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A Cidade

Luís Eduardo Magalhães é um Município do Oeste da Bahia, que foi


emancipado de Barreiras em 30 de março de 2000, através do projeto de Lei nº
395/1997. O nome foi uma homenagem ao filho do ex-governador da Bahia,
Antônio Carlos Magalhães, escolhido após referendo. LEM, como
carinhosamente é conhecida, era distrito de barreiras, antes um pequeno
povoado denominado Mimoso do Oeste.

Economia

Possui a 7º economia do Estado da Bahia, segundo dados do Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com um Produto Interno Bruto
(PIB), de R$ 6,2 bilhões. É o maior exportador da Bahia, com participação de
16,74%, o que representa US$ 1.281.454. O município é um dos maiores
produtores de soja (569.904 toneladas na safra 2019/2020), de algodão
(78.024 toneladas na safra 2019/2020) e milho (133.650 toneladas na safra
2019/2020) do Estado.

História

Em 1974 chega a região os baianos Enedino Alves da Paixão (Negão) e sua


esposa Maria Firmino de Jesus, com seus oito filhos. Instalaram-se no
entroncamento das BRs 242 e 020, construindo uma pensão que alojava os
caminhoneiros que transitavam pelas BRs.

Em 1982 o pecuarista Hipólito Cardoso Ferreira e o empresário goiano Arnaldo


Horácio Ferreira adquirem uma área de terra equivalente a 182.000 há.
Em 1984 é fundado o povoado de Mimoso do Oeste.
Em 1989 é elevado à condição de distrito.

No início dos anos 80, aportaram-se na região pecuaristas e agricultores


oriundos do sul do país em busca de melhores condições de vida, e atraídos
pelas características da topografia, a grande abundância de água e sua
altitude, que a caracterizava como uma possível nova fronteira agrícola.

Dentre estes agricultores e pioneiros, encontravam-se os senhores Adelchi


Pereira Ramos, Jacob Lauck e Amélio Gatto.

Também nos anos 1980 chegaram, Luís Hashimoto, Eduardo Massao


Yamashita, Constantino Catarino de Souza, Ottomar Schwengber. Foi a família
Schwengber que fundou o primeiro Centro de Tradições Gaúchas (CTG) da
cidade.

Siegfried Janzen, conhecido como Toni, de Dianópolis, TO, fundou a primeira


Associação de Moradores de Mimoso do Oeste.
O casal Aparecido Cirilo e Amélia Pontes Costa Cirilo (Amelinha) também
fazem parte desta história. Amelinha foi uma das primeiras enfermeiras da
região.
Indicadores

Produção agrícola de Luís Eduardo Magalhães na safra 2019/2020

Soja – 569.904 toneladas


Milho – 133.650 toneladas
Algodão – 78.024 toneladas
Participação nas exportações do Estado da Bahia
16,74 %, o que representa US$ 1.281.454

Secretaria de
Agricultura
Secretaria de
Trabalho e Assistência Social
Secretaria de
Educação
Secretaria de
Administração e Finanças
Secretaria de
Esporte
Secretaria de
Segurança, Ordem Pública e Trânsito
Secretaria de
Indústria, Comércio e Serviços e Interino de Ciência e Tecnologia
Secretaria de
Meio Ambiente
Secretaria de
Governo
Secretaria de
Saúde

Luís Eduardo Magalhães é um município brasileiro no estado da Bahia,


Região Nordeste do país. Localiza-se no extremo oeste baiano e sua
população em 2020 era de 90 162 habitantes.

Fica localizada na região econômica do MATOPIBA (acrônimo para os estados


do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que é descrita como região de alto
potencial em agricultura, mas ainda com grandes falhas em infraestrutura, em
fase de início de desenvolvimento.

Luís Eduardo Magalhães é descrito por muitos economistas e políticos como a


Capital do MATOPIBA. [12] [13] [14]

História
Século XIX

Originalmente toda a região do oeste baiano, denominada Comarca do Rio de


São Francisco, pertencia a Pernambuco até o ano de 1824, quando D. Pedro I
transferiu a comarca para a Província de Minas Gerais como punição pela
Confederação do Equador. Três anos depois, a região foi anexada
provisoriamente à Província da Bahia, em 1827, permanecendo assim desde
então.[15] Este caráter provisório é um dos maiores vetores para a criação do
Estado do Rio São Francisco chegando haver propostas protocoladas no
Congresso para desmembrar o território da antiga comarca em um novo
estado, todavia sem sucesso. [16]

A área onde está localizada a cidade de Luís Eduardo Magalhães pertenceu ao


município de Cotegipe (antes Campo Largo) até 1890, em 1891 deste território
emancipou Angical.

Século XX

No final da década de 1970 chegaram à Região Oeste os primeiros


desbravadores do cerrado, vindos do sul do Brasil. No início dos anos de 1980
foram estes aventureiros que encontraram uma imensidão de terras de
cerrado, iniciando o núcleo de povoamento que em um curto período de tempo
transformaria o cenário da região, contribuindo consideravelmente para a
economia regional. Com uma agricultura mecanizada e baseada nos avanços
tecnológicos de ponta, começaram a surgir as primeiras indústrias que foram
fatores importantes para a criação do município mais novo do estado.

No entroncamento da BR-242 com a BR-020, bem próximo a casa do único


morador da época (conhecido como Enedino) surgiu o povoado de Mimoso do
Oeste em 2 de abril de 1982 com a construção do Posto Mimoso (Posto de
Combustível), onde posteriormente, com o loteamento, começaram a construir
as primeiras casas no povoado. Dois anos depois chegaram, Luís Hashimoto,
agricultor, Eduardo Massao Yamashita, engenheiro agrônomo do Paraná, e o
gaúcho Constantino Catarino de Souza, este até então radicado em Pérola,
cidade paranaense, que em busca de expandir sua capacidade de produção
agrícola e pecuária, adquiriu uma grande área de terra, onde iniciou a produção
de grãos e a criação de gado. No mesmo ano se estabelece a Colonizadora e
Administradora Vale do Rio Grande (CARIG).

Em 3 de dezembro de 1997, o pequeno povoado de Mimoso do Oeste passou


a ser distrito de Barreiras.

Século XXI

Através da Lei n° 395/1997, de 3 de dezembro de 1997, passou a ser distrito e


em 17 de novembro de 1998 passou a denominação atual, após referendo
articulado pelo deputada estadual Jusmari de Oliveira, homenageando Luís
Eduardo Magalhães, filho do Senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 21
de Abril de 1998. No mesmo ano foi realizada a primeira eleição municipal e o
primeiro prefeito foi Oziel Alves de Oliveira, no cargo desde então.

A criação do município foi alvo de muitas críticas, como a que afirmava ser a lei
7619/00 inconstitucional, sendo também o referendo que autorizou a criação do
município, tendencioso e parcial, já que não foram consultadas todos os
moradores envolvidos. Em 2007 o STF declarou a inconstitucionalidade da
criação do município, dando ao legislador federal prazo de 2 anos para
legalizar a situação. Mediante Emenda Constitucional o Congresso Nacional
avalizou a criação do Município.

Geografia

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o
município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de
Barreiras.[3] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e
mesorregiões, fazia parte da microrregião de Barreiras, que por sua vez estava
incluída na mesorregião do Extremo Oeste Baiano.[17]

O município de Luís Eduardo Magalhães está localizado na porção oeste do


estado, à latitude 12°05'31" sul e à longitude 45°48'18" oeste, estando à
altitude de 720 metros, portanto uma das cidades mais altas da Bahia. Seu
território tem, como limites, as cidades de: Barreiras e São Desidério (em
território baiano) e Ponte Alta do Bom Jesus, Taguatinga e Aurora do Tocantins
em (território tocantinense). Localiza-se a uma distância de 947 quilômetros a
oeste da capital estadual, Salvador, ocupando uma área total de
3 940,537 km².

Segundo dados da estação meteorológica automática do Instituto Nacional de


Meteorologia (INMET) no município, em operação desde abril de 2002, a
menor temperatura registrada em Luís Eduardo Magalhães foi de 8,1 °C em 23
de julho de 2006 e a maior atingiu 38,4 °C em 5 de outubro de 2015. O maior
acumulado de precipitação em 24 horas foi de 106,4 milímetros (mm) em 26 de
abril de 2009. A maior rajada de vento chegou a 24,4 m/s (87,8 km/h) em 23 de
fevereiro de 2012. O menor índice de umidade relativa do ar foi de 10% nos
dias 4 de outubro de 2008, 22 de setembro de 2013 e em quatro ocasiões no
ano de 2014, sendo duas em setembro (nos dias 19 e 28) e duas em outubro
(16 e 17).[18][19]

Demografi
a

Sua população no censo demográfico de 2010 era de 60 105 habitantes,


segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo então o 34º
mais populoso do estado e segundo de sua microrregião.

Em 2020, sua população foi estimada em 90 162[8] habitantes, conforme dados


do IBGE.

Economia

Luís Eduardo Magalhães possui a oitavo maior economia do estado da Bahia,


estando caracterizada também como a 223ª maior economia do Brasil. Sua
região é responsável por sessenta por cento da produção de grãos do estado,
sua renda per capita é uma das maiores do Brasil. Segundo dados do IBGE,
em 2018 seu Produto Interno Bruto foi de R$ 6 184 172,78 mil e o PIB per
capita era de R$ 72 967,01 mil.[11]
Agricultur
a

Sua agricultura é pujante, diversificada e de grande produtividade, possuindo


grandes áreas irrigadas. Sua pecuária é de alta qualidade tanto na área
genética como tecnológica. No ano de 2007, entrou em funcionamento um
grande e moderno frigorífico de aves e a fábrica de ração para sustentar os
produtores integrados de mais de um milhão de aves por mês.

A cultura da soja foi introduzida de forma acelerada. Novos cultivos são


testados, diversificando a base produtiva agrícola e unidades industriais foram
atraídas para a região. Em consequência, consolida-se um espaço dos mais
promissores do Nordeste, com uma agricultura mecanizada, operada em
moldes empresariais e com integração às cadeias agroindustriais. O Oeste da
Bahia passa a ser o mais importante espaço nordestino receptor de imigrantes.
Os vales, antes caracterizados pela pequena exploração agrícola familiar em
minifúndios, começam a serem identificados como áreas bastante promissoras
para o cultivo de frutas. Esta nova dinâmica possibilitou as potencialidades, em
sua grande parte ainda inexploradas, e expôs a região a crises características
dos períodos iniciais das áreas e expansão de fronteira econômica.

O município possui grandes áreas inexploradas, próprias para agricultura e


pecuária. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em convênio com órgãos
públicos e privados, pesquisa variedades de cana de açúcar para encontrar a
mais produtiva e que melhor se adapta na região.

Indústria

O parque industrial é composto por empresas líderes em seus segmentos,


inclusive quase vinte multinacionais. Entre as empresas pioneiras que se
instalaram no município, temos a Cooperativa Agrícola de Cotia,
posteriormente Cooperativa Agropecuária do Oeste da Bahia (COOPROESTE),
a Ceval, indústria de esmagamento de soja, mais tarde incorporada pela Bunge
Alimentos e também a Cooperativa do Oeste de Minas Gerais.

Comércio

Seu comércio é suficiente para atender toda a demanda de seus habitantes,


tanto na área de alimentos como produtos e implementos agropecuários e
construção civil

Turismo

O município é um dos cinco do Brasil que sediam um dos maiores eventos de


equipamentos de alta tecnologia destinados ao agronegócio, a Agrishow.

Atualmente sedia também o Bahia Farm Show, que teve a sua primeira edição
na cidade de Ribeirão Preto, e conta entre outras com a de Rondonópolis (MT)
e Cascavel (PR).
Esporte e
Lazer

A cidade conta com bares, restaurantes e pizzarias de boa qualidade. Praças


foram construídas em bairros populosos como o Jardim Paraíso, Santa Cruz,
Jardim das Acácias, Centro e Mimoso I.[21]

No ano de 2013 foi entregue a população o Estádio Municipal Coronel Aroldo, o


Aroldão, com capacidade para 5.000 pessoas.[22]

Infraestrut
ura

Centro
Administrativo

A arrecadação municipal é dirigida a investimentos dirigidos à população mais


carente e de maior número. Os investimentos em saúde, educação e
infraestrutura têm sido, relativamente altos mas ainda insuficientes. Nos últimos
anos, a cidade tem passado por grandes mudanças, principalmente no que se
diz respeito ao trânsito.[23] De acordo com o TRE-BA (Tribunal Regional
Eleitoral), o município possuía em 2018 cerca de 53.094 eleitores.

Símbolos
Municipais

Os símbolos do município de Luís Eduardo Magalhães são a bandeira, o


brasão e o hino.

Primeira versão (2000 - 2002) [24]


Segunda versão (2002 - 2021) [25]

Símbolos

Bandeira
Brasão de armas
Hino
Lema Benedictus tu in civitate et in agro
Bendito na cidade e no campo[1]
Apelido(s) "Capital do agronegócio"
"LEM"
"Pérola d'Oeste"
Gentílico luiseduardense
Coordenadas 12° 05' 31" S 45° 48' 18" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Região intermediária[3] Barreiras
Região imediata[3] Barreiras
Municípios limítrofes Barreiras e São Desidério em território
baiano. Ponte Alta do Bom Jesus,
Taguatinga e Aurora do Tocantins em
território tocantinense.
Distância até a capital 956 km[4]
História
Fundação 2 de abril de 1982 (39 anos)
Emancipação 30 de março de 2000
(21 anos)[5]
Aniversário 30 de março
Administração
Prefeito(a) Ondumar Ferreira Borges
Junior[6] (PP, 2021 – 2024)
Vereadores 17
Características geográficas
Área total [8] 3 940,537 km²
[9]
• Área urbana Embrapa/2015 37,599 km²
População total (estimativa 90 162 hab.
IBGE/2020[8])
• Posição BA: 34°
Densidade 22,9 hab./km²
Clima tropical semiúmido (Aw)
Altitude 720 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 47850-000 a 47859-999[7]
Indicadores
[10]
IDH (PNUD/2010 ) 0,716 — alto
• Posição BA: 4º
[11]
PIB (IBGE/2018 ) R$ 6 184 172,78 mil
• Posição BA: 8º
[11]
PIB per capita (IBGE/2018 ) R$ 72 967,01
Outras informações
Padroeiro(a) Nossa Senhora Aparecida
Sítio luiseduardomagalhaes.ba.gov.br
(Prefeitura)
cmlem.ba.gov.br (Câmara)

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