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Universidade Estadual do Paraná

Campus de Paranaguá

Teoria e Estrutura
Atômica
José Roberto Caetano da Rocha
Histórico
Filósofos Gregos V a.C.
Quatro elementos: água, ar, fogo e terra.
450 a.C. - Leucipo
A matéria pode se dividir
em partículas cada vez
menores.
400 a.C. - Demócrito
Denominação átomo
para a menor partícula
de matéria. Considera-
do o pai do atomismo
grego.
Aristóteles e os Elementos
Fundamentais
ÄÁgua (Fria e Úmida);
Ä Ar (Quente e Úmido);
Ä Terra (Fria e Seca);
Ä Fogo (Quente e Seco).

384 a.C. – 322 a.C.


Fogo
Tetraedro
Seco Quente

Terra Ar
Cubo Octaedro

Frio Úmido

Água Icosaedro
Idade Média
ÄPeríodo que corresponde a 476 d.C. com a
queda de Roma pelos bárbaros. Findando em
1492d.C. com as grandes descobertas;
Ä Período em que a ciência é fortemente
influenciada pela religião;
Ä Os “cient istas” d a ép oca eram os
Alquimistas.
Principais Interesses dos
Alquimistas
1) Elixir da Vida Eterna;
2) Transformar elementos
menos nobres em ouro;
3) Pedra Fundamental.
Teoria do flogístico
Ä Acreditava-se que todos os corpos
tinham um “fluído” que sofria
combustão quando o mesmo abandona-
va os corpos;
Ä Idéia de Becher e Stahl que surgiu no
século XVII/XVIII e dominou o século
XVIII.
Aspectos da Teoria
1. O flogístico existe em todas as
su bstâ nc i as , e m m ai or o u m e no r
quantidade.
2. O flogístico não existe em estado
livre, mas apenas combinado, tornando
impossível seu isolamento e caracte-
rização.
3. O flogístico pode ser transferido de
uma substância para outra.
4. Gorduras, óleos, materiais vegetais e
animais em geral são ricos em flogístico.
Metais têm pouco flogístico.
5. Carvão é quase flogístico puro.
6. A quantidade de flogístico perdida
por uma substância é igual à
quantidade recebida por outra.
7. Uma substância pode recuperar seu
f l o g í st i co p e r d i d o, p o r m e i o d o
contato com outra, rica em flogístico.
Ourídes Santin. Teoria da Combustão: os trabalhos de Scheele,
Priestley e Lavoisier no século XVIII. Palestra. União da Vitória.
Junho/2009.
Primórdios da Lei da
Conservação da Massa
Lucrécio escreve em seu poema De rarum
natura (93 d.C.):
“nada pode ser criado do nada e nada do que
surgiu pode voltar ao nada, nem ser de matéria
imperecível os elementos a que tem, no fim de
tudo, de voltar à matéria para que possa bastar
à renovação das coisas”.
Lei de Lavoisier (1760)
ÄConservação das Massas

A soma das massas dos


reagentes serão sempre
iguais a soma das massas
dos produtos.
Ex.: Se em uma reação de formação da
água reagirem 2,0g de gás hidrogênio
com 16,0g de gás oxigênio, qual será a
massa de água formada?
Faísca elétrica
gás hidrogênio  gás oxigênio     água

m água  m gás oxigênio  m gás hidrogênio

mágua  16,0 g  2,0 g  18,0 g


Lei de Proust (1797)
ÄComposição Definida ou Proporções Constantes.
Faísca elétrica
gás hidrogênio  gás oxigênio     água

1o Experimento 1,0g 8,0g 9,0g

2o Experimento 2,0g 16,0g 18,0g

3o Experimento 5,0g 40,0g 45,0g

1: 8 : 9
Lei de Dalton (1803)
Ä Proporções Múltiplas.

Enxofre  Gás Oxigênio 


 Anidrido Sulfuroso
32g 32g
Enxofre  Gás Oxigênio 
 Anidrido Sulfúrico
32g 48g
32 g 1 32 g 2

32 g 1

48 g 3
SO 2 e SO 3
Lei de Dalton
Ä Proporções Múltiplas.
Carbono  Gás Oxigênio 
 Monóxido de Carbono
12g 16g

Carbono  Gás Oxigênio 


 Dióxido de Carbono
12g 32g
12 g 1 16 g 1

12 g 1

32 g 2
CO e CO 2
1808 – Dalton
Primeiro modelo atômico com
base experimental. O átomo é
uma partícula maciça e
indivisível. O modelo vingou até
1897.
Modelo de Dalton

1- Toda matéria – átomos.


2- Indestrutíveis e indivisíveis.
3- Átomos de elementos químicos diferentes
têm massas e propriedades diferentes.
4- Alteração química pode ocorrer por
combinações, separações ou rearranjo de
átomos.
5- Os compostos são constituídos de átomos
de e le mentos quím icos dife rentes e m
proporções fixas.
~1775 – Benjamin Franklin
Indicou que existiam dois
tipos de carga elétrica:
Ä Carga positiva (+)
Ä Carga negativa (-)

Por que se comportavam como opostas e


podiam neutralizar-se mutuamente.
1833 – Michael Faraday

A mesma quantidade de
corrente elétrica provo-
cava a deposição de
quantidades diferentes
de metais diferentes.
Admissão de uma partícula fundamental
de eletricidade, semelhante ao átomo,
denominada “ELÉTRON”.
1897 - Thomson

 Descargas elétricas
em alto vácuo (tubos de
Crookes) evidenciando à
presença do elétron.
Tubos de Crookes – 1897
Observações do raio:
ÄPropagava em linha reta.
Ä Causava luminescência dos gases.
Ä Podia aquecer objetos ao rubro.
Ä Podia ser desviado por campos
magnéticos.
Ä Era atraído pela placa carregada
positivamente.
O raio foi denominado
como Raio Catódico.
e/m = -1,75882x108 C.g-1
Quando os raios atingem uma
tela fluorescente, a luz é emitida
numa seqüência de pequenos
clarões.
 O átomo seria uma
partícula maciça, mas
não indivisível.
 Seria formado por uma geléia
com carga positiva, na qual
estariam incrustados os elétrons
(modelo do pudim de passas).
Millikan – 1908
e- = -1,60217733 x 10-19 C
e/m = -1,75882x108 C.g-1

m = e / (e/m)
m = 9,109388 x 10-28 g
Raios Canais
Prótons
Äe/m dependia do gás pre-
sente no tubo.
Ä m = 1,672623x10-24 g
ÄE = + 1,60217733 x 10-19 C
Experimento de Rutherford
Observações:
Ä Parte das partículas  passavam direto
pela lamina de ouro;
ÄPar te das part íc ul as  de svi ava m de
alguma partícula carregada positivamente e
presente na lamina de ouro;
Ä Parte das partículas  retrocediam, pois se
chocava com alguma partícula carregada
positivamente e presente na lamina de ouro;
Conclusões:
Ä O átomo não é maciço nem indivisível,
visto que tem partículas que passam
direto.
Ä O átomo seria formado por um núcleo
muito pequeno, com carga positiva, onde
estaria concentrada praticamente toda a
sua massa, visto que existem partículas
que se desviam ou retrocedem.
Ä Ao redor do núcleo ficariam os
elétrons, neutralizando sua carga.
ÄEste é o modelo do átomo nucleado,
um modelo que foi comparado ao
sistema planetário, onde o Sol seria o
n ú c l e o e o s p l a n eta s s e r i a m o s
elétrons.
Modelo de Rutherford – 1911
Falha no Modelo de Rutherford

Emissão de radiação eletromagnética até


se colidir com o núcleo e o átomo perder
sua individualidade.
1913 - Bohr
ÄModelo atômico fun-
damentado na teoria
dos quanta e sustentado
experimentalmente com
base na espectroscopia.

Ä Distribuição eletrônica em níveis de


energia.
ÄOs elétrons se movem em torno do
núcleo descrevendo órbitas circulares
estacionárias (não variam com o tempo).
1913 - Bohr
ÄQuando um elétron do átomo recebe
energia, ele salta para outro nível de
maior energia, portanto mais distante do
núcleo.
Ä Quando o elétron volta para o seu
nível de energia primitivo (mais próximo
do núcleo), ele cede a energia
anteriormente recebida sob forma de
uma onda eletromagnética (luz).
1932 – James Chadwick
O átomo:
Ä Não tem carga.
Äe=p
Ä massa maior do
que a prevista.
Nêutrons
ÄNão tem carga.
Ä m = 1,6749286x10-24 g
Ä Ligeiramente maior do
que a de um próton.
Modelo Atômico Atual
Propriedades das Partículas
Subatômicas
Partícula Massa (g) u / uma Carga Símbolo

Elétron 9,109389x10-28 0,0005485799 -1 -1e


0

Próton 1,672623x10-24 1,007276 +1 +1p


1

Nêutron 1,674929x10-24 1,008665 0 0n


1

1 u = 1,661x10-24 g
Diagrama de Linus Pauling
Distribuição Eletrônica
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d10, 5p6,
6s2, 4f14, 5d10, 6p6, 7s2, 5f14, 6d10, 7p6
Camada 1 = 2 elétrons no máximo;
Camada 2 = 8 elétrons no máximo;
Camada 3 = 18 elétrons no máximo;
Camada 4 = 32 elétrons no máximo;
Camada 5 = 32 elétrons no máximo;
Camada 6 = 18 elétrons no máximo;
Camada 7 = 8 elétrons no máximo.
Ex.1: Na = 11 elétrons
1s2, 2s2, 2p6, 3s1
Camada 1 = 2 elétrons;
Camada 2 = 8 elétrons;
Camada 3 = 1 elétron.
Ex.2:Kr = 36 elétrons
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6
Camada 1 = 2 elétrons;
Camada 2 = 8 elétrons;
Camada 3 = 18 elétrons;
Camada 4 = 8 elétrons.
Ex.3: Ba = 56 elétrons
1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d10, 5p6,
6s2
Camada 1 = 2 elétrons;
Camada 2 = 8 elétrons;
Camada 3 = 18 elétrons;
Camada 4 = 18 elétrons;
Camada 5 = 8 elétrons;
Camada 6 = 2 elétrons.
Referências Bibliográficas
Atkins, P.; Jones, L.. Princípios de Química. Ed. Bookman:
Porto Alegre, 2001, 914p.
Kotz, J. C.; Treichel Jr, P.. Química e Reações Química. Vol.
1. LTC-Livros Técnicos e Científicos Ltda.: Rio de Janeiro,
2002, 538p.
Kotz, J. C.; Treichel Jr, P.. Química e Reações Química. Vol.
2. LTC-Livros Técnicos e Científicos Ltda.: Rio de Janeiro,
2002, 345p.
Brown, T. L.; LeMay Jr, H. E.; Bursten, B. E.; Burdge, J. R..
Química a Ciência Central. 9ª Ed. Pearson Prentice Hall:
São Paulo, 2007, 992p.

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