente municipal de educação foi disponibilizado de forma eletrônica

através de um link de internet, encaminhado por e-mail aos órgãos municipais de educação ou
diretamente aos dirigentes. Para isso, foi usado o cadastro disponível no Inep, o uso das bases
da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional

de Municípios (CNM), assim como pesquisa na internet. Dessa forma, foi possível construir uma
base de 5.530 contatos com os órgãos municipais de educação, com apenas 38 municípios fora
dessa base de aplicação. É importante destacar que o contato por e-mail deve ser atualizado
a cada aplicação, pois muitos endereços eletrônicos não são institucionais, mas ligados a uma
determinada gestão. Mudam-se os gestores educacionais, algo que acontece com bastante
frequência, e trocam-se os e-mails.
Assim como no caso dos diretores, para acessar o questionário dos secretários, algumas
informações foram solicitadas: o Cadastro de Pessoa Física (CPF) do respondente, a identificação

da unidade federativa e a do município.
Esse questionário foi composto por 214 itens, embora nem todos fossem disponibilizados
ao secretário diretamente, pois havia regras de dependência. O questionário possuía nove seções,
descritas conforme a seguir.
1) Informações pessoais e experiência profissional – Itens que abordaram características

pessoais como sexo, raça e cor, idade, formação educacional e experiência profissional
no campo.
41
2) Organização e planejamento – Levantamento sobre a organização do órgão gestor e
as despesas sob sua responsabilidade, constituição do sistema municipal de ensino,
critérios de nomeação de diretores de escolas.
3) C
onselhos de gestão – Coletaram-se dados sobre a existência, ou não, dos conselhos
da área de educação, a frequência de reuniões e sua estrutura de funcionamento.
4) Educação infantil – Itens relativos à oferta de educação infantil, envolvendo a estrutura

do órgão gestor para atender a esta etapa de ensino, tanto em sua rede como na
supervisão de instituições privadas e no planejamento da oferta de vagas.
5) Ensino fundamental – Itens que abordavam os programas do município voltados para

esta etapa de ensino e sobre a existência de currículo municipal.
6) Ensino médio – Itens voltados para esta etapa de ensino e sobre a existência de
currículo municipal, programas e formação de professores.
7) A
valiação – Itens que abordavam a utilização de resultados das avaliações externas
para orientar as práticas e o planejamento do órgão gestor.
8) Plano de carreira – Itens para identificar a existência de planos de carreira para os

diferentes profissionais da educação, critérios de promoção, respeito à lei do piso
salarial do professor e programas de formação continuada.
9) A
valiação do questionário – Itens para captar a percepção dos respondentes sobre os
termos utilizados e a facilidade de preenchimento do questionário.
Para a edição de 2019, devido à interpretação da Lei Geral de Proteção de Dados –

LGPD (Brasil, 2019), o Inep decidiu não identificar os municípios que participaram da pesquisa,
disponibilizando nos microdados apenas a região e a unidade da Federação a que pertencem.
Entre os 5.568 municípios brasileiros, foram levantadas informações de 5.412, ou seja, 97,2%
do total (Tabela 7).
TABELA 7
DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB PELAS SECRETARIAS

MUNICIPAIS POR REGIÃO – BRASIL – 2019
REGIÃO FREQUÊNCIA PORCENTUAL (%)
Norte 435 8,0

Nordeste 1.743 32,2
Sudeste 1.618 29,9
Sul 1.165 21,5
Centro-Oeste 451 8,3
Total 5.412 100,0
42
1.5 OPERACIONALIZAÇÃO
A aplicação do Saeb em território nacional ocorreu no período de 21 de outubro a 1º de

novembro de 2019 e configurou-se como uma atividade de natureza complexa, que envolveu
milhões de estudantes, professores, gestores e equipes especializadas no planejamento e
coordenação da aplicação dos instrumentos e na análise dos resultados. Dessa forma, demandou
o trabalho concomitante de equipes com formação específica e capacitadas para realizar distintas
tarefas, que exigem mobilização e nível de experiência.
Para operacionalizar a aplicação da edição do Saeb 2019, o Inep contratou instituição
especializada na avaliação de desempenho de estudantes e de instituições educacionais em
larga escala.
A contratação de instituição aplicadora obedeceu ao princípio constitucional da isonomia e
se pautou nos princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, e de outros que lhe são correlatos. Com isso, assegura-se que os resultados das
avaliações sejam utilizados para o planejamento educacional, fornecendo dados importantes para
comparabilidade, análises e estudos, além de serem instrumentos de medição da qualidade das
escolas do País, utilizados tanto como referenciais no desenvolvimento de políticas públicas para
a educação básica de apoio técnico e financeiro, quanto como fonte de consultas pela sociedade.
A operacionalização do Saeb 2019 se deu em três grandes fases, a saber: pré-aplicação,
aplicação e pós-aplicação. Cada uma dessas fases envolve vários atores e setores e ocorre em
consonância com os procedimentos específicos necessários a cada ação, definidos por área
competente no âmbito do Inep.
1.5.1 PRÉ-APLICAÇÃO
A primeira fase corresponde à pré-aplicação e compreende o planejamento logístico de

todas as etapas da aplicação do Saeb como: os insumos humanos, materiais e tecnológicos, a
preparação dos instrumentos, a contratação de instituição especializada para realizar a aplicação,

a capacitação das equipes envolvidas na aplicação e o agendamento da aplicação junto às
instituições de ensino.
A seleção e a capacitação dos aplicadores dos instrumentos de coleta de dados ficam a
cargo da instituição aplicadora, que segue as recomendações do Inep para que esses profissionais
tenham formação e experiência comprovada no campo educacional. Após receberem capacitação
específica, os aplicadores agendam o dia e o horário da aplicação junto às escolas, conforme
orientações do Inep.
1.5.2 APLICAÇÃO
A segunda fase é a de aplicação. Essa fase se refere à instalação e à estruturação dos

polos de aplicação (espaços para distribuição de materiais e gerenciamento das aplicações pelos
coordenadores), à implementação das estratégias para aplicação, aos procedimentos adotados
para os dias de aplicação e aos procedimentos de contingência diante das ocorrências e situações
adversas.
As aplicações foram realizadas em dias letivos, no horário já frequentado pela(s) turma(s)
que participou/participaram da avaliação. Nas escolas que receberam aplicações para os 5º e 9º
43
anos do ensino fundamental e para as 3ª e 4ª séries do ensino médio – em foco neste volume –,
foram aplicados dois conjuntos de instrumentos: testes de proficiência em Língua Portuguesa e
Matemática e questionários.
Cada caderno de prova possuía dois blocos de questões. Os estudantes tiveram 25 (vinte
e cinco) minutos para responder a cada bloco, 10 (dez) minutos para preencher o gabarito e 30
(trinta) minutos para responder ao questionário, totalizando 1 (uma) hora e 30 (trinta) minutos
de prova.
1.5.2.1 ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
Em suas avaliações, o Inep, em parceria com os sistemas de ensino, tem se empenhado

em oferecer atendimento especializado aos participantes com deficiência, transtorno global do
desenvolvimento ou outra condição especial. Desse modo, todos os alunos devem participar das
avaliações sempre que possível.
A orientação é que, durante a aplicação dos testes, as escolas ofereçam aos estudantes
com deficiência os apoios e os recursos de acessibilidade que lhes são disponibilizados no dia
a dia da sala de aula, tais como: sala de fácil acesso, mobiliário acessível, ledores, transcritores,
intérpretes, guias-intérpretes, entre outros. Caso o aluno com deficiência ou outra condição
não possa permanecer em sala juntamente com os demais alunos e responder à prova com
autonomia, existe a possibilidade de fazê-lo em sala reservada, de modo a garantir que receba
os apoios e recursos dos quais necessita.
Desde o ano de 2013, com base nas informações fornecidas pelas escolas para o
preenchimento de campos específicos do Censo Escolar, foi possível identificar onde estão os
participantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou outra condição especial e
quais são os recursos de que necessitam para participar das avaliações. De posse das informações
do Censo, na edição do Saeb de 2019, foi adotado um conjunto de medidas com o objetivo
de aprimorar as condições de acessibilidade. Além da prova comum, foram disponibilizadas
provas ampliadas (macrotipos 18 e 24), conforme explicitado a seguir. Também foi concedido
tempo adicional para a realização da prova e determinada a presença de um aplicador adicional

nas escolas que já contavam com o apoio de profissionais para o atendimento educacional
especializado dos seus alunos. A seguir, estão discriminados os recursos de acessibilidade
oferecidos na edição de 2019, o público a que se destinam e outras observações:
• Provas ampliadas (macrotipo): caderno de prova impresso em folha de papel tamanho

A3, com textos de fonte tamanho 18 ou 24 e com imagens ampliadas. Adaptação
destinada a pessoas com baixa visão.
• Tempo adicional: concedido aos alunos com deficiência que fizeram a prova em sala
reservada para tal fim, com solicitação prévia, podendo ser utilizado ou não, a critério
do aluno. Foi concedido tempo adicional de 10 minutos para resolução de cada bloco de
questões (40 minutos no total), de 20 minutos para preenchimento do cartão-resposta
e de 10 minutos para resposta ao questionário, totalizando 1 (uma) hora e 10 (dez)
minutos de tempo adicional.
• Aplicador adicional: disponibilizado para acompanhamento da aplicação da prova, em

sala reservada, a alunos com deficiência nas escolas que já apresentavam professores
44
especializados para atendimento das suas necessidades, tais como: ledor, transcritor,
tradutor-intérprete de Libras, leitor labial, guia-intérprete. Atua somente na supervisão
e acompanhamento dos profissionais cedidos pela escola para prestar o atendimento
especializado, com o objetivo de garantir que a aplicação da avaliação ocorra de forma
padronizada e sigilosa.
1.5.3 PÓS APLICAÇÃO
A terceira fase é a de pós-aplicação. Ela é caracterizada pelo transporte e tratamento

dos instrumentos de coleta de dados após a aplicação. Nessa fase, é realizada a operação
reversa, na qual todo o material aplicado nas escolas é encaminhado aos polos de aplicação e,
posteriormente, organizado em malotes e enviado à sede da instituição contratada. Depois do
recebimento do material, este é organizado para processamento e digitalizado para a elaboração
de base de dados consistida com os resultados.
1.6 ETAPAS DE DIVULGAÇÃO
A divulgação dos resultados do Saeb 2019 foi dividida em três etapas: divulgação
preliminar, interposição de recursos e divulgação dos resultados finais, também regidas pela
Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, e portarias retificadoras.
A divulgação preliminar é uma etapa restrita aos gestores escolares. Por meio de um
sistema eletrônico, o Sistema Saeb, os diretores de escolas públicas com aplicação censitária3
puderam consultar, no dia 31 de maio de 2020, os resultados preliminares da avaliação. A direção
de cada instituição de ensino participante pôde visualizar as informações da avaliação para cada
etapa de ensino avaliada em sua escola: número de estudantes matriculados segundo os dados
do Censo Escolar da Educação Básica 2019, número de estudantes presentes no dia da avaliação

e taxa de participação.
De acordo com a Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, para ter os resultados
divulgados, era necessário que a escola tivesse no mínimo:
• 10 (dez) estudantes presentes no dia da aplicação da avaliação;

• participação de 80% dos estudantes matriculados, conforme dados declarados pela
escola no Censo Escolar da Educação Básica 2019.
Ainda nos resultados preliminares, as escolas que alcançaram os critérios mínimos

estabelecidos na referida portaria também puderam verificar a média de desempenho alcançada
em Língua Portuguesa e Matemática e a distribuição porcentual dos estudantes por nível da
escala de proficiência em cada uma das áreas e etapas avaliadas.
Foi aberto, então, um período de 15 dias para que as escolas realizassem a interposição de
recursos ao resultado preliminar divulgado, no caso de terem identificado alguma inconsistência
As escolas particulares compõem a amostra, mas não são avaliadas, a fim de gerar resultado individual.
3
45
nos dados apresentados. Todos os recursos interpostos pelas escolas foram analisados pelo
Inep em sistema próprio. A análise de recursos implicou cuidadosa verificação da documentação
referente à aplicação do Saeb 2019 e do banco de dados gerado.
No total, 2.928 recursos foram submetidos para análise. A maior parte deles (79%) dizia
respeito à taxa de participação registrada pelas turmas no momento da aplicação. Apenas um
recurso, relacionado a problemas de aplicação, foi deferido, conforme especificado na Tabela 8.
TABELA 8
RECURSOS INTERPOSTOS AOS RESULTADOS PRELIMINARES DO SAEB – BRASIL – 2019
MOTIVO DO QUANTIDADE DE
DEFERIDOS INDEFERIDOS
RECURSO RECURSOS
Externalidades 412 0 412
Problemas de aplicação 202 1 201
Taxa de participação 2314 0 2314
Total 2928 1 2927
Após essas minuciosas conferências, foram realizados os devidos ajustes para então ser
realizada a divulgação dos resultados finais. Em 15 de setembro de 2020, o Inep encaminhou às
escolas que interpuseram recurso o resultado da análise, com o deferimento ou o indeferimento.
Nessa mesma data, todas as escolas públicas com aplicação censitária que cumpriram os
critérios dispostos na Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, tiveram acesso ao Boletim da
Escola – disponível no Portal do Inep – com seus resultados finais. Das 70.425 escolas públicas
que receberam aplicações censitárias no 5º e 9º anos do ensino fundamental e na 3ª e 4ª séries do
ensino médio, 62.769 – o equivalente a 89,13% – tiveram seus resultados divulgados, conforme
exposto na Tabela 9.
TABELA 9
ESCOLAS COM RESULTADOS NO SAEB DIVULGADOS – BRASIL – 2019
ESCOLAS COM
ESCOLAS PÚBLICAS
ETAPA RESULTADOS
PARTICIPANTES
DIVULGADOS
5º EF 46.468 42.157
9º EF 36.826 29.720
3ª EM E 4ª EM
17.822 11.507
TRADICIONAIS
3ª EM E 4ª EM
1.488 867
INTEGRADOS
3ª EM E 4ª EM TOTAL 18.835 12.081
46
Também se tornaram públicos – por meio do Painel Educacional (Brasil. Inep, 2020f) – os
resultados dos municípios e estados que cumpriram os requisitos para a divulgação de resultados.
A princípio, a Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, definiu que, para terem resultados das
aplicações censitárias no 5º e 9º anos do ensino fundamental e na 3ª e 4ª séries do ensino médio
divulgados, os municípios e estados deveriam atender aos seguintes critérios:
• registrar, no mínimo, 10 (dez) estudantes presentes no momento da aplicação dos

instrumentos;
• alcançar taxa de participação de, pelo menos, 80% (oitenta por cento) dos estudantes
matriculados.
No entanto, com a retificação introduzida pela Portaria Inep nº 497, de 18 de agosto

de 2020, a taxa de participação mínima para os municípios foi reduzida para 50%. Também
foi definido que, no caso de municípios com apenas uma escola avaliada por etapa, a taxa de
participação demandada para divulgação de resultados seria mantida em 80%. A Tabela 10
discrimina quantos municípios cumpriram os critérios estabelecidos e tiveram seus resultados
divulgados.
TABELA 10
MUNICÍPIOS COM RESULTADOS DO SAEB DIVULGADOS – BRASIL – 2019
MUNICÍPIOS COM
MUNICÍPIOS COM REDE
ETAPA RESULTADOS
PÚBLICA PARTICIPANTE
DIVULGADOS
5º EF 5.546 5.485
9º EF 5.558 5.393
3ª EM e 4ª EM TRADICIONAIS 5.523 4.721
3ª EM e 4ª EM INTEGRADOS 987 685

3ª EM e 4ª EM TOTAL 5.525 4.774
A retificação definiu, ainda, que os estados teriam os resultados divulgados

independentemente dos porcentuais de taxa de participação.
De acordo com a Portaria Inep nº 366, de 29 de abril de 2019, a estratégia de divulgação

de resultados previa, adicionalmente, a realização de reuniões com as equipes do Ministério
da Educação, do Conselho Nacional de Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de
Educação; a realização de uma Mesa Pública de Análise de Resultados Finais; a disponibilização
dos Microdados da aplicação e a publicação deste Relatório Analítico.
A Portaria Inep nº 645, de 30 de dezembro de 2020, estabeleceu novas datas para a
disponibilização dos microdados e a publicação do relatório. Antes prevista para dezembro
de 2020, a liberação dos microdados ocorreu em fevereiro de 2021. Já o relatório, previsto
inicialmente para junho de 2021, foi postergado para dezembro de 2021.
Todos os produtos de divulgação dos resultados do Saeb 2019 estão disponíveis no portal
do Inep.
47
2 AVALIAÇÃO DOS EIXOS
DE QUALIDADE
Como descrito na seção sobre a metodologia utilizada, na matriz do Saeb (Brasil. Inep,
2018b) foram definidos sete eixos de qualidade da educação básica, todos referenciados na
legislação educacional brasileira, identificando os aspectos que o legislador definiu como os
mais importantes para garantir a qualidade da educação básica brasileira. No Saeb 2019, foram
elaborados itens para alguns desses eixos e, baseado neles, este relatório traz as primeiras
análises dos dados referentes a três dos sete eixos, a saber: equidade, profissionais da educação
e atendimento escolar.

2.1 EIXO EQUIDADE
O quadro educacional brasileiro apresenta forte desigualdade. Durante muito tempo,

o direito à educação foi negado em razão da ausência de vagas nas escolas; em momento
posterior, verificou-se a exclusão de estudantes devido a um quadro de repetência e evasão; e
nos últimos tempos, principalmente depois das discussões sobre os resultados das avaliações
externas, inicia-se uma discussão sobre a qualidade da educação oferecida pelas escolas, sem
explorar as diferentes e possíveis definições do que se entende por qualidade (Oliveira, 2007),
atendo-se somente aos resultados dos testes cognitivos como uma aproximação, ainda que
parcial, à aprendizagem dos alunos. Esses três momentos chegaram a coexistir e atingiram de
maneira mais forte os mais desfavorecidos economicamente, as populações localizadas em
regiões distantes dos grandes centros urbanos ou rurais e a população identificada como preta
e parda na classificação do IBGE.
Como forma de procurar fornecer mais elementos para identificar as desigualdades, e
assim poder contribuir para o desenvolvimento de novas políticas de equidade ou aprimorar as
49
existentes, o Saeb define equidade como um dos eixos da qualidade da educação. Para isso, o
Saeb procura mapear as principais desigualdades existentes.
Para compor este relatório, levantaram-se dados coletados nos questionários dos
estudantes, dos diretores das escolas e dos dirigentes municipais de educação. Por limitações de
espaço, apenas algumas das análises possíveis foram realizadas.
2.1.1 CONTEXTO SOCIOECONÔMICO, CULTURAL E ESPACIAL
Como mencionado anteriormente, as principais medidas de desigualdade educacionais

estão centradas no perfil socioeconômico dos estudantes, na cor ou raça dos estudantes e
na distribuição geográfica. Os dados utilizados nas análises desta seção foram extraídos dos
questionários aplicados aos estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do
ensino médio.
A construção do indicador socioeconômico está descrita em nota técnica pública (Brasil.
Inep, 2021b), que também descreve o cálculo dos pesos amostrais, dados necessários para
replicar os resultados nacionalmente. Ao se utilizar o peso amostral do indicador socioeconômico
que expande os questionários, chegamos a um total de 7.600.685 estudantes representados.
O Inse foi construído utilizando-se a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que aloca os
estudantes dentro de uma escala, comparando-os com seus colegas, e utiliza a curva normal
de distribuição. Adotou-se uma escala com média 5 e desvio-padrão 1, que foi dividida em oito
níveis, sendo o nível 1 o mais desfavorecido economicamente e o nível 8 o mais favorecido. Para
cada nível, com base nas respostas aos itens, é possível fazer uma descrição das características
dos alunos classificados nesse nível. A Tabela 11 mostra a distribuição porcentual dos estudantes
por nível do Inse e a descrição de cada um deles com base nos bens familiares informados
pelos estudantes.
TABELA 11
SAEB 2019 – PORCENTUAL DE ESTUDANTES DISTRIBUÍDOS NOS NÍVEIS DA ESCALA, INTERVALO

E DESCRIÇÃO DA ESCALA
(continua)
PORCENTUAL
FAIXA DA
NÍVEIS DE DESCRIÇÃO DO NÍVEL SOCIOECONÔMICO
ESCALA
ESTUDANTES
Este é o nível inferior da escala, no qual os estudantes têm

dois ou mais desvios-padrão abaixo da média nacional do Inse.
Considerando a maioria dos estudantes, o pai/responsável não

completou o 5º ano do ensino fundamental e a mãe/responsável
tem o 5º ano do ensino fundamental incompleto ou completo.
Nível 1 Até 3,00 1,75 A moradia da maioria das famílias dos estudantes classificados
neste nível possui um ou dois quartos e um banheiro. Possui
uma geladeira e uma televisão. Mas não possui muitos dos bens
e serviços constantes no questionário (i.e., computador, carro,
wi-fi, mesa para estudar, garagem, micro-ondas, aspirador de
pó, máquina de lavar roupa e freezer).
50
TABELA 11

(continuação)
PORCENTUAL
FAIXA DA
ESCALA
ESTUDANTES
Neste nível, os estudantes estão entre um e dois desvios-padrão

abaixo da média nacional do Inse. Considerando a maioria dos
estudantes, a mãe/responsável e/ou o pai/responsável têm o 5º
ano do ensino fundamental incompleto ou completo. A moradia
da maioria das famílias dos estudantes classificados neste nível
Nível 2 3,00 a 4,00 14,74 possui um ou dois quartos, e um banheiro e possuem uma
geladeira e uma televisão. Mas não possui muitos dos bens
e serviços constantes do questionário, exceto uma parte das
famílias desses estudantes que possuem freezer, máquina de
lavar roupa e moram em residências com três ou mais quartos
para dormir.
Neste nível, os estudantes estão entre meio e um desvio-padrão

abaixo da média nacional do Inse. Considerando a maioria
dos estudantes, a mãe/responsável e o pai/responsável têm
o ensino fundamental incompleto ou completo e/ou ensino
médio completo. A moradia da maioria das famílias dos
Nível 3 4,00 a 4,50 15,11
estudantes classificados neste nível possui um ou dois quartos,
um banheiro, wi-fi e sem garagem. Possui uma geladeira,
uma televisão, e máquina de lavar roupas. Mas não possui
computador, carro e aspirador de pó. Parte das famílias dos
estudantes possui também freezer e forno de micro-ondas.
Neste nível, os estudantes estão até meio desvio-padrão

abaixo da média nacional do Inse. Considerando a maioria dos
estudantes, a mãe/responsável e o pai/responsável têm o ensino
fundamental incompleto ou completo e/ou o ensino médio

completo. A moradia da maioria das famílias dos estudantes
Nível 4 4,50 a 5,00 18,63 classificados neste nível possui um ou dois quartos, um banheiro
e wi-fi. Possui uma geladeira, máquina de lavar roupas e
freezer, mas não possui aspirador de pó. Parte das famílias dos
estudantes deste nível possui também computador, carro, mesa
de estudos, forno de micro-ondas, uma ou duas televisões e as
residências onde vivem possuem garagem.
Neste nível, os estudantes estão até meio desvio-padrão

acima da média nacional do Inse. Considerando a maioria dos

estudantes, a mãe/responsável tem o ensino médio completo
ou ensino superior completo, o pai/responsável tem do ensino
fundamental completo até o ensino superior completo. A
Nível 5 5,00 a 5,50 18,77
moradia da maioria das famílias dos estudantes classificados
neste nível possui um ou dois quartos, um banheiro, garagem
e Wi-Fi. Possui uma geladeira, máquina de lavar roupas,
freezer, um carro, forno de micro-ondas. Parte das famílias dos
estudantes deste nível mora em residências com dois banheiros.
51
TABELA 11

(conclusão)
PORCENTUAL
FAIXA DA
ESCALA
ESTUDANTES
Neste nível, os estudantes estão de meio a um desvio-padrão

estudantes, a mãe/responsável e/ou o pai/responsável têm
o ensino médio completo ou o ensino superior completo. A
moradia da maioria das famílias dos estudantes classificados
Nível 6 5,50 a 6,00 14,82 neste nível possui dois ou três ou mais quartos, um banheiro,
garagem e Wi-Fi. Possui uma geladeira, máquina de lavar
roupas, freezer, um carro, forno de micro-ondas, mesa para
estudos e aspirador de pó. Parte das famílias destes estudantes
passa a ter também dois ou mais computadores e três ou mais
televisões.
Neste nível, os estudantes estão de um a dois desvios-padrão

estudantes, a mãe/responsável e/ou o pai/responsável têm
ensino médio completo ou ensino superior completo. A moradia
da maioria das famílias dos estudantes classificados neste nível
Nível 7 6,00 a 7,00 13,59 possui três ou mais quartos, um banheiro, garagem e wi-fi.
Possui uma geladeira, máquina de lavar roupas, freezer, um
carro, forno de micro-ondas, mesa para estudos e aspirador
de pó. Parte das famílias dos estudantes deste nível passa a
ter também dois ou mais carros, duas ou mais geladeiras e as
residências onde vivem possuem três ou mais banheiros.
Este é o nível superior da escala, no qual os estudantes estão

dois desvios-padrão ou mais acima da média nacional do Inse.
Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável e/
Nível 8 ou o pai/responsável têm ensino superior completo. A maioria

7,00 ou mais 2,60
das famílias destes estudantes, além de possuir os bens dos
níveis anteriores, vive em moradias com três ou mais banheiros e
possui duas ou mais geladeiras, dois ou mais computadores, três
ou mais televisões e dois ou mais carros.
Fonte: Elaborada por Daeb/Inep com base em dados do Saeb 2019 (Brasil. Inep, 2019d).
Explicitadas as descrições dos diferentes níveis do Inse, é importante observar a distribuição

de estudantes que pertencem a famílias classificadas em cada um dos níveis da escala, como
forma de identificar as desigualdades regionais (Gráfico 1).
52
800000
700000
600000
500000
400000
300000
200000
100000
0
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8
GRÁFICO 1
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA DOS ESTUDANTES SEGUNDO O NÍVEL

SOCIOECONÔMICO, APLICADO O PESO AMOSTRAL
Fonte: Elaborada por Daeb/ Inep com base em dados do Saeb 2019 (Brasil. Inep, 2019d).
No Gráfico 1, pode-se verificar que nas Regiões Norte e Nordeste há maior concentração
dos estudantes no nível 2, na Região Centro-Oeste há mais estudantes no nível 3, enquanto
na Região Sudeste estes se concentram no nível 5. Por sua vez, na Região Sul, os estudantes
se distribuem de forma próxima nos níveis 5, 6 e 7. Como os resultados do desempenho dos
estudantes nos testes cognitivos têm relação com o nível socioeconômico de suas famílias, é
importante conhecer essas diferenças e disparidades regionais brasileiras.
Quando a média do valor do Inse das famílias dos estudantes é analisada por agrupamento
de estados, verifica-se que, além das disparidades regionais constatadas anteriormente,
existem outras no interior de cada grande região. O Gráfico 2 foi construído a partir do valor

médio do Inse, ponderado pelo peso dos estudantes, para todos que participaram da aplicação
do Saeb e que responderam aos questionários, estejam eles matriculados nas escolas públicas
ou privadas.
53
Média do indicador socioeconômico por UF
5,80
5,59
5,54
5,60
5,46
5,45
5,42
5,40
5,16
5,16
5,16
5,11
5,08
5,20
5,03
Média Brasil do INSE
5,00
4,86
4,72
4,69
4,69
4,80
4,66
4,65
4,61
4,58
4,57
4,56
4,55
4,60
4,45
4,44
4,35
4,31
4,40 4,22
4,20
4,00
Sergipe
Ceará
Minas Gerais
Rio Grande do Sul

Pará
Mato Grosso
Paraná
Roraima
Tocantins
Alagoas
Pernambuco
Goiás
Distrito Federal
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
Amazonas
Rondônia
Maranhão
Paraíba
Mato Grosso do Sul

Rio Grande do Norte
Acre
Bahia
Piauí
Amapá
Santa Catarina
GRÁFICO 2
SAEB 2019 – MÉDIA DO VALOR DO INSE POR REGIÃO E UF, PONDERADO PELO PESO
DOS ESTUDANTES
A linha vermelha no Gráfico 2 indica o valor médio do Inse brasileiro. Também é possível
observar as disparidades dos valores médios do Inse entre as regiões e, dentro delas, as
diferenças entre os estados. Observa-se que entre as regiões, a que tem maior valor médio do
Inse é a Sul e, entre os estados, Santa Catarina é o que apresenta o maior valor médio. O Estado
de São Paulo, o mais rico da Federação, é aquele que possui apenas o quinto maior valor médio
do Inse.
Além de discutir as variações das médias por regiões e estados, é importante destacar os
diferentes valores do Inse por dependência administrativa. Na Tabela 12, é possível observar que
as redes municipais e estaduais são aquelas que concentram maior quantidade de estudantes
e têm valor médio abaixo da média nacional, enquanto a rede privada e a rede federal atendem
prioritariamente a estudantes de um estrato mais elevado, o que influenciará seus resultados
nos testes cognitivos.
54
TABELA 12
SAEB 2019 – VALOR MÉDIO DO INDICADOR SOCIOECONÔMICO DAS FAMÍLIAS

DOS ESTUDANTES POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA
DEPENDÊNCIA ESTUDANTES COM PESO

MÉDIA
ADMINISTRATIVA AMOSTRAL
Federal 5,28 69.799
Estadual 4,89 3.395.402
Municipal 4,73 2.934.113
Privada 5,96 1.201.371
Brasil 5,00 7.600.685
Também é possível comparar os valores do Inse em relação às características individuais

dos estudantes e suas trajetórias escolares. No Gráfico 3, é possível observar que de acordo com
a cor ou raça autodeclarada pelos estudantes há grandes diferenças de perfil socioeconômico.
Enquanto os estudantes autodeclarados de cor branca se concentram nos níveis 5, 6 e 7, os de
cor preta e parda têm maior concentração entre os níveis 2, 3 e 4.
700000
600000
500000
400000
300000

200000
100000
0
Branca Preta Parda Amarela Indígena Não quero
declarar

GRÁFICO 3
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA DOS ESTUDANTES POR DECLARAÇÃO DE COR

E RAÇA E SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL
O nível socioeconômico também pode iluminar os resultados sobre a repetência escolar

declarada pelos estudantes. O estudante respondeu a um item sobre se ele já havia sido reprovado
em sua trajetória escolar e quantas vezes isso aconteceu. A grande maioria dos estudantes
55
informou nunca ter repetido, sendo essa a realidade para 79,5% dos estudantes do 5º ano e
74,2% dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental; e 72,5% dos estudantes da 3ª série do
ensino médio. Considerando o agrupamento dos estudantes que declararam ter repetido uma
ou duas vezes ou mais, e cruzando esses dados com o nível socioeconômico, verifica-se que a
incidência é maior entre aqueles localizados nos primeiros níveis e que vivem com menos bens
familiares.
43%
50%
39%
37%
36%
34%
40%
31%
29%
28%
25%
25%
30%
22%
21%
21%
19%
18%
18%
15%
15%
15%
13%
20%
11%
10%
9%
6%
10%
0%
Estudantes do 5º ano EF Estudantes do 9º ano EF Estudantes da 3ª série EM
GRÁFICO 4
SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE DECLARARAM TER REPETIDO UMA OU DUAS
VEZES, SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL
Quando se investigam as influências dos níveis socioeconômicos em relação à cor ou raça

e à informação de que o estudante não repetiu, observam-se mais claramente as diferenças.
O Gráfico 5 considera a distribuição percentual de estudantes do Ensino Médio, final da
escolaridade obrigatória, que declararam nunca terem repetido, segundo os agrupamentos da
autodeclaração de raça/cor e nível socioeconômico.
100%
90%
80%
Nível 8
70%
Nível 7
60% Nível 6
50% Nível 5
40% Nível 4
30% Nível 3
Nível 2
20%
Nível 1
10%
0%
Branca Preta Parda Amarela Indígena Não quero
declarar
GRÁFICO 5
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO QUE

DECLARARAM NUNCA TEREM REPETIDO, SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO, DISTRIBUÍDOS
SEGUNDO COR OU RAÇA, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL
56
No Gráfico 5 é possível ainda observar que os estudantes pertencentes às famílias com
o mesmo nível socioeconômico, quando separados por cor ou raça declarada no questionário,
apresentam resultados distintos. Os estudantes autodeclarados de cor ou raça preta e parda têm
menor representação entre aqueles que nunca repetiram, quando comparados aos de mesmo
nível socioeconômico que se autodeclaram de cor ou raça branca. O grupo que aparece com os
piores resultados é o autodeclarado indígena, em que o porcentual de estudantes que informaram
não ter repetido é menor, com pouca distinção entre os diversos estratos socioeconômicos. Os
dados aqui apresentados para os estudantes ao final da educação básica indicam que o sistema
educacional replica algumas exclusões presentes na sociedade brasileira em relação ao nível
socioeconômico e à cor ou raça.
2.1.2 APRENDIZAGEM EM CASA, ESTRUTURA, APOIO FAMILIAR E RECURSOS
No período de pandemia, em que a maior parte dos estudantes teve aulas remotas, a
infraestrutura da moradia de sua família adquiriu mais relevância. Os dados dos questionários dos
estudantes coletados nos meses de outubro e novembro de 2019 podem iluminar algumas das
dificuldades que os estudantes e sua família tiveram de enfrentar durante o início da pandemia
no Brasil, em março de 2020. Para isso, apresenta-se o Gráfico 6 que aponta a porcentagem
de estudantes que informaram que na moradia de sua família não existiam mesa para estudar,
tablet, computador e rede wi-fi.
80%
71%
70%
64%
62%
70%
61%
58%
55%
60%
51%
50%
50%
46%
45%
50%
42%
41%
37%
36%
40%
31%
28%
27%
26%
30% 21%
18%
14%

12%
20%
10%
0%
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
Mesa para estudar Tablets Computador Rede Wi-fi
GRÁFICO 6
SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE INFORMARAM NÃO POSSUIR

DETERMINADOS BENS OU SERVIÇOS NA MORADIA DE SUA FAMÍLIA, UTILIZANDO O PESO
AMOSTRAL
É importante destacar que o Gráfico 6 não levou em conta a quantidade dos bens
informados pelos estudantes. Além disso, os questionários não investigaram a qualidade e a
adequação desses bens para as aulas remotas. Portanto, apesar de as análises serem bastante
incipientes para discutir o apoio que os estudantes tiveram para enfrentar o trabalho remoto, os
resultados apontam que as dificuldades devem ter sido grandes.
57
Assim, 46% dos estudantes brasileiros informaram que em sua moradia não havia mesas
para estudo (ou escrivaninha), enquanto 53% informaram que tinham esse bem. Em termos
regionais, a falta deste item afetou 55% dos estudantes na Região Nordeste e 51% na Região
Norte. Nas Regiões Norte e Nordeste, observou-se uma porcentagem maior de estudantes sem
mesas de estudo, com 51% e 55%, respectivamente. Mesmo na Região Sul, onde a falta desse
bem nas moradias teve menor ocorrência, tal situação afetou 37% dos estudantes.
Com relação aos tablets e computadores, o primeiro foi o equipamento eletrônico mais
ausente nas moradias, afetando 64% dos estudantes brasileiros. Entretanto, 3% dos estudantes
informaram sua existência em sua moradia, indicando três ou mais tablets e revelando uma
enorme desigualdade nacional. Mesmo na Região Sudeste, que possui numericamente a maior
quantidade de estudantes cujas famílias estão localizadas nos níveis socioeconômicos mais
elevados, 58% informaram não possuir o equipamento.
Por outro lado, os computadores mostraram-se mais presentes nas moradias brasileiras,
mas, mesmo assim, 36% dos estudantes informaram que não havia esse bem em sua moradia,
enquanto 7% informaram que existiam três ou mais computadores em sua moradia. A situação
de ausência desse bem foi mais intensa nas Regiões Norte e Nordeste em quase a metade dos
estudantes.
Com relação à existência de sinal de wi-fi, a pesquisa indicou que 78% das moradias dos
estudantes brasileiros possuíam esse serviço. Para continuar caracterizando a enorme disparidade
existente no País, observou-se que na Região Norte 45% das moradias não contavam com esse
serviço, enquanto na Sul esse porcentual foi de 12%.
Portanto, se tomarmos como parâmetro a situação ao final de 2019 como a que vigorava
nas moradias dos estudantes no início da pandemia, a situação para o ensino remoto era bastante
precária para grande parte dos estudantes brasileiros, principalmente daqueles pertencentes às
famílias de nível socioeconômico mais baixo.
O apoio familiar para acompanhar as atividades escolares é fundamental para o
desenvolvimento dos estudantes. Os dados do Saeb, apontados no Gráfico 7, demonstram
que os estudantes relataram o envolvimento de seus pais com as atividades escolares, sempre
ou quase sempre incentivando o seu comparecimento às aulas (84%), a estudarem (79%) e a
fazerem tarefas de casa (65%).
Conversar com você sobre o que acontece na escola 37% 47% 11% 6%
Ir às reuniões de pais na escola 47% 33% 14% 5%
Incentivar você a fazer a tarefa de casa 65% 21% 9% 5%
Incentivar você a estudar 79% 13% 3% 5%

Incentivar você a comparecer às aulas 84% 7% 3% 6%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Sempre ou quase sempre De vez em quando Nunca ou quase nunca Em Branco/ Nulo
GRÁFICO 7
SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE INDICARAM A FREQUÊNCIA COM QUE SEUS
FAMILIARES PARTICIPARAM DE ATIVIDADES RELACIONADAS AOS SEUS ESTUDOS, UTILIZANDO
O PESO AMOSTRAL
58
No entanto, a frequência daqueles cujos familiares conversavam sobre o que acontecia na
escola sempre ou quase sempre foi de apenas 37%. Em adição, 11% dos estudantes relataram
que nunca ou quase nunca tinham essa conversa (Gráfico 7). Nesse quesito, em particular, existe
uma importante variação em relação ao nível socioeconômico das famílias, pois apenas 30% dos
estudantes cujas famílias estão classificadas no nível 2 indicaram que seus familiares conversavam
com eles sobre a escola sempre ou quase sempre, tendo esse porcentual aumentado para 47%
entre aqueles cujas famílias estão classificadas no nível 7.
Além disso, o Gráfico 7 mostra que apenas 47% dos estudantes relataram que seus
familiares compareciam sempre ou quase sempre às reuniões de pais na escola, enquanto 14%
deles informaram que nunca ou quase nunca os pais compareciam a essa atividade. Nesses
casos, a baixa frequência talvez esteja associada à necessidade de seus familiares dedicarem
muito tempo a atividades para garantir o sustento da família, tendo dificuldades para comparecer
às reuniões na escola. Para este bloco de itens, é possível observar algumas diferenças por ano
escolar frequentado pelos estudantes. A mais díspar é sobre a realização de lição de casa, que é
sempre ou quase sempre incentivada pelos pais entre 74% dos estudantes do 5º ano do ensino
fundamental, enquanto esse porcentual foi reduzido para 64% entre os que cursam o 9º ano
do ensino fundamental e para 53% entre aqueles que estão no ensino médio. Essa diminuição
pode estar relacionada à maior autonomia e maturidade adquirida pelos estudantes, conforme
avançam na escolaridade obrigatória.
Em diversas partes do mundo, existem fluxos migratórios importantes com efeitos sérios
sobre seu sistema educacional. No Brasil, essa situação ainda é reduzida, apesar de estudo
realizado no âmbito do Ministério da Justiça apontar um fluxo migratório recente, principalmente
de haitianos, bolivianos, colombianos e venezuelanos (Cavalcanti et al., 2018). Para monitorar
os efeitos desses fluxos migratórios, o Saeb perguntou aos estudantes qual a língua falada em
sua moradia. Os resultados revelaram que 1,6% dos estudantes relata que a língua falada em
sua moradia era o espanhol ou outra língua, 95,7% relataram que era o português e outros 2,7%
deixaram o item em branco ou ocorreu algum problema na coleta dos dados. A continuidade

desse monitoramento do fluxo migratório é importante para sinalizar a necessidade de políticas
educacionais para apoiar os estudantes e sua família, já que dificuldades no idioma podem
impactar negativamente o desenvolvimento deles.
2.1.3 INTERSETORIALIDADE
Os resultados mais efetivos para a diminuição da desigualdade podem ser obtidos

mediante uma combinação de políticas sociais diversas, organizadas por múltiplos atores. Para
isso, o estabelecimento de parecerias pela secretaria de educação e pela escola tem o potencial
de oferecer elementos que podem auxiliar os estudantes em dificuldades socioeconômicas.
Os 5.412 secretários municipais de educação que responderam ao questionário informaram
com quais outras áreas eles estabelecem parcerias. As parcerias mais frequentes foram com os
serviços de saúde (97,0%) e de assistência social (94,7%), e mais da metade deles também
informou parcerias com as áreas de segurança pública e com o ministério público, mostrando
que há uma boa articulação das secretarias com outras áreas (Tabela 13). Espera-se que essa
ampla articulação das secretarias com outros atores institucionais reverta-se também em apoio
ao trabalho desenvolvido pelas escolas.
59
TABELA 13
SAEB 2019 – SECRETÁRIOS DE EDUCAÇÃO QUE INFORMARAM DESENVOLVER TRABALHO

COM OUTRAS ÁREAS
ÁREAS SIM (%)
Serviços de saúde 5.250 97,0
Serviços de assistência social 5.127 94,7
Serviços de segurança pública 2.957 54,6
Ministério Público 3.028 55,9
Outros 1.837 33,9
Quanto às escolas, pesquisou-se junto aos 65.268 diretores de escolas públicas que
responderam ao questionário do diretor, sobre as parcerias firmadas por sua escola com outros
órgãos ou instituições. A Tabela 14 indica o porcentual de respostas marcado para cada uma
das alternativas existentes. A maior parte das parcerias foi firmada com o Conselho Tutelar e
com a Secretaria de Saúde, assinaladas por, respectivamente, 85,7% e 75,8% dos diretores.
Destacam-se as parcerias firmadas por quase 24% das escolas com ONGs ou entidades privadas.
Esse fato sugere a necessidade de estudos mais aprofundados para compreender os formatos
dessas parcerias.
TABELA 14
SAEB 2019 – DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS QUE INFORMARAM ESTABELECER

PARCERIAS COM OUTRAS ÁREAS OU INSTITUIÇÕES
NA SUA ESCOLA HÁ PARCERIAS COM: SIM (N) SIM (%)
Conselho Tutelar 55.963 85,7%

Secretaria de Saúde 49.465 75,8%
Secretaria de Assistência Social 38.327 58,7%
Secretaria de Segurança Pública 29.546 45,3%
Ministério Público 25.969 39,8%
Organizações não governamentais/instituições privadas 15.467 23,7%

2.1.4 INCLUSÃO
Para se investigar aspectos ligados à inclusão na escola de pessoas público-alvo da

educação especial, foram elaborados itens específicos para os questionários de professores,
diretores e dirigentes municipais de educação. A matriz do Saeb estabelece que o tema inclusão
diz respeito a todas as pessoas e instâncias envolvidas no processo educacional, e não apenas
60
às que integram o público-alvo da educação especial ou às pessoas e grupos marcados como
“diferentes” ou socialmente definidos como “minoria”.
Pesquisou-se junto aos diretores se existiam profissionais para atender o público-alvo
da educação especial, e se esses profissionais eram em número suficiente, ou não. Do total de
65.268 respondentes, 50,5% informaram possuir profissionais em número suficiente para o
atendimento, enquanto 48,7% informaram que o número de profissionais não era suficiente, e
0,8% não respondeu ao item (Tabela 15). Portanto, para garantir a inclusão desses sujeitos de
forma plena na escola, é preciso ampliar o número de profissionais para atuar com o público-
alvo da educação especial. A Tabela 15 indica ainda que a falta de profissionais é maior na
Região Nordeste, onde 59% dos diretores informaram que esses profissionais são em número
insuficiente, e menor na Região Sul, onde a frequência foi de 35,3%.
TABELA 15
SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES AO ITEM: “OS(AS) PROFISSIONAIS

PARA INCLUSÃO DO PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL SÃO EM NÚMERO SUFICIENTE?”
CENTRO-
NORTE NORDESTE SUDESTE SUL BRASIL
OESTE
Em branco 1,0% 1,0% 0,5% 0,6% 0,6% 0,8%
Sim 46,7% 40,0% 57,0% 55,4% 64,2% 50,5%
Não 52,3% 59,0% 42,5% 44,1% 35,3% 48,7%
Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Aos diretores que informaram que o número de profissionais para atuar com o público-
alvo da educação especial era insuficiente, apresentou-se uma lista com diversos tipos de
profissionais e solicitou-se que eles marcassem quais profissionais seriam necessários em sua
escola. A Tabela 16 mostra a porcentagem de tipos de profissionais que eles identificam como

necessária. Observa-se que a maior necessidade apontada pelos diretores foi a de monitores de
apoio (32,2%), seguida de professores de educação especial que atuam na sala comum (28,3%).
Esses dois tipos de profissionais, dada a sua generalidade, poderiam atender a diferentes
públicos, diferentemente de outros profissionais da lista, como os que ensinam Braille, Libras ou
oferecem educação bilíngue para surdos.
TABELA 16
SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES DE ESCOLA SOBRE A NECESSIDADE

DE PROFISSIONAIS PARA ATENDER O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
(continua)
NÚMERO DE % SOBRE
OUTROS(AS) PROFISSIONAIS NECESSÁRIOS(AS) NAS ESCOLA
DIRETORES TOTAL
Monitor(a) de apoio 21.606 32,2
Professor(a) de educação especial que atua na sala comum 18.996 28,3
Professor(a) da sala de recursos multifuncionais 13.922 20,8
Professor(a) itinerante 7.760 11,6
61
TABELA 16
SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES DE ESCOLA SOBRE A NECESSIDADE

DE PROFISSIONAIS PARA ATENDER O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
(conclusão)
NÚMERO DE % SOBRE
OUTROS(AS) PROFISSIONAIS NECESSÁRIOS(AS) NAS ESCOLA
DIRETORES TOTAL
Outros 6.935 10,3
Professor(a) de Libras 6.642 9,9
Professor(a) bilíngue para surdos 4.468 6,7
Professor(a) de Braille 4.039 6,0
O questionário também indagou os diretores sobre atividades de formação continuada

para os professores e demais profissionais, de forma a capacitá-los para atuar com o público-
alvo da educação especial. Do total de diretores, 55,9% (37.490) informaram que não houve
nenhuma atividade de formação nessa área nos últimos 12 meses. Quando se analisa a realização
de formação por região (Tabela 17), observa-se que a Região Nordeste foi aquela em que o maior
número de diretores relatou não ter havido treinamento nos últimos 12 meses, enquanto o menor
número ocorreu na Região Sul.
TABELA 17
SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES AO ITEM “NOS ÚLTIMOS DOZE MESES,
SUA ESCOLA RECEBEU TREINAMENTO PARA LIDAR COM O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL?”
CENTRO-
NORTE NORDESTE SUDESTE SUL BRASIL
OESTE
Em branco 0,8% 0,7% 0,4% 0,3% 0,5% 0,5%
Sim 44,2% 37,4% 47,4% 44,6% 53,0% 43,5%
Não 55,0% 61,9% 52,2% 55,1% 46,6% 55,9%
Aos diretores que informaram que houve formação continuada para atuar com o público-
alvo da educação infantil, apresentou-se uma lista de diversas áreas de formação e solicitou-se
que indicassem quais as que fizeram parte da formação continuada (Tabela 18). As duas áreas
mais assinaladas foram autismo ou outro transtorno global do desenvolvimento e deficiência
intelectual, assinaladas por, respectivamente, 35,5% e 34,8% dos diretores.
TABELA 18
SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES SOBRE ÁREAS EM QUE OS

PROFISSIONAIS DA ESCOLA PARTICIPARAM DE ATIVIDADES DE FORMAÇÃO CONTINUADA
VOLTADAS PARA O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL (continua)
ÁREAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA N % SOBRE O TOTAL

Autismo ou outro transtorno global do desenvolvimento 23.828 35,5
Deficiência intelectual 23.356 34,8
62
TABELA 18
SAEB 2019 – FREQUÊNCIA DE RESPOSTA DOS DIRETORES SOBRE ÁREAS EM QUE OS

PROFISSIONAIS DA ESCOLA PARTICIPARAM DE ATIVIDADES DE FORMAÇÃO CONTINUADA
VOLTADAS PARA O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
(conclusão)
ÁREAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA N % SOBRE O TOTAL

Deficiência física 11.978 17,9
Deficiência múltipla 11.539 17,2
Deficiência auditiva 9.622 14,4
Baixa visão 9.616 14,3
Surdez 9.023 13,5
Altas habilidades/superdotação 8.204 12,2
Cegueira 5.483 8,2
Surdo-cegueira 3.977 5,9
Pelos dados coletados na pesquisa, observa-se que para garantir uma escola inclusiva, que
possa atender adequadamente o público-alvo da educação infantil, ainda é necessário ampliar o
número de profissionais especializados nas escolas e de cursos de formação continuada para os
profissionais que atendem esse público. Observou-se, também, em todos os dados analisados
no relatório, que as desigualdades regionais são grandes e que, em algumas delas, em especial
nas Regiões Norte e Nordeste, é necessário um esforço ainda maior para que essas diferenças
sejam superadas.
Em relação aos dados dos questionários utilizados para fornecer informações sobre as
desigualdades existentes nas escolas, percebe-se que estas são grandes e atingem principalmente
os estudantes pertencentes às famílias de nível socioeconômico mais baixo. Se ocorrem nos
estados mais ricos da Federação, são ainda mais presentes nos estados mais pobres, nos quais
serão necessários esforços ainda maiores para superar tais desigualdades. Nesse cenário, é
fundamental que a União, por meio de sua função supletiva e redistributiva, envide esforços para
minorar paulatinamente as disparidades.

2.2 EIXO PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Medidas relativas à aprendizagem dos estudantes por meio de testes cognitivos em

avaliações em larga escala isoladamente não são capazes de fazer inferências sobre a qualidade
da educação brasileira. Principalmente porque a qualidade da educação é um fenômeno
multidimensional e, como tal, é preciso que outras medidas sejam realizadas. A educação escolar
não envolve apenas aquilo que os estudantes demonstram saber, mas também reflete suas
interações com o ambiente que os envolve e as relações que estabelecem com os diversos atores
do processo educacional.
Assim, enquanto os resultados dos estudantes nos testes cognitivos permitem fazer
inferências sobre sua aprendizagem, outros instrumentos auxiliam a obter informações
adicionais que, juntamente com aquelas dos testes, possibilitam um olhar mais abrangente
sobre a educação. O questionário aplicado aos professores é um desses instrumentos e coleta
informações sobre formação, experiência profissional, condições de trabalho, aspectos ligados
à violência no ambiente escolar, recursos didáticos disponíveis na escola, práticas pedagógicas,
entre outros temas.
63
A matriz do Saeb (Brasil. Inep, 2018b) e autores como Carvalho (2018) destacam o papel
central da professora e do professor no processo educacional. Sendo assim, é fundamental
identificar o perfil desses profissionais. Com isso, pode-se monitorar e avaliar as políticas públicas
que tenham como foco o desenvolvimento desses profissionais.
Os resultados deste eixo terão como foco a análise de parte dos dados coletados pelos
questionários aplicados às professoras e aos professores de Língua Portuguesa e Matemática
dos 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio presentes nas escolas em
que foram aplicados os testes cognitivos do Saeb, dos diretores dessas escolas e dos secretários
municipais de educação. Nas próximas seções, além da descrição do perfil sociodemográfico
desses profissionais, serão apresentadas as respostas aos itens referentes aos tópicos que
compõem o eixo Profissionais da Educação da Matriz de Referência dos Questionários (Brasil.
Inep, 2018b), que incluem os seguintes temas:
• formação profissional;
• condições de trabalho; e
• condições de emprego.
2.2.1 PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
De acordo com o artigo 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional (LDB), os profissionais da educação básica contemplam três
categorias de trabalhadores, a saber: professores, pedagogos e funcionários da educação,
atuantes nas redes públicas e privadas da educação básica ou a elas destinados. Como destacado
anteriormente, os questionários de 2019 centraram-se nos professores das escolas e em seus
diretores.
Na Tabela 19, encontra-se a distribuição por esfera administrativa e tipo de rede de ensino
dos professores e diretores. Observa-se que a maior parte deles pertence à esfera municipal
(52,5%) e à rede pública de ensino (97,8%).
TABELA 19
SAEB 2019 - DISTRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO POR ESFERA ADMINISTRATIVA

E REDE DE ENSINO NAS ESCOLAS PESQUISADAS
ESFERA/REDE DE PROFESSORES DIRETORES

ENSINO N % N %
Federal/pública 1.556 0,7 428 0,6
Estadual/pública 107.168 47,0 24.380 36,4
Municipal/pública 114.717 50,2 40.460 60,4
Privada 4.700 2,1 1.761 2,6
Total 228.141 100,0 67.029 100,0
64
Considerando o desenho de aplicação do Saeb, é importante destacar que as
escolas privadas não participaram da pesquisa de forma censitária, como ocorreu com as escolas
públicas. Além disso, a rede federal é bem menos numerosa que as estaduais e municipais, que
concentram a maior parte das matrículas. Feitas essas ressalvas, todas as análises realizadas
neste texto indicarão tal realidade da pesquisa e terão como referência os profissionais das redes
públicas municipais e estaduais (Tabela 19).
Na Tabela 20, verifica-se que 84,7% dos professores e 78,5% dos diretores que participaram
do Saeb 2019 encontram-se trabalhando em escolas situadas nas zonas urbanas e apenas uma
parcela reduzida em zonas rurais, corroborando os dados obtidos por Carvalho (2018) sobre
os professores da educação básica, que indicam a persistência da desigualdade na distribuição
de professores entre essas localidades ao longo dos anos. Por outro lado, a autora ressalta
que também deve ser considerada a redução crescente da população de crianças e jovens na
zona rural, que pode diminuir a demanda por professores, além do êxodo rural dos professores
em busca de melhores oportunidades de trabalho. Também Matijascic (2017) aponta que as
escolas rurais possuem condições de trabalho mais difíceis, apresentando problemas para captar
professores e, em alguns casos, incorporando profissionais com menor nível de escolaridade.
Numa análise mais aprofundada, deverá se ter em conta que o Saeb só chega às escolas que
possuem pelo menos 21 alunos matriculados no ano escolar que será testado, o que pode excluir
parte das escolas rurais mais isoladas.
TABELA 20
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO POR REGIÃO

DE LOCALIZAÇÃO (URBANA E RURAL) DAS ESCOLAS PESQUISADAS
REGIÃO DE PROFESSORES DIRETORES

LOCALIZAÇÃO N % N %
Urbana 192.377 84,3 52.631 78,5

Rural 35.764 15,7 14.398 21,5
Total 228.141 100 67.029 100
No Gráfico 8, apresenta-se a distribuição do número de professores e diretores que

responderam aos questionários, de acordo com a localização das escolas nas unidades da
Federação. Assim como a distribuição da população, a maioria dos profissionais de educação

está concentrada nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e
Rio Grande do Sul, os estados brasileiros mais populosos (IBGE, 2021).
65
45.000
Professores
40.000
Diretores
35.000
30.000
Frequência
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF
UF
GRÁFICO 8
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES E DIRETORES QUE RESPONDERAM AOS

QUESTIONÁRIOS, DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO DAS ESCOLAS NAS UNIDADES
FEDERATIVAS (UF) BRASILEIRAS
Ao considerar a distribuição por região geográfica do País, os professores pesquisados

estavam mais presentes em escolas da Região Sudeste (35,9%), seguida pelas Regiões Nordeste
(30,7%) e Sul (14,3%) (Tabela 21). Os dados sobre os diretores seguiram esse mesmo padrão,
mas com maior participação de escolas na Região Nordeste (35,1%).
TABELA 21
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES E DIRETORES QUE RESPONDERAM AOS

QUESTIONÁRIOS POR REGIÃO GEOGRÁFICA DE LOCALIZAÇÃO DAS ESCOLAS PESQUISADAS
PROFESSORES DIRETORES
REGIÃO
N % N %
Sudeste 81.851 35,9 21.315 31,8
Nordeste 69.962 30,7 23.559 35,1
Sul 32.722 14,3 10.398 15,5
Norte 25.431 11,1 6952 10,4
Centro-Oeste 18.175 8,0 4.805 7,2
Total 228.141 100,0 67.029 100,0
66
Em relação à questão de raça, a Tabela 22 mostra que a maioria dos professores se
autodeclararam como brancos, seguidos de pardos e pretos, em todas as etapas da educação
básica. Esse padrão também foi seguido pelos diretores, entretanto houve um porcentual inferior
(7,8%) daqueles que se declararam pretos. De modo geral, amarelos e indígenas corresponderam
a menos de 2% em todos os grupos.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua –
Pnad (IBGE, 2019), com uma população em idade de trabalhar (com 14 anos de idade ou mais),
no 4º trimestre de 2019, 46,3% das pessoas se declararam pardas, 42,6% brancas e 10,0%
pretas. Portanto, de certa forma, os dados obtidos nos questionários (Tabela 22) indicam que há
uma sub-representação de pessoas de raças pardas e pretas entre os profissionais de educação,
principalmente entre os diretores, quando comparados aos brancos.
TABELA 22
SAEB 2019 – PORCENTUAL (%) DE DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES DAS DIFERENTES

ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA (N=228.141) E DIRETORES (N=67.029) QUE RESPONDERAM AOS
QUESTIONÁRIOS, CONFORME RAÇA DECLARADA, NOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB 2019
PROFESSORES
3ª/4ª SÉRIES DO 3ª/4ª SÉRIES DO DIRETORES

RAÇA 5º ANO EF 9º ANO EF
ENSINO MÉDIO ENSINO MÉDIO (%)
(%) (%)
TRADICIONAL (%) INTEGRADO (%)
Branca 43,2 44,7 48,3 47,8 47,2
Parda 43,5 42,2 38,8 37,4 41,8
Preta 9,9 9,4 9,1 10,7 7,8
Amarela 1,5 1,5 1,5 1,6 1,0
Indígena 0,6 0,7 0,7 0,4 0,5
Não quero

1,2 1,4 1,4 1,9 1,1
declarar
Em branco 0,1 0,2 0,1 0,3 0,5
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
2.2.2 FORMAÇÃO PROFISSIONAL
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a educação básica é formada
por etapas: i) educação infantil (creche, para crianças até 3 anos, e pré-escola, para crianças de
4 a 5 anos); ii) ensino fundamental, com nove anos de duração (organizado em anos iniciais: 1º a
5º ano e anos finais: 6º a 9º ano); iii) ensino médio (1º ao 3º ano). Cada etapa de ensino apresenta
exigências diferentes para a formação do professor.
A Meta 15 do Plano Nacional de Educação – PNE (Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014)
procurou garantir uma política nacional de formação, assegurando “que todos os professores da
Educação Básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura
67
na área de conhecimento em que atuam”. Além disso, o Decreto nº 8.752, de 9 de maio de
2016, que regulamentou essa lei, estabelece que um dos objetivos da política nacional de
formação dos profissionais da educação básica é induzir avanços na qualidade da educação
básica e ampliar as oportunidades de formação dos profissionais para o atendimento às
políticas desse nível educacional em todas as suas etapas e modalidades, bem como garantir
a apropriação progressiva da cultura, dos valores e do conhecimento, com a aprendizagem
adequada à etapa ou à modalidade cursada pelos estudantes. Portanto, um profissional
da educação com formação adequada é um dos aspectos fundamentais para garantir uma
educação de qualidade.
De acordo com os dados do Censo Escolar 2020 (Brasil. Inep, 2020a), há cerca de 2,2
milhões de docentes registrados na educação básica, sendo que o porcentual de professores
com formação superior adequada à área de conhecimento que leciona, em 2019, correspondeu
a 54,8% para a educação infantil, 66,1% para os anos iniciais do ensino fundamental, 53,2%
para os anos finais do ensino fundamental e 63,3% para o ensino médio. Em relação aos diretores
escolares, 88,2% completaram o ensino superior, sendo esse porcentual maior nas redes
federal e estadual, com 99,4% e 96,6%, respectivamente. Já na rede municipal, o porcentual é
de 87,3% e, na rede privada, de 83,8%. Adicionalmente, os estudos realizados por Matijascic
(2017), em 2015, revelaram que somente professores da educação básica empregados em
escolas federais atingiram um grau de escolaridade equivalente a 100% no ensino superior,
em algumas situações, sendo também os que mais apresentaram escolaridades equivalentes
à pós-graduação.
Os questionários do Saeb 2019 abordaram o tipo de formação continuada a que os
professores tiveram acesso, considerando não apenas os cursos externos às escolas, mas
também aqueles de formação em serviço, indagando também sobre os tipos de atividades
formativas realizadas e os conteúdos ministrados.
Um dado importante que mostra a importância da formação continuada para os
professores foi obtido com o questionário respondido por 5.412 gestores municipais de
educação, em 97% dos municípios. Todos eles informaram que suas redes oferecem formação
continuada a seus professores.
Tanto nos questionários dos secretários quanto no de professores, apresentou-se uma
mesma lista de temas de formação continuada. Aos secretários solicitou-se que marcassem
quais temas eram oferecidos pelas secretarias e aos diretores das redes municipais, quais os
cursos que foram oferecidos aos professores de suas escolas (Gráfico 9).
68
Temas
Avaliação em larga escala
Gestão e administração escolar
Novas tecnologias
Gestão da sala de aula
Educação inclusiva
Conteúdo e compreensão dos
conceitos da(s) áreas de ensino
Avaliação da aprendizagem
Metodologias de ensino
Conhecimento do currículo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Percentual de respostas "sim" (%)
Diretor(a) Secretário(a)
GRÁFICO 9
PORCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO (%) DOS TEMAS DOS CURSOS OFERECIDOS PELAS

SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO MUNICIPAIS PESQUISADAS (N = 5.412) COM CORRESPONDENTE
PORCENTUAL DE RESPOSTAS DOS DIRETORES ESCOLARES (N = 67.029) NO SAEB 2019
No Gráfico 9, observa-se que o padrão das respostas dos secretários municipais é

equivalente ao dos diretores da rede municipal, com alto grau de correlação (r = 0,97). Os temas
mais assinalados pelos dois tipos de profissionais foram conhecimento do currículo, metodologias
de ensino, avaliação da aprendizagem e conteúdo e compreensão dos conceitos das áreas
específicas de ensino.
A pesquisa também perguntou aos professores, com base na mesma lista, quais temas de
formação eles indicariam como os que seriam mais necessários. Os mais indicados foram ensino
do público-alvo da educação especial e uso de novas tecnologias de informação e comunicação na

prática pedagógica. Mesmo indicados como necessários, os dirigentes municipais e os diretores
informaram que os temas fizeram parte dos cursos de formação oferecidos no ano anterior.
Também foi perguntado aos professores quais os tipos de cursos de formação que
frequentaram nos 12 meses anteriores à pesquisa. Os resultados estão apresentados no Gráfico
10 e indicam que a formação continuada mais oferecida de atividades foi com duração de até 20
horas.
69
50
45
40
32,4
31,3
35
30,6
29,3
30
24,5
23,8
22,5
22,3
22,3
21,5
25
19,7
20
15,5
15
10
1,6
1,3
1,3
0
Participação de colegas da(s) Atividades colaborativas de Encontros de formação distribuídos
escola(s) em que leciono aprendizado por semanas ou meses
Nunca Poucas vezes Muitas vezes Sempre Em branco
GRÁFICO 10
SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS (%) OBTIDAS A PARTIR DOS QUESTIONÁRIOS SAEB 2019 SOBRE
A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES (N = 228.141) – ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
DAS ATIVIDADES FORMATIVAS
Pesquisou-se também como foram desenvolvidas essas atividades e cursos a partir de

três parâmetros (Gráfico 10). O primeiro deles: as formações com a participação de colegas
da escola em que o respondente leciona, com o objetivo de averiguar quão coletivas eram essas
formações. Apenas 24,5% dos professores afirmaram que as formações de que participaram
foram realizadas com colegas de escola, enquanto 50,3% afirmaram que nunca, ou poucas
vezes, houve essa participação.
O segundo parâmetro: as formações prevendo atividades colaborativas de aprendizado,
o que permitiria o compartilhamento de saberes e experiências. Do total de respondentes,
22,5% informaram que as formações sempre previam atividades colaborativas, enquanto 60,6%
afirmaram que nunca, ou poucas vezes, essas formações previram atividades colaborativas.
O último parâmetro inquiriu se os encontros de formação eram distribuídos por semanas
ou meses, o que possibilitaria a interação entre a teoria e a prática profissional. Como resultado,
apenas 21,5% dos respondentes participaram nos últimos 12 meses de formações em que os
encontros ocorreram de forma intercalada com as atividades profissionais, e 54,7% afirmaram
que nunca, ou poucas vezes, essas formações foram desenvolvidas.
As características dessas formações permitem inferir que elas, em grande parte, são
previstas para os profissionais de forma isolada, sem que sejam previstas atividades colaborativas
e com as ações formativas concentradas no tempo. Atividades com essas características talvez
não estejam contribuindo para aprimorar a formação dos docentes. Tal aspecto, em conjunto com
os temas que tratam do que os profissionais sentem mais necessidade, apesar de oferecidos
pelas secretarias, talvez ajude a explicar, junto com outros fatores, o porquê das dificuldades na
melhoria dos resultados dos testes cognitivos dos alunos.
Como cursos com maior duração podem ajudar a solidificar e aprimorar conhecimentos e
desenvolver aspectos críticos da realidade educacional em que os profissionais atuam, também
se pesquisou a frequência a cursos de especialização, mestrado e doutorado (Gráfico 11).
70
96,3
93,5
73,9
Não fiz este curso

Sim, sem apoio
Sim, com apoio parcial
%
Sim, com apoio total

Em branco
18,3
3,6
3,1
2,9
1,6
1,3
1,2
1,1
1,1
0,7
0,7
0,7
Especialização (mínimo de Mestrado (acadêmico ou Doutorado
360 horas) profissional)
GRÁFICO 11
SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS (%) OBTIDAS A PARTIR DOS QUESTIONÁRIOS SAEB 2019 SOBRE A
FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES (N = 228.141) – CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Observa-se, no Gráfico 11, que apesar de ser pequena a frequência daqueles que
assinalaram ter feito esses tipos de curso, grande parte dos respondentes informou que não
recebeu apoio financeiro para a realização dessas atividades. Portanto, é muito mais uma
busca pessoal por aprimoramento e muito menos um investimento das redes de ensino na
formação de seus profissionais. Carvalho (2018) mostrou que, em 2017, somente 35,9%
dos professores da educação básica eram pós-graduados, 95,4% deles em cursos de
especialização. Portanto, os dados descritos indicam que há ainda um longo percurso a ser
percorrido para o atingimento da Meta 16 do PNE (Brasil, 2014), a qual prevê que até 2024
todos os professores da educação básica deverão ter como escolaridade mínima o ensino
superior completo e metade deles, pós-graduação.

Os resultados relacionados à percepção dos professores sobre o impacto da formação
continuada nas atividades escolares encontram-se na Tabela 23. Ela foi construída com base
em uma lista apresentada aos professores, solicitando a eles que indicassem o quanto as
formações contribuíram para diversas atividades escolares. Observa-se que a maioria dos
respondentes considerou que os cursos realizados tiveram grande contribuição em vários
aspectos do seu trabalho. Entretanto, é importante sinalizar que alguns autores (Gatti;
Barretto, 2009) questionam a permanência mais prolongada das contribuições desses cursos
para a prática de ensino, mesmo que inicialmente os cursos possam ter apresentado efeitos
positivos.
71
TABELA 23
SAEB 2019 – PORCENTUAL DE RESPOSTAS (%) SOBRE NÍVEL DE CONTRIBUIÇÃO DAS

ATIVIDADES FORMATIVAS E CURSOS REALIZADOS PELOS PROFESSORES (N=228.141)
CONTRIBUIU CONTRIBUIU CONTRIBUIU NÃO EM

ATIVIDADES ESCOLARES
MUITO RAZOAVELMENTE POUCO CONTRIBUIU BRANCO
Compreender o processo de
43,6 34,2 10,4 10 1,7
aprendizagem
Aprimorar as metodologias de
42,9 34,0 11,2 10,1 1,7
ensino
Aprofundar meus
conhecimentos sobre as 41,7 32,1 12,3 12,1 1,9
disciplinas que leciono
Aprimorar os processos
40,9 34,5 12,1 10,8 1,8
avaliativos de sala de aula
Colaborar com meus colegas

na preparação de atividades e 37,0 35,4 14,4 11,5 1,7
projetos
Utilizar novas tecnologias para

34,7 33,5 16,1 13,9 1,7
apoiar minhas atividades
Auxiliar na mediação de
32,7 32,5 17,3 15,7 1,8
conflitos em sala de aula
2.2.3 CONDIÇÕES DE TRABALHO

Uma importante característica da escola é a qualidade do espaço físico em que os

docentes atuam e os aspectos relacionados à organização das atividades escolares e colaboração
profissional entre os pares. Também serão abordados nesta seção o contexto em que o trabalho
do(a) professor(a) é realizado, envolvendo a quantidade de alunos por turma, o tamanho total
de sua jornada de trabalho, a quantidade de turmas em que leciona e o tempo disponível para
trabalho individual e coletivo fora da sala de aula.
Quando os professores foram inquiridos sobre a relação entre o tamanho da sala e o

número de alunos, a maioria (52,5%) a considerou como adequada, 37,8% responderam como
pouco ou razoavelmente adequada e apenas 8,4% como inadequada, sendo que 0,7% não
respondeu (em branco).
As informações quanto ao número de horas que os professores dedicam às suas atividades
remuneradas, na escola que participou do Saeb e fora dela, deram origem à Tabela 24. O objetivo
foi obter informações sobre o total de horas dedicadas a todas as atividades remuneradas que
72
os professores exerciam, assim como aquelas destinadas às suas atividades na escola que
participou do Saeb, tanto dentro como fora dela. O conceito utilizado neste item foi o da semana
normal de trabalho, sem feriados ou outras interrupções, incluindo as atividades profissionais
que eles executassem fora do horário de trabalho e em casa.
TABELA 24
SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DO NÚMERO DE HORAS DISPENDIDAS EM DIVERSAS

ATIVIDADES REMUNERADAS INFORMADAS NO QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR (N=228.141)
MAIS DE 31 DE 21 DE 11 EM
ATÉ 10
DE 40 A 40 A 30 A 20 BRANCO/ TOTAL
HORAS.
HORAS. HORAS. HORAS. HORAS. ERRO
Considerando TODAS as
suas atividades profissionais
remuneradas, quantas 43,8 30,5 15,0 8,2 1,3 1,3 100,0
horas você trabalha em uma
semana normal?
Nesta escola, quantas

horas você trabalha em
uma semana normal (dando
aulas, preparando murais, 21,5 30,3 29,2 15,5 2,5 0,9 100,0
planejando aulas, corrigindo
atividades, participando de
reuniões etc.)?
Numa semana normal de

trabalho, quantas horas
você dedica exclusivamente 7,5 25,1 31,0 32,1 3,5 0,9 100,0
a dar aulas aqui nesta
escola?
Primeiramente, observa-se na Tabela 24 que 43,8% dos professores informaram trabalhar

mais de 40 horas semanais em todas suas atividades remuneradas, indicando sobrecarga de
trabalho. Essas atividades foram como professor da escola pesquisada, em outras escolas
ou ainda em outras atividades remuneradas. Quando o foco eram as atividades a que esses
profissionais se dedicavam nas escolas pesquisadas, dando aulas ou em tarefas ligadas às suas
atividades, observa-se que 21,5% informaram que dispenderam mais de 40 horas semanais.
Apesar de esse grupo ser diverso, com diferentes cargas horárias, quando a pergunta foi sobre
dar aulas apenas na escola que aplica o Saeb, 7,5% informaram que dedicavam mais de 40 horas
a essa atividade. Isso pode indicar que muitos levam atividades para executar em casa.
Quando a fonte de dados são os questionários dos gestores municipais de educação, em
80,0% dos munícipios pesquisados (n=4.332), o plano de carreira do professor prevê o limite
máximo de 2/3 da jornada em sala de aula (Tabela 25). Entretanto, os dados apresentados na
Tabela 24 apontam que há uma tendência de que esse limite seja ultrapassado, pois uma parcela
dos professores dedica mais de 40 horas somente ministrando aulas.
73
TABELA 25
SAEB 2019 – RESPOSTA DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO À QUESTÃO

“O PLANO DE CARREIRA PREVÊ O LIMITE MÁXIMO DE 2/3 DA JORNADA
DO(A) PROFESSOR(A) EM SALA DE AULA?”
SECRETÁRIOS MUNICIPAIS PORCENTUAL
Em branco/ nulo 338 6,2
Sim 4.332 80,0
Não 742 13,7
Total 5.412 100,0
Carvalho (2018) enfatiza que para suprir a demanda de professores para a população em
idade escolar, algumas redes de ensino aumentam a jornada média de trabalho desses profissionais,
dificultando a atuação dos que têm a jornada fragmentada entre diversos vínculos em diferentes redes
e escolas. São condições que impactam diretamente a capacidade de organização e de trabalho dos
docentes, afetando a qualidade do trabalho que realizam com reflexos ruins para o ensino escolar.
Também foi investigada a organização do tempo de trabalho do(a) diretor(a) escolar durante
a semana, utilizando-se os mesmos conceitos de semana normal de trabalho. Na Tabela 26,
encontram-se as respostas mais frequentes em relação à distribuição do tempo gasto pelo diretor
em uma semana normal de trabalho com as atividades cotidianas e com a gestão escolar. Observa-se
que as atividades que os respondentes apontaram como aquelas às quais dedicam mais tempo são o
atendimento aos alunos e pais/responsáveis e as demandas da secretaria de educação.
TABELA 26
SAEB 2019 – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE TRABALHO DO(A) DIRETOR(A) (N=67.886), EM

UMA SEMANA NORMAL, EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES SOB SUA COMPETÊNCIA NO AMBIENTE
ESCOLAR, CONSIDERANDO AS RESPOSTAS MAIS FREQUENTES NO QUESTIONÁRIO DO DIRETOR
NÚMERO DE HORAS GASTAS POR SEMANA

ATIVIDADES EXECUTADAS PELO DIRETOR
(RESPOSTA MAIS FREQUENTE)
Atendimento aos alunos 5 h (16,6%)
Atender demandas da secretaria de educação 4 h (17,5%)
Atender aos pais ou responsáveis 4 h (17,7%)

Gerenciar conflitos 2 h (16,8%)
Realizar prestação de contas 2 h (23,3%)
Atendimento individual aos professores 2 h (25,5%)
Reunir-se com professores 2 h (28,2%)
Gestão da merenda 2 h (28,3%)
Gestão da manutenção 2 h (28,6%)
Gestão da segurança 1 h (28,7%)
Realizar outras atividades 2 h (15,9%)
74
Os dados sobre as atividades em horas dispendidas pelo diretor mostram que o tempo
dedicado à gestão pedagógica, que no questionário poderia estar centrado nos tópicos “reuniões
com os professores” e “outras atividades”, pode ser considerado residual, quando comparado a
outras atividades em que ele é demandado.
2.2.4 CONDIÇÕES DE EMPREGO
A valorização dos profissionais da educação constitui um dos princípios constitucionais

que orientam o ensino brasileiro, nos termos do art. 206, inciso V, da Constituição Federal,
conforme a seguir:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
[...]
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes
públicas; (Brasil. Cam, 1988).
Por sua vez, o art. 67 da LDB/1996 estabelece que a valorização do profissional docente
deve ser promovida pelos sistemas de ensino mediante a garantia, nos estatutos e planos de
carreira do magistério público, de: ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos; licenciamento periódico remunerado para aperfeiçoamento profissional continuado; piso
salarial profissional; progressão funcional baseada na titulação ou habilitação e na avaliação
do desempenho; período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de
trabalho; e condições adequadas de trabalho.
A Meta 17 do PNE, que trata da valorização dos professores, estabelece: “Valorizar os (as)
profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu
rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do
sexto ano de vigência deste PNE” (Brasil, 2014).
Assim, em razão dos mandamentos legais, o Saeb também pesquisou as condições de
emprego dos docentes, com destaque para o tipo de seu vínculo empregatício, sua jornada

de trabalho e sua remuneração. Na avaliação da jornada de trabalho dos profissionais será
considerado se o(a) profissional tem de se dividir entre várias instituições ou se pode dedicar-se
com exclusividade àquela avaliada. Também será analisada a existência de plano de carreira e os
critérios de evolução, bem como o tempo de atuação do(a) profissional na sua função atual e as
oportunidades de crescimento profissional que sua carreira oferece.
Conforme mostra o Gráfico 12, 43,5% do total dos que responderam ao questionário do
Saeb informaram que trabalhavam em mais de uma escola de educação básica, com 35,1% deles
trabalhando em duas escolas, 5,4% em três e 3% em mais de quatro. Essa situação pode revelar
a busca por melhores remunerações, com atuação em diferentes redes de ensino, ou dificuldades
de completar a carga horária em apenas uma escola. Entre os professores que informaram que
trabalham em apenas uma escola, o maior contingente de professores (64,9%) atua na região
Centro-Oeste, quase 9% a mais que no Brasil (56,1%).
O ideal seria que o porcentual de professores que trabalham em apenas uma escola fosse
maior, uma vez que as escolas que apresentam melhor desempenho educacional tendem a ser
aquelas que contam com professores em regime de dedicação exclusiva, podendo eles estar mais
tempo à disposição dos alunos e da escola (Matijascic, 2017). Por outro lado, Carvalho (2018)
afirma que quanto mais vínculos/escolas/turmas/disciplinas que o professor tiver de administrar,
maior será seu esforço, o que pode comprometer a qualidade de seu trabalho e seu equilíbrio
profissional
75
70% .
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste Brasil
Regiões/país
Apenas nesta Em 2 Em 3 Em 4 ou mais Em branco
GRÁFICO 12
PORCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO (%) POR REGIÃO E NO BRASIL DO NÚMERO DE ESCOLAS

EM QUE OS PROFESSORES (N=228.141) TRABALHAM, CONFORME RESPOSTAS NOS
QUESTIONÁRIOS DO SAEB 2019
A carreira de professor no setor público possui alguns direitos, como estabilidade,

aposentadoria superior que a do setor privado e carreiras mais estruturadas, significando maior
segurança profissional aos docentes (Gatti; Barretto, 2009). Mas nem todos aqueles que atuam
na rede pública têm vínculo como concursados/efetivos/estáveis. Dos respondentes, 98,4%
informaram que atuam na rede pública e, destes, 69,2% declararam ser estáveis, enquanto
26,6% declararam trabalhar com contratos temporários (Tabela 27).
Analisando os profissionais com contratos temporários, Carvalho (2018) afirma que esses
profissionais são contratados, inicialmente, para suprir necessidades provisórias de professores,
mas que, em alguns casos, esse tipo de vínculo é prolongado, indefinidamente, ocasionando uma
situação profissional precária.
TABELA 27
VÍNCULO TRABALHISTA NA ESCOLA DOS PROFESSORES (N = 228.141), CONFORME RESPOSTAS

AOS QUESTIONÁRIOS DO SAEB 2019
TIPO DE VÍNCULO TRABALHISTA QUANTIDADE DE PROFESSORES %

Concursado/efetivo/estável 157.850 69,2
Contrato temporário 60.611 26,6

Contrato CLT 6.512 2,8
Outra situação trabalhista 1.271 0,6
Contrato terceirizado 615 0,3
Pessoa jurídica 109 0,1
Em branco 1.173 0,5

TOTAL 228.141 100
76
Além disso, com relação ao cumprimento da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2018, que
instituiu o piso nacional dos professores, através dos questionários respondidos pelos gestores
municipais de educação, obteve-se a informação de que 24,1%, equivalente a 1.304 municípios,
declararam que os professores com jornada de trabalho de 40 horas semanais não possuem
vencimento básico inicial igual ou superior a R$ 2.557,74 mensais, valor do piso válido para
2019. Outrossim, de acordo com os dados do censo escolar 2020 (Brasil. Inep, 2020b), houve
um aumento de 12,8% no porcentual de profissionais de magistério das redes públicas com os
rendimentos médios equiparados aos dos demais profissionais com escolaridade equivalente,
entre 2012 e 2019. Nesse período, o indicador passou de 65,3% para 78,1%, respectivamente.
O relatório do PNE (Brasil. Inep, 2020i) também registra que todos os estados e o Distrito
Federal possuem plano de carreira e remuneração para os profissionais da educação. Além disso,
81,5% das unidades federativas possuem plano de carreira para os profissionais da educação que
não integram o magistério. Já nos municípios, esse porcentual é de 38,8%. Conforme Matijascic
(2017), comparada aos de instituições municipais, os professores lotados em instituições
estaduais possuem, em geral, rendimentos melhores, decorrente do fato de terem contratos de
trabalho mais antigos e, por isso mesmo, terem progredido mais na carreira, obtendo, assim,
ganhos salariais maiores. O autor destaca que as instituições privadas apresentam os menores
salários, embora, em alguns casos, os salários superem os das instituições municipais. O menor
nível salarial na rede municipal reflete, em parte, a maior incidência de professores sem ensino
superior, o que, por sua vez, pode decorrer do fato de essas instituições cuidarem de educação
infantil em áreas mais carentes, por meio de convênios (Matijascic, 2017).
Os dados obtidos sobre o tempo de experiência profissional mostram que a maioria dos
professores possui mais de vinte anos como docente (Tabela 28). Quando o foco de análise é a
permanência nas escolas pesquisadas, observa-se que a maior marcação ocorreu na faixa de três
a cinco anos (21,8%), e que 29,5% dos professores disseram estar lotados na escola há menos
de cinco anos. Isso demonstra que existe uma alta rotatividade de professores nas escolas, algo
que, entre outros fatores, dificulta a execução de um projeto pedagógico consistente.
TABELA 28
SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS DE RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS DOS PROFESSORES SOBRE

O TEMPO DE EXPERIÊNCIA COMO PROFESSOR(A) E O TEMPO DE EXPERIÊNCIA APENAS NA
ESCOLA PESQUISADA
HÁ QUANTOS ANOS VOCÊ HÁ QUANTOS ANOS VOCÊ TRABALHA

TRABALHA COMO PROFESSOR (A)? COMO PROFESSOR(A) NESTA ESCOLA?
FREQUÊNCIA PORCENTUAL FREQUÊNCIA PORCENTUAL
Em branco / nulo 1.070 0,5 1.257 0,6

Meu primeiro ano. 4.805 2,1 36.899 16,2
1-2 anos. 6.524 2,9 30.318 13,3
3-5 anos. 19.237 8,4 49.630 21,8
6-10 anos. 41.347 18,1 43.888 19,2
11-15 anos. 41.593 18,2 28.423 12,5
16-20 anos. 41.657 18,3 20.446 9,0
Mais de 20 anos. 71.908 31,5 17.280 7,6
Total 228.141 100,0 228.141 100,0

77
Mediante os questionários dos gestores municipais de educação, quando perguntados
sobre os critérios de progressão dos professores na carreira do magistério, observa-se que os
mais comuns são o tempo de efetivo exercício no cargo, a qualificação, a titulação, a assiduidade
e o resultado da avaliação de desempenho (Tabela 29).
TABELA 29
SAEB 2019 – PLANO DE CARREIRA: CRITÉRIOS DE PROGRESSÃO OU PROMOÇÃO UTILIZADOS

NO PLANO DE CARREIRA DO MAGISTÉRIO, DE ACORDO COM RESPOSTAS OBTIDAS NOS
QUESTIONÁRIOS DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS (N = 5.412).
CRITÉRIOS DE PROGRESSÃO OU PROMOÇÃO FREQUÊNCIA PORCENTUAL (%)
Titulação 4.470 82,6
Tempo de efetivo exercício no cargo 4.438 82,0
Qualificação 3.534 65,3
Avaliação de desempenho 2.166 40,0
Assiduidade 1.778 32,9
Prova de conhecimentos para professores 139 2,6
Desempenho dos alunos em avaliação externa 154 2,8
Outros 490 9,1
Na Tabela 30, encontram-se as respostas dos professores em relação ao nível de satisfação

com sua profissão. Observa-se que a quase totalidade dos professores declarou que ter se
tornado professor foi a realização de um sonho, assinalado por 52,5% dos que concordaram e
por 36,1% dos que concordaram fortemente com a afirmação. Também se observa que a grande
maioria diz estar satisfeita com seu trabalho como professor, assinalado por 64,6% que afirmaram
concordar e por 17,2% que concordaram fortemente com a afirmação. Quando indagados se
as vantagens de ser professor superam claramente as desvantagens, 45,4% concordaram e
5,4% concordaram fortemente com a afirmação. Esses três aspectos revelam que existe uma
forte identificação pessoal com o trabalho docente, em que pese o último quesito indicar que,
apesar de identificados com a profissão, existe um desalento com o reconhecimento social de seu
trabalho. Isso fica mais claro quando 56,4% discordam e outros 27,7% discordam fortemente da
afirmação de que a profissão de professor é valorizada pela sociedade.
78
TABELA 30
SAEB 2019 – NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM A PROFISSÃO, DE ACORDO COM AS RESPOSTAS NOS
QUESTIONÁRIOS DOS PROFESSORES (N = 228.141)
CONCORDO DISCORDO EM
TEMA CONCORDO DISCORDO
FORTEMENTE FORTEMENTE BRANCO
Tornar-me professor(a) foi a

realização de um dos meus 36,1 52,5 9,0 1,7 0,8
sonhos.
No geral, estou satisfeito

com o meu trabalho de 17,2 64,6 15,7 1,9 0,6
professor(a).
As vantagens de ser
professor(a) superam 5,4 45,4 40 8,5 0,6
claramente as desvantagens.
A profissão de professor(a) é
1,6 13,9 56,4 27,7 0,6
valorizada pela sociedade.
De modo geral, espera-se que os dados apresentados neste relatório possam subsidiar
discussões a respeito da atuação dos profissionais de educação em nosso País, e que contribuam
para o processo decisório de políticas públicas, de forma a superar os problemas relacionados ao
trabalho docente e à valorização dessa categoria profissional.
2.3 EIXO ATENDIMENTO ESCOLAR
O eixo atendimento escolar pode ser discutido e analisado a partir de dados coletados pelo
Censo Demográfico do IBGE e do Censo Escolar produzido pelo Inep. Na primeira pesquisa, é

possível levantar a existência de crianças e jovens fora da escola. Na segunda, é possível analisar
a desigualdade de condições de acesso e permanência na escola. Esses dados quando somados
àqueles coletados pelos questionários dos estudantes do Saeb 2019 permitem identificar melhor
as desigualdades de condições específicas do seu cotidiano.
Nesta parte do relatório serão discutidos aspectos ligados ao acesso à escola, sua
infraestrutura, e aos insumos e recursos disponibilizados aos estudantes e aos profissionais que
nela trabalham, por meio dos dados obtidos do Saeb.
2.3.1 ACESSO
A Constituição estabeleceu o transporte escolar como um dos deveres do Estado com a

educação. Esse dever foi complementado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que
estabeleceu o direito dos estudantes de estudar na escola mais próxima de sua residência. Como
consequência, ao longo dos anos, várias políticas federais foram voltadas ao apoio do transporte
escolar, como o Programa Nacional de Transporte Escolar (PNTE), o Programa Nacional de
Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e o Programa Caminhos da Escola. Além delas, a legislação
educacional autoriza incluir as despesas de transporte escolar entre aquelas de manutenção e
desenvolvimento do ensino (Ribeiro; Jesus, 2016).
79
Para verificar o atendimento ao dever constitucional e ao direito previsto no ECA, além
de fornecer elementos para avaliar as políticas de apoio ao transporte escolar, o questionário
dos estudantes do Saeb levantou informações sobre o tempo e a forma de deslocamentos dos
estudantes até a escola.
Com relação à área, urbana ou rural, das escolas que os estudantes frequentam, a pesquisa
do Saeb apontou que 41,6% dos estudantes que frequentam as escolas rurais fazem uso do
transporte escolar para chegar à escola, ante 15,5% dos estudantes que frequentam as escolas
urbanas, com a média nacional de 17,8%. Portanto, o apoio de transporte para atender às escolas
rurais deve ser considerado com atenção.
Para analisar a forma de transporte usada no deslocamento até a escola, seja na área rural
ou urbana, construiu-se a Tabela 31.
TABELA 31
SAEB 2019 – PRINCIPAL FORMA DE DESLOCAMENTO ATÉ A ESCOLA INFORMADA PELOS

ESTUDANTES DE ESCOLAS RURAIS E URBANAS
ÁREA
MEIO DE TRANSPORTE URBANA RURAL TOTAL
FREQUÊNCIA % FREQUÊNCIA %
A pé. 3.091.497 44,5% 221.513 34,2% 3.313.010
De carro. 1.191.199 17,1% 26.469 4,1% 1.217.668
De transporte escolar. 1.080.595 15,5% 269.583 41,6% 1.350.178
De ônibus urbano. 638.047 9,2% 46.387 7,2% 684.434
De bicicleta. 382.149 5,5% 22.481 3,5% 404.630
Outros meios de transporte. 342.579 4,9% 27.103 4,2% 369.682
De barco. 22.581 0,3% 15.754 2,4% 38.335

Em branco /dupla marcação 204.321 2,9% 18.427 2,8% 222.748
Total 6.952.968 100% 647.717 100% 7.600.685
Primeiramente, é importante destacar que a forma de construção do item, marcação de

apenas uma alternativa, pode ter causado alguma dificuldade para uma parcela dos estudantes,
isso porque no mesmo item indagou-se sobre o uso de transporte escolar e o meio para se
chegar à escola. Devido a isso, pode ter havido alguma incongruência nas respostas coletadas.
Tendo em vista a observação anterior, nota-se que com relação aos alunos que frequentam
escolas localizadas na área urbana, a maior parte deles vai a pé para a escola (44,5%), enquanto
a maioria daqueles da área rural assinalaram o uso de transporte escolar (41,6%). Na área urbana
o transporte escolar foi apontado como o segundo meio mais utilizado pelos estudantes, por
15,5%, enquanto 34,2% da área rural vão a pé à escola. Principalmente para este último grupo,
é importante destacar que ir a pé à escola não significa necessariamente que a escola esteja
próxima da sua moradia, mas pode ser uma indicação de ausência de transporte, escolar ou não,
para chegar até ela.
80
Para analisar o tempo gasto de deslocamento até a escola, construiu-se o Gráfico 13, no
qual se observa que 10,2% dos estudantes das escolas rurais relataram gastar mais de uma
hora, 22,8% informaram gastar entre 30 minutos e uma hora e 64,7% assinalaram gastar menos
de 30 minutos. Tais valores indicam que esses estudantes gastam mais tempo para chegar à
escola quando comparados à média brasileira ou aos estudantes de escolas urbanas. Evangelista
et al. (2017), estudando o transporte em uma região rural da Bahia, apontam que há dificuldades
na qualidade do transporte oferecido, como ônibus velhos e com problemas mecânicos, estradas
de terra mal conservadas, além de desvios de finalidade de veículos adquiridos.
100% 1,5% 2,3% 1,6%

4,4% 4,9%
90% 10,2%
18,2% 18,6%
80%
22,8%
70%
60% Em Branco / Nulo
50% Mais de uma hora.
40% Entre 30 minutos e uma hora.

75,9% 74,9%
30% 64,7%
Menos de 30 minutos.
20%
10%
0%
Urbano Rural Média Brasil
GRÁFICO 13
SAEB 2019 – TEMPO DE DESLOCAMENTO SEGUNDO A ÁREA RURAL OU URBANA DA ESCOLA

Também é possível analisar as diferenças de meios de transporte utilizados em função do
nível socioeconômico das famílias dos estudantes (Gráfico 14). Já existem estudos expondo que
aqueles que pertencem a famílias de maior nível socioeconômico gastam menos tempo para se
deslocar até a escola e o fazem utilizando meios de transporte mais rápidos (Vasconcellos, 1996;
Silva, 2009). Os dados dos questionários do Saeb 2019 corroboram tais estudos.
Ao se observar o tempo de deslocamento (Gráfico 14), verifica-se que 57,1% dos
estudantes pertencentes a famílias localizadas no nível 2 da medida socioeconômica demoram
menos de 30 minutos para chegar à escola, enquanto entre aqueles que estão no nível 8, os
mais favorecidos, o porcentual dos que gastam o mesmo tempo de deslocamento de menos
de 30 minutos sobe para 83,6%. Ou seja, os estudantes dos estratos populacionais inferiores
apresentam desvantagens na rapidez do deslocamento até a escola.
81
100,0% 3,5% 3,0% 2,7%
7,9% 5,7% 4,9% 4,1% 4,9%
12,8%
18,8% 17,6% 16,5% 15,2% 12,7%
80,0% 22,9% 20,0% 18,6%
27,8%
60,0%
40,0% 74,6% 76,7% 78,7% 80,7% 83,6%

74,9%
67,3% 72,5%
57,1%
20,0%
0,0%
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Média
Brasil
Menos de 30 minutos. Entre 30 minutos e uma hora. Mais de uma hora. Em Branco/Nulo
GRÁFICO 14
SAEB 2019 – TEMPO DE DESLOCAMENTO ATÉ A ESCOLA SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO
Quando se observa a forma de deslocamento, verifica-se que o porcentual de alunos que

afirmam se deslocar para a escola de carro, que provavelmente é o meio de transporte mais
rápido entre as alternativas apresentadas, cresce conforme aumenta o nível socioeconômico das
famílias dos estudantes (Gráfico 15). Além disso, é possível observar que aqueles mais atendidos
pelo transporte escolar pertencem aos níveis 1 e 2, com 31,8% e 23,9%, respectivamente,
demonstrando a importância dessa política para a inclusão dos mais pobres; ademais, a oferta
de transporte também auxilia na redução do tempo de deslocamento até a escola.
100,0%
90,0%
80,0%
Em Branco/nulo
70,0%
Outros meios de transporte
60,0% De barco
50,0% De bicicleta
De ônibus urbano
40,0%
De carro
30,0%
De transporte escolar
20,0% À pé
10,0%
0,0%
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Média Brasil
GRÁFICO 15
SAEB 2019 – FORMA DE TRANSPORTE ATÉ A ESCOLA SEGUNDO O NÍVEL SOCIOECONÔMICO

DOS ESTUDANTES
82
2.3.2 INFRAESTRUTURA
Como meio de se obter, no Saeb, informações qualitativas sobre a infraestrutura das

escolas, foram formuladas algumas perguntas aos professores e diretores. Para os primeiros,
aqueles que utilizam as salas de aula com maior frequência, solicitou-se que avaliassem alguns
aspectos desses espaços. Para os diretores, que circulam com mais frequência por espaços outros
que não os das salas de aulas, perguntou-se, entre outros assuntos, sobre os equipamentos da
área externa da recreação e a segurança da escola. Os dados são analisados a seguir.
Sobre as condições de funcionamento das salas de aula da escola avaliada, os professores
opinaram sobre a adequação de dez características de sua sala de aula, aquelas que seriam
necessárias para garantir boas condições de trabalho. Eles tinham de escolher para cada
característica uma opção entre: inadequado, pouco adequado, razoavelmente adequado e
adequado (Gráfico 16).
Lousa (quadro de giz ou quadro branco) 5,6 11,5 28,7 53,6

Infraestrutura (paredes, teto, assoalho, portas) 7,8 14,7 34 42,8
Mobiliário (mesas e carteiras) 5,6 12,5 31,2 50
Acessibilidade 9,9 12,5 26,2 50,7
Limpeza 3,1 7,9 27,4 60,8
Temperatura 22,2 23,3 28,2 25,6
Ventilação natural 16,2 23,8 29,1 30,1
Iluminação natural 7,7 16 29,3 46,3
Acústica 11,3 17,9 31,3 38,8
Tamanho da sala com relação ao número de alunos 8,4 11,9 26,4 52,5
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Em Branco / Nulo Inadequado Pouco adequado Razoavelmente adequado Adequado
GRÁFICO 16

SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA SALA DE AULA PELO PROFESSOR
Considerando-se a marcação “adequado” como aquela que indica a condição ideal para
as características da sala de aula avaliadas, a mais bem avaliada é a limpeza, a que está mais
próxima da governança da escola, pois depende, em grande parte, dos trabalhadores da escola.
As características da sala de aula com marcações “adequada” iguais ou superiores a 50% foram,
em ordem decrescente: lousa (quadro de giz ou quadro branco), com 53,6%; tamanho da sala
em relação ao número de alunos, com 52,5%; acessibilidade, com 50,7%; e mobiliário (mesas
e carteiras), com 50%. Todas as características dependem em grande parte de ações do órgão
gestor.
Por sua vez, as características das salas de aula utilizadas pelos professores que foram
avaliadas como piores, com marcação “inadequada”, e com porcentual superior a 10%, foram,
em ordem decrescente: temperatura, com 22,2%; ventilação natural, com 16,2%; e acústica, com
11,3%. Todas essas características apresentadas estão distantes da governança da escola, pois
dependem, como as anteriores, de ações dos órgãos gestores.
83
Apesar de o texto fazer referência a apenas os dois extremos, “adequado” e “inadequado”, a
situação das salas de aula percebidas pelos professores parece ser bastante crítica. Por exemplo,
no quesito ventilação natural, uma preocupação grande em tempos da pandemia causada
pelo novo coronavírus, 69,1% dos professores classificaram a ventilação como inadequada
(16,2%), pouco adequada (23,8%) e razoavelmente adequada (29,1%). Ressalte-se que aqui
estão expressas as percepções dos professores, não avaliações técnicas e fundamentadas de
especialistas. No entanto, como são os professores aqueles que mais utilizam esses espaços,
e o fazem por grandes períodos de tempo, suas percepções devem ser consideradas válidas,
pois devem indicar a necessidade de ações dos órgãos gestores. Em alguns casos, como o de
ventilação natural, de forma urgente.
Para analisar as diferenças das características das salas de aula, percebidas pelos
professores, em relação à classificação média das escolas pelo nível socioeconômico das famílias
dos estudantes, foi construído o Gráfico 17. Nele, para cada característica apresentada aos
professores, foi considerada apenas a classificação “adequado”.
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Ventilação natural
Temperatura
Lousa (quadro de giz ou

Tamanho da sala com
Iluminação natural
Limpeza
Infraestrutura (paredes,
Acústica
Acessibilidade
(mesas e carteiras)
quadro branco)
relação ao número de
teto, assoalho, portas)

alunos
Mobiliário
Nível I Nível II Nível III Nível IV Nível V Nível VI Nível VII
GRÁFICO 17
PORCENTAGEM DE PROFESSORES QUE AVALIARAM O ASPECTO DA SALA DE AULA

COMO “ADEQUADO” SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DA ESCOLA PELA MÉDIA DO NÍVEL
SOCIOECONÔMICO
Observa-se que os alunos pertencentes às famílias classificadas em níveis socioeconômicos

mais elevados frequentam escolas com salas de aula mais bem avaliadas pelos professores.
Contudo, os professores dos estudantes mais pobres classificam as características das salas de
aula que utilizam como piores.
Uma boa infraestrutura é fundamental para o bom funcionamento da escola. Por isso, o
questionário do Saeb aplicado aos diretores solicitou que eles classificassem diversos aspectos da
escola que dirigiam. Em 2019, os aspectos pesquisados foram segurança, identificação externa
84
da escola, acessibilidade e condições de uso dos equipamentos de recreação, e as classificações
apresentadas foram: “muito inadequado”, “inadequado”, “adequado” e “muito adequado”
(Tabela 32).
TABELA 32
SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE OS ASPECTOS ESTRUTURAIS DA ESCOLA
MUITO MUITO EM
INADEQUADO ADEQUADO
INADEQUADO ADEQUADO BRANCO
Muros e grades que

impedem que os(as)
5,9 16,3 64,5 12,7 0,6
alunos(as) saiam
sozinhos(as).
Identificação externa
que caracterize o
4,0 13,3 63,9 18,3 0,4
prédio como uma
instituição escolar.
Segurança na
entrada e saída
7,0 24,0 61,6 6,6 0,7
dos(as) alunos(as)
da escola.
O acesso à entrada
principal pelas
pessoas com
deficiência física e 13,1 34,0 46,9 4,7 1,2
visual (ex.: rampas
e marcadores no
chão).
Condições de uso
dos equipamentos
15,8 32,2 40,9 2,9 8,2
da área externa de
recreação.
O acesso à área

externa de recreação
pelos(as) alunos(as) 17,8 35,7 38,7 2,5 5,3
público-alvo da
educação especial.
A Tabela 32 indica que três aspectos da escola receberam dos diretores mais de 60%
de classificação como “adequado”: muros e grades para proteger os estudantes (64,5%),
identificação externa do prédio como sendo uma escola (63,9%) e segurança (61,6%). Mesmo
assim, esses três aspectos foram classificados como “muito inadequado” e “inadequado” por,
respectivamente 22,2%, 17,3% e 31% dos diretores. Esses dados mostram uma realidade
contraditória, demandando dos gestores ações para garantir equidade entre as escolas.
A acessibilidade dos estudantes público-alvo da educação especial à área externa de
recreação, considerada como “muito inadequada” e “inadequada” por 53,5% dos diretores,
revela a grande dificuldade para garantir que as escolas assegurem a inclusão desses estudantes.
Portanto, não são apenas os obstáculos da equipe docente que dificultam essa inclusão, o que
sinaliza o tamanho do desafio a ser enfrentado para sustentar um direito a essa população.
85
2.3.3 INSUMOS E RECURSOS
O ciclo de 2019 do Saeb investigou o oferecimento da merenda escolar e os aspectos

ligados à qualidade dessa oferta, a oferta dos livros didáticos e uma série de insumos importantes
para garantir processos de ensino e aprendizagem de qualidade.
A merenda escolar é um dos mais longevos programas federais, programa esse que
atravessou diferentes governos. Nos dias atuais, a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009,
estabeleceu diretrizes adicionais a essa política, determinando, entre outros aspectos, a
necessidade de uma alimentação saudável, sua inclusão no processo de ensino e aprendizagem,
a participação da comunidade na sua discussão, o apoio ao desenvolvimento sustentável e o
direito à alimentação escolar de forma igualitária e com respeito à diferença.
O questionário do Saeb 2019 aplicado aos diretores primeiro perguntava se a merenda era
oferecida nas escolas, para depois abrir um bloco de itens para avaliá-la. Do total de diretores das
escolas públicas que responderam ao questionário, 98,8% deles informaram que a merenda era
oferecida aos seus estudantes. Mas surpreende o fato de que ainda existam diretores informando
que suas escolas não oferecem merenda. Considerando apenas as escolas estaduais e municipais,
esse porcentual sobe para 99,1%. Quando são consideradas apenas as escolas federais, esse
porcentual cai para 62,9%.
Entre os diretores da rede pública que informaram oferecer merenda em suas escolas,
94,0% assinalaram que ela é preparada na própria instituição e 92,7% informaram que o
cardápio é elaborado por nutricionista, como determina a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009
(Tabela 33).
TABELA 33
SAEB 2019 – INFORMAÇÃO DOS DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS SOBRE O PREPARO DA

COMIDA E A ELABORAÇÃO DO CARDÁPIO POR NUTRICIONISTAS
EM
BRANCO SIM NÃO TOTAL

/ NA
A merenda escolar é preparada na própria instituição? 1,2% 94,0% 4,8% 100,0%
Os cardápios da alimentação escolar são elaborados por

1,3% 92,7% 6,0% 100,0%
nutricionista?
Para os diretores que afirmavam oferecer merenda, eram apresentados outros itens para
avaliar segundo a gradação “discordo fortemente”, “discordo” “concordo” e “concordo fortemente”
(Tabela 34).
86
TABELA 34
SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DOS DIRETORES DE ESCOLA PÚBLICA SOBRE DIVERSOS ASPECTOS
DA MERENDA ESCOLAR
EM
DISCORDO CONCORDO
BRANCO DISCORDO CONCORDO TOTAL
FORTEMENTE FORTEMENTE
/ NA
Os alimentos são de
1,4% 0,4% 4,2% 63,2% 30,7% 100,0%
boa qualidade
A quantidade
de alimentos é
1,3% 2,3% 10,6% 57,1% 28,6% 100,0%
suficiente para
todos(as)
A cozinha atende
a todas as
1,5% 3,3% 16,9% 58,8% 19,4% 100,0%
necessidades do
preparo da merenda
Todos(as)
conseguem se 1,4% 10,0% 27,3% 43,9% 17,4% 100,0%
alimentar sentados
O acesso ao local de
alimentação é livre
1,6% 4,9% 16,8% 60,1% 16,5% 100,0%
para pessoas com
mobilidade reduzida
Há pias para
higienização das
1,4% 8,5% 29,2% 48,5% 12,3% 100,0%
mãos próximas ao
local de alimentação
Para 93,9% dos diretores, a merenda escolar foi considerada de boa qualidade. Isso indica
que uma série de diretrizes adotadas por diversos governos ao longo de muitos anos deram

resultado, garantindo às crianças e jovens uma alimentação saudável e de qualidade, o que
pode garantir processos de aprendizagem mais tranquilos. Contudo, é preocupante o fato de
37,7% dos diretores informarem que “discordam muito” ou que “discordam” da afirmação de
que existem pias para a higienização das mãos próximas ao local de alimentação, ainda mais
em tempos de pandemia de covid-19. Também é preocupante a informação de que os diretores
“discordam muito” ou “discordam” da afirmação de que todos conseguem se alimentar sentados,
caracterizando um problema de infraestrutura da escola.
Assim, como discutido anteriormente em relação às percepções dos professores sobre

os aspectos físicos da sala de aula, os diretores não possuem conhecimentos técnicos na área
da merenda escolar. No entanto, por estarem acompanhando a oferta de merenda durante
vários períodos, fornecem informações importantes para subsidiar políticas públicas ligadas à
alimentação escolar.
A Constituição, também em seu Artigo 208, determina que a oferta de material escolar é
um dever do Estado. Por isso, o questionário do Saeb indagou aos diretores das escolas públicas
sobre a tempestividade da entrega dos livros (Tabela 35). Os resultados indicam que ainda
existem problemas com sua distribuição. Um total de 29,9% dos diretores afirmou “discordar
87
fortemente” ou “discordar” que os livros tenham sido entregues no início das aulas. Além disso,
47% deles afirmam “discordar fortemente” ou “discordar” da afirmação de que todo estudante
recebeu livros didáticos. As duas informações são críticas e revelam que há problemas a serem
superados na entrega dos livros.
TABELA 35
SAEB 2019 – RESPOSTAS DOS DIRETORES DE ESCOLAS PÚBLICAS SOBRE O LIVRO DIDÁTICO
EM DISCORDO CONCORDO
DISCORDO CONCORDO TOTAL
BRANCO FORTEMENTE FORTEMENTE
Os livros didáticos
foram entregues
0,6% 5,2% 24,7% 59,3% 10,2% 100,0%
antes do início das
aulas
Todos(as) os(as)
alunos(as)
0,5% 8,8% 38,2% 41,6% 11,0% 100,0%
receberam livros
didáticos
Informações sobre o livro didático também foram coletadas no questionário do professor

no item que tratava sobre recursos pedagógicos, sendo avaliada também sua adequação
(Tabela 36). Entre os recursos apresentados, o livro didático é o mais difundido; apenas 3,3%
informaram não possuírem esse recurso em sala, e outros 84,1% marcaram seu uso e que este
seria razoavelmente adequado ou adequado. Isso indica que os livros podem chegar atrasados
e não atender a todos os alunos, mas são bastante utilizados pelos professores, que também
avaliaram bem esse recurso.
TABELA 36
SAEB 2019 – UTILIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE RECURSOS PEDAGÓGICOS PELO PROFESSOR EM

SALA DE AULA
EM NÃO USO / USO E É USO E É USO E É USO E É

BRANCO/ NÃO TEM INADEQUADO POUCO RAZOAVELMENTE ADEQUADO
NULO ADEQUADO ADEQUADO
Livro didático 0,9 3,3 2,2 9,5 32,9 51,2
Projetor
multimídia 0,8 12,9 3,5 10,8 24,1 47,8

(datashow)
Computador
(de mesa, 0,8 26,2 8,3 15,5 22,2 27,0
portátil, tablet)
Software 1,0 36,9 8,3 15,8 20,5 17,5
Internet 0,8 18,3 12,1 18,7 25,5 24,6
Acervo
1,0 28,0 9,4 18,7 24,0 19,0
multimídia
88
Sobre os outros recursos em que foi solicitada a avaliação do professor, todos eram de
base tecnológica: projetor multimídia, computador, internet, software e acervo multimídia. Entre
estes, o projetor foi o equipamento mais informado como existente e em condições adequadas
ou razoavelmente adequadas para 71,9% dos professores, seguido pela internet para 50,1%
e pelo computador para 49,2%. O item que os professores informaram pouco existir em suas
escolas foram os softwares, isso em 36,9% dos questionários.
Ainda sobre o item de recursos pedagógicos, ao se analisar somente as marcações de “não
uso” / “não tem” e cruzá-las com a classificação da média das escolas por nível socioeconômico
(Gráfico 18), observa-se que as escolas que atendem os estudantes com piores condições
socioeconômicas são também aquelas que possuem menos recursos pedagógicos de origem
tecnológica. Somente o livro didático aparece, na visão dos professores, como recurso nas escolas
que atendem aos estratos mais baixos da população, posto que apresentou baixos porcentuais
de ausência (Gráfico 19).
70%
61%
60%
55%
53%
51% 51%
50%
44%
40%
40% 37%
34% 34%
30% 30% 29%

30% 27% 27%
26% 26%
24% 23% 23% 22%
21% 21% 19%
20% 19% 18%
15% 16%
13%
12% 12%
11% 9%
10% 8%
6%
3% 3% 3% 3% 3% 4% 4%
0%
Livro didático Projetor multimídia Computador Software Internet Acervo multimídia
(datashow) (de mesa, portátil, tablet)
Nível I Nível II Nível III Nível IV Nível V Nível VI Nível VII
GRÁFICO 18

SAEB 2019 – AUSÊNCIA DE RECURSOS PEDAGÓGICOS INFORMADA PELO PROFESSOR SEGUNDO
A CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA DAS ESCOLAS
Nas informações coletadas pelo Saeb 2019, é possível observar que ao menos três
programas federais aparecem de forma presente nas escolas, o de transporte, o de merenda e o
do livro didático. Em alguns casos, são primordiais para a efetivação do atendimento educacional
do estudante mais pobre, proporcionando, por exemplo, transporte escolar em áreas remotas e
livros nas escolas.
Ainda há muitos desafios para uma educação igualitária, pois os dados também revelam
que os estudantes mais pobres estão alocados em escolas com salas de aulas piores e dotadas de
menos recursos tecnológicos para o ensino. Talvez novos programas federais, como distribuição
de recursos tecnológicos para as escolas, devam se inspirar no modelo do programa nacional
do livro didático ou da merenda escolar, que, apesar dos percalços relatados, parecem atender a
população mais pobre matriculada.
89
3 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
3.1 LÍNGUA PORTUGUESA
3.1.1 MATRIZ DE REFERÊNCIA
O Quadro 4 apresenta a matriz de referência que embasou o teste de Língua Portuguesa

para o 5º ano do ensino fundamental. A matriz é composta por seis tópicos, relacionados a

habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Em cada tópico, há um conjunto de descritores
ligados às competências desenvolvidas.
QUADRO 4
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA DO SAEB PARA O 5° ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL – 2019
(continua)
TÓPICO HABILIDADES/DESCRITORES
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
I. Procedimentos de leitura
D6 – Identificar o tema de um texto.
D11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,

II. Implicações do suporte, do quadrinhos, foto etc.).
gênero e/ou do enunciador na D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
compreensão do texto
91
QUADRO 4

(conclusão)
D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na

III. Relação entre textos comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições
em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições

ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem
IV. Coerência e coesão no a narrativa.
processamento do texto D8 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do
texto.
D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas
por conjunções, advérbios etc.
D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

V. Relações entre recursos D14 –Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de
expressivos e efeitos de sentido outras notações.
D10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o

VI. Variação linguística
interlocutor de um texto.
Fonte: Brasil, Inep (2020e).
3.1.2 EXEMPLO DE ITEM COMENTADO
Alô, Galera da CHC! Eu sou o Thiago. Já escrevi algumas vezes, inclusive,

minha carta foi publicada na CHC 82. Todo ano na minha cidade acontece a Feira
de Ciências, Arte e Tecnologia (Feciart). Apresentei uma experiência que vocês
publicaram e fui classificado entre as superexperiências. Gostaria que vocês me
enviassem outra experiência interessante. Quem sabe não ganho o prêmio regional
Superexperiências
da Feciart?
Ciência Hoje das Crianças, n. 102, maio 2000.
No trecho “Alô, Galera da CHC!”, a expressão destacada demonstra uma

linguagem normalmente usada por:
(A) advogados.
(B) cientistas.
(C) estudantes.
(D) médicos.
92
Nesse item, a habilidade avaliada é a de identificar as marcas linguísticas que evidenciam
o locutor e o interlocutor de um texto – D10 da matriz de referência do 5º ano do ensino
fundamental. Os itens dessa habilidade devem aferir se o estudante consegue reconhecer as
marcas linguísticas que caracterizam o locutor ou o interlocutor de um texto.
Identificar a resposta correta para esse item (alternativa C) exige que o estudante analise
um uso linguístico e o associe a um determinado grupo de falantes da língua portuguesa.
A opção por alternativas incorretas indica que o estudante não relacionou bem o uso linguístico
ao contexto de interlocução proposto no item em análise, não estabelecendo a diferença entre
usos especializados e usos gerais da língua.
O item é considerado de fácil resolução, uma vez que 48% dos estudantes responderam
corretamente a essa questão, e 52% dos estudantes que erraram se dividiram quase que
igualmente entre as alternativas incorretas. O distrator que mais atraiu, inclusive alunos com
bom desempenho do teste, foi a alternativa (B), com 38% das marcações, provavelmente pelo
fato de o locutor ter a revista científica como destinatário de sua correspondência ou porque o
texto tenha girado em torno do tema ciência.
3.1.3 ESCALA DE PROFICIÊNCIA
O Quadro 5, a seguir, demonstra a escala4 interpretada de Língua Portuguesa, com as

respectivas descrições de nível, para o 5º ano do ensino fundamental.
QUADRO 5
ESCALA DE PROFICIÊNCIA PARA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DO 5º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL EM LÍNGUA PORTUGUESA NO SAEB – 2019
(continua)
NÍVEL DESCRIÇÃO DAS HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Nível 1
Os estudantes provavelmente são capazes de: localizar informações explícitas em textos
Desempenho narrativos curtos, informativos e anúncios. Identificar o tema de um texto. Localizar elementos,

maior ou igual a como o personagem principal. Estabelecer relação entre partes do texto: personagem e ação;
125 e menor que ação e tempo; ação e lugar.
150
Nível 2
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são capazes de:
localizar informações explícitas em contos. Identificar o assunto principal e a personagem
Desempenho
principal em reportagens e em fábulas. Reconhecer a finalidade de receitas, manuais e
maior ou igual a
regulamentos. Inferir características de personagens em fábulas. Interpretar linguagem verbal
150 e menor que
e não verbal em tirinhas.
175
Nível 3 Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são capazes
de: localizar informação explícita em contos e reportagens. Localizar informação explícita
Desempenho em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos. Reconhecer relação de causa
maior ou igual a e consequência em poemas, contos e tirinhas. Inferir o sentido de palavra, o sentido de
175 e menor que expressão ou o assunto em cartas, contos, tirinhas e histórias em quadrinhos, com o apoio de
200 linguagem verbal e não verbal.
4
A metodologia de descrição das escalas de proficiência do Saeb está exposta no Relatório Saeb 2017 (Brasil. Inep,
2019d).
93
QUADRO 5

(conclusão)
NÍVEL DESCRIÇÃO DAS HABILIDADES DESENVOLVIDAS
identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias. Identificar assunto principal
Nível 4 e personagem em contos e letras de música. Identificar formas de representação de medida
Desempenho de tempo em reportagens. Identificar assuntos comuns a duas reportagens. Identificar o efeito
maior ou igual a de humor em piadas. Reconhecer sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em
200 e menor que reportagens, contos e poemas. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre
225 pronomes e seus referentes em fábulas, poemas, contos e tirinhas. Inferir sentido decorrente
da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas, fábulas e contos.
Inferir efeito de humor em tirinhas e histórias em quadrinhos.
identificar assunto e opinião em reportagens e contos. Identificar assunto comum a cartas e
Nível 5 poemas. Identificar informação explícita em letras de música e contos. Reconhecer assunto
em poemas e tirinhas. Reconhecer sentido de conjunções e de locuções adverbiais em
Desempenho verbetes, lendas e contos. Reconhecer finalidade de reportagens e cartazes. Reconhecer
maior ou igual a relação de causa e consequência e relação entre pronome e seu referente em tirinhas, contos
225 e menor que e reportagens. Inferir elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas. Inferir finalidade e
250 efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas. Inferir informação em
poemas, reportagens e cartas. Diferenciar opinião de fato em reportagens. Interpretar efeito de
humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.
Nível 6 identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas e reportagens. Identificar
informação explícita em reportagens com ou sem o auxílio de recursos gráficos. Reconhecer
Desempenho a finalidade de verbetes, fábulas, charges e reportagens. Reconhecer relação de causa e
maior ou igual a consequência e relação entre pronomes e seus referentes em poemas, fábulas e contos. Inferir
250 e menor que assunto principal e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens e
275 tirinhas. Inferir informação em contos e reportagens. Inferir efeito de humor e moral em piadas
e fábulas.
Nível 7 identificar assunto principal e informações explícitas em poemas, fábulas e letras de música.
Identificar opinião em poemas e crônicas. Reconhecer o gênero textual a partir da comparação
Desempenho entre textos e assunto comum a duas reportagens. Reconhecer elementos da narrativa
maior ou igual a em fábulas. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes e seus
275 e menor que referentes em fábulas, contos e crônicas. Inferir informação e efeito de sentido decorrente do
300 uso de sinais gráficos em reportagens e em letras de música. Interpretar efeito de humor em
piadas e contos. Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.
de: identificar assunto principal e opinião em contos e cartas do leitor. Reconhecer sentido
Desempenho de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e contos. Reconhecer relação de
maior ou igual a causa e consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas e reportagens.
300 e menor que Reconhecer assunto comum entre textos de gêneros diferentes. Inferir informações e efeito de
325 sentido decorrente do uso de pontuação em fábulas e piadas.
Nível 9
Desempenho Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são capazes de:
maior ou igual a identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em cartas do leitor.
325

Nota: O Saeb não especifica as habilidades desenvolvidas no Nível 0 da escala.
3.1.4 RESULTADOS
O Gráfico 19, que apresenta a evolução da proficiência média nacional do 5º ano do ensino
fundamental em Língua Portuguesa, demonstra a manutenção, em 2019, da média auferida
em 2017. Isso demonstra que a média nacional, que vinha crescendo nas últimas avaliações,
94
manteve-se estável nos últimos dois anos. Observa-se, então, que não houve, em termos
absolutos, no Brasil, um avanço na competência de leitura dos alunos do 5º ano do ensino
fundamental.
250
208 215 215
188 191 196
200 187 184
171 169 172 176
165
Proficiência Média
150
100
50
0
Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb Saeb
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Edição do Saeb
GRÁFICO 19
EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL – 1995 A 2019
Entretanto, o Gráfico 20, que apresenta a proficiência média em Língua Portuguesa no

5º ano do ensino fundamental por UF, apresenta algumas diferenças em relação aos resultados
da última avaliação (Saeb 2017). Observa-se uma distância ainda significativa, embora menor
do que aquela medida em 2017 (47 pontos), de 42,8 pontos entre as duas UFs com a maior
proficiência média (Distrito Federal e São Paulo, ambas com 229,3 pontos) e aquela com a menor
proficiência média (Maranhão, com 186,5 pontos). Chama a atenção o fato de o Maranhão, em

2019, apresentar uma média de 3.2 pontos mais alta que em 2017 (passando de 183,3 para
186,5) e o fato de o Distrito Federal aparecer com a maior média nacional, ao lado de São Paulo.
Verifica-se, também, que dez UFs (em 2017, eram 11) apresentaram, em 2019, proficiência
média em Língua Portuguesa no 5º ano acima da proficiência média nacional (214,6 pontos):
Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul,
Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Percebe-se, assim, que as médias mais altas foram obtidas
por UFs localizadas nas Regiões Sudeste (quatro UFs), Sul (três UFs) e Centro-Oeste (duas UFs).
A exceção foi o Ceará (localizado na Região Nordeste).
95
310,0
290,0
270,0
Proficiência média
250,0
230,0
210,0
229,3
229,3
227,6
227,1
190,0
223,9
221,9
221,1
220,1
219,9
216,8
213,8
213,1
208,9
206,4
205,6
203,7
202,3
201,8
200,4
200,1
200,0
198,9
195,5
194,3
190,3
189,4
186,5
170,0
150,0
AC AM AP PA RO RR TO AL BA CE MA PB PE PI RN SE DF GO MS MT ES MG RJ SP PR RS SC
Proficiência Média 2019 Média Brasil
GRÁFICO 20
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

– UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 21 apresenta variação das proficiências médias entre 2017 e 2019 para a área
de Língua Portuguesa no 5º ano do ensino fundamental. Observa-se que 13 UFs apresentaram
variação positiva, das quais nove estão na Região Nordeste, com destaque para o Piauí, que
obteve a maior variação (6 pontos). Chama a atenção o fato de todos os estados do Nordeste
(Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia)
terem apresentado variação positiva, o que não se deu com as demais regiões do País. As outras
UFs que obtiveram variação positiva para as proficiências médias estão duas na Região Norte
(Pará e Amapá), uma na Região Sul (Rio Grande do Sul) e uma na Região Centro-Oeste (Distrito
Federal).
Na Região Sudeste, três UFs apresentaram variação negativa (Minas Gerais, Rio de Janeiro
e São Paulo); somente o Espírito Santo não apresentou variação. Na Região Sul, Paraná e Santa
Catarina apresentaram variação negativa. Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Mato
Grosso; já Goiás não apresentou variação. Na Região Norte, cinco UFs apresentaram variação
negativa (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima e Tocantins). A UF com maior variação negativa
foi Rondônia, com -7 pontos.
96
GRÁFICO 21
VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019
O Gráfico 22 apresenta a proficiência média na área de Língua Portuguesa, para o 5º ano

do ensino fundamental, e o indicador de nível socioeconômico médio (de acordo com o Inse) das
escolas como um todo no Brasil: respectivamente 214,6 (conforme o Gráfico 21) e 5,00.
Tendo como referência o Inse médio nacional de 5,00, o gráfico apresenta um total de 11
UFs com indicador acima dessa média e 16 UFs com indicador abaixo dela.
Das 11 UFs com maior Inse, nove estão acima da proficiência média nacional em Língua
Portuguesa e duas estão abaixo (Mato Grosso do Sul e Mato Grosso). Já das 15 UFs com menor
Inse, ou seja, com o Inse abaixo do Inse nacional, 15 apresentam proficiência abaixo da média
nacional e uma apresenta proficiência acima dela (Ceará).
No Gráfico 22, constata-se que, no geral, existe uma estreita relação entre o Inse da UF e a
média obtida por ela em Língua Portuguesa: a UF que apresenta Inse maior que a média nacional

apresenta média em Língua Portuguesa mais alta que a média nacional; aquela que apresenta
Inse menor que a média nacional apresenta média em Língua Portuguesa mais baixa que a média
nacional.
Assim, constata-se que as médias mais altas em Língua Portuguesa concentram-se nas
UFs das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que também apresentam os maiores Inse. As
exceções são Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CO), que, apesar de apresentarem Inse acima
da média nacional, não lograram atingir uma média em Língua Portuguesa acima da nacional.
Constata-se, ainda, que as médias em Língua Portuguesa abaixo da média nacional foram
obtidas pelas UFs concentradas nas Regiões Norte e Nordeste, que apresentam Inse menor
que a média nacional. A exceção é o Ceará (NE), que se destaca com 7.3 pontos acima da média
nacional, apesar de apresentar o quarto menor Inse do País.
97
240
230 São Paulo Distrito Federal

Paraná Santa Catarina
Minas Gerais
Ceará Rio Grande do Sul
220 Espírito Santo Goiás
Proficiência Média
Rio de Janeiro
Acre BRASIL
Mato Grosso do Sul
210
Mato Grosso
Piauí Tocantins Rondônia
Pernambuco
Paraíba
200 Alagoas Amazonas Roraima
Bahia
Rio Grande do Norte
Sergipe
190 Pará Amapá
Maranhão
180
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80
INSE
GRÁFICO 22

RELACIONADA COM O INSE – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
Os Gráficos 23, 24 e 25 apresentam a diferença entre as proficiências médias obtidas

no Saeb 2019 por localização (rural e urbana), por área (capital e interior) e por dependência
administrativa (estadual, federal, municipal e privada). Neles, verifica-se que, no Brasil, de forma
geral, os estudantes com maior proficiência média estão concentrados em áreas urbanas e nas
capitais, em escolas das redes federal e privada.
Há uma diferença de 29,16 pontos entre a proficiência média dos estudantes das áreas
urbanas e rurais, enquanto entre os estudantes das capitais e do interior a diferença é de 8,99
pontos – menor, portanto. No que diz respeito à distribuição das proficiências médias por
dependência administrativa, observa-se maior proficiência média, no 5º ano, entre os estudantes
das escolas de administração federal, com 243,89 pontos, seguidos daqueles da rede privada,
com uma média de 240,71 pontos. Com médias mais baixas estão os estudantes das escolas
de administração municipal, seguidos dos estudantes das escolas estaduais. A diferença entre a
proficiência média mais alta (das escolas de administração federal) e a mais baixa (das escolas
de administração municipal) é de 36,54 pontos.
Importa salientar, ainda, que, no geral, a proficiência média das escolas de localização
rural, em área do interior e de dependência administrativa municipal, estão abaixo da proficiência
média nacional, que é de 214,6 pontos.
98
220 217,8
215
210
205
200
195
188,6
190
185
180
175
170
Rural Urbana
Localização
GRÁFICO 23
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
225 221,7
220
215 212,7
210
205
200
195
190
185
180

175
170
Capital Interior
Área
GRÁFICO 24

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
99
250 243,9
245 240,7
240
235
230
225
220 216,6
215
210 207,4
205
200
195
190
185
180
175
170
Federal Estadual Municipal Privada
Dependência Administrativa
GRÁFICO 25

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 26 apresenta a diferença entre as proficiências médias obtidas no Saeb 2019

por localização (rural e urbana), considerando-se as diferentes UFs. Nele, vê-se que, em todas
as UFs, os estudantes das áreas urbanas têm proficiência média maior do que os estudantes das
áreas rurais.
Chama a atenção, entretanto, a distância entre a média dos estudantes das áreas urbana
e rural na comparação entre as UFs, que vai de 6,35 pontos em São Paulo a 47,47 pontos em
Roraima. Em São Paulo, assim como no Ceará (6,40 pontos) e no Espírito Santo (7,90 pontos),
não há uma diferença significativa entre as proficiências médias dos estudantes dessas duas
áreas. Já em Roraima, assim como no Amazonas (42,43 pontos), essa diferença é expressiva.
100
RS 227,9
Sul 217,5
PR 221,8
210,9
SP 228,2
216,7
RJ 229,4
Sudeste
223,0
MG 217,4
206,3
ES 224,6
209,5
MT 220,5
212,6
Centro-Oeste
MS 210,4
193,3
GO 215,8
185,6
DF 220,8
201,7
SE 230,3
213,0
RN 199,4
176,1
PI 199,8
172,7
UF
PE 212,3
185,2
Nordeste
PB 204,5
190,7
MA 204,6
184,6
CE 191,8
173,0
BA 223,1
216,7
AL 204,3
180,8
TO 204,3
187,7
RR 205,9

183,1
RO 209,6
162,1
Norte
PA 207,8
193,5
AP 197,2
166,2
AM 194,5
169,4
AC 206,3
163,8
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0 220,0 240,0 260,0
URBANA RURAL
GRÁFICO 26
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA

NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO – 2019
101
A Tabela 37 traz as proficiências médias das UFs considerando-se a dependência
administrativa, ou seja, os estudantes das escolas sob a administração estadual, federal, municipal
e privada. Embora se observe, a partir do Gráfico 25, maior proficiência média, no 5º ano, entre
os estudantes das escolas de administração federal no Brasil como um todo, considerando-se as
UFs, uma a uma, as escolas sob administração privada têm maior proficiência média na maioria
das UFs, com a exceção de cinco delas, em que as escolas da esfera federal apresentam média
mais alta.
É de se notar que, em nenhuma das UFs, as escolas das redes estaduais e municipais
apresentam proficiência média mais alta que as da rede privada e as da rede federal (nos estados
em que a rede federal de Educação Básica existe). Há estados em que a diferença entre as escolas
das diferentes redes não chama a atenção, uma vez que a proficiência média está acima dos 200
pontos em todas elas (por exemplo: Acre, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo), próxima, portanto, da média nacional (214,6). Há outros estados,
porém, que chamam a atenção pela discrepância entre as proficiências médias maior e menor
entre as redes (por exemplo: Roraima, que apresenta a proficiência média de 242,83 pontos na
rede privada e 144,13 pontos na rede estadual, sendo a diferença entre elas de 98,70 pontos).
TABELA 37
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO

5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
FEDERAÇÃO – 2019
(continua)
MÉDIA MÉDIA MÉDIA MÉDIA

REGIÃO UF
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL PRIVADA
AC 238,3 219,2 205,2 243,6
AM 209,9 190,2 241,2
AP 185,5 184,8 238,5
Norte PA 237,4 195,6 183,7 232,1

RO 208,5 200,3 233,8
RR 220,3 144,1 200,7 242,8
TO 210,1 198,4 239,5
AL 192,6 193,7 229,4
BA 183,5 191,8 229,0
CE 214,8 219,1 232,2
MA 264,9 178,6 181,1 224,1

Nordeste PB 208,7 192,1 193,8 230,4
PE 205,0 194,5 224,7
PI 220,9 199,8 240,4
RN 260,1 193,2 184,4 228,6
SE 194,3 180,4 227,9
DF 221,5 252,4
GO 225,5 222,7 215,2 240,7

Centro-Oeste
MS 211,9 207,9 245,6
MT 202,5 206,1 238,2
102
TABELA 37
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO

5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
(conclusão)

REGIÃO UF
ES 217,9 214,7 250,8
MG 253,8 222,0 217,7 257,2

Sudeste
RJ 244,3 213,6 207,8 236,3
SP 244,6 223,4 223,7 252,2
PR 221,3 225,7 239,1
Sul RS 263,7 218,2 215,2 251,0
SC 233,2 216,6 226,3 253,5
O Gráfico 27 apresenta as porcentagens dos níveis de proficiência obtidos no Saeb em

2019, no 5º ano do ensino fundamental, para a área de Língua Portuguesa. Nele, lê-se que os
níveis 4 e 5 da escala de proficiência concentram um maior porcentual de alunos (17,84 % e 17,32
%, respectivamente), seguidos do nível 3 (15,39 %) e do nível 6 (13,59 %). Lê-se, também, que
os três primeiros níveis de proficiência concentram o total de 23,52% dos estudantes, enquanto
os níveis 7, 8 e 9, um total de 12,32% dos estudantes. Ou seja, pode-se dizer que mais de 50%
dos estudantes não alcançaram o nível 5 na escala de proficiência em Língua Portuguesa no
Saeb 2019.

3,69 7,95 11,88 15,39 17,84 17,32 13,59 7,79 3,87 0,66
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Distribuição Percentual dos Estudantes nos Níveis
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9
GRÁFICO 27
DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO

SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL –2019
Considerando-se a distribuição porcentual dos estudantes nos níveis da escala de

proficiência do Saeb (Gráfico 28) e o Quadro 5 (descrição das habilidades desenvolvidas
de acordo com os níveis de proficiência do Saeb), verifica-se que a concentração de estudantes
103
nos quatro primeiros níveis da escala (0, 1, 2 e 3) é de 38,91%, o que é preocupante, já que se
trata de um contingente significativo que, de acordo com a avaliação do Saeb 2019, está abaixo
da média nacional. Esse dado revela que não há, por parte desses estudantes, o domínio das
habilidades mais básicas a serem alcançadas ao final dos anos iniciais do ensino fundamental.
Assim, no nível 2 da escala de proficiência de Língua Portuguesa do 5º ano do ensino
fundamental, além das habilidades descritas nos níveis 0 e 1, pode-se dizer que os estudantes
provavelmente são capazes de, por exemplo, localizar informações explícitas e identificar o
assunto principal em textos, além de identificar sua personagem principal e inferir características
de personagens em geral, reconhecer a finalidade de textos injuntivos e interpretar linguagem
verbal e não verbal como construtoras do sentido dos textos.
No nível 3, além das habilidades descritas nos níveis 0 a 2, os estudantes provavelmente
são capazes de, por exemplo, reconhecer relação de causa e consequência em textos, inferir o
assunto ou o sentido de palavra e de expressão em textos, com o apoio de linguagem verbal e
não verbal.
são capazes de, por exemplo, identificar elementos da narrativa, reconhecer opinião e inferir
sentido decorrente da utilização de sinais de pontuação em textos variados.
são capazes de, por exemplo, identificar assunto comum a diferentes textos, reconhecer sentido
de conjunções e de locuções adverbiais em textos variados, diferenciar opinião de fato, interpretar
efeito de humor.
De forma geral, no Brasil como um todo, estão acima do nível 5 na escala de proficiência,
em Língua Portuguesa, no 5º ano do ensino fundamental, somente 25,91 % dos estudantes
assim divididos entre os níveis 6 (13,59%), 7 (7,79 %), 8 (3,87 %) e 9 (0,66%).
O Gráfico 28 apresenta uma comparação entre as porcentagens de estudantes distribuídos
nos níveis de proficiência obtidos no Saeb em 2017 e 2019, no 5º ano do ensino fundamental
para a área de Língua Portuguesa. Observa-se que houve um aumento, de 2017 para 2019, nas
porcentagens de estudantes nos níveis de proficiência mais altos (níveis de 5 a 9), diminuindo
esse porcentual nos níveis 2 e 3. Entretanto, nos níveis mais baixos (níveis 0 e 1), esse porcentual
aumentou. Diminuiu, também, o porcentual dos estudantes no nível mais alto da escala (nível 9).
Edições do Saeb
2017 3,2 7,9 12,32 15,9 18,24 17,29 13,25 7,56 3,47 0,87
2019 3,69 7,95 11,88 15,39 17,84 17,32 13,59 7,79 3,87 0,66
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

GRÁFICO 28
COMPARATIVO ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL – BRASIL – 2017 E 2019
Os Gráficos 29, 30 e 31 apresentam a diferença entre a distribuição porcentual dos

estudantes, no Brasil, pelos dez níveis de proficiência no Saeb 2019, considerando-se a
104
localização (rural e urbana), a área (capital e interior) e a dependência administrativa (estadual,
federal, municipal e privada) das escolas em que estão matriculados.
No Gráfico 29, considerando-se a variável localização, verifica-se que o maior porcentual
dos estudantes, nas áreas urbanas, concentra-se nos níveis 3 (15,17%), 4 (18,19%) e 5 (18,05%),
perfazendo um total de 51,41%, e, nas áreas rurais, nos níveis 1 (16,39%), 2 (18,33%) e 3
(17,26%), perfazendo um total de 51,98% dos estudantes.
Urbana
Localização
3,05 6,93 11,1 15,17 18,19 18,05 14,36 8,3 4,15 0,7
Rural
9,02 16,39 18,33 17,26 14,99 11,35 7,19 3,58 1,61 0,29
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 29
DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA E

PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR
LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
Porém, quando se considera a variável área (interior e capital), no Gráfico 30, observa-se
maior concentração dos estudantes nos níveis 3 (15,58%), 4 (17,69%) e 5 (16,89%) em escolas
do interior, com um total de 50,16%; e, nas escolas das capitais, nos níveis 4 (18,37%), 5 (18,85%)
e 6 (15,21%), totalizando 52,43%. Ou seja, as escolas das capitais apresentam uma proficiência
média maior na avaliação de Língua Portuguesa do Saeb 2019.
Interior 4,06 8,51 12,4 15,58 17,69 16,89 13,14 7,46 3,65 0,62
Área

Capital 2,4 5,94 10,03 14,72 18,37 18,86 15,21 8,99 4,67 0,8
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 30
DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
O Gráfico 31, por sua vez, considera a variável dependência administrativa e informa que
as escolas privadas concentram a maior parte de seus alunos nos níveis 4 (17,16%), 5 (21,59%)
e 6 (20,85%), perfazendo um total de 59,60% dos estudantes; as escolas municipais, nos níveis
3 (16,82%), 4 (17,89%) e 5 (16,02%), totalizando 50,73% dos estudantes; as escolas federais,
nos níveis 4 (15,09%), 5 (23,65%) e 6 (22,37%), perfazendo um total de 61,11% dos estudantes;
105
e as escolas estaduais, nos níveis 3 (15,47%), 4 (18,46%) e 5 (18,15%), totalizando 52,08% dos
estudantes. Ou seja, as escolas federais e privadas concentram mais de 50% de seus alunos nos
níveis 4, 5 e 6 de proficiência no Saeb, apresentando as federais um porcentual maior do que
as privadas. Já as escolas municipais e estaduais concentram mais de 50% de seus alunos nos
níveis 3, 4 e 5 de proficiência no Saeb, e as estaduais apresentam um porcentual um pouco maior
do que as municipais.
Federal 0,53 1,32 3,88 9,62 15,09 23,65 22,37 14,54 7,66 1,34
Estadual 3,2 7,04 11,13 15,47 18,46 18,15 14,23 7,9 3,840,57
Municipal 4,56 9,71 13,9 16,82 17,89 16,02 11,54 6,18 2,9 0,49
Privada 0,82 2,05 4,85 9,89 17,16 21,59 20,85 13,82 7,61 1,36
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Distribuição do Percentual de Estudantes nos Níveis
GRÁFICO 31

POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 32, por sua vez, apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis da
escala de proficiência de Língua Portuguesa para estudantes do 5º ano do ensino fundamental,
por UF. Os intervalos que definem cada nível e a descrição das habilidades desenvolvidas
encontram-se no Quadro 5. A proficiência média nacional (214,6 pontos) em Língua Portuguesa
no 5º ano encontra-se no intervalo referente ao nível 4 dessa escala de proficiência. Abaixo desse
nível encontram-se 38,91% dos estudantes, o que indica um menor desempenho em termos das
habilidades avaliadas no teste. Do nível 4 até o nível 9, encontram-se 61,09% dos estudantes.
Na Região Norte, os Estados do Amapá e do Pará têm maior concentração de estudantes
no nível 2 dessa escala de proficiência, porém Rondônia, Roraima e Tocantins têm maior
concentração de estudantes no nível 3; Acre e Amazonas têm maior concentração no nível 4.
Na Região Nordeste, Maranhão tem maior concentração no nível 2; Piauí, Bahia, Alagoas,
Rio Grande do Norte e Sergipe têm maior concentração no nível 3; Paraíba e Pernambuco têm
maior concentração no nível 4; Ceará tem maior concentração de estudantes no nível 5.

Na Região Sudeste, Espírito Santo e Rio de Janeiro têm maior concentração no nível 4; São
Paulo e Minas Gerais têm maior concentração no nível 5.
Na Região Sul, Rio Grande do Sul tem maior concentração no nível 4; Paraná e Santa
Catarina têm maior concentração no nível 5.
Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás têm maior concentração
no nível 4; Distrito Federal tem maior concentração no nível 5.
106
SC 1,62 4,08 8,24 14,17 19 20,39 16,59 9,94 5,16 0,8
RS 5,18 10,05 15,85 19,26 19,22 14,98 8,55 4,23 0,59

Sul
2,09
PR 1,1 3,42 8,18 14,45 19,82 20,87 17,12 9,75 4,68 0,61
SP 2,02 4,63 7,95 12,2 17,67 19,65 17,7 11,35 5,82 1
RJ 2,27 6,11 11,04 16,62 19,95 19,85 13,44 6,73 3,47 0,52
Sudeste
MG 2,65 5,97 9,55 13,6 17,28 18,55 16,04 10,11 5,24 1,01
ES 2,39 5,98 10,96 15,51 18,47 18,13 14,76 8,71 4,45 0,63
MT 4,22 8,87 13,2 16,77 18,68 17,29 11,74 5,94 2,76 0,52
Centro-Oeste
MS 2,49 6,45 12,7 18,33 20,3 17,59 12,09 6,72 2,9 0,43
GO 2,13 5,81 10,42 15,53 19,34 19,06 14,72 8,32 3,92 0,75
DF 1,33 3,83 7,94 14,2 18,54 18,96 17,66 11,02 5,53 0,99
SE 6,59 13,68 18,03 18,59 16,07 12,93 8,1 3,921,72 0,37
RN 7,64 13,6 16,37 17,09 15,68 14,03 9,24 4,121,94 0,29
PI 4,82 10,87 14,91 16,76 16,09 14,61 11,06 6,71 3,42 0,75
UF
PE 5,62 11,23 14,99 16,76 17,87 15,04 11,03 4,7 2,34 0,42
Nordeste
PB 5,46 11,5 15,04 17,33 17,86 15,06 10,11 4,81 2,44 0,39
MA 9,36 17,1 18,52 17,68 14,97 11,01 6,61 3,37 1,2 0,19
CE 2,97 6,32 9,63 14,15 17,86 18,63 15,18 9,28 4,97 1,01
BA 5,75 11,77 16,67 18,27 17,36 14 9,51 4,48 1,91 0,28
AL 6,58 12,89 15,55 16,57 15,95 14 9,75 5,52 2,61 0,59
TO 4,25 10,24 16,33 18,27 17,61 14,61 10,31 5,63 2,29 0,47
RR 6,42 11,42 15,83 17,78 16,98 13,4 9,7 5,53 2,68 0,26
RO 3,11 8,84 15,67 19,47 19,37 15,62 10,5 4,742,16 0,52

Norte
PA 7,54 15,5 19,09 18,65 15,77 11,65 7,16 3,06 1,40,18
AP 8,12 14,71 18,67 18,13 16,29 11,73 7,22 3,23 1,64 0,26

AM 6,92 12,38 15,36 16,29 16,58 14,21 9,97 5,38 2,51 0,39
AC 2,67 7,36 12,29 16,96 19,4 17,64 13,24 6,77 3,16 0,51
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 32
DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA

NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA
A Tabela 39 apresenta a diferença entre a distribuição porcentual dos estudantes por nível
de proficiência no Saeb 2019 e por localização (rural e urbana), considerando-se as diferentes
UFs.
107
Nela, considerando-se a área rural, vê-se que, em dois estados (Amazonas e Roraima),
o porcentual maior de concentração de estudantes está nos níveis 0, 1 e 2 de proficiência em
LP; em 10 estados, o porcentual maior de concentração de estudantes está nos níveis 1, 2 e 3
de proficiência (por exemplo: Alagoas, Bahia e Paraíba); em seis estados, o porcentual maior de
concentração está nos níveis 2, 3 e 4 de proficiência (por exemplo: Acre, Mato Grosso e Roraima);
em oito estados, o porcentual maior de concentração está nos níveis 3, 4 e 5 de proficiência (por
exemplo: Ceará, Minas Gerais e Santa Catarina); e somente em São Paulo o porcentual maior de
concentração de estudantes está nos níveis 4, 5 e 6 de proficiência em LP.
No que se refere à área urbana, observa-se que não há estados cuja concentração maior
de estudantes está nos níveis 0, 1 e 2, e 1, 2 e 3 de proficiência em LP. Em sete estados, porém,
o porcentual maior de concentração de estudantes está nos níveis 2, 3 e 4 de proficiência (por
exemplo: Amazonas, Pará e Tocantins); em 14 estados, o porcentual maior de concentração está
nos níveis 3, 4 e 5 de proficiência (por exemplo: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rio de
Janeiro); e, em sete estados, o porcentual maior de concentração de estudantes está nos níveis 4,
5 e 6 de proficiência (por exemplo: Ceará, Distrito Federal e São Paulo).
Pela análise da Tabela 38, pode-se entender que a maioria dos estados concentra seus
estudantes das áreas rurais nas faixas 1, 2 e 3 de proficiência em LP, enquanto, nas áreas
urbanas, a concentração maior está nas faixas 3, 4 e 5 de proficiência.
Comparativamente, chama a atenção o fato de haver 12 estados cuja área rural concentra
o porcentual maior de estudantes no intervalo entre os níveis 0 e 3 de proficiência, enquanto, na
área urbana, esse porcentual é zero para o mesmo intervalo.
TABELA 38

POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continua)
NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL
REGIÃO UF LOCALIZACAO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rural 4,64 12,02 15,91 20,34 20,17 14,61 7,61 3,22 1,4 0,09
AC
Urbana 2,26 6,4 11,55 16,27 19,25 18,27 14,39 7,5 3,51 0,59
Rural 18,46 25,38 22,63 14,07 10 5,26 2,68 1,12 0,38 0,03
AM
Urbana 4,93 10,15 14,11 16,68 17,71 15,75 11,23 6,11 2,87 0,46
Rural 14,66 22,01 23,22 17,53 12,42 5,41 2,75 1,43 0,44 0,14
Norte AP
Urbana 6,79 13,24 17,75 18,25 17,08 13 8,13 3,59 1,88 0,29
Rural 14,98 25,2 23,8 16,24 10,13 5,53 2,78 0,97 0,32 0,04
PA
Urbana 5,01 12,22 17,5 19,46 17,68 13,73 8,64 3,77 1,77 0,23
Rural 4,74 12,21 18,79 21,89 18,51 13,05 7,24 2,48 0,9 0,21
RO
Urbana 2,8 8,2 15,08 19,01 19,53 16,11 11,12 5,17 2,4 0,57
108
TABELA 38
DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE

LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continuação)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rural 19,59 24,69 22,27 14,86 10,33 5,04 2,47 0,61 0,14 0
RR
Urbana 3,28 8,25 14,29 18,48 18,57 15,4 11,43 6,7 3,28 0,33
Norte
Rural 7,43 16,97 22,93 20,34 14,45 10,17 4,94 1,82 0,9 0,04
TO
Urbana 3,92 9,54 15,65 18,05 17,94 15,07 10,87 6,03 2,43 0,51
Rural 9,63 18,01 18,21 16,53 14,04 10,17 6,6 4,05 2,24 0,51
AL
Urbana 5,55 11,17 14,65 16,58 16,6 15,3 10,81 6,01 2,73 0,61
Rural 9,93 18,48 20,93 18,83 14,21 9,5 5,13 2,04 0,82 0,13
BA
Urbana 4,49 9,75 15,39 18,1 18,31 15,36 10,82 5,21 2,24 0,32
Rural 4,03 8,23 11,05 14,68 16,95 16,93 13,9 8,3 4,72 1,21
CE
Urbana 2,72 5,88 9,29 14,03 18,08 19,02 15,48 9,51 5,02 0,97
Rural 13,77 23 20,75 15,96 11,96 7,97 4,01 1,8 0,68 0,1
MA
Urbana 7,64 14,8 17,65 18,35 16,14 12,19 7,62 3,98 1,4 0,22
Rural 9,2 17,67 19,69 17,86 14,57 11,24 6,04 2,59 0,91 0,24
Nordeste PB
Urbana 4,86 10,51 14,3 17,25 18,38 15,67 10,76 5,17 2,68 0,41
Rural 8,16 15,46 18,19 17,45 15,59 11,86 7,74 3,87 1,42 0,26
PE
Urbana 5,13 10,42 14,37 16,63 18,31 15,65 11,67 4,85 2,52 0,45
Rural 8,65 17,54 20,24 18,68 14,38 9,52 6,4 3,01 1,33 0,25

PI
Urbana 3,73 8,99 13,4 16,22 16,58 16,05 12,38 7,76 4,01 0,89
Rural 13,54 21,73 21,84 17,29 12,31 7,31 3,9 1,36 0,6 0,13
RN
Urbana 6,51 12,06 15,32 17,05 16,32 15,31 10,26 4,65 2,2 0,32
Rural 11,34 20,42 22,51 18,1 12,57 8,69 3,93 1,82 0,48 0,14
SE
Urbana 5,27 11,81 16,79 18,73 17,04 14,11 9,25 4,51 2,06 0,43
Rural 2,16 6,13 11,83 19,94 20,11 18,69 12,89 5,84 2,14 0,28
DF
Urbana 1,28 3,71 7,72 13,87 18,45 18,97 17,93 11,31 5,72 1,03
Rural 3,81 11,3 15,61 19,49 18,44 15,59 9,29 4,29 1,87 0,31
GO
Urbana 2,07 5,61 10,23 15,38 19,37 19,19 14,92 8,47 3,99 0,77
Centro-Oeste
Rural 7,06 15,01 22,25 19,71 17,09 10,4 5,44 2,17 0,81 0,04
MS
Urbana 2,05 5,61 11,77 18,2 20,61 18,29 12,74 7,16 3,1 0,47
Rural 7,25 13,58 17,18 18,23 18,24 12,1 8,08 3,89 1,26 0,17
MT
Urbana 3,92 8,4 12,81 16,62 18,73 17,8 12,1 6,15 2,91 0,56
109
TABELA 38

(conclusão)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rural 2,64 7,17 11,43 18,67 20,04 18,33 12,82 6,03 2,36 0,51
ES
Urbana 2,37 5,89 10,92 15,27 18,35 18,12 14,9 8,92 4,61 0,64
Rural 4,09 8,64 12,81 16,94 18,69 17,72 11,7 6,11 2,82 0,46
MG
Urbana 2,58 5,83 9,38 13,43 17,21 18,59 16,26 10,31 5,36 1,04
Sudeste
Rural 2,69 8,29 14,57 19,7 21,96 15,83 9,49 4,96 2,28 0,24
RJ
Urbana 2,24 5,98 10,84 16,45 19,83 20,08 13,67 6,84 3,54 0,53
Rural 2,11 5,36 9,92 14,69 18,12 18,84 16,47 9,37 4,42 0,7
SP
Urbana 2,02 4,62 7,91 12,16 17,67 19,67 17,72 11,38 5,85 1
Rural 1,9 5,6 11,18 17,16 21,58 19,29 12,53 7,03 3,28 0,44
PR
Urbana 1,06 3,3 8,03 14,31 19,73 20,95 17,35 9,89 4,75 0,62
Rural 2,38 6,82 13,13 19,59 20,3 17,88 11,14 5,91 2,59 0,27
Sul RS
Urbana 2,07 5,07 9,83 15,6 19,19 19,31 15,24 8,73 4,34 0,61
Rural 2,17 5,45 11,16 16,82 20,6 18,8 13,81 7,32 3,26 0,6
SC
Urbana 1,58 3,97 8,02 13,97 18,88 20,51 16,8 10,14 5,31 0,82
A Tabela 39 confirma o que se apresenta no Gráfico 32: no geral, as escolas federais e

privadas concentram mais de 50% de seus estudantes nos níveis 4, 5 e 6 de proficiência no Saeb,
e as escolas municipais e estaduais concentram mais de 50% de seus alunos nos níveis 3, 4 e 5
de proficiência. Entretanto, estado a estado, verifica-se que há situações em que há divergências
em relação ao que se apresenta como resultado para o País. O Maranhão, por exemplo, apresenta
maior concentração de estudantes das escolas estaduais e municipais nos níveis 1, 2 e 3 de
proficiência (abaixo do nível nacional); maior porcentual de estudantes das escolas privadas nos
níveis 3, 4 e 5 (também abaixo do nível do País); e das escolas federais nos níveis 5, 6 e 7 (dessa
vez, acima do nível nacional). Além disso, as escolas federais do Maranhão não apresentam
estudantes nos níveis 0, 1, 2 e 9 da escala de proficiência do Saeb para Língua Portuguesa.
110
TABELA 39

POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continua)
DEPENDÊNCIA NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Federal 0 4,17 8,33 0 16,67 29,17 29,17 12,5 0 0
Estadual 1,67 5,86 10,84 16,01 19,71 19,1 15,11 7,49 3,57 0,63
AC
Municipal 3,74 9,38 14,63 18,97 19,58 15,7 10,35 4,98 2,32 0,35
Privada 1,34 1,84 3,71 7,84 15,68 22,53 22,83 16,2 7,15 0,88
Federal
Estadual 4,5 9,31 13,14 16,06 17,64 16,15 12,26 6,87 3,56 0,52
AM
Municipal 8,83 15,12 17,71 17,17 16,11 12,45 7,58 3,39 1,39 0,25
Privada 0,59 2 4,99 10,35 16,54 21,03 20,5 15,49 7,46 1,04
Federal
Estadual 9,4 15,11 19,71 19,43 16,08 10,08 6,34 2,65 1,1 0,11
AP
Municipal 8,62 16,61 20,22 18,51 16,35 11,05 5,51 1,91 1,03 0,17
Privada 0,96 1,9 5,89 11,69 16,6 21,11 20,4 13,08 7,04 1,32
Federal 0,59 0,59 5,24 12,12 20,37 21,05 21,45 13,94 4,05 0,59
Estadual 5,65 12,21 17,34 19,64 18,48 13,13 8,79 3,35 1,23 0,18
Norte PA
Municipal 8,53 17,45 20,89 19,02 14,98 10,11 5,61 2,38 0,91 0,13
Privada 0,88 2,04 5,37 14,48 19,88 23,5 18,77 8,61 5,85 0,62

Federal
Estadual 2,55 7,42 15,42 18,78 20,53 16,11 10,91 5,37 2,31 0,59
RO
Municipal 3,57 10,13 17,17 20,77 19,33 14,43 9,05 3,69 1,52 0,32
Privada 1,18 3,14 6,35 12,29 17,39 22,43 19,18 10,38 6,04 1,63
Federal 0 4 12 8 20 36 12 8 0 0
Estadual 31,59 32,12 21,2 7,95 4,39 1,56 1 0,2 0 0

RR
Municipal 4,85 10,74 16,54 19,47 17,97 13,86 9,43 4,68 2,22 0,24
Privada 0,71 1,33 5,18 10,59 18,01 17,97 19,04 17,42 9,07 0,68
Federal
Estadual 2,89 7,86 14,39 18,53 18,64 15,55 12,25 6,71 2,61 0,56
TO
Municipal 4,89 11,58 17,99 19,11 17,68 13,61 8,72 4,31 1,71 0,4
Privada 0,87 2,47 5,17 10,67 15,5 21,65 20,91 15,2 6,64 0,91
111
TABELA 39

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 7,37 13,64 17,07 19,14 17,85 12,86 6,93 3,57 1,47 0,09
AL
Municipal 7,86 15,11 17,21 16,97 15,37 12,32 7,92 4,38 2,31 0,53
Privada 0,92 3,26 8,09 14,24 18 21,44 18,18 10,82 4,13 0,93
Federal
Estadual 11,49 15,99 18,54 18,21 15,99 10,63 5,02 2,7 1,42 0
BA
Municipal 6,76 13,82 18,67 19,42 17 12,32 7,18 3,26 1,36 0,21
Privada 1,37 3,06 8,23 13,42 18,92 21,14 19,39 9,67 4,24 0,55
Federal
Estadual 7,04 9,05 10,29 16,64 12,3 13,71 12,94 10,81 6,27 0,95
CE
Municipal 3,35 7,24 10,64 14,5 17,6 17,66 14,37 8,79 4,74 1,12
Privada 1,49 2,86 5,87 12,81 18,96 22,33 18,25 11,05 5,77 0,61
Federal 0 0 0 3,73 7,44 23,49 23,72 25,5 16,11 0
Estadual 12,39 18,83 14,77 23,77 14,7 9,27 4,28 0,99 1 0

MA
Municipal 10,49 19,04 19,94 17,76 14,25 9,75 5,32 2,33 0,98 0,15
Privada 1,34 3,44 8,68 17,1 20,09 19,9 15,68 10,62 2,67 0,49
Nordeste
Federal 4,33 10,94 15,95 19,59 11,62 12,3 12,98 0 12,3 0
Estadual 7,44 15,5 17,05 17,75 15,67 13,57 7,96 3,42 1,33 0,32
PB
Municipal 6,61 13,64 17,64 18,69 17,17 12,88 7,93 3,7 1,42 0,31
Privada 1,06 3,19 6,26 13,02 20,93 22,36 17,69 8,81 6,01 0,65
Federal
Estadual 5,85 9,99 14,16 15,73 17,77 17,37 10,57 6,38 1,97 0,2
PE
Municipal 6,85 13,79 17,26 17,99 16,8 13,06 8,36 3,97 1,66 0,27
Privada 2,09 3,93 8,51 13,27 20,93 20,68 18,69 6,74 4,31 0,85
Federal
Estadual 2,96 5,07 10,06 15,56 20,2 20,01 12,72 6,91 4,87 1,64
PI
Municipal 5,63 12,57 16,93 17,77 15,81 13,45 9,52 5,21 2,49 0,62
Privada 0,63 2,36 4,55 11,48 17,19 20,29 19,19 14,72 8,24 1,34
Federal 0 0 0 7,14 7,14 7,14 50 14,29 14,29 0
Estadual 6,88 14,12 17,39 18,94 16,8 12,51 7,99 3,62 1,5 0,25
RN
Municipal 9,86 17,13 19,23 18,04 15 10,7 6,13 2,71 1,05 0,15
Privada 1,91 3,22 7,49 12,98 16,75 24,65 18,96 8,52 4,79 0,72
112
TABELA 39

(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 5,15 13,28 18,81 20,22 16,75 12,64 8,03 3,37 1,46 0,31
Nordeste SE
Municipal 9,27 18,4 21,93 19,3 14,39 9,42 4,61 1,93 0,62 0,13
Privada 1,2 2,6 8,06 15,66 19,59 21,62 16,55 9,16 4,57 0,99
Federal
Estadual 1,55 4,62 9,5 16,36 20,66 20,37 14,57 8,2 3,58 0,59
DF
Municipal
Privada 0,68 1,54 3,39 7,85 12,32 14,83 26,71 19,28 11,24 2,17
Federal 0 1,61 15,38 11,64 20,22 26,09 10,02 10,02 3,4 1,61
Estadual 1,81 5,81 8,5 15,77 18,24 20,32 15,95 8,73 3,92 0,94
GO
Municipal 2,52 6,57 11,87 16,84 19,66 18,53 13,25 7,15 3,09 0,53
Centro- Privada 0,55 2,5 4,56 9,76 18,22 21,02 20,84 13,33 7,55 1,67
Oeste Federal
Estadual 1,94 6,43 13,18 19,27 20,48 18,55 11,65 5,56 2,61 0,33
MS
Municipal 3,1 7,4 14 19,58 21,01 16,65 10,49 5,19 2,19 0,38
Privada 0,36 1,1 4,23 9,03 15,8 20,69 22,2 18,11 7,54 0,94
Federal
Estadual 5,19 10,4 14,67 17,94 18,95 15,75 10,23 4,58 1,97 0,32

MT
Municipal 4,29 9,57 14,21 17,45 18,77 16,5 10,97 5,43 2,43 0,37
Privada 1,31 1,66 4,84 10,62 17,59 24,89 19,17 11,87 6,34 1,7
Federal
Estadual 2,28 6,51 11,61 15,53 18,48 18,98 14,12 8,14 3,95 0,4
ES
Municipal 2,69 6,76 12,1 17,02 19,32 18,01 13,32 7,03 3,21 0,55
Privada 0,83 1,15 3,97 7,1 13,72 18 23,41 18,67 11,86 1,3
Federal 0 1,01 3,46 3,72 11,23 25,08 24,59 19,56 9,36 1,98
Estadual 3,01 6,31 9,86 13,85 17,34 18,52 15,92 9,4 4,87 0,92
Sudeste MG
Municipal 2,97 6,88 10,95 15,3 18,41 18,39 14,37 8,14 3,9 0,69
Privada 0,34 0,92 2,38 5,17 11,88 19,3 24,06 20,9 12,34 2,72
Federal 0,63 1,38 1,83 11,23 14,83 24,66 22,54 13,53 7,9 1,47
Estadual 1,66 3,83 12,26 20,33 24,1 15,71 15,27 6,32 0,52 0
RJ
Municipal 3,04 8,05 14,18 19,17 19,91 16,86 10,87 5,24 2,3 0,38
Privada 0,59 1,89 4,25 11,07 20,07 26,38 18,98 9,93 6,01 0,82
113
TABELA 39

(conclusão)
REGIÃO UF
Federal 0 0 2,28 9,37 25,51 21,03 18,66 13,94 6,93 2,28
Estadual 2,75 5,88 9,2 13,38 17,76 19,19 16,42 9,81 4,98 0,63
Sudeste SP
Municipal 2,32 5,31 9,24 13,97 18,46 19,57 16,34 9,44 4,62 0,73
Privada 0,3 1,24 2,7 5,61 15,23 20,41 23,2 18,76 10,36 2,2
Federal
Estadual 7,48 7,07 9,85 7,2 14,05 18,43 17,1 10,78 7,58 0,45
PR
Municipal 1,19 3,76 8,69 15,06 20,2 20,77 16,19 9,04 4,44 0,66
Privada 0,51 1,32 5,16 10,88 17,6 21,48 22,66 14 6,05 0,33
Federal 0 0 0 10,53 0 21,05 36,84 10,53 10,53 10,53
Estadual 2,23 5,48 10,42 16,4 20,36 19,76 14,39 7,23 3,31 0,41
Sul RS
Municipal 2,38 5,93 11,58 17,83 20,45 18,6 12,99 6,83 3,04 0,38
Privada 0,63 1,59 3,33 7,02 12,1 20,23 23,95 18,33 10,98 1,84
Federal 1,35 0 9,97 10,75 19,43 18,02 23,49 12,68 4,31 0
Estadual 2,49 5,87 10,81 16,87 20,43 18,93 14,08 7,08 3,07 0,38
SC
Municipal 1,47 4,04 8,44 14,55 19,47 20,54 16,49 9,56 4,78 0,67
Privada 0,45 0,42 1,84 6,73 13,83 22,87 22,39 17,78 11,37 2,32
3.2 MATEMÁTICA
O Quadro 6 apresenta a matriz de referência (Brasil, Inep, 2020d) que embasou o teste de
Matemática para o 5º ano do ensino fundamental. Ela é composta por quatro temas, relacionados
a habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Em cada tema há um conjunto de descritores
ligados às competências desenvolvi
114
QUADRO 6
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE MATEMÁTICA DO SAEB PARA O 5° ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL – 2019
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras

representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos,
relacionando figuras tridimensionais com suas planificações.
D3 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo
I. Espaço e forma número de lados, pelos tipos de ângulos.
D4 – Identificar quadriláteros observando as posições relativas entre seus lados
(paralelos, concorrentes, perpendiculares).
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do
perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas
quadriculadas.
D6 – Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais ou

não.
D7 – Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas
como km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.
D8 – Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo.
D9 – Estabelecer relações entre o horário de início e término e/ou o intervalo da
II. Grandezas e medidas duração de um evento ou acontecimento.
D10 – Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e moedas do sistema
monetário brasileiro, em função de seus valores.
D11 – Resolver problema envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas,
desenhadas em malhas quadriculadas.
D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo ou a estimativa de áreas de figuras
planas, desenhadas em malhas quadriculadas.
D13 – Reconhecer e utilizar características do sistema de numeração decimal, tais

como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional.
D14 – Identificar a localização de números naturais na reta numérica.
D15 – Reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens.
D16 – Reconhecer a composição e a decomposição de números naturais em sua forma
polinomial.

D17 – Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.
D18 – Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.
D19 – Resolver problema com números naturais envolvendo diferentes significados
da adição ou subtração: juntar, alteração de um estado inicial (positiva ou negativa),
comparação e mais de uma transformação (positiva ou negativa).
III. Números e operações/ D20 – Resolver problema com números naturais envolvendo diferentes significados
álgebra e funções da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, ideia de proporcionalidade,
configuração retangular e combinatória.
D21 – Identificar diferentes representações de um mesmo número racional.
D22 – Identificar a localização de números racionais representados na forma decimal
na reta numérica.
D23 – Resolver problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema

monetário brasileiro.
D24 – Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes
significados.
D25 – Resolver problema com números racionais expressos na forma decimal
envolvendo diferentes significados da adição ou subtração.
D26 – Resolver problema envolvendo noções de porcentagem (25%, 50%, 100%).
D27 – Ler informações e dados apresentados em tabelas.

IV. Tratamento da
D28 – Ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente em gráficos
informação
de colunas).
115
A imagem representa uma estante com filmes da coleção de Roberta:
Roberta está em frente da estante e escolhe o terceiro filme, da esquerda

para direita, na segunda prateleira.
Qual foi o filme escolhido?
(A) A era do gelo 1

(B) A professora maluquinha
(C) A bela e a fera
(D) O rei leão 1
Nesse item, a habilidade avaliada é a de identificar a localização de objeto em uma

representação gráfica. A resposta correta a esse item (alternativa B) exige que o estudante
considere o referencial de que a personagem se encontra em frente à estante e também o

referencial da segunda prateleira. Além disso, o estudante deve saber o que é direita e esquerda,
e o que é terceiro.
O item é considerado de média dificuldade, uma vez que 45% dos estudantes responderam
corretamente. A alternativa D chama a atenção, pois foi escolhida por 23% dos estudantes, inclusive
de média e alta proficiência. Esses estudantes provavelmente confundiram direita e esquerda. A
alternativa C atraiu 16% dos estudantes, os quais provavelmente identificaram o terceiro filme
da esquerda para direita na primeira prateleira, talvez por não levar em consideração a referência
à segunda prateleira no comando do item. Já a alternativa A atraiu 14% dos estudantes, os
quais provavelmente consideraram a segunda prateleira como a segunda coluna e, além disso,
identificaram o terceiro filme de cima para baixo.
116
O Quadro 7, a seguir, demonstra a escala interpretada de Matemática, com as respectivas

descrições de nível, para o 5º ano do ensino fundamental.
QUADRO 7

FUNDAMENTAL EM MATEMÁTICA NO SAEB – 2019
(continua)
NÍVEL* DESCRIÇÃO DAS HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Nível 1
Os estudantes provavelmente são capazes de: Grandezas e medidas – Determinar a
Desempenho maior ou
área de figuras desenhadas em malhas quadriculadas por meio de contagem.
igual a 125 e menor que
150
Nível 2
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são capazes
de: Números e operações; álgebra e funções – Resolver problemas do cotidiano
Desempenho maior ou
envolvendo adição de pequenas quantias de dinheiro. Tratamento de informações –
igual a 150 e menor que
Localizar informações, relativas ao maior ou menor elemento, em tabelas ou gráficos.
175

de: Espaço e forma – Localizar um ponto ou objeto em uma malha quadriculada ou
croqui, a partir de duas coordenadas ou duas ou mais referências. Reconhecer, entre
um conjunto de polígonos, aquele que possui o maior número de ângulos. Associar
Nível 3 figuras geométricas elementares (quadrado, triângulo e círculo) a seus respectivos
nomes. Grandezas e medidas – Converter uma quantia, dada na ordem das unidades
Desempenho maior ou de real, em seu equivalente em moedas. Determinar o horário final de um evento a
igual a 175 e menor que partir de seu horário de início e de um intervalo de tempo dado, todos no formato de
200 horas inteiras. Números e operações; álgebra e funções – Associar a fração ¼ a uma
de suas representações gráficas. Determinar o resultado da subtração de números
representados na forma decimal, tendo como contexto o sistema monetário. Tratamento
de informações – Reconhecer o maior valor em uma tabela de dupla entrada cujos dados
possuem até duas ordens. Reconhecer informações em um gráfico de colunas duplas.

Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: Espaço e forma – Reconhecer retângulos em meio a outros quadriláteros.
Reconhecer a planificação de uma pirâmide entre um conjunto de planificações.
Grandezas e medidas – Determinar o total de uma quantia a partir da quantidade de
moedas de 25 e/ou 50 centavos que a compõe, ou vice-versa. Determinar a duração de
um evento cujos horários inicial e final acontecem em minutos diferentes de uma mesma
hora dada. Converter uma hora em minutos. Converter mais de uma semana inteira
em dias. Interpretar horas em relógios de ponteiros. Números e operações; álgebra e
funções – Determinar o resultado da multiplicação de números naturais por valores
Nível 4 do sistema monetário nacional, expressos em números de até duas ordens e efetuar
adição posterior. Determinar os termos desconhecidos em uma sequência numérica

Desempenho maior ou de múltiplos de cinco. Determinar a adição, com reserva, de até três números naturais
igual a 200 e menor que com até quatro ordens. Determinar a subtração de números naturais usando a noção
225 de completar. Determinar a multiplicação de um número natural de até três ordens
por cinco, com reserva. Determinar a divisão exata por números de um algarismo.
Reconhecer o princípio do valor posicional do Sistema de Numeração Decimal.
Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, com o apoio de
um conjunto de até cinco figuras. Associar a metade de um total a seu equivalente em
porcentagem. Associar um número natural à sua decomposição expressa por extenso.
Localizar um número em uma reta numérica graduada onde estão expressos números
naturais consecutivos e uma subdivisão equivalente à metade do intervalo entre eles.
Tratamento de informações – Reconhecer o maior valor em uma tabela cujos dados
possuem até oito ordens. Localizar um dado em tabelas de dupla entrada.
117
QUADRO 7

(continuação)

de: Espaço e forma – Localizar um ponto entre outros dois fixados, apresentados em
uma figura composta por vários outros pontos. Reconhecer a planificação de um cubo
entre um conjunto de planificações apresentadas. Grandezas e medidas – Determinar a
área de um terreno retangular representado em uma malha quadriculada. Determinar o
horário final de um evento a partir do horário de início, dado em horas e minutos, e de
um intervalo dado em quantidade de minutos superior a uma hora. Converter mais de
uma hora inteira em minutos. Converter uma quantia dada em moedas de 5, 25 e 50
centavos e 1 real em cédulas de real. Estimar a altura de um determinado objeto com
referência aos dados fornecidos por uma régua graduada em centímetros. Números
e operações; álgebra e funções – Determinar o resultado da subtração, com recursos
Nível 5 à ordem superior, entre números naturais de até cinco ordens, utilizando as ideias
de retirar e comparar. Determinar o resultado da multiplicação de um número inteiro
Desempenho maior ou por um número representado na forma decimal, em contexto envolvendo o sistema
igual a 225 e menor que monetário. Determinar o resultado da divisão de números naturais, com resto, por um
250 número de uma ordem, usando noção de agrupamento. Resolver problemas envolvendo
a análise do algoritmo da adição de dois números naturais. Resolver problemas, no
sistema monetário nacional, envolvendo adição e subtração de cédulas e moedas.
Resolver problemas que envolvam a metade e o triplo de números naturais. Localizar
um número em uma reta numérica graduada onde estão expressos o primeiro e o último
número representando um intervalo de tempo de dez anos, com dez subdivisões entre
eles. Localizar um número racional dado em sua forma decimal em uma reta numérica
graduada onde estão expressos diversos números naturais consecutivos, com dez
subdivisões entre eles. Reconhecer o valor posicional do algarismo localizado na 4ª
ordem de um número natural. Reconhecer uma fração como representação da relação
parte-todo, com apoio de um polígono dividido em oito partes ou mais. Associar um
número natural às suas ordens e vice-versa.

de: Espaço e forma – Reconhecer polígonos presentes em um mosaico composto por
diversas formas geométricas. Grandezas e medidas – Determinar a duração de um
evento a partir dos horários de início e de término, informados em horas e minutos,
sem coincidência nas horas ou nos minutos dos dois horários informados. Converter a
duração de um intervalo de tempo, dado em horas e minutos, para minutos. Resolver
problemas envolvendo intervalos de tempo em meses, inclusive passando pelo final
do ano (outubro a janeiro). Reconhecer que entre quatro ladrilhos apresentados,

quanto maior o ladrilho, menor a quantidade necessária para cobrir uma dada região.
Reconhecer o m2 como unidade de medida de área. Números e operações; álgebra
e funções – Determinar o resultado da diferença entre dois números racionais
representados na forma decimal. Determinar o resultado da multiplicação de um número
natural de uma ordem por outro de até três ordens, em contexto que envolve o conceito
Nível 6 de proporcionalidade. Determinar o resultado da divisão exata entre dois números
naturais, com divisor de até quatro, e dividendo de até quatro ordens. Determinar
Desempenho maior ou 50% de um número natural com até três ordens. Determinar porcentagens simples
igual a 250 e menor que (25%, 50%). Associar a metade de um total a algum equivalente, apresentado como
275 fração ou porcentagem. Associar números naturais à quantidade de agrupamentos de

1.000. Reconhecer uma fração como representação da relação parte-todo, sem apoio
de figuras. Localizar números em uma reta numérica graduada onde estão expressos
diversos números naturais não consecutivos e crescentes, com uma subdivisão
entre eles. Resolver problemas por meio da realização de subtrações e divisões,
para determinar o valor das prestações de uma compra a prazo (sem incidência de
juros). Resolver problemas que envolvam soma e subtração de valores monetários.
Resolver problemas que envolvam a composição e a decomposição polinomial de
números naturais de até cinco ordens. Resolver problemas que utilizam a multiplicação
envolvendo a noção de proporcionalidade. Reconhecer a modificação sofrida no valor de
um número quando um algarismo é alterado. Reconhecer que um número não se altera
ao multiplicá-lo por 1. Tratamento de informações – Interpretar dados em uma tabela
simples. Comparar dados representados pelas alturas de colunas presentes em um
gráfico.
118
QUADRO 7

(conclusão)

de: Espaço e forma – Interpretar a movimentação de um objeto utilizando referencial
diferente do seu. Reconhecer um cubo a partir de uma de suas planificações desenhadas
em uma malha quadriculada. Grandezas e medidas – Determinar o perímetro de um
retângulo desenhado em malha quadriculada, com as medidas de comprimento e largura
explicitados. Converter medidas dadas em toneladas para quilogramas. Converter uma
Nível 7
quantia, dada na ordem das dezenas de real, em moedas de 50 centavos. Estimar o
comprimento de um objeto a partir de outro, dado como unidade padrão de medida.
Desempenho maior ou Resolver problemas envolvendo conversão de quilograma para grama. Resolver
igual a 275 e menor que problemas envolvendo conversão de litro para mililitro. Resolver problemas sobre
300 intervalos de tempo que envolvam adição e subtração e que passem pela meia-noite.
Números e operações; álgebra e funções – Determinar 25% de um número múltiplo
de quatro. Determinar a quantidade de dezenas presentes em um número de quatro
ordens. Resolver problemas que envolvam a divisão exata ou a multiplicação de números
naturais. Associar números naturais à quantidade de agrupamentos menos usuais, como
300 dezenas. Tratamento de informações – Interpretar dados em gráficos de setores.

de: Espaço e forma – Reconhecer uma linha paralela a outra, dada como referência
em um mapa. Reconhecer os lados paralelos de um trapézio expressos em forma de
segmentos de retas. Reconhecer objetos com a forma esférica entre uma lista de objetos
do cotidiano. Grandezas e medidas – Determinar a área de um retângulo desenhado
numa malha quadriculada, após a modificação de uma de suas dimensões. Determinar a
Nível 8 razão entre as áreas de duas figuras desenhadas numa malha quadriculada. Determinar
a área de uma figura poligonal não convexa desenhada sobre uma malha quadriculada.
Desempenho maior ou Estimar a diferença de altura entre dois objetos, a partir da altura de um deles.
igual a 300 e menor que Converter medidas lineares de comprimento (m/cm). Resolver problemas que envolvem
325 a conversão entre diferentes unidades de medida de massa. Números e operações;
álgebra e funções – Resolver problemas que envolvam grandezas diretamente
proporcionais requerendo mais de uma operação. Resolver problemas envolvendo
divisão de números naturais com resto. Associar a fração ½ à sua representação na
forma decimal. Associar 50% à sua representação na forma de fração. Associar um
número natural de seis ordens à sua forma polinomial. Tratamento de informações –
Interpretar dados em um gráfico de colunas duplas.

de: Espaço e forma – Reconhecer a planificação de uma caixa cilíndrica. Grandezas e
medidas – Determinar o perímetro de um polígono não convexo desenhado sobre as
linhas de uma malha quadriculada. Resolver problemas que envolvam a conversão entre
unidades de medida de tempo (minutos em horas, meses em anos). Resolver problemas
Nível 9
que envolvam a conversão entre unidades de medida de comprimento (metros em
centímetros). Números e operações; álgebra e funções – Determinar o minuendo de
Desempenho maior ou uma subtração entre números naturais, de três ordens, a partir do conhecimento do
igual a 325 e menor que subtraendo e da diferença. Determinar o resultado da multiplicação entre o número
350 oito e um número de quatro ordens com reserva. Reconhecer frações equivalentes.
Resolver problemas envolvendo multiplicação com significado de combinatória.

Comparar números racionais com quantidades diferentes de casas decimais. Tratamento
de informações – Reconhecer o gráfico de linhas correspondente a uma sequência de
valores ao longo do tempo (com valores positivos e negativos).
de: Espaço e forma – Reconhecer entre um conjunto de quadriláteros, aquele que possui
Desempenho maior ou lados perpendiculares e com a mesma medida. Grandezas e medidas – Converter uma
igual a 350 medida de comprimento, expressando decímetros e centímetros, para milímetros.

Nota: * O Saeb não especifica as habilidades desenvolvidas no nível 0 da escala. Nota: * O Saeb não especifica as habilidades desenvol-
vidas no nível 0 da escala.
119
3.2.4 RESULTADOS
O Gráfico 33 apresenta a evolução das proficiências médias nacionais do 5º ano do ensino

fundamental de 1995 a 2019, mostrando um decrescimento da primeira edição em 1997 até
2001, e um crescimento continuado desde o Saeb de 2001. A média dessas 13 edições do Saeb
foi de 199, e as seis últimas foram acima dela.
250 219 224 228

204 210 211
191 191 193
200 181 176 177 182
150
100
50
0
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Edição do Saeb
GRÁFICO 33
EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL – BRASIL – 1995 A 2019
O Gráfico 34 apresenta a proficiência média em Matemática no 5º ano do ensino

fundamental por UF. Observa-se a diferença significativa de 46,9 pontos entre a UF com a
maior proficiência média (São Paulo 245,4 pontos) e aquela com a menor proficiência média
(Maranhão 198,5 pontos). Onze UFs apresentaram proficiência média em Matemática no 5º
ano, acima da proficiência média nacional (227,9): Acre, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Percebe-se, portanto, predomínio de UFs que se localizam nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste
e Sul, com exceção de Acre e Ceará.
120
310
290
270
250
230
210
245,4
244,9
241,0
239,6
237,4
233,5
233,2
231,6
230,7
228,6
228,2
224,7
190
220,5
219,6
219,5
218,6
216,3
215,9
214,0
213,8
211,9
210,4
207,2
205,5
200,4
199,2
198,5
170
150

GRÁFICO 34
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –

UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 35 apresenta as variações das proficiências médias entre 2017 e 2019 para
a área de Matemática no 5º ano do ensino fundamental. Observa-se que a maioria das UFs
obtiveram variações positivas, sendo as mais significativas para Piauí (9,6), Alagoas (8,8),
Maranhão (7,4) e Pernambuco (7,0). Obtiveram menores variações positivas Rio de Janeiro (0,2),
Amazonas (0,5) e Mato Grosso do Sul (0,5). Duas UFs obtiveram variações negativas: Rondônia
(–2,8) e Roraima (–2,4). Nota-se uma amplitude máxima de 12,4 pontos de diferença entre
as variações positiva e negativa das proficiências médias nas UFs do Brasil. Percebe-se ainda
um comportamento heterogêneo entre as UFs de uma mesma região. Na Região Norte, por

exemplo, Amapá apresenta variação positiva de 6,6 e Rondônia variação negativa de –2,8. Na
Região Centro-Oeste, todas apresentam variação positiva, com Goiás apresentando variação de
4,1 e Mato Grosso do Sul 0,5. Na Região Nordeste, onde ocorreram as duas maiores variações
positivas, do Piauí com 9,6 e Alagoas com 8,8, Sergipe teve uma variação de 3,5. Na Região
Sudeste também se registrou forte heterogeneidade, com variações de 3,8 no Espírito Santo e de
0,2 no Rio de Janeiro. Também na Região Sul se manifestou esse comportamento, com 4,6 para
o Rio Grande do Sul e 1,1 para Santa Catarina.
121
12
Variação da Proficiência 10
8
6
4
4
Média
10
1
1
7
5
4
9
5
6
7
6
7
4
4
4
4
1
1
1
0
4
3
5
1
0
-2
-3
-2
-4
AC
AM
AP
PA
RO
RR
TO
AL
BA
AC
MA
PB
PE
PI
RN
SE
DF
GO
MS
MT
ES
MG
RJ
SP
PR
RS
SC
UF
GRÁFICO 35
VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO

O Gráfico 36 apresenta as proficiências médias do Brasil e de todas as UFs considerando o

nível socioeconômico, definido pelo Inse, na área de Matemática, referentes ao 5º ano do ensino
fundamental. Nesse gráfico aparece como referência a média em Matemática para o Brasil, que
foi de 227,9 (ver gráfico 21), com um indicador situado em 5,00.
Analisando as médias obtidas pelas UFs e comparando-as com a média do Brasil,
constata-se que 11 delas possuem um indicador (Inse) superior ao do País, mas duas obtiveram
média de proficiência inferior à média nacional (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), enquanto
nove das UFs alcançaram médias superiores. Com indicador Inse inferior ao do Brasil há 16
UFs, das quais 14 obtiveram média de proficiência inferior à do Brasil, enquanto duas lograram
obter médias acima da nacional (Acre e Ceará). Da comparação de todos os dados mostrados,
é possível dizer que, de forma geral, a maior quantidade de UF com médias superiores à média
do Brasil pertence ao grupo que detém também os maiores valores para o Inse. Nesse grupo
se encontram também os estados com as mais elevadas médias do País (São Paulo e Paraná).
Por outro lado, a grande maioria das UFs com Inse menor do que o nacional obtiveram também
médias menores que do País, com apenas duas exceções a destacar: Acre e Ceará.
A maioria das UFs apresenta uma correlação entre o indicador de nível socioeconômico
e a média em Matemática, ou seja, quanto maior o Inse, melhor o desempenho. Por exemplo,
Maranhão e Pará, que possuem os dois menores Inse, estão entre as três menores médias. Nos
patamares superiores, os quatro estados com maiores médias estão entre os cinco com maiores
Inse. Porém algumas UFs se destacam. Entre as médias mais baixas está o Amapá, que possui
um Inse superior a 13 UF e a segunda menor média (199,2). Outro destaque é o Ceará, que
possui o 4º menor Inse (4,44) e a 6ª maior média (233,4).
122
250
São Paulo
Paraná
Distrito Federal
240 Santa Catarina
Minas Gerais
Ceará Espírito Santo
Goiás Rio Grande do Sul
230
Proficiência média
Acre BRASIL Rio de Janeiro

Mato Grosso do Sul
220 Mato Grosso
Piauí TocantinsRondônia
Alagoas Pernambuco
Roraima
Amazonas Paraíba
210
Bahia Sergipe
Rio Grande do Norte
200 Pará Amapá

Maranhão
190
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80
INSE
GRÁFICO 36
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O Gráfico 37 apresenta as proficiências médias nacionais obtidas no Saeb em 2019

por localização (rural e urbana) no 5º ano do ensino fundamental para a área de Matemática.
Constata-se que a média na região urbana (230,9) é um pouco mais elevada que a média geral
do Brasil (227,9), com uma diferença de 3,0 pontos, enquanto na região rural há uma diferença
mais significativa entre as duas médias, de 203,1 para 227,9, com uma diferença para menos
de 24,8 pontos na rural. Observa-se a diferença de 27,8 pontos entre as médias urbana e rural,
sendo que esta última apresenta média inferior à média nacional.

235 230,9
230
225
Proficiência média
220
215
210
205 203,1
200
195
190
185
Rural Urbana
Localização
GRÁFICO 37
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
123
O Gráfico 38 apresenta as proficiências médias nacionais obtidas no Saeb em 2019 por
área (capital e interior) no 5º ano do ensino fundamental para a área de Matemática. Constata-se
que a média na capital (233,5) é superior à média geral do Brasil (227,9), com uma diferença de
5,6 pontos, enquanto no interior ela é ligeiramente inferior à do Brasil, com uma diferença de 1,6
ponto. Observa-se a diferença de 7,2 pontos entre as médias da capital e do interior. Percebe-se
que essa diferença é bem menor do que aquela relativa aos meios urbano e rural.
240
233,5
235
230 226,3
225
220
215
210
205
200
195
190
185
180
175
170
Capital Interior
Área
GRÁFICO 38

ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019


por dependência administrativa no 5º ano do ensino fundamental para a área de Matemática.
Constata-se que a média mais elevada é a da federal (260,6), enquanto a menor é a da municipal
(220,7), resultando em uma diferença de 39,9 pontos entre elas. Verifica-se também que as
dependências federal, privada e estadual possuem médias superiores à média nacional (227,9),
com as duas primeiras em patamares significativamente mais elevados. As redes federal e
privada têm desempenhos parecidos. Já a dependência municipal possui uma média inferior à
do Brasil, com uma diferença de 7,2 pontos. Não há uma diferença tão grande entre as redes
municipal e estadual.
124
270
265 260,6
260 253,5
255
250
245
240
235 230,0
230
225 220,7
220
215
210
205
200
195
190
185
180
175
170
GRÁFICO 39

ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 40 apresenta as proficiências médias obtidas no Saeb em 2019 por localização

(rural e urbana) no 5º ano do ensino fundamental para a área de Matemática para cada UF.
Constata-se que em todas elas as maiores médias se encontram no setor urbano. Observa-se

também que as menores diferenças de médias entre os dois setores estão presentes no Ceará
(2,4) e em São Paulo (5,1), enquanto as maiores diferenças ocorrem em Roraima (46,1) e
Amazonas (37,7). Comparadas as médias das UFs à média Brasil (227,9), verifica-se que em
11 delas do setor urbano e em quatro do setor rural a média é superior, enquanto as médias
inferiores à média nacional estão presentes em 23 do setor rural e em 16 do setor urbano.
125
Sul
RS 240,4
229,7
PR 232,2
223,7
SP 245,5
232,8
RJ 245,5
Sudeste
240,4
MG 228,8
216,6
ES 238,1
223,0
MT 233,7
227,0
Centro-Oeste
MS 221,9
206,1
GO 227,3
198,4
DF 231,3
214,4
SE 241,9
225,6
RN 211,4
191,8
PI 209,5
184,0
UF
PE 224,8
200,8
Nordeste
PB 217,7
208,8
MA 216,5
197,8
CE 203,2
186,3
BA 233,9
231,5
AL 215,2
194,5
TO 218,7
207,3
220,7
RR
198,0
RO 222,7
176,6
Norte
PA 221,6
209,3
AP 207,1
180,4
AM 202,8
181,2
AC 217,5
179,8
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0 220,0 240,0 260,0
URBANA RURAL
GRÁFICO 40
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NO

5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE
126
A Tabela 40 apresenta as proficiências médias obtidas no Saeb em 2019 por dependência
administrativa no 5º ano do ensino fundamental para a área de Matemática para cada UF.
Constata-se que em 23 das 27 UFs as maiores médias ocorreram na rede privada, com
as outras quatro mais elevadas presentes na rede federal. Cabe ressaltar, entretanto, que a
rede federal só está presente em 12 unidades da Federação. Outrossim, as menores médias
estão em sua maioria na rede estadual, embora as diferenças com a rede municipal não sejam
muito expressivas. A maior média entre todas ocorreu no Rio Grande do Norte (federal = 284,1)
e a menor em Roraima (municipal = 158,4), com uma expressiva diferença de 125,7 pontos.
Verifica-se também que as diferenças entre as maiores e as menores médias obtidas nas 27 UFs
são mais significativas na rede estadual, com 84,2 pontos entre São Paulo (242,6) e Roraima
(158,4), e menores na rede privada, com 42,4 pontos entre Minas Gerais (274,8) e Maranhão
(232,4). Comparativamente à média Brasil, todas as privadas (100%) e 11 entre as 12 federais
(91,7%) apresentaram média superior, enquanto 17 entre as 27 estaduais (63%) e 21 entre as
26 municipais (80,8%) obtiveram médias inferiores à nacional.
Na maioria das UFs a rede privada apresentou proficiência média superior às outras
dependências administrativas, com exceção de Maranhão, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do
Norte. Nessas, a rede federal obteve pontuação superior. Observa-se ainda que em 18 UFs a
rede municipal apresentou proficiência média inferior às outras dependências administrativas
e em 9 UFs a rede estadual apresentou proficiência média inferior às outras dependências
administrativas.
TABELA 40

5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE
(continua)
REGIÃO UF
AC 234,5 230,8 219,8 258,1

AM 219,2 203,8 249,0
AP 194,6 194,5 242,3
Norte PA 203,2 245,3 195,5 239,2
RO 223,1 214,8 244,6
RR 158,4 230,2 214,1 254,9
TO 227,9 213,1 251,0
AL 204,5 210,8 239,9

BA 196,3 203,6 239,4
CE 228,1 231,5 240,9
MA 181,4 266,2 193,7 232,4
Nordeste PB 203,4 223,4 206,7 240,7
PE 218,3 209,3 236,2
PI 232,8 213,5 250,1
RN 202,8 284,1 195,2 236,5
SE 206,0 194,6 238,5
127
TABELA 40

5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE
(conclusão)

REGIÃO UF
DF 233,2 263,9
GO 235,8 246,6 225,9 250,8
Centro-Oeste
MS 223,2 219,5 257,8
MT 213,7 217,3 253,1
ES 228,5 228,1 266,3
MG 233,4 270,0 231,3 274,8
Sudeste
RJ 220,0 265,4 219,2 247,5
SP 242,6 266,5 239,0 267,6
PR 236,1 242,7 257,7
Sul RS 227,3 261,6 225,4 266,0
SC 226,1 254,8 238,6 273,0

2019, no 5º ano do ensino fundamental, para a área de Matemática. Nele, lê-se que os níveis
4 e 5 da escala de proficiência concentram um maior porcentual de alunos (18,15% e 18,26%,
respectivamente), seguidos do nível 3 (15,2%) e do nível 6 (15,09%). Lê-se, também, que pouco
mais de 50% dos estudantes alcançaram o nível 5 na escala de proficiência em Matemática no
Saeb 2019.
Os intervalos que definem cada nível e a descrição das habilidades desenvolvidas
encontram-se no Quadro 7. A proficiência média nacional (227,9) em Matemática no 5º ano
encontra-se no intervalo referente ao nível 5 dessa escala de proficiência. Abaixo desse nível
encontram-se 48,5% dos estudantes, o que indica um menor desempenho em termos das
habilidades avaliadas no teste. Desse nível até o nível 10, encontram-se 51,5%, caracterizando
maior desempenho.
1,04 4,28 9,83 15,2 18,15 18,26 15,09 10,36 5,36 2,35 0,09
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9 Nível 10
GRÁFICO 41

SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL –2019
O Gráfico 42 apresenta a comparação entre a distribuição porcentual dos estudantes nos

níveis de proficiência obtidos no Saeb em 2017 e 2019 no 5º ano do ensino fundamental para a
área de Matemática. Houve um aumento, de 2017 para 2019, nas porcentagens de estudantes
nos níveis de proficiência mais altos (níveis de 4 a 9), com exceção do nível 10, no qual ocorreu
128
redução. Consequentemente, no geral, as porcentagens de estudantes nos níveis mais baixos
da escala de proficiência diminuíram de 2017 para 2019, o que sugere uma melhora no sistema
educacional em termos de desempenho.
Edições do Saeb
2017 1,04 5 11,15 15,93 18,02 18,25 15,08 9,29 4,11 1,59 0,53
2019 1,04 4,28 9,83 15,2 18,15 18,26 15,09 10,36 5,36 2,35 0,09
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 42

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
BRASIL – 2017 E 2019
O Gráfico 43 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis de proficiência

obtidos no Saeb em 2019, por localização (rural e urbana), no 5º ano do ensino fundamental para
a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível 5, para média de
227,9), constata-se que no setor urbano 54% dos estudantes obtiveram média igual ou superior
à nacional, enquanto no setor rural essa porcentagem foi de 30,6%.
Na zona urbana tem maior concentração no nível 5 e segunda maior no nível 4. Já na zona
rural tem maior concentração no nível 3 e segunda maior no nível 2.
Urbana 0,85 3,55 8,8 14,55 18,22 18,86 15,84 11,01 5,73 2,5 0,09
Localização
Rural 2,64 10,26 18,34 20,6 17,57 13,29 8,88 5 2,3 1,08
0,04
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

GRÁFICO 43

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR


obtidos no Saeb em 2019, por área (capital e interior), no 5º ano do ensino fundamental para a
área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível 5 para média de
227,9), constata-se que nas capitais 56,1% dos estudantes obtiveram média igual ou superior à
nacional, enquanto no interior essa porcentagem foi de 50,2%.
Nas capitais tem maior concentração no nível 5 e segunda maior no nível 4. Já no interior
tem maior concentração no nível 4 e segunda maior no nível 5.
Percebe-se que não há uma diferença tão grande entre as capitais e o interior, como tem
entre localidades urbana e rural.
129
Interior 1,14 4,69 10,42 15,5 18,03 17,96 14,62 10,06 5,23 2,28
0,07
Área
Capital 0,7 2,8 7,69 14,12 18,56 19,32 16,8 11,44 5,84 2,6 0,14
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

GRÁFICO 44

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA
(CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019

obtidos no Saeb em 2019 por dependência administrativa no 5º ano do ensino fundamental para
a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível 5 para média
de 227,9), constata-se que na rede federal 82,1% dos estudantes obtiveram média igual ou
superior à nacional, enquanto nas redes privada, estadual e municipal essas porcentagens são
de 73,9%, 53,6% e 45,2%, respectivamente.
Nas redes privada e federal há maior concentração no nível 6 e segunda maior no nível 5.
Na rede estadual a maior concentração ocorre no nível 5 e a segunda maior no nível 4, enquanto
na rede municipal se dá o inverso, com maior concentração no nível 4 e segunda maior no nível
5. Percebe-se que não há uma diferença tão grande entre as redes privada e federal, assim como
entre as redes municipal e estadual, mas há uma diferença maior entre esses dois grupos.
0,43
Federal 1,52 5,58 10,33 21,16 24,4 19,04 12,31 4,8 0,35 Nível 0
0,07 Nível 1
Nível 2
Estadual 0,94 3,61 8,8 14,57 18,48 19,19 16,09 10,67 5,34 2,24
0,07 Nível 3
Nível 4
Municipal 1,27 5,32 11,88 17,27 19,1 17,55 13,38 8,41 4,03 1,73
0,06 Nível 5
0,86 Nível 6
Privada 2,86 7,86 14,26 20,17 20,74 17,53 10,42 4,81 0,22 Nível 7
0,27
Nível 8
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nível 9
GRÁFICO 45

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 46 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis da escala de

proficiência de Matemática para o 5º ano do ensino fundamental por região e por UF.
Na Região Norte, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima têm maior concentração de estudantes
no nível 3 dessa escala de proficiência; Acre, Rondônia e Tocantins têm maior concentração no nível 4.
Na Região Nordeste, Alagoas, Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe têm
maior concentração no nível 3; Paraíba e Pernambuco tem maior concentração no nível 4 e Ceará
tem maior concentração no nível 5.
130
Na Região Sudeste, Rio de Janeiro tem maior concentração no nível 4; Espírito Santo,
Minas Gerais e São Paulo têm maior concentração no nível 5.
Na Região Sul, os três estados têm maior concentração no nível 5.
Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm maior concentração no
nível 4; Distrito Federal e Goiás têm maior concentração no nível 5.
SC 2,05 5,96 11,81 17,56 20,24 18,64 13,42 6,87 2,82

0,51 0,12
Sul
RS 2,73 7,47 14,25 19,37 20,84 17,07 10,79 4,88 1,85

0,67 0,09
PR 1,16 4,12 9,83 17,54 21,83 20,2 14,4 7,5 3,11

0,23 0,07
SP 2,15 5,29 10,08 15,2 19,3 18,71 15,07 9,22 4,32 0,12
0,54
Sudeste
RJ 2,69 7,88 15,92 21,45 20,71 15,76 9,35 4,04 1,41

0,65 0,14
MG 2,88 7,22 12,33 16,55 19,11 18,04 13,12 6,85 2,98
0,77 0,15
ES 2,47 7,18 14,16 19,42 20,41 16,96 10,61 5,79 2,28

0,64 0,07
MT 1,41 4,98 11,41 17,31 19,79 17,76 13,82 8,33 3,79 1,36
Centro-Oeste
0,04
MS 0,72 3,04 9,48 17,39 20,94 20,29 14,62 8,39 3,52 1,58
0,04
GO 0,61 2,9 8,38 15 19,06 19,96 16,33 10,33 5,21 2,1 0,11
DF 1,53 5,22 10,9 17,42 22,14 19,64 13,94 6,41 2,44

0,35 0,03
SE 1,77 7,57 16,49 21,45 19,95 14,69 10,04 5,16 2,01 0,85
0,02
RN 2,46 8,77 16,49 20,8 19,05 14,9 9,41 5,33 2,14 0,62
0,03
UF
PI 1,28 5,86 13,27 18,29 17,81 15,66 12,53 8,86 4,46 1,95
0,04
PE 1,41 6,04 13 18,26 20,18 16,87 12,29 7,53 2,87 1,48

Nordeste
0,07
PB 1,62 6,5 13,81 18,77 19,35 17,36 11,73 7,01 2,73 1,1
0,03
MA 2,6 10,85 20,1 21,68 18,32 12,88 7,71 3,77 1,53 0,55
0,01
CE 0,82 3,42 8,32 14,42 17,77 18,41 15,31 11,13 6,49 3,74 0,18

BA 1,64 6,67 15,1 20,64 20,27 16,06 10,21 6 2,48 0,91
0,01
AL 1,77 7,41 14,21 17,88 17,33 15,8 11,78 7,79 3,84 2,13
0,06
TO 1,08 5,42 12,39 18,78 19,44 17,27 12,32 8,05 3,84 0,05
1,36
RR 2 6,78 14,51 19,28 18,52 15,61 10,63 7,42 3,8 1,33

0,13
RO 0,74 4,06 11,3 19,21 21,2 18,63 13,41 7,16 3,22 1,03
0,05
Norte
0,57
PA 2,14 9,4 19,25 22,89 19,19 13,21 7,95 4,02 1,36
0,01
AP 2,63 9,46 18,48 23,81 19,44 13,05 7,78 3,76 1,29

0,3
0
AM 2,04 7,83 14,98 18,99 18,4 15,09 11,26 6,84 3,19 1,33
0,04
AC 0,77 3,64 9,85 15,15 19,17 18 15,24 10,64 5,06 2,39
0,1
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Distribuição Percentual dos Estudantes nos Nníveis

GRÁFICO 46
NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE DA
131
A Tabela 41 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis de proficiência
obtidos no Saeb em 2019 por localização (rural e urbana) no 5º ano do ensino fundamental para
a área de Matemática para cada UF. Constata-se que na área rural as maiores concentrações se
encontram nos níveis 3 e 4, com 19 UFs, o que representa 70,4% do total. Na área urbana as
maiores concentrações ocorrem nos níveis 4 e 5, com 23 UFs, o que representa 85,2% do total.
Cabe também fazer alguns destaques. Na área rural duas UFs (São Paulo e Ceará) possuem
cerca de um quarto dos estudantes (24,3% e 22,2%) situados nos níveis superiores (7, 8, 9 e
10). Por outro lado, duas UFs (Roraima e Amazonas) possuem também cerca de um quarto dos
estudantes (25,6% e 24,5%) situados nos níveis inferiores (0 e 1). Na área urbana os destaques
são para São Paulo e Paraná, com 28,8% e 25,5% de concentração de estudantes nos níveis
superiores (7, 8, 9 e 10) e para Maranhão e Amapá, com concentrações superiores a 10% (11%
e 10,4%) nos níveis mais baixos (0 e 1).
Na zona urbana, 10 UFs têm maior concentração no nível 5 (Acre, Ceará, Distrito Federal,
Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), 13
UFs têm maior concentração no nível 4, e as demais quatro UFs (Amapá, Maranhão, Pará, Rio
Grande do Norte) têm maior concentração no nível 3.
Na zona rural, cinco UFs (Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo)
têm maior concentração no nível 5, sete UFs (Acre, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso,
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul) têm maior concentração no nível 4, 11 UFs (Alagoas, Amapá,
Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe
e Tocantins) têm maior concentração no nível 3 e as demais quatro UFs (Amazonas, Maranhão,
Pará, Roraima) têm maior concentração no nível 2.
TABELA 41

(continua)
NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Rural 1,38 6,1 15,86 20,5 22,29 15,36 10,05 5,49 2,2 0,74 0,04
AC
Urbana 0,65 3,13 8,62 14,06 18,53 18,54 16,3 11,69 5,65 2,73 0,11
Rural 5,52 18,97 26,23 22,43 13,54 7,25 3,69 1,75 0,45 0,15 0,01
AM
Urbana 1,44 5,91 13,04 18,4 19,23 16,44 12,56 7,71 3,67 1,54 0,05
Rural 4,62 15,76 25,87 25,91 15,65 7,74 3,23 1 0,21 0 0

AP
Urbana 2,23 8,18 16,98 23,38 20,21 14,12 8,71 4,32 1,51 0,36 0
Norte
Rural 4,47 17,07 27,17 24,41 14,55 7,43 3,15 1,35 0,33 0,08 0,01
PA
Urbana 1,34 6,8 16,56 22,38 20,77 15,17 9,58 4,93 1,71 0,74 0,01
Rural 0,93 5,66 15,36 22,55 22,06 16,51 9,63 4,99 1,64 0,63 0,04
RO
Urbana 0,7 3,76 10,54 18,58 21,04 19,03 14,12 7,56 3,52 1,11 0,05
Rural 7,17 18,41 28,57 21,56 12,86 6,49 3,52 1,06 0,21 0,15 0
RR
Urbana 0,76 4 11,16 18,73 19,87 17,78 12,33 8,94 4,65 1,61 0,16
132
TABELA 41

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTALMPOR
LOCALIZAÇÃO(RURAL E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continuação)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Rural 1,76 10,7 19,15 24,91 18,43 12,87 6,88 3,09 1,63 0,55 0,04
Norte TO
Urbana 1,01 4,87 11,69 18,15 19,54 17,72 12,88 8,57 4,06 1,45 0,05
Rural 2,65 10,73 17,66 18,57 15,5 13,5 9,53 6,24 3,16 2,35 0,11
AL
Urbana 1,48 6,29 13,05 17,64 17,95 16,57 12,53 8,31 4,07 2,06 0,05
Rural 3,04 11,37 21,09 23,29 18,39 11,84 6,71 2,91 1,06 0,29 0
BA
Urbana 1,22 5,25 13,3 19,84 20,84 17,34 11,26 6,93 2,91 1,09 0,01
Rural 0,9 4,71 9,92 14,88 16,58 16,32 14,47 10,88 6,57 4,56 0,22
CE
Urbana 0,8 3,11 7,94 14,32 18,05 18,89 15,5 11,19 6,47 3,54 0,17
Rural 4,01 15,72 24,64 22,76 15,93 8,79 4,64 2,3 0,87 0,32 0,01
MA
Urbana 2,05 8,95 18,34 21,25 19,25 14,47 8,9 4,34 1,79 0,64 0,01
Rural 2,91 11,04 19,75 21,71 18,52 13,08 7,25 3,76 1,49 0,47 0,03
Nordeste PB
Urbana 1,41 5,78 12,87 18,3 19,48 18,04 12,44 7,53 2,93 1,2 0,03
Rural 2,08 8,64 16,44 19,96 17,75 14,06 10,45 6,23 2,97 1,34 0,08
PE
Urbana 1,28 5,55 12,35 17,94 20,65 17,41 12,64 7,78 2,85 1,5 0,07
Rural 2,34 10,08 20,25 22,63 16,88 12,1 8,1 4,28 2,25 1,09 0,02
PI
Urbana 0,97 4,67 11,29 17,07 18,07 16,66 13,78 10,16 5,09 2,2 0,04
Rural 4,95 15,25 24,14 24,55 15,48 9,51 4,23 1,41 0,38 0,09 0,01
RN
Urbana 1,99 7,53 15,03 20,09 19,73 15,93 10,4 6,08 2,48 0,72 0,03

Rural 3,23 12,29 22,8 23,97 17,01 10,59 6,14 2,81 0,94 0,21 0
SE
Urbana 1,37 6,26 14,74 20,74 20,77 15,83 11,12 5,81 2,31 1,03 0,03
Rural 0,9 1,98 8,86 16,04 22,52 22,09 14,63 8,43 3,68 0,88 0
DF
Urbana 0,31 1,5 5,01 10,61 17,13 22,14 19,93 14,25 6,56 2,53 0,03
Rural 1,1 5,05 13,29 19,62 21,6 18,2 12,08 5,77 2,22 1,08 0
GO
Centro- Urbana 0,6 2,82 8,2 14,83 18,96 20,03 16,49 10,5 5,32 2,14 0,11
Oeste Rural 2,38 8,91 19,68 23,7 20,27 13,55 7,11 2,92 1,1 0,36 0
MS
Urbana 0,55 2,47 8,48 16,77 21 20,95 15,36 8,92 3,76 1,7 0,04
Rural 2,04 7,81 16,53 20 21,58 15,61 9,12 4,87 1,9 0,54 0
MT
Urbana 1,35 4,7 10,91 17,04 19,61 17,97 14,29 8,67 3,98 1,44 0,04
Rural 0,56 3,1 8,02 15,88 21,47 22,1 14,79 9,11 3,61 1,3 0,06
ES
Urbana 0,65 2,42 7,11 14,03 19,26 20,28 17,12 10,72 5,96 2,36 0,07
Sudeste
Rural 1,24 4,97 10,51 16,03 19 19,05 15,28 8,41 3,81 1,63 0,07
MG
Urbana 0,74 2,77 7,05 12,14 16,43 19,11 18,18 13,36 7,01 3,05 0,16
133
TABELA 41

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTALMPOR
LOCALIZAÇÃO(RURAL E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(conclusão)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Rural 0,74 3,92 11,59 19,57 24,48 18,75 12,02 5,96 2,24 0,72 0,01
RJ
Urbana 0,65 2,62 7,67 15,71 21,27 20,83 15,97 9,54 4,15 1,45 0,14
Sudeste
Rural 0,57 2,64 6,23 11,42 15,73 20,37 18,7 13,22 7,55 3,49 0,06
SP
Urbana 0,54 2,14 5,27 10,06 15,19 19,28 18,71 15,11 9,25 4,33 0,12
Rural 0,34 2,14 6,26 14,04 20,83 22,22 17,52 10,21 4,89 1,52 0,03
PR
Urbana 0,23 1,11 4,01 9,62 17,37 21,81 20,34 14,62 7,63 3,19 0,08
Rural 0,8 2,84 9,3 16,88 21,9 21,24 15,31 7,75 2,89 1,06 0,04
Sul RS
Urbana 0,66 2,73 7,34 14,07 19,19 20,82 17,19 11 5,01 1,91 0,09
Rural 0,6 3,48 7,4 15,53 19,08 20,7 16,58 10,36 4,56 1,66 0,05
SC
Urbana 0,5 1,94 5,85 11,53 17,44 20,2 18,79 13,65 7,05 2,91 0,13

a área de Matemática para cada UF. Constata-se que nas redes federal e privada as maiores
concentrações ocorrem nos níveis 5 e 6, em 22 das 27 redes privadas, representando 81,5%
do total, e em 9 das 12 federais, representando 75% do total. Na rede estadual as maiores
concentrações se encontram nos níveis 4 e 5, com 18 UFs, o que representa 66,7% do total, e
na rede municipal as maiores concentrações estão nos níveis 3 e 4, com 21 das 26 unidades,
representando 80,8% do total.
Comparativamente ao nível de proficiência correspondente à média Brasil (nível 5),
verifica-se na rede privada que em 22 UFs (81,5% do total) a concentração em nível igual ou
superior ao da média Brasil é superior a 60%, e em 6 delas (22,2%) essa concentração é superior
a 80%. Na rede federal 11 UFs (91,7% do total) possuem concentração em nível igual ou superior
ao da média Brasil em 60% dos casos, com um terço delas tendo concentração superior a 80%.
Cabe também um destaque, para o Rio Grande do Norte, onde o porcentual de concentração
na faixa igual ou superior ao nível Brasil é superior a 90%. Já nas redes estadual e municipal, os
porcentuais de concentração em níveis de proficiência iguais ou superiores ao correspondente à
média Brasil são significativamente menores, com apenas duas UFs na rede estadual e três na
municipal com concentração superior a 60% naquela faixa e nove estaduais e seis municipais com
concentração superior a 50% na mesma faixa. Por outro lado, no que se refere às porcentagens
nos níveis inferiores (nível 0 e nível 1) nas redes federal e privada, elas são pouco expressivas,
sendo nulas em 50% das federais, enquanto seis UFs (de um total de 26) com rede municipal e
sete UFs (de um total de 27) com rede estadual apresentam concentração superior a 10% nesses
dois níveis. Em Rondônia, a concentração nessa faixa é extremamente elevada, com 40,7%.
Cabe destacar, ainda, que no Rio Grande do Norte, 100% da distribuição por níveis
encontra-se na faixa igual ou superior ao nível 4. Na rede federal apenas quatro UFs (Goiás,
Pará, Paraíba e Roraima) têm maior concentração no nível 5. As demais têm maior concentração
134
no nível 6, com exceção de Santa Catarina que têm maior concentração no nível 7. Na rede
privada 12 UFs têm maior concentração no nível 5 (Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão,
Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins), dez UFs
têm maior concentração no nível 6 e cinco UFs têm maior concentração no nível 7 (Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo). Na rede municipal, no nível 3, há
13 UFs (Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins), dez UFs concentram-se no nível 4 e no nível 5
apenas quatro UFs (Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo). Na rede estadual, três
UFs têm mais concentração no nível 2 (Bahia, Maranhão e Roraima), sete UFs no nível 3 (Alagoas,
Amapá, Ceará, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe), sete UFs no nível 4 (Espírito Santo,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins), nove UFs
no nível 5 (Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e São Paulo) e apenas uma UF no nível 6 (Paraná).
TABELA 42

(continua)
DEPENDÊNCIA NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal 0 0 8,33 16,67 4,17 33,33 33,33 4,17 0 0 0
Estadual 0,56 2,28 8,1 13,86 18,51 18,95 17,11 11,94 5,9 2,76 0,03
AC
Municipal 1,02 5,22 12,19 17,55 20,6 17 12,55 8,32 3,84 1,56 0,13
Privada 0,26 0,79 3,56 4,81 12,53 18,79 22,97 20,32 9,11 6,59 0,26

Federal
Estadual 1,25 5,42 12,47 18,14 19,26 17,19 12,59 8,02 3,95 1,67 0,04
AM
Municipal 2,62 9,77 17,56 20,65 18,36 13,59 9,33 5,08 2,21 0,8 0,03
Privada 0,32 1,23 3,77 9,23 15,66 19,38 21,52 16,31 8,1 4,29 0,18
Norte
Federal
Estadual 3,19 10,05 20,37 24,77 19,75 12,13 6,3 2,36 0,96 0,12 0
AP
Municipal 2,7 10,56 19,66 25,56 19,6 12,28 6,3 2,46 0,72 0,15 0
Privada 0,42 0,9 5,27 10,06 17,5 20,63 21,53 16,14 5,8 1,76 0
Federal 0 0 4,02 8,61 16,85 27,31 21,04 13,46 5,77 2,94 0
Estadual 1,69 7,35 17,62 22,77 21,94 15,02 8,35 3,57 1,34 0,34 0,01
PA
Municipal 2,42 10,57 21,08 24,23 18,75 12,07 6,57 3,02 0,99 0,28 0,01
Privada 0,11 1,35 5,11 11,54 20,38 21,2 19,39 13,04 4,52 3,37 0
135
TABELA 42
PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continuação)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal
Estadual 0,58 3,62 9,59 18,46 20,76 20,17 14,23 7,61 3,7 1,25 0,03
RO
Municipal 0,82 4,61 13,01 20,94 21,92 17,61 11,71 6,28 2,29 0,77 0,04
Privada 0,56 1,28 3,43 9,38 17,37 22,29 22,89 11,98 8,38 2,31 0,12
Federal 0 0 0 24 12 36 24 0 4 0 0
Estadual 14 26,68 33,27 18,24 5,5 0,91 1,41 0 0 0 0

Norte RR
Municipal 1,17 5,7 14,05 20,87 20,15 16,39 10,52 6,5 3,35 1,2 0,1
Privada 0 0,87 4,18 5,54 14,28 19,59 18,59 21,99 10,85 3,63 0,49
Federal
Estadual 0,57 3,11 9,66 16,82 20 18,07 14,03 10,2 5,43 2,04 0,05
TO
Municipal 1,29 6,36 13,97 20,43 20,14 16,39 10,82 6,53 3,01 1,02 0,05
Privada 0,11 0,97 3,18 7,81 12,6 23,52 22,37 17,71 8,4 3,27 0,05
Federal
Estadual 2,46 8,34 15,96 21,8 19,37 15,92 9,9 4,36 1,57 0,34 0
AL
Municipal 2,13 8,72 15,86 19,01 17,28 14,65 10,45 6,5 3,24 2,07 0,08
Privada 0,09 1,59 6,77 12,13 17,1 20,7 17,85 14,06 6,9 2,82 0
Federal
Estadual 4,61 10,5 20,96 20,22 18,87 11,16 7,56 3,59 1,9 0,62 0
BA
Municipal 1,95 7,96 17,36 22,49 20,66 14,67 8,77 4,16 1,49 0,49 0,01
Privada 0,31 1,14 5,49 12,82 18,69 22,04 16,35 13,82 6,66 2,69 0
Federal
Estadual 1,52 6,07 13,68 15,18 14,8 11,28 13,42 10,95 7,57 5,37 0,16
Nordeste CE
Municipal 0,86 3,93 9,45 15,13 17,68 17,28 14,48 10,59 6,38 4,02 0,2
Privada 0,66 1,45 3,98 11,79 18,13 22,75 18,43 13,13 6,9 2,65 0,13
Federal 0 0 1,27 7,55 11,19 13,68 25,75 17,14 14,63 8,78 0
Estadual 2,85 9,9 37,16 22,86 17,12 7,03 2,54 0,54 0 0 0

MA
Municipal 2,92 12,17 21,92 23,1 17,75 11,41 6,14 3,01 1,16 0,4 0,01
Privada 0,38 1,57 7,08 11,67 22,42 23,39 18,77 9,1 4,1 1,53 0
Federal 0 3,65 0 31,21 12,98 23,92 15,95 12,3 0 0 0
Estadual 2,29 8,49 17,32 21,62 19,79 15,25 8,97 4,19 1,6 0,47 0,02
PB
Municipal 1,89 7,87 16,13 21,2 19,96 15,57 9,62 5,18 1,93 0,61 0,03
Privada 0,5 1,46 5,24 10,09 17,31 23,72 19,35 13,81 5,67 2,86 0
TABELA 42
(continuação)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal
Estadual 2,15 6,03 10,62 18,66 19,54 16,46 14,03 7,88 2,46 1,83 0,33
PE
Municipal 1,7 7,53 15,68 20,42 19,83 15,25 10,3 5,69 2,5 1,06 0,04
Privada 0,57 1,8 5,39 12,09 21,18 21,51 17,94 12,79 3,92 2,66 0,15
Federal
Estadual 0,54 2,44 8,05 14,76 19,4 19,45 16,23 10,86 5,51 2,77 0
PI
Municipal 1,52 6,78 15,22 20,05 18,29 14,85 10,96 7,11 3,6 1,61 0,04
Privada 0,06 1,28 3,35 9,25 15,09 19,62 20,55 18,09 8,99 3,72 0
Nordeste
Federal 0 0 0 0 7,14 7,14 28,57 21,43 14,29 21,43 0
Estadual 2,31 8,68 16,73 22,4 20,48 14,87 8,71 4,17 1,26 0,4 0
RN
Municipal 3,19 11,29 20,22 23,14 18,49 12,48 6,7 3,18 1,01 0,28 0,01
Privada 0,5 1,68 5,74 12,97 19,57 21,82 17,64 12,29 6,01 1,71 0,08
Federal
Estadual 1,16 6,23 16,73 23,21 22,39 15,48 8,71 3,87 1,62 0,61 0
SE
Municipal 2,47 10,57 21,21 24,58 19,27 12,06 6,38 2,52 0,74 0,21 0
Privada 0,56 1,34 4,92 12,57 19,77 20,48 19,87 12,47 5,35 2,59 0,09
Federal
Estadual 0,46 1,97 6,61 13,14 20,12 22,73 18,37 10,84 4,3 1,41 0,03
DF

Municipal
Privada 0 0,23 1,13 4,34 9,51 20,39 23,37 23,01 12,59 5,44 0
Federal 0 1,61 6,8 5,18 8,24 33,99 10,2 21,83 12,15 0 0
Estadual 0,28 2,11 7,07 13,57 18,36 21,09 16,93 11,94 6,05 2,54 0,07
GO
Municipal 0,68 3,36 9,58 16,54 20,46 19,37 15,08 9,18 4,05 1,65 0,05
Centro- Privada 0,4 1,08 3,48 8,69 13,15 22,21 21,66 14,9 10,06 3,97 0,39
Oeste Federal
Estadual 0,51 2,67 9,65 17,94 22,23 20,93 14,4 7,51 3,1 1,05 0,03
MS
Municipal 0,8 3,69 10,71 19,06 22,07 19,87 13,34 6,89 2,61 0,94 0,02
Privada 0,72 0,2 2,11 6,6 11,48 21,18 22,43 18,95 9,74 6,47 0,12
Federal
Estadual 1,7 6,09 13,57 19,25 20,1 17,17 12,15 6,5 2,56 0,89 0,02
MT
Municipal 1,46 5,2 12,23 18,29 20,43 18,08 12,91 7,43 2,95 1,02 0,01
Privada 0,46 1,01 2 7,76 16,18 17,96 22,35 17,23 10,76 4,12 0,17
137
TABELA 42
(conclusão)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal
Estadual 0,68 3,15 8,35 15,19 20,72 19,18 16,51 10,18 4,41 1,61 0,03
ES
Municipal 0,71 2,71 8,1 15,49 20,79 21,43 15,65 9,57 4,11 1,38 0,05
Privada 0,18 0,48 0,83 5,75 10,45 15,98 24,68 16,82 16,56 8,03 0,24
Federal 0 0,55 0,45 4,69 8,23 17,7 22,94 20,78 13,79 9,95 0,92
Estadual 0,87 3,38 8 13,23 17,17 19,45 17,55 12,14 5,8 2,3 0,09
MG
Municipal 0,86 3,25 8,23 13,89 18,33 20,15 17,01 10,96 5,26 2 0,07
Privada 0,1 0 0,68 3,03 6,87 13,43 23,96 25,45 16,69 9,11 0,68
Sudeste
Federal 0,15 0,14 0,44 3,05 9,09 20,78 26,47 21,11 14,43 4,17 0,16
Estadual 0 1,68 10,13 19,1 25,38 22,21 14,13 4,27 2,18 0,91 0
RJ
Municipal 0,82 3,78 10,67 18,95 22,9 19,41 12,98 6,79 2,71 0,97 0,02
Privada 0,29 0,34 1,85 9,4 18,37 23,56 21,75 14,86 6,87 2,33 0,39
Federal 0 0 4,65 2,28 18,34 9,45 28,11 4,65 20,86 7,01 4,65
Estadual 0,68 2,5 5,97 10,94 15,83 18,89 18,18 14,33 8,44 4,13 0,11
SP
Municipal 0,62 2,55 6,48 11,76 17,1 19,83 18,04 13,19 7,09 3,24 0,1
Privada 0,14 0,57 1 4,13 8,84 18,15 21,28 21,52 16,42 7,74 0,2
Federal
Estadual 1,42 3,8 7,51 13,3 13,33 15,62 20,02 16,06 7,19 1,76 0
PR
Municipal 0,26 1,28 4,51 10,64 18,18 21,89 19,65 13,65 6,94 2,93 0,07
Privada 0,08 0,44 1,73 4,98 13,8 21,56 23,5 18,84 10,81 4,19 0,09
Federal 0 5,26 0 5,26 10,53 10,53 21,05 31,58 15,79 0 0
Estadual 0,78 2,94 7,83 15,25 21 21,71 16,87 8,96 3,54 1,08 0,04
Sul RS
Municipal 0,74 2,94 8,62 16,34 21,49 21,27 15,75 8,51 3,23 1,08 0,03
Privada 0,13 1,45 2,2 3,87 7,32 17,12 22,54 23,88 14,4 6,66 0,44
Federal 0 1,35 2,96 5,66 9,97 20,72 25,35 26,71 5,92 1,35 0
Estadual 0,92 3,32 8,48 15,39 20,8 20,91 16,38 9,1 3,79 0,87 0,02
SC
Municipal 0,42 1,89 5,87 12,16 18,13 21,11 18,62 12,74 6,5 2,46 0,08
Privada 0 0,09 0,96 2,62 8,04 14,81 23,48 25,66 15,15 8,67 0,53
138
4 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
O Quadro 8 apresenta a matriz de referência (Brasil, Inep, 2020d) que embasou o teste
de Língua Portuguesa para o 9º ano do ensino fundamental. Ela é composta de seis tópicos,

relacionados a habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Dentro de cada tópico, há um
conjunto de descritores ligados às competências desenvolvidas.
QUADRO 8

(continua)

I. Procedimentos de leitura D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,

II. Implicações do suporte, do quadrinhos, foto etc.).
gênero e/ou do enunciador na D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
compreensão do texto
139
QUADRO 8
(conclusão)

comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições
III. Relação entre textos em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao
mesmo fato ou ao mesmo tema.

ou substituições que contribuem para a continuidade desse texto.
D7 – Identificar a tese de um texto.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la.
IV. Coerência e coesão no D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
processamento do texto D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem
a narrativa.
D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do
texto.

D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de
outras notações.
V. Relações entre recursos
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
expressivos e efeitos de sentido determinada palavra ou expressão.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos.

VI. Variação linguística
interlocutor de um texto.
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep com base em Brasil, Inep (2020e).

Paz social
Está provado que a violência só gera mais violência. A rua serve para a criança
como uma escola preparatória. Do menino marginal, esculpe-se o adulto marginal,
talhado diariamente por uma sociedade violenta que lhe nega condições básicas de
vida. Por trás de um garoto abandonado existe um adulto abandonado. E o garoto
abandonado de hoje é o adulto abandonado de amanhã. É um círculo vicioso, onde
todos são, em menor ou maior escala, vítimas. São vítimas de uma sociedade que
não consegue garantir um mínimo de paz social.
DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância;
a adolescência. São Paulo: Ática, 1994.
Segundo o texto, a tese de que a violência é um círculo vicioso é reforçada

pelo argumento de que:
(A) Somos um povo violento.
(B) A rua serve para a criança como uma escola preparatória.
(C) A violência sempre gera mais violência.
(D) A sociedade nega condições básicas de vida às pessoas.
140
Nesse item, a habilidade avaliada é a de estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la – habilidade D8 da matriz da avaliação do Saeb do 9º ano do ensino
fundamental. Os itens dessa habilidade devem aferir se o estudante consegue identificar o
argumento que sustenta a tese apresentada no texto. A resposta correta a esse item (alternativa
C) exige que o estudante analise os argumentos presentes no texto, selecionando aquele que
corrobora a tese.
As alternativas incorretas do item indicam que o estudante não conseguiu estabelecer a
relação entre a tese e os argumentos presentes no texto.
O item é considerado de dificuldade média, uma vez que 55% dos estudantes responderam
corretamente a essa questão, e os 45% dos estudantes que erraram se dividiram quase que
igualmente entre as alternativas incorretas.
O Quadro 9, a seguir, demonstra a escala interpretada de Língua Portuguesa (Brasil, Inep,

2020e), com as respectivas descrições de nível, para o 9º ano do ensino fundamental.
QUADRO 9
(continua)
NÍVEL *
DESCRIÇÃO DAS HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Nível 1
Os estudantes provavelmente são capazes de reconhecer expressões características da
Desempenho linguagem (científica, jornalística etc.) e a relação entre expressão e seu referente em
maior ou igual a reportagens e artigos de opinião. Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas
200 e menor que e reportagens.
225
Nível 2 Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são capazes de:
localizar informações explícitas em fragmentos de romances e crônicas. Identificar tema e
assunto em poemas e charges, relacionando elementos verbais e não verbais. Reconhecer
Desempenho o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pontuação, de conjunções em poemas,
maior ou igual a charges e fragmentos de romances. Reconhecer relações de causa e consequência e

225 e menor que características de personagens em lendas e fábulas. Reconhecer recurso argumentativo em
250 artigos de opinião. Inferir efeito de sentido de repetição de expressões em crônicas.
localizar informações explícitas em crônicas e fábulas. Identificar os elementos da narrativa em
Nível 3 letras de música e fábulas. Reconhecer a finalidade de abaixo-assinado e verbetes. Reconhecer
relação entre pronomes e seus referentes e relações de causa e consequência em fragmentos
Desempenho de romances, diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios). Interpretar o sentido de
maior ou igual a conjunções, de advérbios, e as relações entre elementos verbais e não verbais em tirinhas,
250 e menor que fragmentos de romances, reportagens e crônicas. Comparar textos de gêneros diferentes
275 que abordem o mesmo tema. Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.
Inferir o sentido de palavra ou expressão em história em quadrinhos, poemas e fragmentos de

romances.

de: localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas. Identificar finalidade e
Nível 4 elementos da narrativa em fábulas e contos. Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo
assunto em reportagens, contos e enquetes. Reconhecer relações de causa e consequência
e relações entre pronomes e seus referentes em fragmentos de romances, fábulas, crônicas,
Desempenho artigos de opinião e reportagens. Reconhecer o sentido de expressão e de variantes
maior ou igual a linguísticas em letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de romances. Inferir tema, tese
275 e menor que e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e artigos. Inferir
300 o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges e história em quadrinhos.
Inferir informações em fragmentos de romance. Inferir o efeito de sentido da pontuação e da
polissemia como recurso para estabelecer humor ou ironia em tirinhas, anedotas e contos.
141
QUADRO 9
(conclusão)

de: localizar a informação principal em reportagens. Identificar ideia principal e finalidade
Nível 5
em notícias, reportagens e resenhas. Reconhecer características da linguagem (científica,
jornalística etc.) em reportagens. Reconhecer elementos da narrativa em crônicas. Reconhecer
Desempenho
argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances. Diferenciar
maior ou igual a
abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos. Inferir informação em contos,
300 e menor que
crônicas, notícias e charges. Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de
325
expressões, de linguagem verbal e não verbal e de pontuação em charges, tirinhas, contos,
crônicas e fragmentos de romances.
Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crônicas. Identificar
argumento em reportagens e crônicas. Reconhecer o efeito de sentido da repetição de
Nível 6
expressões e palavras, do uso de pontuação, de variantes linguísticas e de figuras de
linguagem em poemas, contos e fragmentos de romances. Reconhecer a relação de causa e
Desempenho
consequência em contos. Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam
maior ou igual a
o mesmo tema. Reconhecer a relação de sentido estabelecida por conjunções em crônicas,
325 e menor que
contos e cordéis. Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos. Reconhecer o
350
efeito de sentido decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos em poemas
e fragmentos de romances. Diferenciar fato de opinião em artigos e reportagens. Inferir o
efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.
Nível 7
Desempenho localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa humor em contos,
maior ou igual a crônicas e artigos de opinião. Identificar variantes linguísticas em letras de música. Reconhecer
350 e menor que a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjunções em lendas e crônicas.
375
Nível 8
localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses. Identificar os elementos da
Desempenho
narrativa em contos e crônicas. Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e
maior ou igual a
notícias. Inferir o sentido de palavras em poemas.
375
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep com base em Brasil. Inep (2020e).

Nota: * O Saeb não especifica as habilidades desenvolvidas no nível 0 da escala.
4.1.4 RESULTADOS
O Gráfico 47, que apresenta a evolução da proficiência média nacional do 9º ano do ensino
fundamental em Língua Portuguesa, demonstra que os resultados da aplicação de 2019 dão

continuidade à sequência de elevação das médias observada desde 2007. Isso indica um avanço –
tímido, mas constante – na competência de leitura dos alunos do 9º ano do ensino fundamental.
142
270
258 260
260 256
250 252
250 244 245 246
240
233 235 235 235
232
230
220
210
200
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Edição do Saeb
GRÁFICO 47
EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL – 1995 A 2019
O Gráfico 48 apresenta a proficiência média em Língua Portuguesa no 9º ano do ensino

fundamental por unidade da Federação. Observa-se a diferença de 31,6 pontos entre a UF com
a maior proficiência média (Santa Catarina, com 269,1 pontos) e aquela com a menor proficiência
média (Roraima, com 237,5 pontos). Dez UFs apresentaram proficiência média em Língua
Portuguesa no 9º ano acima da proficiência média nacional (260,1): Santa Catarina, Rio Grande
do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás e
Ceará. Percebe-se, portanto, que todas as UFs das Regiões Sul e Sudeste obtiveram proficiência
média maior que a nacional e que o Ceará foi a única UF da Região Nordeste a alcançar média
superior à média nacional. As UFs da Região Norte apresentaram proficiência média em Língua
Portuguesa abaixo da média nacional.

143
310,0
290,0
270,0
250,0
230,0
269,1
268,8
268,0
267,9
267,8
267,1
266,2
264,4
210,0
263,1
263,0
258,9
257,2
256,3
255,4
255,0
252,4
251,2
250,6
250,4
250,4
249,0
249,0
246,7
241,9
240,4
238,0
237,5
190,0
170,0
150,0
GRÁFICO 48
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 49 apresenta a variação das proficiências médias entre 2017 e 2019 para a
área de Língua Portuguesa no 9º ano do ensino fundamental por UF. Observa-se que 18 UFs
obtiveram uma variação positiva, sendo as mais significativas as da Paraíba (6,6 pontos) e do
Piauí (5,7 pontos). Destaca-se o fato de que todas as UFs do Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia) apresentaram variação
positiva. As outras UFs que obtiveram variação positiva para as proficiências médias são duas na
Região Norte (Acre e Pará), três na Região Sudeste (Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo),
duas na Região Sul (Paraná e Rio Grande do Sul) e uma na Região Centro-Oeste (Distrito Federal).
Observa-se alta variação da proficiência média na comparação entre as UFs, sendo
Rondônia (Região Norte) a UF com maior variação negativa (-5,1 pontos) e Paraíba (Região
Nordeste) com maior variação positiva (6,6 pontos). Chama a atenção, também, o comportamento
heterogêneo entre UFs de uma mesma região, com destaque para os índices de Rondônia (-5,1
pontos) e Amapá (4,1 pontos), ambas na Região Norte.
144
8
6
Variação da Proficiência Média
0
2
1
0
-3
-5
-3
-5
-1
-4
-3
0
0
-2
-4
-6

UF
GRÁFICO 49
VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO

O Gráfico 50 apresenta a proficiência média na área de Língua Portuguesa, para o 9º ano

do ensino fundamental, e o indicador de nível socioeconômico médio (de acordo com o Inse) das
escolas como um todo no Brasil: respectivamente, 260,1 (conferir Gráfico 48) e 5,00.
UFs com indicador acima dessa média e 16 com indicador abaixo dela.
Das UFs com Inse maior ou igual a 5, nove estão acima da proficiência média nacional
em Língua Portuguesa. Das 16 UFs com menor Inse, ou seja, com o Inse abaixo de 5, que é a
média nacional, 15 apresentam proficiência abaixo da média nacional, e somente uma apresenta
proficiência acima (Ceará).
Observa-se que as médias mais altas em Língua Portuguesa concentram-se nas UFs das
Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que também apresentam os maiores Inse. As exceções

são Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CO), que, apesar de apresentarem Inse acima da média
nacional, não atingiram uma média em Língua Portuguesa acima da nacional. Constata-se, ainda,
que as médias em Língua Portuguesa abaixo da média nacional foram obtidas pelas UFs que se
concentram nas Regiões Norte e Nordeste, que são aquelas que apresentam Inse menor que
a média nacional. A exceção é o Ceará (NE), que se destaca com 8,1 pontos acima da média
nacional. Já a UF com menor Inse, o Maranhão, é também aquela UF que apresenta a menor
média em proficiência em Língua Portuguesa, com 22,1 pontos abaixo da média nacional.
145
280
275
São Paulo
270
Santa Catarina
Ceará Goiás
265 Espírito Santo
Minas Gerais
Distrito Federal
260 BRASIL Rio de Janeiro
Piauí Acre
Rondônia Mato Grosso do Sul Rio Grande do Sul
255 Pernambuco
Sergipe
Alagoas Paraíba Paraná
250 Tocantins Mato Grosso
Rio Grande do Norte
Bahia
245
Pará Amazonas
240 Amapá
Maranhão Roraima
235
230
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80
INSE
GRÁFICO 50

Os Gráficos 51, 52 e 53 apresentam a diferença entre as proficiências médias obtidas

no Saeb 2019 por localização (rural e urbana), por área (capital e interior) e por dependência
administrativa (estadual, federal, municipal e privada).
Constata-se que a média na localização urbana (262,3) é um pouco mais elevada que a
média geral do Brasil (260,1), com uma diferença de 2,2 pontos. Em relação à localização rural,
há uma diferença mais significativa de 21,44 pontos entre as duas médias. Já entre as duas
localizações, observa-se uma diferença de 23,56 pontos.
265 262,3
260
255
250
245
238,7
240
235
230
225
Rural Urbana
Localização
GRÁFICO 51

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
146
Em relação às áreas capital e interior, observa-se que a média na capital (264,65) é
superior à média geral do Brasil (260,1), com uma diferença de 4,55 pontos. Já no interior, ela
é ligeiramente inferior à do Brasil, com uma diferença de 1,29 pontos. Observa-se, assim, a
diferença de 5,84 pontos entre as médias da capital e do interior. Percebe-se que essa diferença
é bem menor que a relativa às localizações urbana e rural (diferença de 23,56).
270
264,7
265
258,8
260
255
250
245
240
235
230
225
Capital Interior
Área
GRÁFICO 52

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
Quanto à distribuição das proficiências médias nacionais por dependência administrativa,

verifica-se uma proficiência maior dos estudantes das escolas de administração federal (304,8),
enquanto a proficiência média mais baixa encontra-se nas escolas de dependência administrativa
municipal (250,84), resultando em uma diferença de 53,96 pontos entre elas. Verifica-se, também,
que as escolas de dependências federal e privada apresentam médias superiores à média

nacional (260,1), em patamares significativamente mais elevados. Com médias mais baixas,
estão os estudantes das escolas de administração estadual (256,05) e, depois, de administração
municipal (250,84). RELATÓRIO DE RESULTADOS DO SAEB 2019
147
320
310 304,8
300 293,5
290
280
270
260 256,1
250,8
250
240
230
220
210
200
GRÁFICO 53

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 54 apresenta as proficiências médias nacionais no Saeb 2019 no 9º ano do

ensino fundamental de Língua Portuguesa, para cada UF, por localização (rural e urbana).
Constata-se que em todas as UFs as maiores médias encontram-se no setor urbano. Observa-se
também que a menor diferença de médias entre as duas localizações está no Rio Grande do Sul
(2,87 pontos), seguido por Espírito Santo (5,04 pontos), São Paulo (5,62 pontos), Alagoas (7,51
pontos), Ceará (8,49 pontos), Acre (8,55 pontos) e Paraná (9,09 pontos). Comparadas à média
nacional (260,1 pontos), verifica-se que, em 12 UFs na localização urbana e em duas UF na
rural, a média é superior. Observa-se que, em São Paulo e no Ceará, tanto a área urbana quanto
a rural apresentam médias superiores à nacional. Já as maiores diferenças entre as médias das
localizações urbana e rural encontram-se no Amazonas (37,25 pontos) e em Roraima (32,42
pontos).
148
RS 252,3
Sul 230,0
PR 268,9
263,3
SP 253,5
234,7
RJ 269,8
Sudeste
257,5
MG 268,6
257,8
ES 243,0
210,7
MT 257,2
248,6
Centro-Oeste
MS 251,1
230,8
GO 263,5
251,3
DF 268,2
259,1
SE 262,2
237,7
RN 256,2
246,4
PI 254,0
235,2
UF
PE 248,0
223,6
Nordeste
PB 252,5
237,8
MA 260,6
237,4
CE 263,7
247,1
BA 244,3
222,4
AL 267,6
250,6
TO 264,7
259,8
266,8

RR
249,8
RO 269,5
261,0
Norte
PA 250,6
231,6
AP 243,7
220,0
AM 254,3
217,0
AC 251,9
244,3
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300
URBANA RURAL
GRÁFICO 54
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA ) – UNIDADE
149
A Tabela 43 apresenta as proficiências médias nacionais em Língua Portuguesa, no Saeb
2019, no 9º ano do ensino fundamental, para cada UF, considerando-se a variável dependência
administrativa.
Constata-se que as maiores médias ocorreram nas redes federal e privada. Das 27 UFs,
15 apresentam as maiores médias nas escolas de dependência administrativa privada (Acre,
Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio Grande
do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins). Por sua vez, das 17 UFs de
dependência administrativa federal, 12 UFs (Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Roraima)
apresentaram as maiores médias, destacando-se entre elas a Bahia, que apresentou a maior
média geral (327,68 pontos).
Em relação às médias menores, observa-se que elas ocorreram na rede estadual e
municipal, sendo que a menor média é a das escolas de dependência municipal de Roraima. A
diferença entre a maior e a menor média é de 99,3 pontos.
Verifica-se, ainda, que as diferenças entre as maiores e as menores médias obtidas nas
27 UFs são mais significativas na rede federal (56,95 pontos), e as menores, na rede privada
(25,64 pontos). Comparativamente à média nacional (260,1 pontos), as redes privada e federal
apresentaram, em todas as UFs, proficiência média maior. Além delas, quatro UFs entre as 27
estaduais (14,8%) e três entre as 26 municipais (11,5%) também apresentaram proficiência
média superior a nacional.
Em 12 UFs, a rede federal apresentou proficiência média superior às outras três redes e,
em oito UFs, a rede privada obteve pontuação superior às demais. Observa-se também que, em
duas UFs (Maranhão e Roraima), a rede municipal apresentou proficiência média inferior a todas
as outras redes, ou seja, as de administração estadual, federal e privada.
TABELA 43

NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE
(continua)

REGIÃO UF
AC 273,2 254,4 237,1 298,0

AM 294,7 249,3 241,2 288,0
AP 235,3 239,2 286,4
Norte PA 302,0 236,5 236,6 284,3
RO 254,1 247,8 290,3
RR 300,7 233,0 228,4 299,7
TO 245,8 252,3 289,3
150
TABELA 43

NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE
(conclusão)

REGIÃO UF
AL 247,5 244,6 276,6
BA 327,7 240,8 239,3 289,8
CE 323,9 257,7 264,3 287,8
MA 296,3 244,5 233,0 280,2
Nordeste PB 244,2 243,2 290,0
PE 316,6 252,1 246,1 283,6
PI 250,4 249,6 298,4
RN 239,7 238,9 286,1
SE 277,8 242,2 239,8 281,6
DF 297,5 253,9 302,0
GO 270,7 264,2 256,9 289,4

Centro-Oeste
MS 315,7 254,6 254,9 292,3
MT 244,8 249,8 295,0
ES 257,9 259,2 302,2
MG 313,0 256,3 259,7 304,9

Sudeste
RJ 303,8 245,8 255,5 286,9
SP 261,6 262,5 299,2
PR 311,6 262,9 259,2 298,1
Sul RS 313,4 262,5 262,9 300,7
SC 285,6 259,7 270,3 303,0

O Gráfico 55 apresenta os porcentuais dos estudantes distribuídos entre os níveis de

proficiência no Saeb em 2019, no 9º ano do ensino fundamental, em Língua Portuguesa. Nele,
lê-se que os níveis 3 e 4 da escala de proficiência concentram um maior porcentual de alunos
(17,8% e 17,44%, respectivamente), seguidos do nível 2 (15,7%) e do nível 0 (14,02%). Lê-se,
também, que os três primeiros níveis de proficiência concentram um porcentual total de 40,81%
de estudantes, enquanto os níveis 6,7 e 8, um porcentual total de 10,24% de estudantes.
151
14,02 11,62 15,17 17,8 17,44 13,71 7,59 2,55 0,1
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8
GRÁFICO 55

SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL – 2019
O Gráfico 56 apresenta uma comparação entre os porcentuais de estudantes distribuídos

nos níveis de proficiência do Saeb nas avaliações de 2017 e 2019, no 9º ano do ensino
fundamental, para a área de Língua Portuguesa. Observa-se que houve um aumento, de 2017
para 2019, nos porcentuais de estudantes nos níveis de proficiência 5 e 6 (respectivamente, um
aumento de 1,1% e 1,34%), e um aumento não significativo no nível 8 (de 0,1%). Nos demais
níveis, os porcentuais de 2019 apresentaram-se ligeiramente mais baixos que em 2017, com
uma pequena variação de menos de um ponto.
encontram-se no Quadro 9. A proficiência média nacional (260,1 pontos) em Língua Portuguesa
no 9º ano encontra-se no intervalo referente ao nível 3 dessa escala de proficiência. Abaixo desse
nível, encontram-se 40,81% dos estudantes, o que indica um menor desempenho em termos das
maior desempenho.
No nível 3 da escala de proficiência de Língua Portuguesa do 9º ano do ensino fundamental,
no qual se encontra a proficiência média nacional, os estudantes são capazes de localizar
informações explícitas em textos, identificar os elementos da narrativa, reconhecer a finalidade
dos gêneros textuais, reconhecer a relação entre os pronomes e seus referentes e as relações
de causa e consequência, interpretar o sentido de conjunções, de advérbios, e as relações entre
os elementos verbais e os não verbais em textos, comparar textos de gêneros diferentes que
abordam o mesmo tema, inferir tema e ideia principal, inferir o sentido de palavra ou expressão
em diferentes textos.
Edições do Saeb
2017 14,36 12,02 15,8 18,33 17,76 12,61 6,25 2,87 0

2019 14,02 11,62 15,17 17,8 17,44 13,71 7,59 2,55 0,1
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 56

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL – BRASIL – 2017 E 2019
152
Os Gráficos 57, 58 e 59 apresentam a diferença entre a distribuição porcentual dos
estudantes pelos nove níveis de proficiência no Saeb 2019, considerando-se a localização (rural
e urbana), a área (capital e interior) e a dependência administrativa (estadual, federal, municipal
e privada) das escolas em que estão matriculados.
No Gráfico 57, considerando-se a variável localização, verifica-se que, no setor urbano,
61,03% dos estudantes obtiveram média igual ou superior à nacional, enquanto, no setor rural,
essa porcentagem foi de 41,6. Na zona urbana, observa-se maior concentração de estudantes
nos níveis 3 e 4, em porcentagens bem próximas (17,85% e 17,91%, respectivamente). Já na
zona rural, tem-se maior concentração no nível 0 e a segunda maior no nível 2. Observa-se,
ainda, que nenhuma localidade atingiu maior concentração de estudantes no nível 8.
Localização
Urbana 13,11 11,04 14,82 17,85 17,91 14,36 8,06 2,73 0,1
Rural 22,99 17,36 18,59 17,31 12,78 7,26 2,9 0,78

0,03
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 57

POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
Considerando-se a variável área (interior e capital), no Gráfico 58, observa-se que, nas
capitais, 62,8% dos estudantes obtiveram média igual ou superior à nacional, enquanto, no interior,
essa porcentagem foi de 58,12%. Tanto nas capitais quanto no interior, a concentração maior de
estudantes está nos níveis 3 e 4. Observa-se que não há uma diferença tão significativa entre
as capitais e o interior como a que se constata entre as localidades urbana e rural. Observa-se,
ainda, que nenhuma área atingiu concentração maior no nível 8.

Interior 14,35 12,02 15,51 18 17,24 13,22 7,25 2,32
0,09
Área
Capital 12,92 10,25 14,03 17,12 18,11 15,38 8,75 3,33 0,13
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 58

O Gráfico 59, por sua vez, apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis
de proficiência no Saeb em 2019, por dependência administrativa. Comparativamente ao nível
153
relativo à média Brasil (nível 3, com média de 260,1), constata-se que, na rede federal, 93,3% dos
estudantes obtiveram média igual ou superior à nacional, enquanto, nas redes privada, estadual e
municipal, essas porcentagens são de 86,0%, 57,6% e 52,8%, respectivamente.
Na rede federal, tem-se uma maior concentração de estudantes no nível 6 e uma segunda
maior, no nível 5; na rede privada, a maior concentração de estudantes está no nível 5 e uma
segunda maior, no nível 4. Tanto na rede estadual quanto na municipal, a maior concentração de
estudantes ocorre no nível 3. Entretanto, em relação à segunda maior concentração, na estadual
está no nível 4, enquanto na rede municipal, no nível 2.
Percebe-se que há uma diferença significativa entre os porcentuais de proficiência das
redes privada e federal em relação aos das redes municipal e estadual.
Nível 0
Federal 3,37 2,76 4,97 10,58 17,49 23,07 23,73 13,48 0,54
Nível 1
Nível 2
Estadual 14,85 12,26 16,23 18,77 17,69 12,57 5,94 1,65
Nível 3
0,04
Nível 4
Municipal 16,97 14,03 17,19 18,56 16,11 10,72 4,97 1,4
Nível 5
0,04
Nível 6
Privada 4,75 4,14 7,44 13,3 19,86 23,99 18,37 7,78 0,36
Nível 7
Nível 8
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 59


proficiência de Língua Portuguesa para estudantes do 9º ano do ensino fundamental, por UF.
Observando-se a distribuição porcentual dos estudantes por níveis em cada região,
identifica-se que, na Região Norte, Amapá, Pará e Roraima têm maior concentração de estudantes
no nível zero dessa escala de proficiência; Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins têm maior
concentração de estudantes no nível 3.
Na Região Nordeste, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte têm maior concentração no
nível 0; Sergipe tem maior concentração no nível 2; Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Piauí têm
maior concentração no nível 3; Ceará tem maior concentração de estudantes no nível 4.
Na Região Sudeste, todas as UFs, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo,
têm concentração no nível 4.
Na Região Sul, também, todas as UFs têm concentração no nível 4.

Na Região Centro-Oeste, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso têm maior concentração
no nível 3; Mato Grosso do Sul tem maior concentração no nível zero.
As UFs com concentração de estudantes do 9º ano no nível 0 da escala de proficiência de
Língua Portuguesa requerem atenção especial, uma vez que esse dado indica o não domínio de
habilidades básicas de leitura em Língua Portuguesa.
Os dados revelam que, em uma mesma região, os porcentuais de estudantes distribuídos nos
diferentes níveis da escala de proficiência são bastante distintos. Por exemplo, na Região Nordeste,
enquanto há UFs que apresentam concentração maior de estudantes no nível 0, há outras que a
apresentam no nível 3 e uma que se destaca nacionalmente com concentração no nível 4.
154
Outro dado a ser observado é a distribuição relativamente homogênea dos porcentuais de
estudantes nos níveis da escala de proficiência de Língua Portuguesa das UFs de uma mesma
região, como é o caso do Sul e do Sudeste. Todas as UFs dessas regiões apresentaram maior
concentração de estudantes no nível 4. Por outro lado, há discrepância entre os porcentuais
distribuídos nos níveis de 0 a 3, como se observa na Região Centro-Oeste.
SC 9,69 9,03 14,25 18,45 20,02 16,42 8,96 3,09 0,1
RS
Sul
9,78 9,3 14,36 19,33 19,86 15,84 8,83 2,65 0,05
PR 9,69 9,67 14,57 18,9 19,87 15,96 8,42 2,84 0,07
SP 11,13 9,38 12,92 17,21 19,2 16,91 9,82 3,26 0,18
RJ 13,44 10,42 14,71 17,4 17,96 14,53 8,35 3,08 0,12

Sudeste
MG 14,09 10,6 13,97 16,7 17,64 14,8 8,8 3,28 0,12
ES 13,07 10,12 14 17,75 17,9 14,64 9,05 3,38 0,09
MT 18,3 13,32 15,91 17,86 16,31 10,88 5,54 1,86 0,04

Centro-Oeste
MS 12,45 12,06 17,05 19,69 17,87 12,59 6,42 1,84 0,05

0,04
GO 9,72 10,19 14,4 19,44 19,24 16,02 8,32 2,62 0,04
DF 12,67 10 13,81 17,37 17,3 15,09 9,73 3,93 0,1
SE 17,03 14,56 18,35 18,02 14,8 10,09 4,98 2,15 0,02
RN 19,97 14,01 16,66 16,55 14,1 11,02 5,48 2,08 0,12
PI
UF
13,98 13,28 16,85 18,58 16,13 12,13 6,55 2,38 0,12
PE 15,22 13,22 16,53 18,59 16,81 11,55 6,26 1,78

Nordeste
PB 16,87 13,88 16,94 17,79 15,62 11,17 5,72 1,95 0,05
MA 23,9 17,47 18,26 16,9 12,27 7,07 3,1 1 0,03
CE 10,25 9,68 13,97 18,39 19,79 15,89 8,97 2,97 0,09
BA 19,87 15,14 17,36 17,46 14,11 9,54 4,951,53 0,05

AL 16,67 14,6 17,99 18,17 15,82 10,17 5,05 1,5 0,04
TO 17,49 14,6 17,46 18,15 15 10,02 5,48 1,76 0,05
RR 26,24 16,01 17,32 15,8 11,96 7,32 3,89 1,41 0,05
RO 12,86 13,04 18,09 19,67 17,62 11,61 5,5 1,57 0,04

Norte
PA 20,88 16,86 19,03 17,86 13,11 7,54 3,53 1,14 0,05
AP 21,21 17,83 19,77 16,7 12,74 7,17 3,64 0,91 0,04

AM 17,56 14,74 18,04 18,27 14,98 10,37 4,69 1,3 0,05
AC 14,41 13 17,42 18,24 17,19 12,18 5,79 1,73 0,05
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 60

NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL UNIDADE DA
155
no Saeb em 2019 no 9º ano do ensino fundamental, para a área de Língua Portuguesa, em
cada uma das UFs, por localização (rural e urbana). Constata-se que, na área rural, as maiores
concentrações encontram-se nos níveis 0 e 2 em 16 UFs, o que representa 59,2% do total. Na
área urbana, as maiores concentrações ocorrem nos níveis 3 e 4 em 24 UFs, o que representa
88,9% do total.
Com base nessa tabela, constata-se que 11 UFs (Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São
Paulo) apresentam concentração maior de estudantes nos níveis 3 e 4 da tabela de proficiência
tanto na área rural quanto na urbana. Entre elas, todas as UFs das Regiões Sudeste (Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina). Por sua vez, seis UFs (Amapá, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e
Roraima) apresentam concentração maior de estudantes no nível 0 da tabela, tanto na área rural
quanto na urbana, o que corresponde a um porcentual de 30% a 42% do número de estudantes.
Dessas UFs, Roraima apresenta os porcentuais mais altos, 42,81% na área rural e 22,86% na
área urbana.
TABELA 44

(continua)
NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rural 19,36 17,31 20,34 18,31 14,06 7,51 2,52 0,58 0

AC
Urbana 13,43 12,15 16,84 18,23 17,8 13,1 6,43 1,96 0,06
Rural 38,48 20,35 17,12 13,04 7 3,19 0,66 0,16 0

AM
Urbana 14,08 13,81 18,19 19,13 16,31 11,56 5,36 1,49 0,06
Rural 32,51 22,3 22,94 13,28 6,53 1,69 0,61 0,14 0

AP
Urbana 19,37 17,1 19,25 17,26 13,74 8,06 4,13 1,04 0,05
Rural 31,23 21,66 20,25 14,74 8,01 3,2 0,77 0,13 0

Norte PA
Urbana 17,43 15,26 18,62 18,89 14,81 8,98 4,44 1,48 0,07
Rural 14,6 15,77 19,49 20,85 17,4 8,44 2,84 0,62 0

RO
Urbana 12,66 12,72 17,93 19,54 17,65 11,99 5,81 1,68 0,04
Rural 42,81 21,13 17,4 11,68 5,53 1,02 0,24 0,19 0

RR
Urbana 22,86 14,96 17,3 16,65 13,27 8,61 4,64 1,66 0,06
Rural 27,28 19,11 21,02 16,03 10,93 3,98 1,29 0,35 0

TO
Urbana 16,58 14,18 17,13 18,35 15,38 10,58 5,86 1,9 0,05
156
TABELA 44

(continuação)

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rural 18,72 17,09 19,52 17,42 14,09 8,55 3,44 1,13 0,04
AL
Urbana 16,25 14,1 17,68 18,32 16,16 10,5 5,37 1,58 0,04
Rural 26,56 19,23 19,53 16,66 10,72 5,2 1,75 0,36 0,01
BA
Urbana 18,16 14,08 16,81 17,67 14,98 10,66 5,77 1,83 0,06
Rural 12,39 11,82 15,42 18,55 18,38 14,21 7,07 2,04 0,12
CE
Urbana 9,78 9,21 13,64 18,35 20,1 16,27 9,4 3,18 0,08
Nordeste
Rural 33,46 20,95 18,45 14,02 8,21 3,52 1,13 0,25 0
MA
Urbana 20,09 16,08 18,18 18,05 13,89 8,49 3,88 1,29 0,04
Rural 23,82 18,51 19,71 17,08 12,73 5,47 2,22 0,46 0

PB
Urbana 16,2 13,44 16,68 17,86 15,89 11,73 6,06 2,09 0,05
Rural 17,75 15,47 18,83 19,38 15,33 8,98 3,42 0,82 0,02
PE
Urbana 14,86 12,89 16,2 18,47 17,02 11,92 6,68 1,92 0,06
Rural 21,61 18,43 20,32 18,81 12,42 5,68 2,26 0,46 0,03
PI
Urbana 12,04 11,97 15,96 18,52 17,07 13,77 7,65 2,87 0,15
Rural 27,29 19,89 18,8 16,09 10,3 5,24 1,84 0,54 0

Nordeste RN
Urbana 19,12 13,34 16,42 16,61 14,54 11,69 5,9 2,25 0,14
Rural 21,94 20,09 22,27 17,67 11,4 4,64 1,47 0,53 0

SE
Urbana 16,05 13,46 17,56 18,09 15,48 11,19 5,68 2,47 0,03

Rural 14,89 15,68 19,71 19,61 14,51 10,57 4 1,02 0
DF
Urbana 12,58 9,77 13,58 17,28 17,41 15,27 9,96 4,05 0,1
Rural 15,63 14,82 18,66 19,7 15,56 10,16 3,92 1,5 0,06
GO
Urbana 9,55 10,05 14,28 19,44 19,34 16,19 8,45 2,65 0,04
Centro-Oeste
Rural 20,71 18,2 21,94 19,42 12,47 5,32 1,58 0,36 0
MS
Urbana 11,8 11,57 16,66 19,71 18,3 13,16 6,81 1,96 0,04
Rural 23,04 16,64 18,6 19,15 12,75 6,97 2,31 0,54 0

MT
Urbana 17,82 12,98 15,64 17,73 16,67 11,27 5,86 1,99 0,04
Rural 11,68 11,44 16,82 20,67 19,25 12,87 5,3 1,86 0,13
ES
Urbana 13,18 10,01 13,77 17,51 17,79 14,78 9,36 3,51 0,09
Rural 18,29 15,73 17,27 18,66 15,16 9,75 4,04 1,06 0,04
Sudeste MG
Urbana 13,9 10,36 13,82 16,61 17,75 15,04 9,02 3,39 0,12
Rural 16,78 12,74 17,68 19,46 16,95 10,36 4,3 1,71 0,03
RJ
Urbana 13,3 10,32 14,59 17,32 18 14,69 8,52 3,14 0,12
157
TABELA 44

(conclusão)

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rural 11,37 11,06 14,5 19,84 19,27 14,55 6,97 2,44 0

Sudeste SP
Urbana 11,12 9,35 12,89 17,18 19,2 16,94 9,86 3,27 0,18
Rural 10,44 13,23 17,17 21,54 18,45 11,94 5,64 1,43 0,15
PR
Urbana 9,65 9,5 14,45 18,78 19,94 16,15 8,55 2,91 0,07
Rural 10,71 12,29 18,68 22,08 18,71 11,48 4,74 1,3 0,02
Sul RS
Urbana 9,71 9,07 14,04 19,12 19,94 16,17 9,14 2,76 0,05
Rural 12,16 12,27 17,22 20,78 19,61 11,43 5,42 1,04 0,06
SC
Urbana 9,53 8,82 14,06 18,31 20,04 16,73 9,18 3,22 0,1

no Saeb em 2019 no 9º ano do ensino fundamental para a área de Língua Portuguesa,
considerando-se cada uma das UFs, por dependência administrativa. Observa-se que, na rede
federal, as maiores concentrações ocorrem nos níveis 5 e 6, sendo que, em 17 UFs em que há
a rede federal, oito apresentam maior concentração de estudantes no nível de proficiência 6,
ou seja, 47% do total. Nas escolas de dependência administrativa privada, observam-se as
maiores concentrações e estudantes nos níveis 4 e 5, sendo que, das 27 UFs, 21 delas, ou seja,
77,7% do total, alcançaram nível 5. Na rede estadual, as maiores concentrações encontram-se
nos níveis 3 em 16 UFs (59,2% do total) e 0 em nove UFs (33,4% do total). Nota-se que, em
duas UFs (São Paulo e Paraná), a rede estadual apresenta maior concentração de estudantes
no nível 4, superando a média nacional. Na rede municipal, a maior concentração está no nível
3 em 12 UFs, o que corresponde a 44,4 % do total.
Comparativamente ao nível de proficiência correspondente à média nacional (nível 3),
verifica-se que as redes federal e privada apresentam proficiência média superior à média
nacional. Observa-se que, em 40,7% das UFs, ou seja, em 11 UFs (Ceará, Distrito Federal,
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e São Paulo), nos quatro tipos de dependências administrativas, há
concentração maior de estudantes em nível igual ou superior ao da média Brasil, ou seja, igual
ou acima do nível 3.
Por outro lado, no que se refere aos porcentuais de estudantes nos níveis inferiores da
escala (nível 0 e 1), nas redes federal e privada, eles são pouco expressivos, ao passo que,
em seis UFs (Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima), os níveis 0
e 1 apresentam concentração maior de estudantes, acima de 20%, tanto na rede estadual
quanto na municipal. Somando-se os porcentuais das redes estadual e municipal nessas UFs,
encontramos a concentração de 43,3%, 45,6%, 48,3%, 45,3%, 46,2% e 55,3% de estudantes,
respectivamente.
158
TABELA 45

(continua)
DEPENDÊNCIA NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Federal 3,51 7,02 19,3 15,79 28,06 19,3 7,01 0 0
Estadual 14,54 13,17 17,61 18,57 17,45 11,84 5,48 1,3 0,04
AC
Municipal 21,09 18,09 21,29 20,26 12,03 5,54 1,25 0,45 0
Privada 3,58 3,38 8,38 10,15 19,17 26,81 17,36 10,93 0,24
Federal 8,92 3,58 2,14 14,86 15,32 20,38 23,69 11,1 0
Estadual 17,03 14,58 18,46 18,47 15,17 10,51 4,58 1,16 0,03
AM
Municipal 20,55 16,85 19,08 18,56 13,99 7,75 2,58 0,63 0,02
Privada 5,82 4,79 9,17 14,97 18,91 23,46 16,69 5,8 0,39
Federal
Estadual 22,97 19,11 20,86 16,92 12,06 5,48 2,1 0,48 0,02
AP
Municipal 21,33 16,73 19,62 19,39 15,31 4,83 1,23 1,56 0
Privada 5,3 6,68 10,02 13,94 17,96 23,08 18,23 4,59 0,21
Federal 3,06 2,51 3,49 13,08 21,01 23,8 21,93 11,12 0
Norte Estadual 22,65 17,94 20,26 18,43 12,22 5,99 2,04 0,45 0,02
PA
Municipal 22,64 18,37 20,28 17,94 12,2 5,99 2,11 0,46 0,03

Privada 6,8 5,73 9,2 16,26 20,46 19,92 14,86 6,48 0,3
Federal
Estadual 13,37 13,54 18,7 19,86 17,61 10,85 4,8 1,23 0,03
RO
Municipal 14,81 15,46 20,39 21,79 15,61 9,03 2,47 0,45 0
Privada 4,85 4,49 8,55 14,83 20,48 23,13 16,87 6,62 0,19
Federal 4,17 6,21 2,04 8,25 16,75 29,49 22,71 8,33 2,04
Estadual 27,87 16,94 18 16,35 11,39 5,99 2,54 0,91 0,01

RR
Municipal 27,43 18,46 24,59 14,87 10,55 3,3 0,8 0 0
Privada 4,57 2,88 6,6 9,03 20,1 25,66 22,43 8,39 0,35
Federal
Estadual 18,81 15,83 18,34 18,8 14,35 8,58 4,19 1,08 0,01
TO
Municipal 16,66 13,36 17,82 17,88 16,24 10,81 5,51 1,66 0,08
Privada 6,99 6,3 7,69 12,58 17,57 21,78 18,03 8,81 0,25
159
TABELA 45
(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 16,26 15,78 19,51 19,87 15,32 8,92 3,29 1,04 0

AL
Municipal 19 16,36 19,17 18,09 14,38 8,26 3,71 1,01 0,02
Privada 8,83 6,66 11,67 16,1 21,65 18,76 12,24 3,89 0,19
Federal 0 0 0,98 2,98 15,39 26,5 27,44 23,6 3,11
Estadual 23,3 14,88 17,38 17,45 14,41 8,43 3,33 0,81 0,02
BA
Municipal 21,86 17,45 19,15 18,08 12,92 7,17 2,71 0,64 0,01
Privada 5,68 4,68 9 14,62 19,22 22,25 17,71 6,62 0,22
Federal 0 1,75 0,85 6,37 13,32 24,85 28,36 23,61 0,89
Estadual 14,35 11,58 15,9 19,02 18,3 12,74 6,11 1,94 0,06
CE
Municipal 11,15 10,54 14,98 19,01 19,34 14,7 7,79 2,4 0,09
Privada 4,86 5,19 8,73 15,36 22,39 22,37 15,25 5,78 0,07
Federal 3,07 0 7,79 9,29 29,27 26,1 19,9 4,58 0
Estadual 22,45 13,94 16,66 16,69 14,34 9,79 4,47 1,63 0,03
Nordeste MA
Municipal 25,86 18,92 19,22 16,78 11,21 5,49 2,03 0,48 0,02
Privada 6,97 6,51 10,52 18,22 20,52 19,77 11,95 5,38 0,15
Federal
Estadual 19,74 15,3 18,83 18,56 14,3 9,05 3,25 0,95 0,01
PB
Municipal 19,79 16,2 18,77 18,54 14,54 8,16 3,12 0,86 0,01
Privada 4,39 5,45 8,98 14,52 20,64 22,62 16,71 6,5 0,2
Federal 2,39 1,62 3,35 9,22 9,63 21,41 30,49 21,33 0,57
Estadual 15,17 14,03 18,07 19,5 16,79 10,45 4,58 1,36 0,05
PE
Municipal 18,48 15,4 18,24 18,93 15,23 9,12 3,67 0,91 0,02
Privada 6,42 6,01 9,46 16,26 21,27 19,9 15,9 4,65 0,15
Federal
Estadual 15,26 14,9 18,38 20,25 15,98 9,98 4,25 0,96 0,04
PI
Municipal 16,07 15,21 18,7 19,5 15,3 9,52 4,42 1,23 0,04
Privada 3,5 2,98 6,96 12,46 19,78 25,98 18,63 9,1 0,61
160
TABELA 45
(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 23,35 15,34 18,79 18 12,91 7,68 3,14 0,75 0,03

RN
Municipal 22,89 17,13 18,79 17,29 13,09 7,17 2,88 0,75 0,01
Privada 8,17 5,04 8,61 12,65 18,23 24,78 14,89 7,11 0,53
Nordeste
Federal 5,61 7,42 7,59 20,62 32,18 19,15 5,44 1,98 0
Estadual 19,53 16,54 19,56 19,67 13,71 7,33 2,82 0,83 0,02
SE
Municipal 19,9 17,78 21,26 18,68 13,18 6,53 2,14 0,53 0
Privada 8,16 5,87 11,43 14,24 19,19 20,63 13,35 7,05 0,07
Federal 3,87 5,01 6,42 11,75 19,01 19,09 25,17 9,68 0
Estadual 15,77 12,29 16,69 19,34 17,14 11,86 5,41 1,46 0,04
DF
Municipal
Privada 3,64 3,27 5,4 11,61 17,71 24,69 22,2 11,2 0,27
Federal 9,32 9,32 6,73 24,74 20,6 18,01 8,9 2,38 0
Estadual 10,16 10,77 15,65 19,76 19,69 14,72 7,13 2,08 0,05
GO
Municipal 12,46 13,17 16,82 20,59 18,1 11,85 5,63 1,3 0,08
Privada 5,07 4,73 6,9 16,96 18,63 25,64 15,91 6,16 0

Centro-

Oeste
Federal 1,44 0,7 5,77 7,26 13,91 23,49 26,89 20,55 0
Estadual 13,35 13,12 18,18 20,72 17,78 10,72 4,8 1,31 0,03
MS
Municipal 13,52 12,99 18,15 19,94 17,54 11,95 4,68 1,22 0,01
Privada 4,7 3,8 7,92 13,65 19,51 24,56 19,84 5,89 0,13
Federal
Estadual 20,75 14,7 16,97 18,31 15,22 8,99 4 1,04 0,01

MT
Municipal 17,09 13,57 17,13 19,56 17,13 10,44 3,91 1,18 0
Privada 3,9 3,93 7,37 12,66 22,35 23,78 17,71 8,04 0,26
Federal
Estadual 14,29 11,4 15,67 19,1 18,29 12,73 6,72 1,72 0,08
Sudeste ES
Municipal 14,23 11,1 15,05 18,91 17,84 13,53 7,09 2,18 0,06
Privada 5,21 2,79 5,24 9,51 17,01 24,26 23,08 12,66 0,24
161
TABELA 45
(conclusão)
REGIÃO UF
Federal 1,39 1,5 5,33 8,17 14,26 26,18 24,39 18,04 0,74
Estadual 16,15 11,91 15,24 17,46 17,38 13,15 6,63 2 0,07

MG
Municipal 14,17 11,16 15,02 18,2 18,33 13,75 7,14 2,16 0,08
Privada 3,09 2,51 5,12 9,58 17,6 25,69 23,7 12,3 0,41
Federal 4,09 2,92 4,87 10,69 17,35 22,92 23,86 12,59 0,72
Estadual 19,54 14,4 17,83 18,63 15,4 9,3 3,85 1 0,04

Sudeste RJ
Municipal 14,83 12,32 16,6 19,1 17,91 12,02 5,63 1,55 0,06
Privada 6,87 4,66 9,7 14,05 20,04 22,13 15,54 6,75 0,26
Federal
Estadual 13,01 10,85 14,71 18,27 18,98 14,7 7,34 2,08 0,05
SP
Municipal 12,9 10,55 14,38 18,44 18,83 14,9 7,63 2,3 0,07
Privada 3,02 3,29 5,47 12,41 20,33 26,31 20,32 8,11 0,74
Federal 2,12 0,7 7,81 6,4 16,02 24,96 24,18 17,08 0,72
Estadual 10,65 10,62 15,81 20,2 19,85 14,48 6,61 1,74 0,04
PR
Municipal 14,13 10,55 14,67 18,37 20 14,89 6,15 1,25 0
Privada 3,41 3,87 7,08 11,13 20,02 25 19,61 9,61 0,27

Federal 0,96 1,27 5,74 7,57 15,77 25,31 26,71 15,67 1
Estadual 10,89 10,38 15,86 20,38 19,84 14,2 6,76 1,63 0,06
Sul RS
Municipal 10,53 10,39 15,69 20,78 20,27 14,18 6,34 1,77 0,05
Privada 3,83 2,42 5,33 11,47 18,74 26,38 23,24 8,59 0
Federal 8,08 6,45 8,07 11,3 24,2 16,14 16,11 9,65 0

Estadual 12,17 10,98 16,37 20,11 19,61 13,34 5,92 1,47 0,03
SC
Municipal 8,71 8,52 14,14 18,98 20,78 17,09 9,08 2,63 0,07
Privada 2,84 2,77 6,01 10 19,1 26,7 20,89 11,19 0,48
162
4.2 MATEMÁTICA
O Quadro 10 apresenta a matriz de referência (Brasil, Inep, 2020e) que embasou o teste de
Matemática para o 9º ano do ensino fundamental. Ela é composta de quatro temas, relacionados
a habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Em cada tema há um conjunto de descritores
ligados às competências desenvolvidas.
QUADRO 10
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE MATEMÁTICA DO SAEB PARA O 9° ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL – 2019
(continua)
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto, em mapas, croquis e outras

representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e
tridimensionais, relacionando-as com suas planificações.
D3 – Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e

ângulos.
D4 – Identificar relação entre quadriláteros, por meio de suas propriedades.
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do
perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas
quadriculadas.
I. Espaço e forma D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos
retos e não retos.
D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação
homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se
modificam ou não se alteram.

D8 – Resolver problema utilizando a propriedade dos polígonos (soma de seus
ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos
polígonos regulares).
D9 – Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas.
D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas
significativos.
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações.
D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.

D13 – Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas.
II. Grandezas e medidas
D14 – Resolver problema envolvendo noções de volume.
D15 – Resolver problema envolvendo relações entre diferentes unidades de medida.
163
(conclusão)
D16 – Identificar a localização de números inteiros na reta numérica.

D17 – Identificar a localização de números racionais na reta numérica.
D18 – Efetuar cálculos com números inteiros envolvendo as operações (adição,
subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D19 – Resolver problema com números naturais envolvendo diferentes significados
das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D20 – Resolver problema com números inteiros envolvendo as operações (adição,
subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional.
D22 – Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes
significados.
D23 – Identificar frações equivalentes.
D24 – Reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma
extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de “ordens”,
como décimos, centésimos e milésimos.
D25 – Efetuar cálculos que envolvam operações com números racionais (adição,
III. Números e operações/
subtração, multiplicação, divisão, potenciação).
álgebra e funções
D26 – Resolver problema com números racionais que envolvam as operações (adição,
subtração, multiplicação, divisão, potenciação).
D27 – Efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais.
D28 – Resolver problema que envolva porcentagem.
D29 – Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre
grandezas.
D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica.
D31 – Resolver problema que envolva equação do 2°grau.
D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em
sequências de números ou figuras (padrões).
D33 – Identificar uma equação ou uma inequação do 1° grau que expressa um
problema.
D34 – Identificar um sistema de equações do 1° grau que expressa um problema.
D35 – Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um
sistema de equações do 1° grau.
D36 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou

gráficos.
D37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos
IV. Tratamento da
que as representam e vice-versa.
informação
Fonte: Elaborada por Daeb/Inep com base em Brasil. Inep (2020e).

164
Maria comprou um fogão por 240 reais e uma mesa por 180 reais, pagando
150 reais de entrada e o restante em 3 vezes sem juros.
Qual é o valor de cada prestação?
(A) 90 reais.
(B) 130 reais.
(C) 140 reais.
(D) 190 reais.
Nesse item, a habilidade avaliada é a de resolver problema envolvendo números

naturais e diferentes significados das operações, nesse caso, de adição, de subtração e de
divisão. Uma maneira de resolver corretamente esse item é adicionar o valor dos produtos
(240 + 180 = 420), em seguida subtrair o valor de entrada do valor total dos produtos (420
– 150 = 270) e finalmente dividir o resultado dessa subtração pela quantidade de prestações
(270 ÷ 3 = 90). Ou seja, o estudante precisa mobilizar o significado de juntar, depois de retirar
e, ao final, de formar grupos iguais. Portanto, o gabarito do item é a alternativa A.
O item é considerado fácil, uma vez que 71% dos estudantes responderam corretamente.
Os estudantes que erraram provavelmente não compreenderam as relações entre os
valores dados no item. A alternativa B atraiu 13% dos estudantes, os quais provavelmente
adicionaram o preço do fogão ao valor de entrada (240 + 150 = 390) e, em seguida, dividiram

o resultado pela quantidade de prestações (390 ÷ 3 = 130). A alternativa C atraiu 10%
dos estudantes, os quais provavelmente adicionaram os preços dos produtos (240 + 180 =
420) e, em seguida, dividiram o resultado pela quantidade de prestações (420 ÷ 3 = 140).
A alternativa D atraiu 5% dos estudantes, os quais provavelmente adicionaram todos os
valores (240 + 180 + 150 = 570) e, em seguida, dividiram o resultado pela quantidade de
prestações (570 ÷ 3 = 190).
O Quadro 11, a seguir, demonstra a escala interpretada de Matemática (Brasil, Inep,

2020e), com as respectivas descrições de nível, para o 9º ano do ensino fundamental.
165
QUADRO 11

(continua)
Nível 1
Os estudantes provavelmente são capazes de: Números e operações; álgebra e funções –
Desempenho Reconhecer o maior ou o menor número em uma coleção de números racionais, representados
maior ou igual a na forma decimal. Tratamento de informações – Interpretar dados apresentados em tabela e
200 e menor que gráfico de colunas.
225

Nível 2
de: Números e operações; álgebra e funções – Reconhecer a fração que corresponde à
relação parte-todo entre uma figura e suas partes hachuradas. Associar um número racional
Desempenho
que representa uma quantia monetária, escrito por extenso, à sua representação decimal.
maior ou igual a
Determinar uma fração irredutível, equivalente a uma fração dada, a partir da simplificação por
225 e menor que
três. Tratamento de informações – Interpretar dados apresentados em um gráfico de linhas
250
simples. Associar dados apresentados em gráfico de colunas a uma tabela.
Espaço e forma – Reconhecer o ângulo de giro que representa a mudança de direção na
movimentação de pessoas/objetos; reconhecer a planificação de um sólido simples, dado por
um desenho em perspectiva. Localizar um objeto em representação gráfica do tipo planta
Nível 3
baixa, utilizando dois critérios: estar mais longe de um referencial e mais perto de outro.
Números e operações; álgebra e funções – Determinar uma fração irredutível, equivalente a
Desempenho
uma fração dada, a partir da simplificação por sete; determinar a soma, a diferença, o produto
maior ou igual a
ou o quociente de números inteiros em situações-problema. Localizar o valor que representa
250 e menor que
um número inteiro positivo associado a um ponto indicado em uma reta numérica. Resolver
275
problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais, representadas por números
inteiros. Tratamento de informações – Associar dados apresentados em tabela a gráfico de
setores. Analisar dados dispostos em uma tabela simples. Analisar dados apresentados em um
gráfico de linhas com mais de uma grandeza representada.

de: Espaço e forma – Localizar um ponto em um plano cartesiano, com o apoio de malha
quadriculada, a partir de suas coordenadas. Reconhecer as coordenadas de um ponto dado
em um plano cartesiano, com o apoio de malha quadriculada. Interpretar a movimentação de

Nível 4
um objeto utilizando referencial diferente do seu. Grandezas e medidas – Converter unidades
de medidas de comprimento, de metros para centímetros, na resolução de situação-problema.
Desempenho
Reconhecer que a medida do perímetro de um retângulo, em uma malha quadriculada,
maior ou igual a
dobra ou se reduz à metade quando os lados dobram ou são reduzidos à metade. Números
275 e menor que
e operações; álgebra e funções – Determinar a soma de números racionais em contextos
300
de sistema monetário. Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica de 1° grau
envolvendo números naturais, em situação-problema. Localizar números inteiros negativos
na reta numérica. Localizar números racionais em sua representação decimal. Tratamento de
informações – Analisar dados dispostos em uma tabela de dupla entrada.
Espaço e forma – Reconhecer que o ângulo não se altera em figuras obtidas por ampliação/
redução. Localizar dois ou mais pontos em um sistema de coordenadas. Grandezas e
Nível 5
medidas – Determinar o perímetro de uma região retangular, com o apoio de figura, na
resolução de uma situação-problema. Determinar o volume mediante contagem de blocos.
Desempenho
Números e operações; álgebra e funções – Associar uma fração com denominador dez à sua
maior ou igual a
representação decimal. Associar uma situação-problema à sua linguagem algébrica, por meio
300 e menor que
de equações do 1°grau ou sistemas lineares. Determinar, em situação-problema, a adição e
325
multiplicação entre números racionais, envolvendo divisão por números inteiros. Determinar
a porcentagem envolvendo números inteiros. Resolver problema envolvendo grandezas
diretamente proporcionais, representadas por números racionais na forma decimal.
166
QUADRO 11
(continuação)
NÍVEL *
Espaço e forma – Reconhecer a medida do ângulo determinado entre dois deslocamentos,
descritos por meio de orientações dadas por pontos cardeais. Reconhecer as coordenadas
de pontos representados no primeiro quadrante de um plano cartesiano. Reconhecer a
relação entre as medidas de raio e diâmetro de uma circunferência, com o apoio de figura.
Reconhecer a corda de uma circunferência, as faces opostas de um cubo, a partir de uma de
suas planificações. Comparar as medidas dos lados de um triângulo com base nas medidas
de seus respectivos ângulos opostos. Resolver problema utilizando o Teorema de Pitágoras
Nível 6
no cálculo da medida da hipotenusa, dadas as medidas dos catetos. Grandezas e medidas
– Converter unidades de medida de massa, de quilograma para grama, na resolução de
Desempenho
situação-problema. Resolver problema fazendo uso de semelhança de triângulos. Números
maior ou igual a
e operações; álgebra e funções – Reconhecer frações equivalentes. Associar um número
325 e menor que
racional, escrito por extenso, à sua representação decimal, e vice-versa. Estimar o valor da raiz
350
quadrada de um número inteiro aproximando-o de um número racional em sua representação
decimal. Resolver problema envolvendo grandezas diretamente proporcionais, com constante
de proporcionalidade não inteira. Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica que
contenha parênteses, envolvendo números naturais. Determinar um valor monetário obtido
por meio de um desconto ou um acréscimo porcentual. Determinar o valor de uma expressão
numérica, com números irracionais, fazendo uso de uma aproximação racional fornecida.
Tratamento de informações – Resolver problemas que requerem a comparação de dois
gráficos de colunas.
Espaço e forma – Reconhecer ângulos agudos, retos ou obtusos de acordo com sua medida
em graus. Reconhecer as coordenadas de pontos representados num plano cartesiano
localizados em quadrantes que não sejam o primeiro. Determinar a posição final de um objeto,
após a realização de rotações em torno de um ponto, de diferentes ângulos, em sentido horário
e anti-horário. Resolver problemas envolvendo ângulos, inclusive utilizando a Lei Angular de
Tales sobre a soma dos ângulos internos de um triângulo. Resolver problemas envolvendo
as propriedades de ângulos internos e externos de triângulos e quadriláteros, com ou sem
justaposição ou sobreposição de figuras. Resolver problema utilizando o Teorema de Pitágoras
no cálculo da medida de um dos catetos, dadas as medidas da hipotenusa e de um de seus
catetos. Grandezas e medidas – Determinar o perímetro de uma região retangular, obtida

pela justaposição de dois retângulos, descritos sem o apoio de figuras. Determinar a área de
um retângulo em situações-problema. Determinar a área de regiões poligonais desenhadas
em malhas quadriculadas. Determinar o volume de um cubo ou de um paralelepípedo
Nível 7 retângulo, sem o apoio de figura. Converter unidades de medida de volume, de m3 para
litro, em situações-problema. Reconhecer a relação entre as áreas de figuras semelhantes.
Desempenho Números e operações; álgebra e funções – Determinar o quociente entre números racionais,
maior ou igual a representados na forma decimal ou fracionária, em situações-problema. Determinar a
350 e menor que soma de números racionais dados na forma fracionária e com denominadores diferentes.
375 Determinar o valor numérico de uma expressão algébrica de 2° grau, com coeficientes naturais,
envolvendo números inteiros. Determinar o valor de uma expressão numérica envolvendo
adição, subtração, multiplicação e/ou potenciação entre números inteiros. Determinar o

valor de uma expressão numérica com números inteiros positivos e negativos; determinar o
valor de uma expressão numérica com números racionais. Comparar números racionais com
diferentes números de casas decimais, usando arredondamento. Localizar na reta numérica
um número racional, representado na forma de uma fração imprópria. Associar uma fração
à sua representação na forma decimal. Associar uma situação-problema à sua linguagem
algébrica, por meio de inequações do 1° grau. Associar a representação gráfica de duas retas
no plano cartesiano a um sistema de duas equações lineares e vice-versa. Resolver problemas
envolvendo equação de 2° grau. Tratamento de informações – Determinar a média aritmética
de um conjunto de valores. Estimar quantidades em gráficos de setores. Analisar dados
dispostos em uma tabela de três ou mais entradas. Interpretar dados fornecidos em gráficos
envolvendo regiões do plano cartesiano. Interpretar gráficos de linhas com duas sequências de
valores.
167
QUADRO 11
(conclusão)

de: Espaço e forma – Resolver problemas utilizando as propriedades das cevianas (altura,
Nível 8 mediana e bissetriz) de um triângulo isósceles, com o apoio de figura. Grandezas e medidas
– Converter unidades de medida de capacidade, de mililitro para litro, em situações-problema.
Reconhecer que a área de um retângulo quadruplica quando seus lados dobram. Determinar
Desempenho a área de figuras simples (triângulo, paralelogramo, trapézio), inclusive utilizando composição/
maior ou igual a decomposição. Números e operações; álgebra e funções – Determinar o valor numérico de uma
375 e menor que expressão algébrica de 1° grau, com coeficientes racionais, representados na forma decimal.
400 Determinar o valor de uma expressão numérica envolvendo adição, subtração e potenciação
entre números racionais, representados na forma decimal. Resolver problemas envolvendo
grandezas inversamente proporcionais.
Espaço e forma – Resolver problemas utilizando a soma das medidas dos ângulos internos de
Desempenho um polígono. Números e operações; álgebra e funções – Reconhecer a expressão algébrica
maior ou igual a que expressa uma regularidade existente em uma sequência de números ou de figuras
400 geométricas.
4.2.4 RESULTADOS
O Gráfico 61 apresenta a evolução das proficiências médias nacionais do 9º ano do ensino

fundamental de 1995 a 2019, mostrando uma tendência de decrescimento da primeira edição
do Saeb em 1995 até 2005, com exceção da edição de 2003, e a tendência de crescimento
continuada desde o Saeb de 2005 até o atual, com exceção do Saeb 2013. A média dessas 13
edições do Saeb foi de 250, e as três últimas foram acima dela.
265 263
258
260
256
255 253 253 252
250 249
250 247
246 245
245 243
240
240
235
230
225
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Edição do Saeb
GRÁFICO 61
EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL – BRASIL – 1995 A 2019
168
O Gráfico 62 apresenta a proficiência média em Matemática no 9º ano do ensino fundamental
por UF. Observa-se uma diferença de 39,2 pontos entre a UF com a maior proficiência média (Santa
Catarina, 275,0 pontos) e aquela com a menor proficiência média (Amapá, 235,8 pontos). Onze UFs
apresentaram proficiência média em Matemática no 9º ano acima da proficiência média nacional
(263,0): Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Percebe-se, portanto, predomínio
de UFs que se localizam nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com exceção do Ceará.
310
290
270
250
230
275,0
274,6
271,3
271,3
271,1
270,2
269,1
268,3
268,3
267,4
210
264,0
262,5
259,9
258,1
256,6
256,0
255,6
254,5
253,9
253,8
250,8
248,2
247,2
241,1
239,1
236,1
235,8
190
170
150
GRÁFICO 62

PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
O Gráfico 63 apresenta as variações das proficiências médias entre 2017 e 2019 para a área
de Matemática no 9º ano do ensino fundamental. Observa-se que a maioria das UFs obtiveram
variações positivas, sendo mais significativas para Paraíba (10,1), Piauí (9,4) e Pernambuco
(9,3). Mato Grosso do Sul obteve a menor variação positiva (0,7). Duas UFs obtiveram variações
negativas: Rondônia (–1,1) e Roraima (–1,1). Tocantins não teve variação. Nota-se uma amplitude
máxima de 11,2 pontos de diferença entre as variações positiva e negativa das proficiências
médias nas UFs do Brasil. Percebe-se, ainda, um comportamento heterogêneo entre as UFs de
uma mesma região. Na Região Norte, por exemplo, o Pará apresenta variação positiva de 6,7
e Rondônia e Roraima, variação negativa de –1,1. Na Região Centro-Oeste, todas apresentam
variação positiva, com Goiás tendo variação de 2,5 e Mato Grosso do Sul 0,7. Na Região Nordeste,
onde ocorreu a maior variação positiva, da Paraíba com 10,1, Sergipe teve uma variação de 3,9.
Também na Região Sul se manifestou esse comportamento, com 2,5 para o Rio Grande do Sul e
5,3 para o Paraná.
169
12
10
3
2
10
6
3
5
7
0
8
7
8
8
9
9
5
4
2
2
1
2
3
2
3
5
2
3
0
-1
-1
-2
Norte Nordeste UF Centro-Oeste Sudeste Sul
GRÁFICO 63
VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL – UNIDADE DE FEDERAÇÃO – 2017 – 2019
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep
O Gráfico 64 apresenta as proficiências médias do Brasil e de todas as UFs considerando o

nível socioeconômico, definido pelo Inse, na área de Matemática, referentes ao 9º ano do ensino
fundamental. Nesse gráfico aparece como referência a média em Matemática para o Brasil, que
foi de 263 (ver Gráfico 62), com um indicador situado em 5,00.
constata-se que 11 delas possuem um indicador (Inse) superior ao do País, mas uma obteve
média de proficiência inferior à média nacional (Mato Grosso), enquanto as outras alcançaram
médias superiores. Com o indicador Inse inferior ao do Brasil, têm-se 16 UFs, das quais 15
obtiveram média de proficiência inferior à do Brasil, enquanto apenas uma logrou obter média
acima da nacional (Ceará). Da comparação de todos os dados mostrados, é possível dizer que,
de forma geral, a maior quantidade de UFs com médias superiores à média Brasil pertence ao
grupo que detém também os maiores valores para o Inse. Nesse grupo encontram-se também
os estados com as mais elevadas médias do País (Santa Catarina e Paraná). Por outro lado, a
grande maioria das UFs com Inse menor do que o nacional obteve também médias menores que
a do País, com exceção do Ceará.
A maioria das UFs apresenta uma correlação entre o indicador de nível socioeconômico
e a média em Matemática, ou seja, quanto maior o Inse, maior o desempenho. Por exemplo,
Maranhão e Pará, que possuem os dois menores Inses estão entre as quatro menores médias.
Nos patamares superiores, os seis estados com maiores médias estão entre os cinco com maior
Inse. Porém algumas UFs se destacam. Entre as médias mais baixas está o Amapá, que possui
um Inse superior a 12 UFs e a menor média (199,2). Roraima possui um Inse superior a 14 UFs
e a terceira menor média (239,1). Outro destaque é o Ceará, que possui o 4º menor Inse (4,44) e
a 7ª maior média (269,1).
170
300
290
Rio de Janeiro
São Paulo
280 Paraná
Pernambuco Santa Catarina

Minas Gerais
Espírito Santo
Média em Matemática no 5º ano
270 Ceará
Rondônia BRASIL
Piauí Tocantins Goiás Distrito Federal
260
Acre
Alagoas Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Paraíba
250
Rio Grande do Norte Rio Grande do Sul
Bahia
240 Pará
Roraima
Maranhão Amapá
230 Amazonas
Sergipe
220
210
200
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80
Indicador de nível socioeconômico
GRÁFICO 64
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL


por localização (rural e urbana) no 9º ano do ensino fundamental para a área de Matemática.
Constata-se que a média na região urbana (265,2) é um pouco mais elevada que a média geral
do Brasil (263,0), com uma diferença de 2,2 pontos, enquanto na região rural há uma diferença
mais significativa entre as duas médias, de 241,9 para 263,0, com uma diferença de 21,1 pontos
da rural. Observa-se a diferença de 23,2 pontos entre as médias urbana e rural.

270
265,16
265
260
255
250
245 241,92
240
235
230
Rural Urbana
Localização
GRÁFICO 65

ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
171
área (capital e interior) no 9º ano do ensino fundamental para a área de Matemática. Constata-se
que a média na capital (266,5) é superior à média geral do Brasil (263,0), com uma diferença de
3,5 pontos, enquanto no interior ela é ligeiramente inferior à do Brasil, com uma diferença de 1,0
ponto. Observa-se a diferença de 4,6 pontos entre as médias da capital e do interior. Percebe-se
que essas diferenças são bem menores do que aquelas relativas aos meios urbano e rural.
270
266,5
265 262,0
260
255
250
245
240
235
230
Capital Interior
GRÁFICO 66

ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019

por dependência administrativa no 9º ano do ensino fundamental para a área de Matemática.
Constata-se que a média mais elevada é a da federal (323,3), enquanto a menor é a da municipal
(252,6), resultando em uma diferença de 70,7 pontos entre elas. Verifica-se também que as
dependências federal e privada possuem médias superiores à média nacional (263,0), em
patamares significativamente mais elevados, e têm desempenhos parecidos. Já a dependência
municipal possui uma média inferior à do Brasil, com uma diferença de 10,4 pontos. Não há uma
diferença tão grande entre as redes municipal e estadual.
172
330
323,3
325
320
315
310
305 302,7
300
295
290
285
280
275
270
265
260 257,6
255 252,6
250
245
240
235
230
GRÁFICO 67

ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019

localização (rural e urbana) no 9º ano do ensino fundamental para a área de Matemática para
cada UF. Constata-se que em todas elas as maiores médias se encontram no setor urbano.
Observa-se também que as menores diferenças de médias entre os dois setores estão presentes
em São Paulo (1,4), no Espírito Santo (2,7) e no Ceará (3,6), enquanto as maiores diferenças

ocorrem em Roraima (36,9) e Amazonas (35,8). Comparadas as médias das UFs à média Brasil
(263,0), verifica-se que em 12 delas do setor urbano e em 6 do setor rural a média é superior,
enquanto as médias inferiores à média nacional estão presentes em 21 do setor rural e em 15
do setor urbano.
173
RS 275,6
Sul 266,4
PR 270,7
263,3
SP 275,0
267,1
RJ 271,3
Sudeste
269,8
MG 267,9
253,9
ES 269,1
250,7
MT 271,3
268,6
Centro-Oeste
MS 255,2
239,9
GO 265,8
241,5
DF 268,7
253,3
SE 271,9
255,6
RN 256,9
238,8
PI 253,0
231,9
UF
PE 267,6
242,4
Nordeste
PB 258,8
253,6
MA 256,1
237,3
CE 242,3
220,5
BA 269,7
266,1
AL 251,7
234,4
TO 256,4
251,9
RR 257,9
235,6
RO 245,4
208,5
Norte
PA 260,5
255,0
AP 246,5
224,6
AM 238,9
216,7
AC 252,3
216,5
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0 220,0 240,0 260,0 280,0 300,0
URBANA RURAL
GRÁFICO 68
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA ) – UNIDADE DA
174
A Tabela 46 apresenta as proficiências médias nacionais obtidas no Saeb em 2019 por
dependência administrativa no 9º ano do ensino fundamental para a área de Matemática para
cada UF.
Constata-se que em 14 das 27 UFs as maiores médias ocorreram na rede privada, com
as outras 13 mais elevadas na rede federal. Cabe ressaltar, entretanto, que a rede federal só
está presente em 17 UFs. Por outro lado, as menores médias estão em sua maioria na rede
estadual, embora as diferenças com a rede municipal não sejam muito expressivas. A maior
média entre todas ocorreu na Bahia (federal = 355,7) e a menor em Roraima (municipal = 220,8),
com uma expressiva diferença de 134,9 pontos. Verifica-se também que as diferenças entre as
maiores e as menores médias obtidas nas 27 UFs são mais significativas na rede federal (80,8), e
menores na rede privada (36,4). Comparativamente à média Brasil, todas as privadas e federais
apresentaram média superior, enquanto 23 entre as 27 estaduais (85,2%) e 19 entre as 26
municipais (73,1%) obtiveram médias inferiores à nacional.
Em 14 UFs a rede privada apresentou proficiência média superior às outras dependências
administrativas e em 13 UFs a rede federal obteve pontuação superior. Observa-se ainda que
em 15 UFs a rede estadual apresentou proficiência média inferior às outras dependências
administrativas, e em 12 UFs a rede municipal apresentou proficiência média inferior às outras
dependências administrativas.
TABELA 46

DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
(continua)
MÉDIA MÉDIA MÉDIA

REGIÃO UF MÉDIA MUNICIPAL (continua)
FEDERAL ESTADUAL PRIVADA
AC 294,5 255,0 239,8 303,7
AM 319,5 247,5 238,7 289,8
AP 230,4 234,1 284,1

Norte PA 316,5 233,0 236,6 283,2
RO 257,0 255,3 296,8
RR 307,5 234,2 220,8 308,9
TO 251,1 257,3 300,6
AL 247,1 250,4 286,2
BA 355,7 240,7 240,6 294,0

CE 349,4 253,0 265,4 290,8
MA 306,2 238,9 230,7 283,8
Nordeste PB 244,6 244,7 296,7
PE 346,8 252,0 250,1 289,3
PI 251,2 255,0 309,3
RN 240,1 240,0 291,5
SE 292,1 243,7 242,6 289,1
175
TABELA 46
DO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
(conclusão)
MÉDIA MÉDIA MÉDIA

REGIÃO UF MÉDIA MUNICIPAL
FEDERAL ESTADUAL PRIVADA
DF 325,1 256,9 312,6
GO 274,9 264,8 255,8 295,5
Centro-Oeste
MS 334,2 258,7 257,8 309,3
MT 245,9 253,7 305,6
ES 263,2 264,7 317,9
MG 332,6 260,5 263,3 319,6
Sudeste
RJ 318,5 246,1 256,7 298,6
SP 261,7 264,7 309,4
PR 340,7 268,7 264,1 311,7
Sul RS 329,1 262,7 264,8 311,0
SC 304,0 263,8 275,6 318,7
O Gráfico 69 apresenta os porcentuais dos estudantes distribuídos entre os níveis de

proficiência no Saeb em 2019, no 9º ano do ensino fundamental, em Matemática. Nele, lê-se que
os níveis 3 e 4 da escala de proficiência concentram um maior porcentual de alunos (18,17% e
17,79%, respectivamente), seguidos do nível 2 (15,77%) e do nível 5 (12,89%).
encontram-se no Quadro 11. A proficiência média nacional (263,0) em Matemática no 9º ano
encontra-se no intervalo referente ao nível 3 dessa escala de proficiência. Abaixo desse nível
encontram-se 39,63% dos estudantes, o que indica um menor desempenho em termos das
maior desempenho.
12,43 11,43 15,77 18,17 17,79 12,89 6,89 3,27 1,36
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 69

SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – BRASIL –2019

2017 e 2019, no 9º ano do ensino fundamental para a área de Matemática. Houve um aumento,
de 2017 para 2019, nas porcentagens de estudantes nos níveis de proficiência mais altos (níveis
176
de 3 a 8), com exceção do nível 9, no qual ocorreu redução. Consequentemente, no geral, as
porcentagens de estudantes nos níveis mais baixos da escala de proficiência diminuíram de
2017 para 2019, o que sugere uma melhora no sistema educacional em termos de desempenho.
Edições do Saeb
2017 13,53 13,67 17,95 17,96 15,37 10,8 6,22 2,92 1,25
0,33
2019 12,43 11,43 15,77 18,17 17,79 12,89 6,89 3,27 1,36
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 70

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL –
BRASIL – 2017 E 2019

a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível 3 para média de
263), constata-se que no setor urbano 62,1% dos estudantes obtiveram média igual ou superior
à nacional, enquanto no setor rural essa porcentagem foi de 43,4%.
Na zona urbana há maior concentração nos níveis 3 e 4, igualmente. Já na zona rural há
maior concentração no nível 0 e a segunda maior no nível 2. Observa-se ainda que nenhuma
localidade atingiu o nível 9.
Urbana 11,49 10,94 15,48 18,24 18,24 13,43 7,26 3,47 1,46
Localização

Rural 21,72 16,24 18,63 17,52 13,39 7,6 3,22 1,24
0,44
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 71


O Gráfico 72 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis de

proficiência obtidos no Saeb em 2019 por área (capital e interior) no 9º ano do ensino
fundamental para a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil
(nível 3 para média de 263), constata-se que nas capitais 62,7% dos estudantes obtiveram
média igual ou superior à nacional, enquanto no interior essa porcentagem foi de 59,7%.
177
Nas capitais e no interior há maior concentração no nível 3 e segunda maior no nível
4. Percebe-se que não há uma diferença tão grande entre as capitais e o interior, como há
entre localidades urbana e rural. Observa-se ainda que nenhuma área atingiu o nível 9.
Interior 12,76 11,63 15,93 18,19 17,81 12,72 6,66 3,07 1,24
0
Área
Capital 11,29 10,77 15,21 18,14 17,73 13,49 7,66 3,95 1,77
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 72

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR ÁREA
(CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
O Gráfico 73 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis de

proficiência obtidos no Saeb em 2019 por dependência administrativa no 9º ano do ensino
fundamental para a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil
(nível 3 para média de 263,0), constata-se que na rede federal 93,3% dos estudantes
obtiveram média igual ou superior à nacional, enquanto nas redes privada, estadual e
municipal essas porcentagens são de 86,0%, 57,6% e 52,8%, respectivamente.
Na rede federal há maior concentração no nível 6 e a segunda maior no nível 5.
Na rede privada há maior concentração no nível 5 e a segunda maior no nível 4. Na rede
estadual a maior concentração ocorre no nível 3 e a segunda maior no nível 4, enquanto na
rede municipal dá-se o inverso, com maior concentração no nível 3 e a segunda maior no
nível 2.
178
Percebe-se que não há uma diferença tão grande entre as redes privada e federal,
assim como entre as redes municipal e estadual, mas há uma diferença maior entre esses
dois grupos. Observa-se ainda que nenhuma dependência administrativa atingiu o nível 9.
Nível 0
Federal 1,63 3,57 7,77 13,47 20,21 20,88 17,21 13,8 0

1,47 Nível 1
Nível 2
Estadual 13,06 12,33 17,05 19,57 18,58 12,05 5,07 1,77 0,54
0 Nível 3
Nível 4
Municipal 15,63 13,75 17,8 19,05 16,75 10,33 4,43 1,66 0,6
0 Nível 5
Nível 6
Privada 3,14 3,45 7,38 12,19 18,06 21,34 17,81 11,23 5,41 0
Nível 7
Nível 8
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nível 9
GRÁFICO 73

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 74 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis da escala

de proficiência de Matemática para estudantes do 9º ano do ensino fundamental por região
e por UF.
Na Região Norte, Roraima, Pará e Amapá têm maior concentração no nível 0 dessa
escala de proficiência; Amazonas tem maior concentração de estudantes no nível 2;
Tocantins, Rondônia e Acre têm maior concentração no nível 3.
Na Região Nordeste, Maranhão tem maior concentração no nível 0; Rio Grande do
Norte tem maior concentração no nível 2; Sergipe, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Bahia e
Alagoas têm maior concentração no nível 3; Ceará tem maior concentração no nível 4.

Nas Regiões Sul e Sudeste, os sete estados têm maior concentração no nível 4.
Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso têm maior concentração
no nível 3; Goiás e Distrito Federal têm maior concentração no nível 4.
179
SC 7,42 8,12 13,5 18,33 21,08 17,22 8,64 4,09 1,6
0
RS 8,3 8,85 14,76 19,67 21,22 15,56 7,72 2,94 0,97
Sul
0
PR 6,71 8,42 14,04 19,2 21,53 16,3 8,45 3,81 1,54
0
SP 9,94 9,33 13,98 17,66 19,03 14,94 8,9 4,31 1,9
0
RJ 10,37 10,7 15,51 18,2 18,27 13,72 7,61 3,97 1,65
Sudeste
0
MG 11,5 10,03 14,05 17,19 18,49 14,68 8,14 4,19 1,73
0
ES 9,94 9,17 14,05 17,94 19,39 8,38 4,41 2,01
14,72
0
MT 16,48 13,34 16,93 17,78 16,45 10,71 5,18 2,28 0,85
0
Centro-Oeste
MS 10,01 11,21 16,67 19,9 19,46 12,97 5,8 2,99 0,98

0
GO 9,45 10,53 15,52 18,56 19,05 14,04 7,74 3,86 1,24
0
DF 9,56 9,7 14,35 17,85 19,08 14,71 7,59 4,76 2,41
0
SE 13,98 13,67 19,02 20,01 16,63 9,43 4,73 1,86 0,68
0
RN 17,57 14,15 18,31 17,42 15,16 9,32 5,24 2,05 0,78
0
PI 12,65 12,5 16,28 18,05 16,4 11,58 6,8 3,6 2,15
UF
0
PE 13,41 12,96 17,28 18,81 16,49 11,61 5,98 2,56 0,91
0
Nordeste
PB 15,42 13,56 17,37 18,74 16,46 10,09 4,94 2,32 1,09

0
MA 25,59 17,44 18,65 15,99 11,83 6,53 2,6 1,04 0,32
0
CE 10,52 10,02 14,72 17,96 18,38 14,02 8,34 4,14 1,89
0
BA 17,55 15,25 18,68 18,86 14,68 8,86 4,02 1,5 0,59
0
AL 14,86 13,47 17,48 18,87 16,17 10,26 4,97 2,59 1,34
0
TO 14,27 13,55 17,4 18,92 16,58 10,77 5,23 2,33 0,93
0
RR 24,72 16,38 17,97 15,8 7,54 3,11 1,59 0,53
12,38
0
RO 10,56 12,56 17,91 20,37 19,05 12,14 4,9 1,84 0,67
0
Norte
PA 20,66 17,18 20,09 18,25 12,82 7,08 2,49 0,98 0,46

0
AP 22,59 19,43 21,59 16,8 11,16 5,4 2,10 0,62
0,32
AM 17,77 15,68 18,8 18,75 14,93 8,48 3,48 1,5 0,6
0
AC 13,16 12,84 17,06 20,22 18,56 11,24 4,75 1,59 0,57
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 74
DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA ESCALA DE

PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – UNIDADE
180
As UFs com concentração de estudantes do 9º ano do ensino fundamental no nível 0 da
escala de proficiência de Matemática requerem atenção especial, pois nesse nível os estudantes
não demonstram habilidades elementares que deveriam apresentar nessa etapa escolar.
a área de Matemática para cada UF. Constata-se que na área rural as maiores concentrações se
encontram no nível 0, com 12 UFs, o que representa 44,4% do total, e no nível 3, com 8 UFs, o
que representa 29,6% do total. Na área urbana, as maiores concentrações ocorrem nos níveis 3
e 4, com 22 UFs, o que representa 81,5% do total.
Cabe também fazer alguns destaques. Na área rural, duas UFs (São Paulo e Ceará)
possuem mais de um quarto dos estudantes (28,4% e 27,4%, respectivamente) situados
nos níveis superiores (5, 6, 7 e 8). Por outro lado, quatro UFs (Roraima, Amazonas, Amapá e
Maranhão) possuem também mais de um terço dos estudantes (45,15%, 38,87%, 35,89% e
35,88%) situados no menor nível (0).
Na área urbana, os destaques são para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Distrito Federal,
com 32%, 30,4%, 30,1% e 30%, respectivamente, de concentração de estudantes nos níveis
superiores (5, 6, 7 e 8), e para Amapá, Maranhão, Roraima e Pará, com concentrações superiores
a 33% (39,3%, 37,9%0, 36,1% e 33,4%, respectivamente) nos níveis mais baixos (0 e 1).
TABELA 47

(continua)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rural 19,38 16,51 19,47 19,5 15,89 6,95 1,78 0,28 0,24 0
(continua)
AC
Urbana 11,94 12,12 16,58 20,36 19,09 12,09 5,34 1,85 0,63 0

Rural 38,87 19,69 18,32 13,03 6,73 2,47 0,73 0,12 0,04 0
AM
Urbana 14,27 15,01 18,89 19,7 16,29 9,48 3,94 1,73 0,69 0
Rural 35,89 22,73 20,94 13,2 5,54 1,25 0,45 0 0 0

AP
Urbana 20,43 18,89 21,69 17,39 12,08 6,07 2,36 0,72 0,37 0
Rural 30,3 20,79 21 15,57 8,47 3,03 0,67 0,14 0,03 0

Norte PA
Urbana 17,45 15,98 19,79 19,15 14,27 8,42 3,09 1,26 0,6 0
Rural 10,46 13,93 20,01 22,63 17,68 10,94 3,45 0,69 0,21 0
RO
Urbana 10,57 12,4 17,67 20,1 19,21 12,28 5,07 1,97 0,72 0
Rural 45,15 20,17 17,67 11,26 4,47 1,17 0,1 0 0 0

RR
Urbana 20,54 15,61 18,03 16,73 13,99 8,84 3,72 1,91 0,63 0
Rural 22,02 19,03 21,75 18,56 11,52 4,96 1,69 0,37 0,1 0
TO
Urbana 13,56 13,04 17 18,96 17,05 11,31 5,56 2,51 1,01 0
181
TABELA 47
PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL
E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continuação)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rural 17,04 13,65 18,29 18,56 14,77 9,5 4,77 2,44 0,99 0
AL
Urbana 14,42 13,43 17,32 18,94 16,45 10,41 5,01 2,62 1,41 0
Rural 23,67 18,49 20,45 18,44 11,79 5,25 1,55 0,3 0,06 0
BA
Urbana 15,99 14,42 18,22 18,96 15,42 9,79 4,65 1,81 0,73 0
Rural 12,25 11,01 14,99 17,31 17,1 13,18 7,96 4,25 1,94 0
CE
Urbana 10,13 9,79 14,66 18,1 18,67 14,21 8,43 4,12 1,88 0
Rural 35,88 20,07 18,15 13,34 8,04 3,19 0,97 0,31 0,05 0
MA
Urbana 21,49 16,39 18,85 17,05 13,34 7,86 3,26 1,33 0,42 0
Rural 22,65 17,74 20,38 17,95 12,15 6,28 2,08 0,67 0,09 0
Nordeste PB
Urbana 14,72 13,16 17,08 18,81 16,87 10,46 5,22 2,48 1,18 0
Rural 15,68 13,78 17,28 19,08 16,34 9,92 4,8 2,33 0,78 0
PE
Urbana 13,08 12,85 17,28 18,77 16,51 11,85 6,15 2,6 0,92 0
Rural 20,24 17,13 19,2 18,95 12,21 7,42 3,11 1,1 0,63 0
PI
Urbana 10,72 11,32 15,53 17,83 17,47 12,64 7,74 4,23 2,53 0
Rural 24,84 19,97 21,52 16,52 10,42 4,75 1,33 0,48 0,16 0
RN
Urbana 16,73 13,48 17,94 17,53 15,71 9,84 5,69 2,23 0,85 0
Rural 18,27 18,44 22,98 20,86 12,14 5,56 1,32 0,32 0,11 0
SE
Urbana 13,12 12,72 18,22 19,84 17,53 10,21 5,41 2,17 0,79 0
Rural 11,13 13,32 19,56 21,29 19,03 10,89 3,54 0,92 0,33 0
DF
Urbana 9,5 9,55 14,14 17,71 19,08 14,87 7,75 4,91 2,5 0
Rural 13,57 15,96 18,74 18,58 16,11 10,16 4,75 1,53 0,59 0
GO
Urbana 9,33 10,37 15,42 18,56 19,13 14,16 7,83 3,93 1,26 0
Centro-Oeste
Rural 19,84 16,54 19,81 19,68 13,15 8,26 2,39 0,29 0,04 0
MS
Urbana 9,24 10,79 16,43 19,92 19,96 13,34 6,06 3,21 1,06 0
Rural 21,05 17,37 19,43 17,94 14,25 7,1 2,01 0,71 0,14 0
MT
Urbana 16,02 12,94 16,68 17,76 16,67 11,07 5,5 2,44 0,92 0
Rural 7,65 9,74 15,93 19,88 21,9 14,82 6,75 2,58 0,76 0
ES
Urbana 10,13 9,12 13,9 17,78 19,19 14,72 8,51 4,56 2,11 0
Rural 16,63 13,39 18,22 19,56 16,48 9,57 4,33 1,5 0,31 0
Sudeste MG
Urbana 11,26 9,87 13,85 17,08 18,58 14,92 8,32 4,32 1,8 0
Rural 13,63 13,34 18,38 19,85 18,55 10,5 4,19 1,29 0,27 0
RJ
Urbana 10,24 10,6 15,39 18,14 18,26 13,85 7,74 4,08 1,7 0
182
TABELA 47
PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL
E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(conclusão)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rural 9,62 9,34 14,8 17,91 19,94 14,69 9,06 3,36 1,27 0
Sudeste SP
Urbana 9,95 9,33 13,97 17,66 19,02 14,95 8,9 4,33 1,91 0
Rural 7,96 10,76 15,95 19,86 21,3 14,86 6,12 2,4 0,78 0
PR
Urbana 6,65 8,31 13,95 19,17 21,54 16,37 8,56 3,88 1,58 0
Rural 8,9 10,19 17,28 21,54 21,61 13,76 4,75 1,61 0,36 0
Sul RS
Urbana 8,25 8,75 14,57 19,53 21,2 15,7 7,95 3,04 1,01 0
Rural 8,83 9,84 16,13 19,71 20,93 15,03 6,97 2,05 0,5 0
SC
Urbana 7,33 8,01 13,33 18,24 21,09 17,36 8,75 4,22 1,67 0

a área de Matemática para cada UF. Constata-se que nas redes federal as maiores concentrações
ocorrem nos níveis 5 e 6, em 10 das 17 federais, representando 58,8% do total. Na rede privada
as maiores concentrações ocorrem nos níveis 4 e 5, em 25 das 27 privadas, representando
95,6% do total. Na rede estadual as maiores concentrações se encontram no nível 3, com 13 UFs,
o que representa 48,1% do total, e no nível 0, com sete UFs, o que representa 25,9% do total.
Na rede municipal as maiores concentrações estão nos níveis 3 e 4, com 17 das 26 unidades,
representando 65,4% do total.
Comparativamente ao nível de proficiência correspondente à média Brasil (nível 3),

verifica-se na rede federal que em 17 UFs (100% do total) a concentração em nível igual ou
superior ao da média Brasil é superior a 78%, e em 12 delas (70,6%) essa concentração é superior
a 90%, com destaque para a Bahia, que tem 100% da concentração igual ou superior ao nível 3.
Na rede privada 27 UFs (100% do total) possuem concentração em nível igual ou superior ao da
média Brasil, que é superior a 74%, com oito delas tendo concentração superior a 90%. Já nas
redes estadual e municipal os porcentuais de concentração em níveis de proficiência iguais ou
superiores ao correspondente à média Brasil são significativamente menores, com apenas sete
UFs na rede estadual e seis na municipal com concentração superior a 60% naquela faixa. Cabe
destacar que na rede municipal de Santa Catarina há 72,5% de concentração igual ou superior
ao nível 3, e na rede estadual do Paraná há 67,5% nessa mesma faixa.
Por outro lado, no que se refere às porcentagens nos níveis inferiores (nível 0 e nível 1),
nas redes federal e privada, elas são pouco expressivas, enquanto 26 UFs (de um total de 26)
com rede municipal e 27 UFs (de um total de 27) com rede estadual apresentam concentração
superior a 14% nesses dois níveis. Nas redes municipais de Roraima, Maranhão, Amapá e Pará,
a concentração nessa faixa é extremamente elevada, com 56,2%, 46,7%, 43,8% e 40,4%,
respectivamente. Nas redes estaduais do Amapá, Roraima, Pará e Maranhão, a concentração
nos níveis 0 e 1 são, respectivamente, 45,1%, 43,6%, 42,8% e 40,5%.
183
TABELA 48

(continua)
REGIÃO UF
Federal 1,76 3,51 15,79 7,02 24,56 22,81 19,3 3,51 1,76 0
Estadual 13,28 12,95 17,57 20,96 18,59 10,94 4,23 1,14 0,34 0
AC
Municipal 20,13 18,67 19,25 19,37 13,46 7,44 1,06 0,25 0,37 0
Privada 2,21 3,48 5,49 10,29 24,95 20,73 17,4 10,89 4,56 0
Federal 2,9 2,17 5,06 5,93 8,91 25,88 18,98 19,18 10,98 0
Estadual 17,13 15,91 18,8 18,99 15,47 8,52 3,45 1,3 0,43 0
AM
Municipal 21,2 17,19 20,4 19,3 12,93 6,42 1,95 0,47 0,14 0
Privada 4,87 5,75 10,56 14,11 21,75 18,96 11,58 8,27 4,16 0
Federal
Estadual 24,51 20,63 22,63 17,24 10,01 3,94 0,92 0,1 0,03 0
AP
Municipal 20,61 23,16 22,68 15,56 9,5 6,76 1,72 0 0 0
Privada 5,99 7,45 11,89 13,27 22,04 18,04 12,82 5,43 3,08 0
Federal 1,49 1,68 4,72 9,05 16,84 22,34 17,46 15,57 10,86 0
Estadual 23,49 19,35 21,73 18,57 11,13 4,36 1,11 0,23 0,04 0
Norte PA
Municipal 22,06 18,36 20,95 18,38 12,37 5,78 1,59 0,43 0,1 0
Privada 6,37 5,63 11,77 17,25 19,31 20,67 10,48 5,4 3,12 0
Federal
Estadual 11,27 13,18 18,57 20,58 19,22 11,46 4,06 1,32 0,34 0
RO
Municipal 10,45 13,33 19,75 23,06 18,15 11,49 2,96 0,56 0,25 0
Privada 3,24 5,09 8,6 14,53 18,48 20,09 16,36 9 4,61 0
Federal 2,04 4,17 8,25 12,58 14,71 14,54 18,79 18,63 6,29 0
Estadual 26,24 17,35 19,07 16,06 12,04 6,29 1,91 0,8 0,24 0
RR
Municipal 33,77 22,46 14,54 20,51 5,61 3,1 0 0 0 0
Privada 2,18 1,74 4,27 10,82 19,16 26 19,7 11,86 4,27 0
Federal
Estadual 15,37 14,79 18,38 19,83 16,21 9,55 3,93 1,48 0,48 0
TO
Municipal 14,53 12,47 17,3 18,46 17,06 11,19 5,23 2,8 0,97 0
Privada 2,71 4,67 8,14 11,5 18,81 21,56 18,08 9,34 5,2 0
184
TABELA 48
(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 15,83 15,92 20,52 20,25 15,77 7,92 2,46 0,98 0,34 0
AL
Municipal 17,1 14,6 18,24 19,15 15,11 8,63 3,7 2,23 1,25 0
Privada 5,49 6,05 10,57 16 20,5 19,35 12,96 6,09 3 0
Federal 0 0 0 0,98 6,05 14,05 19,78 20,27 38,86 0
Estadual 20,13 16,61 19,92 19,14 14,51 7,12 1,95 0,51 0,12 0
BA
Municipal 19,68 17 20,57 19,5 13,94 6,65 2,08 0,47 0,11 0
Privada 3,92 5,15 8,05 15,5 18,44 21,78 16,04 7,72 3,41 0
Federal 0,93 0 1,75 4,31 3,57 14,32 19,23 24,08 31,81 0
Estadual 14,96 14,28 18,02 20,07 15,11 10,47 4,5 1,74 0,86 0
CE
Municipal 11,51 10,81 15,44 18,38 18,41 13,09 7,13 3,57 1,66 0
Privada 4,55 5,01 10,44 15,39 19,41 19,49 15,1 7,46 3,16 0
Federal 1,51 3,12 4,7 10,88 18,61 29,2 18,44 10,54 3,01 0
Estadual 24,32 16,2 18,39 16,09 13,48 6,68 3,21 1,27 0,36 0
Nordeste MA
Municipal 27,89 18,79 19,46 15,86 10,73 5 1,6 0,54 0,13 0
Privada 5,39 5,92 11,42 17,26 20,88 20,43 11,33 5,4 1,97 0

Federal
Estadual 18,63 15,31 19,13 19,96 15,63 7,86 2,58 0,72 0,19 0
PB
Municipal 17,98 15,82 19,4 20,09 15,37 7,73 2,74 0,68 0,18 0
Privada 3,3 4,72 9,11 13,14 20,69 20,03 14,69 9,33 5 0
Federal 0,97 0 0,94 3,84 7,44 14,78 17,2 24,82 30,01 0
Estadual 14,28 14,59 18,97 20,27 16,58 9,43 4,02 1,38 0,48 0
PE
Municipal 16,63 14,56 18,56 18,93 15,82 9,24 3,98 1,71 0,57 0
Privada 3,25 6,08 11,18 16,26 18,28 21,59 14,53 6,6 2,23 0
Federal
Estadual 14,33 14,81 19,15 20,4 17,09 8,99 3,61 1,22 0,4 0
PI
Municipal 14,61 14,09 17,77 18,73 15,81 10,54 5,14 2,21 1,09 0
Privada 2,16 2,72 6,06 12 17,91 19,45 18,11 12,65 8,94 0
185
TABELA 48
(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 20,52 17,36 20,01 18,88 13,18 6,81 2,36 0,7 0,18 0
RN
Municipal 21,18 16,29 20,57 18,85 13,4 6,46 2,31 0,78 0,16 0
Privada 4,96 4,37 10,62 11,95 22,18 19,58 16,26 6,99 3,08 0
Nordeste
Federal 1,98 3,97 13,54 17,34 18,81 22,27 12,86 7,42 1,81 0
Estadual 17,42 16,09 20,92 20,6 15,27 7,11 2,03 0,44 0,12 0
SE
Municipal 16,83 16,96 21,68 21,06 14,53 6,81 1,68 0,35 0,1 0
Privada 3,67 4,19 11,38 17,24 22,45 17,58 14,26 6,69 2,54 0
Federal 1,44 0,69 3,34 9,44 13,94 17,57 18,81 19,31 15,47 0
Estadual 12,23 12,22 17,71 20,54 19,65 11,81 4,15 1,31 0,37 0
DF
Municipal
Privada 1,8 2,43 4,62 10,03 17,53 23,39 17,55 14,6 8,07 0
Federal 7,14 6,94 4,55 31,47 20,6 18,22 4,55 6,52 0 0
Estadual 9,87 11,1 16,41 19,56 19,35 13,48 6,59 2,78 0,88 0
GO
Municipal 12,41 13,75 18,05 20,32 18,37 10,88 4,24 1,48 0,49 0
Privada 4,68 4,88 9,33 12,7 18,55 19,61 16,04 10,69 3,51 0
Centro-
Oeste
Federal 1,44 0,79 2,25 1,41 14,68 12,44 26,9 24,71 15,38 0
Estadual 10,53 12,18 18,27 21,38 19,61 12,01 4,35 1,28 0,39 0
MS
Municipal 11,7 12,81 17,75 20,11 19,35 11,52 4,7 1,67 0,39 0
Privada 2,53 1,52 5,12 11,66 19,15 22,59 16,27 15,66 5,49 0
Federal
Estadual 18,92 14,81 18,6 18,67 15,55 8,86 3,36 0,97 0,26 0
MT
Municipal 14,85 13,59 17,11 19,19 17,93 11,07 4,32 1,44 0,5 0
Privada 2,69 3,41 5,74 10,1 20,37 22,3 18,22 11,96 5,21 0
Federal
Estadual 11,12 10,41 15,8 19,27 20,67 13,85 5,84 2,25 0,79 0
Sudeste ES
Municipal 11,07 10,19 15,02 19,54 20,03 14,01 6,58 2,67 0,88 0
Privada 2,28 1,76 5,37 8,11 13,33 19,92 22,38 17,11 9,74 0
186
TABELA 48
(conclusão)
REGIÃO UF
Federal 0,51 0,8 1,29 5,61 11,62 22,37 23,24 15,81 18,76 0
Estadual 13,31 11,31 15,53 18,4 18,9 13,47 6,02 2,31 0,77 0
MG
Municipal 11,54 10,63 15,39 19,07 19,68 14,17 6,48 2,21 0,82 0
Privada 1,88 2,04 3,49 6,91 13,88 22,12 22,82 18,27 8,59 0
Federal 2,13 1,56 3,98 8,11 14,59 20,85 23,02 16,69 9,07 0
Estadual 17,27 15,05 19,54 20,21 15,93 8,41 2,6 0,79 0,21 0
Sudeste RJ
Municipal 12,02 12,74 18,21 20,94 18,75 11,09 4,35 1,46 0,45 0
Privada 2,78 4,5 8,61 12,78 19,46 21,6 15,99 9,9 4,37 0
Federal
Estadual 11,82 11,14 16,01 19,29 19,4 13,42 6,06 2,19 0,68 0
SP
Municipal 10,93 10,61 15,21 18,93 19,96 14 6,79 2,61 0,94 0
Privada 2,79 2,03 6,06 10,99 16,76 20,93 20,42 13,08 6,93 0
Federal 0 0,68 1,4 5,65 10,32 12,91 27,25 16,85 24,94 0
Estadual 7,42 9,56 15,55 20,6 21,94 15,28 6,79 2,23 0,63 0
PR
Municipal 10,51 9,76 16,23 19,4 21,64 13,17 6,95 1,86 0,48 0
Privada 2 1,38 4,7 10,77 19,11 22,86 18,55 13,57 7,06 0
Federal 0,67 1,94 1,93 6,71 9,48 23,25 21,63 18,21 16,18 0

Estadual 9,53 10,37 16,67 21,38 21,66 13,7 4,94 1,46 0,29 0
Sul RS
Municipal 9 9,64 16,09 21,26 22,1 14,25 5,6 1,63 0,43 0
Privada 2,05 1,34 4,42 9,19 17,25 25,83 23,53 11,76 4,64 0
Federal 4,84 1,61 3,22 14,53 24,21 16,13 20,97 9,67 4,84 0
Estadual 9,57 10,26 16,06 20,56 21,6 14,57 5,53 1,51 0,34 0
SC
Municipal 6,5 7,57 13,39 18,81 22,26 18,23 8,96 3,25 1,03 0
Privada 1,72 1,29 3,52 7,64 14,99 24,66 20,19 17,41 8,59 0
187
5 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
O Quadro 12 apresenta a matriz de referência que embasou o teste de Língua Portuguesa

para as séries finais do ensino médio. Ela é composta por seis tópicos, relacionados a habilidades

desenvolvidas pelos estudantes. Dentro de cada tópico, há um conjunto de descritores ligados
às competências desenvolvidas.
QUADRO 12
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA DO SAEB PARA A 3ª E 4ª

SÉRIES DO ENSINO MÉDIO – 2019
(continua)

I. Procedimentos de leitura D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
II. Implicações do suporte, do D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,
gênero e/ou do enunciador na quadrinhos, foto etc.).
compreensão do texto D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
189
QUADRO 12
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA DO SAEB PARA

A 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO – 2019
(conclusão)

comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições
III. Relação entre textos em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao
mesmo fato ou ao mesmo tema.

ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
D7 – Identificar a tese de um texto.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la.
IV. Coerência e coesão no D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
processamento do texto D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem
a narrativa.
D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do
texto.

D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de
outras notações.
V. Relações entre recursos D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma
expressivos e efeitos de sentido determinada palavra ou expressão.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos.

VI. Variação linguística interlocutor de um texto.

190
Faz alguma diferença lavar a cabeça duas vezes como indicam as embalagens
de xampu?
Não fique de cabelo em pé, mas você já deve ter gasto litros de produto à
toa. Na prática, o que importa é o tempo de permanência do xampu nos fios, e não
a quantidade de aplicações. A ação dos princípios ativos deve durar três minutos
— o que também não depende da espuma, que apenas dá a sensação de limpeza.
Quando começou essa orientação (na década de 1950), até havia uma razão para
repetir, já que não se lavava a cabeça com frequência. Só que os novos xampus
são mais eficientes e ninguém passa mais de uma semana sem usá-los (quer dizer,
espero que você não passe).
(fragmento)
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em: 9 jul. 2012.
No trecho “A ação dos princípios ativos deve durar três minutos — o que
também não depende da espuma, que apenas dá a sensação de limpeza”, o
travessão indica:
(A) negação da necessidade de lavar constantemente os cabelos;

(B) informação sobre o número de vezes que se deve lavar os cabelos;.
(C) acréscimo de informação relativa aos princípios ativos do xampu;
(D) referência às indicações técnicas descritas no rótulo do xampu;
(E) sugestão feita ao usuário sobre a eficácia da lavagem dos cabelos.
Nesse item, a habilidade avaliada é a de reconhecer o efeito de sentido decorrente do

uso da pontuação e de outras notações – habilidade D17 da matriz da avaliação do Saeb da 3ª
e 4ª séries do ensino médio. Os itens dessa habilidade devem aferir se o estudante consegue
identificar o efeito de sentido gerado a partir de um uso particular de uma notação gráfica, seja ela
pontuação, diacrítico ou destaque gráfico. A resposta correta a essa questão (alternativa C) exige
que o estudante considere o valor do travessão diante de um contexto apositivo, normalmente
introduzido pelo uso da vírgula.
As alternativas incorretas do item indicam que o estudante não apreendeu o valor
explicativo expresso por um acréscimo de informação.

O item é considerado de resolução fácil pelos estudantes que realizaram o exame, uma vez
que 56% dos estudantes responderam corretamente a esse item, e os 44% dos estudantes que
erraram se dividiram quase que igualmente entre as alternativas incorretas.
O Quadro 13, a seguir, demonstra a escala interpretada de Língua Portuguesa, com as

respectivas descrições de nível, para as séries finais do ensino médio.
191
QUADRO 13
ESCALA DE PROFICIÊNCIA PARA INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA 3ª E 4ª SÉRIES DO

ENSINO MÉDIO EM LÍNGUA PORTUGUESA NO SAEB – 2019
(continua)
Nível 1
Os estudantes provavelmente são capazes de: identificar elementos da narrativa em história
Desempenho em quadrinhos; reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos; reconhecer a relação
maior ou igual a de causa e consequência em lendas; inferir o sentido de palavra em letras de música e
225 e menor que reportagens.
250
reconhecer a ideia comum entre textos de gêneros diferentes e a ironia em tirinhas; reconhecer
Desempenho relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locuções conjuntivas em letras de música
maior ou igual a e crônicas; reconhecer o uso de expressões características da linguagem (científica, profissional
220 e menor que etc.) e a relação entre pronome e seu referente em artigos e reportagens; inferir o efeito de
275 sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.

de: localizar informação explícita em artigos de opinião; identificar a finalidade de relatórios
Nível 3
científicos; reconhecer relações de sentido marcadas por conjunções, relação de causa
e consequência e relação entre o pronome e seu referente em fragmentos de romances;
Desempenho
reconhecer o tema de uma crônica; reconhecer variantes linguísticas em artigos; reconhecer
maior ou igual a
o sentido e o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos,
275 e menor que
artigos e crônicas; reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes textos;
300
inferir informação, sentido e efeito de sentido produzido por expressão em reportagens e
tirinhas.
localizar informações explícitas em infográficos, reportagens, crônicas e artigos; identificar o
argumento em contos; identificar a finalidade e a informação principal em notícias; reconhecer
a relação entre os pronomes e seus referentes em contos; reconhecer elementos da narrativa
Nível 4 em contos; reconhecer variantes linguísticas em contos, notícias e reportagens; reconhecer
o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em poemas; reconhecer
Desempenho ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre diferentes
maior ou igual a textos; reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas e entrevistas; reconhecer a relação de
300 e menor que causa e consequência em piadas e fragmentos de romance; comparar poemas que abordem
325 o mesmo tema; diferenciar fato de opinião em contos, artigos e reportagens; diferenciar tese
de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas; inferir informação, sentido de expressão e
efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos em crônicas; inferir o sentido
decorrente do uso de recursos gráficos em poemas; inferir o efeito de sentido da linguagem
verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas.
localizar informação explícita em resenhas; identificar a informação principal em reportagens;
Nível 5
identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia central em crônicas;
reconhecer a finalidade de propagandas; reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido
Desempenho
de recursos gráficos em crônicas e artigos; reconhecer a relação de causa e consequência e

maior ou igual a
relações de sentido marcadas por conjunções em reportagens, artigos e ensaios; reconhecer
325 e menor que
o tema em poemas; diferenciar fato de opinião em resenhas; inferir o sentido de palavras e
350
expressões em piadas e letras de música; inferir informação em artigos; inferir o sentido de
expressão em fragmentos de romances.
Nível 6 reconhecer efeitos estilísticos em poemas; reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes
da repetição de palavras em sinopses; reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na
comparação entre diferentes textos; reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens;
Desempenho reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas; reconhecer o tema em contos e
maior ou igual a fragmentos de romances; reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas;
350 e menor que inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos e tirinhas; inferir o
375 sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em poemas, crônicas e fragmentos
de romances.
192
QUADRO 13
ENSINO MÉDIO EM LÍNGUA PORTUGUESA NO SAEB – 2019
(conclusão)
NÍVEL *
Nível 7 identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros, reportagens, editoriais
e crônicas; identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de romances;
identificar ironia e tema em poemas e artigos; reconhecer relações de sentido marcadas por
Desempenho conjunção em artigos, reportagens e fragmentos de romances; reconhecer a relação de causa
maior ou igual a e consequência em reportagens e fragmentos de romances; reconhecer o efeito de sentido de
375 e menor que recursos gráficos em artigos; reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas;
400 reconhecer a finalidade de reportagens, resenhas e artigos; inferir efeito de humor e ironia em
tirinhas e charges.
Nível 8
Desempenho reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintáticos em artigos e
maior ou igual a letras de música.
400

5.1.4 RESULTADOS
O Gráfico 75, que apresenta a evolução da proficiência média nacional da 3ª e 4ª séries

do ensino médio tradicional em Língua Portuguesa, demonstra uma evolução de 10 pontos
em 2019 (278 pontos) em relação à média auferida em 2017 (268 pontos). Isso indica que a
média nacional – que vinha oscilando nas últimas avaliações, nos últimos dois anos – alcançou
o crescimento mais significativo desde 1999. Observa-se, então, que houve certo avanço na
competência de leitura dos alunos da 3ª série do ensino médio tradicional.
300
290

290 284
278
280
267 267 269 269 267 268
270 262 264
261
258
260
250
240
230
220
210
200
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Edição do Saeb
GRÁFICO 75
EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª SÉRIE
DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – BRASIL – 1995 A 2019
193
Com o foco no tipo de ensino médio ofertado, o Gráfico 76 traz a informação de que,
na comparação, a proficiência média em Língua Portuguesa do ensino médio integrado é 28,3
pontos mais alta que a do ensino médio regular. Consideradas as duas médias, como um todo, a
proficiência média geral para o ensino médio, no Brasil, é de 280,5 pontos.
310
306,7
305
300
295
290
285
280,5
280 278,4
275
270
265
260
Ensino Médio Tradicional Ensino Médio Integrado Ensino Médio Total
Tipo de Oferta
GRÁFICO 76
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

POR TIPO DE OFERTA – UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 77 apresenta a proficiência média em Língua Portuguesa na 3ª e 4ª séries do

ensino médio tradicional por UF no Saeb 2019. Observa-se uma diferença de 39,8 pontos entre
a UF com a maior proficiência média (Espírito Santo, com 293,0 pontos) e aquela com a menor
proficiência média (Amazonas, com 253,2 pontos), com uma diferença significativa de 39,8 pontos
entre elas. Onze UFs apresentaram proficiência média em Língua Portuguesa, na 3ª e 4ª séries
do ensino médio, acima da proficiência média nacional (278,4): Pernambuco, Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. O gráfico mostra que as UFs com proficiências médias acima
da nacional concentram-se nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com uma única exceção:
Pernambuco.
194
310,0
290,0
270,0
250,0
230,0
293,0
292,4
290,8
290,2
289,3
286,5
284,1
283,8
283,0
281,8
280,7
278,1
275,7
275,3
271,7
271,0
270,8
270,3
267,4
266,2
264,6
210,0
262,7
262,7
258,6
258,0
256,2
253,2
190,0
170,0
150,0
GRÁFICO 77

TRADICIONAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 78 apresenta a variação das proficiências médias entre 2017 e 2019, para a
área de Língua Portuguesa, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, por UF. Observa-se
que, diferentemente do que se deu entre 2015 para 2017, quando houve variação negativa
em algumas UFs, entre 2017 e 2019, a variação foi positiva em todos os estados do Brasil e
no Distrito Federal. Observa-se, no gráfico, uma maior variação positiva para a Paraíba (17,3

pontos) e o Paraná (15,9 pontos), e uma menor variação, também positiva, para o Amazonas (3,7
pontos) e o Maranhão (5,6 pontos). Verifica-se que a diferença entre a maior e a menor variação
das proficiências médias nas UFs sofreu uma queda: caiu de 19,2 pontos em 2017, chegando a
13,6 pontos em 2019. RELATÓRIO DE RESULTADOS DO SAEB 2019
195
20
18
16
14
12
10
2
13
11
11
14
17
13
14
11
14
15
11
12
11
16
9
7
4
7
9
6
9
6
8
7
9
0

UF
GRÁFICO 78
VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES

DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019
O Gráfico 79 apresenta a diferença, entre as UFs e no Brasil como um todo, das proficiências
médias, na área de Língua Portuguesa, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, considerando
o nível socioeconômico das escolas (de acordo com o Inse). No Brasil como um todo, o Gráfico 79
apresenta a proficiência média e o Inse médio das escolas: respectivamente, 278,4 (ver Gráfico
77) e 5,00.
UFs com indicador acima dessa média e 16 UFs com indicador abaixo dela.
Das 11 UFs com maior Inse, dez estão acima da proficiência média nacional em Língua
Portuguesa e somente uma está abaixo (Mato Grosso). Já das 16 UFs com menor Inse, ou seja,
com o Inse abaixo do Inse nacional, 15 apresentam proficiência abaixo da média nacional e uma
apresenta proficiência acima (Pernambuco) – embora a proficiência média de Roraima esteja
muito próxima da nacional, com somente 0,3 pontos a menos.
No gráfico, constata-se, à semelhança do que se deu com a leitura dos dados do 5º e do 9º
anos do EF que, no geral, existe uma estreita relação entre o Inse médio da UF e a média obtida por
ela em Língua Portuguesa: as UFs que apresentam Inse maior que a média nacional apresentam
média em Língua Portuguesa mais alta que a média nacional; aquelas que apresentam Inse menor
que a média nacional apresentam média em Língua Portuguesa mais baixa que a média nacional.
Assim, constata-se que as médias mais altas em Língua Portuguesa concentram-se nas
UFs das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que também apresentam o maior Inse. A exceção é
Mato Grosso (CO), que, apesar de apresentar Inse acima da média nacional, não logrou atingir uma
média em Língua Portuguesa acima da nacional. Constata-se, ainda, que as médias em Língua
Portuguesa abaixo da média nacional foram obtidas pelas UFs que se concentram nas Regiões
Norte e Nordeste, que apresentam Inse menor que a média nacional. A exceção é Pernambuco
(NE), que se destaca na região com 3,4 pontos acima da média nacional, apesar de apresentar
Inse menor que a média do País.
196
300
Espírito Santo Paraná Distrito Federal
290 Goiás Rio Grande do Sul
Minas Gerais
Sergipe São Paulo
Pernambuco Rondônia Mato Grosso do Sul
280 Santa Catarina
BRASIL
Ceará Paraíba Rio de Janeiro
270 Piauí Tocantins Mato Grosso

Acre
Alagoas Rio Grande do Norte
260 Bahia Roraima
Pará Amapá
Maranhão Amazonas
250
240
230
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80
GRÁFICO 79

TRADICIONAL RELACIONADA COM O INSE – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
O Gráfico 80, por sua vez, aborda a variável localização (rural e urbana). Nele verifica-se
que a proficiência média obtida no Saeb em 2019 foi maior na área urbana do País (279,53
pontos), em comparação com a área rural (251,22 pontos), com uma diferença de 28,31 pontos
entre elas.
285
279,5
280

275
270
265
260
255
251,2
250
245
240
235
Rural Urbana
Localização
GRÁFICO 80

NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) –
BRASIL – 2019
197
Em relação às áreas capital e interior, observa-se que a média na capital (283,85) é
superior à média geral do Brasil (278,4), com uma diferença de 5,45 pontos. Já no interior, ela
é ligeiramente inferior à do Brasil, com uma diferença de 1,84 pontos. Observa-se, assim, a
diferença de 7,29 pontos entre as médias da capital e do interior. Percebe-se que essa diferença
é bem menor que a relativa às localizações urbana e rural (diferença de 28,31).
290
285 283,9
280 276,6
275
270
265
260
255
250
245
240
235
230
225
Capital Interior
Área
GRÁFICO 81
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NAS 3ª E 4ª

SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
O Gráfico 82 diz respeito à distribuição das proficiências médias no Saeb 2019 por
dependência administrativa. Com base nele, compreende-se que a maior proficiência média em
Língua Portuguesa, na 3ª e 4ª séries do ensino médio, foi obtida por estudantes das escolas de
administração federal, com 335 pontos, seguidos daqueles da rede privada, com uma média
de 321,85 pontos. Com médias mais baixas, estão os estudantes das escolas de administração
municipal (285,29 pontos) e, depois, de administração estadual (271 pontos). Observa-se,

também, que há uma diferença significativa entre a proficiência média mais alta (das escolas
de administração federal) e a mais baixa (das escolas de administração estadual), que é de 64
pontos.
198
350
340 335
330 321,9
320
310
300
290 285,3
280 271
270
260
250
240
230
220
210
200
GRÁFICO 82
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª

SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
O Gráfico 83 apresenta a diferença entre as proficiências médias obtidas no Saeb 2019,

para Língua Portuguesa, nas séries finais do EM, por localização (rural e urbana), considerando-se
as diferentes UFs. Nele, vê-se que, em todas as UFs, os estudantes das áreas urbanas têm
proficiência média maior do que os estudantes das áreas rurais.
Chama a atenção, entretanto, a distância entre a média dos estudantes das áreas urbana
e rural, na comparação entre as UFs, que vai de 4,87 pontos em São Paulo a 38,29 pontos
em Roraima. Em São Paulo, assim como no Espírito Santo (5,21 pontos), não há uma diferença

significativa entre as proficiências médias dos estudantes dessas duas áreas. Já em Roraima,
assim como no Amazonas (35,49 pontos), essa diferença é expressiva.
199
Sul RS 284,3
273,7
PR 289,7
272,1
SP 290,9
274,4
RJ 286,5
Sudeste
281,7
MG 281,0
271,1
ES 284,3
262,1
MT 293,1
287,9
Centro-Oeste
MS 271,7
258,1
GO 284,7
255,8
DF 291,0
277,8
SE 292,7
280,6
RN 272,6
250,9
PI 265,5
235,3
UF
PE 272,2
238,0
Nordeste
PB 282,5
269,4
MA 276,2
257,9
CE 259,7
233,6
BA 275,7
266,4
AL 263,9
245,7
TO 268,0
256,8
RR 266,7
253,6
RO 268,0
230,7
Norte
PA 278,3
270,3
AP 259,9
238,3
AM 261,2
238,5
258,6
AC
223,1
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320
URBANA RURAL
GRÁFICO 83
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA

3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) –
UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
200
A Tabela 49 traz as proficiências médias das UFs considerando a dependência
administrativa, ou seja, as escolas sob a administração estadual, federal, municipal e privada.
Embora se observe, no Gráfico 82, uma maior proficiência média, nas séries finais do EM, entre as
escolas de administração federal no Brasil como um todo, considerando-se as UFs, uma a uma,
as escolas sob administração privada e sob administração federal dividem, entre si, as maiores
proficiências médias: são 14 escolas da esfera privada com média mais alta e 12 da esfera federal.
É de se notar que, em nenhuma das UFs, as escolas das redes estaduais e municipais
apresentam proficiência média mais alta que as da rede privada e que somente em Santa
Catarina a rede municipal supera a federal (nos estados em que a rede federal de EM existe). Há
estados em que a diferença entre as escolas das diferentes redes não chama a atenção, estando
suas proficiências médias mais próximas (por exemplo: Goiás, com a média estadual de 285,16
pontos e a média da rede privada de 319,81 pontos). Há outros estados, porém, que chamam
a atenção pela discrepância entre as proficiências médias maior e menor entre as redes (por
exemplo: Roraima, que apresenta a proficiência média de 338,1 pontos na rede federal de ensino
e 257,52 pontos na rede estadual, sendo a diferença entre elas de 80,58 pontos).
TABELA 49

NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA –
(continua)

REGIÃO UF
AC 317,5 267,4 329,9
AM 320,7 250,7 310,5
AP 254,5 297,9
Norte PA 315,3 251,3 319,2

RO 275,6 312,0
RR 338,1 257,5 324,1
TO 262,4 319,0
AL 260,4 302,1
BA 328,7 256,3 243,6 317,7
CE 332,6 270,2 315,2

MA 317,4 253,3 277,6 310,7
Nordeste PB 344,0 266,0 303,0 318,3
PE 342,3 275,9 257,0 319,5
PI 306,3 260,7 250,1 325,2
RN 254,6 314,9
SE 309,3 261,2 315,4
201
TABELA 49
NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA –
(conclusão)

REGIÃO UF
DF 327,5 279,0 326,0
GO 313,9 285,2 304,1 319,8
Centro-Oeste
MS 339,9 277,9 321,5
MT 265,4 322,0
ES 287,0 330,4
MG 348,8 277,4 296,3 333,4
Sudeste
RJ 341,4 268,8 291,3 315,1
SP 279,1 287,9 323,5
PR 326,1 281,4 332,4

Sul RS 333,2 282,7 278,6 323,3
SC 307,8 276,8 309,0 324,5


2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, para a área de Língua Portuguesa. Nele,
lê-se que, na escala de nove níveis, o nível 0 (zero) concentra o maior porcentual de alunos
(17,94 %), seguido do nível 3 (17,15 %) e do nível 4 (16,22 %). Os intervalos que definem cada
nível e a descrição das habilidades desenvolvidas encontram-se no Quadro 13. A proficiência
média nacional (278,4) em Língua Portuguesa na 3ª série encontra-se no intervalo referente ao
nível 3 dessa escala de proficiência. Abaixo desse nível, encontram-se 45,8% dos estudantes,
o que indica um menor desempenho em termos das habilidades avaliadas no teste. Do nível 3
até o nível 8, encontram-se 54,2% dos estudantes. Ou seja, pode-se dizer que quase 50% dos
estudantes não alcançaram o nível 3 na escala de proficiência em Língua Portuguesa do Saeb
2019, no ensino médio.

Verifica-se que a concentração de 17,94% dos estudantes no nível 0 (zero), porcentual
maior do que no nível 1 e no nível 2, é preocupante e demanda atenção especial, uma vez que
esse dado revela o não domínio, por esses estudantes, de algumas habilidades básicas que eles
já deveriam dominar na etapa do ensino médio.
17,94 12,28 15,58 17,15 16,22 12,54 6,55 1,68 0,07

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 84
NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL –
BRASIL –2019
202
O Gráfico 85 apresenta uma comparação entre as porcentagens de estudantes distribuídos
nos níveis de proficiência obtidos no Saeb em 2017 e 2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio
tradicional para a área de Língua Portuguesa. Observa-se que houve uma diminuição no
porcentual de estudantes nos três primeiros níveis de proficiência na avaliação de 2019 em
relação à de 2017: em 2017, esse porcentual somava 54,39%; em 2019, ele caiu para 45,8%.
Essa diferença porcentual se distribui nos níveis seguintes (3, 4, 5, 6 e 7), em que houve um
crescimento: em 2017, o porcentual de estudantes nesses níveis somava 45,46 %; em 2019,
esse porcentual aumentou para 54,14%. No último nível de proficiência, entretanto, o porcentual
voltou a cair, de 0,17% em 2017 para 0,07% em 2019.
Embora diminuindo, o porcentual de estudantes que se concentram nos níveis mais baixos
da escala de proficiência do Saeb, do nível 0 (zero) ao nível 2, é significativo, principalmente o
porcentual concentrado no nível 0 (zero), maior do que o porcentual no nível 1 e no nível 2. Esse
dado é preocupante, uma vez que ele revela que esses estudantes não dominam habilidades
consideradas elementares na etapa escolar do ensino médio.
Edições do Saeb
2017 23,9 14,24 16,25 16,49 13,74 9,15 4,61 1,47 0,17
2019 17,94 12,28 15,58 17,15 16,22 12,54 6,55 1,68 0,07
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4

GRÁFICO 85Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO
MÉDIO TRADICIONAL – BRASIL – 2017 E 2019

O Gráfico 86 apresenta uma comparação entre a distribuição dos estudantes nos níveis de
proficiência segundo o tipo de ensino médio ofertado no Brasil. No gráfico, é possível identificar
que o ensino médio integrado tem um porcentual maior de estudantes alocados nos níveis 4
(20,59 %) e 5 (22,31 %) da escala de nove níveis. Já o ensino médio tradicional tem o porcentual
maior de estudantes no nível 0 (zero) de proficiência (17,94 %), seguido do nível 3 (17,15 %).
Tem-se, ainda, que, no nível 8 – o nível mais alto de proficiência da escala –, o ensino médio
integrado concentra 0,13 % dos estudantes e o ensino médio tradicional, 0,07 %. Já, de forma
geral, considerando-se o ensino médio total, os percentuais aproximam-se do que se observa

na performance dos estudantes que cursam o ensino médio regular: um porcentual de 17,14%
estudantes no nível 0 (zero) de proficiência em Língua Portuguesa e de 17% no nível 3, além de
0,08 % no nível mais alto de proficiência.
203
Tipo de Oferta Ensino Médio Tradicional 17,94 12,28 15,58 17,15 16,22 12,54 6,55 1,68 0,07
Ensino Médio Integrado 7,09 6,2 10,3 15,13 20,59 22,31 14,26 3,99 0,13
Ensino Médio Total 17,14 11,83 15,19 17 16,54 13,26 7,11 1,85 0,08
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 86

SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO DE OFERTA –
O Gráfico 87, por sua vez, apresenta, para o Brasil como um todo, a diferença entre a
distribuição porcentual dos estudantes por níveis de proficiência no Saeb em 2019 na 3ª e 4ª
séries do ensino médio tradicional para a área de Língua Portuguesa por localização rural e
urbana. Comparativamente ao nível relativo à média nacional (nível 3, com média de 278,4),
constata-se que, na área urbana, 56% dos estudantes obtiveram média igual ou superior à
nacional, enquanto, no setor rural, essa porcentagem foi de 31,26%.
Na localização urbana, observa-se maior concentração nos níveis 0 e 3, em porcentagens
bem próximas (17,31% e 17,27%, respectivamente). Já na zona rural, tem-se a maior concentração
de estudantes no nível 0 (32,65%) e a segunda maior no nível 1 (18,28%). Observa-se, ainda,
que nenhuma das localidades apresenta porcentual significativo de estudantes nos níveis 7 e 8
da escala de proficiência.
Urbana 17,31 12,02 15,48 17,27 16,51 12,85 6,74 1,73 0,08
Localização
Rural 32,65 18,28 17,81 14,24 9,4 5,32 1,97 0,32

0,01
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 87

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
Considerando-se, contudo, a variável área (interior e capital), no Gráfico 88, observa-se

que, nas capitais, 58,5% dos estudantes obtiveram média igual ou superior à nacional, enquanto,
no interior, essa porcentagem foi de 52,7%. Nas capitais, a maior concentração de alunos está
nos níveis 1 e 4, com o nível 3 apresentando concentração bastante similar. No interior, a maior
concentração está no nível 1, seguido do nível 3. Observa-se que não há uma diferença tão
significativa entre as capitais e o interior como a que se constata entre as localidades urbana e
rural.
204
Interior 18,38 12,78 16,05 17,43 16,03 11,88 5,91 1,45 0,07
Área
Capital 16,59 10,76 14,11 16,28 16,79 14,55 8,48 2,36 0,08
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 88

TRADICIONAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
O Gráfico 89 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes, no Brasil, por níveis de

proficiência no Saeb em 2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, para a área de
Língua Portuguesa, por dependência administrativa. Comparativamente ao nível relativo à média
nacional (nível 3, com média de 278,4), constata-se que, nas redes privada e federal, 86,53% e
83,63% dos estudantes, respectivamente, obtiveram média igual ou superior à nacional, enquanto
nas redes estadual e municipal essas porcentagens são de 46% e 59,8%, respectivamente.
As redes federal e privada apresentam o seu maior porcentual de estudantes no nível 5 e o
seu segundo maior porcentual no nível 6. A rede municipal, no nível 4 e no nível 5, respectivamente.
Já a rede estadual apresenta maior concentração no nível 0 e a segunda maior no nível 3.
Percebe-se que somente a rede estadual apresenta maior concentração de médias
menores que a média nacional, enquanto as demais redes apresentam, no geral, médias maiores
que a média nacional.

Federal 2,99 1,73 3,65 8,14 14,91 27,48 27,22 13,2 0,68
Estadual 20,22 13,82 17,13 18,12 15,71 10,17 4,05 0,76

0,02
Municipal 16,2 9,96 13,9 15,6 17,78 16,25 8,15 2,1 0,07
Privada 4,41 3,16 6,4 11,42 19,34 26,59 21,29 7,02 0,37
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 89

TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019
205
O Gráfico 90, por sua vez, apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por
níveis da escala de proficiência em Língua Portuguesa, para estudantes da 3ª e 4ª séries do
ensino médio, por UF. A proficiência média nacional (278,4) em Língua Portuguesa na 3ª
série encontra-se no intervalo referente ao nível 3 dessa escala de proficiência.
Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal apresentam
maior concentração de estudantes no nível 3; Goiás, entretanto, tem maior concentração no
nível 5.
Na Região Sul, Rio Grande do Sul e Paraná têm maior concentração de estudantes no
nível 4, mas Santa Catarina têm maior concentração no nível 3.
Na Região Sudeste, todas as UFs, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São
Paulo, têm maior concentração de estudantes no nível 4 de proficiência.
Na Região Nordeste, somente Pernambuco tem maior concentração no nível 3; todas
as demais UFs têm maior concentração no nível 0. Entre elas, Maranhão apresenta a maior
concentração nesse nível: 29% dos estudantes.
Na Região Norte, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Tocantins têm maior
concentração de estudantes no nível 0 dessa escala de proficiência; Acre e Rondônia têm
maior concentração de estudantes no nível 3.
206
SC 13,85 10,45 15,98 19,22 18,51 13,44 6,82 1,66
0,08
RS
Sul
12,21 9,27 14,18 18,52 20,04 15,66 7,82 2,21
0,09
PR 12,05 9,78 14,63 17,53 18,27 16,19 9,04 2,36
0,15
SP 13,62 10,42 14,82 17,73 18,45 15,11 7,92 1,82
0,1
RJ 18,28 11,52 13,85 16,29 16,4 13,39 7,94 2,25
Sudeste
0,08
MG 15,79 10,88 14,53 17,22 17,36 14,08 7,84 2,21
0,08
ES 11,17 8,02 12,83 18,58 21,05 17,3 8,75 2,19
0,11
MT 19,81 14,32 18,18 18,2 14,32 9,9 4,09 1,11
0,06
Centro-Oeste
MS 13,78 11,25 16,19 19,82 18,11 13,03 6,14 1,66

0,02
GO 10,78 9,63 14,64 19,14 19,34 15,96 8,37 2,05
0,08
DF 13,28 8,62 12,46 15,93 18,68 17,16 10,47 3,26
0,15
SE 21,19 14,4 17,28 15,95 13,31 10,64 5,62 1,51
0,1
RN 25,5 15,3 16,56 15,49 12,75 8,98 4,42 0,97
0,04
PI 22,27 14,63 17,02 15,62 13,39 9,7 5,54 1,79
UF
0,03
PE 14,57 12,41 16,24 18,58 17,18 12,67 6,52 1,78
0,05
Nordeste
PB 19,1 13,18 15,7 17,42 15,04 11,86 6,21 1,45

0,03
MA 29,37 17,86 17,73 14,91 10,53 6,38 2,63 0,55
0,03
CE 19,07 12,82 16,23 17,63 15,88 11,31 5,55 1,47
0,05
BA 27,18 15,02 16,44 15,31 12,28 8,58 4,13 1,04
0,02
AL 21,11 16,26 18,38 17,79 13,71 8,29 3,68 0,69
0,08
TO 22,95 15,9 17,77 16,56 13,86 8,06 3,85 1,03
0,03
RR 24,4 16,56 19,49 16,1 11,52 7,28 3,79 0,8
0,07

RO 14,3 13,23 17,85 20,46 17,33 11,15 4,76 0,87
0,05
Norte
PA 28,63 17,18 17,86 15,15 10,58 6,47 3,19 0,92

0,03
AP 26,98 16,9 18,96 16,72 11,19 6,16 2,67 0,41
0
AM 31,05 18,22 18,19 14,42 9,85 5,63 2,09 0,54
0,01
AC 18,99 14,52 17,91 19,37 14,9 9,65 3,82 0,84
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 90

SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL – UNIDADE
207
no Saeb em 2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, para a área de Língua Portuguesa,
por localização rural e urbana, para cada uma das UFs. Constata-se, pela leitura da tabela, que,
em 15 UFs, tanto na área rural quanto na área urbana, a maior concentração de estudantes
encontra-se no nível 0 (zero), o que representa 55,6% do total.
Comparativamente à média nacional (nível 3), constata-se que o Espírito Santo e o
Paraná apresentam maior concentração de estudantes no nível 4, tanto na área rural quanto
na urbana. Essa mesma realidade ocorre em Santa Catarina, que apresenta maior concentração
de estudantes no nível 3 nas duas localizações. Nessas UFs, não há uma discrepância entre as
áreas rural e urbana. Já o Distrito Federal, o Rio Grande do Sul e São Paulo apresentam maior
concentração de estudantes nos níveis de proficiência 3 e 4, respectivamente, nas localizações
rural e urbana.
TABELA 50

TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continua)

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rural 21,91 15,83 24,38 21,29 10,6 4,64 1,07 0,27 0

AC
Urbana 18,66 14,37 17,18 19,16 15,39 10,21 4,13 0,91 0
Rural 55,72 20,79 13,77 6,14 2,42 0,86 0,27 0,03 0

AM
Urbana 26,61 17,76 18,99 15,91 11,18 6,49 2,42 0,63 0,02
Rural 42,48 21,49 15,77 13,28 4,18 2,05 0,43 0,32 0

AP
Urbana 25,03 16,32 19,36 17,16 12,08 6,68 2,95 0,43 0
Rural 40,48 21,7 18,32 11,66 5,29 1,84 0,64 0,05 0

Norte PA
Urbana 27,43 16,72 17,82 15,5 11,11 6,93 3,45 1,01 0,03
Rural 10,15 19,53 26,75 24 8,89 8,52 2,16 0 0

RO
Urbana 14,4 13,08 17,64 20,37 17,53 11,21 4,82 0,89 0,05
Rural 47,1 22,33 17,67 8,92 2,74 1,25 0 0 0

RR
Urbana 20,65 15,61 19,79 17,28 12,97 8,28 4,41 0,93 0,08
Rural 30,06 20,95 19,11 13,71 7,71 4,56 2,91 0,99 0

TO
Urbana 22,69 15,71 17,72 16,67 14,09 8,19 3,88 1,03 0,03
208
TABELA 50

(continuação)

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rural 25,97 19,94 20,21 15,43 11,67 5,26 1,07 0,44 0

AL
Urbana 20,84 16,05 18,28 17,93 13,83 8,46 3,83 0,7 0,09
Rural 36,57 18,65 17,78 12,95 8,6 3,75 1,45 0,25 0

BA
Urbana 26,5 14,75 16,34 15,48 12,55 8,93 4,32 1,09 0,02
Rural 21 15,41 19,65 18,4 13,74 8,73 2,57 0,51 0

CE
Urbana 18,97 12,69 16,06 17,59 15,98 11,43 5,69 1,52 0,05
Rural 45,74 21,64 15,87 9,84 4,69 1,56 0,63 0,04 0

MA
Urbana 26,85 17,28 18,02 15,7 11,43 7,12 2,94 0,63 0,04
Rural 24,21 18,89 21,96 16,56 10,85 5,65 1,78 0,1 0

Nordeste PB
Urbana 18,97 13,02 15,53 17,44 15,15 12,03 6,33 1,49 0,04
Rural 18,81 16,04 19,35 18,64 14,06 9,1 3,49 0,52 0

PE
Urbana 14,36 12,23 16,08 18,58 17,33 12,85 6,68 1,84 0,05
Rural 40,82 20,5 18,68 11,59 6,39 1,61 0,41 0 0

PI
Urbana 21,2 14,29 16,93 15,86 13,8 10,17 5,84 1,89 0,03
Rural 40,21 24,98 18,32 9,55 4,67 2,26 0 0 0

RN
Urbana 25,04 15 16,51 15,68 13 9,18 4,55 1 0,04
Rural 31,56 19,15 19,69 14,82 8,96 4,75 0,94 0,14 0

SE
Urbana 20,74 14,19 17,17 16 13,5 10,9 5,82 1,57 0,1
Rural 11,22 12,45 19,96 20,27 20,5 10,37 4,36 0,88 0

DF
Urbana 13,32 8,55 12,32 15,85 18,65 17,29 10,58 3,3 0,15
Rural 14,25 12,66 18,6 20,79 18,25 11,82 2,91 0,72 0

GO
Urbana 10,74 9,59 14,59 19,11 19,35 16,02 8,44 2,07 0,08
Centro-Oeste
Rural 28,25 18,15 20,68 14,51 12,14 4,33 1,57 0,38 0
MS
Urbana 12,86 10,81 15,91 20,16 18,49 13,58 6,43 1,74 0,02
Rural 24,11 19,52 20,3 19 10,77 4,68 1,33 0,28 0

MT
Urbana 19,49 13,94 18,02 18,14 14,58 10,3 4,3 1,17 0,07
209
TABELA 50

(conclusão)

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Rural 10,26 9,47 15,67 22,12 22,18 12,92 6,61 0,76 0

ES
Urbana 11,19 7,99 12,77 18,51 21,02 17,38 8,79 2,22 0,11
Rural 25,2 16,13 19,67 16,62 11,11 7,38 3,29 0,56 0,03
MG
Urbana 15,56 10,76 14,4 17,23 17,51 14,24 7,95 2,25 0,08
Sudeste
Rural 19,89 14,28 16,9 18,6 14,17 10,6 4,88 0,68 0
RJ
Urbana 18,23 11,44 13,76 16,23 16,47 13,46 8,03 2,3 0,08
Rural 14,74 12,28 15,94 18,32 16,79 14,73 5,97 1,14 0,07
SP
Urbana 13,61 10,4 14,81 17,73 18,47 15,12 7,94 1,83 0,1
Rural 14,99 14,09 20 21 16,08 9,72 3,6 0,51 0

PR
Urbana 11,93 9,61 14,41 17,4 18,36 16,44 9,25 2,43 0,16
Rural 16,57 14,18 19,34 20,5 16,54 9,28 3,24 0,35 0

Sul RS
Urbana 12,11 9,15 14,06 18,47 20,13 15,81 7,93 2,25 0,09
Rural 13,98 14,63 20 23,41 16,52 8,88 2,19 0,4 0

SC
Urbana 13,84 10,36 15,89 19,13 18,55 13,54 6,92 1,69 0,08
A Tabela 51 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes da 3ª e 4ª séries do ensino

médio tradicional por níveis de proficiência no Saeb 2019, para a área de Língua Portuguesa,
em cada uma das UFs, por dependência administrativa. Observa-se que, na rede federal, grosso
modo, a maior concentração de estudantes ocorre no nível 5 de proficiência, representando
68% do total. Em quatro UFs (Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e Roraima), entretanto, a
rede federal apresenta maior concentração de estudantes no nível 6. A rede privada também
apresenta maior concentração de estudantes no nível 5 de proficiência, representando 92,5%
do total. Na rede estadual, verifica-se maior concentração no nível 0 (59,2% do total) e, na rede
municipal, no nível 4 (45,5%).

Comparativamente ao nível de proficiência correspondente à média nacional (278,4/
nível 3), verifica-se que somente as escolas estaduais, em sua maioria, estão muito abaixo dessa
média, concentrando-se no nível 0 de proficiência. As demais redes apresentam níveis superiores
à média nacional. Constata-se similaridade entre os níveis de proficiência, com média igual ou
superior à média nacional, em todos os tipos de escolas, em três UFs (Goiás, Minas Gerais e
Santa Catarina) que comportam os quatro tipos de dependências administrativas. Por outro
lado, observa-se disparidade significativa nos níveis de proficiência entre redes em duas UFs,
Mato Grosso e Tocantins, em que há somente dois tipos de dependência administrativa, estadual
e privada, apresentando uma e outra concentração nos níveis 0 e 5, respectivamente.
210
TABELA 51

TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019
(continua)
REGIÃO UF
Federal 0 0 16,67 11,9 21,43 26,19 23,81 0 0
Estadual 20,14 15,27 18,67 19,93 14,59 8,31 2,58 0,5 0

AC
Municipal
Privada 0,56 2,53 4,5 10,27 19,74 31,58 23,88 6,94 0
Federal 2,95 5,21 6,2 16,79 14,24 27,46 17,76 9,39 0
Estadual 32,07 18,81 18,64 14,38 9,42 4,84 1,54 0,31 0

AM
Municipal
Privada 7,58 4,19 7,83 15,11 20,74 23,79 14,92 5,42 0,41
Federal
Estadual 28,79 18,05 19,78 16,21 10,36 4,86 1,74 0,2 0

AP
Municipal
Privada 9,9 6,04 11,16 21,53 19,07 18,46 11,44 2,41 0
Federal 6,11 4,56 7 9,7 24,92 26,98 14,4 6,33 0
Estadual 31,3 18,62 19,05 15,23 9,58 4,52 1,46 0,23 0

Norte PA
Municipal
Privada 4,12 3,88 6,95 14,53 19,59 24,24 19,21 7,24 0,24

Federal
Estadual 14,99 13,79 18,45 20,71 17,31 10,21 3,9 0,6 0,04
RO
Municipal
Privada 4,72 5,42 9,49 16,96 17,53 24,23 16,75 4,71 0,18
Federal 0 0 2,6 8,2 19,4 27,6 39,2 3 0
Estadual 26,21 17,66 20,56 16,74 10,73 5,56 2,02 0,46 0,07
RR
Municipal
Privada 2,84 3,78 6,99 8,32 21,36 28,36 23,06 5,29 0
Federal
Estadual 24,2 16,75 18,7 16,77 13,38 7,03 2,75 0,4 0,02
TO
Municipal
Privada 5,79 4,12 5,03 13,71 20,48 22,18 18,92 9,63 0,15
211
TABELA 51
(continuação)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 24,06 17,96 19,73 17,59 12,31 6 2,01 0,34 0

AL
Municipal
Privada 6,36 7,77 11,61 18,84 20,7 19,73 12,05 2,45 0,48
Federal 1,95 2,04 4,54 10,86 21,05 31,16 18,13 9,03 1,22
Estadual 29,64 16,42 17,57 15,64 11,51 6,4 2,34 0,46 0,01
BA
Municipal 38,99 19,34 19,44 10,25 7,56 3,79 0,3 0,32 0
Privada 5,9 2,94 6,77 12,81 19,01 27,17 19,4 5,93 0,07
Federal 0 1,44 2,54 12,23 24,49 30,16 14,85 14,29 0
Estadual 20,49 14,03 17,42 18,38 15,27 9,71 3,91 0,78 0,02
CE
Municipal
Privada 7,98 3,28 6,87 11,75 20,62 23,85 18,55 6,85 0,26
Federal 6,09 3,16 2,85 12,77 27,98 24,11 18,73 4,31 0
Estadual 30,61 18,58 18,18 14,98 9,89 5,41 2 0,32 0,03

MA
Municipal 14,27 16,87 15,58 24,69 10,4 10,4 7,8 0 0
Privada 6,41 4,56 9,52 13,69 22,26 24,33 14,25 4,8 0,16
Nordeste
Federal 0 0 12,2 2,44 7,32 19,51 43,9 14,63 0
Estadual 22,38 15,25 17,8 18,33 13,86 8,72 3,16 0,48 0,02
PB
Municipal 0 0 21,43 21,43 35,71 7,14 14,29 0 0
Privada 4,72 4,11 6,39 13,48 20,28 25,78 19,46 5,67 0,12
Federal 3,86 0,37 1,98 5,56 12,31 26,89 29,46 17,83 1,73
Estadual 16 13,74 17,84 19,64 16,72 10,76 4,37 0,9 0,03

PE
Municipal 24,85 18,86 23,18 16,59 13,18 1,67 1,67 0 0
Privada 5,08 3,77 5,78 12,05 20,94 25,32 20,17 6,82 0,06
Federal 7,5 3,78 9,82 17,76 21,82 22,4 14,12 2,8 0
Estadual 25,5 16,7 18,84 16,54 12,43 6,99 2,52 0,47 0,02
PI
Municipal 26,36 29,86 17,26 12,81 7,01 4,46 2,23 0 0
Privada 3,86 2,72 6,67 10,28 18,87 25,18 22,89 9,44 0,08
Federal
Estadual 29,48 17,54 18,44 15,75 11,14 5,53 1,86 0,26 0

RN
Municipal
Privada 5,34 3,99 7,07 14,18 20,88 26,41 17,34 4,55 0,24
212
TABELA 51
(continuaçâo)
REGIÃO UF
Federal 1,79 7,25 10,76 23,07 13,17 25,57 16,83 1,56 0
Estadual 25,01 16,75 19,17 16,59 12,08 7,2 2,66 0,5 0,03
Nordeste SE
Municipal
Privada 5,39 4,58 9,37 13,1 18,52 24,92 17,92 5,8 0,4
Federal 2,76 0 4,14 15,21 12,35 39,71 19,07 6,76 0
Estadual 16,98 11,03 15,36 18,41 18,46 12,9 5,67 1,15 0,05
DF
Municipal
Privada 4,09 2,72 5,26 9,41 19,65 27,15 22,67 8,65 0,42
Federal 3,18 0 5,91 11,37 44,09 29,54 5,91 0 0
Estadual 11,82 10,73 16,22 20,57 19,72 14,04 5,72 1,16 0,02
GO
Municipal 8,95 3,71 13,55 15,4 19,59 19,59 15,84 3,37 0
Privada 5,42 4,08 6,44 11,73 17,15 25,87 22,17 6,76 0,38
Centro-Oeste
Federal 1,75 1,89 1,75 6,33 13,56 32,46 27,91 13,52 0,84
Estadual 14,94 12,24 17,65 20,99 17,83 11,26 4,22 0,84 0,02
MS
Municipal
Privada 4,94 3,62 5,07 11,03 20,51 26,4 20,7 7,73 0
Federal
Estadual 21,55 15,5 19,45 18,8 13,83 7,64 2,68 0,56 0

MT
Municipal
Privada 3,34 3,22 6,14 12,52 18,98 31,33 17,5 6,31 0,66
Federal
Estadual 12,45 9,03 14,34 20,1 21,61 15,24 5,94 1,28 0,02
ES
Municipal
Privada 3,3 1,8 3,53 9,25 17,57 30 26,08 7,85 0,62

Federal 2,04 1 2,15 2,59 10,11 25,16 35,1 21,23 0,62
Estadual 17,52 12 15,95 18,35 17,36 12,32 5,37 1,08 0,03

Sudeste MG
Municipal 10,44 7,59 11,82 15,67 21,51 21,14 9,68 2,07 0,08
Privada 2,28 2,25 3,34 8,45 17,35 27,75 27,19 10,92 0,48
Federal 2,38 1,51 2,85 5,11 12,79 25,05 34,28 15,2 0,82
Estadual 22,23 13,61 16,4 17,89 15,47 9,79 3,84 0,76 0,02
RJ
Municipal 14,65 7,29 11,42 17,91 17,2 17,24 11,38 2,91 0
Privada 6,66 5,55 6,39 11,76 19,55 24,09 19,48 6,27 0,25
213
TABELA 51
(conclusão)
REGIÃO UF
Federal
Estadual 15,68 12,05 16,34 18,98 18,21 12,67 5,13 0,91 0,02
Sudeste SP
Municipal 15,34 9,64 13,24 15,28 18,09 17,28 8,59 2,42 0,11
Privada 3,18 2,23 7,26 11,57 19,7 27,29 21,91 6,36 0,49
Federal 2,24 2,12 6,25 10,34 23,19 24,85 23,89 6,59 0,53
Estadual 14,09 11,52 16,58 19,55 18,78 13,01 5,47 0,97 0,03
PR
Municipal
Privada 2,33 1,49 5,34 7,92 15,73 31,39 26 9,04 0,76
Federal 5,16 1,6 0,98 8,64 15,7 30,33 21,93 15,13 0,55
Estadual 13,5 10,56 16,07 20,36 19,81 13,08 5,49 1,09 0,05
Sul RS
Municipal 14,23 10,16 20,05 19,44 17,68 13,79 3,41 1,23 0
Privada 5,48 2,61 4,18 8,99 21,58 29,01 20,03 7,8 0,31
Federal 4,77 10,18 7,44 19,63 7,05 28,87 19,72 2,35 0
Estadual 15,63 11,92 17,82 20,66 18,19 11,13 3,98 0,64 0,02
SC
Municipal 8,12 6,21 4,5 13,79 29,08 17,39 18,44 2,47 0
Privada 3,95 2,21 5,87 11,13 20,18 26,33 22,55 7,4 0,38
5.2 MATEMÁTICA
O Quadro 14 apresenta a matriz de referência que embasou o teste de Matemática

para a 3ª e 4ª séries ensino médio. Ela é composta por seis tópicos, relacionados a habilidades
desenvolvidas pelos estudantes. Dentro de cada tópico, há um conjunto de descritores ligados
às competências desenvolvidas.
214
QUADRO 14
MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA O TESTE DE MATEMÁTICA DO SAEB PARA A 3ª E 4ª SÉRIES

DO ENSINO MÉDIO – 2019
D1 – Identificar figuras semelhantes mediante o reconhecimento de relações de

proporcionalidade.
D2 – Reconhecer aplicações das relações métricas do triângulo retângulo em um
problema que envolva figuras planas ou espaciais.
D3 – Relacionar diferentes poliedros ou corpos redondos com suas planificações
ou vistas.
D4 – Identificar a relação entre o número de vértices, faces e/ou arestas de
poliedros expressa em um problema.
D5 – Resolver problema que envolva razões trigonométricas no triângulo retângulo
I. Espaço e forma
(seno, cosseno, tangente).
D6 – Identificar a localização de pontos no plano cartesiano.
D7 – Interpretar geometricamente os coeficientes da equação de uma reta.
D8 – Identificar a equação de uma reta apresentada a partir de dois pontos dados
ou de um ponto e sua inclinação.
D9 – Relacionar a determinação do ponto de interseção de duas ou mais retas com
a resolução de um sistema de equações com duas incógnitas.
D10 – Reconhecer, entre as equações do 2° grau com duas incógnitas, as que
representam circunferências.
D11 – Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas.

D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas.
II. Grandezas e medidas
D13 – Resolver problema envolvendo a área total e/ou volume de um sólido
(prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera).
D14 – Identificar a localização de números reais na reta numérica.

D15 – Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa,
entre grandezas.
D16 – Resolver problema que envolva porcentagem.
D17 – Resolver problema que envolva equação do 2° grau.
D18 – Reconhecer expressão algébrica que representa uma função a partir de uma
tabela.
D19 – Resolver problema envolvendo uma função do 1° grau.
D20 – Analisar crescimento/decrescimento, zeros de funções reais apresentadas
em gráficos.
D21 – Identificar o gráfico que representa uma situação descrita em um texto.

D22 – Resolver problema envolvendo P.A./P.G. dada a fórmula do termo geral.
D23 – Reconhecer o gráfico de uma função polinomial do 1° grau por meio de seus
coeficientes.
D24 – Reconhecer a representação algébrica de uma função do 1° grau, dado o
III. Números e operações/
seu gráfico.
álgebra e funções
D25 – Resolver problemas que envolvam os pontos de máximo ou de mínimo no
gráfico de uma função polinomial do 2° grau.
D26 – Relacionar as raízes de um polinômio com sua decomposição em fatores do
1° grau.
D27 – Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função
exponencial.
D28 – Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função logarítmica,

reconhecendo-a como inversa da função exponencial.
D29 – Resolver problema que envolva função exponencial.
D30 – Identificar gráficos de funções trigonométricas (seno, cosseno, tangente),
reconhecendo suas propriedades.
D31 – Determinar a solução de um sistema linear, associando-o a uma matriz.
D32 – Resolver problema de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou
noções de permutação simples, arranjo simples e/ou combinação simples.
D33 – Calcular a probabilidade de um evento.
D34 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou

gráficos.
IV. Tratamento da informação
D35 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos
gráficos que as representam e vice-versa.
215
Um biólogo acompanhou o crescimento de uma planta a partir do momento

em que sua altura era 1 cm. Analisando os dados coletados, concluiu que a altura da
planta havia dobrado a cada mês durante o período de observação.
Qual gráfico representa o crescimento dessa planta durante o período de
observação?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
216
Nesse item, a habilidade avaliada (D21) é a de identificar o gráfico que representa uma
situação descrita em um texto.
Para resolver corretamente esse item, o estudante deve identificar que o eixo vertical
apresenta a altura da planta e o eixo horizontal apresenta o tempo de observação. Assim, o
gráfico que apresenta altura de 1 cm no eixo vertical e que mostra que a altura da planta dobra
a cada mês é o C. No caso desse item, é possível acertar observando apenas uma dessas duas
propriedades.
O item é considerado de dificuldade média, uma vez que 49% dos estudantes responderam
corretamente. A alternativa A atraiu 20% dos estudantes, os quais provavelmente consideraram
a altura de 1 cm no eixo incorreto. A alternativa B atraiu 14% dos estudantes, os quais
provavelmente consideraram o acompanhamento do crescimento da planta a partir da altura
zero. A alternativa D atraiu 8% dos estudantes, os quais provavelmente consideraram a altura de
1 cm no eixo incorreto e que a altura da planta aumenta de forma logarítmica, e não exponencial.
Já a alternativa E atraiu também 8% dos estudantes, os quais provavelmente inverteram os eixos
e consideraram o acompanhamento do crescimento da planta a partir da altura zero. Em todos os
distratores, os estudantes não consideram o fato de a altura da planta dobrar a cada mês.
O Quadro 15, a seguir, demonstra a escala interpretada de Matemática, com as respectivas

descrições de nível, para a 3ª e 4ª séries do ensino médio.
QUADRO 15

ENSINO MÉDIO EM MATEMÁTICA NO SAEB – 2019
(continua)
Nível 1
Espaço e forma – Não existem itens-âncora para esse nível. Grandezas e medidas – Não

existem itens-âncora para esse nível. Números e operações; álgebra e funções – Não existem
Desempenho
itens-âncora para esse nível. Tratamento de informações – O estudante pode ser capaz de
maior ou igual a
associar uma tabela de até duas entradas a informações apresentadas textualmente ou em um
225 e menor que
gráfico de barras ou de linhas.
250
Espaço e forma – O estudante pode ser capaz de reconhecer as coordenadas de pontos

Nível 2 representados em um plano cartesiano e localizados no primeiro quadrante. Grandezas e
medidas – Não existem itens-âncora para esse nível. Números e operações; álgebra e funções
Desempenho – O estudante pode ser capaz de reconhecer os zeros de uma função dada graficamente.
maior ou igual a Também é bem provável que os alunos determinem: o valor de uma função afim, dada sua
250 e menor que lei de formação; um resultado utilizando o conceito de progressão aritmética. Tratamento
275 de informações – O estudante pode ser capaz de associar um gráfico de setores a dados
percentuais apresentados textualmente ou em uma tabela.
Espaço e forma – Não existem itens-âncora para esse nível. Grandezas e medidas – Não
existem itens-âncora para esse nível. Números e operações; álgebra e funções – O estudante
Nível 3 pode ser capaz de reconhecer: o valor máximo de uma função quadrática representada
graficamente; em um gráfico, o intervalo no qual a função assume valor máximo. Também
Desempenho pode ser capaz de determinar: por meio de proporcionalidade, o gráfico de setores que
maior ou igual a representa uma situação com dados fornecidos textualmente; o quarto valor em uma relação
275 e menor que de proporcionalidade direta com base em três valores fornecidos em uma situação do
300 cotidiano; um valor reajustado de uma quantia a partir de seu valor inicial e do porcentual de
reajuste. Além disso, é provável que resolva problemas utilizando operações fundamentais com
números naturais. Tratamento de informações – Não existem itens-âncora para esse nível.
217
QUADRO 15

(continuação)
Espaço e forma – Não existem itens-âncora para esse nível. Grandezas e medidas – O
estudante pode ser capaz de resolver problemas envolvendo área de uma região composta por
Nível 4 retângulos, com base em medidas fornecidas em texto e figura. Números e operações; álgebra
e funções – O estudante pode ser capaz de reconhecer o gráfico de função considerando
valores fornecidos em um texto. Além disso, pode ser capaz de determinar: a lei de formação
Desempenho
de uma função linear a partir de dados fornecidos em uma tabela; a solução de um sistema
maior ou igual a de duas equações lineares; um termo de progressão aritmética, dada sua forma geral; a
300 e menor que probabilidade da ocorrência de um evento simples. Também é provável que resolva: problemas
325 utilizando proporcionalidade direta ou inversa, cujos valores devem ser obtidos a partir de
operações simples; problemas de contagem usando princípio multiplicativo. Tratamento de
informações – Não existem itens-âncora para esse nível.
Espaço e forma – Não existem itens-âncora para esse nível. Grandezas e medidas – O
estudante pode ser capaz de determinar medidas de segmentos por meio da semelhança
entre dois polígonos. Números e operações; álgebra e funções – O estudante pode ser capaz
Nível 5 de determinar: o valor de variável dependente ou independente de uma função exponencial
dada; o porcentual que representa um valor em relação a outro; o valor de uma expressão
algébrica; a solução de um sistema de três equações sendo uma com uma incógnita, outra com
Desempenho
duas e a terceira com três incógnitas. Também é provável que seja capaz de resolver problema
maior ou igual a envolvendo: divisão proporcional do lucro em relação a dois investimentos iniciais diferentes;
325 e menor que operações, além das fundamentais, com números naturais; relação linear entre duas variáveis
350 para a determinação de uma delas; probabilidade de união de eventos. Além disso, é provável
que os alunos sejam capazes de avaliar o comportamento de uma função, representada
graficamente, quanto ao seu crescimento. Tratamento de informações – Não existem itens-
âncora para esse nível.
Espaço e forma – O estudante pode ser capaz de reconhecer as coordenadas de pontos

representados em um plano cartesiano e localizados em quadrantes que não sejam o primeiro.
É provável também que consiga associar um sólido geométrico simples a uma planificação
Nível 6 usual dada. Além disso, há uma grande probabilidade de resolver problemas envolvendo o
Teorema de Pitágoras, para calcular a medida da hipotenusa de um triângulo pitagórico, a
Desempenho partir de informações apresentadas textualmente e em uma figura. Grandezas e medidas – O
maior ou igual a estudante pode ser capaz de determinar: a razão de semelhança entre as imagens de um
350 e menor que mesmo objeto em escalas diferentes; o volume de um paralelepípedo retângulo, dada sua
375 representação espacial. Números e operações; álgebra e funções – O estudante pode ser capaz
de determinar os zeros de uma função quadrática, a partir de sua expressão algébrica. Além
disso, é provável que resolva problemas de porcentagem envolvendo números racionais não
inteiros. Tratamento de informações – Não existem itens- âncora para esse nível.
Espaço e forma – O estudante pode ser capaz de determinar: a medida de um dos lados
de um triângulo retângulo, por meio de razões trigonométricas, sendo fornecidas ou não as
fórmulas; com o uso do teorema de Pitágoras, a medida de um dos catetos de um triângulo
retângulo não pitagórico. Grandezas e medidas – O estudante pode ser capaz de determinar
a área de um polígono não convexo composto por retângulos e triângulos, a partir de
informações fornecidas na figura. Além disso, é provável que consiga resolver problemas: por
meio de semelhança de triângulos sem apoio de figura; envolvendo perímetros de triângulos
equiláteros que compõem uma figura. Números e operações; álgebra e funções – O estudante
Nível 7 pode ser capaz de reconhecer gráfico de função a partir de informações sobre sua variação
descritas em um texto; os zeros de uma função quadrática em sua forma fatorada; gráfico de
Desempenho função afim a partir de sua representação algébrica; a equação de uma reta a partir de dois
maior ou igual a de seus pontos; as raízes de um polinômio apresentado na sua forma fatorada. Além disso,
375 e menor que é provável também que os alunos sejam capazes de determinar os pontos de máximo ou de
400 mínimo a partir do gráfico de uma função; o valor de uma expressão algébrica envolvendo
módulo; o ponto de interseção de duas retas; a expressão algébrica que relaciona duas
variáveis com valores dados em tabela ou gráfico; a maior raiz de um polinômio de 2° grau.
Também é provável que os alunos sejam capazes de resolver problemas: para obter valor de
variável dependente ou independente de uma função exponencial dada; envolvendo uma
equação de 1° grau que requeira manipulação algébrica; envolvendo um sistema linear, dadas
duas equações a duas incógnitas; usando permutação; utilizando probabilidade, envolvendo
eventos independentes. Tratamento de informações – Não existem itens-âncora para esse
nível.
218
QUADRO 15

(conclusão)
Espaço e forma – O estudante pode ser capaz de reconhecer a proporcionalidade dos

elementos lineares de figuras semelhantes. Também é provável que seja capaz de determinar:
uma das medidas de uma figura tridimensional, utilizando o Teorema de Pitágoras; a equação
de uma circunferência, dados o centro e o raio; a quantidade de faces, vértices e arestas de
um poliedro por meio da relação de Euler. É provável também que os alunos sejam capazes
de resolver problema envolvendo razões trigonométricas no triângulo retângulo, com apoio
de figura. Podem também ser capazes de associar um prisma a uma planificação usual dada.
Nível 8 Grandezas e medidas – O estudante pode ser capaz de determinar a área da superfície de
uma pirâmide regular; o volume de um paralelepípedo, dadas suas dimensões em unidades
Desempenho diferentes; o volume de cilindros. Números e operações; álgebra e funções – O estudante
maior ou igual a pode ser capaz de reconhecer: o gráfico de uma função trigonométrica na forma y=sen(x);
400 e menor que um sistema de equações associado a uma matriz. Também é provável que seja capaz de
425 determinar: a expressão algébrica associada a um dos trechos do gráfico de uma função
definida por partes; o valor máximo de uma função quadrática a partir de sua expressão
algébrica e das expressões que determinam as coordenadas do vértice; a distância entre dois
pontos no plano cartesiano. É provável também que os alunos sejam capazes de resolver
problema: usando arranjo; envolvendo a resolução de uma equação do 2° grau cujos dados
são seus coeficientes. Além disso, existe uma grande probabilidade de que sejam capazes
de interpretar o significado dos coeficientes da equação de uma reta, a partir de sua forma
reduzida. Tratamento de informações – Não existem itens-âncora para esse nível.
Espaço e forma – O estudante pode ser capaz de reconhecer a equação que representa
uma circunferência, entre diversas equações dadas. Também é provável que seja capaz de
determinar o centro e o raio de uma circunferência a partir de sua equação geral. É provável
também que os alunos sejam capazes de resolver problemas envolvendo relações métricas
em um triângulo retângulo que é parte de uma figura plana dada. Grandezas e medidas
Nível 9 – O estudante pode ser capaz de determinar o volume de pirâmides regulares. É provável
também que os alunos sejam capazes de resolver problema envolvendo: áreas de círculos
e polígonos; semelhança de triângulos com apoio de figura na qual os dois triângulos
Desempenho
apresentam ângulos opostos pelos vértices; envolvendo cálculo de volume de cilindro.
maior ou igual a Números e operações; álgebra e funções – O estudante pode ser capaz de reconhecer o
425 e menor que gráfico de uma função exponencial do tipo f(x)=10x+1; o gráfico de uma função logarítmica,
450 dada a expressão algébrica da sua função inversa e seu gráfico. Também é provável que seja
capaz de determinar a expressão algébrica correspondente a uma função exponencial, com
base em dados fornecidos em texto ou gráfico; a inversa de uma função exponencial dada,
representativa de uma situação do cotidiano; inclinação ou coeficiente angular de retas a partir

de suas equações; um polinômio na forma fatorada, dadas as suas raízes. Tratamento de
informações – Não existem itens-âncora para esse nível.
Nível 10 Espaço e forma – Não existem itens-âncora para esse nível. Grandezas e medidas – Não
existem itens-âncora para esse nível. Números e operações; álgebra e funções – O estudante
Desempenho pode ser capaz de determinar a solução de um sistema de três equações lineares, a três
maior ou igual a incógnitas, apresentado na forma matricial escalonada. Tratamento de informações – Não
450 existem itens-âncora para esse nível.

5.2.4 RESULTADOS
O Gráfico 91 apresenta a evolução das proficiências médias nacionais da 3ª série do ensino

médio tradicional, de 1995 a 2019, mostrando não ter havido uma grande variação ao longo das
13 edições do Saeb. A menor média foi a do Saeb 2015 (267) e a maior foi a do Saeb 1997
(289). A média dessas 13 avaliações foi de 275,8, o que significa que o resultado obtido em 2019
está pouco acima dela. Percebe-se também que as variações têm sido bem pequenas desde
o Saeb 2005.
219
295
289
290
285 282
280 279
280 277 277
275 275
275 273
271 270 270
270 267
265
260
255
1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019
Edição do Saeb
GRÁFICO 91
EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª SÉRIE DO ENSINO

MÉDIO TRADICIONAL – BRASIL – 1995 A 2019
O Gráfico 92 apresenta a comparação entre as proficiências médias em função do tipo

de ensino ofertado. Percebe-se que a maior das médias de proficiência está no ensino médio
integrado, que considera o quantitativo de boa parte do ensino profissionalizante, enquanto a
menor é a do ensino médio tradicional. No ensino médio total, que engloba o regular e o integrado.
A média de proficiência pouco difere daquela do ensino tradicional
320
311,1
310
300
290
279,8
280 277,3
270
260
Ensino Médio Tradicional Ensino Médio Integrado Ensino Médio Total
Tipo de Oferta
GRÁFICO 92
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO

DE OFERTA – UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 93 apresenta a proficiência média em Matemática na 3ª e 4ª séries do ensino

médio tradicional por UF. Observa-se uma diferença de 51,8 pontos entre a UF com a maior
proficiência média (Espírito Santo, com 298,3 pontos) e aquela com a menor proficiência média
(Amazonas, com 246,5 pontos). Doze UFs apresentaram proficiência média em Matemática na
220
3ª e 4ª séries do ensino médio acima da proficiência média nacional (277,3): Rondônia,
Pernambuco, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Percebe-se, portanto, predomínio
de UFs que se localizam nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, com exceção de Pernambuco
e Rondônia.
310,0
290,0
270,0
250,0
298,3
296,1
230,0
292,7
291,6
291,0
289,4
287,0
283,9
283,6
280,8
280,3
278,6
274,2
272,5
271,0
271,0
270,4
269,2
268,8
263,1
261,6
260,5
260,2
210,0
252,5
252,0
250,0
246,5
190,0
170,0
150,0
GRÁFICO 93
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

TRADICIONAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
O Gráfico 94 apresenta as variações das proficiências médias entre 2017 e 2019 para
a área de Matemática na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional. Observam-se variações
positivas em praticamente todas as UFs, com exceção do Amazonas, onde houve uma variação
negativa de -0,3. As variações mais significativas ocorreram no Paraná (13,7), na Paraíba (13,6)
e em Goiás (12,8), enquanto as menores variações positivas ocorreram no Maranhão (1,4), em
Sergipe (2,1) e no Rio de Janeiro (3,6). Constata-se uma amplitude máxima de 14,0 de diferença
entre as variações positiva e negativa das proficiências médias nas UFs. Percebe-se, também,
uma grande heterogeneidade nos resultados para uma mesma região, notadamente nas Regiões

Nordeste e Sul, onde ocorreram as maiores médias, com diferenças de 12,2 entre Paraíba (13,6)
e Maranhão (1,4) e 7,8 entre Paraná (13,7) e Santa Catarina (5,9).
16
14
12
10
8
6
4
2
10
14
10
10
13
10
14
7
7
0
0
-2
UF
GRÁFICO 94
VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO

MÉDIO TRADICIONAL – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2017 E 2019
221
O Gráfico 95 apresenta as proficiências médias do Brasil e de todas as UFs, considerando
o nível socioeconômico, definido pelo Inse, na área de Matemática, referentes à 3ª e 4ª séries do
ensino médio tradicional. Nesse gráfico aparece como referência a média em Matemática para o
Brasil, que foi de 277,3 (ver Gráfico 93), com um indicador situado em 5,00.
constata-se que das 11 que possuem um indicador (Inse) superior ao do País apenas uma
(Mato Grosso) não obteve média de proficiência superior à média nacional. Com indicador Inse
inferior ao do Brasil, tem-se 16 UFs, das quais 14 obtiveram média de proficiência inferior à
do Brasil, enquanto duas lograram obter médias acima da nacional (Pernambuco e Rondônia).
Da comparação de todos os dados mostrados, é possível dizer que, de forma geral, a maior
quantidade de UFs com médias superiores à média Brasil pertence ao grupo que detém também
os maiores valores para o Inse. Nesse grupo é que se encontram também os estados com as mais
elevadas médias do País (Espírito Santo e Distrito Federal). Contudo, a grande maioria das UFs
com Inse menores do que o nacional obteve também médias menores que a do País, com apenas
duas exceções a destacar: Pernambuco e Rondônia.
A maioria das UFs apresenta uma correlação direta entre o indicador de nível socioeconômico
e a média em Matemática, com maior desempenho do Inse mais elevado. Nota-se, entretanto,
uma grande dispersão entre resultados, especialmente na região em que as UFs se encontram
com Inse inferior ao do Brasil. Cabe destacar, porém, que a maior média (298,3 no Espírito Santo)
não está vinculada ao maior nível socioeconômico (5,59 em Santa Catarina), da mesma forma
que a menor média (246,5 no Amazonas) não acompanha o menor nível socioeconômico (4,22
no Maranhão).
310
300 Espírito Santo Paraná Distrito Federal

290 Goiás Rio Grande do Sul
Mato Grosso do Sul Minas Gerais Santa Catarina
Rondônia
280 Pernambuco Rio de Janeiro São Paulo
BRASIL
Ceará Paraíba
270 Sergipe Mato Grosso
Piauí Tocantins
Acre
Rio Grande do Norte
Alagoas
260 Roraima
Bahia
Pará
Amapá
250 Maranhão
Amazonas
240
230
4,00 4,20 4,40 4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 5,60 5,80
GRÁFICO 95
PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO

TRADICIONAL RELACIONADA COM O INSE – UNIDADE DA FEDERAÇÃO – 2019

por localização (rural e urbana) na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional para a área de
Matemática. Constata-se que a média na região urbana (278,5) é um pouco mais elevada que a
média geral do Brasil (277,3), com uma diferença de 1,2 ponto, enquanto na região rural há uma
222
diferença mais significativa entre as duas médias, de 249,6 para 277,3, com uma diferença para
menos de 27,7 pontos da rural. Observa-se a diferença de 28,9 pontos entre as médias urbana e
rural, sendo que esta última apresenta média inferior à média nacional (277,3).
300 278,5
249,6
250
200
150
100
50
0
Rural Urbana
Localização
GRÁFICO 96
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES

DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO(RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
O Gráfico 97 apresenta as proficiências médias nacionais obtidas no Saeb em 2019 por área
(capital e interior) na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional para a área de Matemática. Constata-se
que a média na capital (282,1) é superior à média geral do Brasil (277,3), com uma diferença de 4,8
pontos, enquanto no interior ela é ligeiramente inferior à do Brasil, com uma diferença de 1,5 ponto.
Observa-se a diferença de 6,3 pontos entre as médias da capital e do interior. Percebe-se que essa
diferença é bem menor do que aquela relativa aos meios urbano e rural.
300 282,1

275,8
250
200
150
100
50
0
Capital Interior
Área
GRÁFICO 97
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO

ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR ÁREA (CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019
223
por dependência administrativa na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional para a área de
Matemática. Constata-se que a média mais elevada é a da federal (356,1), enquanto a menor é a
da estadual (267,7), resultando em uma diferença de 88,4 pontos entre elas. Verifica-se também
que as dependências federal, privada e municipal possuem médias superiores à média nacional
(277,3), com as duas primeiras em patamares significativamente mais elevados, com 78,8 e 57,2
pontos a mais, enquanto a rede estadual possui média inferior à do Brasil, com uma diferença de
9,6 pontos.
As diferenças entre as médias das redes federal e privada e das redes municipal e estadual
se encontram em patamares próximos, com 21,6 pontos entre as duas primeiras e com 19,1
pontos entre as duas últimas, mas com diferenças bem mais expressivas entre os dois grupos.
400
356,1
350 334,5
300 286,8
267,7
250
200
150
100
50
0
GRÁFICO 98
DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO

ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – BRASIL – 2019

O Gráfico 99 apresenta as proficiências médias obtidas no Saeb em 2019 por localização

(rural e urbana) na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional para a área de Matemática para
cada UF. Constata-se que em 26 das 27 UFs as maiores médias se encontram no setor urbano.
A única em que a média no setor rural é superior à do setor urbano está em São Paulo, com uma
pequena diferença de 0,7 ponto. Observa-se também que as menores diferenças de médias
entre os dois setores estão presentes em São Paulo (0,7), em Santa Catarina (6,8) e no Ceará
(6,9), enquanto as maiores diferenças ocorrem no Piauí (38,7), em Roraima (36,1) e no Amazonas
(34,0). Comparadas as médias das UFs à média Brasil (277,3), verifica-se que em 12 delas do
setor urbano (44,4%) e em cinco do setor rural (18,5%) a média é superior, enquanto as médias
inferiores à média nacional estão presentes em 21 UFs do setor rural (77,8%) e em 15 do setor
urbano (55,6%). No Distrito Federal a média do setor rural é igual à média do Brasil.
224
RS 289,6
Sul
282,8
PR 291,4
275,5
SP 293,3
278,1
RJ 283,9
Sudeste
284,6
MG 280,6
272,7
ES 287,5
263,4
MT 298,5
289,7
Centro-Oeste
MS 271,3
257,9
GO 285,4
255,6
DF 291,8
280,7
SE 296,5
277,2
RN 271,9
250,8
PI 262,6
231,3
UF
PE 273,1
234,4
Nordeste
PB 281,2
273,4
MA 274,8
255,5
CE 253,5
227,4
BA 272,8
265,9
AL 261,4
243,8
TO 263,8

250,4
RR 269,2
257,5
RO 265,7
229,6
Norte
PA 278,8
269,9
AP 254,5
233,3
AM 254,3
233,4
AC 251,7
217,7
URBANA RURAL
GRÁFICO 99
DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA
225
A Tabela 52 apresenta as proficiências médias obtidas no Saeb em 2019 por dependência
administrativa na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional para a área de Matemática para
cada UF.
Constata-se que em 14 das 27 UFs as maiores médias ocorreram na rede privada e em 12
as médias mais elevadas estão presentes na rede federal. No Distrito Federal essas duas redes
possuem médias iguais. Cabe ressaltar, entretanto, que a rede federal só está presente em 19
UFs. Por outro lado, as menores médias estão em sua grande maioria na rede estadual (24 das
27 UFs), cabendo observar que a rede municipal só está presente em 11 UFs. A maior média
entre todas ocorreu em Minas Gerais (382,7), na rede federal, e a menor na Bahia (239,3), na
rede municipal, com uma expressiva diferença de 143,4 pontos. As cinco maiores médias foram
obtidas na rede federal, em Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Rio de
Janeiro, enquanto as cinco menores ocorreram nas redes estadual (3) e municipal (2), na Bahia,
no Amazonas, no Pará, no Piauí e no Maranhão.
Verifica-se também que as diferenças entre as maiores e as menores médias obtidas nas
27 UFs são mais significativas na rede municipal, com 83 pontos em Santa Catarina e Bahia, e
menores na rede estadual, com 45,4 pontos no Espírito Santo e Amazonas, embora também
sejam relevantes nas demais dependências administrativas, com 67 pontos na rede federal e
54,7 pontos na rede privada. Comparativamente à média Brasil, todas as federais e todas as
privadas apresentaram média superior, com a maior diferença entre a maior média (Minas Gerais
= 382,7) e a nacional sendo de 105,4 pontos, o que representa um porcentual 38% superior. Na
rede municipal, oito das 11 dependências obtiveram média maior do que a nacional (72,7%) e
apenas seis entre as 27 estaduais (22,2%) tiveram esse mesmo desempenho.
TABELA 52

DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
(continua)

REGIÃO UF
AC 332,2 265,2 334,4

AM 334,4 243,8 308,3
AP 246,9 300,2
Norte PA 327,4 244,7 324,3
RO 275,7 318,8
RR 354,1 254,3 333,5
TO 263,8 337,8
AL 254,9 304,0
BA 334,4 252,4 239,3 326,6
CE 349,8 266,1 322,9
MA 319,6 246,6 271,7 313,2
Nordeste PB 373,3 261,3 312,4 330,8
PE 374,2 272,8 287,2 330,6
PI 323,8 259,2 245,7 338,1
RN 250,2 319,6
SE 318,0 258,6 322,6
226
TABELA 52
DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – UNIDADE DA
(conclusão)

REGIÃO UF
DF 345,1 276,5 345,1

GO 315,7 282,8 307,3 337,6
Centro-Oeste
MS 367,8 276,6 336,6
MT 263,3 338,0
ES 289,2 354,8
MG 382,7 278,3 300,9 354,9
Sudeste
RJ 358,9 265,4 292,9 323,3
SP 273,5 288,2 336,1
PR 346,3 280,6 350,6
Sul RS 357,1 282,0 281,6 337,5
SC 335,2 279,7 322,3 343,6

2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, para a área de Matemática. Os intervalos
que definem cada nível e a descrição das habilidades desenvolvidas encontram-se no Quadro
15. A proficiência média nacional (277,3) em Matemática na 3ª e 4ª série do ensino médio
encontra-se no intervalo referente ao nível 3 dessa escala de proficiência. Portanto, abaixo desse
nível encontram-se 48,4% dos estudantes, o que indica um menor desempenho em termos das
maior desempenho.

19,09 13,08 16,21 17,41 14,12 9,83 5,61 2,78 1,33
0,54
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 100

SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL - BRASIL – 2019
O Gráfico 101 apresenta as porcentagens dos níveis de proficiência obtidos no Saeb

em 2017 e 2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional, para a área de Matemática.
Constata-se que houve um aumento, entre 2017 e 2019, nas porcentagens de estudantes nos
níveis de proficiência de 3 a 7 e redução nos níveis mais baixos, de 0 a 2, e mais altos, de 8 a 10,
configurando uma distribuição mais concentrada nos níveis intermediários.
227
2017
Edições do Saeb
22,49 16,93 17,6 14,65 11,32 7,94 4,55 2,46 1,44

0,61
0,01
2019 19,09 13,08 16,21 17,41 14,12 9,83 5,61 2,78 1,33
0,54
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 101

ESCALA DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO
TRADICIONAL – BRASIL – 2017 E 2019
O Gráfico 102 apresenta as distribuições percentuais dos estudantes por níveis de

proficiência obtidos no Saeb em 2019, na 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional para a área
de Matemática, para cada tipo de ensino ofertado. Na comparação entre os ensinos regular e
integrado, constata-se uma distribuição bastante diferente quando tomada como referência a
média Brasil, que se situa no nível 3. No ensino regular 48,4% dos estudantes se encontram em
nível abaixo do nacional (níveis 0, 1 e 2), enquanto 51,6% se encontram nesse nível ou acima
dele (níveis 3 a 10). Já no Ensino Integrado 24,6% se encontram em nível abaixo do nacional
(níveis 0, 1 e 2), enquanto 75,4% se encontram nesse nível ou acima dele (níveis 3 a 10).
Ensino Médio Tradicional 19,1 13,1 16,2 17,4 14,1 9,8 5,6 2,8 1,3
Tipo de Oferta
Ensino Médio Integrado 7 6,7 10,9 15,6 17,4 17,5 13,1 7,6 3,3
Ensino Médio Total 18,2 12,6 15,8 17,3 14,4 10,4 6,2 3,1 1,5
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 102

SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO POR TIPO DE OFERTA – UNIDADE
DA FEDERAÇÃO E REGIÃO – 2019
obtidos no Saeb em 2019 e por localização (rural e urbana), na 3ª e 4ª séries do ensino médio
tradicional, para a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível
3, para média de 277,3), constata-se que, no setor urbano, 52,5% dos estudantes obtiveram
média superior à média nacional, enquanto no setor rural essa porcentagem foi de 30,9%.
Na zona urbana, a maior concentração encontra-se no nível 0, com 18,4%, e a segunda
maior ocorre no nível 3, com 17,6%. Já na zona rural a maior concentração está no nível 0, com
228
34,7%, e a segunda maior no nível 1, com 17,5%, perfazendo um expressivo total de 52,2% de
concentração nos dois menores níveis de proficiência.
Urbana 18,42 12,89 16,18 17,55 14,34 10,05 5,76 2,87 1,38
Localização
0,56
0
Rural 34,71 17,51 16,93 14,01 9 4,81 2,11 0,72

0,16
0,05
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 103

DE PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL
POR LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – BRASIL – 2019
obtidos no Saeb em 2019, por área (capital e interior), na 3ª e 4ª séries do ensino médio para a
área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível 3, para média de
277,3), constata-se que nas capitais 54,2% dos estudantes obtiveram média superior à média
nacional, enquanto no interior essa porcentagem foi de 50,8%.
Nas capitais a maior concentração ocorre no nível 0, com 18,3%, e a segunda maior no
nível 3, com 16,7%. Já no interior a maior concentração se dá no nível 0, com 19,4%, e a segunda
maior no nível 3, com 17,6%.
Percebe-se que não há uma diferença tão grande entre as capitais e o interior, como há
entre as localidades urbana e rural. Também cabe destacar as grandes concentrações nos níveis
de proficiência mais baixos (0 e 1), com 30,6% nas capitais e 32,7% no interior.

Interior 19,36 13,34 16,52 17,64 14,25 9,67 5,34 2,48 1,02
0,38
0
Área
Capital 18,28 12,29 15,26 16,69 13,72 10,33 6,42 3,7 2,29 1,02
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 104

229
obtidos no Saeb em 2019, por dependência administrativa, na 3ª e 4ª séries do ensino médio para
a área de Matemática. Comparativamente ao nível relativo à média Brasil (nível 3, para média
de 277,3), constata-se que na rede federal 92,8% dos estudantes obtiveram média superior à
nacional, enquanto nas redes privada, municipal e estadual essas porcentagens são de 86,8%,
60,6% e 45,7%, respectivamente.
Na rede federal a maior concentração está no nível 6 (18,8%) e a segunda maior no nível
5 (17%); na rede privada a maior concentração ocorre no nível 5 (19,5%) e a segunda maior no
nível 6 (18%). Na rede municipal a maior concentração se dá no nível 3 (17,8%) e a segunda
maior no nível 4 (16%), enquanto na rede estadual a maior concentração está no nível 0 (21,7%)
e a segunda maior no nível 3 (18,6%).
Percebe-se que não há uma diferença tão grande entre as redes federal e privada, mas há
uma diferença significativa entre essas redes e as redes estadual e municipal. Também há uma
diferença relevante entre as redes municipal e estadual. Além disso, nas duas últimas, há uma
forte concentração nos níveis 0 e 1, com 36,4% na estadual e 26,2% na municipal.
Federal 1,86 3,55 6,48 11,61 16,96 18,8 16,39 13,85 8,67 0
1,82
Estadual 21,65 14,74 17,94 18,57 13,91 8,2 3,52 1,11

0,3
0,07
0
Municipal 15,31 10,84 13,18 17,82 15,99 14,21 8,07 3,1 1,17
0,32
0
Privada 3,93 3,25 6,04 10,51 15,44 19,53 18,03 12,65 7,4 3,23
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 105

proficiência de Matemática para estudantes da 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional por UF.
Na Região Norte, Tocantins, Roraima, Amazonas, Amapá, Pará e Acre têm maior
concentração de estudantes no nível 0 dessa escala de proficiência e Rondônia tem maior
concentração no nível 3.
Na Região Nordeste, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Paraíba, Maranhão, Ceará, Bahia
e Alagoas têm maior concentração no nível 0, e Pernambuco tem maior concentração no nível 3.
Na Região Sudeste, Rio de Janeiro têm maior concentração no nível 0, São Paulo e Minas
Gerais têm maior concentração no nível 3, e Espírito Santo tem maior concentração no nível 4.
Na Região Sul, os três estados têm maior concentração no nível 3.
Na Região Centro-Oeste, Mato Grosso tem maior concentração no nível 0; Distrito Federal
e Goiás e Mato Grosso do Sul têm maior concentração no nível 3.
As UFs com concentração de estudantes da 3ª e 4ª séries do ensino médio tradicional
no nível 0 da escala de proficiência de Matemática, com uma representatividade dominante
nas Regiões Norte e Nordeste, requerem atenção especial, pois nesse nível os estudantes não
demonstram habilidades elementares que deveriam apresentar nessa etapa escolar.
230
SC 11,99 10,26 15,72 19,48 17,73 12,48 7,16 2,95 1,74
0,49
0
RS
Sul
11,83 10,04 14,78 19 17,78 13,08 7,94 3,52 1,49
0,54
0
PR 12,02 10,25 14,96 18,16 16,55 12,61 8,2 3,67 2,43 1,14
0
SP 15,29 11,92 15,79 18,42 15,58 11,26 6,48 3,45 1,31
0,49
0
RJ
Sudeste
18,25 12,18 15,92 17,2 14,57 10,44 5,91 3,15 1,67

0,72
0
MG 14,58 11,07 15,11 18,18 16,11 11,77 7,23 3,57 1,76
0,62
0
ES 9,86 8,57 13,61 18,09 18,19 14,79 9,28 4,47 2,23
0,91
0
MT 20,95 14,52 17,93 18,33 13,33 7,89 4,07 1,82 0,83
Centro-Oeste
0,33
0
MS 13,83 12,02 16,61 19,84 16,77 11,17 5,68 2,5 1,13
0,45
0
GO 11,56 10,44 15,41 19,04 16,94 12,85 7,04 3,85 1,95
0,92
0
DF 12,26 9,54 13,67 17,05 16,15 13,06 8,35 5,24 3,11 1,58
0
SE 22,15 14,48 17,38 16,72 12,32

4,34 2,2 1,45 8,36
0,59
0
RN 27,93 15,38 16,57 15,58 11,06 7,34 3,59 1,66
0,77
0,12
0
PI
UF
22,21 15,31 17,34 16,56 11,5 7,4 4,6 2,54 1,73

0,8
0
PE 16,05 13,52 17,32 17,97 14,59 9,9 5,52 2,75 1,54
0,83
Nordeste
0
PB 20,98 13,82 16,43 17,17 12,78 8,74 5,04 2,74 1,52
0,77
0
MA 34,11 18,27 17,36 13,87 8,2 4,69 2,2 0,85 0,37
0,08
0
CE 20,51 14,31 17,24 17,94 13,03 8,81 4,5 2,13 1,11
0,43
0
BA 28,56 15,95 16,93 15,29 10,8 6,38 3,64 1,66 0,55
0,25
0
AL 24,32 16,33 18,81 16,8 12,49 6,36 3,27 1,13 0,44
0,06
0
TO 22,27 14,41 17,67 17,87 12,81 8,39 4,08 1,58 0,73

0,18
0
RR 26,71 16,97 18,25 15,9 10,69 6,34 2,8 1,19 0,97
0,17
0
RO 14,25 13,25 18,38 20,73 16,17 10,62 4,59 1,33 0,5
0,19
0
Norte
PA 32,7 18 17,78 14,03 8,4 4,68 2,08 1,190,81

0,34
0
AP 30,35 19,84 17,94 15,73 8,94 4,61 1,75 0,57
0,15
0,12
0
AM 36,79 17,83 17,21 13,34 8 0,69
4,16 1,67 0,23
0,07
0
AC 19,99 15,46 19,6 18,14 13,27 7,62 3,77 1,4 0,69
0,06
0
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
GRÁFICO 106
SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL –
231
obtidos no Saeb em 2019, por localização (rural e urbana), na 3ª e 4ª séries do ensino médio
tradicional para a área de Matemática em cada UF. Constata-se que tanto na área rural quanto
na urbana a maior concentração se encontra no nível 0, com 17 e 16 UFs, respectivamente, o que
representa 63% e 59,3% do total. A segunda maior concentração se dá nos níveis 2 e 3, na área
rural, com 4 UFs em cada, representando 29,6% nos dois níveis, e no nível 3, na área urbana, com
10 UFs, o que representa 37% do total.
Em comparação com o nível correspondente à média Brasil (nível 3, para a média de 277,3),
na zona rural, 7 UFs têm um porcentual de concentração total superior a 50% em nível igual ou
superior (nível ≥ 3) e apenas uma delas (Espírito Santo) possui uma concentração total superior a
60% nesses mesmos níveis. Já na área urbana são 10 UFs com porcentual de concentração total
superior a 50% em nível ≥ 3 e 4 UFs com concentração total superior a 60% nessa faixa igual ou
superior ao nível 3.
É importante chamar a atenção para as fortes concentrações de estudantes no nível 0 de
proficiência. Na área rural 11 UFs possuem concentração superior a 30%, sendo que em sete
delas essa concentração ultrapassa os 40%, das quais duas estão acima dos 50%: Amazonas,
com 61,5%, e Maranhão, com 51,4%. Na área urbana há três UFs com concentração superior a
30% nesse nível: Amazonas (32,3%), Maranhão (31,5%) e Pará (31,4%). Se for tomado também
o nível 1, tem-se duas UFs na área rural com índices altamente expressivos de concentração
nessa faixa: Amazonas, com 80%, e Maranhão, com 71,5%.
TABELA 53

(continua)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Rural 21,26 19,15 22,86 17,54 11,74 4,69 2,32 0,45 0 0 0
AC
Urbana 19,84 15,05 19,23 18,21 13,44 7,95 3,94 1,5 0,77 0,07 0
Rural 61,48 18,52 11,2 5,5 2,39 0,66 0,21 0,04 0 0 0

AM
Urbana 32,34 17,7 18,29 14,76 9,01 4,79 1,94 0,81 0,27 0,09 0
Rural 43,71 22,57 16,58 11,08 4,61 1,18 0,28 0 0 0 0

AP
Urbana 28,66 19,49 18,12 16,32 9,49 5,04 1,94 0,64 0,17 0,14 0
Rural 45,87 19,88 16,41 11,08 4,62 1,65 0,44 0,05 0 0 0

Norte PA
Urbana 31,36 17,81 17,92 14,33 8,78 4,98 2,25 1,31 0,89 0,37 0
Rural 12,38 16,49 25,52 25,35 11,1 6,37 2,79 0 0 0 0

RO
Urbana 14,29 13,17 18,2 20,62 16,29 10,72 4,64 1,36 0,51 0,19 0
Rural 45,53 21,16 21,17 8 3,93 0,21 0 0 0 0 0

RR
Urbana 23,59 16,28 17,77 17,21 11,81 7,35 3,26 1,39 1,13 0,2 0
Rural 30,53 15,35 19,84 15,19 7,54 6,25 3,95 0,97 0,38 0 0
TO
Urbana 21,96 14,38 17,59 17,97 13,01 8,47 4,09 1,6 0,74 0,19 0
232
TABELA 53
PROFICIÊNCIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NA 3ª E 4ª SÉRIES DO ENSINO MÉDIO TRADICIONAL POR
(continuação)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Rural 31,03 18,99 18,04 17,24 9,87 3,65 0,74 0,45 0 0 0
AL
Urbana 23,94 16,19 18,85 16,77 12,64 6,51 3,41 1,16 0,46 0,06 0
Rural 37,57 19,04 18,07 13,25 7,6 3,31 0,87 0,23 0,02 0,03 0
BA
Urbana 27,9 15,73 16,85 15,44 11,03 6,6 3,84 1,76 0,58 0,26 0
Rural 21,5 15,72 19,38 18,33 13,7 7,19 2,75 1,05 0,28 0,08 0
CE
Urbana 20,46 14,25 17,14 17,92 12,99 8,89 4,58 2,18 1,15 0,45 0
Rural 51,42 20,07 14,86 8,2 3,54 1,42 0,39 0,08 0,02 0 0
MA
Urbana 31,45 17,99 17,75 14,74 8,92 5,19 2,47 0,97 0,43 0,09 0
Rural 27,14 18,11 21,05 16,08 10 5,59 1,55 0,35 0,14 0 0

Nordeste PB
Urbana 20,82 13,71 16,31 17,2 12,86 8,83 5,13 2,8 1,56 0,79 0
Rural 18,46 15,24 19,24 17,72 13,01 8,24 5,1 2,13 0,64 0,23 0
PE
Urbana 15,93 13,43 17,23 17,99 14,67 9,99 5,54 2,78 1,59 0,86 0
Rural 43,89 20,78 16,67 11,4 4,57 2,28 0,2 0,21 0 0 0

PI
Urbana 20,96 15 17,38 16,85 11,9 7,7 4,85 2,67 1,83 0,85 0
Rural 46,64 22,96 14,33 9,73 4,68 1,16 0,21 0,14 0,14 0 0
RN
Urbana 27,35 15,14 16,64 15,76 11,26 7,53 3,7 1,7 0,79 0,12 0
Rural 31,02 18,55 20,26 16,45 8,54 3,81 1,37 0 0 0 0

SE
Urbana 21,76 14,3 17,26 16,74 12,49 8,56 4,47 2,3 1,51 0,62 0
Rural 13,51 13,78 20,84 20,22 16,33 9,7 4,18 1,42 0 0 0

DF

Urbana 12,23 9,46 13,54 16,99 16,15 13,12 8,43 5,31 3,17 1,61 0
Rural 14,33 10,87 18,16 20,23 18,22 11,44 3,9 2,64 0,2 0 0
GO
Centro- Urbana 11,52 10,43 15,38 19,02 16,93 12,87 7,08 3,87 1,97 0,93 0
Oeste
Rural 26,75 20,84 17,98 17,79 10,41 3,64 1,97 0,51 0 0,1 0
MS
Urbana 13 11,46 16,53 19,97 17,17 11,65 5,92 2,63 1,21 0,47 0
Rural 23,87 19,28 20,48 19,51 10,51 3,84 2,02 0,47 0 0 0

MT
Urbana 20,73 14,17 17,74 18,25 13,54 8,19 4,22 1,92 0,89 0,35 0
Rural 10,8 10,82 15,75 18,51 18,57 13,96 8,63 2,56 0,42 0 0
ES
Urbana 9,84 8,52 13,57 18,08 18,18 14,8 9,29 4,51 2,27 0,93 0
Rural 23,47 15,78 19,75 17,88 11,9 6,41 2,93 1,36 0,45 0,08 0
MG
Urbana 14,37 10,95 15 18,19 16,21 11,9 7,33 3,62 1,8 0,63 0
Sudeste
Rural 19,47 14,26 16,53 19,21 13,96 9,88 4,37 1,6 0,41 0,3 0
RJ
Urbana 18,21 12,12 15,9 17,14 14,58 10,46 5,96 3,19 1,7 0,73 0
Rural 13,79 11,93 15,25 19,69 16,76 12,24 7,1 2,49 0,57 0,2 0
SP
Urbana 15,31 11,92 15,79 18,41 15,57 11,25 6,47 3,46 1,32 0,5 0
233
TABELA 53
(conclusão)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Rural 14,53 13,75 18,51 19,46 16,71 10,02 5,1 1,61 0,3 0 0
PR
Urbana 11,92 10,11 14,82 18,11 16,54 12,71 8,33 3,75 2,51 1,19 0
Rural 14,67 12,86 19,08 23,4 17,38 8,67 2,95 0,78 0,2 0 0
Sul RS
Urbana 11,76 9,97 14,68 18,9 17,79 13,18 8,06 3,59 1,52 0,55 0
Rural 10,22 12,54 19,88 19,79 20,53 11,92 4,02 0,92 0,18 0 0
SC
Urbana 12,03 10,21 15,63 19,47 17,67 12,49 7,23 2,99 1,77 0,5 0
A Tabela 54 apresenta a distribuição porcentual dos estudantes por níveis de

proficiência obtidos no Saeb em 2019, por dependência administrativa na 3ª e 4ª séries
do ensino médio tradicional para a área de Matemática para cada UF. Constata-se que na
rede federal a maior concentração ocorre no nível 5, em seis das 19 UFs, e a segunda maior,
nos níveis 4 e 7, com quatro UFs em cada. Em todas as federais, a distribuição acontece
do nível 4 ao nível 8. Isso representa, em relação ao nível correspondente à média do
Brasil, que todas estão em patamar superior. É importante destacar que sete UFs (36,9%)
estão situadas nos níveis 7 e 8, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Ceará, Amazonas,
Pernambuco, Paraíba e Minas Gerais. Na rede privada, a maior concentração está no nível
5, com 18 UFs (66,7%), e a segunda situa-se no nível 6, em sete casos, perfazendo uma
porcentagem total de 92,6%. Em 96,3% das privadas, a concentração está em patamar

superior ao correspondente à média nacional. Na rede municipal, as concentrações estão
distribuídas quase igualmente nos níveis 0, 3, 4 e 5. Assim, em 50% delas a concentração
está em patamar superior ao correspondente à média nacional. Por sua vez, a rede estadual
possui 16 UFs com maior concentração no nível 0 (59,3%) e 11 UFs com maior concentração
no nível 3, correspondente ao nacional (40,7%).
Cabe destacar que a concentração englobando os níveis superiores, de 7 a 10, está
acima de 30% em 13 casos, sendo nove federais e quatro privadas, e que em duas federais,
Pernambuco e Minas Gerais, há significativas concentrações no nível 9, com 20% e 16,7%,
respectivamente. No que se refere às porcentagens no nível mais baixo (nível 0) nas redes
federal e privada, elas são pouco expressivas ou nulas, enquanto 10 UFs (37% do total)
com rede estadual e duas UFs (20% do total) com rede municipal apresentam concentração
superior a 25% (1/4 dos estudantes) nesse nível, com duas UFs tendo concentração
próximas a 40%, Bahia, com 39,9%, e Amazonas, com 38,1%, a primeira na rede municipal
e a segunda na estadual.
234
TABELA 54

(continua)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal 0 0 7,14 11,9 16,67 33,33 21,43 9,52 0 0 0
Estadual 21,13 16,17 20,44 18,46 13,17 6,71 2,88 0,89 0,14 0 0
AC
Municipal
Privada 1,69 4,41 5,94 13,16 14,77 21,26 17,77 9,56 10,32 1,12 0
Federal 3,22 3,89 6,73 15,29 13,66 12,61 17,52 19,01 5,49 2,57 0
Estadual 38,05 18,23 17,49 13,32 7,68 3,51 1,22 0,38 0,1 0,02 0
AM
Municipal
Privada 7,67 8,95 11,12 13,59 15,78 20,22 11,55 6,73 3,07 1,31 0
Federal
Estadual 32,53 21,19 18,56 15,29 8,15 3,2 0,9 0,1 0,03 0,06 0
AP
Municipal
Privada 9,73 7,04 12,11 19,92 16,44 17,89 9,82 5 1,32 0,75 0
Federal 3,92 6,07 10,77 11,43 14,7 18,07 11,88 9,48 10,98 2,71 0
Estadual 35,62 19,39 18,77 14,2 7,64 3,07 0,98 0,23 0,07 0,01 0
Norte PA
Municipal
Privada 5,87 5,21 8,64 12,44 15,41 19,45 12,18 10,03 7,48 3,31 0

Federal
Estadual 14,94 13,76 19,09 21,19 15,93 9,95 4 0,93 0,15 0,05 0
RO
Municipal
Privada 4,63 6,22 8,5 14,34 19,48 19,81 12,81 6,82 5,29 2,12 0
Federal 0 0 3 11,2 13,8 24,6 10,8 16,8 14,6 5,2 0

Estadual 28,57 18,13 19,38 16,65 9,99 4,88 1,82 0,26 0,27 0,04 0
RR
Municipal
Privada 4,73 3,4 4,73 6,05 20,04 24,01 15,31 11,91 8,7 1,13 0
Federal
Estadual 23,62 15,28 18,55 18,53 12,73 7,43 2,94 0,73 0,16 0,03 0
TO
Municipal
Privada 3,7 2,51 5,54 8,79 13,96 21,6 19,77 13,31 8,53 2,28 0
235
TABELA 54

(continuação)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal
Estadual 27,82 18,24 19,55 17,18 10,43 4,75 1,5 0,41 0,11 0,01 0
AL
Municipal
Privada 6,79 6,84 15,08 14,87 22,81 14,4 12,14 4,71 2,08 0,29 0
Federal 1,25 3,64 7,05 7,81 22,89 21,53 16,6 10,59 5,29 3,32 0
Estadual 31,26 17,49 17,98 15,79 9,94 4,93 1,9 0,57 0,11 0,03 0
BA
Municipal 39,85 20,16 18,69 12,83 5,58 2,01 0,88 0 0 0 0
Privada 5,25 2,76 8 11,26 18,28 18,73 18,48 10,92 4,23 2,1 0
Federal 0 2,29 8,48 5,19 15,58 14,71 14,11 22,47 9,98 7,19 0
Estadual 22,11 15,55 18,59 18,6 12,91 7,34 3,24 1,19 0,38 0,09 0
CE
Municipal
Privada 8 4,59 6,57 12,77 13,9 20,44 14,45 9,36 6,83 3,09 0
Federal 4,54 6,4 7,39 8,68 22,5 19,88 21,52 5,52 3,56 0 0
Estadual 35,6 18,94 17,69 13,84 7,66 3,96 1,59 0,56 0,14 0,03 0
Nordeste MA
Municipal 24,67 14,27 12,98 14,29 13 7,8 10,4 2,6 0 0 0
Privada 6,6 5,88 11,5 14,4 18,09 18,16 13,2 6,34 4,71 1,11 0
Federal 0 0 0 2,44 7,32 17,07 31,71 4,88 31,71 4,88 0
Estadual 24,77 16,09 18,56 18,29 12,26 6,58 2,43 0,78 0,18 0,06 0
PB
Municipal 0 7,14 14,29 21,43 14,29 28,57 7,14 7,14 0 0 0
Privada 4,39 3,86 7,12 12,29 15,16 18,22 16,41 11,39 7,25 3,9 0
Federal 1,12 0,79 3,7 5,02 5,66 12,61 16,55 13,85 20,72 19,96 0
Estadual 17,98 14,94 18,8 18,98 14,34 8,53 4,09 1,69 0,52 0,13 0
PE
Municipal 13,18 12,12 6,06 18,26 24,32 22,73 3,33 0 0 0 0
Privada 3,36 4,3 7,88 11,79 17,11 19,55 14,95 9,48 7,34 4,24 0
Federal 5,62 3,65 6,23 14,03 19,01 21,44 13,76 10,16 4,07 2,03 0
Estadual 25,46 17,43 19,31 17,49 10,79 6,08 2,36 0,77 0,27 0,04 0
PI
Municipal 27,72 31,84 16,72 14,25 7,24 0 2,23 0 0 0 0
Privada 3,74 3,13 6,22 11,21 15,51 14,77 17,41 12,62 10,22 5,17 0
236
TABELA 54

(continuação)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal
Estadual 32,55 17,37 18,09 16,12 9,46 4,71 1,3 0,29 0,1 0,01 0
RN
Municipal
Privada 4,56 5,3 8,88 12,81 19,16 20,66 15,21 8,57 4,2 0,63 0
Nordeste
Federal 0 3,9 7,25 18,32 26,89 21,9 13,95 7,79 0 0 0
Estadual 26,22 16,66 19,51 17,35 11,34 5,9 2,08 0,65 0,21 0,06 0
SE
Municipal
Privada 5,3 5,41 8,59 14,02 16,2 18,54 13,73 8,65 6,7 2,85 0
Federal 0 3,19 0,92 9,02 21,56 24,9 15,38 14,01 4,98 6,03 0
Estadual 16,18 12,29 17,36 20,91 16,85 10,17 4,55 1,23 0,37 0,1 0
DF
Municipal
Privada 2,58 2,63 4,65 7,28 13,99 20,03 18,02 15,33 10,26 5,24 0
Federal 0 5,91 9,53 14,55 26,81 31,38 8,64 3,18 0 0 0
Estadual 13,2 11,9 16,87 20,63 17,35 11,75 5,59 2,05 0,53 0,14 0
GO
Municipal 7,29 7,14 13,77 12,88 18,47 19,28 10,39 6,72 3,38 0,68 0
Privada 3,14 2,85 7,84 10,83 14,73 18,37 14,53 13,26 9,41 5,02 0

Centro-
Oeste
Federal 2,62 0,87 1,89 3,46 9,83 8,19 21,01 25,54 15,41 11,18 0
Estadual 15,15 13,11 18,09 21,29 16,83 10,38 3,79 1,1 0,22 0,04 0
MS
Municipal
Privada 3,63 3,73 5,33 8,86 16,55 17,73 20,23 12,79 7,91 3,23 0
Federal
Estadual 22,76 15,79 19,32 19,17 13,14 6,63 2,42 0,67 0,08 0,02 0
MT
Municipal
Privada 3,76 2,49 4,79 10,4 15,14 19,79 19,66 12,74 7,99 3,24 0
Federal
Estadual 11,3 9,68 15,41 19,91 19,31 13,86 7,3 2,44 0,7 0,1 0
Sudeste ES
Municipal
Privada 1 1,68 2,56 6,9 11,26 20,52 21,49 16,99 11,68 5,92 0
237
TABELA 54

(conclusão)
REGIÃO UF
ADMINISTRATIVA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Federal 1,16 0,63 0,94 2,89 6,26 9,28 14,81 18,31 28,97 16,74 0
Estadual 16,27 12,37 16,72 19,73 16,57 10,89 5,16 1,72 0,46 0,11 0
MG
Municipal 7,83 6,92 12,14 18,11 21,22 18,98 10,16 3,55 1,02 0,07 0
Privada 1,55 0,96 2,53 5,87 12,25 18,61 23,84 18,28 11,74 4,38 0
Federal 2,24 1,04 1,76 4,07 8,84 19,26 24,73 19,93 12,73 5,41 0
Estadual 22,5 14,92 18,26 19,08 13,71 7,52 2,96 0,82 0,2 0,04 0
Sudeste RJ
Municipal 13,29 7,66 12,44 20,2 16,43 16,89 7,08 4,59 1,17 0,25 0
Privada 5,71 4,18 9,32 11,82 17,53 19,09 14,28 9,63 5,78 2,66 0
Federal
Estadual 17,65 13,69 18,13 19,92 15,62 9,3 4,03 1,25 0,33 0,08 0
SP
Municipal 15,37 10,52 12,87 17,59 15,3 14,1 9,18 3,03 1,48 0,56 0
Privada 3,41 3,05 4,18 10,89 15,42 21,01 18,68 14,52 6,25 2,58 0
Federal 1,85 3,05 4,04 9,79 17,91 12,75 17,45 17,68 10,35 5,14 0
Estadual 14,18 12,06 17,29 20,3 17,59 11,39 5,03 1,58 0,47 0,11 0
PR
Municipal
Privada 1,74 1,63 3,89 7,97 11,48 18,49 23,4 13,54 11,77 6,09 0
Federal 2,09 1,23 3,72 5,86 9,94 19,07 19,87 13,85 13,67 10,7 0
Estadual 13,4 11,36 16,75 21,1 18,29 11,9 5,13 1,55 0,44 0,09 0
Sul RS
Municipal 10,89 15,48 14,22 22,54 18,34 11,93 5,11 1,12 0,37 0 0
Privada 3,86 2,97 4,74 8,06 15,31 19,19 22,63 13,84 6,77 2,64 0
Federal 5,09 0 12,21 4,7 14,47 14,78 19,72 24,34 4,7 0 0

Estadual 13,75 11,95 17,62 21,39 18,28 11,15 4,51 1,11 0,21 0,03 0
SC
Municipal 6,41 3,16 6,12 14,1 18,22 21,92 14,33 13,23 2,51 0 0
Privada 2,16 0,92 5,2 8,91 14,63 19,81 21,96 12,99 10,36 3,05 0
238
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do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial
profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 17 jul. 2018. Seção 1, p. 1.
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escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis
nºs 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho
239
de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a
Lei nº 8.913, de 12 de julho de 1994; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 17 jun. 2009. Seção 1, p. 2.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014. Seção 1, p. 1.
BRASIL. Lei nº 13.853, de 8 de julho de 2019. Altera a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018,
para dispor sobre a proteção de dados pessoais e para criar a Autoridade Nacional de Proteção
de Dados; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 jul. 2019. Seção 1, p. 1.
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Relatorio de Resultados Do Saeb 2019 Volume 1

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RELATÓRIO DIRETORIA DE AVALIAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO | MEC

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS

DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA | DAEB

DIRETORA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

DIRETOR DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

DIRETOR DE ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS

DIRETOR DE ESTUDOS EDUCACIONAIS

DIRETOR DE GESTÃO E PLANEJAMENTO

DIRETOR DE TECNOLOGIA E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES EDUCACIONAIS

ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ESTUDOS EDUCACIONAIS (DIRED)

A exatidão das informações e os conceitos e opiniões emitidos

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

GRÁFICO 1 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA DOS ESTUDANTES

GRÁFICO 2 SAEB 2019 – MÉDIA DO VALOR DO INSE POR REGIÃO E UF,

5º E 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SÉRIES FINAIS DO ENSINO MÉDIO

GRÁFICO 3 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO QUANTITATIVA DOS ESTUDANTES

GRÁFICO 4 SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE DECLARARAM

SOCIOECONÔMICO, UTILIZANDO O PESO AMOSTRAL....................................... 56

GRÁFICO 5 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES DE

GRÁFICO 6 SAEB 2019 – PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE INFORMARAM

GRÁFICO 8 SAEB 2019 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROFESSORES E DIRETORES

GRÁFICO 9 SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS (%) OBTIDAS A PARTIR DOS

GRÁFICO 10 SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS (%) OBTIDAS A PARTIR DOS

GRÁFICO 11 SAEB 2019 – FREQUÊNCIAS (%) OBTIDAS A PARTIR DOS

GRÁFICO 12 PORCENTUAL DE DISTRIBUIÇÃO (%) POR REGIÃO E NO BRASIL

GRÁFICO 13 SAEB 2019 – TEMPO DE DESLOCAMENTO SEGUNDO A ÁREA RURAL

GRÁFICO 14 SAEB 2019 – TEMPO DE DESLOCAMENTO ATÉ A ESCOLA SEGUNDO

GRÁFICO 15 SAEB 2019 – FORMA DE TRANSPORTE ATÉ A ESCOLA SEGUNDO

GRÁFICO 16 SAEB 2019 – AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA SALA DE AULA

GRÁFICO 17 PORCENTAGEM DE PROFESSORES QUE AVALIARAM O ASPECTO DA

GRÁFICO 18 SAEB 2019 – AUSÊNCIA DE RECURSOS PEDAGÓGICOS INFORMADA

GRÁFICO 19 EVOLUÇÃO DAS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA

GRÁFICO 21 VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA

GRÁFICO 22 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO

GRÁFICO 23 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

GRÁFICO 24 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

GRÁFICO 25 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

GRÁFICO 26 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

GRÁFICO 27 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA

5º E 9º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SÉRIES FINAIS DO ENSINO MÉDIO

GRÁFICO 28 COMPARATIVO ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

GRÁFICO 29 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

GRÁFICO 30 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

GRÁFICO 32 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA

GRÁFICO 33 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA

GRÁFICO 34 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO DO

GRÁFICO 35 VARIAÇÃO DA PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO

GRÁFICO 36 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM MATEMÁTICA NO 5º ANO

GRÁFICO 37 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

GRÁFICO 38 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

(CAPITAL E INTERIOR) – BRASIL – 2019.................................................................. 124

GRÁFICO 39 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

GRÁFICO 40 DIFERENÇA ENTRE AS PROFICIÊNCIAS MÉDIAS NO SAEB EM

LOCALIZAÇÃO (RURAL E URBANA) – UNIDADE DA

GRÁFICO 41 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS DA

GRÁFICO 42 COMPARATIVO ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

GRÁFICO 44 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

GRÁFICO 45 DIFERENÇA ENTRE A DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS

GRÁFICO 46 DISTRIBUIÇÃO PORCENTUAL DOS ESTUDANTES POR NÍVEIS

GRÁFICO 47 MÉDIAS NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA NO 9º ANO

GRÁFICO 48 PROFICIÊNCIA MÉDIA NO SAEB EM LÍNGUA PORTUGUESA