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UNIVERSIDADE CEUMA

CAMPUS IMPERATRIZ

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

VINICIUS COSTA BAÍA - 016017

PROPOSTA DE UM CENTRO DE ENSINO PARA O PÚBLICO INFANTIL NO

BAIRRO SANTA INÊS IMPERATRIZ – MA

IMPERATRIZ-MA
2023
VINICIUS COSTA BAÍA - 016017

PROPOSTA DE UM CENTRO DE ENSINO PARA O PÚBLICO INFANTIL

NO BAIRRO SANTA INÊS IMPERATRIZ – MA

Projeto de pesquisa de trabalho final de Graduação


em Arquitetura e Urbanismo submetido à
Universidade Ceuma, Campus Imperatriz como
requisito necessário para qualificação.

Orientador(a): Dra. Danielle de Cassia


Santos de Viveiros

IMPERATRIZ-MA
2023
VINICIUS COSTA BAÍA - 016017

PROPOSTA DE UM CENTRO DE ENSINO PARA O PÚBLICO INFANTIL NO


BAIRRO SANTA INÊS IMPERATRIZ – MA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade CEUMA como requisito


parcial para a obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo,submetido à
Banca Examinadora composta pelos Professores.

BANCA EXAMINADORA

Dra. Danielle de Cassia Santos de Viveiros


Orientadora

2º Membro da Banca

3º Membro da Banca

Julgado em: / / .
Conceito_________________
AGRADECIMENTOS

A Deus, por permitir o dom da vida, por permitir alcançar os objetivos acadêmicos e ultrapassar
as adversidades ao longo da realização deste singelo e valoroso trabalho e pelo meu e Tio Pastor
Pedro Virgolino de Freitas Baía que orou minutos após o meu nascimento declarando sucesso
e bençãos sobre a minha vida. Agradeço também a todos que me apoiaram ao longo desta
jornada, especialmente aos meus pais, Denílson Sandro Virgolino Baía e Dilce Maria Lopes da
Costa, que estiveram ao meu lado em todos os momentos, principalmente nos desafios, sempre
me apoiando e me encorajando a continuar e nunca pensar em desistir. Sou grato ao Sr. Luis
Sergio dos Santos Pereira, que contribuíram significativamente para a conclusão deste curso.
Agradeço aos meus amigos, pela amizade incondicional e pelo apoio demonstrado durante todo
o período em que me dediquei a este trabalho. Por fim, agradeço à minha orientadora Danielle
de Cassia Santos de Viveiros, que buscou extrair o melhor de mim para que os resultados deste
trabalho fossem os melhores possíveis.
RESUMO

As práticas de ensino se desenvolveram durante o início do período colonial português no


Brasil, apesar dos desafios que tem enfrentado ao longo dos anos, incluindo a falta de
investimento e a governação inadequada, a educação continua a ser de vital importância,
especialmente para as crianças que representam o futuro do país. Contudo, as instituições de
ensino são importantes não só pelo ensino, mas também pela arquitetura dos seus espaços, o
que afeta diretamente o desempenho dos alunos. Portanto, este trabalho tem como objetivo
compreender e aplicar a relação entre arquitetura e educação infantil. Este estudo enfoca o
desenvolvimento de um centro educacional de educação infantil, sendo uma proposta
preliminar de projeto, com salas do berçário até a alfabetização, atendendo crianças de 0 a 5
anos de idade no bairro Santa Inês em Imperatriz -MA. Para tanto, foram realizadas pesquisas
aplicadas até a conclusão do projeto de construção, utilizando bibliografias, referências locais
e legislação regulamentadora. Desta forma, é possível desenvolver propostas arquitetônicas que
tenham em conta diferentes áreas do conhecimento e que pretendam ter o impacto mais positivo
na educação das crianças e no desempenho funcional do pessoal do Centro Educacional Ipê.

Palavras-chave: Desempenho; Ensino; Educação; Arquitetura; Berçário; Alfabetização.


ABSTRACT

Teaching practices have evolved since the beginning of the Portuguese colonial period in Brazil.
Despite the challenges it has faced over the years, including lack of investment and inadequate
governance, education remains of vital importance, especially for children who represent the
future of the country. However, educational institutions are important not only for teaching, but
also for the architecture of their spaces, which directly affects student performance. Therefore,
this work aims to understand and apply the relationship between architecture and early
childhood education. This study focuses on the development of an early childhood education
center, being a preliminary project proposal, with rooms from the nursery to literacy, serving
children from 0 to 5 years old in the Santa Inês neighborhood in Imperatriz -MA. For this,
applied research was carried out until the conclusion of the construction project, using
bibliographies, local references, and regulatory legislation. In this way, it is possible to develop
architectural proposals that take into account different areas of knowledge and that aim to have
the most positive impact on the education of children and the functional performance of the
staff of the Ipê Educational Center.

Keywords: Performance; Teaching; Education; Architecture; Nursery; Literacy.


LISTA DE FIGURAS
Figura 3.3.1.1 – A Green School, em Bali na Indonésia ................................................. 26
Figura 3.3.2.1 – A Creche Municipal Hassis, em Florianópolis ............................................ 27
Figura 4.1.1 – Imperatriz – MA .................................................................................. 28
Figura 4.1.2 – Bairro Santa Inês ................................................................................. 29
Figura 4.1.3 – Terreno................................................................................................. 30
Figura 4.1.4 – Topografia do terreno .......................................................................... 30
Figura 4.1.5 – Estudo solar .......................................................................................... 31
Figura 4.1.6 – Zoneamento do terreno ....................................................................... 32
Figura 4.2.1 – Mapa de fluxo viário ........................................................................... 33
Figura 4.2.2 – Mapa de usos do solo .......................................................................... 33
Figura 4.2.3 –Mapa de visadas................................................................................... 34
Figura 4.2.4 – Foto do terreno 1 ................................................................................. 34
Figura 4.2.5 – Foto do terreno 2 ................................................................................. 35
Figura 5.3.1 – Fluxograma ........................................................................................... 41
Figura 5.4.1 – Setorização ........................................................................................... 42
Figura 6.1.1 – Fachada ..................................................................................................... 43
Figura 6.1.2 – Parquinho ........................................................................................................ 44
Figura 6.2.1 – Planta de implantação ......................................................................... 45
Figura 6.2.2 – Sala de aula ......................................................................................... 46
Figura 6.2.3 – Quadra poliesportiva ........................................................................... 46
Figura 6.3.1 – recorte da planta de implantação ........................................................ 49
Figura 6.3.2 – Planta baixa ......................................................................................... 50
Figura 6.4.1 – Planta de cobertura.............................................................................. 52
Figura 6.5.1 – Fachada frontal ................................................................................... 53
Figura 6.5.2 – Fachada lateral esquerda .................................................................... 53
Figura 6.5.3 – Fachada lateral direita ........................................................................ 53
Figura 6.6.1 – Corte A ................................................................................................ 54
Figura 6.6.2 – Corte B ................................................................................................ 54
Figura 6.8.1 – Zoneamento do terreno ......................................................................... 55
Figura 6.9.1 – Local do ponto de ônibus ................................................................... 57
LISTA DE TABELAS

Tabela 5.2.1 – Quantitativo de alunos e professores...............................................................38


Tabela 5.2.2 – Pré-dimensionamento......................................................................................39
Tabela 6.1.1 – Tabela de cores usadas.....................................................................................43
Tabela 6.2.1 – Quadro de áreas...............................................................................................47
Tabela 6.3.1 – Programa de necessidades final.......................................................................47
Tabela 6.9.1 – Certificação LEED..........................................................................................56
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 9
1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................ 9
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 11
1.3 OBJETIVOS...................................................................................................................... 15
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 15
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 15
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................................................... 16
3. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 17
3.1 ARQUITETURA ESCOLAR BRASILEIRA .................................................................... 17
3.2 ARQUITETURA ESCOLAR E SUSTETABILIDADE .................................................... 24
3.3 REFÊRENCIAS PROJETUAIS ......................................................................................... 25
3.3.1 A Green School, em Bali na Indonésia ........................................................................ 25
3.3.2 A Creche Municipal Hassis, em Florianópolis ............................................................ 27
4. CONDICIONANTES PROJETUAIS ............................................................................... 28
4.1 LEVANTAMENTO DO TERRENO................................................................................ 28
4.2 ESTUDO DO ENTORNO ................................................................................................ 32
5. ESTUDO PRELIMINAR .................................................................................................. 35
5.1 CONCEITO DE PARTIDO .............................................................................................. 35
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................................... 36
5.3 FLUXOGRAMA ............................................................................................................... 40
5.4 SETORIZAÇÃO ............................................................................................................... 41
6. PROJETO .......................................................................................................................... 42
6.1 INFORMAÇÕES GERAIS ............................................................................................... 42
6.2 IMPLANTAÇÃO .............................................................................................................. 44
6.3 PLANTA BAIXA ............................................................................................................. 47
6.4 COBERTURA ................................................................................................................... 52
6.5 FACHADAS ..................................................................................................................... 52
6.6 CORTES............................................................................................................................ 53
6.6 SISTEMA CONSTRUTIVO............................................................................................. 54
6.8 PARÂMETROS LEGAIS ................................................................................................. 55
6.9 SUSTENTABILIDADE.................................................................................................... 56
6.10 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS ............................................................................... 58
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 58
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 59
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1. INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

De acordo com a Constituição Federal de (1988) e pela Lei de Diretrizes e Bases da


Educação de (1996), No Brasil, a educação escolar é um direito garantido, sendo organizada
em três níveis: educação básica, educação superior e educação profissional. A educação básica
é obrigatória para todos os brasileiros entre 4 e 17 anos e compreende a educação infantil, o
ensino fundamental e o ensino médio. A educação superior é destinada aos que concluíram o
ensino médio e abrange os cursos de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisa. A
educação profissional é voltada para a formação técnica e tecnológica dos trabalhadores,
podendo ser integrada aos demais níveis de ensino.

Como mostra a Lei de Diretrizes e Bases da Educação de (1996), a escola no Brasil


enfrenta diversos desafios, como a qualidade do ensino, a infraestrutura, a valorização dos
professores, a evasão escolar, a inclusão, a diversidade, a violência, entre outros. Para superar
esses desafios, é preciso investir na educação como uma política pública prioritária, que envolva
o governo, a sociedade civil, as famílias e os estudantes. A escola precisa ser um ambiente
acolhedor, democrático, participativo e inovador, que estimule o aprendizado significativo e o
protagonismo dos alunos.

De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica (2021) o Maranhão, estado


localizado na região Nordeste do Brasil, a situação da educação é ainda mais crítica do que a
média nacional. O Maranhão apresenta os piores indicadores educacionais do país, como o
menor percentual de pessoas com nível superior completo (9,1%), o maior percentual de
pessoas sem instrução (16,6%) e a quarta maior taxa de analfabetismo (15,6%) entre as pessoas
com 15 anos ou mais. Além disso, o estado tem baixo desempenho nos exames nacionais de
avaliação da educação básica, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e
o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Os motivos apontados para essa realidade são diversos, como a baixa renda familiar, a
pouca ou nenhuma escolarização dos responsáveis, o domicílio localizado em áreas longínquas
ou rurais, o trabalho informal, a discriminação por cor ou gênero e a distorção idade-série.
Outros fatores são a falta de infraestrutura das escolas, a carência de professores qualificados e
valorizados, a gestão ineficiente dos recursos educacionais e a ausência de uma política estadual
de educação integrada com os municípios (OXFAN, 2021).
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Diante desse cenário, o governo do Maranhão tem implementado algumas medidas para
melhorar a qualidade da educação no estado (SILVIATEREZA, 2018).

Entre elas estão o aumento do salário dos professores estaduais, construção, reforma e
ampliação de escolas e creches, capacitação e valorização dos gestores escolares, distribuição
de kits escolares, uniformes e merenda, implementação de programas pedagógicos, culturais e
esportivos, incentivo à participação das famílias e da comunidade na gestão escolar, promoção
da acessibilidade, da inclusão e da diversidade nas escolas.

Segundo o governo do Maranhão (2015-2022), essas medidas fazem parte da


macropolítica Escola Digna, que visa garantir uma educação pública de qualidade para todos
os maranhenses. Segundo o site da prefeitura de Imperatriz (2022), é uma cidade do Maranhão
localizada na região metropolitana do sudoeste maranhense, a segunda maior cidade do estado
em população com cerca de 273 mil habitantes em 2022, fundada em 16 de julho de 1852 às
margens do rio Tocantins. É um importante polo comercial, econômico e cultural da região.
Possui um clima tropical úmido, com temperaturas médias entre 24°C e 32°C.

A cidade de Imperatriz tem uma rede de ensino que atende mais de 60 mil alunos, entre
educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação profissional e educação
superior. A rede de ensino é composta por escolas municipais, estaduais, federais e particulares,
que oferecem diferentes modalidades e propostas educacionais (CENSO, 2022).

A cidade de Imperatriz enfrenta problemas similares aos do estado do Maranhão em


relação à educação Entre eles estão baixa qualidade do ensino e da aprendizagem, falta de
infraestrutura e de recursos pedagógicos nas escolas, desvalorização e a precarização dos
professores, evasão e a repetência escolar, exclusão e a discriminação de grupos vulneráveis,
violência e a indisciplina no ambiente escolar (ARRUDA, 2017).

Para melhorar a situação da educação na cidade, é preciso que haja uma articulação entre
os diferentes níveis de governo, as instituições educacionais, os profissionais da educação, os
estudantes, as famílias e a sociedade civil (DOMINICO, 2018).

É preciso também que se invista em políticas públicas que garantam o acesso, a


permanência e o sucesso dos alunos na escola, que promovam a formação continuada e a
valorização dos professores, que melhorem as condições físicas e pedagógicas das escolas, que
estimulem a participação social e a gestão democrática da educação, que respeitem a
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diversidade e a inclusão dos alunos e que previnam e combatam a violência e o bullying nas
escolas (MORO; NUNES, 2019).

Com isso em Imperatriz, se analisou o bairro santa Inês que tem crescido muito no
decorrer dos anos, tem se tornado cada vez mais habitado por moradores de classe média alta e
classe alta, com isso o mesmo tem aumentado o número de casas de alto padrão e condomínios
gradativamente (IBGE, 2021).

O bairro possui uma escola municipal dentro e em seu entorno próximo ao cemitério,
mas ambas só atendem do primeiro ao nono ano, mas muitos de seus moradores preferem seus
filhos nas escolas particulares por terem condições para porem o mesmo, com isso todos os pais
tendem a se deslocar para os bairros que possuem escolas particulares como no centro, o no
bairro próximo no santa Rita.

1.2 JUSTIFICATIVA

O FNDE é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, uma autarquia


vinculada ao Ministério da Educação que executa as políticas nacionais para o desenvolvimento
da educação básica, tem um dos maiores orçamentos do ministério e realiza a maioria dos
programas de educação básica no Brasil, como os de transporte escolar, alimentação e compra
de livros para as escolas públicas.

Um dos programas do FNDE é o Programa Primeira Infância na Escola, que visa


promover iniciativas que elevem a qualidade da educação infantil e potencializem o
desenvolvimento integral das crianças de zero a cinco anos de idade. Esse programa atua sobre
dois eixos principais: a construção de creches e pré-escolas, por meio de assistência técnica e
financeira do FNDE, que fornece projetos padronizados ou aceita projetos próprios elaborados
pelos proponentes; e a aquisição de mobiliário e equipamentos adequados ao funcionamento da
rede física escolar da educação infantil, tais como mesas, cadeiras, berços, geladeiras, fogões e
bebedouros.

Para participar do programa, as entidades executoras, representadas pelas secretarias de


educação municipais, estaduais e distrital, devem aderir ao programa por meio de um
instrumento próprio disponibilizado pelo MEC, no módulo PAR 4 do Sistema Integrado de
Monitoramento, Execução e Controle – Simec, ou outro sistema indicado pelo Ministério da
Educação. A adesão envolve a assinatura de um termo de compromisso, a indicação de um
coordenador e um coordenador substituto do programa, a seleção das escolas que receberão
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recurso financeiro, com base na lista de escolas elegíveis disponibilizada pelo MEC, e a
elaboração de um plano de ação, a partir da escolha das ações e iniciativas de cada eixo que
serão desempenhadas.

A transferência financeira ocorrerá mediante depósito em conta bancária específica, na


Conta PDDE Qualidade, aberta pelo FNDE na mesma agência bancária depositária dos recursos
do PDDE Básico, os recursos repassados deverão ser utilizados em pelo menos uma das
seguintes finalidades: aquisição de material de consumo e na contratação de serviços
necessários à implementação de ações e de práticas pedagógicas alinhadas à Base Nacional
Comum Curricular - BNCC para a educação infantil, contratação de serviços para realização de
pequenos reparos e adequações de infraestrutura necessários à implantação das atividades dos
eixos do programa, ou aquisição de equipamentos e mobiliários necessários à implantação das
atividades dos eixos do programa.

O projeto modelo de escola infantil do FNDE é uma iniciativa do Fundo Nacional de


Desenvolvimento da Educação, que visa oferecer às prefeituras um padrão arquitetônico de
qualidade para a construção de creches e pré-escolas no âmbito do Programa Nacional de
Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil
(Pro-infância). O objetivo é garantir o acesso e a permanência das crianças de zero a cinco anos
de idade na educação infantil, bem como promover o desenvolvimento integral delas.

O FNDE disponibiliza dois tipos de projetos modelo para a educação infantil, de acordo com a
capacidade de atendimento de cada unidade:

• O Projeto Creche Pré-Escola Tipo 1: tem capacidade de atendimento de até 376


crianças, em dois turnos (matutino e vespertino), ou 188 crianças em período integral.
Foi considerada como ideal a implantação da Creche Pré-Escola Tipo 1 em terreno
retangular com medidas de 40m de largura por 60m de profundidade e declividade
máxima de 3%. O projeto contempla espaços como salas de atividades, berçário,
fraldário, lactário, solário, refeitório, cozinha, lavanderia, sanitários, área
administrativa, área externa com playground e horta.
• O Projeto Pro-infância Tipo B: tem capacidade de atendimento de até 240 crianças, em
dois turnos (matutino e vespertino), ou 120 crianças em período integral. Foi
considerada como ideal a implantação do Pro-infância Tipo B em terreno retangular
com medidas de 30m de largura por 50m de profundidade e declividade máxima de 3%.
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O projeto contempla espaços como salas de atividades, berçário, fraldário, lactário,


solário, refeitório, cozinha, lavanderia, sanitários, área administrativa, área externa com
playground e horta.

Os projetos modelos seguem as orientações da NBR 9050 da Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT), que estabelece critérios e parâmetros técnicos para a acessibilidade
em edificações. Além disso, os projetos incorporam princípios de sustentabilidade ambiental,
como o aproveitamento da iluminação e ventilação natural, o uso racional da água e a coleta
seletiva de resíduos sólidos.

O Brasil é um país de dimensões continentais e de grande diversidade cultural, social e


econômica. Essa realidade implica em diferentes desafios e demandas para a educação em cada
região, estado e município. Por isso, o Brasil adota um sistema federativo de ensino, no qual a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios compartilham a responsabilidade pela
oferta e pela qualidade da educação básica e superior (DOURADO, 2013)

Algumas das soluções que o Brasil tem tomado para resolver o problema da educação são:

• A implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), que é uma lei que estabelece
20 metas e 254 estratégias para a melhoria da educação no país até 2024. O PNE abrange
desde a educação infantil até a pós-graduação, passando pela educação profissional,
especial, indígena, quilombola, do campo e de jovens e adultos. O PNE também prevê
o aumento progressivo do investimento público em educação até atingir 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) em 2024.
• A reformulação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é um fundo constitucional
que financia a educação básica pública no país. Em 2020, o Congresso Nacional
aprovou uma emenda constitucional que tornou o Fundeb permanente e aumentou a
participação da União no financiamento da educação básica de 10% para 23% até 2026.
Além disso, a emenda estabeleceu novos critérios de distribuição dos recursos do
Fundeb, priorizando as redes e as escolas que atendem os estudantes mais pobres e
vulneráveis.
• A elaboração e a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é
um documento que define os conhecimentos essenciais que todos os estudantes devem
aprender na educação básica. A BNCC visa garantir o direito à aprendizagem e à
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diversidade, orientar os currículos das redes e das escolas, promover a equidade


educacional e melhorar a qualidade do ensino. A BNCC foi homologada em 2017 para
a educação infantil e o ensino fundamental e em 2018 para o ensino médio.
• A expansão do acesso à educação superior pública e privada, por meio de programas
como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos
(Prouni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa de Apoio a Planos
de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Esses programas
visam ampliar as oportunidades de ingresso e permanência dos estudantes no ensino
superior, especialmente os oriundos da rede pública, os negros, os indígenas, os
quilombolas, os deficientes e os de baixa renda.

De acordo com o Anuário Brasileiro da Educação Básica (2021), o Maranhão é um dos


estados que apresenta os piores indicadores educacionais do Brasil, com baixos níveis de
aprendizagem, altas taxas de evasão e distorção idade-série, e uma grande parcela da população
fora da escola ou em risco de abandono. Essa situação se reflete também no município de
Imperatriz, que é o segundo mais populoso do estado e possui uma grande demanda por serviços
educacionais.

Diante desse cenário o governo do Maranhão (2015-2022) e a prefeitura de Imperatriz


(2017-2024) têm tomado algumas iniciativas para melhorar a qualidade da educação e garantir
o acesso e a permanência dos estudantes na escola.

Algumas dessas iniciativas são:

• O Pacto pela Aprendizagem no Maranhão, que é uma política educacional do programa


Escola Digna, do Governo do Estado, em parceria com o UNICEF e outras instituições.
O Pacto tem como objetivo fortalecer a gestão educacional, a formação docente, a
infraestrutura escolar, a alfabetização e o atendimento educacional especializado nas
redes estadual e municipais de ensino.
• A Busca Ativa Escolar, que é uma estratégia que compõe a Campanha Fora da Escola
Não Pode, do UNICEF no Brasil. A Busca Ativa consiste em uma metodologia social e
uma ferramenta tecnológica que auxiliam os estados e municípios na identificação,
registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola
ou em risco de evasão. O Maranhão foi o primeiro estado do país a ter 100% dos seus
municípios aderidos à Busca Ativa Escolar.
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• A inclusão de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e


altas habilidades/superdotação na rede regular de ensino. A Prefeitura Municipal de
Imperatriz oferece atendimento educacional especializado em 23 salas de recursos
multifuncionais, além de acompanhamento com uma equipe multidisciplinar formada
por assistente social, psicopedagogo, pedagogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e
psicólogo.
• A implementação do programa de escolas cívico-militares pelo governo federal em três
escolas municipais no Maranhão: São Luís, Imperatriz e São José de Ribamar. O
programa visa melhorar a gestão escolar, a disciplina dos alunos, o desempenho
acadêmico e a participação da comunidade na escola. No entanto, o programa foi
encerrado pelo governo federal em 2023 e as prefeituras ainda não se decidiram se irão
manter o modelo cívico-militar com recursos próprios.
• A valorização da educação de jovens e adultos (EJA) no Maranhão. A EJA é uma
modalidade de ensino que atende pessoas que não tiveram acesso ou continuidade aos
estudos na idade adequada. O Maranhão tem uma longa história de luta pela EJA, com
diversos programas, projetos e experiências desenvolvidos ao longo dos anos. Um
exemplo é o Projeto Leio e Escrevo, que foi realizado em Itapecuru-Mirim com o apoio
da UNESCO e do UNICEF.

Essas são algumas das soluções que o Brasil, o Maranhão e Imperatriz têm tomado para
resolver o problema da educação.

Com base nos dados estudados sobre a educação no Brasil, Maranhão e Imperatriz, se
elaborou as pesquisas iniciais para proposta de uma escola particular e ecológica para o público
infantil no bairro Santa Inês (Imperatriz – MA).

1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma proposta de projeto arquitetônico em formato de estudo preliminar


de uma escola particular e ecológica para o público infantil no bairro santa inês (imperatriz –
MA).

1.3.2 Objetivos Específicos


• Realizar pesquisa bibliográfica sobre o tema.
• Obter dados do bairro e das edificações.
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• Escolas da área.
• Analisar o espaço urbano e seu entorno
• Identificar a ambientação da proposta

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

De acordo com a proposta, buscou-se propostas que tragam inovação não só para a
comunidade, mas também para a própria cidade, foi realizado o estudo quantitativo para
determinar o impacto que teria na cidade e nos moradores da comunidade, levando em
consideração o fato de que, diante das questões de poluição e conscientização, a infraestrutura
insuficiente e a falta de conforto térmico afetam não apenas as escolas da comunidade do Santa
Inês, mas também o município de Imperatriz no estado do Maranhão (BARROSO, 2022).

Através disto, foram elaboradas pesquisas para ajudar na base inicial dos conceitos da
proposta, sendo, quantas escola e estudantes das escolas que possuem no bairro e seu entorno,
faixa etária que cada uma atua, de acordo com os dados fornecidos pela secretaria de educação
da prefeitura municipal de Imperatriz.

Tendo em vista a análise inicial do bairro escolhido e a pesquisa através da prefeitura,


pesquisou-se as leis de zoneamento do da cidade para se identificar que zona o bairro está
localizado e quais a regras de recuo, afastamento, usos, sistema viário e gabaritos permitidos
na área.

Após a análise legislativa, também teve a pesquisa em campo com a análise da


vegetação do bairro e seu entorno condicionantes térmicas de como a mesma existente
influência no conforto térmico, perfil das residências e classe social, serviços existentes no
bairro e fluxo viário.

Para que se possa entender de que forma a proposta irá influenciar no bairro, como o
mesmo fará com que faixa etária infantil que estudará serão beneficiadas, que lições o projeto
educacional e ecológico trará para o desenvolvimento pessoal de cada criança no futuro, para a
preservação da cidade e meio ambiente.

Com a coleta de dados e analises elaboradas se deu prosseguimento na proposta com o


estudo preliminar da área, escolha do lote ideal, analise da topografia, estudo solar, dimensão
do lote, elaboração do programa de necessidades, fluxograma, setorização e atividades que
serão exercidas e desenvolvida e assim a elaboração inicial do projeto.
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3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 ARQUITETURA ESCOLAR BRASILEIRA


A arquitetura escolar no Brasil é um tema que tem despertado o interesse de
pesquisadores da área de história da educação, arquitetura e urbanismo, que buscam
compreender as relações entre o espaço físico e o processo educativo, considerando os aspectos
históricos, sociais, culturais, pedagógicos e estéticos que envolvem a construção e o uso dos
edifícios escolares (CARVALHO, 2009).

No Brasil também reflete as influências de modelos estrangeiros, adaptados às


condições locais, mas também revela as particularidades e as identidades regionais e nacionais.
é um patrimônio cultural e educacional que merece ser preservado e valorizado, pois expressa
a memória e a história da educação no país (NASCIMENTO, 2017).

Foram acompanhadas as transformações históricas e educacionais que ocorreram no


país desde o período colonial até os dias atuais. A arquitetura escolar brasileira reflete as
influências de modelos estrangeiros, adaptados às condições locais, mas também revela as
particularidades e as identidades regionais e nacionais (NASCIMENTO, 2017; CARVALHO,
2009).

Os parâmetros de salas necessárias para o projeto de edificação para educação infantil


dependem do tipo de atendimento, da faixa etária e do número de crianças que serão atendidas.
Segundo o documento Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação
Infantil, elaborado pelo Ministério da Educação (2006), com medidas e dimensões cada área
necessária citada no documento Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de
Educação Infantil.

Segundo o documento, os espaços que podem fazer parte de uma instituição de educação
infantil são:

• Sala para repouso, deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças
atendidas, recomendando-se 1,50m² por criança, orientação solar adequada e estar
contíguo à sala de atividades, de uso exclusivo para essa faixa etária. Por exemplo, se a
sala for atender 10 crianças, ela deve ter pelo menos 15 m² de área.
• Sala para atividades, deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças
atendidas, recomendando-se 2,00m² por criança, orientação solar adequada e estar
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equipada com mobiliário, materiais e brinquedos adequados à faixa etária. Por exemplo,
se a sala for atender 15 crianças, ela deve ter pelo menos 30m² de área.
• Fraldário, deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças atendidas,
recomendando-se 0,50m² por criança, ventilação e iluminação adequadas e estar
equipado com trocadores, pias, armários e lixeiras. Por exemplo, se o fraldário for
atender 20 crianças, ele deve ter pelo menos 10m² de área.
• Lactário, deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças atendidas,
recomendando-se 0,30m² por criança, ventilação e iluminação adequadas e estar
equipado com fogão, geladeira, pia, armários e utensílios. Por exemplo, se o lactário for
atender 25 crianças, ele deve ter pelo menos 7,5m² de área.
• Solário, deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças atendidas,
recomendando-se 0,50m² por criança, orientação solar adequada e estar protegido da
chuva e do vento. Por exemplo, se o solário for atender 30 crianças, ele deve ter pelo
menos 15 m² de área.

Além desses espaços específicos para a educação infantil, uma instituição de educação
infantil também deve possuir outros espaços comuns a qualquer edificação escolar. As
dimensões desses espaços podem variar de acordo com o fluxo de pessoas, o número de
funcionários e o volume de materiais (BRASIL, 2006).

Alguns exemplos desses espaços são:

• Recepção, deve possuir dimensões compatíveis com o fluxo de pessoas, ventilação e


iluminação adequadas e estar equipado com balcão, cadeiras e telefone. Por exemplo,
uma recepção pode ter cerca de 10m² de área.
• Secretaria, deve possuir dimensões compatíveis com o número de funcionários,
ventilação e iluminação adequadas e estar equipado com mesas, cadeiras,
computadores, impressoras e armários. Por exemplo, uma secretaria pode ter cerca de
15m² de área.
• Banheiros, devem possuir dimensões compatíveis com o número de usuários, ventilação
e iluminação adequadas e estar equipados com vasos sanitários, pias, espelhos e lixeiras.
Os banheiros das crianças devem ter altura e tamanho adequados à faixa etária. Por
exemplo, um banheiro pode ter cerca de 6m² de área.
19

• Refeitório deve possuir dimensões compatíveis com o número de usuários, ventilação e


iluminação adequadas e estar equipado com mesas, cadeiras, pratos, talheres e copos.
Por exemplo, um refeitório pode ter cerca de 40 m² de área.
• Cozinha, deve possuir dimensões compatíveis com o número de usuários, ventilação e
iluminação adequadas e estar equipada com fogão, geladeira, freezer, pia, armários e
utensílios. Por exemplo, uma cozinha pode ter cerca de 20m² de área.
• Despensa, deve possuir dimensões compatíveis com o volume de alimentos, ventilação
e iluminação adequadas e estar equipado com prateleiras e recipientes. Por exemplo,
uma despensa pode ter cerca de 5m² de área.
• Área de serviço, deve possuir dimensões compatíveis com o volume de roupas e
materiais, ventilação e iluminação adequadas e estar equipado com tanque, máquina de
lavar, varal, tábua de passar e ferro. Por exemplo, uma área de serviço pode ter cerca de
10 m² de área.
• Sala dos professores, deve possuir dimensões compatíveis com o número de
professores, ventilação e iluminação adequadas e estar equipada com mesas, cadeiras,
armários, quadro, livros e revistas. Por exemplo, uma sala dos professores pode ter cerca
de 15m² de área.
• Sala da direção, deve possuir dimensões compatíveis com o número de diretores,
ventilação e iluminação adequadas e estar equipada com mesa, cadeira, computador,
impressora, telefone e armário. Por exemplo, uma sala da direção pode ter cerca de 10m²
de área.
• Sala de recursos, deve possuir dimensões compatíveis com o volume de materiais
pedagógicos e lúdicos, ventilação e iluminação adequadas e estar equipada com
prateleiras, caixas e etiquetas. Por exemplo, uma sala de recursos pode ter cerca de 10m²
de área.
• Biblioteca, deve possuir dimensões compatíveis com o número de usuários, ventilação
e iluminação adequadas e estar equipada com estantes, mesas, cadeiras, livros, revistas
e computadores. Por exemplo, uma biblioteca pode ter cerca de 30m² de área.
• Auditório, deve possuir dimensões compatíveis com o número de espectadores,
ventilação e iluminação adequadas e estar equipado com palco, cortinas, cadeiras,
microfone, caixas de som e projetor. Por exemplo, um auditório pode ter cerca de 50m²
de área.
20

• Pátio, deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças, orientação solar
adequada e estar equipado com brinquedos, bancos, árvores e plantas. Por exemplo, um
pátio pode ter cerca de 100m² de área.

Essas são algumas medidas e dimensões aproximadas para cada área necessária citada
no documento. No entanto, elas podem variar conforme as características do terreno, do projeto
arquitetônico e das normas técnicas vigentes (BRASIL, 2006).

As normas técnicas de projeto de edificação de educação infantil no Brasil são um


conjunto de regras e orientações que visam garantir a qualidade, a segurança e o conforto dos
espaços destinados ao atendimento de crianças de 0 a 6 anos. Essas normas abrangem aspectos
como dimensionamento, ventilação, iluminação, acessibilidade, acústica, mobiliário,
equipamentos, materiais e paisagismo (BRASIL, 2006).

Algumas das principais normas técnicas de projeto de edificação de educação infantil no Brasil
são:

• Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil: É um


documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) que contém descrições de
espaços que podem fazer parte de uma instituição de educação infantil, bem como
recomendações sobre suas dimensões, localização, orientação, ventilação, iluminação e
mobiliário. O documento também apresenta exemplos de projetos arquitetônicos e
paisagísticos para diferentes tipos de terrenos e capacidades de atendimento.
• NBR 9050/2020 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos: É uma norma técnica elaborada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) que estabelece critérios e parâmetros técnicos para garantir a
acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos ambientes
construídos. A norma aborda aspectos como circulação, portas, rampas, escadas,
elevadores, sanitários, sinalização, mobiliário e equipamentos.
• NBR 15575/2013 - Edificações habitacionais - Desempenho: É uma norma técnica
elaborada pela ABNT que estabelece requisitos mínimos de desempenho para as
edificações habitacionais, incluindo as destinadas à educação infantil. A norma aborda
aspectos como segurança estrutural, segurança contra incêndio, segurança no uso e
operação, estanqueidade, desempenho térmico, desempenho acústico, desempenho
lumínico, durabilidade e manutenção.
21

Essas são algumas das normas técnicas de projeto de edificação de educação infantil no
Brasil. No entanto, existem outras normas específicas para cada tipo de instalação ou serviço
que podem ser consultadas na ABNT ou em outros órgãos competentes. Além disso, cada
município pode ter suas próprias legislações e regulamentos sobre o assunto, em Imperatriz,
Maranhão, todas as normas citadas atuam, pois são normas de âmbito nacional ou estadual que
se aplicam a todos os municípios (BRASIL, 2006).

No entanto, cada município pode ter suas próprias legislações e regulamentos sobre a
educação infantil, que devem ser respeitados e harmonizados com as normas superiores.
Segundo o site da Prefeitura Municipal de Imperatriz disponibiliza algumas leis e decretos
municipais que tratam de diversos assuntos, incluindo a educação infantil. Por exemplo, a Lei
Ordinária nº 1.601/2015 dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores
do Magistério. Verificar se s leis estão em dia com os anos

Além disso, segundo o Ministério Público do Maranhão expediu uma Recomendação


ao Município de Imperatriz sobre a oferta de educação infantil, cobrando a adequação do
Município à Lei 9.394/96, que obriga o ente municipal a oferecer educação infantil em creches
e pré-escolas.

A Lei 9.394/96 é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que


estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Ela foi sancionada pelo presidente
Fernando Henrique Cardoso em 20 de dezembro de 1996, após um longo processo de discussão
e elaboração que envolveu diversos setores da sociedade brasileira.

A LDB é uma lei geral que orienta a organização e o funcionamento do sistema


educacional brasileiro, desde a educação infantil até a pós-graduação, abrangendo tanto a
educação formal quanto a não formal. A LDB é frequentemente atualizada por meio de
emendas, alterações e regulamentações que visam adequá-la às novas demandas e desafios da
educação nacional.

A última atualização da LDB ocorreu em 12 de julho de 2022, pela Lei 14.407/2022,


que alterou o artigo 32 da LDB para estabelecer o compromisso da educação básica com a
formação do leitor e o estímulo à leitura. A nova lei determina que os currículos da educação
básica devem contemplar a leitura como uma competência essencial para o desenvolvimento
integral dos estudantes, bem como promover o acesso à literatura, à cultura e à informação.
22

A nova lei também prevê que os sistemas de ensino devem garantir a formação
continuada dos profissionais da educação para o desenvolvimento de práticas pedagógicas
voltadas à leitura, além de incentivar a criação e o fortalecimento de bibliotecas escolares e
comunitárias.

Essa lei se aplica a todo o território nacional, incluindo o município de Imperatriz,


Maranhão. No entanto, cada município pode ter suas próprias legislações e regulamentos
complementares sobre a educação infantil, que devem ser respeitados e harmonizados com a
LDB.

A LDB estabelece que a educação infantil é a primeira etapa da educação básica e tem
como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A LDB
também determina que a educação infantil deve ser oferecida em creches ou entidades
equivalentes para crianças de até 3 anos e em pré-escolas para as crianças de 4 a 5 anos
(BRASIL, 1996).

Além disso, a LDB define que a educação infantil deve ser organizada de acordo com as
seguintes diretrizes:

• Estimular o desenvolvimento das capacidades cognitiva, linguística, motora,


socioafetiva e ética das crianças.
• Respeitar as especificidades das faixas etárias e das singularidades individuais e
coletivas das crianças.
• Garantir a convivência entre crianças de diferentes origens, classes sociais, etnias,
religiões e gêneros.
• Promover a interação entre as crianças e os adultos que atuam na educação infantil.
• Proporcionar experiências diversificadas de aprendizagem por meio de brincadeiras,
expressões artísticas, culturais e científicas.
• Valorizar as manifestações culturais locais e regionais.
• Assegurar condições adequadas de infraestrutura, recursos humanos e materiais para o
atendimento das crianças.

A LDB (2006), também prevê que os currículos da educação infantil devem


contemplar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que é um documento de caráter
normativo que define os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças de 0 a 5 anos.
23

A BNCC estabelece seis campos de experiências que devem orientar as práticas pedagógicas
na educação infantil:

• O eu, o outro e o nós.


• Corpo, gestos e movimentos.
• Traços, sons, cores e formas.
• Escuta, fala, pensamento e imaginação.
• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
• Cultura digital.

Esses são alguns dos principais pontos que a Lei 9.394/96 diz sobre a educação infantil
no Brasil.

Portanto, é importante consultar as legislações municipais de Imperatriz sobre a


educação infantil, bem como as normas técnicas de projeto de edificação de educação infantil
no Brasil, para elaborar um projeto arquitetônico adequado às exigências legais e às
necessidades locais (BRASIL, 2006).

Imperatriz é uma cidade do estado do Maranhão, que possui cerca de 260 mil
habitantes e é conhecida como a "Capital do Tocantins". A cidade tem uma grande importância
econômica, cultural e educacional na região, sendo sede de diversas instituições de ensino,
desde a educação infantil até o ensino superior (CENSO, 2020).

Segundo o Censo Escolar de (2020), Imperatriz tinha 1.057 escolas, sendo 176
estaduais, 163 municipais, 715 privados e 3 federais. Dessas escolas, 1.043 ofereciam ensino
regular, 9 ofereciam educação especial e 5 ofereciam educação profissional. O número total de
matrículas era de 133.469, sendo 54.722 na rede estadual, 49.132 na rede municipal, 28.933 na
rede privada e 682 na rede federal. As escolas de Imperatriz são classificadas em diferentes
tipos, de acordo com a modalidade de ensino que oferecem.

Algumas das principais categorias são:

• Escolas de Educação Infantil: são aquelas que atendem crianças de 0 a 5 anos, em


creches ou pré-escolas. Elas têm como objetivo promover o desenvolvimento integral
da criança, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Exemplos de
escolas de educação infantil em Imperatriz são: Aquarela, Creche Sonho Meu e
Universidade Infantil Shalon.
24

• Escolas de Ensino Fundamental: são aquelas que atendem alunos de 6 a 14 anos, do 1º


ao 9º ano. Elas têm como objetivo proporcionar a formação básica do cidadão,
desenvolvendo as competências e habilidades necessárias para o exercício da cidadania
e para a continuidade dos estudos. Exemplos de escolas de ensino fundamental em
Imperatriz são: Escola Coelho Neto, Escola Guilherme Dourado e Escola Adventista de
Imperatriz.
• Escolas de Ensino Médio: são aquelas que atendem alunos de 15 a 17 anos, do 1º ao 3º
ano. Elas têm como objetivo consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, preparando os alunos para o ingresso no ensino superior ou no
mundo do trabalho. Exemplos de escolas de ensino médio em Imperatriz são: Centro de
Ensino Newton Barjonas Lobão, Colégio Santa Luzia e Colégio Militar Tiradentes II.
• Escolas de Educação Profissional: são aquelas que oferecem cursos técnicos ou
profissionalizantes, que visam capacitar os alunos para o exercício de uma profissão
específica. Esses cursos podem ser integrados ao ensino médio ou oferecidos após a
conclusão do mesmo.

Exemplos de escolas de educação profissional em Imperatriz são: IFMA - Campus


Imperatriz, Escola Técnica Imperador e Uneb Educacional.

3.2 ARQUITETURA ESCOLAR E SUSTETABILIDADE

A arquitetura escolar é a área da arquitetura que se dedica ao planejamento, projeto e


construção de espaços educacionais, como escolas, creches, bibliotecas, laboratórios, etc. A
arquitetura escolar tem uma grande influência na qualidade do ensino, no desenvolvimento dos
alunos e na relação entre a escola e a comunidade. Por isso, ela deve levar em conta aspectos
pedagógicos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais (KOWALTOWSKI, 2011).

Um dos aspectos mais importantes da arquitetura escolar é a sustentabilidade, que


significa projetar e construir espaços que respeitem o meio ambiente, sejam eficientes no uso
de recursos naturais, promovam o conforto e a saúde dos usuários e contribuam para a educação
ambiental (COSTA E MORAES, 2012).

A arquitetura escolar sustentável pode utilizar diversas estratégias, como:

• Arquitetura bioclimática: é aquela que aproveita as condições climáticas do local para


criar ambientes confortáveis termicamente, sem depender de sistemas artificiais de
25

aquecimento ou refrigeração. Por exemplo, usar a orientação solar, a ventilação natural,


o isolamento térmico, a vegetação, etc.
• Eficiência energética: é aquela que busca reduzir o consumo de energia elétrica e utilizar
fontes renováveis de energia, como solar, eólica ou biomassa. Por exemplo, usar
lâmpadas LED, sensores de presença, painéis fotovoltaicos, etc.
• Reaproveitamento de água: é aquela que busca reduzir o consumo de água potável e
utilizar fontes alternativas de água, como chuva, reuso ou tratamento. Por exemplo, usar
torneiras com temporizador, cisternas, sistemas de captação e filtragem de água da
chuva, etc.
• Gerenciamento de resíduos: é aquela que busca reduzir a geração de resíduos sólidos e
promover a sua separação, reciclagem ou compostagem. Por exemplo, usar materiais
reciclados ou recicláveis na construção, instalar lixeiras seletivas, criar hortas com
adubo orgânico, etc.

A arquitetura escolar sustentável pode trazer diversos benefícios para a escola e para a
sociedade, como:

• Melhorar o desempenho acadêmico dos alunos, pois cria ambientes mais adequados ao
processo de ensino-aprendizagem, estimula a criatividade e a participação dos
estudantes e favorece o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
• Melhorar a saúde e o bem-estar dos usuários da escola, pois proporciona ambientes mais
iluminados, ventilados e acústicos, previne doenças respiratórias e alergias e reduz o
estresse e a ansiedade.
• Melhorar a relação entre a escola e a comunidade, pois valoriza a identidade local,
incentiva o envolvimento dos pais e moradores no projeto e na gestão da escola e
promove a integração social e cultural.
• Melhorar a consciência ambiental dos alunos e da sociedade em geral, pois sensibiliza
sobre os problemas ambientais globais e locais, ensina sobre os princípios da
sustentabilidade e forma cidadãos responsáveis e comprometidos com o meio ambiente.

3.3 REFÊRENCIAS PROJETUAIS

3.3.1 A Green School, em Bali na Indonésia

A Green School fica em Bali, na Indonésia. Bali é uma ilha e uma província da
Indonésia, localizada no sudeste da Ásia a Indonésia é um país formado por mais de 17 mil
26

ilhas, que tem a maior população muçulmana do mundo e uma grande diversidade cultural e
natural sendo uma escola internacional e sustentável que se inspira na cultura e na natureza de
Bali (SUSTENTARQUI, 2015).

Figura 3.3.1.1 A Green School, em Bali na Indonésia


Fonte: https://www.greenschool.org/bali/

Foi fundada em 2008, mas o projeto foi idealizado em 2006 pelo casal John e Cynthia
Hardy, que se inspirou na visão de uma educação holística e ecológica começou com 100 alunos
e hoje tem mais de 400, de diferentes nacionalidades e origens. A escola é reconhecida
mundialmente por seu modelo educacional e arquitetônico inovador e sustentável
(SUSTENTARQUI, 2015).

O casal de canadenses que se inspirou na visão de uma educação holística e ecológica


considerada a escola mais verde do mundo, que foi construída com bambu e tem um impacto
ambiental quase zero, além de ter um sistema de educação que ensina ecologia e
sustentabilidade aos seus alunos (SUSTENTARQUI, 2015).

A escola é construída com bambu, um material abundante e renovável na ilha, e utiliza


fontes de energia alternativas, como solar, hidrelétrica e biodiesel. A escola tem cerca de 75
edifícios, que são conectados por caminhos de pedra e cercados por uma floresta tropical
também oferece um currículo que integra quatro dimensões do aprendizado emocional/social,
espiritual, intelectual e sinestésica (SUSTENTARQUI, 2015).
27

Os alunos aprendem sobre a cultura local, a agricultura orgânica, as artes marciais, a


ciência, a matemática, as línguas e muito mais, a escola tem um programa de bolsas para
estudantes balineses e um espaço de co-aprendizagem para adultos (SUSTENTARQUI, 2015).

3.3.2 A Creche Municipal Hassis, em Florianópolis

A Creche Municipal Hassis é uma escola de educação infantil que fica em Florianópolis,
na capital de Santa Catarina, a creche recebeu o nome de Hassis em homenagem ao artista
plástico Hassis, falecido em Florianópolis em 2001, foi construída com verba do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Educação e com recursos próprios
da Prefeitura (GAZETADOPOVO, 2019).

Foi inaugurada em 2015 e tem capacidade para 200 crianças, sendo a primeira creche
do mundo e o primeiro prédio público do Brasil a ter a certificação LEED Platinum, que é o
nível máximo de construção sustentável promovendo á em vários aspectos
(GAZETADOPOVO, 2019).

Figura: 3.3.2.1 A Creche Municipal Hassis, em Florianópolis


Fonte:https://www.archdaily.com.br/br/927009/creche-em-florianopolis-e-a-primeira-do-
mundo-com-selo-maximo-de-arquitetura-sustentavel

A construção da creche foi feita com materiais de baixo impacto ambiental como
madeira certificada, tijolos ecológicos, telhas recicladas e tintas à base de água, utiliza fontes
28

de energia renováveis, como painéis solares que geram eletricidade para iluminação, ventilação
e refrigeração, capta e trata a água da chuva, que é usada para irrigação, limpeza e descarga dos
sanitários, tem um sistema de gestão de resíduos, que inclui coleta seletiva, compostagem e
reciclagem, possui espaços verdes, como bosques, horta e jardins, que proporcionam contato
com a natureza e educação ambiental para as crianças, segue uma proposta pedagógica que
valoriza a sustentabilidade, a diversidade cultural e a cidadania, sendo um exemplo de
arquitetura e educação sustentáveis (GAZETADOPOVO, 2019).

4. CONDICIONANTES PROJETUAIS

4.1 LEVANTAMENTO DO TERRENO

Segundo o Censo do IBGE de 2022, a cidade de Imperatriz, no estado do Maranhão, é


de 273.110 pessoas, esse número representa um aumento de 10,35% em relação ao Censo de
2010, quando a cidade tinha 247.505 habitantes, Imperatriz é o segundo município mais
populoso do Maranhão, atrás apenas da capital São Luís, e o principal polo da região sudoeste
do estado e norte do Tocantins.

A cidade tem uma área territorial de 1.369,039 km e uma densidade demográfica de


199,49 hab./km a escolarização das crianças de 6 a 14 anos é de 98,4% e o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,731. A mortalidade infantil é de 10,64
óbitos por mil nascidos vivos (CENSO, 2022).

Figura 4.1.1 Imperatriz – MA


Fonte: Autor (2023).
29

Com base nas pesquisas elaboradas para a proposta para a cidade de Imperatriz
Maranhão, foram analisados os demais bairros da cidade, após a análise e pesquisa, se escolheu
o bairro Santa Inês para o levantamento do terreno e o estudo preliminar.

Figura 4.1.2 Bairro Santa Inês


Fonte: Google maps (2023).

Após a visita ao terreno para recolher as mediadas e analisar a situação do terreno,


observou-se que o terreno possui as medidas, segundo a figura, 124,30m lateral esquerda,
99.93m de lateral direita, 17,23m de frente, 42,11m frontal em chanfro para a rotatória e 50,93
de fundo posterior do terreno.
30

O terreno fica localizado na avenida principal do bairro a avenida dos beija flores e ao
lado de outra, a avenida dos colibris, a alameda dos socós e a rua dos curiós. Em relação as
ruas, alameda dos socós e a rua dos curiós que fazem parte do entorno ao lote não possuem
pavimentação definida como na avenida dos beija flores e na avenida dos colibris, porém, no
google se pode observar que estão definidas estas ruas segundo a figura.

Figura 4.1.3 Terreno


Fonte: Autor (2023).

Figura 4.1.4 Topografia do terreno


Fonte: Autor (2023).
31

A topografia e vegetação do terreno, observou-se que o terreno possui uma topografia


bem plana com pouquíssimos desníveis como se pode observar na figura, todos os níveis estão
a 1m de distância, o terreno está sobre 121m, 122m, 123m e 124m. A vegetação no terreno
pode ser vista de acordo com as figuras, que o terreno não possui quase o mesmo, apenas em
seu entorno que possui mais como na rotatória e os canteiros como na figura 4.1.3.

Figura 4.1.5 Estudo solar


Fonte: Autor (2023).
O estudo solar foi elaborado para identificação das condicionantes bioclimáticas do
terreno, para a elaboração do projeto se identificou o período e as horas do ano, de maior
incidência solar, com isso de acordo com o a figura o período de 20 de julho a 30 de dezembro
dentre os horários de 10h10m às 14h50m, com isso foram elaboradas as soluções de para maior
conforto para a escola.
32

Após a análise inicial, se analisou ao mapa de zoneamento da cidade para se identificar


as regras projetais do que são permitidas para que o projeto seja seguido conforme a Lei de
Zoneamento de Imperatriz Lei nº 850/1997 - Código de Postura de Imperatriz Lei Orgânica
Imperatriz - MA Lei 002-2004 - Plano Diretor Lei 003-2004 Zoneamento Parcelamento Uso e
Ocupação do Solo Lei 1068-2003 Lei de Arborização do Município Lei 1424-2011 – Licença
Ambiental Lei 1.165-06 - Lei Zoneamento - Promulgada - Alteração.

Figura 4.1.6 Zoneamento do terreno


Fonte: Autor (2023).
O terreno está localizado na ZIS I - Zona de Interesse Social I, área mínima do lote
(AML): 250 m², testada mínima: 10 m, área total máxima edificada (ATME): 160%. área livre
mínima do lote (ALML): 20%, afastamento frontal: 02 m, gabarito máximo: 04 pavimentos.

4.2 ESTUDO DO ENTORNO

O Este foi escolhido principalmente por conta do médio e alto padrão de vida na área
que se adequam ao modelo da proposta. Após a escolha do terreno foi elaborado o estudo
preliminar de situação do terreno e seu entorno, sendo analisadas as ruas, calçadas, vegetação
dentro do terreno, iluminação pública, rede de abastecimento de água e esgoto, e as medidas do
terreno, com os dados obtidos observou-se que o terreno possui todos os requisitos analisados
para a elaboração da proposta de materiais que trazem conforto térmico.

O fluxo viário da localização do lote se divide em duas avenidas principais e duas ruas
de grande fluxo, sendo a primeira rua de acesso ao bairro a rua Ceará, e a avenida newton bello,
que são ruas de grande fluxo, a rua Ceará sendo a de acesso para quem vem sentido os bairros
33

centro, nova imperatriz e juçara, a avenida newton bello para quem vem sentido os bairros são
josé, parque são josé, ouro verde e o bom sucesso figura 4.1.6.

Observando que o terreno está em uma plena a avenida principal do bairro, mas temos
outros acessos para diminuir os fluxos em horário de pico, em que os moradores do bairro estão
saindo para o trabalho e o horário de retorno para casa, sendo as ruas transversais marcadas na
figura como as ruas A, B, Nossa Senhora de Aparecida, dos cardeais e a dos pica-paus.

Figura 4.2.1 Mapa de fluxo viário


Fonte: Autor (2023).

Figura 4.2.2 Mapa de uso e ocupação.


Fonte: Autor (2023).
34

Figura 4.2.3 Mapa de visadas


Fonte: Autor (2023).

Com os levantamentos elaborados segundo figura, o bairro possui a maior parte da sua
ocupação sendo residências e condomínios sendo na maioria de perfil classe média e alta o
padrão das casas, tendo poucos serviços atendendo somente na parte dos lotes de frente para a
newton bello onde seu fluxo viário é maior, atendendo aos mais variados serviços, o bairro
possui duas escolas municipais de ensino infantil e fundamental, duas igrejas sendo uma
católica e uma evangélica, um espaço esportivo com quadras e academia e bar no mesmo local,
um cemitério, e muitos lotes vazios e lotes ainda em construção.

Figura 4.2.4 Foto do terreno 1


Fonte: Autor (2023).
35

Figura 4.2.5 Foto do terreno 2


Fonte: Autor (2023).

5. ESTUDO PRELIMINAR

5.1 CONCEITO DE PARTIDO

Após o estudo, pesquisas, referencias se deram início aos modelos e croquis para a
proposta da escola infantil ecológica.

• CONCEITOS
1. Jardim;
2. Formas Orgânicas: curvas suaves, linhas fluidas e contornos irregulares, que
contrastam com as formas geométricas e angulosas.
3. Espaços de ensino e aprendizagem com a natureza, criando ambientes que
estimulem a criatividade, a curiosidade e o bem-estar dos alunos e professores.
• PARTIDOS
1. Valorização, conservação e conscientização da vegetação existente no bairro;
2. Uso de vegetação adequada e não toxica para a crianças;
3. Layout aconchegante que incentive a criatividade e concentração;
4. Mobiliários que se adaptem ao ambiente sendo fácil a mudança de layout da sala
para a interação dos professores para os alunos;
5. Pinturas de desenhos que interativos sobre atitudes corretas com a natureza;
6. Elaboração de espaços verdes na escola, como áreas de recreação, pátios
cobertos por vegetação melhorando o conforto térmico, acústico e visual da
escola, além de proporcionar um contato direto com a natureza.
36

Após a definição dos observou-se também a importância da medida certa de cada ideia
para que se tenha conforto e não exagero, trazendo o mesmo não somente para as crianças, mas
a todos os funcionários que estarão presentes por mais tempo na escola, trazendo a sensação de
espaço de ensino e viveiro ecológico, para que a rotina dos alunos não se torne monótona.

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Antes de se iniciar esta etapa, todas as diretrizes, normas e legislações projetuais para
os projetos foram elaboradas de acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), para que seja elaborado e referenciado de forma correta o programa de
necessidades do projeto.

Para o projeto de edificação para educação infantil depende do tipo de atendimento, da


faixa etária e do número de crianças que serão atendidas. Segundo o documento Parâmetros
Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil, elaborado pelo Ministério da
Educação (2006), com medidas e dimensões cada área necessária citada no documento.

O programa de necessidades ideal para arquitetura escolar infantil é aquele que atende
às demandas pedagógicas, sociais, culturais, ambientais e legais da educação infantil,
considerando as especificidades das crianças de 0 a 6 anos e as diretrizes curriculares nacionais
de acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),

O programa de necessidades deve contemplar os seguintes aspectos:

• A concepção pedagógica da instituição, que define os objetivos, os princípios, as


metodologias e as formas de avaliação da educação infantil, bem como os projetos e as
atividades que serão desenvolvidos com as crianças.
• A organização dos espaços, que deve garantir a funcionalidade, a segurança, a
acessibilidade, a flexibilidade, a diversidade, a ludicidade e a estética dos ambientes,
favorecendo o desenvolvimento integral das crianças e o trabalho dos profissionais.
• A adequação às normas técnicas e à legislação vigente, que estabelecem os parâmetros
mínimos de qualidade e de infraestrutura para as instituições de educação infantil, como
a NBR 9050/2020, que trata da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida; o Manual de Orientações Técnicas do FNDE, que orienta a elaboração de
projetos de edificações escolares para a educação infantil; e os Parâmetros Básicos de
Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil do MEC, que apresentam
37

concepções, recomendações e critérios para a construção ou reforma dos espaços


destinados à educação infantil.

A educação infantil é a primeira etapa da educação básica, que atende crianças de 0 a


5 anos de idade. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que define os
direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças nessa etapa.

A BNCC organiza os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento em três grupos de


faixas etárias, que levam em conta as características e as necessidades das crianças em cada
fase. São eles:

• Bebês (zero a 1 ano e 6 meses) nesse grupo, as crianças estão em um processo de


descoberta do mundo e de si mesmas, explorando o ambiente, interagindo com as
pessoas e expressando suas emoções. Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
para esse grupo estão relacionados aos campos de experiências: o eu, o outro e o nós;
corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e
imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
• Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) nesse grupo, as crianças
ampliam suas possibilidades de comunicação, expressão e exploração do mundo,
utilizando diferentes linguagens e recursos. Elas também desenvolvem sua autonomia,
identidade e convivência com os outros. Os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento para esse grupo estão relacionados aos mesmos campos de
experiências dos bebês, mas com maior complexidade e diversidade.
• Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses) nesse grupo, as crianças consolidam
suas aprendizagens anteriores e ampliam seus conhecimentos sobre o mundo natural e
social, utilizando diferentes linguagens e recursos. Elas também desenvolvem sua
capacidade de raciocínio, criatividade e pensamento crítico. Os objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento para esse grupo estão relacionados aos mesmos
campos de experiências dos grupos anteriores, mas com maior profundidade e
abrangência.

O FNDE não define a faixa etária e o grupo do ensino fundamental, mas sim a legislação
educacional do país. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
o ensino fundamental é obrigatório e gratuito para todos os brasileiros, com duração de nove
anos, iniciando-se aos seis anos de idade.
38

O ensino fundamental é dividido em dois ciclos: os anos iniciais, que vão do 1º ao 5º


ano, e os anos finais, que vão do 6º ao 9º ano. A faixa etária dos alunos dos anos iniciais é de 6
a 10 anos de idade, e a dos alunos dos anos finais é de 11 a 14 anos de idade. O ensino
fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão, desenvolvendo as competências
e habilidades necessárias para o exercício da cidadania e da continuidade dos estudos.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que orienta os currículos


das escolas públicas e privadas de todo o país, definindo as aprendizagens essenciais que devem
ser garantidas aos estudantes do ensino fundamental em cada área do conhecimento.

De acordo com A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o ensino fundamental tem
duração de nove anos, iniciando-se aos seis anos de idade. É dividido em dois ciclos os anos
iniciais e os anos finais, os anos iniciais vão do 1º ao 5º ano, e a faixa etária dos alunos é de 6 a
10 anos de idade. Os anos iniciais têm como objetivo a formação básica do cidadão,
desenvolvendo as competências e habilidades necessárias para o exercício da cidadania e da
continuidade dos estudos.

NOME FAIXA QNTD. DE QNTD. DE ALUNO


GRUPOS
ATRIBUIDO ETÁRIA ALUNOS P/ SALA P/ PROFESSOR
De 03 meses a
Grupo A Berçário 16 5
11 meses
De 1 ano a 1
Grupo B Maternal 16 8
ano e 11 meses
De 2 anos a 3
Grupo C Jardim 20 13
anos e 11 meses
De 4 anos a 5
Grupo D Alfabetização 24 15
anos e 11 meses
Tabela 5.2.1 Quantitativo de alunos e professores
Fonte: Autor (2023).

A BNCC também define as aprendizagens essenciais que devem ser garantidas aos
estudantes dos anos finais em cada área do conhecimento, divididas em componentes
curriculares e unidades temáticas. A BNCC busca assegurar um percurso contínuo de
aprendizagens entre os anos iniciais e os anos finais do ensino fundamental, bem como a
integração entre as diferentes áreas do conhecimento.

Após toda essa análise de perfil e faixa etária dos alunos da educação infantil e do ensino
fundamental, se elaborou a tabela de definição de quantos alunos serão atendidos em cada grupo
e quantos professores de acordo com a quantidade de salas.
39

Com base nisso se iniciou o programa de necessidades da escola para definir as medidas
de acordo com as regras definidas pelo Manual de Elaboração de Edificações Escolares para
Educação Infantil feito pelo FNDE de acordo com ministério da educação (2006), de medidas
mínimas para os setores pedagógico, administrativo, recreativo, serviço e estacionamento de
acordo com a tabela.

Área
Área
SETOR AMBIENTE QT Total
(m²)
(m²)
Berçário 2 35 70
Maternal 2 35 70
Jardim 2 35 70
Alfabetização 2 35 70
Sala de Repouso 3 35 105
Fraldário 2 12 24
Solário 2 9 18
PEDAGÓGICO
Sala de apoio/ recurso a
2 12 24
aprendizagem
Sala de artes plásticas 3 60 180
Sala multimídia 3 60 180
Laboratório de ciências 2 60 120
Auditório 80 lugares 1 120 120
Biblioteca 1 80 80
TOTAL 27 588 1131
Recepção/ atendimento ao
1 10 10
público
Secretaria 1 14 14
Arquivo 1 6 6
Sala de professores / Sala de
1 25 25
ADMINISTRATIVO reunião
Sala de coordenação pedagógica 1 10 10

Sala da direção 1 10 10
Copa administrativo 1 10 10
Grêmio 1 52,5 52,5
TOTAL 8 137,5 137,5
Pátio coberto + praça de
1 58 58
alimentação
Pátio descoberto + parque
RECREATIVO 1 55 55
infantil
Quadra coberta poliesportiva 1 86 86
Esporte 01 1 40 40
TOTAL 4 239 239
40

Sala de acolhimento 1 12 12
Depósito de material esportivo 1 10 10
Vestiário alunos - masculino 1 32 32
Vestiário alunos - feminino 1 32 32
Sanitário alunos - masculino 1 25 25
Sanitário alunos - feminino 1 25 25
Sanitário adultos masculino 1 28 28
SERVIÇO Sanitário adultos feminino 1 28 28
Cantina 1 24 24
Depósito de lixo 1 6 6
Depósito pedagógico 1 10 10
Depósito de material de limpeza 1 10 10
Depósito geral 1 25 25
Área de serviço coberta 1 7,5 7,5
Guarita + lavabo 1 13 13
TOTAL 15 287,5 287,5
Estacionamento carro 1 28 28
Estacionamento motocicleta 1 15 15
ESTACIONAMENTO
Bicicletário 1 15 15

TOTAL 3 58 58

TOTAL 42 1022,5 1565,5

NOTA: O pré-dimensionamento segue o Manual de Orientações Técnicas para a Educação


Infantil vol. 07 disponibilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE). Tabela 5.2.2. Pré-dimensionamento
Fonte: Autor (2023).
Com o programa pronto e a quantidade de alunos e professores como na tabela, e a
quantidade de salas como na tabela, se definiu a tabela, e com esses dados se elaborou a tabela,
para a quantificação de funcionários além dos professores, após a elaboração da tabela, se
identificou a quantidade total de funcionários para cada sala e serviço necessário.

5.3 FLUXOGRAMA

Após a elaboração do programa de necessidades, se tornou necessário a elaboração do


fluxograma para definição dos setores e como cada setor será organizado e definido a sua
circulação mediante ao projeto, para que não ocorra conflito de ambientes e setores no mesmo
de acordo a figura.
41

Figura 5.3.1 Fluxograma


5.4 SETORIZAÇÃO Fonte: Autor (2023).

A organização dos setores tem como objetivo garantir a privacidade, facilitar a


circulação das pessoas e otimizar o uso dos espaços, a setorização faz parte da primeira fase do
projeto seguindo o programa de necessidades definido no tópico anterior, foi levado em conta
aspectos como a legislação vigente sobre educação infantil e acessibilidade, a orientação solar
e a ventilação natural dos ambientes, a integração entre os espaços internos e externos, a
segurança e o conforto dos usuários, a flexibilidade e a adaptabilidade dos espaços.

Após o estudo, os setores propostos no programa de necessidades foram setorizados


sendo escolhido duas entradas, uma para alunos e pais e outra para funcionários e serviços
necessários ao jardim de infância. A entrada de serviço ficará na rua de menor fluxo ao terreno,
pois em caso de uso de veículos de grande porte não atrapalhe o fluxo viário das avenidas
principais ao terreno, o setor de estudo ficará localizado na parte de menor incidência solar no
período da manhã.

Da mesma forma, as áreas de lazer e área verde ao lado, onde será elaborado o plantio
de árvores para diminuir a insolação, para se valorizar a área onde os ventos predominantes
influenciam e possam espalhar por toda a área de lazer, para auxiliar a salas de aula, tornando
42

os ambientes mais abertos o possível. Em relação ao setor administrativo, trouxe em forma


linear.

Figura 5.4.1 Setorização


Fonte: Autor (2023).

6. PROJETO

6.1 INFORMAÇÕES GERAIS

A concepção arquitetônica do Centro Educacional Ipê engloba diversos aspectos com o


objetivo de tornar o processo de aprendizagem integral mais agradável e motivador. Isso ocorre
por conta do uso de espaços verdes e ambientes mais aconchegantes e acolhedores para os
alunos, tendo em vista que nessa faixa etária a distração é algo crucial para a aprendizagem com
isso o ambiente adequado trás melhorias para o mesmo.

Levando isso em consideração, a arquitetura da unidade procurou estratégias de projeto


para maximizar os rendimentos a tática inicialmente empregada foi o emprego de cores básicas
na fachada principal, ou seja, a cor lago rosa, cor branca, cor artista de circo e a cor cordel, nas
salas de aulas cores pasteis como azul-bebê, amarelo-splash, verde-pastel, aroma de rosas
explicitado no projeto e na tabela 6.1.1 a justificativa para esse uso de cores se baseiam no
conceito inicial do projeto de escola jardim proposto para o centro de ensino infantil.
43

Figura 6.1.1 – Fachada


Fonte: autor (2023)

Tabela 6.1.1 – Tabela de cores usadas


Fonte: autor (2023)
A seguir, é proposto um quadro adequado para crianças pequenas, porque de modo
geral, um quadro com altura e limite comuns limita o escopo cria uma estratégia que usa
algumas janelas em formato circular, com o formato splash na entrada e também utilizando
várias cores de ipês que dá nome a mesma. Desta forma, os alunos podem obter uma
compreensão aprofundada da escola.
44

No entanto, janelas maiores ainda mantêm altura e o peitoril da janela habitual, para que
não afete a concentração nas aulas. No mesmo sentido, foram utilizadas as cores mais fortes no
parquinho para chamar a atenção das crianças, conforme imagem.

Figura 6.1.2 – Parquinho


Fonte: autor (2023)
Os ambientes foram coloridos para valorizar o ambiente infantil e mostrar o fluxo do
progresso. Assim, tendo em conta as estratégias de design adotadas, esperamos que os serviços
sejam eficazes, agradáveis e capazes de reproduzir a sensação de bem-estar.

Além disso, as capacidades dos reservatórios são de 5.000L totalizando 10.000L,


respectivamente, calculadas com base em 150 alunos ao todo. É também importante sublinhar
que este estudo não aborda sanções económicas. Isto acontece porque as sanções económicas
não são o objetivo da investigação.

6.2 IMPLANTAÇÃO

A disposição do ambiente está de acordo com o zoneamento e o fluxograma propostos,


pois são baseados nas limitações do projeto impostas pelo ambiente ao redor, topografia e
características naturais. Segundo o plano, a direção da Avenida dos Colibris permite o acesso
ao Centro de Educação Infantil, portanto, o acesso foi planejado para veículos que se
aproximam da unidade e usam a rampa sugerida para evitar riscos aos indivíduos.

Por isso, a entrada da escola proposta está localizada mais distante do local devido ao
tráfego de veículos no local. Durante a análise do terreno, notou-se a presença de árvores de
grande porte na frente do terreno.
45

Figura 6.2.1 – Planta de implantação


Fonte: autor (2023)

Posteriormente, o setor de atendimento está localizado no lado direito próximo ao seu


estacionamento próprio, pois esse espaço requer acessos diferenciados para que os
trabalhadores possam realizar suas tarefas sem interromper o aprendizado da unidade. Em
segundo lugar, a área de estudo está localizada na parte central posterior do centro de ensino,
que é a área onde os alunos estudam.

A principal razão para isso são as restrições naturais, pois as fachadas traseira e esquerda
do viveiro são as fachadas que recebem o sol nascente, enquanto as fachadas frontal e direita
recebem o sol da tarde. Além disso, a ventilação principal afeta diretamente a área de estudo,
as salas de artes pertencem à área de estudo, esses quartos foram projetados neste local devido
ao ruído que pode ser gerado durante as atividades.

Finalmente, o departamento de lazer foi implementado, que é um dos principais


diferenciais da instituição. Isso ocorre porque em todos os ambientes escolares, o bem-estar é
valorizado, mas é nesta área do Centro de Ensino que ocorrem os principais eventos e várias
atividades entre professores e alunos. Além disso, é nesses espaços que as crianças brincam
46

com seus colegas durante o recreio, então o design cuidadoso das áreas de lazer é extremamente
importante.

Portanto, recomenda-se a criação de um pátio, solário e parque, o objetivo do pátio e do


solário a plantação de árvores ao redor do terreno. Portanto, a maioria das áreas foi
implementada nesta área, visando aumentar o conforto térmico.

Nesse sentido, o parque é projetado com móveis diversificados e coloridos, com


caminhos sinuosos, mas também mesas e bancos para crianças, sua disposição foi pensada para
ser móvel, pois, dependendo das necessidades do evento, o mobiliário infantil comum pode ser
removido para dar lugar a cadeiras ou simplesmente espaço livre.

Também é importante destacar que também prestamos atenção nas cores do ambiente.
As cores principais da escola (a cor lago rosa, cor branca, cor artista de circo) também ocupam
esse lugar, no entanto, o mobiliário adota as cores de todos os corredores e fachadas, conforme
mostrado no anexo e na foto do projeto arquitetônico de acordo com a figura 6.2.2.

Figura 6.2.2 – Sala de aula


Fonte: autor (2023)

Figura 6.2.3 – Quadra poliesportiva


Fonte: autor (2023)
47

Todas as atividades esportivas das unidades de ensino serão realizadas aqui de acordo
com a figura 6.2.3, o parquinho está localizado próximo a quadra, mas também próxima a áreas
de estudo, pois é voltada para crianças menores que não estariam com crianças maiores nos
intervalos devido à preocupação com o risco de acidentes.

A implementação final foi distanciar o jardim de outros espaços recreativos, o cenário


está localizado nos fundos do terreno, pois esta área não deve ser acessada sem a supervisão de
um adulto, portanto, os dados obtidos podem ser comparados com base na implementação dos
indicadores urbanísticos propostos pela lei, a comparação dos dados adquiridos foi realizada,
uma vez que esses coeficientes determinam a viabilidade legal do projeto, essa comparação
pode ser vista na tabela 6.2.1.

QUADRO DE ÁREAS
ÁREA EXIGIDA ÁREA CONSTRUÍDA
ÁREA TOTAL 5975,37 m² 100% 5975,37 m² 100%
ÁREA CONSTRUÍDA 9560,59 m² 160% 2960 m² 49%
ÁREA PERMEÁVEL 1195,07 m² 20% 3015,37 m² 50%
ÁREA IMPERMEÁVEL 3585,22 m² 60% 2960 m² 49%
Tabela 6.2.1 – Quadro de áreas
Fonte: autor (2023)
6.3 PLANTA BAIXA

O layout do edifício levou em consideração a setorização proposta anteriormente,


considerando a ventilação predominante e o estudo da orientação solar no terreno escolhido,
com isso se iniciou a planta baixa baseada no programa de necessidades que foi elaborado, no
térreo, estão localizados os setores de lazer, serviço, aprendizagem e setor administrativo, no
os ambientes e suas respectivas áreas listadas na tabela.

Área
Área Total
SETOR AMBIENTE QT
(m²)
(m²)
Berçário 2 36 72
Maternal 2 36 72
Jardim 2 36 72
PEDAGÓGICO Alfabetização 2 36 72
Sala de Repouso 2 36 72
Fraldário 2 12 24
Solário permeável 1 117,93 117,93
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Sala de artes plásticas 2 30 60


Sala multimídia 1 30 30
Biblioteca 1 81 81
Jardim amarelo 1 113,74 113,74
Jardim branco 1 25,17 25,17
Jardim colorido 1 23,95 23,95
Jardim rosa 1 63,83 63,83
Jardim roxo 1 47,42 47,42
Corredor dos ipês 1 230,73 230,73
TOTAL 23 955,77 1177,77
Recepção/ atendimento ao público 1 10 10
Secretaria 1 14 14
Arquivo 1 7 7
Sala de professores / Sala de reunião 1 25 25
Sala de coordenação pedagógica 1 10 10
ADMINISTRATIVO Sala da direção 1 10 10
Lavabo dos professores 1 2,7 2,7
Banheiro da direção 1 4 4
Acesso ADM 1 2,5 2,5
Circulação ADM 1 5,6 5,6
Copa administrativo 1 10 10
TOTAL 11 100,8 100,8
Pátio de circulação permeável 1 1260,43 1260,43
Pátio solário 1 182,3 182,3
RECREATIVO Parquinho 1 250,79 250,79
Arquibancadas 1 254,84 254,84
Quadra poliesportiva 1 558 558
TOTAL 5 2506,36 2506,36
Sala de acolhimento 1 12 12
Barrilete 1 31,23 31,23
Depósito de material esportivo 1 10 10
Vestiário - masculino 1 32 32
Vestiário - feminino 1 32 32
SERVIÇO Banheiro infantil - masculino 1 25 25
Banheiro infantil - feminino 1 25 25
Banheiro adultos masculino 1 28 28
Banheiro adultos feminino 1 28 28
Cozinha 1 24 24
Cantina 1 105,18 105,18
49

Depósito de lixo 1 6 6
Depósito pedagógico 1 10 10
Depósito de material de limpeza 1 10 10
Depósito geral 1 25 25
Guarita + lavabo 1 13 13
Enfermaria 1 12 12
Sala de amamentação 1 12 12
Calçada 1 896,05 896,05
Despensa 1 4 4
TOTAL 20 1340,46 1340,46
Estacionamento dos professores e
1 529,32 529,32
ESTACIONAMENTO funcionários
Estacionamento externo 1 191,76 191,76
TOTAL 2 721,08 721,08
TOTAL 61 5624,47 5846,47

Tabela 6.3.1 – Programa de necessidades final


Fonte: autor (2023)

De acordo com a tabela anterior, é possível notar a diferença entre a área total entre as
tabelas e a tabela, isso ocorre principalmente devido às áreas de circulação horizontal e vertical
que não foram contabilizadas no programa de necessidades, uma vez que estas podem variar de
acordo com cada projeto, assim, foram criadas duas entradas, a primeira e principal destinada
aos alunos e também aos pais e à comunidade, conforme indicado no projeto arquitetônico em
anexo.

Figura 6.3.1 – recorte da planta de implantação


Fonte: autor (2023)
50

Para este grupo de usuários do centro educacional infantil, foi idealizado um


estacionamento externo para apoiar essas pessoas que utilizarão este espaço, conforme indicado
na figura 6.3.1 na primeira entrada, a rampa e a recepção são os primeiros locais dispostos, uma
vez que a recepção servirá de apoio para o acesso a informações e a rampa garantirá o fluxo de
maneira fácil e rápida devido à sua implantação.

Figura 6.3.2 – Planta baixa


Fonte: autor (2023)

O acesso de pais e alunos foi desenvolvida de modo a facilitar o fluxo até as salas e
também para auxiliar a circulação dos pais e demais familiares que frequentarão a escola e o
pátio onde serão realizados futuros eventos com as crianças, isso porque, esse espaço foi
projetado levando em consideração a variação de layout com mobiliário solto, pois haverá dias
de eventos com visitantes e também em dias comuns em que serão realizadas atividades
rotineiras com os pequenos e que necessitarão de locais livres, conforme a figura 6.3.2.

Nas proximidades estão localizadas áreas de apoio ao centro de ensino infantil, como
enfermaria, sala de acolhimento e amamentação, estas salas estão localizadas no fluxo central
entre as salas de aula da instituição para dar suporte a todos os setores, conforme indicado no
projeto arquitetônico em anexo, seguindo pelo corredor principal, encontra-se a biblioteca que
foi localizada próximo a administração e distantes um pouco das salas de aula, para ser mais
visada e utilizada pelos alunos e professores de forma mais discreta.

Ao lado da quadra, está localizado o refeitório, que foi colocado ao lado da cozinha e
demais setores de serviço, uma vez que este setor necessitaria de uma entrada própria, esta
entrada secundária atenderá à chegada de insumos e funcionários da unidade, assim, foi criado
51

para a carga e descarga, visando principalmente a entrada de alimentos que passarão pela
higienização até chegarem à cozinha e despensa da instituição.

A entrada secundária permite ainda que os funcionários da cozinha e de serviços gerais


utilizem para adentrar a creche e pré-escola, por este acesso, para o controle da entrada de
serviço foi proposto o uso de portão e cancela eletrônica, próximo a esta entrada se localizou a
lixeira, visto que haverá o depósito de lixo neste recinto para que não haja descontrole da coleta
dos resíduos.

O estacionamento interno de funcionários e professores, os mesmos podem entrar no


local passando pelo setor administrativo ao entrar neste corredor, o fluxo até as salas da
administração é facilmente realizado, devido à implantação do setor, que ficou ao lado do
estacionamento, conforme pode ser observado na figura.

Da mesma forma, a quadra e o parque foram localizados na lateral esquerda do terreno,


levando em consideração os parâmetros de projeto já apresentados, favorecendo assim o fluxo
das salas de aula até as áreas de lazer, no entanto, este acesso é distante das salas do pátio,
visando o conforto acústico e também o controle dos alunos, em frente as salas de aulas, foram
implantados os restantes do setor de aprendizagem, com duas salas de artes plásticas e também
a sala de multimidia, isso porque, percebe-se que esses ambientes necessitam de espaços menos
restritos, em relação a ambientes mais restritos, o setor administrativo, como a secretaria, sala
dos professores, coordenação, diretoria e sala de reuniões ficaram distantes do setor de
aprendizagem somente próximo a biblioteca.

Nesse sentido, o fluxo privado do setor administrativo é garantido, uma vez que o
professor ou funcionário entrará na escola pelo estacionamento dos funcionários e utilizará o
acesso sem que ele permeie pelos demais setores da unidade, é importante ressaltar que, em
todo o Centro Educacional Ipê, houve a preocupação com as faixas etárias atendidas durante a
elaboração arquitetônica, uma vez que podem ocorrer acidentes na interação de crianças
maiores com os bebês que também serão acolhidos.

Esse cuidado pode ser notado na localização das salas, onde as faixas etárias maiores
têm aulas distante do fraldário e sala de amamentação da escola, enquanto que os menores têm
suas salas mais afastadas próximo a sala de artes e multimidia. Além disso, os banheiros
também são adaptados para cada idade. Visto que, há banheiros em todos os blocos de salas de
aula e cada layout é diferenciado para atender a todos, conforme está indicado no projeto
arquitetônico em anexo.
52

6.4 COBERTURA

Na cobertura de utilizou telha colonial com inclinação de 35% por conta da proposta de
telhado aparente para trazer mais estética simples e aconchegante e também devido ao uso de
placas solares mostrando ainda mais a questão da sustentabilidade abordada anteriormente na
edificação, nas arquibancadas quadra se utilizou a cobertura de zinco com inclinação de 12,5%
estrutura sustentadas por 5 treliças de ferro em cada cobertura, no bicicletário se utilizou a
cobertura policarbonato com 12,28% de inclinação sustentados por aço galvanizado, ambas as
coberturas podem ser visualizadas na figura.

Figura 6.4.1 – Planta de cobertura


Fonte: autor (2023)

6.5 FACHADAS

Na fachada principal são utilizados vidros arredondados juntamente com o formato


splash tanto na entrada principal quanto no estacionamento dos professores sendo o uso de 4
cores para chamar a atenção dos pais e alunos que futuramente frequentarão o centro
educacional. Além disso, há uma película de vidro com vidro refletivo, que permite que as
escadas dos funcionários locais recebam iluminação garantindo sua privacidade.

A logomarca da escola é fixada nessas molduras para que possa ser vista por todos que
passam pela Avenida dos Sabiás Laranjeiras, conforme Figura 6.5.1, acerca da grade foi
utilizada tanto na entrada de serviço da escola quanto no estacionamento dos funcionários. Essa
aplicação é apropriada devido à sensação de integração com o ambiente em que o Centro
53

Educacional Ipê está inserido. Além de favorecer uma melhor circulação de ar e criar uma
sensação de espaço para alunos e funcionários.

Figura 6.5.1 – Fachada frontal


Fonte: autor (2023)

Adicionalmente, a pintura com detalhes de ondas na cor branca sobre as cores lago rosa,
artista de circo e a cor cordel também compõem esta fachada conforme ilustrado na figura 6.5.2,
na fachada lateral esquerda, também foi aplicada a logomarca do Centro Educacional Ipê,
considerando que a.

Figura 6.5.2 – Fachada lateral esquerda


Fonte: autor (2023)

Avenida dos Sabiás Laranjeiras tem mão dupla dividida pelos canteiros requer atenção
dos visitantes em ambas as direções, além disso, os corredores das salas utilizaram-se pinturas
em tons pasteis para agregar com os ipês plantados para criar o ambiente de jardim desejado,
como demonstrado na figura 6.5.3.

Figura 6.5.3 – Fachada lateral direita


Fonte: autor (2023)
6.6 CORTES

No corte A, é possível observar a cantina com o balcão com a janela de enrolar e o


pilares da cantina, as salas de artes plásticas, multimídia, repouso e os banheiros adultos, e os
pátios de circulação e solário, jardim rosa e o solário permeável podendo ser possível identificar
54

as cores pasteis utilizadas nessas áreas e também os usos das placas solares na cobertura do
telhado conforme pode ser observado na figura 6.6.1.

Figura 6.6.1 – Corte A


Fonte: autor (2023)

No corte B, se observa a área localizada pelo corredor dos ipês onde as janelas das salas
de aula estão viradas para esse corredor para que se tenha sombra e as crianças possam observar
elas todos os dias, também é possível identificar os banheiros infantil e adulto e posição do
barrilete onde se encontra as duas caixas d´água Fortlev de 5000L onde se utilizou grades para
fechar o local pois o uso delas quando abertas facilitam a manutenção sendo possível até
removê-las para limpeza, prosseguindo é possível ver as grades do estacionamento o setor
administrativo em frente ao parquinho e um pouco da fachada, conforme a figura 6.6.2.

Figura 6.6.2 – Corte B


Fonte: autor (2023)

6.7 SISTEMA CONSTRUTIVO

O método construtivo escolhido é o convencional, que inclui lajes, vigas, pilares e


alvenaria de vedação, os painéis de alvenaria do edifício serão construídos em bloco cerâmico
furado, com dimensões nominais de 10x200x200 mm, classe 10. A opção por este método se
deve à facilidade de trabalho na região, onde há ampla disponibilidade de mão de obra e
facilidade de acesso à matéria-prima, que é abundante na área.

Os elementos de concreto armado (lajes e vigas) serão executados rigorosamente de


acordo com o projeto nos traços e dosagens especificados, obedecendo- se ao disposto na NB
1, serão executados em concreto armado nos locais especificados em projeto, todas as etapas
serem fiscalizadas pelo responsável técnico a fim de se evitarem falhas que comprometam a
escola ou o aspecto estético das peças, os materiais e procedimentos para a execução do
concreto armado obedecerão ao que dispõe as normas e especificações da ABNT.
55

6.8 PARÂMETROS LEGAIS

Após a avaliação inicial, o mapa de zoneamento da cidade foi examinado para identificar
as diretrizes de projeto permitidas, garantindo que o projeto esteja em conformidade com a Lei
de Zoneamento de Imperatriz (Lei nº 850/1997), o Código de Postura de Imperatriz, a Lei
Orgânica de Imperatriz - MA (Lei 002-2004), o Plano Diretor (Lei 003-2004), a Lei de
Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei 1068-2003), a Lei de Arborização
do Município, a Lei 1424-2011 referente à Licença Ambiental e a Lei 1.165-06 - Lei de
Zoneamento - Promulgada - Alteração.

Figura 6.8.1 Zoneamento do terreno


Fonte: Autor (2023).

De acordo com a figura 6.8.1 o terreno está localizado na ZIS I - Zona de Interesse
Social I, área mínima do lote (AML): 250 m², testada mínima: 10 m, área total máxima edificada
(ATME): 160%. área livre mínima do lote (ALML): 20%, afastamento frontal: 02 m, gabarito
máximo: 04 pavimentos.

A Lei 1.165:2006 de Zoneamento, Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de Imperatriz


também define os usos permitidos na zona escolhida. Segundo a norma, a construção de
instituições de ensino básico e pré-escolar é permitida na zona. Portanto, a proposta de um
centro educacional infantil é permitida.

O Código de Obras da cidade de Imperatriz, Lei municipal 197:1978, estabelece que o


pé direito mínimo para ambientes de permanência diurna é de 2,50 metros. Esta lei também
determina que todo ambiente deve ter aberturas para entrada de iluminação e ventilação natural
56

e define o tamanho das aberturas de cada ambiente, com 1/8 da área total do compartimento ou
o mínimo de 0,60m².

A Lei municipal 1.642:2016, que dispõe sobre as calçadas da cidade de Imperatriz,


estabelece que os passeios devem ter no mínimo 2,00 metros, ou 2,50 metros quando houver
canteiros, com 1,20 metros de faixa livre. Esta lei também define que as rampas para pedestres
devem ter inclinação máxima de 8,33%, enquanto que para veículos a inclinação máxima é de
20%. Além disso, as calçadas devem ter inclinação padrão de 2% para o escoamento da água.

A NBR 9050:2021, que trata sobre acessibilidade, mobiliário, edificações e espaços,


também foi consultada. Esta norma propõe critérios e parâmetros a serem observados durante
a construção da instituição de ensino, uma vez que a creche e pré-escola deve garantir o acesso
ao ensino a todas as crianças.

Por fim, a lei N° 11.390:2020, que institui o Regulamento de Segurança Contra


Incêndios das edificações e áreas de risco no Estado do Maranhão, foi consultada para verificar
a localização e quantidade correta de rotas de fuga, extintores e outros itens de segurança contra
incêndios.

6.9 SUSTENTABILIDADE

Este trabalho visou adaptar o Centro Educacional Ipê à certificação LEED (Liderança
em Energia e Design Ambiental). Para obter a certificação, procuramos ganhar créditos através
do conceito de Terrenos Sustentáveis, que visa prevenir a poluição na atividade de construção,
avaliar o terreno, proteger ou restaurar habitats, espaços abertos, gerenciar águas pluviais,
reduzir ilhas de calor e poluição luminosa.
0 0 0 TERRENOS SUSTENTÁVEIS 10
s Pré-requerimento Projeto Integrado (IP) Obrigatório
Crédito Localização e Transporte (LT) 1
Crédito Implantação (SS) 2
Crédito Eficiência do uso da água (WE) 1
Crédito Energia e Atmosfera (EA) 3
Crédito Materiais e Recursos (MR) 2
Crédito Qualidade ambiental interna (IEQ) 1
Crédito Inovação (IN) 1
Crédito Créditos Regionais (RP) 1
Tabela 6.9.1 Certificação LEED
Fonte: GBC (2023).
57

Para cumprir o primeiro critério, que visa prevenir a poluição na atividade de


construção, o projeto do Centro Educacional Ipê buscou minimizar a movimentação de terra, já
que o terreno é classificado como plano. Assim, os serviços de corte e aterro serão necessários
apenas em pequena escala, sendo realizados no local sem a necessidade de grandes máquinas.

Além disso, para conter a erosão e sedimentação do solo, propomos o uso de vegetação
rasteira no parque criado, com predominância de grama, além da vegetação existente e do
plantio de ipês de médio e grande porte para conter todas as adversidades no solo e também
para proporcionar conforto térmico e acústico no local.

Em relação à ventilação predominante e à orientação solar, a localização da instituição


foi proposta visando o conforto térmico, uma vez que as fachadas que receberão maior
insolação são aquelas onde não há grande permanência de alunos e funcionários. Nas demais
fachadas, a maioria das esquadrias foram orientadas para a direção da ventilação predominante.

Para atender aos critérios de uso humano para a certificação, a edificação a ser
construída terá vista para Avenida dos Colibris e a altura da unidade será imponente,
proporcionando assim uma visão privilegiada para os usuários e visitantes do centro de ensino.
Nesse sentido, o transporte público também se torna um critério para a certificação.

Com base nisso, sugerimos a instalação de um ponto de ônibus na fachada principal da


escola. Isso permitirá que os alunos aguardem o transporte público logo após saírem da porta
principal da instituição, evitando a necessidade de se deslocarem para outro local que possa ser
inseguro, conforme ilustrado na figura 6.9.1.

Tabela 6.9.1 Local do ponto de ônibus


Fonte: Autor (2023).
58

Além desses fatores atendidos para a certificação, também houve a preocupação com a
energia renovável do centro de ensino, por isso, foram instalados painéis solares na cobertura
da edificação, por fim, a última estratégia sustentável adotada é em relação ao reaproveitamento
de águas pluviais, na laje que receberá os reservatórios, há espaço para um possível outro
reservatório a ser implantado para armazenar a água proveniente das chuvas.

6.10 ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS

As portas da edificação serão de PVC. As portas da entrada principal, biblioteca,


recepção, circulação privada, estar dos funcionários, secretaria, diretoria, coordenação, sala dos
professores e sala de reuniões serão de PVC e vidro temperado incolor de 8mm, conforme
indicado no projeto em apêndice.

As janelas, em geral, serão de PVC com vidro temperado incolor de 8mm, exceto para
as peles de vidro da fachada principal, quanto aos acabamentos, o piso dos corredores e áreas
comuns será de bloquete para a melhor permeabilização dos espaços, enquanto em todas as
salas e ambientes será aplicado o porcelanato WHC Acetinado 80x80cm, da Portinari. Além
destes, serão utilizados bloquetes também no estacionamento, pátios e solário, o piso
intertravado na calçada,

O forro será pintado na cor branco neve da marca Suvinil. As paredes dos corredores
receberão duas cores de pintura, a primeira sendo acrílica nas cores pasteis como azul-bebê,
amarelo-splash, verde-pastel, Suvinil, conforme indicado em projeto arquitetônico. Nas paredes
dos banheiros e cozinha será aplicado o porcelanato WHC Acetinado 80x80cm, da Portinari.

Na fachada principal será aplicada pintura nas cores lago rosa, branca, artista de circo e
cordel, Suvinil, além do ACM em formato splash na entrada principal e na do estacionamento
de funcionários e professores, conforme indicado em projeto, nas fachadas laterais e ao fundo
será aplicada pintura nas cores lago rosa, branca, artista de circo seguindo o formato de ondas
na cor branca ao meio acima a cor lago rosa e a cor artista de circo abaixo, todas da marca
Suvinil.

7. CONCLUSÃO

Portanto, este trabalho se propôs a desenvolver um centro de educação infantil para o


Bairro Santa Inês em Imperatriz-MA. O objetivo era atender à alta demanda por este serviço na
59

região, já que não existem centros de ensino infantil que ofereçam os serviços prestados pelo
centro na localidade.

A relação entre arquitetura e educação foi explorada, traçando um percurso histórico


desde o mundo até o Brasil em suas formas atuais. Em seguida, foram discutidas considerações
sobre o ensino infantil, que é o foco do trabalho, pois se desejava que o edifício promovesse a
educação de maneira lúdica e agradável.

Também foi pesquisado sobre os benefícios da sustentabilidade aliada a esses conceitos


iniciais. Da mesma forma, todas as outras etapas do trabalho foram de extrema importância,
como o levantamento do terreno e entorno, entrevistas, estudos de caso, análises das leis e
normas e elaboração de conceitos e partidos.

Assim, foi possível elaborar uma proposta arquitetônica que considerasse diversas áreas
do conhecimento e que pudesse gerar o impacto mais positivo na educação das crianças e no
desempenho das funções dos servidores do Centro Educacional Ipê.

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