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I ATO

Não sei por onde começar no entanto em meio à nevasca que nos pega sem aviso isso
claro não é de se esperar menos do vale dos ventos gélidos às vezes me pergunto se
outrora essas cordilheiras tiveram a benção do Sol tocar em si em suas encostas não que
eu tenha tido a dádiva de ser aquecido pelo sol, bom no meu caso um nômade de uma
raça já esquecida em Faerun. Além de ser esquecida essa raça também às vezes
confundida com Drows, seres perversos aberrações que pendulam entre a satisfação de
fazer o mal e dominar os desafortunados. Diferente a minha rainha não me renegou seu
afago, muitos a conhecem como Deusa da Morte mas nós a conhecemos como Deusa do
Destino. Não do destino que está prescrito mas sim daquele que pode ser reescrito, e
neste caso ela me abençoou me dando o nome Arkin Revna que tem o significado de
Filho Eterno da Rainha Corvo.

Nossa nação reside nas sombras, nossa rainha a deusa da morte do destino e do menos
afortunados é uma deidade que tende ajudar os peregrinos no plano dos deuses
esquecidos é uma entidade neutra que aos benevolentes usam o seu poder para fazer o
bem, e para os gananciosos usam mesmo poder para infligir o mal.

Como uma trovada cómica e sem graça de um bardo esgueirado no canto de uma
taverna escura, uma piada sem gosto foi a nossa vida até o momento sem conhecer a
grandiosidade do plano material.

Minha Terra materna dominada por minha senhora é uma Terra que o Sol não habita, lá
só existem espectros, almas que perambulando buscando sua redenção. Há também
criaturas perversas que se esgueira no plano umbral e em resquícios de sombra
esperando o melhor momento para agir.

O engraçado que minha senhora fazia parte da grande casta élfica e ela foi banida por
seus irmãos. Em pensar que outrora ela foi considerada com muito prestígio hoje jaz
uma vaga lembrança de sua existência.

Pois bem sem mais enrolação aqui inicia nossa aventura, faz algum tempo que venho
me aventurando na Costa da espada, de vez em quando uso desço as cordilheiras mas
ainda me mantenho tímido em termo de me relacionar com outras criaturas do plano
material. No entanto certo dia ao descer as cordilheiras acabei sendo emboscado por
uma trupe de contrabandistas e bandidos, e uma Batalha feroz nos pegou, fiquei
altamente ferido levaram quase todas as lembranças que eu tinha da minha Terra mãe
me sobrou meu manto de penas negras e um colar um amuleto de boa sorte, uma Pedra
Ônix com a cabeça de um corvo entalhado. Como pode um ser que sua existência foi
esquecida viver a possibilidade de ter não só uma segunda chance. Fui resgatado por um
comboio de paladinos da ordem de Tempus, uma divindade maior o senhor da guerra, e
assim iniciou minha jornada como aspirante a paladino da Ordem do Senhor da guerra e
dos guerreiros.

II ATO

Após algum tempo do ocorrido meu corpo já se encontra curado eu senti que deveria
retribuir a benevolência dos meus bem feitores. Ao ponto de me propor a executar
pequenos afazeres dentro do monastério de Tempus. Em uma noite de campanha dos
paladinos e clérigos fora do acampamento, algumas criaturas na calada da noite
invadiram de forma sorrateira este espaço que para mim já era mais que sagrado, afinal
foi aqui que me senti acolhido e tive os primeiros contatos com as criaturas no plano
material, haviam três guardas que ali defendiam o solo edificado por Tempus. Goblins
nojentos derramarão sangue de um daqueles que protegiam aquele lugar e feriram os
outros dois. Sem pensar nas consequências de minhas ações usando os poderes de
minha linhagem sanguínea sai da penumbra como um bando de corvos e ali decapitei
um dos goblins. Foi neste momento que percebemos que na noite alva o grupo de
goblins era composto de 5 criaturas que neste caso uma jaz sem sua cabeça no chão,
aqui a fúria do líder destes nefastos se voltou para mim. Enquanto travava um combate
ferrem contra as quatro criaturas eu senti que não iria conseguir porque me faltava algo,
ferido mas sem desistir da peleja, minha espada foi meio improvisada, uma espada
velha e meio danificada por incontáveis batalhas que participará que ali estava
encostada na parede quando a empunhei. Em meio a peleja ofegante um brilho
carmesim tomou aquela antiga lâmina e neste momento a cede de conquistar esta vitória
me foi preenchido e ali encerrei os dias de perversidade daquelas criaturas. Apesar desta
ação eu não sentia ainda que meu dever de gratidão havia terminado. Ajudei aqueles
bravos que defenderam este lugar com o mesmo socorro que em outrora havia recebido.
Ali eu fiz meus primeiros companheiros no mundo material.

A verdade que uma coisa ainda não saia da minha mente, “aquela aura que fervilhou em
minha espada”, o que seria aquilo!?

Ali fizemos um ritual encaminhado o corpo do jovem guerreiro a Tempus e ao mesmo


tempo pedi para que minha senhora fosse guia dele até a sua nova morada.

Passaram alguns dias do fatídico episódio, e ali retornava a companhia dos paladinos de
Tempus, e logo chegou ao sumo sacerdote do que havia acontecido no solo sagrado e
foi neste exato momento que fui interrogado pelo líder dos paladinos o grande Bjorn
Grasens.

O Sumo sacerdote indagou que a deidade maior dos guerreiro havia me conduzido na
peleja por não demonstrar arrependimentos durante o combate e neste exato momento
me tornei um aprendiz de Bjorn, mas nem tudo são rosas brancas. Alguns dos acólitos
tinham aversão a ideia de eu ser escolhido para ser um aprendiz e ainda mais do grande
guerreiro Bjorn, sofri algumas represálias e humilhações, no entanto nada se compara ao
banimento pelo esquecimento que nos Shadar-kai ainda passamos, ao contrário de me
desmotivar a vontade de grandes conquistas só aumentavam e minha fé que eu seria
conduzido a vitórias, e que eu traria honra a minha linhagem não saiam do meu âmago.
Foi neste momento que aprendi sobre os juramentos sagrados. No entanto os juramentos
não eram feitos ao bel-prazer, você deveria ser chamado para o fazer e ainda não sabia o
que seria de mim, lembrei das falas de minha Senhora, “que o destino pode ser reescrito,
no entanto não temos o direito de escolha, o que podemos fazer é ladrilhar um caminho
que nos favoreça”. Certa noite de solstício de inverno em minha meditação eu tive uma
visão em que nome estava escrito em fábulas e em paredes das casas de minha terra mãe
como um guerreiro honrado. Nesse mesmo dia uma visagem em meditação que estava
sentado em um grande salão de madeira negra num trono adornado em prata e ouro e
em meus ombros estavam corvos e sobre o beiral da parede havia um escudo em
chamas, e no centro deste escudo uma espada forjada por meus ancestrais iluminavam
aquele lugar, e foi neste momento que percebi que eu havia sido encorajado por Tempus
a seguir o caminho do guerreiro.

Revelei está visão ao sumo sacerdote e ele ficou pensativo. O nobre senhor disse que
precisava meditar e dali me retirei.

Então após alguns dias Bjorn me incumbiu uma tarefa, no entanto fiquei pensativo,
acólitos estavam prestes a retornar, no entanto ninguém ali havia conseguido sobreviver
as cordilheiras do Vale dos Ventos Gélidos quanto eu. A tarefa deveria ser ir de
encontro deles e os escoltar. Foi designado dois outros jovens aprendizes junto comigo
Yohan e Baltazar era seus nomes.

Nos foram dadas as provisões e e duas montarias, nossa partida se deu na manhã
seguinte e assim iniciou o que mais tarde seria uma provação. Demoramos 5 dias ao
longo da costa da espada para chegar aos pés das cordilheiras e nesses dias a estação
mais fria houvera chegado, mas nada que já não tivesse enfrentado no plano das
sombras o frio é uma constante. Yohan e Baltazar vivem reclamando aos espirros,
“quando vamos avistar o comboio?” “Falta muito para se percorrer?” “Quase sinto falta
do chão duro do acampamento, ao menos dormiria com o som dos mosquitos e não com
as pernas congeladas!” essas são algumas de suas reclamações para aumentar a tensão
nesta faixa de terra há muitos saqueadores.

Alguns dias se passaram até chegar no ponto de encontro, caminho penoso, mas só
nosso corpo se desgastou. Montamos nosso acampamento e nos aquecemos com uma
sopa de pelanca de javali sarraceno, Yohan era versado em flauta élfica que logo
começou a esboçar uma canção reconfortante e ao mesmo tempo um tanto quanto triste
acho porque a canção tinha o tema um antigo conto montês acerca da saga de uma
pequena vila assolada por uma nevasca. Ao entardecer o clima já era de escuridão vale
lembrar que Yohan era humano e Baltazar era um anão. É bom deixar claro em meus
registros que Baltazar foi o primeiro anão vivo que conheci. Não demorou muito para
uma luz ao longe se destaca encima daquele cume, em alerta ficamos porque logo que
avistei eu avisei os outros dois da aproximação daquela luz que mais parecia tochas.

Como minha visão no escuro é boa logo percebi que se tratava da pequena caravana
destinada ao nosso templo, percebemos que ali havia jovens que ainda não haviam
chego a idade adulta e estavam indo para servir no templo de Tempus, provavelmente
para se tornarem clérigos, paladinos ou sacerdotes, então o grupo era composto por 4
jovens um guardião e um escriba. Logo Yohan se antecipou disse:

- “Quem vem lá?”

(Guardião) – “Somos nós, da comitiva do templo de Tempus”

Logo Yohan percebeu o os símbolos de autoridade do guardião e decidimos depois das


apresentações partir pela manhã. Baltazar ao conversar com o escriba Jonh Do
descobriu que o grupo foi encurralado com por uma pequena horda de saqueadores, mas
conseguiram fugir deles graças o sacrifício do batedor do bando. Essa informação me
trouxe péssimas lembranças, de quando fui resgatado nesse mesmo solo por ter sido
emboscado por saqueadores, e ali montei guarda a noite inteira.

Escutamos uma linda cação de um dos jovens que era elfo. Que conseguinte só eu
compreendi sua mensagem.

“Então ouço sussurros dos elfos nesta sombria antiga noite”. Este refrão combina muito
com minha existência material, olhei para aquele jovem é vi sua ascendência elfica,
ainda não sei muito bem se é um meio humano ou elfo completo, mas uma coisa eu
sabia aquela criança sofreu.

Os primeiros raios do sol pela neblina chegou, e ao tocar meu rosto senti uma
temperatura acolhedora, quente como o colo de uma mãe carinhosa que afaga o filho.

Levantamos acampamento e partimos, mesmo que houvesse luz os dias eram frios.
Chegamos após dois dias de viagem a uma passagem entre o Desfiladeiro Gélido e ali
os ventos uivavam como lobos. Ao entardecer meu olfato como um rastreador sentiu um
cheiro putrido que vinha de dentro das fissuras rochosas do desfiladeiro, um bando de
oito criaturas horrendas nos flanquearam e ali reconheci aqueles rostos transfigurados
de nascimento eram orcs saqueadores, os mesmo que infligiram temor em mim quando
cheguei a este plano, uma flecha percorreu nosso campo de visão como falcão em busca
de sua presa acertando o ombro do escriba que estava encima de um cavalo fazendo ele
gritar de dor. Yohan e eu desembainhamos nossas espadas e buscamos nos antecipar os
movimentos, nos sabíamos que conversa não adiantaria, afinal eram saqueadores.
Yohan atravessou o campo saltado com sua espada em mãos desferindo um golpe
mortal no pescoço do Wrong do líder deles o fazendo cair, em idioma orc balbuciando
comandos de ataque o líder ordenou, ali neste exato momento iniciou nossa provação. O
líder se focou em Yohan, enquanto três deles vieram em minha direção e os outros
cercaram o comboio. O orc da balestra desferiu um tiro em minha direção que por sorte
desviei, me aproveitando desse tempo de recarga lancei um pequeno machado que o
acertou na altura do cotovelo o fazendo deixar sua balestra de lado, mas essa ação me
causou um ataque de um outro atacante que acabará por acertar meu abdômen
lateralmente, mesmo que o corte tenha sido superficial um ferimento é sempre um
ferimento, conseguir desferir golpes mortais nos orcs em minha frente os fazendo
perecer. Yohan estava com a vantagem sobre o líder deles no entanto ele foi pego de
forma covarde pelas costa que recebeu um talho profundo próximo do pescoço o
fazendo estancar sangue com uma das mãos, à essa altura nos percebemos que a
desvantagem existia o Anao Baltazar havia caído no campo de batalha mas levou três
criaturas com ele, o curioso que o guardião nos abandonou dizendo “Não fui pago para
morrer” sobraram as quatro criaturas que estavam fazendo cerco, então tomei a
dianteira quando usei minha dádiva racial para sair atrás do líder orc e o atravessei com
minha espada, eu disse ao Yohan para que levasse os acólitos dali que eu seguraria os
demais (fato este que não havia garantias de sobrevivência da minha parte, mas eu
necessitava de dar cabo daquelas criaturas pois se eu não fosse capaz de ao menos fazer
que esses jovens chegasse sãos e salvos eu não teria paz nem na morte). E ali Yohan
ferido tomou a rédea da carruagem e passou em disparada dizendo a seguintes palavras:

- “Que o senhor dos guerreiros, esteja contigo!”

Naquele momento eu entrei em combate com as criaturas restantes com ferimentos


acabei por dar cabo de três orcs o quarto sai afugentando e ali foi minha vitória de
redenção, no entanto meu corpo ferido me dava a impressão que ali seria meu túmulo e
que logo iria estar nos domínios de minha Rainha mãe.

Criei com minha últimas forças coragem, a espada em minha mão caiu, eu peguei o
corpo frio de Baltazar o bravo assim o nomeei com essa alcunha o colocado e minha
costa e segui meu caminho ao menos para tentar dar um bom enterro este guerreiro.
Atravessei a noite fria e consegui sair daquele desfiladeiro no entanto minhas forças jaz,
me prostrei ao chão sem forças e meus últimos suspiros haviam sido dados. Foi quando
me dei conta com rosto no chão frio que vinha em minha direção uma presença
majestosa um guerreiro enorme encima de um cavalo negro de batalha com um
machado que aparentava que havia estado em incontáveis batalhas, e ele então parou em
minha frente, seu corpo emanava uma aura carmesim de autoridade e disse encostado a
cunha do machado em minhas mãos como estivesse querendo me acordar e disse,

- “filho levantai, o campo de batalha necessita de vós”.

Foi quando eu senti um frenezi e me levantei pegando Baltazar pelos braços e me botei
a caminhar e o calor que meu coração emitia serviu de combustível para mim. Depois
de mais um dia de viagem ao longe eu avistará Bjorn é uma comitiva que vieram ao
meu resgate.

Estive em coma alguns dias e minha senhora apareceu dizendo que eu havia recebido
uma dádiva de reconhecimento do Deus maior e que estava na hora de fazer valer o
nome que havia recebido. Foi neste momento que acordei e ali estava o sumo sacerdote
regozijando que havia ali mais um guerreiro que conquistaria vitorias indiscutíveis.

- “levanteis porque seus dias de moribundo acabaram, te prepares porque Tempus o


chamou, e um juramento precisa ser feito” (Sumo Sacerdote)

Foi quando em minha mente uma voz estrondosa e imbuída de autoridade disse “você
não veio para servir homens, elfos ou qualquer outra criatura você nasceu para
conquistar e honrar seu nome Filho eterno da Rainha, eu o aceito”.

Ali foi feito meu juramento sagrado em nome de Tempus que conquistaria glórias em
campos de batalha. E a partir desse momento O juramento da Conquista foi feito, me foi
dado uma adaga com cabo de bronze e madeira com o entalhado de um escudo em
chamas como do meu sonho.

Ainda existe a real vontade herdada. Avandor é objetivo que não foi apagado, talvez se
meus irmãos se seguissem o caminho da redenção nossa rainha conseguisse retornar aos
seus tempos áureos de bomdade e conseguisse acabar com a guerra eterna entre os
povos elficos. Minha devoção de manter em memória de quem foi minha rainha é o que
da força a ela, mas minha sede de conquista foi despertada por Tempus e ela será
saciada e farei meu nome ecoar e o legado do guerreiro será o meu estandarte. Tentarei
ajudar aqueles que querem se desfazer de más lembranças com o poder de Nera e
elevarei as Conquistas em nome de Tempus aquele que não o desampara se merecedor
em uma batalha.

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