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Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL

CCHSTL
Engenharia Civil

Orientador: Lucas Manoel da Silva


Orientandos: Francisco Matheus da Silva Barros, Gabriel Vitor Silva Vale, Gabriel Oliveira
de Moraes, João Isisnaldo de Jesus Carneiro e Lucas da Silva Soares.

Construções com estruturas Metálicas, de Madeira, Concreto Armado e Mistas.

Açailândia – 2022
Francisco Matheus da Silva Barros1, Gabriel Vitor Silva Vale2, Gabriel Oliveira de Moraes3,
João Isisnaldo de Jesus Carneiro4 e Lucas da Silva Soares5.

Construções com estruturas Metálicas, de Madeira, Concreto Armado e Mistas.

Açailândia – 2022
Sumário

1. Introdução
2. Desenvolvimento
2.1 Estrutura metálica (Francisco Matheus da Silva Barros).
2.2 Estrutura de Madeira (Gabriel Oliveira de Moraes).
2.3 Concreto Armado (Gabriel Vitor Silva Vale).
2.4 Estrutura Mista (Lucas da Silva Soares).
2.5 Aplicação de BIM nas estruturas (João Isisnaldo de Jesus Carneiro).
3. Considerações Finais
Referências
1. Introdução
É de conhecimento geral que a estrutura da edificação é um dos principais
componentes da obra, sendo a responsável por garantir a segurança, durabilidade e
funcionalidade da obra em questão. Sendo assim, é necessário um planejamento que envolve
muitos nuances para definição da estrutura de uma obra; os três tipos mais comuns são a
estrutura metálica, de madeira e a de concreto armado. A ANBT NBR 8800, considera também
a estrutura mista “Aço e Concreto”. Pode-se concluir ainda no levantamento que a diversos
fatores e variáveis que levariam a escolha da estrutura; a análise das normas mediante essas
variáveis além da criação do projeto, sendo então um passo fundamental, e por isso buscamos
trazer as normas em seus devidos escopos possibilitando a criação de uma base robusta para
nossa metodologia de explicação.

2. Desenvolvimento
Tratando-se de estruturas, devemos analisar diversos fatores em prol de uma obra
segura, eficiente e durabilidade coerentes a sua funcionalidade, para tal desenvolvemos um
levantamento em uma analise criticas das principais e mais comuns estruturas e como a
tecnologia BIM (Building Information Moldeling), influenciaria a estruturação de uma obra.
2.1 Estrutura metálica (Francisco Matheus da Silva Barros).
Observa-se na sociedade a ampla utilização das estruturas de metal, sendo as mais
comuns: pontes ferroviárias e rodoviárias; edifícios industriais, comerciais e residenciais;
galpões; hangares; coberturas de grandes vãos; torres de transmissão, etc.
Essas peças apresentam diversas formas de seções, conforme sua função estrutural.
As dimensões são padronizadas para fabricação e fornecimento; o dimensionamento é feito
através de calculo estrutural e, com base nesses resultados, é escolhido o perfil numa tabela que
contém suas medidas padronizadas e seus esforços máximos admissíveis. A estrutura metálica
é um conjunto de peças metálicas pré-fabricadas após o dimensionamento e criação de seu
perfil. A norma ANBT NBR 8800/2008 dimensiona as normas a serem seguidas e envolvem o
escopo da estrutura de aço (Estrutura Metálica).

2.2 Estrutura de Madeira (Gabriel Oliveira de Moraes).


A madeira é um dos materiais mais antigos utilizados em construções por todo
o mundo, visto que nos últimos anos houveram avanços nas técnicas de construção com a
mesma, o que proporcionou seu melhoramento em relação à resistência ao tempo e também na
forma que este material é utilizado atualmente.
A madeira possui bom desempenho em itens como durabilidade, resistência,
conforto térmico e acústico. Se observadas as questões de projeto, de tratamento adequado e de
manutenção, as casas de madeira são moradias previstas para 50 anos ou mais.
No que diz respeito à questão ecológica quando se pensa no uso da madeira, é
automático imaginar que o uso da mesma parece representar um grande desastre ecológico por
conta da devastação de florestas, mas é desconsidera-se que a madeira é um material renovável.
O uso da madeira ainda sofre resistência cultural por parte da população
brasileira, visto que a população assume que as casas de madeira são mais frágeis que as de
alvenaria, porém, a comunidade não leva em consideração os seus benefícios como por
exemplo: redução na quantidade de resíduos no canteiro de obras durante o processe de
construção, maior economia e maior sustentabilidade, grande variedade de espécies com
diferentes características, resistência tanto a forças de compressão como de tração, baixa massa
volumétrica e elevada resistência mecânica. Além disso, a madeira pode ser empregada
em vários elementos de uma edificação como por exemplo: estruturas temporárias,
estruturas definitivas, decoração e piso.
Projetos de obras com estruturas de madeira devem seguir a norma NBR 7190 –
Projeto de estruturas de madeira, da ABNT, e prever proteção contra intempéries, umidade,
fungos e cupins, além da aplicação de produtos que retardam a propagação do fogo em caso
de incêndio. Alguns exemplos de técnicas no processo construtivo que podem ser citados
são: O sistema plataforma, armação de balão, sistema de treliça, entre outros.

2.3 Concreto Armado (Gabriel Vitor Silva Vale).


Segundo a norma ABNT NBR 6118/2014, concreto armado é o aspecto
completo das aplicações do concreto como material estrutural. Assim dizendo o concreto
(Material formado por cimento, água, agregado miúdo, agregado graúdo e também pode conter
adições e aditivos químicos, com finalidade de melhorar ou modificar propriedades básicas),
conjuntamente a armadura de aço. Segundo a norma ABNT NBR 7480/2008, o aço utilizado
no concreto armado localiza-se nas categorias CA-25 e CA-50, e os fios de aço na categoria
CA-60. Sendo esses os matérias base para o concreto armado. As configurações, massa ,
tolerância, comprimento , tolerância, marcação e condições de fornecimentos das mesmas
devem seguir a norma ABNT NBR 7480/2007.
Mediante ao concreto, mas especificamente o concreto de cimento Portland, a
norma ABNT NBR 12655/2015, o concreto de cimento Portland (Material formado por cimento
Portland, água, agregado miúdo, agregado graúdo e também pode conter adições e aditivos
químicos, com finalidade de melhorar ou modificar propriedades básicas), o concreto seja ele
fresco, endurecido, preparado pelo executante da obra, pré-moldado, pré-fabricado, concreto
normal ©, concreto leve (CL) e entre outros. O concreto para fins industriais deve ter definidas
todas as características e propriedades de maneira explicita, antes do início das operações de
concretagem.
Sabendo-se, portanto, as normas dos materiais, entram as fôrmas. Segundo a
norma ABNT NBR 15696/2009, a mesma é a estrutura provisória que moldará o concreto
fresco, resistindo as ações provenientes das cargas variáveis resultantes das pressões do
lançamento do concreto fresco, até que se torne autoportante; O projeto das fôrmas deve
especificar os materiais usados (Madeira, madeira em bruto, madeira industrializada, elementos
metálicos ou outros materiais), definir clara e exatamente o posicionamento de todos os
elementos utilizados, mencionar os critérios de dimensionamento da forma e ser detalhado com
plantas, cortes, vistas e demais detalhes.
De proporcional importância a norma ABNT NBR 15696/2009, traz os
escoramentos, estruturas provisórias com capacidade de resistir e transmitir às bases de apoio
da estrutura e do escoramento todas as ações provenientes das cargas permanentes e variáveis
resultantes do lançamento do concreto fresco sobre as fôrmas horizontais e verticais, até que o
concreto se torne autoportante. Conseguinte, as normas de fôrmas e escoramentos advém a
norma ABNT NBR 7191/1982, que fixa condições especiais na execução de desenhos técnicos
para obras de concreto simples o armado, as condições gerais e os significados nesta norma,
são os fixados pela ABNT NBR 5984.
A norma ABNT NBR 12655/2015, elucida de forma clara as responsabilidades do
responsável pela execução da obra de concreto cabem as seguintes responsabilidades: escolha
da modalidade de preparo do concreto ( Conforme a ABNT NBR 12655/2015), escolha do tipo
de concreto a ser empregado, atendimento a todos os requisitos de projeto, recebimento e
aceitação do concreto, cuidados com as fôrmas e escoramentos, atender a norma ABNT NBR
9062 para liberação de protensão, verificação do atendimento do requisito desta norma pelos
profissionais envolvido e efetuar a rastreabilidade do concreto lançado na estrutura.
Retomando a norma ABNT NBR 6118/2014, a norma ABNT NBR 14931/2004,
tem como objetivo estabelecer requisitos gerais para execução de estruturas de concreto, Em
particular, está norma define requisitos detalhados para execução de obras de concreto, cujos
projetos foram elaborados de acordo cm a ABNT NBR 6118/2014.

2.4 Estrutura Mista (Lucas da Silva Soares).

Na sociedade moderna todos os dias a mais em uma obra e dinheiro perdido, com
isso têm-se a possibilidade do crescimento do uso de métodos construtivos e estruturas mais
eficientes, as estruturas mistas são a junção de dois tipos de estruturas bastante utilizadas, a
metálica e o concreto, essa combinação resulta e um tipo estrutural muito resistente, com menor
custo de mão de obra e com mais eficiência, variando o custo de região para região, todos
elementos que somados garantem a viabilidade do uso desse tipo estrutural são reforçados a
partir de 2008 com a publicação da ABNT NBR 8800, norma técnica que trata do projeto desse
tipo de estrutura a grande vantagem desse tipo de estrutura e a possibilidade de não utilizar
escoramento pois no geral o escoramento é utilizado apenas quando é necessário limitar os
deslocamentos verticais da viga de aço na fase construtiva. Mas, na maior parte das vezes, o
escoramento é dispensado, agilizando e simplificando a montagem. Nessas situações, o peso
próprio do aço e o peso do concreto fresco atuam apenas na seção metálica, e as cargas aplicadas
após o endurecimento do concreto atuam sobre a seção mista, Os projetos com estruturas
mistas de concreto e aço devem atender à já citada ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Outras normativas que
precisam ser consideradas são a ABNT NBR 14.762:2010 – Dimensionamento de estruturas de
aço constituídas por perfis formados a frio; a ABNT NBR 14.323:2013 – Projeto de estruturas
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio; e a ABNT
NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.

2.5 Aplicação de BIM nas estruturas (João Isisnaldo de Jesus


Carneiro).
O BIM (Building Information Model) que pode ser entendido em português
como “Modelo de Informação da Construção”, surgiu a princípio para estruturas metálicas
devido a precisão de detalhes que as estruturas requisitavam em sua composição, depois de
comprovada as evidências acerca da precisão sobre materiais presentes na estrutura, o BIM foi
requisitado em outras áreas.
A Respeito das estruturas metálicas, o BIM tem se destacado por estabelecer
prazos mais sólidos não comprometendo a etapa de construção do projeto. Outro ponto que
merece destaque é o detalhamento das etapas no planejamento, essa característica permite aos
arquitetos e engenheiros um mapeamento acerca das infraestruturas criando uma imersão
intuitiva, onde os projetistas podem inovar e recriar a proposta sem que essa ação prejudique
ou retarde o projeto, caracterizando a engenharia simultânea.
A Engenharia Simultânea foi um novo conceito adotado recentemente, ao
contrário da engenharia sequencial ela trabalha de forma coletiva apoiada em tecnologias
inovadoras como o BIM por exemplo, além das formas de comunicação que colaboram no
avanço do projeto à medida que mantém a qualidade da entrega da obra. Permeando nas
estruturas de madeira e de concreto armado, o BIM se expande e adquire o Projeto Construtivo
de Fôrmas de Madeira (PCFM) ajudando na visualização de projetos em 4D, este processo
garante maiores informações sobre as estruturas de madeira e de concreto armado e entregam
soluções para problemas futuros ainda na etapa de modelagem do planejamento, problemas
estes que não eram previsíveis em softwares CAD. O PCFM entrega de forma completa as
modelagens de concreto armado, como as lajes por exemplo além de vigas, pilares e outros
materiais que requerem um maior nível de detalhamento, atuando nos processos da engenharia
simultânea.
O Programa que serviu de base para comprovar a eficiência do PCFM foi o
Revit, como mencionado anteriormente, o 4D presente no programa e outros recursos como por
exemplo uma melhor execução do 3D e as planilhas voltadas para o projeto em andamento,
ajudaram na escolha deste software.
Hoje encontram-se bibliotecas voltadas para este tipo de trabalho com
disponibilidade para os demais processos, à medida que são repassadas elas se tornam cada vez
mais difundidas e problemas antes encontrados vão se tornando passiveis de soluções. O
compartilhamento de conhecimento torna a comunidade cada vez mais rica, disseminando e
inovando o mercado do BIM conforme o tempo passa.
3. Considerações Finais
A partir do levantamento concluímos a importância da estrutura, seus conceitos
e suas normas; levando-nos a ter certeza de sua confiabilidade e seu papel na estruturação de
toda a obra. Em nossas pesquisas, foram relatados fatos importantes acerca das estruturas
incumbidas a nós, na tentativa de elucidar o leitor e tentar mostrar as vantagens do
planejamento, afim de manter o mesmo a par de seus benefícios e ordem de execução. As
estruturas levam a sustentação de toda uma obra e buscam trazer um aspecto mais completo a
sua funcionalidade.

Referências

ALVA, G.M.S; MALITE, M. Comportamento estrutural e dimensionamento de elementos


misto aço e concreto-Caderno de Engenharia de Estruturas, São Carlos, 2005.
BELLEI, Ildony Hélio. Edifícios de múltiplos andares em aço / Ildony H. Bellei, Fernando O.
Pinho, Mauro O. Pinho. 2ª Ed. – São Paulo: Pini, 2008. CODEME ENGENHARIA S.A. (1997).
Steel deck CE-75: noções de utilização e dimensionamento. Betim
BRAGA, Thomaz dos Mares Guia. Cronologia do Uso dos Metais. Belo Horizonte, Usiminas,
1998.
SOUZA, R.L. APLICABILIDADE DA TECNOLOGIA BIM EM PROJETOS
DEESTRUTURAS METÁLICAS.2017. 10 fs. Programa de Pós-Graduação em Construção
Metálica, Mestrado Profissional em Construção Metálica (MECOM), Departamento de
Engenharia Civil – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)Mina-
Gerais, 2017. Volume.

NETO, R.S.N. BIM aplicado ao projeto de fôrmas de madeira em estrutura de concreto


armado. 2014. 19f. Universidade Estadual de Campinas, Campinas - SP, São Paulo,
2015

RUSCHEL, Regina Coeli. BIM aplicado ao projeto de fôrmas de madeira em estrutura de


concreto armado. 2014. 19f. Universidade Estadual de Campinas, Campinas - SP, São
Paulo, 2015.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento: NBR 6118. Rio de Janeiro, 2014.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Aço Destinado a


Armaduras para Estruturas de Concreto Armado: NBR 7480. Rio de Janeiro, 2008.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto de Cimento


Portland – Preparo, Controle, Recebimento e aceitação- Procedimento: NBR 12655. Rio
de Janeiro, 2015.
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Fôrmas e
escoramento para estruturas de concreto – Projeto, dimensionamento e procedimentos
executivos: NBR 15696. Rio de Janeiro, 2009.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Execução de desenhos


para obras de concreto simples ou armado: NBR 7191. Rio de Janeiro, 1982.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto e execução de


estruturas de concreto Pré-moldado: NBR 9062. Rio de Janeiro, 2017.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas


de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios: NBR 8800. Rio de Janeiro,
2008.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas


de Madeira: NBR 7190. Rio de Janeiro, 1997.

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