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#01
Como aprender

idiomas (de verdade)

Licenciado para: Matheus Magalhães de Sousa | mtdsousa19@gmail.com | 12332201793 | Protegido por AlpaClass.com #oP2iA
1. Dois ouvidos, uma boca;
Nosso cérebro é estruturado para desenvolver a fala
pela escuta e melhorá-la pela leitura, não o contrário.

Começar pela gramática = ERRADO

Começar por ouvir + associar = CORRETO

Prova disso: foi EXATAMENTE assim que a gente


aprendeu português (ouvindo “papai” e “mamãe” mil
vezes até falar).

Aliás, você provavelmente sabe algumas coisas em


outros idiomas justamente por já ter ouvido várias
vezes.

Exemplos: oh my God, My name is…, smart (smartphone,


smartfit etc.), bonjour, ciao, me gusta etc.

Key takeaway (conclusão principal): OUVIR mais


(exposição a conteúdo),

ANALISAR menos (gramática).

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2. Encontre o SEU flow
(Mihaly Csikszentmihalyi)
A teoria do flow diz o seguinte: se não houver equilíbrio
entre a dificuldade de uma tarefa e a nossa
competência atual, não vamos conseguir avançar.
Dois problemas possíveis:

1. Tarefa muito fácil pra nossa competência atual =


ficamos entediados e desmotivados pela sensação de
estar perdendo tempo por já saber aquilo (exemplo: ver
aulinha de verbo to be ou de como dizer as cores em
inglês já sabendo disso).

2. Tarefa muito difícil pra nossa competência atual =


ficamos ansiosos e preocupados pela sensação de
incapacidade por conta da dificuldade alta (exemplo:
ser obrigado a falar numa aula de curso sem ter o
vocabulário necessário).

Solução: achar um conteúdo que te ajude de acordo


com a SUA competência.

Dica do prof. Pierluigi Piazzi sobre leitura: “O livro tá


chato? troca. Você não quer ler um livro, você quer
aprender a gostar de ler. Só assim você se torna um
leitor.”

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Com o conteúdo no idioma é igual, mas com uma
pequena alteração: não tá entendendo quase nada?
troca. Você não quer ver um conteúdo, você quer
entender um idioma. Só assim você se torna um
falante.

Problema de cursos e de alguns professores


particulares: ditam o que você deve consumir sem
considerar sua capacidade e seus gostos.

Key takeaway: o CONTEÚDO é que deve ser adaptado a


você, não VOCÊ a ele.

3. How, when and where


(Como, quando e onde)
- Como você vai consumir os conteúdos: como
ferramentas de estudo, não só entretenimento.

Entreter = entre + ter, ou seja, algo que te “tem”, que te


prende (não é atoa que em português dizemos “esse
filme/essa série te prende” quando é interessante).

Se você só enxergar o conteúdo como entretenimento,


não vai usá-lo pra aprender o idioma.

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Pra isso, deixe apps como o Google Tradutor ou DeepL
abertos pra traduzir as coisas que te chamarem
atenção, o Reverso Context pra traduzir pequenas
frases como expressões ou frases feitas e repita as
partes do conteúdo com a velocidade diminuída
sempre que quiser se concentrar em alguma palavra/
frase ou quando falarem muito rápido (a maioria dos
serviços de streaming hoje tem essa opção.

Geralmente eu coloca na velocidade 0.75x ou 0.50x).

Como você vai achá-los: pesquisando o que você


pesquisaria no seu idioma sobre o que você gosta, mas
no outro idioma.

Abre o tradutor, escreve em português a frase que você


pesquisaria pra achar conteúdo que te interesse, copie a
tradução que aparecer no outro idioma, cole na barra de
pesquisa do YouTube, Google, Twitter

Exemplos disso:

Gosta de economia = escreva algo que te interesse


como “o que causou a crise de 2008” no tradutor, copie
a tradução e pesquise no YouTube/Google.

Gosta de viagens = escreva algo como “melhores lugares


para visitar na América Latina” no tradutor, copie a
tradução e pesquise no YouTube/Google.

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Gosta de psicologia = escreva algo tipo “como mudar a

personalidade” no tradutor, copie a tradução e pesquise

no YouTube/Google.

No YouTube, depois de fazer a pesquisa, clique nos 3

pontos de filtros de pesquisa e ative o filtro Closed

Captions/Legenda. O YouTube vai atualizar os

resultados e listar apenas os canais naquele idioma que

tenham legendas dedicadas.

Mas não esquece! Sua mente precisa entender que esse

momento com o idioma é um momento de

aprendizagem, e só vai realmente sê-lo se você tiver

foco.

Quando passar tempo com o idioma, ignore as

notificações, esqueça as redes sociais, as mensagens do

WhatsApp etc. O momento é de ESTUDO, e estudo

requer atenção isolada.

- Quando você vai consumi-los: sempre que possível

na sua rotina.

O gringo só fala o idioma dele melhor do que você

porque já passou literalmente MILHARES de horas com

o idioma todos os dias. Pra aprender o mais rápido

possível, passe a maior quantidade de tempo possível

com o idioma todos os dias.

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MUITO importante: fazer uso de Habit Stacking
(empilhamento de hábitos).

No livro “Hábitos Atômicos”, o autor James Clear cita o


empilhamento de hábitos como um jeito ótimo de
integrar novos hábitos à nossa rotina.

“Em vez de parear seu novo hábito com um horário e


local específicos, você o pareia a um hábito atual.”

“A fórmula de empilhamento de hábitos é: “Depois de


[HÁBITO ATUAL], eu irei [NOVO HÁBITO].”

Use as coisas que você já faz no dia a dia como gatilho


pra passar tempo com o idioma. Por exemplo:

> Depois de entrar no ônibus/metrô/Uber/carro, eu irei


ouvir um podcast de Inglês para iniciantes.

> Depois de chegar em casa do trabalho, eu irei ver


vídeos em Francês de professores falando devagar com
legenda.

> Depois de terminar uma tarefa doméstica, eu irei ler


algo no idioma no Quora (site/app de perguntas e
respostas).

Onde a maioria das pessoas erra: não faz isso em


momentos que poderia tranquilamente fazer.

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Onde a maioria das pessoas erra: não faz isso em
momentos que poderia tranquilamente fazer.

Eu já me acostumei a ir tomar banho e deixar um vídeo


no YouTube ou podcast em outro idioma rolando pra
poder praticar mais, ou enquanto tô treinando na
academia (quem me acompanha no insta sabe), ou
quando tô lavando louça, caminhando pra algum lugar
etc. Já fiz tantas vezes que hoje é automático.

- Onde você vai consumi-los: em plataformas de


streaming, redes sociais e Google.

Geralmente recomendo esses 3 porque dá pra fazer em


qualquer hora e lugar, seja pelo celular, computador, em
casa ou não etc.

Se você tiver outras possibilidades (já mora em outro


país, tem uma televisão que pega canais estrangeiros,
tem muitos amigos que falam esse idioma etc.), FAÇA
USO DISSO!

O que você precisa ter em mente é: adapta o formato do


conteúdo pra sua possibilidade. Se você passa muito
tempo em transporte público, faz mais sentido ouvir
podcasts ou rádio, já que às vezes tem tanta gente que
não tem nem como tocar no celular, ou simplesmente
por prudência de não ficar mexendo no celular em
público. Se faz muitos exercícios em lugares públicos ou
na academia, mesma coisa.

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O idioma precisa ser PARTE da sua vida, só assim ele

vai se tornar algo normal e uma hora ser realmente seu

(razão pela qual você é fluente em português e o gringo

não).

Tomando minha aprendizagem de francês como

exemplo, desenvolvi toda minha base em 2019 ouvindo

rádio e podcasts no ônibus e metrô indo trabalhar.

Alcancei a fluência vendo desenhos no computador em

casa (Caillou e o Incrível Mundo de Gumball) todos os

dias enquanto almoçava e vídeos de canais que falavam

sobre temas que gostava quando estava livre em casa,

ou quando podia mexer no celular no transporte

público, ou enquanto esperava algum aluno numa

empresa etc. e fazendo chamadas de vídeo com pessoas

que conheci no app HelloTalk, que é como uma rede

social pra pessoas que querem praticar idiomas.

Key takeaway: otimize a sua rotina pra passar o máximo

de tempo com o idioma possível.

3. How, when and where

(Como, quando e onde)

Falar um novo idioma requer muito tempo investido

ouvindo, vendo, lendo e falando. Isso significa que você

literalmente precisa treinar seus ouvidos, olhos, boca e

cérebro de maneira geral até ser conseguir desenvolver

competência.

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O problema é que, na maioria das vezes, o nosso
primeiro contato com esse idioma é na escola ou num
curso, onde nos fazem vê-lo como só uma outra matéria.

A partir do momento em que você enxerga o idioma


como uma outra matéria, você só se importa em
conseguir a nota necessária pra passar.

Na prática, isso quer dizer que você só vai passar tempo


com ele o suficiente pra memorizar algumas coisas para
as provas e depois vai esquecer.

A quantidade de brasileiros que já fez VÁRIOS cursos e


mesmo assim não aprendeu não é de estranhar.

Não bastasse isso de ver o idioma como uma matéria,


ainda há o fato de que as pessoas entram nos cursos
mais por obrigação do que por desejo, até porque
acham que é a única forma de aprender já que é a
realidade na qual elas cresceram e portanto acham
normal.

Para e pensa nas habilidades que você já desenvolveu


na sua vida. Não levaram muito tempo até aprender?
Você não errou várias vezes até conseguir? Não teve
momentos onde achou que seria impossível? Pois é,
mas você conseguiu porque passou muito tempo
praticando. É o mesmo com idiomas. passou muito
tempo praticando. É o mesmo com idiomas.

Key takeaway: a fluência só vem USANDO o idioma. Sai


do mundo da teoria, vem pro mundo da prática.
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3. How, when and where
(Como, quando e onde)
O inglês não é uma ferramenta pra usar no trabalho. O
francês não é um negócio pra colocar no currículo. O
espanhol também não.

Quando você aprende um outro idioma, você enriquece


a pessoa que você é. Nesse momento você está num
processo de transformação de si mesmo. Entenda que
não vai ser do dia pra noite, nem de uma semana pra
outra, nem de um mês pro outro.

Tem que fazer parte da sua vida.

Se em 2019 alguém me dissesse que eu falaria 6


idiomas, teria dezenas de milhares de pessoas seguindo
meu trabalho, teria vivido experiências inesquecíveis
com amigos que fiz de vários países e estaria realizando
um sonho de ajudar milhares de pessoas a aprender
idiomas, eu sem dúvida riria e diria “claro, acredito…”.

Agora imagina o mesmo com você. Imagina o que tá


você deixando de viver por não ter esse idioma na sua
vida. As pessoas que você deixou de conhecer. As
oportunidades que você deixou de ter. As experiências
que você deixou de viver.

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5. Fazer -> Ser
Existe um provérbio africano que aprendi pelo italiano
que diz: “Ciò che non hai mai visto lo trovi dove non sei
mai stato.”

Traduzindo, “O que você nunca viu se encontra onde


você nunca esteve.”

Você vai ter que desenvolver novos hábitos. Vai se sentir


desconfortável. Vai achar que não vai dar certo. Mas
você tem que continuar. É só fazendo o que você
nunca fez que você se torna o que você nunca foi.

Key takeaway: o idioma vai mudar a sua vida de jeitos


que você ainda não consegue imaginar. Começa AGORA
e NÃO PARA! FAZER leva a SER!

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